Este documento discute a unidade e diversidade dentro do Cristianismo ao longo da história. Descreve como o Cristianismo se tornou globalmente unido no primeiro milênio apesar de pequenas divergências, mas depois cismas entre as Igrejas do Oriente e Ocidente levaram à separação das Igrejas Católica e Ortodoxa em 1054.
1. Reforma Protestante e Contra-Reforma:
O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas : abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista
2. A Reforma Protestante foi apenas uma das inúmeras Reformas Religiosas ocorridas após a Idade Média e que tinham como base, além do cunho religioso, a insatisfação com as atitudes da Igreja Católica e seu distanciamento com relação aos princípios primordiais.
3. Causas da Reforma:
Desenvolvimento do comércio e da burguesia: a Igreja condenava a acumulação de riquezas e a livre empresa. Os burgueses desejavam uma Igreja que aprovasse a obtenção de lucros.
Formação dos Estados Nacionais: muitos reis apoiavam a Reforma para livrar-se da intromissão do papa nos negócios de seus reinos.
Renascimento: a releitura dos textos do Antigo e do Novo Testamento propiciou uma comparação entre os ensinamentos de Cristo e as doutrinas da Igreja Católica. A idéia de Santo Agostinho de salvação pela fé passou a ser defendida pelos humanistas.
Crise na igreja católica: apegada aos bens materiais, a Igreja recorria a práticas abusivas, como a simonia (comércio de objetos religiosos), a venda de cargos eclesiásticos e a venda de indulgências (perdão dos pecados sob pagamento em espécie).
Na Alemanha, o monge Martinho Lutero, influenciado pela obra de Santo Agostinho, construiu em 1517 uma doutrina própria. Publicou 95 teses atacando a venda de indulgências e expondo uma nova doutrina. Rejeitou a hierarquia religiosa, o celibato e o uso do latim nos cultos. Manteve apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. No caso da comunhão, porém, rejeita o conceito de que o pão e o vinho se transformavam no corpo e sangue de Cristo, mantendo-o apenas como um rito simbólico
O surgimento de outras religiões foi uma das principais consequências da Reforma Protestante. A Reforma Calvinista na Suíça liderada por João Calvino no século XVI foi um exemplo da influência de Lutero para o surgimento de práticas reformistas contra a Igreja Católica. Posteriormente, destacou-se o Anglicanismo na Inglaterra promovido por Henrique VIII, que rompeu com o catolicismo.
Martinho Lutero promoveu através de sua reforma uma grande crise na Igreja Católica que teve seu poder diminuído com o surgimento de outras religiões. O Protestantismo, portanto, caracterizou os fiéis que não seguiam as doutrinas católicas e que deram continuidade à principal reforma religiosa realizada na Europa.
1. Reforma Protestante e Contra-Reforma:
O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas : abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista
2. A Reforma Protestante foi apenas uma das inúmeras Reformas Religiosas ocorridas após a Idade Média e que tinham como base, além do cunho religioso, a insatisfação com as atitudes da Igreja Católica e seu distanciamento com relação aos princípios primordiais.
3. Causas da Reforma:
Desenvolvimento do comércio e da burguesia: a Igreja condenava a acumulação de riquezas e a livre empresa. Os burgueses desejavam uma Igreja que aprovasse a obtenção de lucros.
Formação dos Estados Nacionais: muitos reis apoiavam a Reforma para livrar-se da intromissão do papa nos negócios de seus reinos.
Renascimento: a releitura dos textos do Antigo e do Novo Testamento propiciou uma comparação entre os ensinamentos de Cristo e as doutrinas da Igreja Católica. A idéia de Santo Agostinho de salvação pela fé passou a ser defendida pelos humanistas.
Crise na igreja católica: apegada aos bens materiais, a Igreja recorria a práticas abusivas, como a simonia (comércio de objetos religiosos), a venda de cargos eclesiásticos e a venda de indulgências (perdão dos pecados sob pagamento em espécie).
Na Alemanha, o monge Martinho Lutero, influenciado pela obra de Santo Agostinho, construiu em 1517 uma doutrina própria. Publicou 95 teses atacando a venda de indulgências e expondo uma nova doutrina. Rejeitou a hierarquia religiosa, o celibato e o uso do latim nos cultos. Manteve apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. No caso da comunhão, porém, rejeita o conceito de que o pão e o vinho se transformavam no corpo e sangue de Cristo, mantendo-o apenas como um rito simbólico
O surgimento de outras religiões foi uma das principais consequências da Reforma Protestante. A Reforma Calvinista na Suíça liderada por João Calvino no século XVI foi um exemplo da influência de Lutero para o surgimento de práticas reformistas contra a Igreja Católica. Posteriormente, destacou-se o Anglicanismo na Inglaterra promovido por Henrique VIII, que rompeu com o catolicismo.
Martinho Lutero promoveu através de sua reforma uma grande crise na Igreja Católica que teve seu poder diminuído com o surgimento de outras religiões. O Protestantismo, portanto, caracterizou os fiéis que não seguiam as doutrinas católicas e que deram continuidade à principal reforma religiosa realizada na Europa.
Trabalho realizado por dois formandos do Curso EFA - B3 (2008/2009) da Escola E.B. 2,3 de Valongo, no âmbito do Tema de Vida 2 ("Cidadania e Ambiente") e das Comemorações do Dia Mundial da Criança.
Trabalho realizado por dois formandos do Curso EFA - B3 (2008/2009) da Escola E.B. 2,3 de Valongo, no âmbito do Tema de Vida 2 ("Cidadania e Ambiente") e das Comemorações do Dia Mundial da Criança.
No seu crescimento, o adolescente sente-se confrontado com a construção da sua própria identidade. É um caminho sinuoso, com muitas dificuldades, mas fundamental na vida de cada um.
2. Unidade na diversidade: uma fé, vários caminhos
Nesta unidade vamos refletir sobre:
• A unidade do Cristianismo
• O cisma do Oriente
• O cisma do Ocidente
• As Igrejas da reforma
• A organização interna da Bíblia
• A formação do Antigo e do Novo Testamentos
• O movimento ecuménico
3. O Cristianismo
Assenta a sua fé e a sua esperança em Jesus Cristo.
Jesus e os seus discípulos viveram num período histórico em que o
império romano dominava grande parte do mundo conhecido e Roma
era a capital desse imenso império.
4. Herdeiro do Judaísmo e enriquecido pela civilização greco-romana, o
Cristianismo, apesar de três séculos de perseguições, criou raízes na vida
de muitos homens e mulheres.
O Cristianismo tornou-se universal e alcançou bastante vitalidade.
5. Ao longo do primeiro milénio, apesar de pequenas divergências e
separações, o Cristianismo manteve-se globalmente unido.
6. A palavra ‘cisma’ — do grego skhisma («fenda; separação»), por via do
latim schisma — significa dissidência religiosa, separação de uma
determinada religião.
7.
8. 235 312 324 380 395 476
Diocleciano Fundação de Após a morte de
assume o poder. Constantinopla Teodósio, o
Dá-se início à era império romano é
dos Mártires. dividido
Édito de
Invasão de Roma.
Tessalónica,
Fim do Império
Teodósio declara o
Romano do
Cristianismo,
Constantino torna-se Ocidente.
religião oficial do
o primeiro imperador
Império.
cristão e promulga a
liberdade religiosa
9. As diferenças entre as Igrejas do Ocidente e do Oriente, já evidentes no século IV,
tornam-se mais precisas durante os séculos seguintes. As suas causas eram
múltiplas:
• tradições culturais distintas (greco-oriental por um lado, romano-
germânica por outro);
• a ignorância mútua, não só das línguas, mas também das respetivas
literaturas teológicas;
• divergências de ordem cultural ou eclesiástica
• a ordenação de homens casados, proibida no Ocidente;
• o uso do pão ázimo no Ocidente, e do pão com fermento no Oriente;
• a água acrescentada ao vinho da Eucaristia no Ocidente.
10. Para além disso:
• Certos desenvolvimentos do culto e das instituições eclesiásticas
conferem ao Cristianismo oriental uma fisionomia peculiar.
• A importância da veneração dos ícones no Império Bizantino
• a adição do filioque ao Credo de Niceia e Constantinopla — o trecho
passava a ter a seguinte leitura: «O Espírito procede do Pai e do Filho»
Aumentou a animosidade dos ocidentais contra os orientais.
11. Surgem assim dois ramos no tronco do Cristianismo:
a Igreja latina e a Igreja oriental
‘católica’ ‘ortodoxa’.
12. No ano de 1054, numa tentativa de diálogo e conciliação, um enviado do papa
(cardeal Humberto) foi a Constantinopla, mas a tentativa saiu frustrada e
aconteceu a separação (cisma). O cardeal, em nome do papa Leão IX, dirige-se à
Basílica de Santa Sofia e excomunga o patriarca Miguel Cerulário. Este, como
resposta, excomunga o cardeal. Com estes gestos, repletos de falta de
compreensão e de caridade, cada um considera-se portador da verdade e expulsa
dessa fé e dessa comunhão o outro.
13. Católicos e ortodoxos, apesar dos encontros e abraços fraternos entre os
seus líderes, continuam separados.