O documento apresenta os conceitos-chave da narrativa literária, incluindo ação, espaço, tempo, personagens, narrador e narratário. Discutem-se os elementos que compõem a ação e as formas de articulação das sequências narrativas, bem como as características do espaço, tempo, personagens, narrador e destinatário da narrativa.
Apresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimento
Categorias Da Narrativa
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2. _________________________________________________________________________________________ Escola Secundária Gil Eanes - 2008/2009 Literatura Portuguesa - 11º Ano Prof.ª Antónia Mancha O texto narrativo conta acontecimentos ou experiências conhecidas ou imaginadas. Contar uma história, ou seja, construir uma narrativa implica uma acção , desenvolvida num determinado espaço e num determinado tempo , praticada por personagens , que nos é transmitida por um narrador . Normalmente o texto narrativo é constituído por narração (a acção evolui), descrição (das personagens e do espaço), diálogo (as personagens falam entre si) e monólogo (a personagem fala consigo mesma.) INÍCIO
3. _________________________________________________________________________________________ Escola Secundária Gil Eanes - 2008/2009 Literatura Portuguesa - 11º Ano Prof.ª Antónia Mancha ACÇÃO: Por acção, entendemos o conjunto de acontecimentos que se desenrolam em determinados espaços e ao longo de um período de tempo mais ou menos extenso. Acção principal – É constituída pelo conjunto das sequências narrativas que assumem maior relevo. Acção secundária – É constituída por sequências narrativas consideradas marginais, relativamente à acção principal, embora geralmente se articulem com ela. Permitem caracterizar melhor os contextos sociais, culturais, ideológicos em que a acção se insere. INÍCIO
4. _________________________________________________________________________________________ Escola Secundária Gil Eanes - 2008/2009 Literatura Portuguesa - 11º Ano Prof.ª Antónia Mancha ACÇÃO: Sendo a acção um conjunto de sequências narrativas, existem vários possibilidades de articulação dessas sequências. Encadeamento – As sequências sucedem-se segundo a ordem cronológica dos acontecimentos: S1 --> S2 --> S3 --> S4 --> SF Encaixe – Uma acção é introduzida no meio de outra, cuja narração é interrompida, para ser retomada mais tarde: A --> B --> A Alternância – Duas ou mais acções vão sendo narradas alternadamente: A --> B --> A --> B --> A INÍCIO
7. _________________________________________________________________________________________ Escola Secundária Gil Eanes - 2008/2009 Literatura Portuguesa - 11º Ano Prof.ª Antónia Mancha PERSONAGENS As personagens suportam a acção, visto que é através delas que a acção se concretiza. Elas vão adquirindo "forma" à medida que a narração evolui, num processo designado por caracterização. Caracterização directa – Os traços físicos e/ou psicológicos da personagem são fornecidos explicitamente, quer pela própria personagem (autocaracterização), quer pelo narrador ou por outras personagens (heterocaracterização). Caracterização indirecta – Os traços característicos da personagem são deduzidos a partir das suas atitudes e comportamentos. É observando as personagens em acção que o leitor constrói o seu retrato físico e psicológico. INÍCIO
10. _________________________________________________________________________________________ Escola Secundária Gil Eanes - 2008/2009 Literatura Portuguesa - 11º Ano Prof.ª Antónia Mancha Narrador: É a entidade responsável pelo discurso narrativo, através do qual uma "história" é contada. O narrador nunca se identifica com o autor: este é um ser real, enquanto aquele é um ser de ficção, uma "personagem de papel" que só existe na narrativa. Pode ser exterior à "história" que narra ou identificar-se com uma das personagens (presença) e só pode contar aquilo de que teve conhecimento (ciência). INÍCIO
13. _________________________________________________________________________________________ Escola Secundária Gil Eanes - 2008/2009 Literatura Portuguesa - 11º Ano Prof.ª Antónia Mancha Narratário: Enquanto a existência do narrador é evidente, a do narratário é menos visível. É que o narrador revela sempre a sua presença, através do discurso que elabora (se existe uma narração, ela é da responsabilidade de alguém), enquanto o narratário pode ser explicitamente identificado pelo narrador, ou, o que é mais frequente, ter apenas uma existência implícita. Normalmente, não encontramos ao longo do discurso do narrador nenhuma referência ao destinatário do discurso (narratário), o que leva a que a sua existência seja frequentemente ignorada. Mas na realidade existe sempre um narratário, cuja existência é exigida pela própria existència do narrador, já que quem narra narra para alguém. O narratário nunca se confunde com o leitor/ouvinte. INÍCIO