O documento discute a colaboração versus cooperação e as características da colaboração, incluindo perspectivas estratégicas como entendimento dos desafios, criação a partir das diferenças e soluções integradoras que requerem obtenção de apoio e compartilhamento de recursos.
Ferramentas digitais mediadoras de aprendizagem colaborativa e cooperativaVany Ramos
Relate de uma atividade imaginada em que uma dada ferramenta digital (neste caso blogue e facebook )foram mediadora da aprendizagem cooperativa e colaborativa.
Este é o PDF da apresentação que utilizei na acção de formação para professores da Escola Secundária Francisco de Holanda. O tema é trabalho colaborativo e recorre ao Second Life e ao BuzzWord.
Com base nas leituras que você realizou durante a disciplina, que de alguma forma oferecem subsídios para desenvolver critérios de qualidade para a mediação pedagógica em um fórum de discussão, escolha um grupo diferente do seu e comente aspectos positivos e negativos das práticas de mediação utilizadas.
Atenção: isto é apenas um exercício para reflexão sobre suas próprias práticas a partir da observação das práticas de seus colegas. Seu papel aqui não é o de julgar e nem de expor o trabalho do outro. Você apenas indicará o grupo e discorrerá sobre o que viu, sem citar nomes.
Aspectos Mais Relevantes em Desenho de Aprendizagem e de Atividades On LineLuciana Grof
Trabalho realizado por Luciana Grof, como parte integrante da UC Processos Pedagógicos em ELearning, pertencente ao curso de Mestrado em Pedagogia do ELearning.
A análise da literatura e a prática pedagógica nas escolas leva-nos ao reconhecimento generalizado das potencialidades educativas da aprendizagem cooperativa como alternativa à competição e individualismo e como fator de desenvolvimento, nos alunos, de competências sociais a par da realização de aprendizagens cognitivas.
A cooperação é essencial no processo de ensino-aprendizagem, sendo a aprendizagem cooperativa importante para o desenvolvimento das competências sociais e cognitivas nos alunos.
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
Colaboradores que compartilham uma mesma visão consideram os modelos mentais dos outros e se empenham com afinco e maestria, formando equipes de alto desempenho. Uma das caracte-rísticas mais importante desses colaboradores é que eles começam pensando sobre como gostariam de terminar cada etapa do trabalho colaborativo e a partir daí mapeiam um caminho para chegar lá. Desta forma sentem-se sempre preparados para realizar o que der e vier em termos de colaboração, pois entendem os compromissos interdependentes.
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
Quando as pessoas deixam de ficar atentas ao proprietário da solução ou ao originador da idéia, encarando o trabalho em conjunto como uma chance de triunfo coletivo, diz-se que estão em busca de uma solução integradora. O foco da solução integradora está todo sobre o que se pode ganhar com as semelhanças explícitas e a diversidade complementar dos colaboradores, evitando-se referência a qualquer perda que possa advir do trabalho em conjunto. Isto porque na prática, parece que as pessoas ficam mais dispostas a fazer concessões quando são enfatizados os benefícios e lucros no lugar dos esforços e custos.
Ferramentas digitais mediadoras de aprendizagem colaborativa e cooperativaVany Ramos
Relate de uma atividade imaginada em que uma dada ferramenta digital (neste caso blogue e facebook )foram mediadora da aprendizagem cooperativa e colaborativa.
Este é o PDF da apresentação que utilizei na acção de formação para professores da Escola Secundária Francisco de Holanda. O tema é trabalho colaborativo e recorre ao Second Life e ao BuzzWord.
Com base nas leituras que você realizou durante a disciplina, que de alguma forma oferecem subsídios para desenvolver critérios de qualidade para a mediação pedagógica em um fórum de discussão, escolha um grupo diferente do seu e comente aspectos positivos e negativos das práticas de mediação utilizadas.
Atenção: isto é apenas um exercício para reflexão sobre suas próprias práticas a partir da observação das práticas de seus colegas. Seu papel aqui não é o de julgar e nem de expor o trabalho do outro. Você apenas indicará o grupo e discorrerá sobre o que viu, sem citar nomes.
Aspectos Mais Relevantes em Desenho de Aprendizagem e de Atividades On LineLuciana Grof
Trabalho realizado por Luciana Grof, como parte integrante da UC Processos Pedagógicos em ELearning, pertencente ao curso de Mestrado em Pedagogia do ELearning.
A análise da literatura e a prática pedagógica nas escolas leva-nos ao reconhecimento generalizado das potencialidades educativas da aprendizagem cooperativa como alternativa à competição e individualismo e como fator de desenvolvimento, nos alunos, de competências sociais a par da realização de aprendizagens cognitivas.
A cooperação é essencial no processo de ensino-aprendizagem, sendo a aprendizagem cooperativa importante para o desenvolvimento das competências sociais e cognitivas nos alunos.
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
Colaboradores que compartilham uma mesma visão consideram os modelos mentais dos outros e se empenham com afinco e maestria, formando equipes de alto desempenho. Uma das caracte-rísticas mais importante desses colaboradores é que eles começam pensando sobre como gostariam de terminar cada etapa do trabalho colaborativo e a partir daí mapeiam um caminho para chegar lá. Desta forma sentem-se sempre preparados para realizar o que der e vier em termos de colaboração, pois entendem os compromissos interdependentes.
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
Quando as pessoas deixam de ficar atentas ao proprietário da solução ou ao originador da idéia, encarando o trabalho em conjunto como uma chance de triunfo coletivo, diz-se que estão em busca de uma solução integradora. O foco da solução integradora está todo sobre o que se pode ganhar com as semelhanças explícitas e a diversidade complementar dos colaboradores, evitando-se referência a qualquer perda que possa advir do trabalho em conjunto. Isto porque na prática, parece que as pessoas ficam mais dispostas a fazer concessões quando são enfatizados os benefícios e lucros no lugar dos esforços e custos.
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
Operação é o ato de processar ou realizar um trabalho de forma ordenada, visando a produção de algo útil. A operação está sujeita a uma direção e responsabilidade, levando em conta o sentido da capacidade de responder por atos e decisões com competência e eficácia.[20] Neste sentido, o trabalho colaborativo exige que cada decisão seja tomada com total independência dos interesses pessoais, visando o aproveitamento da diversidade complementar das competências, de modo a produzir resultados de maneira eficaz.
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
A aceitação dos desafios, as soluções integradoras e a visão unificada são aspectos estratégicos que dependem de desprendimento, informalidade e senso de realização para orientar a colaboração. Entretanto sem confiança, respeito mútuo e tolerância nem se dá partida num trabalho colaborativo, cuja continuidade dependerá, além do mais, de decisões tomadas por parceiros competentes e eficazes que se orientem para os resultados. Estes parceiros, por sua vez, vão estar a todo instante comunicando suas idéias, e negociando acordos. Isto significa que a eficácia do trabalho colaborativo depende fortemente das habilidades de negociação e comunicação de todos envolvidos no processo de colaboração, sejam eles diretos ou indiretos.
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
Manter parceria para obter resultados mais expressivos do que se conseguem trabalhando em separado, implica adotar o sinergismo como forma de pensar, falar e agir. Neste caso, é importante compreender que sinergia não acontece espontaneamente como na natureza e que cuidados devem ser tomados para consegui-la, diminuindo o risco de ocorrer disergia. No roteiro de cuidados, e com o objetivo de garantir o sucesso da sinergia, inclui-se um método para caracterizar e analisar o processo sinergístico. A caracterização deve ajudar na compreensão criteriosa do tipo de sinergia em desenvolvimento e a análise deve manter permanente avaliação sobre os fatores de sucesso do processo sinergístico, garantindo a obtenção de resultados cada vez mais expressivos. less
Orientações de caráter pragmático e efetivo sobre como interpretar e conduzir uma negociação de alta performance para profissionais de áreas comerciais ou líderes de áreas diversas.
Rethink Business - Empresas não funcionam sem pessoas e elas estão sempre mud...Marcelo Vitorino
Um e-book em que 19 autores revelam como empresas e especialistas estão mudando a relação entre pessoas e o consumo de seus produtos e serviços:
Autores: Adolfo Menezes Melito, Ari Piovezani, Bob Caspe, Cezar Taurion, Daniel Egger, Denilson Novelli, Diego Remus, Dora Kaufman, Flávio Pripas, Lauren Castelnau, Luciana Hashiba, Marina Miranda, Mário Kaphan, Marcela Martinelli, Marcelo Vitorino, Mark Kennedy Lund, Sandra Regina Boccia, Stefan Lindegaard, Tatiana Melani Tosi
A moral da história aqui é simples: empresas não são mais ilhas; elas trabalham em rede, colaborando entre áreas, com parceiros, fornecedores, organizações, times, clientes e freelancers que ajudam a acelerar a inovação e o desenvolvimento de bons produtos. Mas não é suficiente colaborar sem reconhecer colaboração como algo
que exige processos, adaptações e investimento.
Trecho do Livro “Transferindo Conhecimento Tácito” uma abordagem construtivista” Editado pela E-papers em 2001
A abordagem de transferência de conhecimento preconizada pelo Construtivismo vem sendo usada desde a Grécia antiga. Em seus diálogos, Sócrates visava aprimorar o pensamento crítico através de uma série de questões colocadas em função das respostas que iam sendo dadas. Sócrates usou o termo maiêutica, no sentido da arte de “parir” idéias, para rotular seus famosos diálogos. Nestes diálogos pode-se perceber a preocupação de Sócrates em dar ao aprendiz a oportunidade de contextualizar cada pergunta formulada.
Trecho do Livro “Transferindo Conhecimento Tácito” uma abordagem construtivista” Editado pela E-papers em 2001
A natureza do conhecimento e o processo de construção do mesmo são considerações essenciais para o Construtivismo. O Construtivismo como teoria cognitiva surgiu há aproximadamente 60 anos com os trabalhos de Jean Piaget. Para o Construtivismo, o conhecimento tem uma função adaptativa e não tem o propó¬sito de produzir representações de uma realidade independente. Esta concepção da atividade cognitiva quebra o paradigma objetivista que coloca por trás do conhecimento um esforço do conhecedor para atingir uma visão do mundo real.
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
No ambiente de negócios da atualidade quando se pensa no uso do conhecimento para atingir um nível mais elevado de produto e serviço, imediatamente procuram-se parceiros. Nesta procura, mantém-se uma atenção especial para o equilíbrio entre a semelhança de interesses e a complementaridade das diferenças, pois assim aumenta-se a chance de obter o máximo de sinergia. Esta atenção é redobrada quando a parceria toma como base a diversidade de conhecimento dos diversos parceiros, que passa neste caso a ser fator crítico de sucesso na sua formação. Entretanto, como a sinergia nos projetos humanos, diferentemente da natureza, não é espontânea, precisamos de um mecanismo que compense esta falta de espontaneidade. Este mecanismo pode ser a metáfora do roteiro de qualquer desenvolvimento sinergístico. Esta metáfora tem que ser simples, prática, algo que se possa observar, algo que se possa modificar com as mãos para que se vá construindo a parceria, imitando cada passo da construção, como se fosse uma imagem refletida um espelho.
Fatores Criticos De Fracasso Na ColaboracaoSergio Lins
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
No esforço para desenvolver um trabalho colaborativo, quando consideramos a inter-dependência entre os interesses e necessidades dos parceiros existem algumas forças criadas por atitudes e comportamentos que podem botar tudo a perder. Algumas destas forças se tornam tão críticas que por si só podem ser responsáveis pelo fracasso de qualquer empreendimento cola-borativo. Dentre estas forças ora denominadas fatores críticos de fracasso destacam-se: ansie-dade, arrogância, inconstância e deslealdade.
Perspectivas Sociais E Psicologicas Na ColaboracaoSergio Lins
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
A efetividade da colaboração depende fortemente de qualidades que fazem com que as pessoas tenham maior penetração social e sejam aceitas com mais facilidades nos ambientes que freqüentam. Pode-se dizer que sem cortesia, ou sem reconhecimento do limite das nossas forças, ou sem a fidelidade das nossas intenções, ou sem legitimidade de propósitos, não haverá chance de ocorrer colaboração.
No trabalho colaborativo não há como impedir que cada colaborador tenha sua própria forma de imaginar, intuir, sentir, perceber e pensar a respeito do processo colaborativo em si. Além disto, todos os envolvidos vão estar refletindo sobre o propósito final, o relacionamento interpessoal, e o próprio esforço conjunto.
Visao Unificada Nos Trabalhos ColaborativosSergio Lins
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
As parcerias e trabalhos colaborativos entre músicos famosos, engenheiros, arquitetos, pintores, comediantes, e até mesmo cantores de música sertaneja, mostram que cada um parece não se afetar com a mudança de humor ou temperamento atípico dos outros. É como se a colaboração entre eles estivesse acima de certos problemas que ocorrem normalmente em relacionamento não colaborativos. Talvez se possa dizer que o sucesso de uma colaboração não depende de amizade ou de um gostar mútuo.
http://twitter.com/teamwrk/
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
Quando as pessoas deixam de ficar atentas ao proprietário da solução ou ao originador da idéia, encarando o trabalho em conjunto como uma chance de triunfo coletivo, diz-se que estão em busca de uma solução integradora. O foco da solução integradora está todo sobre o que se pode ganhar com as semelhanças explícitas e a diversidade complementar dos colaboradores, evitando-se referência a qualquer perda que possa advir do trabalho em conjunto.
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
Para disparar as reflexões propõe-se para cada capítulo, a título de exemplo, uma questão (Q) aberta sobre estímulos, valores, atitudes, comportamentos, casos, aspectos humanos, etc. Recomendações (R) são apresentadas com verbo de ação, tendo associadas às mesmas, algumas hipóteses (H) comprovadas no livro e que relembram os conceitos apresentados. Como reconhecemos o valor da Gestão do Conhecimento em todos os processos de transformação, adicionamos a cada recomendação um pouco do que pode ser feito em termos de coleta, armazenamento, desenvolvimento, disseminação, uso e compartilhamento de informações relativas aos processos sinergísticos.
Trecho do Livro "Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas" da autoria de Sérgio Lins e Publicado pela Elsevier Campus em 2005.
Espera-se que os leitores mais interessados proponham inclusão, modificação ou até mesmo retirada de tópicos candidatos, pois lançar mais um livro sobre o tema implica em prosseguir numa verdadeira cruzada. O sucesso desta campanha poderá ser maior com o apoio dos leitores que, em alguma forma de parceria com este autor, se interessem na criação e desenvolvimento de uma consciência sinérgica generalizada.
O Conceito Por Tras Da Palavra SinergiaSergio Lins
Trecho do Livro "Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas" da autoria de Sérgio Lins e Publicado pela Elsevier Campus em 2005.
Considerar Sinergia associada ao clichê “o todo é maior que a soma das partes” é uma visão muito estreita e limitada e até mesmo distorcida, pois algumas vezes o todo não é maior e sim diferente e em outros casos o todo não poderia ser obtido sem a comunhão das partes. Entretanto, mesmo após toda uma vasta exposição de conceitos e exemplos de Sinergia, talvez ainda não tenha sido formada uma percepção da importância do tema que, para alguns, ainda parecerá apenas um modismo, ou uma forma contemplativa de teorizar algo que é tão comum na natureza.
1. Sinergia Organizacional
Colaboração vs. cooperação
Sérgio Lins
Colaboração é trabalhar em conjunto com uma ou mais pessoas e
cooperação é operar simultaneamente.[19] Ambos os conceitos implicam
objetivo comum e uma intenção explícita de contribuir, visando criar alguma
coisa nova ou diferente como resultado do esforço compartilhado. Ambos os
conceitos implicam algo mais significativo do que uma simples troca de
informação ou transmissão de instruções. Compartilhar implica participar e
tomar parte, compondo neste sentido um conceito de cooperação que implica
trabalho de co-realização.
Mesmo sabendo que o conceito de cooperação vai além do significado de
colaboração, neste livro estes termos são tratados como sinônimos. Desta
forma, colaboração engloba o trabalho coletivo simultâneo, visando alcançar
um objetivo comum cuja realização exige: respeito mútuo, atitude tolerante,
aceitação de diferenças, relações não hierárquicas e negociação constante.
Assim, não será considerada colaboração a interação em que o apoio é apenas
unilateral e tudo é feito “por obrigação”. A colaboração exige espontaneidade
para enfrentar objetivos comuns com ações conjuntas e coordenadas. A
colaboração tem suas características próprias, seu processo de
desenvolvimento, sua operacionalidade, um produto final desejado e muitas
vezes um término estabelecido.
Características da colaboração
No sentido de cooperação que é co-operação, colaborar significa cooperar
na ação. Colaborar também pode ser coordenar pontos de vista diferentes,
obtendo reciprocidade, complementaridade e respeito mútuo. Os melhores
resultados de colaboração são obtidos quando se estabelece uma escala de
valores e se mantém constante a reciprocidade na interação. Seja no sentido
de cooperar na ação ou coordenar pontos de vista, a colaboração é um
processo que tem perspectivas estratégicas, sociais, psicológicas e
operacionais que influenciam em muito a eficácia do trabalho colaborativo e o
resultado final desejado.
Perspectivas Estratégicas
A estratégia dá o rumo e serve de bússola para que a organização
mantenha a rota no seu ambiente, coordenando a concentração e canalização
de esforços, sendo além disto um meio prático para que as pessoas
compreendam o propósito da organização.[17] Desta forma, as características
estratégicas da colaboração são aquelas que consideram o desafio a ser
151
2. Colaboração Sinergística
alcançado, as soluções integradoras esperadas e principalmente a visão
unificada que dá rumo ao trabalho colaborativo.
Entendimento dos Desafios
A idéia de que existem coisas que não podem ser feitas por um só
indivíduo atravessa a história e ocorre em quase todas as profissões e regiões
do mundo.1 Além disto, as narrativas das melhores experiências pessoais
descartam a competição como uma forma de conseguir alto desempenho
coletivo. Muitos defendem com veemência o trabalho em equipe como a
melhor fórmula para o sucesso, principalmente em situações onde grandes
desafios ocorrem com elevada prioridade. Muitos reconhecem que a
realização de coisas extraordinárias exige o envolvimento e comprometimento
de muitos.[10] Assim, quando o esforço não é isolado, descarta-se a competição
em prol da cooperação e se reconhece as vantagens da sinergia obtida com o
trabalho em equipe. Para tanto se deve considerar: a criação a partir das
diferenças, a reciprocidade, continuidade da interação e o prazo da intenção.
Criação a partir das diferenças
A criação a partir das diferenças exige uma permanente atenção sobre
potenciais individuais, pontos de vista, lacunas de estilos e habilidades,
diversidade de formação e vivência. Deve-se procurar determinar como
aproveitar a sinergia a partir de habilidades, conhecimentos e pontos fortes
individuais que se complementem. Esta complementação envolve a mútua
valorização das diferenças e aprendizagem conjunta, incluindo indivíduos que
não fazem parte da equipe e podem contribuir com seus diferentes pontos de
vista.
Reciprocidade
Se num trabalho colaborativo todo o esforço vem apenas de um parceiro,
este se sentirá explorado e o outro se sentirá privilegiado. É uma sensação
falsa, pois o todo está perdendo e não existe colaboração. Para evitar isto,
devem-se estabelecer normas de reciprocidade para a colaboração. A
reciprocidade está associada a um comportamento que implica previsibilidade
e estabilidade dos relacionamentos, num circuito de feedback positivo que, ao
mesmo tempo em que a reforça, evita que a mesma se desfaça, facilitando as
negociações. Este comportamento traz a reboque a consciência de que quando
compartilhamos metas, retribuímos para alcançá-las e tornamos o trabalho em
conjunto menos estressante, mais eficaz e compensador. Por isto pode-se dizer
que o desenvolvimento de metas cooperativas não depende de altruísmo, pois
quando se compreende os ganhos decorrentes da cooperação recíproca,
reconhece-se mais facilmente a legitimidade dos interesses alheios. Talvez um
1
Ver o caso “Longas colheres” no capítulo “Comportamentos sinergísticos”
152
3. Sinergia Organizacional
das tarefas mais importantes do líder seja garantir que cada parte compreenda
os interesses da outra e esteja consciente do que ganha com a colaboração.
Continuidade da Interação
A perspectiva de continuar interagindo no futuro talvez seja um dos mais
fortes argumentos a favor da colaboração. Isto porque, quem espera ter
interações duráveis e freqüentes no futuro tende a cooperar melhor no aqui e
agora. A expectativa de interações a longo prazo incita a prática constante da
dedicação e cortesia. Alguns acreditam que as condutas do amanhã são o
reflexo das atitudes de hoje, sendo assim, elas precisam produzir sentimentos
positivos entre as pessoas desde o início.
Algo nos leva a crer que quanto mais complexos forem os interesses,
maior será a necessidade de comunicação direta para harmonizar as
diferenças. Para que esta comunicação ocorra, devem-se criar facilidades para
que os colaboradores se encontrem e conversem. Caso o encontro não possa
ser físico, que seja lógico pela Internet ou virtual através de teleconferência.2
Os encontros encorajam as interações e ajudam a quebrar barreiras entre os
indivíduos, as equipes e os setores organizacionais.
Quanto mais os colaboradores perceberem a magnitude das possibilidades
dos resultados a longo prazo, mais eles lidam com facilidade com as
vicissitudes que podem vir a ocorrer no dia-a-dia do trabalho colaborativo.
Por sua vez, a percepção desses resultados depende de uma interação que
promova o compartilhamento de uma visão inspiradora do produto final do
trabalho colaborativo.
Soluções Integradoras
Quando as pessoas deixam de ficar atentas ao proprietário da solução ou
ao originador da idéia, encarando o trabalho em conjunto como uma chance
de triunfo coletivo, diz-se que estão em busca de uma solução integradora. O
foco da solução integradora está todo sobre o que se pode ganhar com as
semelhanças explícitas e a diversidade complementar dos colaboradores,3
evitando-se referência a qualquer perda que possa advir do trabalho em
conjunto. Isto porque na prática, parece que as pessoas ficam mais dispostas a
fazer concessões quando são enfatizados os benefícios e lucros no lugar dos
esforços e custos. Para desenvolver soluções que realmente se orientem para
essa integração, temos que estar atentos à obtenção do apoio necessário e ao
compartilhamento dos recursos interdependentes; sem em nenhum momento
2
Na sociedade do conhecimento, as facilidades tecnológicas estendem as possibilidades de encontros.
Além dos encontros físicos, hoje podemos nos encontrar por teleconferência, em chats, ou de forma
assíncrona por E-mail.[11]
3
Ver mais detalhes sobre semelhanças explícitas e diversidade complementar no capítulo “Diversidade e
Complementaridade”
153
4. Colaboração Sinergística
perder de vista o ganho que se pode obter pela heterogeneidade dos
indivíduos.
Obtenção de apoio
A obtenção de apoio a uma solução integradora depende da objetividade
da proposta, que não basta ser altamente relevante, mas tem que ter elevada
concretude.4 Enquanto o projeto ainda estiver na base do “estamos pensando
fazer”, mesmo que haja uma lista enorme de benefícios em potencial, eles
serão considerados suposições e não ajudarão a conseguir apoio. Para que um
parceiro ou colaborador se sinta seguro e assuma o risco do empreendimento,
ele precisa ver uma proposta específica sobre a qual possa avaliar o risco que
correrá. Acredita-se que qualquer risco pode ser atenuado com a certeza de se
ganhar algo em troca do esforço ou da contribuição para integrar a solução.
Dentre os ganhos mais significativos está a oportunidade do aumento de
competência como resultado da mútua transferência de conhecimento e
habilidades complementares. Como este é um ganho imaterial, é muito
importante que ele seja explicitado o máximo possível. Quando isto acontece,
esse ganho intangível, bem compreendido por todos os envolvidos, pode ser
mais importante para obtenção de apoio do que qualquer outra compensação
material.
Compartilhamento
Nos treinamentos de equipe em que se usam jogos e trabalhos
vivenciais,[08] fica patente que a única forma que cada grupo tem de cumprir
sua missão é pelo compartilhamento de recursos. Cada grupo fornece
recursos a outros grupos, na confiança de que receberá em troca o que
necessitam. Não leva muito tempo para eles descobrirem que o compromisso
com a meta comum requer uma disposição para compartilhar recursos, e que o
compartilhamento aumenta a chance de realização da meta. Desta forma, ao
associar o jogo à realidade do dia-a-dia, compreendem que metas cooperativas
podem ser alcançadas com um exercício de interdependência em que se
compartilham informações, trocam-se idéias e alternam-se recursos.
Interdependência
A interdependência faz com que cada um se sinta envolvido com decisões
que afeta a todos.5 Isto não garante a aceitação de qualquer decisão, mas
suaviza o efeito da resistência a qualquer decisão importante que venha a ser
tomada. À medida que vai ocorrendo o compartilhamento de idéias e troca de
informações, as comunicações vão se tornando mais abertas, as pessoas vão
“colocando suas cartas na mesa” e criando uma abertura para que sejam
4
Ver relevância e concretude dentro do conceito de Objetividade no capítulo “Confiança Sinergística”
5
Ver mais sobre interdependência no capítulo “Ingredientes da Sinergia”
154
5. Sinergia Organizacional
debatidos os mais controvertidos temas – aqueles tópicos que mais geram
conflitos.
Heterogeneidade
O envolvimento de indivíduos de culturas diferentes na realização de um
trabalho colaborativo, é um dos grandes desafios da liderança na busca por
soluções integradoras. Em geral, quanto mais heterogênea for a cultura de um
grupo, mais tempo se leva para formar uma equipe de alto desempenho. A
homogeneidade cultural parece tornar o grupo capaz de mais rapidamente
identificar problemas e apresentar soluções nas primeiras semanas de
realização de um projeto. Contudo, essa vantagem cultural, vai desaparecendo
à medida que vai crescendo o sentimento de interdependência. Experiências,
comparando o efeito da heterogeneidade sobre o desempenho, têm
demonstrado que após 13 semanas os grupos heterogêneos igualam seu
desempenho com o dos grupos homogêneos. Após 17 semanas, já não se
percebe qualquer vantagem de desempenho decorrente da homogeneidade.[10]
Parece inclusive que a heterogeneidade traz a reboque o aumento da
capacidade de examinar os problemas sob um número maior de ângulos e
geração de uma quantidade muito maior de alternativas para solucioná-los.
Por isto, pode-se dizer que colaboradores oriundos de culturas diferentes são
difíceis de integrar, porém quando se consegue a integração percebe-se que os
esforços foram compensadores.
Trecho do livro “Sinergia Fator de Sucesso nas Realizações Humanas”
Sérgio Lins editado pela Campus-Elsevier em 2005
Referências
Livros
[08] GRAMIGNA, Maria Rita Miranda. Jogos de Empresa e Técnicas Vivenciais. São Paulo:
Makron Books, 1997.
[10] KOUZES, James M. & POSNER, Barry Z. O Desafio da Liderança. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 1995.
[11] LINS, Sérgio. Transferindo Conhecimento Tácito: uma abordagem construtivista. Rio de
Janeiro: E-Papers Serviços Editoriais Ltda, 2003
[14] SCHRAGE, Michael. Shared Minds: The New Technologies of Collaboration. New York:
Random House, 1990.
[17] MINTZBERG, Henry & LAMPEL, Joseph & AHLSTRAND, Bruce. Todas as partes do
elefante. Coletânea HSM Management. São Paulo: Publifolha, 2002.
[19] BARROSO, Ellery Girão. Dicionário Aurélio Eletrônico. Rio de Janeiro: Lacerda &
Geiger, 1996.
155