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Editorial

Obesidade
mata mais que Aids
Sem preconceitos: ricos e pobres sofrem com a gordura.
João Preda

José de Paiva Netto,
jornalista, radialista e
escritor, é Presidente
das Instituições da Boa
Vontade.

Há algum tempo o Presidente Bill
Clinton declarou o número progressivo
de obesos como calamidade pública nos
Estados Unidos. As TVs mostraram
jovens com dificuldade de se locomover,
tamanho o peso. Aqui pelo Brasil estamos assistindo a fatos semelhantes.
O Dr. Walmir Coutinho, da Associação Brasileira para Estudos da
Obesidade, que realiza um trabalho com
o Ministério da Saúde, concedeu entrevista a João Paulo Lopes, no programa
Viver é Melhor, da Rede Mundial de
Televisão*1.
Entre as suas declarações, destaco
estas que expõem a gravidade da doença
que anda ceifando preciosas vidas:
— É muito preocupante. (...) A
gente já tem, com excesso de peso
no País, 36% dos brasileiros. (...) E
o que impressiona mais é que, justamente nas camadas de menor poder
aquisitivo, se observa o maior índice
de crescimento desse problema.



Revista Boa Vontade

Existem algumas explicações. E
talvez no Brasil haja duas realidades
diferentes, pelo menos esta é minha
hipótese, a maneira como vejo as
coisas: (...) na população de renda
mais alta, de maior escolaridade,
possivelmente o fator predominante
seja o conforto da vida moderna e
a inatividade física dele decorrente
(...), sem falar da violência nas
grandes cidades, que prende as
crianças dentro de casa. Elas não
podem mais sair à rua para divertirse, têm de permanecer em frente
da TV, do computador, da Internet,
o tempo todo.
Agora, nas camadas de renda
mais baixa, creio ser decisiva a educação, que, de forma lamentável, é
muito deficitária ali, principalmente
a específica para este assunto: a alimentação saudável e a importância
do exercício corporal.
Sem essa instrução, a pessoa
acaba comendo errado. Há dados
alarmantes. Por exemplo: o consumo
de lingüiça no Brasil aumentou em
1.000% nos últimos anos. Então,
Fotos: Reprodução BV

T

rago nesta edição da revista
BOA VONTADE, artigo de
minha autoria, publicado no
livro Crônicas e Entrevistas,
lançado pela Editora Elevação no ano de
2000, e que considero de interesse geral,
pois o bem-estar físico é patrimônio
valioso para a Humanidade. E o tema
em pauta continua assunto preocupante na Organização Mundial da Saúde
(OMS).

Walmir Coutinho

Bill Clinton
acho que, para as comunidades
pobres, a alimentação é ruim, com
muita gordura animal. (...)

Desequilíbrio dietético
O desequilíbrio dietético apresenta uma série de ameaças graves
que, infelizmente, levam muitos à
morte.
São riscos associados à gordura
escondida no abdômen, chamada de
abdominal visceral. (...) Ela desencadeia uma resistência à ação da insulina, hormônio que controla o açúcar
no sangue. O que vem junto com
isso? Pressão alta, o diabetes (até nas
crianças)... Se ele não vem, chega a
tolerância glicídica, o colesterol alto,
e tudo isso leva o indivíduo a uma
tendência muito grande de entupir
vasos sangüíneos, determinando
vários tipos de complicações, ligadas à obstrução vascular. (...)
Quando se somam essas coisas
e se vai fazer uma estimativa, acredita-se hoje que, no Brasil, 80.000
mortes anuais sejam causadas pelas
conseqüências da obesidade.
É realmente assustador. Para se
ter uma idéia de quanto significa esse
fato: nem a Aids chegou a matar a
metade disso. A obesidade é, pois,
uma epidemia que destrói mais do
que o HIV.

Mau exemplo para as
crianças
Quanto aos pequeninos, o especialista adverte:
— Se os adultos não souberem
comer direito, dificilmente eles
desenvolverão hábito de uma boa
nutrição. Por isso, na fase da infância, o fator mais importante nesse
tratamento acaba sendo os pais.
E diz ainda o doutor:
— O ambiente escolar tem de ser
mudado. Não adianta uma criança ir
ao médico e ouvir: — “Você precisa comer coisas mais saudáveis...”

Ricos e pobres
sofrem com o
problema da gordura.
É um armagedom, mas
sempre há salvação, ou seja,
uma alternativa ao alcance de
todos, porém com o aval da
medicina.
Revista Boa Vontade
Daniel Trevisan

Daniel Trevisan

1

2

Mais de 1.000 crianças e jovens atendidos pelo Instituto de Educação da Legião da Boa Vontade, em São Paulo/SP, dispõem de infra-estrutura
modelar, com quadras poliesportivas e ampla praça de lazer. Antes mesmo da inauguração do Conjunto Educacional, o dirigente da LBV,
José de Paiva Netto, determinou pesquisa sobre o melhor processo para se obter uma alimentação saudável (1). Com esse parâmetro, foram
apontados equipamentos de origem alemã, adquiridos para a Escola, a exemplo dos fornos (2), nos quais são preparadas as refeições das
crianças. Esse sistema de cozimento, além de reduzir a gordura, conserva, de forma mais eficaz, o valor nutritivo dos alimentos.

se, na cantina*2 do colégio, ela só
encontrar hambúrguer, cachorroquente, batata frita, balas e chocolate.
(...) Não adianta dizer-lhe que deve
comer frutas, se não vai achá-las por
lá. (...) A criança precisa de atividade
física também.
Aqui, um dado alentador:

PhotoDisc

— O Brasil possui quantidade e
qualidade de profissionais atuando
na área da obesidade, que talvez não
conheça paralelo no mundo.
(...) São endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, professores de
educação física, que se
reúnem em congressos
científicos, cada
vez mais pesquisam, publi-

cam novos trabalhos sobre o tema
e tratam do paciente com um nível
de seriedade sempre maior. Então,
creio que, por este lado, o panorama
é animador.

A importância da atividade
física
O Dr. Walmir volta a destacar o
valor do exercício, mesmo que seja
“andar de 15 ou 20 minutos por dia,
pois isso já é melhor do que não
praticar nada”.
— Quando nem isso for possível, aconselho uma atividade
física informal, aquela que a
pessoa não se prepara para fazer,
não precisa calçar tênis, vestir
roupa de ginástica... Pode levar
o cachorro para passear, descer
do ônibus uma ou duas quadras
antes do trabalho, de modo que
realize uma caminhada. Como o
sedentarismo é igualmente uma
epidemia, se a pessoa conseguir
cumprir 30 minutos de atividade
física três vezes por semana,
segundo a Organização Mundial
da Saúde, já deixa de ser um
sedentário, com repercussões
importantes para o corpo. Não
precisa nem ser 30 minutos seguidos. Bastam 15 de cada vez
ao dia.
Bem, a entrevista prossegue. Há
outros aspectos elucidativos, como



Revista Boa Vontade

quanto a dietas, que reproduzirei em
outra oportunidade. Ricos e pobres
sofrem com o problema da gordura.
É um armagedom, mas sempre há
salvação, ou seja, uma alternativa
ao alcance de todos, porém com
o aval da medicina. Vale a pena
conscientizar-se disso. O nosso
metabolismo agradece.

Quarenta e nove anos
Aproveito o ensejo para registrar
minha gratidão pelas manifestações
de apreço que venho recebendo na
passagem de meu 49º aniversário
de serviços prestados à causa
empolgante e altruística da Legião
da Boa Vontade, completado em
29 de junho do corrente ano.
Retribuo na mesma intensidade
essas demonstrações de Amor
Fraterno.
_________________
*1 Rede Mundial — A TV da Educação, da Cultura e da Cidadania Solidária com Espiritualidade Ecumênica!
— Rede nacional de televisão criada
por Paiva Netto em 1º de janeiro de
2000.
*2 Cantina — É antiga a ordem de Paiva
Netto para que nas cantinas das escolas
da LBV, em todos os locais, sejam servidos alimentos que contribuam para o
bem-estar das crianças e dos jovens.
O Instituto de Educação da LBV está
localizado na Av. Rudge, 700, Bom Retiro, São Paulo/SP, tel.: (11) 3225-4500,
site www.iejpn.com.br.
Revista Boa Vontade
Cartas
Cidadania plena

(...) A revista BOA VONTADE prima pelo Ecumenismo e pela elevação
espiritual da Humanidade.
Veículos com este perfil
conseguem desenvolver
a cidadania plena, que
só é possível dentro do
binômio “humano x
Espírito”, conduzindo
reportagens sempre ao
engrandecimento de todos. Acompanhamos a
trajetória da Legião da
Boa Vontade desde os
tempos do saudoso Irmão Alziro Zarur
(1914-1979), até os dias de hoje, com
a administração e condução iluminada
do Irmão Paiva Netto, que pelo seu
dinamismo e capacidade, ampliou as
ações sociais (da Instituição), construiu
o Templo (da Boa Vontade), em Brasília,
responsável pela maior peregrinação
do Distrito Federal; o ParlaMundi (da
LBV), que abriga as mais variadas conferências e discussões para o crescimento
da Humanidade; e deu seqüência à expansão mundial da LBV, com a presença
em diversos países. 	
(...) Gostaríamos de agradecer todo o
apoio dado pelos senhores, que tem sido
de grande valia aos propósitos de projetos, que por meio da nossa Organização
da Sociedade Civil — OSCIP; Central
de Referência à Discriminação Religiosa
— CRDR, promove ações sociais seguindo o exemplo dado pela maravilhosa

obra da Legião da Boa Vontade. (César
Bastos — Coordenador do Centro de
Referência à Discriminação Religiosa
— CRDR e Secretário Executivo da
Central de Cidadania (SEJDIC/RJ)

mas principalmente pelas reflexões de
pensadores que marcaram sua geração e
as vindouras, com frases que são tão úteis
e atuais quanto em suas épocas. (Paulo
Berri, escritor — Florianópolis/SC)

“Muro de Gerês”

Parabéns!

Quero expressar minha emoção
ao ler o artigo do escritor Paiva Netto,
“Muro de Gerês”, na edição nº 202,
desta maravilhosa revista. A forma
como ele descreve pessoas e lugares
que conheceu em sua viagem a Portugal é muito rica em detalhes, tanto é
que fui capaz de visualizar todas as situações, como se lá estivesse também, e
isso me encanta em suas matérias. Nos
belíssimos versos, que foram inspirados
no Muro de Gerês, podemos perceber
quanto sentimento o escritor demonstra
ao reconhecer a importância do que
para muitos poderia ser um simples
muro, mas que na visão de um homem
iluminado pela força do Amor de Jesus,
torna-se exemplo de uma estrutura que
cumpre sua função permanente. Parabéns à revista BOA VONTADE, que
está esplêndida, e ao Irmão Paiva, que
com fidelidade e muito Amor dedica
sua vida ao Divino Mestre e, assim,
nos leva a conquistar a Paz. (Anderson
Cardoso — via e-mail)

Identidade Visual

Quero parabenizar a identidade visual da revista BOA VONTADE, não
só pelo colorido e diagramação ímpares,

O mundo ao alcance de um clique

A

Imagens: Google Earth

lguns dos leitores da revista
BOA VONTADE tiveram a
grata satisfação de realizar
uma viagem virtual a diversos órgãos da Legião da Boa Vontade,
neste mês de julho. Um deles, o
maestro José Eduardo Paulote de
Paiva, emocionou-se ao ver as fotografias aéreas do Templo da Boa
Vontade e do Parlamento Mundial
da Fraternidade Ecumênica, o Par-

laMundi da LBV, em Brasília/DF.
Quem quiser visitar também esses
lugares e uma infinidade de outros
espalhados por todo o Planeta pode
fazê-lo com apenas um clique. Para
isso, basta salvar em seu computador
um novo programa disponibilizado
pelos sites http://maps.google.com
e http://earth.google.com; e ver as
imagens feitas da Terra por satélites
em órbita.

Imagens de satélite: Templo da Boa Vontade e do ParlaMundi
da LBV (acima), em Brasília/DF, e Instituto de Educação José de
Paiva Netto (embaixo), na capital paulista.



Revista Boa Vontade

Queridos amigos, acompanho a
Super Rede Boa Vontade de Rádio
há quase dois anos e gostaria de dizer
quanto tenho aprendido com as lições
do Irmão Paiva e as vibrações que sinto
com as músicas e preces. Vocês estão de
parabéns!!! (Cláudio Ricardo — Barra
Mansa/RJ)
A revista BOA VONTADE está
simplesmente maravilhosa, moderna e
superatual. Os temas nela abrangidos
são de uma importância tão grande que
não devemos deixar de ler. (Luiz Silva
— Nova Iguaçu/RJ)
Quero agradecer ao Irmão Paiva
pela grande lição de humildade que
vem nos trazendo todos os dias por
meio dos Ensinamentos Divinos,
seja pelo rádio, televisão, pelos
congressos maravilhosos, como o de
Uberlândia/MG, no dia 25 de junho;
ou pelas obras literárias — pérolas
divinas a nos despertar para a verdadeira realidade: a espiritual. Entre
eles As Profecias sem Mistério, que
como afirma o ilustre Espírito Dr. Bezerra de Menezes: “É o livro da cura,
e deve estar na cabeceira de todas as
A equipe da Juventude Ecumênica
da Boa Vontade de Deus está trabalhando para que essa corrente maravilhosa
chamada Legião da Boa Vontade possa
crescer a cada dia. Minha sincera gratidão também pelo Congresso da LBV em
Uberlândia/MG dedicado aos Jovens.
Meu coração está em festa, pois receber
este presente moral e espiritual é uma
honra pela qual não poderia deixar de
citar nesta singela carta. (Samara Alessandra Marques, Recife/PE)

“Prezado escritor José de Paiva
Netto, registro, com
muita satisfação, o
recebimento da revista BOA VONTADE de maio de 2005.
Cumprimentando-o
pelo editorial Status da Mulher nas
Nações Unidas, agradeço a gentileza
com que fui distinguido. O abraço especial.” (Marco Maciel, Senador)

Irmão Paiva, grande amigo! Quero
desejar muitas felicidades! Amigo é assim: está todos os dias em nosso lar nos
orientando, nos ensinando a viver melhor
e nos elevando ao coração de Jesus nos
momentos de oração, por meio da Super
Rede Boa Vontade de Comunicação.
Obrigada pela sua amizade e pelo seu
carinho. Feliz Dia do Amigo! (Maria
Freitas, por e-mail).

Da esq. para a dir.: o jornalista Luiz
Carlos Lourenço, o radialista Hilton AbiRihan e o dirigente da LBV, Paiva Netto,
em memorável encontro.

“Meu querido Irmão Paiva Netto,
envio um abraço fraterno e especial
pelo Dia do Amigo. Peço a Jesus que
continue dando-lhe força para continuar
atuando com brilhantismo como magnífico médico espiritual de homens e de almas. Que Deus o ilumine para continuar
sempre atuando na LBV com todo este
carisma, cheio de rapidez de raciocínio
e repleto de Amor ao próximo. Que para
todo o mundo você continue espalhando
seus conhecimentos espirituais e que
faça crescer, cada vez mais, a nossa
Legião da Boa Vontade”. (Luiz Carlos
Lourenço, jornalista).

ABL: 108 anos de Cultura.
Alan Lincon

Quero transmitir ao coração do Irmão
Paiva as minhas vibrações de carinho,
amizade e gratidão. Que Jesus, o Divino
Amigo, o ilumine sempre e derrame sobre ele e sua querida família as Bênçãos
Celestiais de saúde, paz e alegria. (Miltes
Pestana, por e-mail).

Dia do amigo
Antonio Carlos

ONU
João Preda

famílias”. Esse trabalho do Irmão Paiva libertará a Humanidade da maior
doença de todos os tempos: a ignorância total das Leis de Deus. (Cláudia
Oliveira — Piracicaba/SP)

Eutanásia

A palestra publicada na BOA VONTADE, edição nº 202, sobre a Eutanásia,
está surpreendente. O Dr. Oswaldo Hely
Moreira faz uma análise médico-espiritual, debatendo a questão do comportamento ético da medicina, dos direitos
do paciente terminal e as conseqüências
espirituais dessa atitude. A matéria está
bem didática, elucidando de maneira
compreensível os termos científicos e
polêmicos abordados, a exemplo de
Distanásia e Ortotanásia. Parabéns a
todos pela escolha dos temas, sempre
atuais, que são tratados pelo prisma da
Espiritualidade Ecumênica. (Leonardo
Barduzzi — São Paulo/SP)

O advogado Pedro
de Paiva (E) ao lado
do poeta e escritor
Ferreira Gullar

A Academia Brasileira de Letras
(ABL) promoveu, em 20 de julho,
a solenidade comemorativa ao 108º
aniversário de fundação da Casa. Na
cerimônia foram entregues os Prêmios
Literários ABL, na sede do órgão no
Rio de Janeiro/RJ. A principal honraria
foi conferida ao poeta e escritor Ferreira
Gullar, que ganhou o Prêmio Machado

de Assis, pelo conjunto de sua obra. Na
oportunidade, o advogado Pedro de
Paiva representou seu pai, o dirigente
da LBV, cumprimentando os presentes, em especial, os homenageados.
O acadêmico Eduardo Portella, ao ser
saudado, aproveitou para mandar um
forte abraço a Paiva Netto e dizer que
sempre lê a revista BOA VONTADE.

Revista Boa Vontade
Ao Leitor
Este número da revista BOA
VONTADE é, acima de tudo, um registro histórico de pioneiros de nossa
comunicação, homenagem ensejada
pelos 90 anos de idade do veterano
jornalista Fernando Segismundo, em
5 de julho. Na referida data, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
realizou o evento “Quatro pilares
da ABI”, no qual ele e outros três
destacados ex-Presidentes daquela
Casa foram lembrados, por sugestão
inicial do próprio Segismundo, e são
eles também que figuram na capa da
rBV. Na matéria de José Reinaldo
Marques, publicada também no site
da ABI, pode-se ter uma idéia do
legado desses profissionais para o
Brasil: Herbert Moses (1884-1972),
que consolidou a Entidade fundada
por Gustavo de Lacerda (1852-1909);
Barbosa Lima Sobrinho (1897-2000),
o decano da imprensa, que liderou
uma intensa campanha nacionalista e
fez da profissão um meio de levar política e cultura ao Povo; e Prudente de
Moraes, neto (1904-1977), que, entre
as relevantes ações, destacou-se, em
especial, na defesa dos jornalistas de
nosso país.

Vale dizer, ainda, que é antiga a
amizade que une a Legião da Boa
Vontade e a ABI, desde os primórdios da Instituição (1950), pois foi
justamente no Salão do Conselho da
Associação que ocorreram as primeiras reuniões públicas ecumênicas da
LBV, fundada pelo saudoso jornalista
Alziro Zarur (1914-1979).
Outra matéria de destaque desta
edição é o editorial de Paiva Netto.
Nele, o escritor e jornalista chama a
atenção para o fato de que a “Obesidade mata mais que Aids”, conforme
registrou no título de seu artigo.
Realce também para a cobertura
do “30º Congresso Internacional da
Juventude Ecumênica da LBV”, que
ocorreu em Uberlândia/MG, no último 25 de junho, cujo tema O Jovem
na Política de Deus mexeu com essa
gente moça, fazendo-a refletir sobre
valores como Respeito, Caridade,
Solidariedade e Amor. No Especial,
trechos marcantes da palavra do Líder
da LBV, Paiva Netto, durante o evento
jovem, acerca do assunto, apresentado
por ele de forma prática, na vida das
pessoas e dos povos.
Os editores

BOA VONTADE
ANO XXIII • Nº 203 • julho de 2005

BOA VONTADE é uma publicação mensal das
IBVs, editada pela Editora Elevação.

Diretor e Editor responsável
Francisco de Assis Periotto
MTE/DRTE/RJ 19.916 JP

Redação
Editor Executivo: Gerdeilson Botelho
Subeditora: Débora Verdan
	

Revisão
Adriane Schirmer
Neuza Alves
Walter Periotto
Wanderly Albieri Baptista

Colaboradores
Alvino Barros, Antonio Paulo
Espeleta, Daniel Trevisan, Elias
Paulo, Leonardo Mattiuzzo, Maria
Aparecida da Silva, Paulo Azor,
Pedro de Paiva, Profa Nádia Lauriti,
Rita Silvestre, Silvia Bovino e
William Luz

Arte
Projeto Gráfico: João Periotto
Capa: João Periotto e Alziro Braga
Fotomontagem de capa: acervo da ABI
e da rBV.

Sumário

Produção

Edição nº 203
4 Editorial
8 Cartas
13 Coluna do Garotinho
14 Perfil
17 Literatura
18 Samba e História
20 LBV na ONU
22 Memória da Imprensa
26 Entrevista
29 Cultura
30 História
36 Reportagem

10 Revista Boa Vontade

44 Especial sobre
Paiva Netto
46 Viver é Melhor!
47 Atualidades
49 Melhor Idade
50 Ação Jovem LBV
52 Soldadinhos de Deus
54 Acontece no mundo
57 Acontece
62 Pedagogia do Cidadão
Ecumênico

Endereço para correspondência:
Av. Rudge, 938 — Bom Retiro
CEP 01134-000 — São Paulo/SP
Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal
13.833-9 — CEP 01216-970
Internet: www.boavontade.com
E-mail: info@boavontade.com
Impressão: PROL Editora Gráfica
A revista BOA VONTADE não se responsabiliza
por conceitos emitidos em seus artigos assinados.
Sumário
Editorial

4

4 Editorial

Memória da Imprensa

22

Entrevista

26

História

30

O escritor e jornalista Paiva Netto
alerta: “Obesidade mata mais que
Aids”, chamando a atenção dos
leitores para a doença que, em muitos países, é considerada caso de
calamidade pública.
13 Coluna do Garotinho

Coluna do Garotinho

13

A formação de novos talentos no
futebol na América do Sul e na África e o investimento de clubes europeus nesses jogadores são pauta
do artigo de José Carlos Araújo
14 Perfil
Oscar Schmidt conta a trajetória de
sua vida que o tornou um campeão
dentro e fora das quadras
18 Samba e História
Um dos grandes símbolos do carnaval carioca, Neguinho da Beija-Flor,
há 30 anos na Escola de Nilópolis,
fala do trabalho que o projetou como
cantor e compositor.
22 Memória da Imprensa

Perfil

14

Cerimônia especial na Associação
Brasileira de Imprensa homenageia
os “Quatro Pilares da ABI”, um reconhecimento aos ex-Presidentes da
Casa do Jornalista: Herbert Moses,
Prudente Moraes, neto, Barbosa
Lima Sobrinho e Fernando Segismundo.
26 Entrevista
Rafael Cury comenta a mais expressiva vitória da Ufologia do Brasil: a
abertura dos arquivos da Aeronáutica, uma ação que teve início no
ParlaMundi da LBV, em 1997.

Samba e História

18

30 História
A vida e obra de Santos Dumont,
o brasileiro que se tornou um dos
mais respeitados inventores do
mundo moderno, ao realizar o histórico vôo no 14 Bis.

Reportagem

36

36 Reportagem
Paiva Netto palestra para milhares de
jovens em Uberlândia, no Triângulo
Mineiro, em evento marcante que
debateu “O Jovem na Política de
Deus”. Na reportagem, leia trechos do
pronunciamento feito de improviso
pelo Líder da LBV.

Revista Boa Vontade

11
Reprodução BV197

Coluna do Garotinho

A supremacia da

José Carlos Araújo é locutor
esportivo da Rádio Globo do
Rio de Janeiro/RJ

O

futebol milionário, sem dúvida, está na Europa. Os clubes
espanhóis, italianos, ingleses,
alemães e franceses dão mostras de sua vitalidade financeira, com
enorme capacidade de gerar receitas inimagináveis para clubes dos continentes
sul-americano e africano.
Até mesmo centros esportivamente
menos desenvolvidos, como o da Rússia
(sem falar em países de futebol inexpressivo, como os da Ásia), matam de inveja
qualquer diretor financeiro de clubes da
América do Sul e da África.
Falando em termos brasileiros,
basta surgir um novo talento por aqui

que qualquer clube europeu consegue
contratar com relativa facilidade. Para
eles, sai muito barato e a revenda é lucro
na certa. Para nós, suas propostas em
dólares ou euros são irresistíveis.
Não é por acaso que os campeonatos
europeus exibem os maiores craques do
futebol mundial. Tanto que, ao escalar as
seleções titulares de Brasil e Argentina,
por exemplo, todos são integrantes de
equipes européias.
Mas, justamente por esse êxodo,
que tanto incomoda o torcedor brasileiro, o admirado futebol europeu
vem fracassando nas competições
internacionais.
Foi assim na Copa do Mundo
de 2002 e no Campeonato Mundial
sub-20, disputado agora, na Holanda.
O mesmo ocorreu na Copa das Confederações, cuja final reuniu Brasil e
Argentina, o maior clássico e a maior
rivalidade da América do Sul.
Ficou claro que o milionário futebol europeu simplesmente não existe.

Na verdade, o que a Europa exibe são
talentos sul-americanos (brasileiros,
argentinos, colombianos, paraguaios,
etc.), acompanhados de talentos africanos.
Ao importar os craques dos principais centros futebolísticos mundiais,
os europeus deixam de formar os seus
próprios jogadores. Por isso, quando
colocam suas seleções em campo, não
podendo contar com os importados,
acabam exibindo toda a sua fragilidade.
Ao contrário, a saída constante de
jogadores leva os clubes exportadores
de talentos (sul-americanos e africanos,
principalmente), a acelerar a formação
de jovens jogadores.
A continuar assim, os próximos
campeonatos mundiais deverão repetir
os resultados observados nas últimas
disputas: países sul-americanos e africanos sempre ocupando as primeiras
posições e levando para casa importantes conquistas.

Estádio de Daegu, na
Coréia do Sul.

Revista Boa Vontade

13

Photos.com

América do Sul e da África
Perfil

Trajetória de um

campeão
Oscar Schmidt: exemplo no esporte e de cidadania.
____________
Leila Marco

Fotos: Arquivo da Confederação
Brasileira de Basquete (CBB)

A

Chico Audi

carreira vitoriosa de Oscar
Daniel Bezerra Schmidt
— ou como ficou carinhosamente conhecido: o “Mão
Santa” — pode ser observada sob alguns ângulos e, apreciando-os, se tem
a certeza de que a experiência pessoal
dele é útil, principalmente para os
jovens, seja qual for o campo de atuação que escolham. Um gigante, não
só na estatura (2,04 m) mas nas ações,
dentro e fora das quadras, dando apoio
aos colegas ou colaborando com o
próximo, a exemplo de diversas campanhas socioeducacionais da Legião
da Boa Vontade de que participou. A
aura alegre, jovial, cheia de energia, e
o espírito aguerrido que lhe valeram
nos momentos mais difíceis alicerçaram o seu currículo impecável como
atleta, a ponto de ser considerado o
maior jogador de basquete brasileiro
de todos os tempos e um dos maiores
recordistas mundiais na modalidade.
Vindo de família de esportistas, o
caminho foi natural, com um empurrãozinho a mais que a altura favorecia.
Aos 13 anos (já com 1,90 m), deu
os primeiros passos com a ajuda do
técnico Laurindo Miura, época em
que morava na capital federal. Depois foram se sucedendo os triunfos,
os bons resultados nos campeonatos,
sempre se destacando nos clubes em
que passou, no Brasil e Exterior, como
nas onze temporadas na Itália (foi o
primeiro jogador a fazer 10 mil pontos
no Campeonato Italiano) e, depois,

14 Revista Boa Vontade
J. A. Parmegiani

O “Mão Santa” em mais um lance espetacular

Oscar foi um dos atletas que assinaram
a camiseta da LBV — França-98, um
incentivo à Seleção Brasileira de Futebol
nos jogos da Copa do Mundo. A renda
com a venda desse material foi revertida
em prol das obras socioeducacionais da
Instituição.

Em 1987, Oscar festeja um dos títulos
mais importantes da carreira: a vitória
sobre a Seleção Norte-Americana, no PanAmericano de Indianápolis (EUA).

ao integrar o Forum, de Valladolid,
na Espanha.
Em um quarto de século nas
quadras, chegou, em 1º de dezembro
de 1999, à marca de 43 mil pontos,
apenas superado no basquete internacional por Kareem Abdul-Jabbar,
que alcançou os 46.725. Outro grande
feito de Schmidt foi integrar o time
brasileiro em cinco Olimpíadas: Moscou (1980), Los Angeles (1984), Seul
(1988), Barcelona (1992) e Atlanta
(1996), sendo o cestinha em três jogos
e o primeiro, nessa competição, a fazer
mais de mil pontos.
Mas nada se iguala ao desempenho em 1987, quando comandou a
histórica vitória de 120 x 115 sobre
o Dream Team, ganhando o título do
Pan-Americano, na casa dos adversários, em Indianápolis/EUA.
Ao se despedir das quadras, soube
fazê-lo da melhor forma, com justo
reconhecimento. Atualmente, dirige
a equipe do Telemar, Rio de Janeiro,
que se sagrou campeã brasileira no
último 26 de junho, ao vencer o Unit,
de Uberlândia/MG, com uma equipe
formada por jogadores ditos “velhos”,
mais um ousado projeto de Oscar. Por
tudo isso, vale conferir a entrevista
exclusiva do nosso “Mão Santa”.
BOA VONTADE — Primeiramente, a LBV agradece por você
tomar parte das comemorações dos
55 anos da Instituição.
Oscar — Eu que agradeço. Sempre que fui chamado, atendi. Sou
cliente velho da LBV (risos). É um
orgulho ser chamado para divulgar
algo que deu certo. E faço com a
maior Boa Vontade mesmo, com um
prazer enorme. Participar da Campanha cedendo aquilo que tenho de
mais precioso, que construí durante
muitos anos, a minha imagem. Porque a LBV é o exemplo de como as
coisas devem ser feitas para ajudar as
pessoas que precisam. Espero que ela
cresça muito, que se multiplique cada
vez mais e consiga atender a muitos
mais milhões (de pessoas) do que já
atendeu até agora.

“A LBV é o
exemplo de como
as coisas devem
ser feitas para
ajudar as pessoas
que precisam.”
BV — Nos Centros Educacionais
da LBV, que você já visitou diversas
vezes, o esporte também é colocado
em destaque, sendo valorizado.
Oscar — O esporte é muito bom
para a criança, para o adolescente.
A LBV tem de incentivar, cada vez
mais, a prática dele para preencher as
lacunas que ficam na vida da criança,
quando a garotada não está estudando.
Ao dar esporte nessa hora livre, você
coloca objetivos, coisas boas na cabeça do menino. E ele fica cansado, com
pouco tempo para fazer besteira.
BV — Seus pais não eram ligados ao basquete. Como surgiu este
contato com a modalidade?
Oscar — Apesar de eles não serem
jogadores de basquete, eram esportistas: meu pai, mãe e tio jogavam vôlei.
Um irmão jogou vôlei, chegou a ser
da Seleção Brasileira, hoje o Tadeu
Schmidt é um grande repórter da TV
Globo. Outro irmão meu, o Felipe,
também pratica vôlei de praia com
seu filho, e jogou muito basquete, é
Capitão de Fragata da Marinha, lá
em Vitória. Todos temos o esporte no
sangue. Então, fazer vôlei, basquete,
ou qualquer outra modalidade, é uma
questão só de escolha, porque, com o
que a gente fizesse, ia se identificar.
Mudamos para Brasília, meu pai é
militar, e quando cheguei lá, queria
jogar futebol, mas eu estudava no
(Colégio) Salesiano, onde estava o
técnico de basquete do Clube Unidade Vizinhança. Então, aconselharam

Revista Boa Vontade

15
Perfil

BV — Vivemos numa era de
videogame, computador. As crianças e os jovens estão cada vez mais
sedentários. De onde deve vir o
incentivo para a garotada ingressar
no esporte?
Oscar — O videogame é muito
legal. O computador também é imprescindível na vida da gente, mas
todos têm de achar um tempo para
se movimentar. Além de preencher
o tempo, para todos, fazer esporte
é fundamental: para não engordar,
não ter problema de saúde. Muitos
jogos infantis foram esquecidos,
como o botão, a bola de gude, empinar papagaio. Essas coisas que a
maioria dos meninos fazia, hoje com
o videogame, o computador, ficam
muito mais difíceis. Seria bom que
as crianças encontrassem um tempo
para brincar de coisas manuais, não
só olhar para uma tela e ficar meio
hipnotizado.
Oscar, em 1987, quando comandou a
histórica vitória de 120 x 115 sobre o
Dream Team, ganhando o título do PanAmericano, na casa dos adversários, em
Indianápolis/EUA.

a mim e a meu pai: “Vá lá tentar o
basquete, porque você tem tamanho”.
Acabei me apaixonando de cara.
BV — O apoio familiar foi importante nessa trajetória?
Oscar — Sim, a primeira coisa é o
apoio familiar. A família é primordial
em todos os instantes felizes e nos que
a gente passa por uma certa dificuldade.
Se há um problema em casa, aí o esporte
se torna fundamental. Se você tiver as
três coisas: a família em casa, fizer esporte e estudar, está bem encaminhado.
É muito difícil cair numa errada.
BV — Qual o valor da religiosidade na vida das pessoas?
Oscar — É importante, sobretudo
nos momentos difíceis, você se apegar
a alguém. E Deus é uma coisa muito
séria, a mais bonita, segura para se ligar.
Quando se tem esse sentimento, você
sai na frente dos outros.

16 Revista Boa Vontade

BV — Você nasceu em Natal/
RN, e as principais praças esportivas estão centralizadas nas regiões
Sul e Sudeste do Brasil. Como dar
maior acesso às pessoas que estão
em outras localidades?
Oscar — Isso é um papel das
federações e confederações esportivas, que no nosso País não fazem
da maneira como deveria ser. A escola também tem um fator relevante
nisso, mas não é feito como teria de
ser. A partir do momento que vier, de
cima para baixo, uma ordem e mais
recursos para investir na Educação,
de maneira que o esporte seja praticado na escola, e a criança fique
o dia todo no colégio, teremos um
Brasil muito melhor pela frente.
BV — Como você avalia a nova
geração de jogadores de basquete que estão atuando em nossa
seleção?
Oscar — São bons jogadores.
Temos uma ótima seleção. Só falta
aquela coisinha a mais para mudar
de nível. Aquele detalhezinho para
sair do estágio de equilíbrio entre os

“Deus é uma
coisa muito séria,
a mais bonita,
segura para se
ligar. Quando
se tem esse
sentimento, você
sai na frente dos
outros.”
países, passar para o de cima, que a
Argentina conseguiu e a Iugoslávia
alcançou há muitos anos, a Rússia
há um tempo e os Estados Unidos
já têm a vida toda.
BV — Quais as metas de vida
para 2005 em diante?
Oscar — Meus planos de vida
são cuidar da minha família, continuar fazendo palestras pelo Brasil.
O meu ganha-pão hoje é fazer palestras. E, de alguma forma, permanecer no meio do esporte. Estou
trabalhando para nós viabilizarmos
uma liga profissional independente
de basquete, com todos os clubes
do Brasil. Está tendo um sucesso
relativo até agora, espero que isso
vingue e que, pouco a pouco, cada
um no seu papel, possa melhorar o
nosso basquete.
BV — Sua mensagem final:
Oscar — Façam esporte, se mexam. Se não for algo competitivo,
que seja andar a pé e de bicicleta,
correr, jogar um futebolzinho ou
basquete. Qualquer tipo de esporte
é bom para a saúde. Quem puder
enveredar pelo caminho profissional, melhor. Quem não conseguir,
faça de alguma maneira, porque,
senão, você pode ter problemas no
futuro.
Literatura

Memórias de

Jornalismo e Política

Bill Clinton
Reprodução RMTV

Franklin Martins

o Presidente das Instituições da Boa
Vontade, registrando as palavras: “Ao
Paiva Netto, algumas reflexões sobre
nossa profissão. Espero que goste.
Franklin Martins”.

Universo da Física
acontecimento: “A
iniciativa
da Legião
da Boa
Vontade é
fantástica, porque
uma das
grandes
mentiras
que têm
Marcelo Gleiser
sido espalhadas por aí é que Ciência e Religião estão em guerra, em conflito,
e que uma não tem nada a ver com
a outra. E não é por aí! A Ciência e
a Fé complementam-se, as pessoas
precisam das duas. Não adianta
você ter uma visão puramente racional do mundo. Existem certas
coisas que a Ciência não se propõe
a explicar”. [R.O.]

Daniel Trevisan

O

s mistérios do Universo
instigam a mente não só de
crianças, como também de
jovens e adultos. Quando
vistos pelo prisma científico, tornam-se bem curiosos e interessantes.
Acreditando nisso, o renomado físico
Marcelo Gleiser lançou a obra Micro
Macro — Reflexões sobre o Homem, o
Tempo e o Espaço. Na noite de autógrafos, realizada na Livraria FNAC,
em Pinheiros, zona sul de São Paulo,
Gleiser, que também acumula a função de professor premiado de Física
e Astronomia no Dartmouth College
(EUA), dedicou um exemplar de sua
obra ao Líder da LBV com a mensagem: “Para José de Paiva Netto, com
grande abraço. Marcelo Gleiser”.
Em 2000, um mês antes da realização do “Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV”,
o físico assim se expressou sobre o

______________
Raquel Bertolin

João Preda

O

conceituado jornalista Franklin
Martins lançou, no restaurante
Carpe Diem, da 104 Sul, Distrito
Federal, o livro Jornalismo Político.
O autor é comentarista político da
TV Globo, da Globonews e da Rádio
CBN. Sua obra literária “explora de
forma prazerosa o dia-a-dia de um
jornalista político e conta como é a
relação entre a imprensa e o poder em
Brasília”, escreve na contracapa. “Este
livro — essencial para estudantes e
profissionais da área — mostra que
é possível para o jornalista exercer
sua profissão com responsabilidade e
transmitir informação isenta e correta
sem se comprometer com conflitos de
interesse”, completa.
No lançamento, Franklin autografou um exemplar de seu livro para

João Preda

___________
Nádia Preda

Bill Clinton em entrevista à Rede Mundial de Televisão

O

ex-Presidente
dos Estados Unidos
Bill Clinton
fez uma palestra sobre
Liderança
e Prosperidade Coletiva, no fim do mês de junho,
na capital paulista. William
Jefferson Clinton foi eleito
Presidente dos EUA em 1992
e reeleito quatro anos mais
tarde, sendo o primeiro do
partido democrata a exercer
um segundo mandato desde
Roosevelt.
O encontro, voltado para
lideranças de todo o Brasil,
reuniu um público de aproximadamente 1.200 executivos
e líderes governamentais.
Durante este evento, ele lançou o seu livro Minha Vida e
autografou um exemplar ao
dirigente da LBV: “To Paiva
Netto, Bill Clinton”. (“Para
Paiva Netto, Bill Clinton”).

Revista Boa Vontade

17
Samba e História

Neguinho da Beija-Flor (C) puxa o samba-enredo: “O vento corta as terras dos Pampas. Em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Guarani. Sete povos na fé e na dor... Sete missões de amor”, que deu, em
2005, à Escola de Samba de Nilópolis, o tricampeonato do Grupo Especial do Rio de Janeiro.

Coração da

azul e branco

de Nilópolis

Reprodução RMTV

Há 30 anos na Beij a-Flor, o cantor e compositor Neguinho conta sua trajetória no samba.

Hilton Abi-Rihan, radialista, apresentador do
programa Samba e História, da Super Rede
Boa Vontade de Comunicação, conversa com
Neguinho da Beija-Flor. Na RBV, o ouvinte
pode acompanhar essas entrevistas aos
domingos, no horário das 13 ou 19 horas.
Pela RMTV o programa (foto) é exibido
aos sábados, às 23 horas. No domingo, o
telespectador tem duas opções de horário: às
15 ou 23 horas.

18 Revista Boa Vontade

N

oel Rosa (1910-1937) afirmava que “samba não se aprende
na escola”. Mas a vida do sambista Neguinho da Beija-Flor
dá um livro, como ele mesmo definiu
em entrevista ao programa Samba e
História, transmitido pela Super Rede
Boa Vontade de Rádio (RBV) e pela
Rede Mundial de Televisão (RMTV).
Filho de músico — o pai de Neguinho
era pistonista — as raízes familiares
contribuíram para que o artista não
apenas interpretasse sambas, mas, de
fato, conhecesse música.
O início da carreira dele foi no
bloco Acadêmico de Miguel Couto,
como capoeirista. Contudo foi quando
saiu do Leão do Iguaçu, em 1975, que
Neguinho começou a fazer parte da ala

Fotos gentilmente cedidas pela
Escola de Samba Beija-Flor

de compositores da Beija-Flor, escola
na qual permanece até hoje. E foi aí que
nasceu o primeiro sucesso: Sonhar com
Rei dá Leão.
Com este samba-enredo, a atual
tricampeã do carnaval carioca faturou
o primeiro título, “quebrando, assim,
um tabu de quatro escolas de samba (na
época, há 30 anos) que são Mangueira,
Salgueiro, Portela e Império Serrano”,
recorda. “Só essas quatro é que ganhavam carnavais; as demais eram só
coadjuvantes, só para encher, dar um
complemento no desfile (...) A BeijaFlor quebrou esse tabu com um samba
de minha autoria”, declara.
Durante o bate-papo, ele ainda se
lembrou de quando foi gravar o primeiro samba-enredo que compôs. Muitos
Neguinho da Beija-Flor

não sabem, mas a composição Sonhar
com Rei dá Leão, escrita por Neguinho,
marcou história na vida do sambista. A
canção, na época, foi eleita para representar a escola de Nilópolis nos desfiles
daquele ano. A voz que iria puxar o
enredo não era a sua. Contrariado em
ver a atuação do cantor no estúdio de
gravação, Neguinho solicitou a um dos
diretores para mostrar como se cantava
a música.
Ao ouvir a interpretação dele, o
diretor pagou a quantia que devia ao
cantor e pediu a Neguinho que gravasse a melodia. Recorda o sambista: “Eu
falei que meu nome era Neguinho da
Vala. O diretor disse: ‘Não! Quem vai
gravar é você; e, a partir de hoje, vai
ser Neguinho da Beija-Flor’”.
Flamenguista apaixonado, Neguinho também é autor de O Campeão,
música que fez em homenagem ao time
rubro-negro e que atualmente é cantada
por torcedores de vários clubes. Até
porque virou um clássico o refrão:
“Domingo eu vou ao Maracanã, torcer
para o time que sou fã”, conforme descreve a letra. Outra grande conquista é
a canção Ângela, de Serginho Meriti e
Alexandre, que, na voz de Neguinho,
fez sucesso na década de 1980. A mú-

sica inspirou o sambista para o nome
da sua filha, agora com 18 anos.
É de autoria dele também Deusa da
passarela, escrita na época em que a azul
e branco de Nilópolis sagrou-se tricampeã pela primeira vez (1976/ 77/ 78).
Enquanto para alguns a escola de
samba é apenas visual ou samba no pé,
Neguinho encontra nos pavilhões uma
paixão. Ele está na Beija-Flor há trinta
anos e compôs oito sambas para a azul
e branco de Nilópolis, que, atualmente,
no ranking geral da Liga das Escolas
de Samba, é a campeã em títulos. Muitas composições dele misturam-se a
situações vividas em seu dia-a-dia. “Às
vezes as pessoas ouvem uma música
e dizem: ‘Será que foi verdade essa
história ou o compositor criou essa
história, imaginou e contou?’. No meu
caso, a maioria de minhas músicas são
fatos verdadeiros”.
O CD Nos braços da comunidade é
o atual trabalho do Neguinho da BeijaFlor, que está na Europa numa turnê
de três meses. Durante a gravação do
programa Samba e História, ele, carinhosamente, fez um trocadilho com
o bordão de maior sucesso do artista,
numa homenagem à Legião da Boa
Vontade: “Olha a LBV aí, gente!”.

Lívio Campos

“Olha a LBV aí, gente!”

Na Marquês de Sapucaí, tradicionalmente
a escola levanta a avenida.

A elegância do primeiro casal de Mestre-Sala e PortaBandeira da Beija-Flor, Claudinho e Selminha Sorriso.

Revista Boa Vontade

19
LBV na ONU

Boa Vontade nas Nações Unidas
Encontro reúne anualmente chefes de Estado,
ministros e embaixadores de mais de 190 países.
_________________
Danilo Parmegiani

Fotos: Eliana Gonçalves

T

odos os anos, o Conselho Econômico e Social das Nações
Unidas (Ecosoc) reúne-se
para uma sessão extraordinária do High Level Segment
(Alto Segmento),
na qual chefes de
Estado, ministros
e embaixadores
de vários paísesmembros divulgam suas ações em
direção ao desenvolvimento sustentável
do Planeta e à melhoria
da qualidade de vida da
Humanidade. Assim, entre
29 de junho e 1º de julho de
2005, o Alto Comissariado
desse Conselho discutiu
o tema “Millennium+5”,
marcando meia década da
assinatura da Declaração
do Milênio e o prazo de
c-símiles das
mais dez anos para o cumFa
a
capas da revist
ária primento dos desafios
Sociedade Solid
globais acordados por
nhol)
(inglês e espa
191 nações.
Além das delegações oficiais, a
sociedade civil pôde pronunciar-se. Da
América Latina, a organização convidada a se dirigir ao microfone na câmara
do Ecosoc foi a Legião da Boa Vontade, pelo trabalho socioeducacional
que desenvolve há 55 anos, em vários
países, com ampla atuação intersetorial,
cooperativa e ecumênica.
Tendo sua palavra anunciada pelo
Presidente do Conselho e Embaixador
do Paquistão, Munir Akram, a LBV

20 Revista Boa Vontade

Conceição Malaman, da LBV, trouxe à
reunião do Alto Comissariado do Ecosoc, na ONU, a contribuição da Rede
Sociedade Solidária, criada pela LBV, e
que reúne 234 ONGs latino-americanas.

apresentou a articulação da rede Sociedade Solidária e um documento que
obteve a contribuição de 234 ONGs
latino-americanas. O comprometimento
em promover ações organizadas no
combate à fome, à miséria, às desigualdades e em favor da Vida, da educação
universal e do desenvolvimento sustentável foi abordado com uma preocupação transversal: a necessidade de buscar
valores de Espiritualidade Ecumênica
em cada indivíduo para a superação dos
problemas sociais. A representante da
Legião da Boa Vontade na Organização
das Nações Unidas (ONU), Conceição
Malaman, encerrou a mensagem dedicando à reflexão de todos o seguinte
pensamento do dirigente da Instituição,
José de Paiva Netto: “Cuida do Espíri-

to, reforma o Ser Humano. E tudo se
transformará”.
Paul Hoeffel, chefe da seção de
ONGs do Departamento de Informações Públicas (DPI) das Nações
Unidas — no qual a LBV possui
relação consultiva desde 1994
— resumiu em duas palavras seu
parecer sobre o trabalho exposto
pela entidade brasileira: “Muito
impressionante”.
O documento na íntegra foi
impresso e disponibilizado no site
da ONU (documents.un.org, sob a
identificação e/2005/ngo/8) em seis
idiomas (Inglês, Francês, Russo, Espanhol, Árabe e Chinês). Em Português,
o texto, bem como a relação de todas as
ONGs que colaboraram na discussão
local dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), podem ser
lidos no site www.lbv.org.br.
As delegações participantes receberam a sexta edição da revista Sociedade
Solidária, com a íntegra do artigo de
Paiva Netto “É urgente reeducar!”.
O material foi elogiado pela Diretora
Executiva do United Nations Development Fund for Women (Unifem),
Noeleen Heyzer.
A reunião do Alto Segmento do
Ecosoc é uma oportunidade de troca
de experiências e de informações entre
organizações do mundo inteiro. Durante um almoço ministerial oferecido
pelo governo de Sergipe e pela World
Family Organization, o Governador
João Alves Filho parabenizou a obra
que a LBV realiza na capital do Estado,
Aracaju.
LBV no relatório da Unesco sobre
a Década da Cultura de Paz
O Programa da Década da Cultura
de Paz da Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco) (2001-2010), de âmbito mundial, comemora os resultados
dos primeiros cinco anos da iniciativa.
Um relatório preliminar divulgado, em
maio, pela Unesco — que ouviu cerca
de 700 organizações, de 100 países
— comenta as dificuldades enfrentadas
pelas entidades e aponta os progressos,
ressaltando o papel da América Latina,
em especial o Brasil, entre as nações
que mais têm colaborado para a difusão
desta consciência pacificadora.
São muitas as conquistas de organizações da sociedade civil, cujos esforços
são imprescindíveis para promover a
Cultura de Paz. A Legião da Boa Vontade também foi convidada a apresentar
suas ações, que datam da década de
1940. A começar pelo próprio dístico da
LBV (em forma de um coração azul),

O Governador de Sergipe, João Alves Filho,
aparece ladeado pelos representantes da
LBV Conceição Malaman e Danilo Parmegiani.

em que se registra: “Paz na Terra aos
Homens de Boa Vontade”.
No documento, a Instituição faz
um rápido retrospecto dos serviços
prestados no ideal fraterno, a exemplo
da edificação, em Brasília/DF, do Templo da Boa Vontade e do Parlamento
Mundial da Fraternidade Ecumênica, o
ParlaMundi da LBV; o desenvolvimento
— em escolas e centros comunitários
e educacionais — da Pedagogia do
Cidadão Ecumênico, que visa à formação integral do Ser Humano: corpo
e espírito, além da disseminação da
Cultura de Paz em eventos nacionais e
internacionais e nos diversos veículos

Representante da ONU agradece contribuição da LBV
site ONU

na Declaração do Milênio,
A Sra. Hanifa Mezoui,
bem como implementando os
Chefe da Seção de Organizaresultados das conferências e
ções não-Governamentais do
encontros principais da ONU:
ECOSOC, encaminhou carta
progresso feito, desafios e
ao dirigente da LBV, José de
oportunidades’.
Paiva Netto, para agradecer o
“A respeito do Encontro
trabalho realizado pela Legião
Hanifa Mezoui
Mundial de 2005, a reunião do
da Boa Vontade no High Level
Segment 2005. Abaixo, a mensagem Alto Segmento 2005 foi particularmente
significativa, de modo que possibilitou
escrita por Hanifa:
maior contribuição ao processo de revisão do progresso feito na implementação
“Prezado Sr. Paiva Netto,
“Verdadeiramente foi um prazer dos Objetivos de Desenvolvimento do
recebê-lo na sede das Nações Unidas Milênio. Na verdade, como o senhor
em Nova York para a reunião do Alto deve saber, a relação entre o Conselho
Segmento 2005 do Conselho Econômico Econômico e Social e as organizações
e Social, a fim de compartilhar com o não-governamentais foi definida no essenhor tantas atividades inspiradoras e tatuto das Nações Unidas. Desde então,
estimulantes, culminando com a apresen- o Conselho tem persistentemente se
tação do documento de sua Organização esforçado, por um lado, ao permitir aos
dentro do tema ‘Atingindo os objetivos órgãos da ONU conclamar a consulta
de desenvolvimento, internacionalmente de ONGs e suas experiências nas mais
acordados, incluindo aqueles contidos diversas, geográfica e substantivamente,
Inglês

Espanhol

Francês

Russo

Chinês

O High Level Segment (Alto Segmento) reúne
centenas de delegações internacionais na Câmara do Ecosoc, na Sede das Nações Unidas,
em Nova York.

de comunicação do Brasil e Exterior.
E tantos outros detalhes e práticas que
se fossem registrados no questionário,
o tornariam pequeno para as diversas
realizações.
Ainda como recomendação, a Obra
apresentou trechos da palavra do Diretor-Presidente da LBV constantes da
revista Dinamismo da Paz — cujo teor
foi apresentado aos participantes da I
Conferência de Cúpula da Paz Mundial
para o Milênio, promovida na sede das
Nações Unidas, em agosto de 2000
— e outra passagem do livro Reflexões
da Alma, igualmente de Paiva Netto.
[L.S.M]
populações, bem como, por outro lado,
possibilitando às organizações que
representem elemento importante da
opinião pública expressar seus pontos
de vista, da mesma forma que o senhor
fez no manifesto escrito de sua instituição, identificado como E/2005/NGO/8.
Como o senhor também deve saber, esse
documento foi traduzido para os seis
idiomas oficiais.
“Aproveito para comunicar que
uma sinopse dos documentos de ONGs
formará uma publicação lançada anualmente pelo Ecosoc e intitulada Diálogos no Conselho Econômico e Social.
Manteremos o senhor informado do
lançamento.
“Mais uma vez, agradeço-lhe pela
participação nessa sessão e pela valiosa
contribuição a esse ímpeto coletivo de
trabalhar em direção ao cumprimento
dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio.
“Sinceramente, Hanifa Mezoui, Chefe da Seção de ONGs, DESA.”
Árabe
Mensagem da LBV
divulgada pela ONU
em seus 6 idiomas
oficiais a delegações
de Estado e ONGs
Revista Boa Vontade

21
Memória da Imprensa

Herbert
Moses

Fernando
Segismundo

Barbosa Lima
Sobrinho

Prudente de
Moraes, neto

Festa para

quatro ex-Presidentes

Fotos: Acervo da ABI*1

C

om a sessão comea sessão foi formada pelo
morativa “Quatro
ex-Presidente Fernando
pilares da ABI”, a
Segismundo; o ConselheiAssociação Braro José Gomes Talarico;
sileira de Imprensa homea Diretora de Jornalismo,
nageou Fernando SegisJoseti Marques; o acadêmundo, que completou
mico Cícero Sandroni; a
90 anos, e mais três exhistoriadora Maria Cecília
Presidentes*2 da entidade.
Rego Carneiro; a jornalista
A celebração ocorreu no
Ana Arruda Callado; o
Auditório Oscar Guanabapoeta Geraldo Meneses;
rino, 9º andar do edifícioa Presidente da União
sede, no centro do Rio. Gustavo de Lacerda, o
Brasileira de EscritoOs outros homenageados fundador da ABI (1908). res, Estela Leonardo e
foram Barbosa Lima Soa pintora Maria Emília
brinho, Herbert Moses e Prudente de Paladino.
Moraes, neto.
Domingos explicou que a sugestão
A cerimônia foi presidida por Do- de homenagear outros ex-Presidentes
mingos Meirelles, Diretor de Assistência da Casa no dia de seu aniversário partiu
Social da ABI, que representou o Presi- do próprio Fernando Segismundo, que
dente Maurício Azêdo. Convocada por justificou assim sua decisão: “Gosto
Domingos, a mesa que conduziu
de comemorar e de homenagear, mas
fico sem graça quando eu mesmo sou o
homenageado”.

22 Revista Boa Vontade

____________________
José Reinaldo Marques
do site www.abi.org.br

Durante o evento “Quatro Pilares da ABI”, no
último 5 de julho, Fernando Segismundo (à
direita) e o jornalista Domingos Meirelles que
presidiu a sessão.

Utilidade pública
Muito festejado por amigos e três
gerações de parentes que o acompanharam à ABI, Segismundo agradeceu as
palavras de carinho que recebeu: “Estou
muito honrado com esse momento, não
somente por motivos pessoais, mas
porque encontrei os confrades que
admiro e acompanhei nesta Casa, que
Na primeira foto, o Senador americano Robert
Kennedy é aclamado em frente ao prédio da
Entidade (1961), após entrevista concedida à
imprensa na ABI. Ao lado, registro histórico:
Herbert Moses, o segundo da fila, no Jubileu
de Ouro de Rui Barbosa, em 1911, data
comemorada pelos juristas brasileiros.
fundamental do
lança a pedra
.
erbert Moses
H
mbro de 1935
, em 30 de sete
edifício da ABI
centenas de
r
foi assistida po
A solenidade
jornalistas.

considero de utilidade pública. Pois este
é o ambiente da liberdade e do progresso, que agasalha o Povo brasileiro
nessas suas aspirações democráticas”.
O aniversariante falou também de
sua admiração por Herbert Moses,
de quem relembrou a obstinação e a
capacidade de administrar e escolher
assessores, como o poeta e jornalista
Orígenes Lessa: “Era um homem
extraordinário, que sabia o que queria. Quando o conheci na ABI, ele
já sonhava com a nova sede. E tinha
bom senso ao escolher e cultivar assessores que levaram adiante os seus
projetos”.
Segismundo ressaltou o prestígio de que Moses desfrutava com o
Presidente Getúlio Vargas — e que
acabou resultando na realização de
um antigo sonho: a doação financeira
para a compra do terreno onde a ABI
ergueu o seu edifício-sede. 

Decano dos jornalistas
Em sua evocação, o acadêmico
Cícero Sandroni falou da trajetória de
Barbosa Lima Sobrinho, que considera o decano dos jornalistas brasileiros.
Destacou sua competência e determinação em defender a democracia e
impedir o cerceamento da imprensa,
com a firme postura de combater tudo
o que considerava errado na política:
“Ele é eterno pelas palavras que deixou escritas, muito melhores do que
eu poderia fazer. Lembro que uma
vez o questionei pela sua jornada de
trabalho, por causa de sua idade, e ele
me disse: ‘O tempo que perdemos na
ABI, ganhamos pelo Brasil’”.

O saudoso Prudente de Moraes, neto, em frente ao prédio da ABI.

Domingos Meirelles, por sua vez,
recordou que em 1978 foi pedir-lhe
que aceitasse o convite para presidir
a ABI: “Vivíamos um momento de
tensão. Com a morte de Prudente de
Moraes, neto, a Associação se encontrava dividida e precisava de um
Presidente que tivesse a capacidade
de desarmar os espíritos. O nome de
Barbosa Lima Sobrinho surgiu no
calor dos debates sobre o futuro do
País e da própria Casa”.
Ao se pronunciar sobre os ex-Presidentes Prudente de Moraes, neto, e
Fernando Segismundo, o historiador
Mário Barata disse que, ao escolher
os quatro homenageados como

seus pilares, a ABI estava vivendo um
momento muito importante: “Estamos
fazendo um corte histórico para o conhecimento da Associação Brasileira
de Imprensa, para as futuras gerações.
Esses Presidentes conduziram a Casa
com muito esforço e criatividade, a serviço da comunidade brasileira”. 
___________________

Nosso agradecimento especial à Sra.
Vilma Oliveira, responsável pela Biblioteca
Bastos Tigre, que gentilmente cedeu as fotos
para a rBV.
*2
As biografias dos quatro ex-Presidentes da ABI, homenageados nesta reportagem, podem ser encontradas no site www.
abi.org.br.
*1

Revista Boa Vontade

23
Memória da Imprensa

Fotos: Arquivo rBV

ABI e LBV:
55 anos de amizade

1

2

3

4

5

C

omo tradicionalmente ocorre,
a Super Rede Boa Vontade
de Comunicação deu amplo
destaque ao evento. Fernando Segismundo foi cumprimentado
pelos representantes da LBV, que,
na ocasião, entregaram-lhe a edição
nº 202 da revista BOA VONTADE.
O jornalista disse que sempre lê a
publicação e que gosta muito dos
assuntos abordados.
Professor do tradicional Colégio
Pedro II e fundador do Sindicato dos
Jornalistas Profissionais do Rio de
Janeiro, Segismundo frisou que “a
festa é da ABI, nós todos estamos
festejando essa data permanentemente. Estou muito contente porque é a
nossa Casa, eu me julgo um homem
da comunicação. Acho a ABI fundamental para nos congregar”.
Ao lado de sua simpática esposa,
Gioconda, Fernando afirmou que
“Paiva Netto é uma das figuras mais
singulares deste País”. Na opinião
do jornalista, o dirigente da LBV
“nasceu, sem dúvida, para ser útil.
Ele se impôs num dever de utilidade. Paiva Netto trabalha há muitos

______________
Simone Barreto
Fotos: Arquivo rBV

anos para a comunidade, para o
Povo. Por isso, além de ser nosso
amigo, nós o admiramos muito,
porque ele se dedicou a uma missão
importantíssima que é ajudar as almas e os corpos. Estou muito grato
pela LBV ter se lembrado de mim,
sobretudo na administração dele,
que é uma figura muito importante
para o nosso País”.
No final da entrevista, Segismundo ressaltou que: “Paiva Netto
é referência”. Recordou-se também
de que o conheceu jovem, no Colégio Pedro II: “a nossa admiração, a
nossa amizade é muito maior do que
se imagina porque é a nossa vida”.
E, ainda, desejou ao dirigente da
LBV “que ele tenha muita saúde
para continuar sua missão enorme,
imensa, sublime a que se dedicou.
O meu abraço”.
Cícero Sandroni, acadêmico e
palestrante, fez um resumo sobre
a trajetória do Dr. Barbosa Lima
Sobrinho. “Foi o Presidente mais
jovem dessa Casa nos anos 20, depois reelegeu-se, voltando mais tarde
no começo dos anos 1980, onde
permaneceu até o seu falecimento.
Foi um grande homem, decano do
Brasil”. O conselheiro José Gomes
Talarico falou sobre as quatro figuras
importantes da ABI, fazendo um destaque especial para Herbert Moses e
aproveitou para mandar um grande
abraço ao amigo Paiva Netto. Quem
também estava presente no evento
foi o repórter fotográfico Amicucci
Gallo, que enviou um grande abraço
ao dirigente da LBV, destacando que
a revista BOA VONTADE está de
parabéns com o novo formato.

Na primeira imagem, da esquerda para a direita, o fundador da LBV, Alziro Zarur, ao lado de importantes figuras da imprensa nacional: Herbert Moses e João Mello. A foto 2 registra o cordial encontro entre Paiva Netto e o jornalista Fernando Segismundo. Sua
simpática esposa, Gioconda, aparece na terceira imagem. Logo abaixo, o conselheiro da ABI José Gomes Talarico concede entrevista
à Super Rádio Brasil (940 AM). Na quinta foto, o premiado repórter fotográfico Amicucci Gallo com o jornalista e acadêmico Cícero
Sandroni.

24 Revista Boa Vontade
Flávio Oliveira

Por ocasião do seu centenário
(1997), o Dr. Barbosa Lima
Sobrinho foi cumprimentado
pelo escritor Paiva Netto.
Barbosa foi o segundo
Presidente do Conselho de
Honra do Parlamento Mundial
da Fraternidade Ecumênica,
da LBV, assumindo o cargo
honorífico após o falecimento
do saudoso Presidente da
Academia Brasileira de Letras,
Austregésilo de Athayde. Em
carta, Dr. Barbosa agradeceu
à distinção: “(...) Não posso
deixar de aprovar qualquer
movimento de Caridade,
sobretudo quando tem a
presença do jornalista Paiva
Netto (...)”, escreveu.

Relevante parceria social
Uma das mais respeitadas Casas da
Imprensa nacional, a ABI tem parte na
história de 55 anos da Legião da Boa Vontade. Foi justamente no Salão do Conselho
da Associação Brasileira de Imprensa que
ocorreram as primeiras reuniões preparatórias da Instituição. O número de pessoas
presentes a esse encontro aumentou em
grande escala. Por esse motivo, foram
transferidos para um local mais amplo: o
auditório da ABI. O Presidente da Casa naquela época, Herbert Moses, surpreendido
com o fenômeno da Obra, declarou: “Zarur
fez um verdadeiro milagre, juntando tantos
inimigos cordiais na LBV”.
Atualmente, a ABI tem na sua Presidência o eminente jornalista Maurício
Azêdo.
Nascido em 27 de setembro de 1934,
no Rio de Janeiro, Maurício Azêdo formou-se em Direito na Universidade do
Estado da Guanabara (atual UERJ) em
1960. No entanto, desde o terceiro ano da
faculdade já se dedicava à atividade jornalística, que exerceu nos mais importantes
veículos impressos do Rio e de São Paulo.
Mais tarde, trabalhou em publicações
alternativas de resistência ao regime militar, como a Folha da Semana, Opinião e
Movimento e colaborou com a clandestina
Voz Operária, órgão do Partido Comunista
Brasileiro (PCB).
Eleito vereador em 1982, exerceu
mandato em três legislaturas consecutivas
(1983-1988, 1989-1992 e1993-1996).
Foi Presidente da Câmara Municipal do
Rio entre 1983 e 1985 — período em

que assumiu interinamente a Prefeitura —;
Secretário Municipal
de Desenvolvimento
Social entre 1986 e
1987; Conselheiro do
Tribunal de Contas
escolhido por unanimidade pela Câmara
Municipal em 1995 Maurício Azêdo
— aposentou-se em 2004, ao atingir a
idade limite para o exercício do cargo; e
professor do Departamento de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro entre 1979 e 1980,
lecionando Técnicas de Produção em Jornalismo Impresso e Legislação dos Meios
de Comunicação, entre outras matérias.
Maurício Azêdo está desde 1972 na
ABI, onde foi diretor da Biblioteca Bastos
Tigre entre 74 e 76, além de um dos editores do Boletim ABI.
A LBV e a Casa do Jornalista sempre
mantiveram um relacionamento cordial,
tendo firmado parcerias ao longo do
tempo, como, no fim de 2004, quando foi
assinado um convênio entre as duas instituições, sem quaisquer ônus para a ABI,
no qual é dado atendimento odontológico
aos jornalistas aposentados, de renda modesta. Os associados são encaminhados ao
Centro Odontológico que a LBV mantém
em Del Castilho/RJ, na zona norte do
Rio. Também são entregues mensalmente
a esses profissionais dezenas de cestas
básicas de alimentos. Tudo é realizado
gratuitamente.

Primeira reunião ecumênica da
LBV, em 1950, foi na ABI.
Em 7 de janeiro de 1950, Alziro Zarur comanda
a primeira reunião ecumênica da Legião da Boa
Vontade, a Cruzada de Religiões Irmanadas,
pela qual pioneiramente preconizava o interrelacionamento religioso. Ela foi realizada no
Salão do Conselho da Associação Brasileira de
Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro/RJ, da qual
Leopoldo Machado foi um dos oradores. Na foto
superior, ao lado direito de Zarur, que aparece
em pé, Teles da Cruz (Catolicismo), à esquerda
Murilo Botelho (Esoterismo) e Ascânio Farias
(Positivismo).

Revista Boa Vontade

25
Entrevista

Abertos arquivos

da Aeronáutica

A mais expressiva vitória da Ufologia no Brasil, no campo documental, teve início no ParlaMundi da LBV, em 1997.
____________________________
Equipe de Estudos Ecumênicos

N

J. A. Parmegiani

o último 20 de maio, um
passo histórico foi dado no
Brasil para o reconhecimento
oficial das investigações sobre
ÓVNIs (Objetos Voadores Não-Identificados), a exemplo do ocorrido no Chile,
Espanha, França e Uruguai. A Comissão
Brasileira de Ufólogos — formada pelos
investigadores Ademar José Gevaerd,
Rafael Cury, Claudeir Covo, Marco
Antonio Petit de Castro, Fernando de
Aragão Ramalho, Reginaldo Athayde e
Roberto Affonso Beck — foi convidada
pelo Centro de Comunicação Social da
Aeronáutica (Cecomsaer) para visitar as
instalações do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
(Cindactal) e o Centro de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), onde foi
recebida pelo Brigadeiro-do-Ar Antonio
Guilherme Telles Ribeiro, chefe do
Cecomsaer, e pelo Brigadeiro Atheneu
Azambuja, chefe do Comdabra.
Ufólogos presentes ao I Fórum Mundial de Ufologia,
no ParlaMundi da LBV.
Na foto, eles aparecem
na entrada principal
do Templo da Boa
Vontade, em Brasília/DF — Brasil.

26 Revista Boa Vontade

A Comissão recebeu informações
sobre o sistema de defesa aeroespacial
do País e teve acesso a documentos da
Força Aérea Brasileira (FAB) a respeito
de acontecimentos ufológicos mantidos
em seus arquivos.
A caminhada rumo a este acontecimento teve início em 14 de dezembro
de 1997, no Parlamento Mundial da
Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi
da LBV, em Brasília/DF. Nessa data,
a comunidade ufológica brasileira e
internacional, reunida no I Fórum Mundial de Ufologia, subscreveu a Carta

Fotos: Arquivo UFO

de Brasília,
dirigida ao
Ministro da
Aeronáutica,
solicitando
acesso aos
arquivos até
então reservados sobre
Rafael Cury
a Operação
Prato e dos avistamentos, em maio de
1986, entre São José dos Campos/SP e
a capital paulista.
Argüido a respeito da realidade dos
ÓVNIs, o escritor e jornalista Paiva
Netto ponderou: “O mundo discute,
há muito tempo, a existência dos chamados UFOs. Relativamente a isso, a
questão não é acreditar ou deixar de
crer neles; mas, sim, saber se esses fenômenos são ou não são verdadeiros.
A comprovação dessa realidade cabe
naturalmente à Ciência. A posição
filosófica adequada é a de que não se
Conferencistas de Língua Espanhola concedem entrevista às agências internacionais:
Associated Press, Reuters e Ansa.

Plenário José de Paiva Netto, do ParlaMundi
da LBV, superlotado de participantes do
mundo inteiro.

O jornalista Alexandre Garcia, da Rede Globo,
entrevistando o cosmonauta russo Alexander
Balandine.

pode, a priori, negar essa possibilidade, porque seria, no mínimo, arrogância de nossa parte pensar que só existe
vida aqui no nosso querido, contudo
pequeno, Planeta Terra”*.
Com a finalidade de contribuir com
o estudo e avaliação em profundidade
do fenômeno UFO, o Presidente das
Instituições da Boa Vontade (IBVs) estabeleceu que o ParlaMundi participasse
da organização para sediar o I Fórum
Mundial de Ufologia. Aliás, dentro da
tradição de vanguarda das IBVs que, em
1956, já discutia o assunto pelas páginas
da revista BOA VONTADE.
A importância do acesso aos documentos produzidos pela Força Aérea e
o papel do Fórum, realizado na LBV
para que isso ocorresse, foi analisado por
Rafael Cury, membro da Comissão Brasileira de Ufólogos, CBU, e fundador do
Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU)
em entrevista ao Programa Ecumenismo, apresentado por Angélica Beck na
Rede Mundial de Televisão.

contribuir ainda, pois dispomos de farto
material para pesquisas. Mas queremos
essa aproximação com a comunidade
científica.
A abertura por parte do Ministério da
Aeronáutica vem demonstrar a seriedade da Ufologia brasileira. Nós tivemos
acesso a arquivos; o mais importante é
que a Aeronáutica brasileira reconhece
a Ufologia. E declarou, através dos seus
comandantes, que o know-how para pesquisas está nas mãos dos ufólogos.
A Aeronáutica possui 50 anos,
aproximadamente, de registros e não
tem condições técnicas para pesquisar,

sociedade brasileira necessita de uma
resposta. Trata-se de fenômeno secular e é considerado um dos maiores
enigmas de todos os tempos, por isso
a comunidade mundial deseja uma
resposta.
(...) A Ufologia, através da sua
casuística, já mostrou que essas civilizações que nos visitam em atividades
amistosas, também, têm atividades
agressivas com a sociedade humana. Muitas pessoas não sabem que
a Organização das Nações Unidas
(ONU) já debateu em duas reuniões
extraordinárias o tema UFO. Nós queremos, a partir de agora, com a união
da ufologia mundial, voltar a discutir
esse assunto junto à ONU. Compete
às Nações Unidas, também, dar uma
resposta à Humanidade.

BOA VONTADE — O que significou o convite da Aeronáutica para
que a CBU conhecesse os seus arquivos sobre os chamados ÓVNIs?
Rafael Cury — O encontro que
tivemos com oficiais da Aeronáutica em
Brasília foi o diploma universitário da
ufologia brasileira. Mas nós queremos
a pós-graduação. Isto é, buscarmos um
diálogo com a comunidade científica
brasileira.
Já temos sinais de alguns segmentos
que pretendem essa aproximação, porque compete à Ciência dar explicações
à Humanidade sobre a questão do fenômeno. Nós, ufólogos, temos muito que

“Muitas pessoas não sabem que a Organização das
Nações Unidas (ONU) já
debateu em duas reuniões
extraordinárias o tema
UFO.”
Rafael Cury

o que ela deseja com a criação da Comissão mista formada por oficiais da
Aeronáutica e ufólogos é o know-how
para pesquisar os arquivos e liberá-los
para a comunidade brasileira.
BV — Qual será o futuro dessa
parceria?
Rafael Cury — Acho que nós
atingimos a maturidade e a tendência
é trabalharmos em conjunto com a
Aeronáutica para a liberação desses
documentos. E, a partir desse momento, esperamos aproximação com
a comunidade científica. Porque a

BV — Qual foi a importância
do Fórum Mundial de Ufologia no
ParlaMundi da LBV, em Brasília,
em todo esse processo?
Rafael Cury — O Fórum Mundial
de Ufologia foi criado e realizado em
1997. Durante um ano, nos reunimos
em Curitiba, Campo Grande, Brasília
e São Paulo, para que a gente pudesse
escolher um ambiente que causasse
impacto e alcançasse o objetivo de
uma aproximação com o governo brasileiro e com a Aeronáutica. Tivemos
a presença de militares no ParlaMundi
da LBV, em Brasília, de representantes
do Governo Federal e de Senadores
e, na oportunidade, foi criada a Carta
de Brasília que tinha justamente no
seu conteúdo o pedido às autoridades

Revista Boa Vontade

27
Entrevista

“(...) no ParlaMundi da LBV, no
Distrito Federal, (...) foi criada
a Carta de Brasília que tinha
justamente no seu conteúdo o
pedido às autoridades militares
da Aeronáutica para que liberassem as informações. Então, a
semente foi plantada, em 1997,
naquele Fórum no ParlaMundi
da LBV que reuniu pesquisadores
de mais de 30 países. (...) Quero
deixar o nosso profundo agradecimento pelo apoio que Paiva
Netto nos deu. E, hoje, a comunidade ufológica e a sociedade
brasileira agradecem, porque
terão informações mais precisas
nos próximos anos, sobre os
arquivos da Aeronáutica.”

Rafael Cury

militares da Aeronáutica para que
liberassem as informações.
Então, a semente foi plantada, em
1997, naquele Fórum no ParlaMundi da
LBV, que reuniu pesquisadores de mais de
30 países. Em uma semana de debates, ela
frutificou e estamos colhendo aquilo que
plantamos. Naquela data, comemoramos
50 anos de Ufologia e eu posso garantir a
todos que sem o apoio da Legião da Boa
Vontade, naquele momento, nós não chegaríamos aonde chegamos. Então, quero
deixar o nosso profundo agradecimento
pelo apoio que Paiva Netto nos deu. E,
hoje, a comunidade ufológica e a sociedade brasileira agradecem, porque terão
informações mais precisas nos próximos
anos, sobre os arquivos da Aeronáutica.
Ao término da entrevista, Rafael Cury
informou que a Campanha “Liberdade
de Informação, Já!”, iniciada em 2004,
prosseguirá. A Comissão de Ufólogos
Brasileiros convida todos para assinarem
o manifesto que está disponível no site
www. ufo.com.br.

28 Revista Boa Vontade

HOLLYWOOD,

Ciência e busca da verdade.

N

o fim de junho, estreou o
novo filme do
diretor de Contatos
Imediatos do Terceiro
Grau e E.T. — o Extraterrestre, Steven
Spielberg, membro
do Conselho da Sociedade Planetária. Trata-se de uma
versão cinematográfica do livro de
H.G. Wells Guerra dos Mundos, que
foi radiofonizado por Orson Welles em
1938, provocando pânico nos Estados
Unidos.
Milhões de pessoas acorrem aos
cinemas e às livrarias em busca de obras
a respeito de vida inteligente fora da
Terra e que apresentem contatos
e visitas de extraterrestres
ao nosso Planeta. Esses
são exemplos de que
no imaginário mundial a existência de
muitos mundos habitados é um dado
adquirido.
A existência
de vida inteligente
fora do Planeta Terra
tem sido defendida por
muitos estudiosos desde há
muito tempo. Um desses exemplos é o trabalho de Carl Sagan (19341996), criador do projeto SETI, Search
for Extra-Terrestrial Intelligence (Busca
de Inteligência Extraterrestre), que reúne
cientistas importantes que procuram
sinais de vida no espaço sideral, entre
eles o astrônomo norte-americano Frank
Drake, que desenvolveu uma equação,
em 1961, com a finalidade de estimar a
possibilidade de haver vida inteligente
em outros planetas. Segundo ele, é possível existir, somente em nossa galáxia,
um milhão de civilizações** capazes de
desenvolver tecnologia e nos contatar.

Fotos: Divulgação

Em seu livro Apocalipse sem medo, da coleção O
Apocalipse de Jesus para os
Simples de Coração, o escritor Paiva Netto dedica um
capítulo muito interessante
ao tema, denominado “Profecia e ÓVNIs”. Nele, o autor
demonstra a irracionalidade
do preconceito que impede
a pesquisa aprofundada
do assunto, conclamando
as mentes capacitadas do
mundo científico para o
enfrentamento da questão
ufológica e reafirma a importância dos governos de todo o
planeta abrirem seus arquivos
aos investigadores.
_________________

Gerais).

* Trecho do artigo “A Ciência iluminada pelo Amor
eleva o Ser Humano à
conquista da Verdade”, do escritor Paiva
Netto, que consta na
LBV em Revista, uma
publicação histórica e especial sobre o
evento, lançada em
dezembro de 1997.
** Professores Renato Las Casas e Divina Mourão do Observatório
Astronômico Frei Rosário da
UFMG (Universidade Federal de Minas

“O mundo discute, há muito tempo,
a existência dos chamados UFOs.
Relativamente a isso, a questão não
é acreditar ou deixar de crer neles;
mas, sim, saber se esses fenômenos
são ou não são verdadeiros. A comprovação dessa realidade cabe naturalmente à Ciência.”

Paiva Netto
Cultura

O novo Imortal Helio Jaguaribe é cumprimentado
pelo Dr. Pedro de Paiva, que, na ocasião,
representou seu pai, o Diretor-Presidente da LBV,
José de Paiva Netto.

O escritor Helio Jaguaribe
ladeado da filha Beatriz (E) e
da esposa, sra. Maria Lúcia,
presentes ao prestigiado
evento.

Helio Jaguaribe

assume a cadeira no 11 da ABL

O

sociólogo, cientista político e
escritor Helio Jaguaribe tomou
posse, aos 82 anos, da cadeira
número 11 da Academia Brasileira de Letras (ABL), que tem como
patrono Fagundes Varela (1841-1875),
ocupada anteriormente por Darcy Ribeiro (1992-1997) e, por último, pelo
economista Celso Furtado, falecido em
novembro de 2004. A eleição do novo
imortal, que publicou cerca de 40 títulos,
foi, praticamente, por unanimidade, recebendo 35 do total de 39 votos da Casa.
A cerimônia ocorreu em 22 de julho, no
Salão Nobre do Petit Trianon da ABL,
Centro do Rio de Janeiro/RJ.
Helio foi recebido pelo acadêmico
Candido Mendes, que, por meio de
um amplo discurso, falou sobre a vida
e as obras  do sociólogo; este,  em
seguida, recebeu o colar das mãos
de seu confrade Afonso Arinos e a
espada das mãos do Senador José
Sarney.
Já empossado, fez seu discurso
saudando o Presidente da ABL, Ivan
Junqueira, as autoridades presentes,
embaixadores, a sra. Rosa Furtado, esposa de seu antecessor, os acadêmicos e
convidados, homenageando também a
figura ilustre do antropólogo e educador Darcy Ribeiro, sétimo ocupante da
cadeira de número 11. Ele agradeceu
todo empenho dos preclaros confrades
que contribuíram para o seu ingresso
na ABL, além de sua gratidão em
suceder o economista Celso Furtado,

Acadêmica Lygia Fagundes Telles e
Pedro de Paiva

Fotos: Simone Barreto

de quem foi amigo por mais de 50
anos, identificado com suas idéias e
projetos. “Celso não foi apenas o autor
de uma grande obra, mas a produziu
porque foi um grande homem”, manifestou emocionado.
Após a solenidade, Jaguaribe e sua
esposa, Maria Lúcia, recepcionaram
os inúmeros convidados, dentre eles o
advogado Pedro de Paiva — que transmitiu os parabéns de seu pai, o DiretorPresidente da Legião da Boa Vontade,
José de Paiva Netto —, ao que ele
retribuiu: “Muito obrigado, agradeço
sinceramente”. Em entrevista à Rede
Boa Vontade de Comunicação, comentou também: “Ser recebido nessa
Casa é uma homenagem para qualquer
intelectual brasileiro. Representa uma
distinção suprema”.
O representante da LBV cumprimentou outros amigos acadêmicos,
como a jornalista e escritora Nélida
Piñon, que ressaltou o fato de a revista BOA VONTADE (edição nº
202) ter como reportagem de capa
a escolha de seu nome para receber
o “Prêmio Príncipe de Astúrias das
Letras”. Nélida comentou que enviou
exemplares do periódico para seus
amigos da Europa, em particular da
Espanha, e mandou um grande abraço
para seu amigo, o Líder da LBV.
Também presente ao evento, a escritora Lygia Fagundes Telles disse estar
muito saudosa do amigo Paiva Netto.
[S.B.]

Senador José
Marco Maciel,
Sarney, que naquele Senador e
dia completava 25 membro da ABL.
anos de ABL.

Jornalista e
acadêmico Carlos
Heitor Cony

Tarcísio Padilha,
acadêmico.

A viúva do
acadêmico Celso
Furtado, sra. Rosa
Furtado.

Marcos Vilaça,
segundo
Secretário da ABL.

Imortal e
historiador
Alfredo Bosi
Revista Boa Vontade

29
História

Sa
O caminho
O

projétil da sonda Deep Impact (Impacto Profundo)
da Nasa chocou-se, propositalmente, com um cometa no início do dia 4 de julho, num
ponto a 133 milhões de quilômetros
da Terra, com tal força que a explosão
resultante, composta de fragmentos
de água congelada, aturdiu os pesquisadores em conseqüência da sua
proporção e fulgurância. O objetivo da
missão de US$ 333 milhões é o estudo
mais detalhado feito até hoje sobre um
cometa, na busca por informações sobre
a formação do Sistema Solar.
O marco dos primeiros passos dessa
realização não se encontra na partida da
vitoriosa Missão, mas, sim, seis meses

30 Revista Boa Vontade

___________
Daniel Rocha

antes. A numerosa equipe multinacional
da Nasa erigiu sua conquista apoiada
nos ombros de gênios pioneiros dos
tempos idos. De fato, a história da
Deep Impact começa a ser contada no
fim do século XIX e princípio do XX.
Um tempo de descobertas.

O homem há de voar!
No começo dos anos oitenta do
século XIX, o mundo fervilhava de
acontecimentos. No Brasil de então,
reinava o imperador Dom Pedro II.
Ainda ressoavam os ecos da vitória
sobre o Paraguai na última das Guerras Platinas, os republicanos conspiravam, a abolição da escravatura dividia
antosestrelas
Dumont
das
____________
Daniel Rocha

Santos Dumont: A saga
do Pai da Aviação.

Fotos: Reprodução BV

a sociedade brasileira. As estradas de
ferro interligavam novas paragens e
as indústrias surgiam pelo País.
Esse cadinho de fatos muito interessava ao engenheiro Dumont e seus
amigos, que, aos serões, reuniam-se
em sua fazenda em Ribeirão Preto/SP
para discutir seriamente tais temas.
Entretanto, nenhum destes capitais
acontecimentos preocupava os meninos que brincavam na varanda da
fazenda. Jogavam, distraídos, o jogo
das prendas. Coube a um deles a pergunta: “Voa o gato?”. Ao que todos
respondem: “Não!”. “Voa o urubu?”
Levantam os braços e afirmam:
“Voa!”. “Voa o carcará?”. A garotada
repreende dizendo: “Voa!”. “Voa o
Homem?”. Todos gritam: “Não!”,

com exceção de um deles. Alberto
Santos Dumont, um dos filhos do
engenheiro, levanta os braços e grita:
“Voa!”. Com as risadas dos irmãos
e dos outros meninos, Alberto vê-se
obrigado a pagar uma prenda. Ri-se
com os outros, mas teima: “Um dia,
o homem há de voar!”.
Algum tempo se passou. Em 23 de
outubro de 1906, o jovem Dumont,
na época aos 33 anos de idade, observava ansioso seu relógio adaptado
ao pulso, que marcava quatro horas
da tarde. Levantou, por instantes, o
olhar procurando sinais visíveis da
movimentação do vento e depara-se
com a multidão inquieta que acorrera
ao Campo de Bagatelle, em Paris,
para presenciar a tentativa do jovem
brasileiro.
Monsieur Albert apanha um pedaço de estopa para limpar a sujeira
das mãos. Já havia ensaiado um vôo
experimental em setembro, quando
percorrera sete metros no ar, um fato
notável que chamou a atenção da
imprensa. Entretanto, sua descoberta
expunha-se aos olhos de todos. A hora
era aquela.
Sinaliza para a comissão julgadora
do Aeroclube para avisar que a experiência teria início. Segura as hastes

da asa e, em movimento contíguo,
entra no estreito compartimento do
aparelho. Instantaneamente, o ruído
da multidão cessa. Todos os olhares
se voltam para um único ponto: o
curioso aparato em cuja lateral se lê
“14 Bis”. O silêncio é intimidador.
Nada está acontecendo. Monsieur
Albert, piloto e inventor, acena com
o braço. A multidão não entende. Por
fim, alguém lhes diz que é preciso recuar, o piloto precisará de um espaço
maior. As pessoas vão se afastando,
surpresas.
As pás da hélice começam a girar.
O motor de 50 cavalos, num estampido.
O piloto busca o controle do aparato
por meio de um intrincado conjunto
de procedimentos. A respiração de
todos fica suspensa até que, surpreendentemente, as rodas não tocam mais
o chão. O fôlego é liberado na forma
de uma exclamação de perplexidade e
admiração. O Ser Humano está voando.
A aeronave sobe mais de dois metros,
percorre cerca de 60 metros antes de ir
descendo vagarosamente até estar de
novo no solo. “Impossível!”, afirmou
um espectador, lutando para acreditar
nos próprios olhos.
A multidão não se contém. Chapéus atirados ao ar. Todos gritam

Revista Boa Vontade

31
História

vivas ao grande e vitorioso inventor.
Na cabine do aparelho, Alberto Santos Dumont sorri feliz, leva a mão à
testa procurando retirar a gota de suor
que lhe quer escorrer na face.
Monsieur Albert é retirado da cabine, erguido nos ombros da multidão e
aclamado como o gênio que fez alçar
vôo o mais pesado que o ar. Com esse
feito, Santos Dumont arrebatara os
3.000 francos do prêmio Archdeacon,
criado em julho de 1906, pelo americano Ernest Archdeacon, para premiar
o primeiro aeronauta que conseguisse
voar por mais de 50 metros em um
vôo nivelado dessa natureza. “Le petit
Santos” pulverizara esta marca e consagrara-se como o inventor do avião.

Vôos mais altos
Este foi, indiscutivelmente, um dos
maiores dias da vida desse pródigo
mineiro, nascido em 20 de julho de
1873, no sítio Cabangu, no município
de João Aires, próximo à cidade de
Palmira (atual Santos Dumont), em
Minas Gerais. Foi o sexto filho de um
total de oito do engenheiro Henrique
Dumont e Dona Francisca de Paula
Santos. Seus irmãos mais velhos eram:
Henrique, Maria Rosalina, Virgínia,
Luís e Gabriela. Suas duas irmãs mais
moças, Sofia e Francisca.

32 Revista Boa Vontade

Fotos: Reprodução BV

Apesar da glória, Dumont continuou, nos anos seguintes, o desenvolvimento de seus inventos. Era um
experiente balonista e fora o pioneiro
na construção de dirigíveis, detendo,
nesses aparelhos, importantes prêmios anteriores. Sua conquista era
resultado do conhecimento acumulado em anos de trabalho.
O 14 Bis foi melhorado, acrescido
de ailerons e, em 12 de novembro de
1906, após várias tentativas com este
aparelho, Santos Dumont conquistou
o prêmio “Aeroclube da França”, atingindo uma altura de 6 metros. Levou os
dois primeiros prêmios da história da
aviação reconhecidos pela Fédération
Aéronautique International: distância
(220 metros) e velocidade no ar (41,292
km/h), tendo subido cerca de seis metros. Esta conquista maior projetou a
imagem dele internacionalmente e seu
trabalho passou a orientar as pesquisas
de diversos outros pioneiros em seus
experimentos. A primazia estava assinalada. Mas a mais notável conquista
técnica estava por chegar.
Um ano depois, em novembro, Monsieur Albert inicia os testes do primeiro
modelo de um aeroplano, o nº 19,  um
pequeno avião apelidado pelos franceses
de Demoiselle, em razão de sua graciosidade e semelhança com as libélulas. Pesando 110 quilos, o experimento era 

uma aeronave com motor de 35 HP
e estrutura de bambu. Aproveitando
características e formato do “nº 19”, foi
criado o “Demoiselle nº 20”. Foi nesse
experimento que
Santos Dumont
estabeleceu, em
1909, o recorde
de velocidade voando a 96 km/h.
A 18 de setembro daquele ano
realiza  seu último
vôo em uma de suas
aeronaves com um
rasante sobre a multidão sem segurar os
comandos. Santos
Dumont não patenteou esta invenção,
deixando todos livres para fabricá-lo,
tornando-o, assim, o primeiro avião
“popular”. Quando um jornalista quis
saber se ele não iria construir aviões,
respondeu: “Se quer prestar-me um
grande favor, declare, pelo seu jornal,
que, desejoso de propagar a locomoção
aérea, ponho à disposição do público as
patentes de invenção do meu aeroplano
(...)”. O plano do Demoiselle foi, de
fato, publicado numa edição da Popular Mechanics, no ano de 1910. Com
isso, foram revelados os pormenores de
construção no intuito de encorajar outros
inventores a produzirem o avião. Além
da França, outros países como Estados
Unidos, Alemanha e Holanda também
construíram o Demoiselle.
Santos Dumont parou de voar em
1910 por motivos de saúde, quando
lhe é diagnosticado estar com esclerose
múltipla. Monsieur Albert entristeceu-se
profundamente com o fato.

O ocaso
O tempo passava e “Le petit Santos” sofria qual um pássaro cujas
asas já não lhe permitem ir aos
céus. À sua doença somaram-se as
notícias do rápido sucesso de relações públicas dos irmãos Wilbur
e Orville Wright, alardeando ser
deles a primazia no vôo do mais
pesado que o ar baseados em precárias “provas”, mas contando com o
apoio da poderosa mídia americana
e colaboradores franceses bem relacionados.
Já abatido, sofreu ainda com as
notícias da utilização de aeronaves
em conflitos armados, fato que
observou pessoalmente quando, em
1932, já de volta ao Brasil, irrompe
o Movimento Constitucionalista
de São Paulo, e a luta entre os
rebeldes e o governo desencadeiase, causando morte entre irmãos
brasileiros. Nesta oportunidade,
manda uma mensagem aos compatriotas, posicionando-se contra a
luta fratricida e clamando por Paz.
O zoar dos motores dos aviões do
governo, armados para o ataque,
a caminho da capital paulista
moía-lhe os nervos e lhe infundia
profundo sentimento de culpa. O
avião, seu sonho idealístico de
popularização do transporte aéreo,
pelo qual trabalhou toda uma vida,
havia sido corrompido e vertido em
instrumento de morte.
Sentido pelo grave momento no
País, deixou-se vencer pela depressão e, num triste ato de insanidade,
suicidou-se no quarto do Hotel de
la Plage, onde residia, no dia 23 de
julho de 1932, aos 59 anos.
Não há como contar os feitos
de Dumont apenas nas páginas
de seus esquemas técnicos. Nem
como falar de sua importância
atribuindo-lhe o rótulo: inventor.
Seu legado transborda tais limites
e nos faz refletir sobre as lições
de altruísmo e entusiasmado ardor
pela conquista dos ares.
E nesse mês de julho, ao completarem-se 73 anos de sua morte,
quando o engenho tecnológico
humano nos permitiu tocar os
astros no Universo, que não nos
esqueçamos de que esta estrada é
calçada pelo abnegado esforço de
incontáveis Almas, e coube a um
deles, brasileiro, por meio de sua
invenção, nos mostrar o caminho
para alcançar as estrelas.

Para saber mais:
Santos-Dumont e a invenção do vôo — Henrique Lins
de Barros — Rio de Janeiro,
2003, Jorge Zahar Editor
Wings of Madness: Alberto
Santos-Dumont and the Invention of Flight — Paul Hoffman
Internet: http://www.cabangu.
com.br/pai_da_aviacao

Torre Eiffel,
em Paris
(França).

Revista Boa Vontade

33
Reportagem

Ordem e

Congresso Jovem Internacional da Boa Vontade reúne milhares de pessoas em
Uberlândia/MG para comemorar o 49º aniversário de Paiva Netto na LBV

Daniel Trevisan

Progresso
com Espiritualidade

João Periotto

Reprodução RMTV

Paiva Netto comanda a
multidão presente
Reportagem
Nas imagens abaixo, registros
fotográficos das apresentações
culturais promovidas pela Juventude
de corpo e Alma que esteve presente
no Encontro.

N

João Periotto

Daniel Trevisan

Daniel Trevisan

Natália Lombar

di

Daniel Trevisan

João Periotto

os dias de hoje, muito se
fala que a Juventude não
está comprometida com
as questões sociais ou que
ela é desinteressada por esses assuntos “mais cabeça”. Porém, a 30ª
edição do Congresso da Juventude
Ecumênica da LBV veio demonstrar
o contrário. Por esta razão, simbolizou um marco histórico no que diz
respeito a protagonismo juvenil no
País. Reuniu-se tanta gente moça
para discutir temas que influenciam
o dia-a-dia da sociedade com o propósito de apresentar soluções embasadas em valores da Espiritualidade
Ecumênica.
O cenário do acontecimento foi
Uberlândia/MG. No dia 25 de junho,
o Triângulo Mineiro acolheu todas
essas pessoas dispostas a promover o
desenvolvimento de uma nova consciência educacional, sob o prisma
dos valores éticos e espirituais. E,
daquela terra fértil, surgiram idéias
transformadoras.
Três belos painéis foram montados
pelos moços no palco do auditório do
Centro de Convenções da cidade, tendo o principal deles a representação
de Jesus, acima de sectarismos, no
centro da bandeira do Brasil, saudando todos os participantes.
Assim que chegou ao solo mineiro
para liderar o Encontro, Paiva Netto
foi recepcionado por milhares de
pessoas no aeroporto da cidade e contou aos presentes quando conheceu
aquela região: “há 44 anos, vim aqui
pela primeira vez, acompanhando a
caravana da LBV para a inauguração
do Lar Alziro Zarur”.
Antes de se dirigir ao Centro de
Convenções, o Líder da Instituição
vistoriou as dependências do Lar para
a Terceira Idade que a LBV mantém
em Uberlândia, sede do Congresso.
Na oportunidade, emocionado cumprimentou todos os vovôs e vovós
que lá estavam. “Que Deus abençoe
o senhor, Irmão Paiva”, calorosamente, desejou a senhora Divina Lucas.

38 Revista Boa Vontade

______________________
Rodrigo Oliveira, 18 anos.

“Jovens do Brasil e do Mundo,
aqui reunidos, jamais percam
a oportunidade de fazer o
Bem pelo semelhante, lei da
sociedade ecumenicamente
solidária. Seu coração lhes
agradecerá. Fazer o Bem faz
bem à saúde.”

Por iniciativa da Juventude, a
ocasião foi propícia a um belo festejo, pois faltavam apenas quatro dias
para Paiva Netto completar 49 anos
de trabalho em prol da Legião da Boa
Vontade. Já no palco do Congresso,
o Líder da LBV foi ovacionado com
uma criativa homenagem. Jovens e
crianças bradavam, individualmente,
um número, até chegar ao 49º, que foi
dito, em uníssono, pela multidão que
superlotava o ambiente. No entanto,
isso era apenas o início. Majestosa
estampa de Jesus, pintada em tela pela
artista plástica Dona Filomena, foi a
lembrança que a Juventude Ecumênica
mineira ofereceu a ele que, num comovente gesto, beijou-a afetivamente.
Paiva Netto, em sua prédica (veiculada, ao vivo, pela Super Rede Boa
Vontade de Comunicação: Rádio,
TV e Internet), fez o público refletir
seriamente acerca do tema O Jovem
na Política de Deus, naturalmente
entendido como Amor e Justiça, razão
pela qual a mocidade se reuniu em
Uberlândia. Firmado em trechos do
Evangelho de Jesus — analisados em
Espírito e Verdade (portanto, não ao
pé da letra, que, consoante o Apóstolo
Paulo, mata) e à Luz do Novo Mandamento do Cristo (Evangelho, segundo
João, 13:34 e 35, 15:12, 13 e 9) —, o
jornalista, radialista e escritor, com
sua habitual franqueza e sem formalidades, emocionou todos os que ali
se encontravam. Relembrou, também,
as palavras registradas pelo saudoso
fundador da LBV, Alziro Zarur (19141979): “Governar é ensinar cada um
a governar a si mesmo”.
Em certo ponto de sua mensagem,
Paiva Netto apontou caminhos de sucesso extraídos da própria experiência
João Preda
Reprodução RMTV
João Periotto

Daniel Trevisan

João Periotto

João Preda

João Preda

Fotos acima: Paiva Netto emocionou-se ao visitar o Lar Alziro Zarur, da LBV, para a Terceira Idade (Uberlândia/MG), onde foi recebido carinhosamente pelos
vovôs e vovós amparados pela Legião da Boa Vontade. Na oportunidade, o Líder da Instituição foi entrevistado pelos veículos de comunicação que acompanharam a sua passagem pela aconchegante casa de idosos. Daí, partiu para o Centro de Convenções da cidade e comandou o 30º Congresso da entusiasmada
Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus. Na ocasião, levou o público a refletir seriamente sobre o tema O Jovem na Política de Deus e proferiu uma Prece
Ecumênica com a cerimônia do Batismo Espiritual.
João Preda

Os jornalistas Paiva Netto e Marcel Souto Maior

“Impressionante o
carisma de Paiva Netto.
‘Estão cansados?’
— ele perguntou para
a multidão, de pé,
durante mais de quatro
horas. A resposta veio
forte, estrondosa, em
coro: ‘Não!’. Grande
abraço, muita paz,
minha torcida sincera
pela LBV.”
Marcel Souto Maior,
jornalista.
de quase meio século de trabalho na
Legião da Boa Vontade: “humildade
pessoal e o bom orgulho no que estiver
realizando, em favor do Ser Humano
— e o Espírito Santo falará por vós
(Evangelho de Jesus, segundo Mateus,
10:20) —, sem desistir jamais dos objetivos traçados. Quanto mais difícil, maior
a vitória”. Recordou-se de um ditado
gaúcho que diz: “Se o cavalo passa
encilhado, você deve montar nele”. E
comentou: “E há gente ainda que deixa
escapar a vez de realizar algo benéfico.
Uma coisa dessas nas Instituições da
Boa Vontade não acontece. Jovens do
Brasil e do Exterior, aqui reunidos, jamais percam a oportunidade de fazer o
Bem pelo semelhante, lei da sociedade
ecumenicamente solidária. Seu coração
lhes agradecerá. Fazer o Bem faz bem à
saúde. A LBV e seus Legionários são ativíssimos, não perdem o ensejo de trabalhar pela Solidariedade universal. Esse
é o batismo que estou realizando com
Vocês, o da Fraternidade Ecumênica,
40 Revista Boa Vontade

porque não se consegue que uma Obra
cresça com gente sem entusiasmo pela
vida. Porém, com jovens conscientes,
fortes, libertários e pertinazes no Bem!
(...) Deus nos privilegiou com o livrearbítrio, igualmente nos instruiu com o
sentido de responsabilidade. Cabe-nos
saber usá-los”.

“Lavar os pés” é ato de
cidadania plena e inclusão
socioespiritual

Durante o seu pronunciamento, o
dirigente da LBV, falando sempre com
o coração, leu a passagem do Evangelho
de Jesus, segundo João, capítulo 13,
versículos de 1 a 20, na qual encontra-se
o Batismo Espiritual, anunciado alguns
dias antes do Congresso pelo Irmão Dr.
Bezerra de Menezes. Desta análise de
Paiva Netto, trazemos o seguinte resumo: “Para merecermos ser batizados
por Deus, temos de viver a humildade
que Jesus explicitou ao lavar os pés dos
Seus Discípulos, o que correspondeu a
um ato de cidadania plena e, portanto,
de inclusão socioespiritual. É preciso
que lavemos os pés uns aos outros.
Lavar os pés no sentido de limpar de
nós as diferenças pessoais; é igualmente
como extirpar um furúnculo, um tumor
que pode gangrenar um membro do
organismo e deixar marcas no corpo,
caso não venha, em socorro, o trabalho
do bisturi. Lavar os pés do semelhante
é amar, amparando o caído, limpando-o
das chagas sociais ou morais. Já disse
que não é por pregarmos o Evangelho
e o Apocalipse e acreditarmos no Cristo
que sejamos sonhadores, afastados da
realidade da vida. Como a Caridade não
é ação de tolos. Ela é uma estratégia de
Deus. (...) Sem instrução e Educação
com Espiritualidade, não há nação que
possa devidamente progredir. Vejam
que falei em Espiritualidade, não em
fanatismo, que leva à violência. Refirome, em resumo, ao bom relacionamento
que deve existir, sem hipocrisias, entre
as comunidades”.

Relevante papel da
Juventude

Como tradicionalmente ocorre nas
edições do Congresso Jovem LBV, as

oficinas e conferências são um meio
de refletir sobre os temas e rever posicionamentos, para, então, partir para a
prática. Marcel Souto Maior, experiente
e conceituado jornalista em rádio e TV,
fez importante palestra sobre o ideal
da juventude, parabenizando o Líder
da Legião da Boa Vontade pelo 30º
Congresso Internacional Jovem. Nos
bastidores, Souto Maior revelou estar
admirado com o Encontro da LBV. Em
entrevista, disse: “Estou impressionado
com a quantidade de jovens que aqui
comparecem. Uma festa, uma energia
forte. São jovens que estão aqui por
inteiro. Felizes. Passam uma energia
muito boa”.
Ele também se recordou da iniciativa
pioneira do Fórum Mundial Permanente
Espírito e Ciência, da LBV, do qual é
conselheiro. O jornalista enalteceu o
idealizador deste Fórum. “Eu admiro
muito Paiva Netto. (...) Hoje, estava
entrando aqui, muita gente encontrei
pela primeira vez, mas parece que é um
reencontro mesmo, que já os conheço
há muito tempo. (...) E com Paiva Netto,
desde o início, aconteceu isso: sinto uma
afinidade muito grande. (...) Quero dar
os parabéns sempre a ele e à LBV. Eu sei
que é uma luta dura. (...) São muitos obstáculos também no meio do caminho.
Crescer e levar a LBV para o mundo é
um desafio grande”, afirmou.
Marcel destacou, ainda, que é “impressionante o carisma de Paiva Netto.
‘Estão cansados?’ — ele perguntou
para a multidão, de pé, durante mais
de quatro horas. A resposta veio forte,
estrondosa, em coro: ‘Não!’. Grande
abraço, muita paz, minha torcida sincera
pela LBV”.
A atuação das novas gerações na
sociedade foi outro tema que ganhou
as discussões no Encontro. Dividida em
quatro oficinas e apresentações culturais, essa gente moça apontou soluções
viáveis para estabelecer uma sociedade
justa, portanto, mais solidária, razão de
ser deste movimento. Assim, puderam
opinar sobre o eixo central do Congresso, mostrando o que entenderam acerca
do assunto. Em próximos números,
desta revista, traremos resumo dessas
conclusões.
Boas-vindas em muitos
idiomas

Dando as boas-vindas aos caravaneiros, a Juventude Ecumênica de
Minas Gerais preparou uma saudação
em seis idiomas (Português — Brasil e
Portugal —, Espanhol, Inglês, Francês
e Esperanto).
Para estarem presentes ao evento,
os jovens cruzaram estradas brasileiras
e, até mesmo, as fronteiras de outros
países. Cleidiane Lima encarou mais
de dois dias de viagem. Mas isso não
é nada, perto da vontade que mostrou
de estar presente ao acontecimento.
Morando há dois anos na Bolívia, ela
não quis perder a oportunidade de fazer
parte do Congresso.
“Enfrentei 53 horas de estrada, mas
não me cansei. Vim com um amigo.
Somos Legionários e não poderíamos
perder”, disse Cleidiane, segurando uma
enorme bandeira da Bolívia. Além dessa
nação, foram registradas representações
da Argentina, Uruguai, Paraguai, Estados Unidos e Portugal.

Multidão presente se
comove com emocionante
prece

Ao finalizar o Encontro, o Líder
da Legião da Boa Vontade, após proferir comovente Prece Ecumênica,
despediu-se dos milhares de moços

O belo painel de Jesus ao centro da bandeira nacional emocionou o público presente

que superlotavam o ambiente: “Bem,
iniciamos, assim, o 30º Congresso
Internacional dos Jovens da Boa Vontade, cujo tema, escolhido por Vocês
mesmos foi O Jovem na Política de
Deus (ou dos Espíritos de Luz), com
o Batismo da Religião Divina feito
por mim, com muita honra. Porque
se disser que o Congresso acabou
agora, seria somente conversa fiada
(risos). Nada disso! Todo dia é dia de
renovar o nosso destino. Agora é que
ele tem início na vida diária. E não
se esqueçam de que — enquanto não
prevalecer o ensino eficaz por todos
os de bom senso almejado, qualquer

nação padecerá o cativeiro das limitações que o despreparo lhe impõe.
“Esta Unção anunciada pelo Espírito Dr. Bezerra de Menezes, aqui
sentida por todos, é abençoada pelo
Cristo, neste 25 de junho, no Centro
de Convenções de Uberlândia, cidade
cujo nome quer dizer ‘Terra Fértil’.
Muito obrigado pela presença de
todos!
“Quem confia em Jesus não perde
o seu tempo! Porque Ele é o grande
Amigo que não abandona amigo no
meio do caminho.
“Deus está presente!
“Viva Jesus!”.

Paiva Netto na Academia de Letras do Brasil Central
O dirigente da LBV foi
eleito pela Academia de
Letras do Brasil Central
(ALBC), para ocupar a cadeira nº 39, cujo patrono foi
o Ministro Nelson Hungria
Hoffbauer (1891-1969). A
proposta foi apresentada
por Siomar Rodrigues de
Sousa, fundador e Presidente daquele órgão, com sede
em Brasília/DF, durante o
“30º Congresso Internacional do Jovem da Boa

Vontade de Deus”. Antes
de anunciar a notícia, Siomar, demonstrando grande
entusiasmo, pediu “uma
enorme salva de palmas a
este tremendo e notável
homem”, referindo-se ao
Líder da LBV. A multidão
presente respondeu: “Ele
merece!”. Por sua vez,
Paiva Netto disparou: “Vocês merecem!”, justificando
que “ninguém faz nada
sozinho”.

Daniel Trevisan

Paiva Netto

João Periotto

“Para merecermos ser batizados
por Deus, temos de viver a
humildade que Jesus explicitou
ao lavar os pés dos Seus
Discípulos, o que correspondeu
a um ato de cidadania plena
e, portanto, de inclusão
socioespiritual. (...) Lavar os
pés do semelhante é amar,
amparando o caído, limpando-o
das chagas sociais ou morais.”

Dr. Siomar Rodrigues
anuncia ao escritor Paiva
Netto a eleição dele para
a Academia de Letras do
Brasil Central

Revista Boa Vontade

41
Revista Boa Vontade, edição 203
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  • 1.
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  • 4. Editorial Obesidade mata mais que Aids Sem preconceitos: ricos e pobres sofrem com a gordura. João Preda José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor, é Presidente das Instituições da Boa Vontade. Há algum tempo o Presidente Bill Clinton declarou o número progressivo de obesos como calamidade pública nos Estados Unidos. As TVs mostraram jovens com dificuldade de se locomover, tamanho o peso. Aqui pelo Brasil estamos assistindo a fatos semelhantes. O Dr. Walmir Coutinho, da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade, que realiza um trabalho com o Ministério da Saúde, concedeu entrevista a João Paulo Lopes, no programa Viver é Melhor, da Rede Mundial de Televisão*1. Entre as suas declarações, destaco estas que expõem a gravidade da doença que anda ceifando preciosas vidas: — É muito preocupante. (...) A gente já tem, com excesso de peso no País, 36% dos brasileiros. (...) E o que impressiona mais é que, justamente nas camadas de menor poder aquisitivo, se observa o maior índice de crescimento desse problema. Revista Boa Vontade Existem algumas explicações. E talvez no Brasil haja duas realidades diferentes, pelo menos esta é minha hipótese, a maneira como vejo as coisas: (...) na população de renda mais alta, de maior escolaridade, possivelmente o fator predominante seja o conforto da vida moderna e a inatividade física dele decorrente (...), sem falar da violência nas grandes cidades, que prende as crianças dentro de casa. Elas não podem mais sair à rua para divertirse, têm de permanecer em frente da TV, do computador, da Internet, o tempo todo. Agora, nas camadas de renda mais baixa, creio ser decisiva a educação, que, de forma lamentável, é muito deficitária ali, principalmente a específica para este assunto: a alimentação saudável e a importância do exercício corporal. Sem essa instrução, a pessoa acaba comendo errado. Há dados alarmantes. Por exemplo: o consumo de lingüiça no Brasil aumentou em 1.000% nos últimos anos. Então, Fotos: Reprodução BV T rago nesta edição da revista BOA VONTADE, artigo de minha autoria, publicado no livro Crônicas e Entrevistas, lançado pela Editora Elevação no ano de 2000, e que considero de interesse geral, pois o bem-estar físico é patrimônio valioso para a Humanidade. E o tema em pauta continua assunto preocupante na Organização Mundial da Saúde (OMS). Walmir Coutinho Bill Clinton
  • 5. acho que, para as comunidades pobres, a alimentação é ruim, com muita gordura animal. (...) Desequilíbrio dietético O desequilíbrio dietético apresenta uma série de ameaças graves que, infelizmente, levam muitos à morte. São riscos associados à gordura escondida no abdômen, chamada de abdominal visceral. (...) Ela desencadeia uma resistência à ação da insulina, hormônio que controla o açúcar no sangue. O que vem junto com isso? Pressão alta, o diabetes (até nas crianças)... Se ele não vem, chega a tolerância glicídica, o colesterol alto, e tudo isso leva o indivíduo a uma tendência muito grande de entupir vasos sangüíneos, determinando vários tipos de complicações, ligadas à obstrução vascular. (...) Quando se somam essas coisas e se vai fazer uma estimativa, acredita-se hoje que, no Brasil, 80.000 mortes anuais sejam causadas pelas conseqüências da obesidade. É realmente assustador. Para se ter uma idéia de quanto significa esse fato: nem a Aids chegou a matar a metade disso. A obesidade é, pois, uma epidemia que destrói mais do que o HIV. Mau exemplo para as crianças Quanto aos pequeninos, o especialista adverte: — Se os adultos não souberem comer direito, dificilmente eles desenvolverão hábito de uma boa nutrição. Por isso, na fase da infância, o fator mais importante nesse tratamento acaba sendo os pais. E diz ainda o doutor: — O ambiente escolar tem de ser mudado. Não adianta uma criança ir ao médico e ouvir: — “Você precisa comer coisas mais saudáveis...” Ricos e pobres sofrem com o problema da gordura. É um armagedom, mas sempre há salvação, ou seja, uma alternativa ao alcance de todos, porém com o aval da medicina. Revista Boa Vontade
  • 6. Daniel Trevisan Daniel Trevisan 1 2 Mais de 1.000 crianças e jovens atendidos pelo Instituto de Educação da Legião da Boa Vontade, em São Paulo/SP, dispõem de infra-estrutura modelar, com quadras poliesportivas e ampla praça de lazer. Antes mesmo da inauguração do Conjunto Educacional, o dirigente da LBV, José de Paiva Netto, determinou pesquisa sobre o melhor processo para se obter uma alimentação saudável (1). Com esse parâmetro, foram apontados equipamentos de origem alemã, adquiridos para a Escola, a exemplo dos fornos (2), nos quais são preparadas as refeições das crianças. Esse sistema de cozimento, além de reduzir a gordura, conserva, de forma mais eficaz, o valor nutritivo dos alimentos. se, na cantina*2 do colégio, ela só encontrar hambúrguer, cachorroquente, batata frita, balas e chocolate. (...) Não adianta dizer-lhe que deve comer frutas, se não vai achá-las por lá. (...) A criança precisa de atividade física também. Aqui, um dado alentador: PhotoDisc — O Brasil possui quantidade e qualidade de profissionais atuando na área da obesidade, que talvez não conheça paralelo no mundo. (...) São endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, professores de educação física, que se reúnem em congressos científicos, cada vez mais pesquisam, publi- cam novos trabalhos sobre o tema e tratam do paciente com um nível de seriedade sempre maior. Então, creio que, por este lado, o panorama é animador. A importância da atividade física O Dr. Walmir volta a destacar o valor do exercício, mesmo que seja “andar de 15 ou 20 minutos por dia, pois isso já é melhor do que não praticar nada”. — Quando nem isso for possível, aconselho uma atividade física informal, aquela que a pessoa não se prepara para fazer, não precisa calçar tênis, vestir roupa de ginástica... Pode levar o cachorro para passear, descer do ônibus uma ou duas quadras antes do trabalho, de modo que realize uma caminhada. Como o sedentarismo é igualmente uma epidemia, se a pessoa conseguir cumprir 30 minutos de atividade física três vezes por semana, segundo a Organização Mundial da Saúde, já deixa de ser um sedentário, com repercussões importantes para o corpo. Não precisa nem ser 30 minutos seguidos. Bastam 15 de cada vez ao dia. Bem, a entrevista prossegue. Há outros aspectos elucidativos, como Revista Boa Vontade quanto a dietas, que reproduzirei em outra oportunidade. Ricos e pobres sofrem com o problema da gordura. É um armagedom, mas sempre há salvação, ou seja, uma alternativa ao alcance de todos, porém com o aval da medicina. Vale a pena conscientizar-se disso. O nosso metabolismo agradece. Quarenta e nove anos Aproveito o ensejo para registrar minha gratidão pelas manifestações de apreço que venho recebendo na passagem de meu 49º aniversário de serviços prestados à causa empolgante e altruística da Legião da Boa Vontade, completado em 29 de junho do corrente ano. Retribuo na mesma intensidade essas demonstrações de Amor Fraterno. _________________ *1 Rede Mundial — A TV da Educação, da Cultura e da Cidadania Solidária com Espiritualidade Ecumênica! — Rede nacional de televisão criada por Paiva Netto em 1º de janeiro de 2000. *2 Cantina — É antiga a ordem de Paiva Netto para que nas cantinas das escolas da LBV, em todos os locais, sejam servidos alimentos que contribuam para o bem-estar das crianças e dos jovens. O Instituto de Educação da LBV está localizado na Av. Rudge, 700, Bom Retiro, São Paulo/SP, tel.: (11) 3225-4500, site www.iejpn.com.br.
  • 8. Cartas Cidadania plena (...) A revista BOA VONTADE prima pelo Ecumenismo e pela elevação espiritual da Humanidade. Veículos com este perfil conseguem desenvolver a cidadania plena, que só é possível dentro do binômio “humano x Espírito”, conduzindo reportagens sempre ao engrandecimento de todos. Acompanhamos a trajetória da Legião da Boa Vontade desde os tempos do saudoso Irmão Alziro Zarur (1914-1979), até os dias de hoje, com a administração e condução iluminada do Irmão Paiva Netto, que pelo seu dinamismo e capacidade, ampliou as ações sociais (da Instituição), construiu o Templo (da Boa Vontade), em Brasília, responsável pela maior peregrinação do Distrito Federal; o ParlaMundi (da LBV), que abriga as mais variadas conferências e discussões para o crescimento da Humanidade; e deu seqüência à expansão mundial da LBV, com a presença em diversos países. (...) Gostaríamos de agradecer todo o apoio dado pelos senhores, que tem sido de grande valia aos propósitos de projetos, que por meio da nossa Organização da Sociedade Civil — OSCIP; Central de Referência à Discriminação Religiosa — CRDR, promove ações sociais seguindo o exemplo dado pela maravilhosa obra da Legião da Boa Vontade. (César Bastos — Coordenador do Centro de Referência à Discriminação Religiosa — CRDR e Secretário Executivo da Central de Cidadania (SEJDIC/RJ) mas principalmente pelas reflexões de pensadores que marcaram sua geração e as vindouras, com frases que são tão úteis e atuais quanto em suas épocas. (Paulo Berri, escritor — Florianópolis/SC) “Muro de Gerês” Parabéns! Quero expressar minha emoção ao ler o artigo do escritor Paiva Netto, “Muro de Gerês”, na edição nº 202, desta maravilhosa revista. A forma como ele descreve pessoas e lugares que conheceu em sua viagem a Portugal é muito rica em detalhes, tanto é que fui capaz de visualizar todas as situações, como se lá estivesse também, e isso me encanta em suas matérias. Nos belíssimos versos, que foram inspirados no Muro de Gerês, podemos perceber quanto sentimento o escritor demonstra ao reconhecer a importância do que para muitos poderia ser um simples muro, mas que na visão de um homem iluminado pela força do Amor de Jesus, torna-se exemplo de uma estrutura que cumpre sua função permanente. Parabéns à revista BOA VONTADE, que está esplêndida, e ao Irmão Paiva, que com fidelidade e muito Amor dedica sua vida ao Divino Mestre e, assim, nos leva a conquistar a Paz. (Anderson Cardoso — via e-mail) Identidade Visual Quero parabenizar a identidade visual da revista BOA VONTADE, não só pelo colorido e diagramação ímpares, O mundo ao alcance de um clique A Imagens: Google Earth lguns dos leitores da revista BOA VONTADE tiveram a grata satisfação de realizar uma viagem virtual a diversos órgãos da Legião da Boa Vontade, neste mês de julho. Um deles, o maestro José Eduardo Paulote de Paiva, emocionou-se ao ver as fotografias aéreas do Templo da Boa Vontade e do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o Par- laMundi da LBV, em Brasília/DF. Quem quiser visitar também esses lugares e uma infinidade de outros espalhados por todo o Planeta pode fazê-lo com apenas um clique. Para isso, basta salvar em seu computador um novo programa disponibilizado pelos sites http://maps.google.com e http://earth.google.com; e ver as imagens feitas da Terra por satélites em órbita. Imagens de satélite: Templo da Boa Vontade e do ParlaMundi da LBV (acima), em Brasília/DF, e Instituto de Educação José de Paiva Netto (embaixo), na capital paulista. Revista Boa Vontade Queridos amigos, acompanho a Super Rede Boa Vontade de Rádio há quase dois anos e gostaria de dizer quanto tenho aprendido com as lições do Irmão Paiva e as vibrações que sinto com as músicas e preces. Vocês estão de parabéns!!! (Cláudio Ricardo — Barra Mansa/RJ) A revista BOA VONTADE está simplesmente maravilhosa, moderna e superatual. Os temas nela abrangidos são de uma importância tão grande que não devemos deixar de ler. (Luiz Silva — Nova Iguaçu/RJ) Quero agradecer ao Irmão Paiva pela grande lição de humildade que vem nos trazendo todos os dias por meio dos Ensinamentos Divinos, seja pelo rádio, televisão, pelos congressos maravilhosos, como o de Uberlândia/MG, no dia 25 de junho; ou pelas obras literárias — pérolas divinas a nos despertar para a verdadeira realidade: a espiritual. Entre eles As Profecias sem Mistério, que como afirma o ilustre Espírito Dr. Bezerra de Menezes: “É o livro da cura, e deve estar na cabeceira de todas as
  • 9. A equipe da Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus está trabalhando para que essa corrente maravilhosa chamada Legião da Boa Vontade possa crescer a cada dia. Minha sincera gratidão também pelo Congresso da LBV em Uberlândia/MG dedicado aos Jovens. Meu coração está em festa, pois receber este presente moral e espiritual é uma honra pela qual não poderia deixar de citar nesta singela carta. (Samara Alessandra Marques, Recife/PE) “Prezado escritor José de Paiva Netto, registro, com muita satisfação, o recebimento da revista BOA VONTADE de maio de 2005. Cumprimentando-o pelo editorial Status da Mulher nas Nações Unidas, agradeço a gentileza com que fui distinguido. O abraço especial.” (Marco Maciel, Senador) Irmão Paiva, grande amigo! Quero desejar muitas felicidades! Amigo é assim: está todos os dias em nosso lar nos orientando, nos ensinando a viver melhor e nos elevando ao coração de Jesus nos momentos de oração, por meio da Super Rede Boa Vontade de Comunicação. Obrigada pela sua amizade e pelo seu carinho. Feliz Dia do Amigo! (Maria Freitas, por e-mail). Da esq. para a dir.: o jornalista Luiz Carlos Lourenço, o radialista Hilton AbiRihan e o dirigente da LBV, Paiva Netto, em memorável encontro. “Meu querido Irmão Paiva Netto, envio um abraço fraterno e especial pelo Dia do Amigo. Peço a Jesus que continue dando-lhe força para continuar atuando com brilhantismo como magnífico médico espiritual de homens e de almas. Que Deus o ilumine para continuar sempre atuando na LBV com todo este carisma, cheio de rapidez de raciocínio e repleto de Amor ao próximo. Que para todo o mundo você continue espalhando seus conhecimentos espirituais e que faça crescer, cada vez mais, a nossa Legião da Boa Vontade”. (Luiz Carlos Lourenço, jornalista). ABL: 108 anos de Cultura. Alan Lincon Quero transmitir ao coração do Irmão Paiva as minhas vibrações de carinho, amizade e gratidão. Que Jesus, o Divino Amigo, o ilumine sempre e derrame sobre ele e sua querida família as Bênçãos Celestiais de saúde, paz e alegria. (Miltes Pestana, por e-mail). Dia do amigo Antonio Carlos ONU João Preda famílias”. Esse trabalho do Irmão Paiva libertará a Humanidade da maior doença de todos os tempos: a ignorância total das Leis de Deus. (Cláudia Oliveira — Piracicaba/SP) Eutanásia A palestra publicada na BOA VONTADE, edição nº 202, sobre a Eutanásia, está surpreendente. O Dr. Oswaldo Hely Moreira faz uma análise médico-espiritual, debatendo a questão do comportamento ético da medicina, dos direitos do paciente terminal e as conseqüências espirituais dessa atitude. A matéria está bem didática, elucidando de maneira compreensível os termos científicos e polêmicos abordados, a exemplo de Distanásia e Ortotanásia. Parabéns a todos pela escolha dos temas, sempre atuais, que são tratados pelo prisma da Espiritualidade Ecumênica. (Leonardo Barduzzi — São Paulo/SP) O advogado Pedro de Paiva (E) ao lado do poeta e escritor Ferreira Gullar A Academia Brasileira de Letras (ABL) promoveu, em 20 de julho, a solenidade comemorativa ao 108º aniversário de fundação da Casa. Na cerimônia foram entregues os Prêmios Literários ABL, na sede do órgão no Rio de Janeiro/RJ. A principal honraria foi conferida ao poeta e escritor Ferreira Gullar, que ganhou o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra. Na oportunidade, o advogado Pedro de Paiva representou seu pai, o dirigente da LBV, cumprimentando os presentes, em especial, os homenageados. O acadêmico Eduardo Portella, ao ser saudado, aproveitou para mandar um forte abraço a Paiva Netto e dizer que sempre lê a revista BOA VONTADE. Revista Boa Vontade
  • 10. Ao Leitor Este número da revista BOA VONTADE é, acima de tudo, um registro histórico de pioneiros de nossa comunicação, homenagem ensejada pelos 90 anos de idade do veterano jornalista Fernando Segismundo, em 5 de julho. Na referida data, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) realizou o evento “Quatro pilares da ABI”, no qual ele e outros três destacados ex-Presidentes daquela Casa foram lembrados, por sugestão inicial do próprio Segismundo, e são eles também que figuram na capa da rBV. Na matéria de José Reinaldo Marques, publicada também no site da ABI, pode-se ter uma idéia do legado desses profissionais para o Brasil: Herbert Moses (1884-1972), que consolidou a Entidade fundada por Gustavo de Lacerda (1852-1909); Barbosa Lima Sobrinho (1897-2000), o decano da imprensa, que liderou uma intensa campanha nacionalista e fez da profissão um meio de levar política e cultura ao Povo; e Prudente de Moraes, neto (1904-1977), que, entre as relevantes ações, destacou-se, em especial, na defesa dos jornalistas de nosso país. Vale dizer, ainda, que é antiga a amizade que une a Legião da Boa Vontade e a ABI, desde os primórdios da Instituição (1950), pois foi justamente no Salão do Conselho da Associação que ocorreram as primeiras reuniões públicas ecumênicas da LBV, fundada pelo saudoso jornalista Alziro Zarur (1914-1979). Outra matéria de destaque desta edição é o editorial de Paiva Netto. Nele, o escritor e jornalista chama a atenção para o fato de que a “Obesidade mata mais que Aids”, conforme registrou no título de seu artigo. Realce também para a cobertura do “30º Congresso Internacional da Juventude Ecumênica da LBV”, que ocorreu em Uberlândia/MG, no último 25 de junho, cujo tema O Jovem na Política de Deus mexeu com essa gente moça, fazendo-a refletir sobre valores como Respeito, Caridade, Solidariedade e Amor. No Especial, trechos marcantes da palavra do Líder da LBV, Paiva Netto, durante o evento jovem, acerca do assunto, apresentado por ele de forma prática, na vida das pessoas e dos povos. Os editores BOA VONTADE ANO XXIII • Nº 203 • julho de 2005 BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação. Diretor e Editor responsável Francisco de Assis Periotto MTE/DRTE/RJ 19.916 JP Redação Editor Executivo: Gerdeilson Botelho Subeditora: Débora Verdan Revisão Adriane Schirmer Neuza Alves Walter Periotto Wanderly Albieri Baptista Colaboradores Alvino Barros, Antonio Paulo Espeleta, Daniel Trevisan, Elias Paulo, Leonardo Mattiuzzo, Maria Aparecida da Silva, Paulo Azor, Pedro de Paiva, Profa Nádia Lauriti, Rita Silvestre, Silvia Bovino e William Luz Arte Projeto Gráfico: João Periotto Capa: João Periotto e Alziro Braga Fotomontagem de capa: acervo da ABI e da rBV. Sumário Produção Edição nº 203 4 Editorial 8 Cartas 13 Coluna do Garotinho 14 Perfil 17 Literatura 18 Samba e História 20 LBV na ONU 22 Memória da Imprensa 26 Entrevista 29 Cultura 30 História 36 Reportagem 10 Revista Boa Vontade 44 Especial sobre Paiva Netto 46 Viver é Melhor! 47 Atualidades 49 Melhor Idade 50 Ação Jovem LBV 52 Soldadinhos de Deus 54 Acontece no mundo 57 Acontece 62 Pedagogia do Cidadão Ecumênico Endereço para correspondência: Av. Rudge, 938 — Bom Retiro CEP 01134-000 — São Paulo/SP Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9 — CEP 01216-970 Internet: www.boavontade.com E-mail: info@boavontade.com Impressão: PROL Editora Gráfica A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos emitidos em seus artigos assinados.
  • 11. Sumário Editorial 4 4 Editorial Memória da Imprensa 22 Entrevista 26 História 30 O escritor e jornalista Paiva Netto alerta: “Obesidade mata mais que Aids”, chamando a atenção dos leitores para a doença que, em muitos países, é considerada caso de calamidade pública. 13 Coluna do Garotinho Coluna do Garotinho 13 A formação de novos talentos no futebol na América do Sul e na África e o investimento de clubes europeus nesses jogadores são pauta do artigo de José Carlos Araújo 14 Perfil Oscar Schmidt conta a trajetória de sua vida que o tornou um campeão dentro e fora das quadras 18 Samba e História Um dos grandes símbolos do carnaval carioca, Neguinho da Beija-Flor, há 30 anos na Escola de Nilópolis, fala do trabalho que o projetou como cantor e compositor. 22 Memória da Imprensa Perfil 14 Cerimônia especial na Associação Brasileira de Imprensa homenageia os “Quatro Pilares da ABI”, um reconhecimento aos ex-Presidentes da Casa do Jornalista: Herbert Moses, Prudente Moraes, neto, Barbosa Lima Sobrinho e Fernando Segismundo. 26 Entrevista Rafael Cury comenta a mais expressiva vitória da Ufologia do Brasil: a abertura dos arquivos da Aeronáutica, uma ação que teve início no ParlaMundi da LBV, em 1997. Samba e História 18 30 História A vida e obra de Santos Dumont, o brasileiro que se tornou um dos mais respeitados inventores do mundo moderno, ao realizar o histórico vôo no 14 Bis. Reportagem 36 36 Reportagem Paiva Netto palestra para milhares de jovens em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, em evento marcante que debateu “O Jovem na Política de Deus”. Na reportagem, leia trechos do pronunciamento feito de improviso pelo Líder da LBV. Revista Boa Vontade 11
  • 12.
  • 13. Reprodução BV197 Coluna do Garotinho A supremacia da José Carlos Araújo é locutor esportivo da Rádio Globo do Rio de Janeiro/RJ O futebol milionário, sem dúvida, está na Europa. Os clubes espanhóis, italianos, ingleses, alemães e franceses dão mostras de sua vitalidade financeira, com enorme capacidade de gerar receitas inimagináveis para clubes dos continentes sul-americano e africano. Até mesmo centros esportivamente menos desenvolvidos, como o da Rússia (sem falar em países de futebol inexpressivo, como os da Ásia), matam de inveja qualquer diretor financeiro de clubes da América do Sul e da África. Falando em termos brasileiros, basta surgir um novo talento por aqui que qualquer clube europeu consegue contratar com relativa facilidade. Para eles, sai muito barato e a revenda é lucro na certa. Para nós, suas propostas em dólares ou euros são irresistíveis. Não é por acaso que os campeonatos europeus exibem os maiores craques do futebol mundial. Tanto que, ao escalar as seleções titulares de Brasil e Argentina, por exemplo, todos são integrantes de equipes européias. Mas, justamente por esse êxodo, que tanto incomoda o torcedor brasileiro, o admirado futebol europeu vem fracassando nas competições internacionais. Foi assim na Copa do Mundo de 2002 e no Campeonato Mundial sub-20, disputado agora, na Holanda. O mesmo ocorreu na Copa das Confederações, cuja final reuniu Brasil e Argentina, o maior clássico e a maior rivalidade da América do Sul. Ficou claro que o milionário futebol europeu simplesmente não existe. Na verdade, o que a Europa exibe são talentos sul-americanos (brasileiros, argentinos, colombianos, paraguaios, etc.), acompanhados de talentos africanos. Ao importar os craques dos principais centros futebolísticos mundiais, os europeus deixam de formar os seus próprios jogadores. Por isso, quando colocam suas seleções em campo, não podendo contar com os importados, acabam exibindo toda a sua fragilidade. Ao contrário, a saída constante de jogadores leva os clubes exportadores de talentos (sul-americanos e africanos, principalmente), a acelerar a formação de jovens jogadores. A continuar assim, os próximos campeonatos mundiais deverão repetir os resultados observados nas últimas disputas: países sul-americanos e africanos sempre ocupando as primeiras posições e levando para casa importantes conquistas. Estádio de Daegu, na Coréia do Sul. Revista Boa Vontade 13 Photos.com América do Sul e da África
  • 14. Perfil Trajetória de um campeão Oscar Schmidt: exemplo no esporte e de cidadania. ____________ Leila Marco Fotos: Arquivo da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) A Chico Audi carreira vitoriosa de Oscar Daniel Bezerra Schmidt — ou como ficou carinhosamente conhecido: o “Mão Santa” — pode ser observada sob alguns ângulos e, apreciando-os, se tem a certeza de que a experiência pessoal dele é útil, principalmente para os jovens, seja qual for o campo de atuação que escolham. Um gigante, não só na estatura (2,04 m) mas nas ações, dentro e fora das quadras, dando apoio aos colegas ou colaborando com o próximo, a exemplo de diversas campanhas socioeducacionais da Legião da Boa Vontade de que participou. A aura alegre, jovial, cheia de energia, e o espírito aguerrido que lhe valeram nos momentos mais difíceis alicerçaram o seu currículo impecável como atleta, a ponto de ser considerado o maior jogador de basquete brasileiro de todos os tempos e um dos maiores recordistas mundiais na modalidade. Vindo de família de esportistas, o caminho foi natural, com um empurrãozinho a mais que a altura favorecia. Aos 13 anos (já com 1,90 m), deu os primeiros passos com a ajuda do técnico Laurindo Miura, época em que morava na capital federal. Depois foram se sucedendo os triunfos, os bons resultados nos campeonatos, sempre se destacando nos clubes em que passou, no Brasil e Exterior, como nas onze temporadas na Itália (foi o primeiro jogador a fazer 10 mil pontos no Campeonato Italiano) e, depois, 14 Revista Boa Vontade
  • 15. J. A. Parmegiani O “Mão Santa” em mais um lance espetacular Oscar foi um dos atletas que assinaram a camiseta da LBV — França-98, um incentivo à Seleção Brasileira de Futebol nos jogos da Copa do Mundo. A renda com a venda desse material foi revertida em prol das obras socioeducacionais da Instituição. Em 1987, Oscar festeja um dos títulos mais importantes da carreira: a vitória sobre a Seleção Norte-Americana, no PanAmericano de Indianápolis (EUA). ao integrar o Forum, de Valladolid, na Espanha. Em um quarto de século nas quadras, chegou, em 1º de dezembro de 1999, à marca de 43 mil pontos, apenas superado no basquete internacional por Kareem Abdul-Jabbar, que alcançou os 46.725. Outro grande feito de Schmidt foi integrar o time brasileiro em cinco Olimpíadas: Moscou (1980), Los Angeles (1984), Seul (1988), Barcelona (1992) e Atlanta (1996), sendo o cestinha em três jogos e o primeiro, nessa competição, a fazer mais de mil pontos. Mas nada se iguala ao desempenho em 1987, quando comandou a histórica vitória de 120 x 115 sobre o Dream Team, ganhando o título do Pan-Americano, na casa dos adversários, em Indianápolis/EUA. Ao se despedir das quadras, soube fazê-lo da melhor forma, com justo reconhecimento. Atualmente, dirige a equipe do Telemar, Rio de Janeiro, que se sagrou campeã brasileira no último 26 de junho, ao vencer o Unit, de Uberlândia/MG, com uma equipe formada por jogadores ditos “velhos”, mais um ousado projeto de Oscar. Por tudo isso, vale conferir a entrevista exclusiva do nosso “Mão Santa”. BOA VONTADE — Primeiramente, a LBV agradece por você tomar parte das comemorações dos 55 anos da Instituição. Oscar — Eu que agradeço. Sempre que fui chamado, atendi. Sou cliente velho da LBV (risos). É um orgulho ser chamado para divulgar algo que deu certo. E faço com a maior Boa Vontade mesmo, com um prazer enorme. Participar da Campanha cedendo aquilo que tenho de mais precioso, que construí durante muitos anos, a minha imagem. Porque a LBV é o exemplo de como as coisas devem ser feitas para ajudar as pessoas que precisam. Espero que ela cresça muito, que se multiplique cada vez mais e consiga atender a muitos mais milhões (de pessoas) do que já atendeu até agora. “A LBV é o exemplo de como as coisas devem ser feitas para ajudar as pessoas que precisam.” BV — Nos Centros Educacionais da LBV, que você já visitou diversas vezes, o esporte também é colocado em destaque, sendo valorizado. Oscar — O esporte é muito bom para a criança, para o adolescente. A LBV tem de incentivar, cada vez mais, a prática dele para preencher as lacunas que ficam na vida da criança, quando a garotada não está estudando. Ao dar esporte nessa hora livre, você coloca objetivos, coisas boas na cabeça do menino. E ele fica cansado, com pouco tempo para fazer besteira. BV — Seus pais não eram ligados ao basquete. Como surgiu este contato com a modalidade? Oscar — Apesar de eles não serem jogadores de basquete, eram esportistas: meu pai, mãe e tio jogavam vôlei. Um irmão jogou vôlei, chegou a ser da Seleção Brasileira, hoje o Tadeu Schmidt é um grande repórter da TV Globo. Outro irmão meu, o Felipe, também pratica vôlei de praia com seu filho, e jogou muito basquete, é Capitão de Fragata da Marinha, lá em Vitória. Todos temos o esporte no sangue. Então, fazer vôlei, basquete, ou qualquer outra modalidade, é uma questão só de escolha, porque, com o que a gente fizesse, ia se identificar. Mudamos para Brasília, meu pai é militar, e quando cheguei lá, queria jogar futebol, mas eu estudava no (Colégio) Salesiano, onde estava o técnico de basquete do Clube Unidade Vizinhança. Então, aconselharam Revista Boa Vontade 15
  • 16. Perfil BV — Vivemos numa era de videogame, computador. As crianças e os jovens estão cada vez mais sedentários. De onde deve vir o incentivo para a garotada ingressar no esporte? Oscar — O videogame é muito legal. O computador também é imprescindível na vida da gente, mas todos têm de achar um tempo para se movimentar. Além de preencher o tempo, para todos, fazer esporte é fundamental: para não engordar, não ter problema de saúde. Muitos jogos infantis foram esquecidos, como o botão, a bola de gude, empinar papagaio. Essas coisas que a maioria dos meninos fazia, hoje com o videogame, o computador, ficam muito mais difíceis. Seria bom que as crianças encontrassem um tempo para brincar de coisas manuais, não só olhar para uma tela e ficar meio hipnotizado. Oscar, em 1987, quando comandou a histórica vitória de 120 x 115 sobre o Dream Team, ganhando o título do PanAmericano, na casa dos adversários, em Indianápolis/EUA. a mim e a meu pai: “Vá lá tentar o basquete, porque você tem tamanho”. Acabei me apaixonando de cara. BV — O apoio familiar foi importante nessa trajetória? Oscar — Sim, a primeira coisa é o apoio familiar. A família é primordial em todos os instantes felizes e nos que a gente passa por uma certa dificuldade. Se há um problema em casa, aí o esporte se torna fundamental. Se você tiver as três coisas: a família em casa, fizer esporte e estudar, está bem encaminhado. É muito difícil cair numa errada. BV — Qual o valor da religiosidade na vida das pessoas? Oscar — É importante, sobretudo nos momentos difíceis, você se apegar a alguém. E Deus é uma coisa muito séria, a mais bonita, segura para se ligar. Quando se tem esse sentimento, você sai na frente dos outros. 16 Revista Boa Vontade BV — Você nasceu em Natal/ RN, e as principais praças esportivas estão centralizadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Como dar maior acesso às pessoas que estão em outras localidades? Oscar — Isso é um papel das federações e confederações esportivas, que no nosso País não fazem da maneira como deveria ser. A escola também tem um fator relevante nisso, mas não é feito como teria de ser. A partir do momento que vier, de cima para baixo, uma ordem e mais recursos para investir na Educação, de maneira que o esporte seja praticado na escola, e a criança fique o dia todo no colégio, teremos um Brasil muito melhor pela frente. BV — Como você avalia a nova geração de jogadores de basquete que estão atuando em nossa seleção? Oscar — São bons jogadores. Temos uma ótima seleção. Só falta aquela coisinha a mais para mudar de nível. Aquele detalhezinho para sair do estágio de equilíbrio entre os “Deus é uma coisa muito séria, a mais bonita, segura para se ligar. Quando se tem esse sentimento, você sai na frente dos outros.” países, passar para o de cima, que a Argentina conseguiu e a Iugoslávia alcançou há muitos anos, a Rússia há um tempo e os Estados Unidos já têm a vida toda. BV — Quais as metas de vida para 2005 em diante? Oscar — Meus planos de vida são cuidar da minha família, continuar fazendo palestras pelo Brasil. O meu ganha-pão hoje é fazer palestras. E, de alguma forma, permanecer no meio do esporte. Estou trabalhando para nós viabilizarmos uma liga profissional independente de basquete, com todos os clubes do Brasil. Está tendo um sucesso relativo até agora, espero que isso vingue e que, pouco a pouco, cada um no seu papel, possa melhorar o nosso basquete. BV — Sua mensagem final: Oscar — Façam esporte, se mexam. Se não for algo competitivo, que seja andar a pé e de bicicleta, correr, jogar um futebolzinho ou basquete. Qualquer tipo de esporte é bom para a saúde. Quem puder enveredar pelo caminho profissional, melhor. Quem não conseguir, faça de alguma maneira, porque, senão, você pode ter problemas no futuro.
  • 17. Literatura Memórias de Jornalismo e Política Bill Clinton Reprodução RMTV Franklin Martins o Presidente das Instituições da Boa Vontade, registrando as palavras: “Ao Paiva Netto, algumas reflexões sobre nossa profissão. Espero que goste. Franklin Martins”. Universo da Física acontecimento: “A iniciativa da Legião da Boa Vontade é fantástica, porque uma das grandes mentiras que têm Marcelo Gleiser sido espalhadas por aí é que Ciência e Religião estão em guerra, em conflito, e que uma não tem nada a ver com a outra. E não é por aí! A Ciência e a Fé complementam-se, as pessoas precisam das duas. Não adianta você ter uma visão puramente racional do mundo. Existem certas coisas que a Ciência não se propõe a explicar”. [R.O.] Daniel Trevisan O s mistérios do Universo instigam a mente não só de crianças, como também de jovens e adultos. Quando vistos pelo prisma científico, tornam-se bem curiosos e interessantes. Acreditando nisso, o renomado físico Marcelo Gleiser lançou a obra Micro Macro — Reflexões sobre o Homem, o Tempo e o Espaço. Na noite de autógrafos, realizada na Livraria FNAC, em Pinheiros, zona sul de São Paulo, Gleiser, que também acumula a função de professor premiado de Física e Astronomia no Dartmouth College (EUA), dedicou um exemplar de sua obra ao Líder da LBV com a mensagem: “Para José de Paiva Netto, com grande abraço. Marcelo Gleiser”. Em 2000, um mês antes da realização do “Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV”, o físico assim se expressou sobre o ______________ Raquel Bertolin João Preda O conceituado jornalista Franklin Martins lançou, no restaurante Carpe Diem, da 104 Sul, Distrito Federal, o livro Jornalismo Político. O autor é comentarista político da TV Globo, da Globonews e da Rádio CBN. Sua obra literária “explora de forma prazerosa o dia-a-dia de um jornalista político e conta como é a relação entre a imprensa e o poder em Brasília”, escreve na contracapa. “Este livro — essencial para estudantes e profissionais da área — mostra que é possível para o jornalista exercer sua profissão com responsabilidade e transmitir informação isenta e correta sem se comprometer com conflitos de interesse”, completa. No lançamento, Franklin autografou um exemplar de seu livro para João Preda ___________ Nádia Preda Bill Clinton em entrevista à Rede Mundial de Televisão O ex-Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton fez uma palestra sobre Liderança e Prosperidade Coletiva, no fim do mês de junho, na capital paulista. William Jefferson Clinton foi eleito Presidente dos EUA em 1992 e reeleito quatro anos mais tarde, sendo o primeiro do partido democrata a exercer um segundo mandato desde Roosevelt. O encontro, voltado para lideranças de todo o Brasil, reuniu um público de aproximadamente 1.200 executivos e líderes governamentais. Durante este evento, ele lançou o seu livro Minha Vida e autografou um exemplar ao dirigente da LBV: “To Paiva Netto, Bill Clinton”. (“Para Paiva Netto, Bill Clinton”). Revista Boa Vontade 17
  • 18. Samba e História Neguinho da Beija-Flor (C) puxa o samba-enredo: “O vento corta as terras dos Pampas. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Guarani. Sete povos na fé e na dor... Sete missões de amor”, que deu, em 2005, à Escola de Samba de Nilópolis, o tricampeonato do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Coração da azul e branco de Nilópolis Reprodução RMTV Há 30 anos na Beij a-Flor, o cantor e compositor Neguinho conta sua trajetória no samba. Hilton Abi-Rihan, radialista, apresentador do programa Samba e História, da Super Rede Boa Vontade de Comunicação, conversa com Neguinho da Beija-Flor. Na RBV, o ouvinte pode acompanhar essas entrevistas aos domingos, no horário das 13 ou 19 horas. Pela RMTV o programa (foto) é exibido aos sábados, às 23 horas. No domingo, o telespectador tem duas opções de horário: às 15 ou 23 horas. 18 Revista Boa Vontade N oel Rosa (1910-1937) afirmava que “samba não se aprende na escola”. Mas a vida do sambista Neguinho da Beija-Flor dá um livro, como ele mesmo definiu em entrevista ao programa Samba e História, transmitido pela Super Rede Boa Vontade de Rádio (RBV) e pela Rede Mundial de Televisão (RMTV). Filho de músico — o pai de Neguinho era pistonista — as raízes familiares contribuíram para que o artista não apenas interpretasse sambas, mas, de fato, conhecesse música. O início da carreira dele foi no bloco Acadêmico de Miguel Couto, como capoeirista. Contudo foi quando saiu do Leão do Iguaçu, em 1975, que Neguinho começou a fazer parte da ala Fotos gentilmente cedidas pela Escola de Samba Beija-Flor de compositores da Beija-Flor, escola na qual permanece até hoje. E foi aí que nasceu o primeiro sucesso: Sonhar com Rei dá Leão. Com este samba-enredo, a atual tricampeã do carnaval carioca faturou o primeiro título, “quebrando, assim, um tabu de quatro escolas de samba (na época, há 30 anos) que são Mangueira, Salgueiro, Portela e Império Serrano”, recorda. “Só essas quatro é que ganhavam carnavais; as demais eram só coadjuvantes, só para encher, dar um complemento no desfile (...) A BeijaFlor quebrou esse tabu com um samba de minha autoria”, declara. Durante o bate-papo, ele ainda se lembrou de quando foi gravar o primeiro samba-enredo que compôs. Muitos
  • 19. Neguinho da Beija-Flor não sabem, mas a composição Sonhar com Rei dá Leão, escrita por Neguinho, marcou história na vida do sambista. A canção, na época, foi eleita para representar a escola de Nilópolis nos desfiles daquele ano. A voz que iria puxar o enredo não era a sua. Contrariado em ver a atuação do cantor no estúdio de gravação, Neguinho solicitou a um dos diretores para mostrar como se cantava a música. Ao ouvir a interpretação dele, o diretor pagou a quantia que devia ao cantor e pediu a Neguinho que gravasse a melodia. Recorda o sambista: “Eu falei que meu nome era Neguinho da Vala. O diretor disse: ‘Não! Quem vai gravar é você; e, a partir de hoje, vai ser Neguinho da Beija-Flor’”. Flamenguista apaixonado, Neguinho também é autor de O Campeão, música que fez em homenagem ao time rubro-negro e que atualmente é cantada por torcedores de vários clubes. Até porque virou um clássico o refrão: “Domingo eu vou ao Maracanã, torcer para o time que sou fã”, conforme descreve a letra. Outra grande conquista é a canção Ângela, de Serginho Meriti e Alexandre, que, na voz de Neguinho, fez sucesso na década de 1980. A mú- sica inspirou o sambista para o nome da sua filha, agora com 18 anos. É de autoria dele também Deusa da passarela, escrita na época em que a azul e branco de Nilópolis sagrou-se tricampeã pela primeira vez (1976/ 77/ 78). Enquanto para alguns a escola de samba é apenas visual ou samba no pé, Neguinho encontra nos pavilhões uma paixão. Ele está na Beija-Flor há trinta anos e compôs oito sambas para a azul e branco de Nilópolis, que, atualmente, no ranking geral da Liga das Escolas de Samba, é a campeã em títulos. Muitas composições dele misturam-se a situações vividas em seu dia-a-dia. “Às vezes as pessoas ouvem uma música e dizem: ‘Será que foi verdade essa história ou o compositor criou essa história, imaginou e contou?’. No meu caso, a maioria de minhas músicas são fatos verdadeiros”. O CD Nos braços da comunidade é o atual trabalho do Neguinho da BeijaFlor, que está na Europa numa turnê de três meses. Durante a gravação do programa Samba e História, ele, carinhosamente, fez um trocadilho com o bordão de maior sucesso do artista, numa homenagem à Legião da Boa Vontade: “Olha a LBV aí, gente!”. Lívio Campos “Olha a LBV aí, gente!” Na Marquês de Sapucaí, tradicionalmente a escola levanta a avenida. A elegância do primeiro casal de Mestre-Sala e PortaBandeira da Beija-Flor, Claudinho e Selminha Sorriso. Revista Boa Vontade 19
  • 20. LBV na ONU Boa Vontade nas Nações Unidas Encontro reúne anualmente chefes de Estado, ministros e embaixadores de mais de 190 países. _________________ Danilo Parmegiani Fotos: Eliana Gonçalves T odos os anos, o Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc) reúne-se para uma sessão extraordinária do High Level Segment (Alto Segmento), na qual chefes de Estado, ministros e embaixadores de vários paísesmembros divulgam suas ações em direção ao desenvolvimento sustentável do Planeta e à melhoria da qualidade de vida da Humanidade. Assim, entre 29 de junho e 1º de julho de 2005, o Alto Comissariado desse Conselho discutiu o tema “Millennium+5”, marcando meia década da assinatura da Declaração do Milênio e o prazo de c-símiles das mais dez anos para o cumFa a capas da revist ária primento dos desafios Sociedade Solid globais acordados por nhol) (inglês e espa 191 nações. Além das delegações oficiais, a sociedade civil pôde pronunciar-se. Da América Latina, a organização convidada a se dirigir ao microfone na câmara do Ecosoc foi a Legião da Boa Vontade, pelo trabalho socioeducacional que desenvolve há 55 anos, em vários países, com ampla atuação intersetorial, cooperativa e ecumênica. Tendo sua palavra anunciada pelo Presidente do Conselho e Embaixador do Paquistão, Munir Akram, a LBV 20 Revista Boa Vontade Conceição Malaman, da LBV, trouxe à reunião do Alto Comissariado do Ecosoc, na ONU, a contribuição da Rede Sociedade Solidária, criada pela LBV, e que reúne 234 ONGs latino-americanas. apresentou a articulação da rede Sociedade Solidária e um documento que obteve a contribuição de 234 ONGs latino-americanas. O comprometimento em promover ações organizadas no combate à fome, à miséria, às desigualdades e em favor da Vida, da educação universal e do desenvolvimento sustentável foi abordado com uma preocupação transversal: a necessidade de buscar valores de Espiritualidade Ecumênica em cada indivíduo para a superação dos problemas sociais. A representante da Legião da Boa Vontade na Organização das Nações Unidas (ONU), Conceição Malaman, encerrou a mensagem dedicando à reflexão de todos o seguinte pensamento do dirigente da Instituição, José de Paiva Netto: “Cuida do Espíri- to, reforma o Ser Humano. E tudo se transformará”. Paul Hoeffel, chefe da seção de ONGs do Departamento de Informações Públicas (DPI) das Nações Unidas — no qual a LBV possui relação consultiva desde 1994 — resumiu em duas palavras seu parecer sobre o trabalho exposto pela entidade brasileira: “Muito impressionante”. O documento na íntegra foi impresso e disponibilizado no site da ONU (documents.un.org, sob a identificação e/2005/ngo/8) em seis idiomas (Inglês, Francês, Russo, Espanhol, Árabe e Chinês). Em Português, o texto, bem como a relação de todas as ONGs que colaboraram na discussão local dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), podem ser lidos no site www.lbv.org.br. As delegações participantes receberam a sexta edição da revista Sociedade Solidária, com a íntegra do artigo de Paiva Netto “É urgente reeducar!”. O material foi elogiado pela Diretora Executiva do United Nations Development Fund for Women (Unifem), Noeleen Heyzer. A reunião do Alto Segmento do Ecosoc é uma oportunidade de troca de experiências e de informações entre organizações do mundo inteiro. Durante um almoço ministerial oferecido pelo governo de Sergipe e pela World Family Organization, o Governador João Alves Filho parabenizou a obra que a LBV realiza na capital do Estado, Aracaju.
  • 21. LBV no relatório da Unesco sobre a Década da Cultura de Paz O Programa da Década da Cultura de Paz da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) (2001-2010), de âmbito mundial, comemora os resultados dos primeiros cinco anos da iniciativa. Um relatório preliminar divulgado, em maio, pela Unesco — que ouviu cerca de 700 organizações, de 100 países — comenta as dificuldades enfrentadas pelas entidades e aponta os progressos, ressaltando o papel da América Latina, em especial o Brasil, entre as nações que mais têm colaborado para a difusão desta consciência pacificadora. São muitas as conquistas de organizações da sociedade civil, cujos esforços são imprescindíveis para promover a Cultura de Paz. A Legião da Boa Vontade também foi convidada a apresentar suas ações, que datam da década de 1940. A começar pelo próprio dístico da LBV (em forma de um coração azul), O Governador de Sergipe, João Alves Filho, aparece ladeado pelos representantes da LBV Conceição Malaman e Danilo Parmegiani. em que se registra: “Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade”. No documento, a Instituição faz um rápido retrospecto dos serviços prestados no ideal fraterno, a exemplo da edificação, em Brasília/DF, do Templo da Boa Vontade e do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV; o desenvolvimento — em escolas e centros comunitários e educacionais — da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, que visa à formação integral do Ser Humano: corpo e espírito, além da disseminação da Cultura de Paz em eventos nacionais e internacionais e nos diversos veículos Representante da ONU agradece contribuição da LBV site ONU na Declaração do Milênio, A Sra. Hanifa Mezoui, bem como implementando os Chefe da Seção de Organizaresultados das conferências e ções não-Governamentais do encontros principais da ONU: ECOSOC, encaminhou carta progresso feito, desafios e ao dirigente da LBV, José de oportunidades’. Paiva Netto, para agradecer o “A respeito do Encontro trabalho realizado pela Legião Hanifa Mezoui Mundial de 2005, a reunião do da Boa Vontade no High Level Segment 2005. Abaixo, a mensagem Alto Segmento 2005 foi particularmente significativa, de modo que possibilitou escrita por Hanifa: maior contribuição ao processo de revisão do progresso feito na implementação “Prezado Sr. Paiva Netto, “Verdadeiramente foi um prazer dos Objetivos de Desenvolvimento do recebê-lo na sede das Nações Unidas Milênio. Na verdade, como o senhor em Nova York para a reunião do Alto deve saber, a relação entre o Conselho Segmento 2005 do Conselho Econômico Econômico e Social e as organizações e Social, a fim de compartilhar com o não-governamentais foi definida no essenhor tantas atividades inspiradoras e tatuto das Nações Unidas. Desde então, estimulantes, culminando com a apresen- o Conselho tem persistentemente se tação do documento de sua Organização esforçado, por um lado, ao permitir aos dentro do tema ‘Atingindo os objetivos órgãos da ONU conclamar a consulta de desenvolvimento, internacionalmente de ONGs e suas experiências nas mais acordados, incluindo aqueles contidos diversas, geográfica e substantivamente, Inglês Espanhol Francês Russo Chinês O High Level Segment (Alto Segmento) reúne centenas de delegações internacionais na Câmara do Ecosoc, na Sede das Nações Unidas, em Nova York. de comunicação do Brasil e Exterior. E tantos outros detalhes e práticas que se fossem registrados no questionário, o tornariam pequeno para as diversas realizações. Ainda como recomendação, a Obra apresentou trechos da palavra do Diretor-Presidente da LBV constantes da revista Dinamismo da Paz — cujo teor foi apresentado aos participantes da I Conferência de Cúpula da Paz Mundial para o Milênio, promovida na sede das Nações Unidas, em agosto de 2000 — e outra passagem do livro Reflexões da Alma, igualmente de Paiva Netto. [L.S.M] populações, bem como, por outro lado, possibilitando às organizações que representem elemento importante da opinião pública expressar seus pontos de vista, da mesma forma que o senhor fez no manifesto escrito de sua instituição, identificado como E/2005/NGO/8. Como o senhor também deve saber, esse documento foi traduzido para os seis idiomas oficiais. “Aproveito para comunicar que uma sinopse dos documentos de ONGs formará uma publicação lançada anualmente pelo Ecosoc e intitulada Diálogos no Conselho Econômico e Social. Manteremos o senhor informado do lançamento. “Mais uma vez, agradeço-lhe pela participação nessa sessão e pela valiosa contribuição a esse ímpeto coletivo de trabalhar em direção ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. “Sinceramente, Hanifa Mezoui, Chefe da Seção de ONGs, DESA.” Árabe Mensagem da LBV divulgada pela ONU em seus 6 idiomas oficiais a delegações de Estado e ONGs Revista Boa Vontade 21
  • 22. Memória da Imprensa Herbert Moses Fernando Segismundo Barbosa Lima Sobrinho Prudente de Moraes, neto Festa para quatro ex-Presidentes Fotos: Acervo da ABI*1 C om a sessão comea sessão foi formada pelo morativa “Quatro ex-Presidente Fernando pilares da ABI”, a Segismundo; o ConselheiAssociação Braro José Gomes Talarico; sileira de Imprensa homea Diretora de Jornalismo, nageou Fernando SegisJoseti Marques; o acadêmundo, que completou mico Cícero Sandroni; a 90 anos, e mais três exhistoriadora Maria Cecília Presidentes*2 da entidade. Rego Carneiro; a jornalista A celebração ocorreu no Ana Arruda Callado; o Auditório Oscar Guanabapoeta Geraldo Meneses; rino, 9º andar do edifícioa Presidente da União sede, no centro do Rio. Gustavo de Lacerda, o Brasileira de EscritoOs outros homenageados fundador da ABI (1908). res, Estela Leonardo e foram Barbosa Lima Soa pintora Maria Emília brinho, Herbert Moses e Prudente de Paladino. Moraes, neto. Domingos explicou que a sugestão A cerimônia foi presidida por Do- de homenagear outros ex-Presidentes mingos Meirelles, Diretor de Assistência da Casa no dia de seu aniversário partiu Social da ABI, que representou o Presi- do próprio Fernando Segismundo, que dente Maurício Azêdo. Convocada por justificou assim sua decisão: “Gosto Domingos, a mesa que conduziu de comemorar e de homenagear, mas fico sem graça quando eu mesmo sou o homenageado”. 22 Revista Boa Vontade ____________________ José Reinaldo Marques do site www.abi.org.br Durante o evento “Quatro Pilares da ABI”, no último 5 de julho, Fernando Segismundo (à direita) e o jornalista Domingos Meirelles que presidiu a sessão. Utilidade pública Muito festejado por amigos e três gerações de parentes que o acompanharam à ABI, Segismundo agradeceu as palavras de carinho que recebeu: “Estou muito honrado com esse momento, não somente por motivos pessoais, mas porque encontrei os confrades que admiro e acompanhei nesta Casa, que Na primeira foto, o Senador americano Robert Kennedy é aclamado em frente ao prédio da Entidade (1961), após entrevista concedida à imprensa na ABI. Ao lado, registro histórico: Herbert Moses, o segundo da fila, no Jubileu de Ouro de Rui Barbosa, em 1911, data comemorada pelos juristas brasileiros.
  • 23. fundamental do lança a pedra . erbert Moses H mbro de 1935 , em 30 de sete edifício da ABI centenas de r foi assistida po A solenidade jornalistas. considero de utilidade pública. Pois este é o ambiente da liberdade e do progresso, que agasalha o Povo brasileiro nessas suas aspirações democráticas”. O aniversariante falou também de sua admiração por Herbert Moses, de quem relembrou a obstinação e a capacidade de administrar e escolher assessores, como o poeta e jornalista Orígenes Lessa: “Era um homem extraordinário, que sabia o que queria. Quando o conheci na ABI, ele já sonhava com a nova sede. E tinha bom senso ao escolher e cultivar assessores que levaram adiante os seus projetos”. Segismundo ressaltou o prestígio de que Moses desfrutava com o Presidente Getúlio Vargas — e que acabou resultando na realização de um antigo sonho: a doação financeira para a compra do terreno onde a ABI ergueu o seu edifício-sede.  Decano dos jornalistas Em sua evocação, o acadêmico Cícero Sandroni falou da trajetória de Barbosa Lima Sobrinho, que considera o decano dos jornalistas brasileiros. Destacou sua competência e determinação em defender a democracia e impedir o cerceamento da imprensa, com a firme postura de combater tudo o que considerava errado na política: “Ele é eterno pelas palavras que deixou escritas, muito melhores do que eu poderia fazer. Lembro que uma vez o questionei pela sua jornada de trabalho, por causa de sua idade, e ele me disse: ‘O tempo que perdemos na ABI, ganhamos pelo Brasil’”. O saudoso Prudente de Moraes, neto, em frente ao prédio da ABI. Domingos Meirelles, por sua vez, recordou que em 1978 foi pedir-lhe que aceitasse o convite para presidir a ABI: “Vivíamos um momento de tensão. Com a morte de Prudente de Moraes, neto, a Associação se encontrava dividida e precisava de um Presidente que tivesse a capacidade de desarmar os espíritos. O nome de Barbosa Lima Sobrinho surgiu no calor dos debates sobre o futuro do País e da própria Casa”. Ao se pronunciar sobre os ex-Presidentes Prudente de Moraes, neto, e Fernando Segismundo, o historiador Mário Barata disse que, ao escolher os quatro homenageados como seus pilares, a ABI estava vivendo um momento muito importante: “Estamos fazendo um corte histórico para o conhecimento da Associação Brasileira de Imprensa, para as futuras gerações. Esses Presidentes conduziram a Casa com muito esforço e criatividade, a serviço da comunidade brasileira”.  ___________________ Nosso agradecimento especial à Sra. Vilma Oliveira, responsável pela Biblioteca Bastos Tigre, que gentilmente cedeu as fotos para a rBV. *2 As biografias dos quatro ex-Presidentes da ABI, homenageados nesta reportagem, podem ser encontradas no site www. abi.org.br. *1 Revista Boa Vontade 23
  • 24. Memória da Imprensa Fotos: Arquivo rBV ABI e LBV: 55 anos de amizade 1 2 3 4 5 C omo tradicionalmente ocorre, a Super Rede Boa Vontade de Comunicação deu amplo destaque ao evento. Fernando Segismundo foi cumprimentado pelos representantes da LBV, que, na ocasião, entregaram-lhe a edição nº 202 da revista BOA VONTADE. O jornalista disse que sempre lê a publicação e que gosta muito dos assuntos abordados. Professor do tradicional Colégio Pedro II e fundador do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro, Segismundo frisou que “a festa é da ABI, nós todos estamos festejando essa data permanentemente. Estou muito contente porque é a nossa Casa, eu me julgo um homem da comunicação. Acho a ABI fundamental para nos congregar”. Ao lado de sua simpática esposa, Gioconda, Fernando afirmou que “Paiva Netto é uma das figuras mais singulares deste País”. Na opinião do jornalista, o dirigente da LBV “nasceu, sem dúvida, para ser útil. Ele se impôs num dever de utilidade. Paiva Netto trabalha há muitos ______________ Simone Barreto Fotos: Arquivo rBV anos para a comunidade, para o Povo. Por isso, além de ser nosso amigo, nós o admiramos muito, porque ele se dedicou a uma missão importantíssima que é ajudar as almas e os corpos. Estou muito grato pela LBV ter se lembrado de mim, sobretudo na administração dele, que é uma figura muito importante para o nosso País”. No final da entrevista, Segismundo ressaltou que: “Paiva Netto é referência”. Recordou-se também de que o conheceu jovem, no Colégio Pedro II: “a nossa admiração, a nossa amizade é muito maior do que se imagina porque é a nossa vida”. E, ainda, desejou ao dirigente da LBV “que ele tenha muita saúde para continuar sua missão enorme, imensa, sublime a que se dedicou. O meu abraço”. Cícero Sandroni, acadêmico e palestrante, fez um resumo sobre a trajetória do Dr. Barbosa Lima Sobrinho. “Foi o Presidente mais jovem dessa Casa nos anos 20, depois reelegeu-se, voltando mais tarde no começo dos anos 1980, onde permaneceu até o seu falecimento. Foi um grande homem, decano do Brasil”. O conselheiro José Gomes Talarico falou sobre as quatro figuras importantes da ABI, fazendo um destaque especial para Herbert Moses e aproveitou para mandar um grande abraço ao amigo Paiva Netto. Quem também estava presente no evento foi o repórter fotográfico Amicucci Gallo, que enviou um grande abraço ao dirigente da LBV, destacando que a revista BOA VONTADE está de parabéns com o novo formato. Na primeira imagem, da esquerda para a direita, o fundador da LBV, Alziro Zarur, ao lado de importantes figuras da imprensa nacional: Herbert Moses e João Mello. A foto 2 registra o cordial encontro entre Paiva Netto e o jornalista Fernando Segismundo. Sua simpática esposa, Gioconda, aparece na terceira imagem. Logo abaixo, o conselheiro da ABI José Gomes Talarico concede entrevista à Super Rádio Brasil (940 AM). Na quinta foto, o premiado repórter fotográfico Amicucci Gallo com o jornalista e acadêmico Cícero Sandroni. 24 Revista Boa Vontade
  • 25. Flávio Oliveira Por ocasião do seu centenário (1997), o Dr. Barbosa Lima Sobrinho foi cumprimentado pelo escritor Paiva Netto. Barbosa foi o segundo Presidente do Conselho de Honra do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, da LBV, assumindo o cargo honorífico após o falecimento do saudoso Presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde. Em carta, Dr. Barbosa agradeceu à distinção: “(...) Não posso deixar de aprovar qualquer movimento de Caridade, sobretudo quando tem a presença do jornalista Paiva Netto (...)”, escreveu. Relevante parceria social Uma das mais respeitadas Casas da Imprensa nacional, a ABI tem parte na história de 55 anos da Legião da Boa Vontade. Foi justamente no Salão do Conselho da Associação Brasileira de Imprensa que ocorreram as primeiras reuniões preparatórias da Instituição. O número de pessoas presentes a esse encontro aumentou em grande escala. Por esse motivo, foram transferidos para um local mais amplo: o auditório da ABI. O Presidente da Casa naquela época, Herbert Moses, surpreendido com o fenômeno da Obra, declarou: “Zarur fez um verdadeiro milagre, juntando tantos inimigos cordiais na LBV”. Atualmente, a ABI tem na sua Presidência o eminente jornalista Maurício Azêdo. Nascido em 27 de setembro de 1934, no Rio de Janeiro, Maurício Azêdo formou-se em Direito na Universidade do Estado da Guanabara (atual UERJ) em 1960. No entanto, desde o terceiro ano da faculdade já se dedicava à atividade jornalística, que exerceu nos mais importantes veículos impressos do Rio e de São Paulo. Mais tarde, trabalhou em publicações alternativas de resistência ao regime militar, como a Folha da Semana, Opinião e Movimento e colaborou com a clandestina Voz Operária, órgão do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Eleito vereador em 1982, exerceu mandato em três legislaturas consecutivas (1983-1988, 1989-1992 e1993-1996). Foi Presidente da Câmara Municipal do Rio entre 1983 e 1985 — período em que assumiu interinamente a Prefeitura —; Secretário Municipal de Desenvolvimento Social entre 1986 e 1987; Conselheiro do Tribunal de Contas escolhido por unanimidade pela Câmara Municipal em 1995 Maurício Azêdo — aposentou-se em 2004, ao atingir a idade limite para o exercício do cargo; e professor do Departamento de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro entre 1979 e 1980, lecionando Técnicas de Produção em Jornalismo Impresso e Legislação dos Meios de Comunicação, entre outras matérias. Maurício Azêdo está desde 1972 na ABI, onde foi diretor da Biblioteca Bastos Tigre entre 74 e 76, além de um dos editores do Boletim ABI. A LBV e a Casa do Jornalista sempre mantiveram um relacionamento cordial, tendo firmado parcerias ao longo do tempo, como, no fim de 2004, quando foi assinado um convênio entre as duas instituições, sem quaisquer ônus para a ABI, no qual é dado atendimento odontológico aos jornalistas aposentados, de renda modesta. Os associados são encaminhados ao Centro Odontológico que a LBV mantém em Del Castilho/RJ, na zona norte do Rio. Também são entregues mensalmente a esses profissionais dezenas de cestas básicas de alimentos. Tudo é realizado gratuitamente. Primeira reunião ecumênica da LBV, em 1950, foi na ABI. Em 7 de janeiro de 1950, Alziro Zarur comanda a primeira reunião ecumênica da Legião da Boa Vontade, a Cruzada de Religiões Irmanadas, pela qual pioneiramente preconizava o interrelacionamento religioso. Ela foi realizada no Salão do Conselho da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro/RJ, da qual Leopoldo Machado foi um dos oradores. Na foto superior, ao lado direito de Zarur, que aparece em pé, Teles da Cruz (Catolicismo), à esquerda Murilo Botelho (Esoterismo) e Ascânio Farias (Positivismo). Revista Boa Vontade 25
  • 26. Entrevista Abertos arquivos da Aeronáutica A mais expressiva vitória da Ufologia no Brasil, no campo documental, teve início no ParlaMundi da LBV, em 1997. ____________________________ Equipe de Estudos Ecumênicos N J. A. Parmegiani o último 20 de maio, um passo histórico foi dado no Brasil para o reconhecimento oficial das investigações sobre ÓVNIs (Objetos Voadores Não-Identificados), a exemplo do ocorrido no Chile, Espanha, França e Uruguai. A Comissão Brasileira de Ufólogos — formada pelos investigadores Ademar José Gevaerd, Rafael Cury, Claudeir Covo, Marco Antonio Petit de Castro, Fernando de Aragão Ramalho, Reginaldo Athayde e Roberto Affonso Beck — foi convidada pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) para visitar as instalações do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactal) e o Centro de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), onde foi recebida pelo Brigadeiro-do-Ar Antonio Guilherme Telles Ribeiro, chefe do Cecomsaer, e pelo Brigadeiro Atheneu Azambuja, chefe do Comdabra. Ufólogos presentes ao I Fórum Mundial de Ufologia, no ParlaMundi da LBV. Na foto, eles aparecem na entrada principal do Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF — Brasil. 26 Revista Boa Vontade A Comissão recebeu informações sobre o sistema de defesa aeroespacial do País e teve acesso a documentos da Força Aérea Brasileira (FAB) a respeito de acontecimentos ufológicos mantidos em seus arquivos. A caminhada rumo a este acontecimento teve início em 14 de dezembro de 1997, no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF. Nessa data, a comunidade ufológica brasileira e internacional, reunida no I Fórum Mundial de Ufologia, subscreveu a Carta Fotos: Arquivo UFO de Brasília, dirigida ao Ministro da Aeronáutica, solicitando acesso aos arquivos até então reservados sobre Rafael Cury a Operação Prato e dos avistamentos, em maio de 1986, entre São José dos Campos/SP e a capital paulista. Argüido a respeito da realidade dos ÓVNIs, o escritor e jornalista Paiva Netto ponderou: “O mundo discute, há muito tempo, a existência dos chamados UFOs. Relativamente a isso, a questão não é acreditar ou deixar de crer neles; mas, sim, saber se esses fenômenos são ou não são verdadeiros. A comprovação dessa realidade cabe naturalmente à Ciência. A posição filosófica adequada é a de que não se
  • 27. Conferencistas de Língua Espanhola concedem entrevista às agências internacionais: Associated Press, Reuters e Ansa. Plenário José de Paiva Netto, do ParlaMundi da LBV, superlotado de participantes do mundo inteiro. O jornalista Alexandre Garcia, da Rede Globo, entrevistando o cosmonauta russo Alexander Balandine. pode, a priori, negar essa possibilidade, porque seria, no mínimo, arrogância de nossa parte pensar que só existe vida aqui no nosso querido, contudo pequeno, Planeta Terra”*. Com a finalidade de contribuir com o estudo e avaliação em profundidade do fenômeno UFO, o Presidente das Instituições da Boa Vontade (IBVs) estabeleceu que o ParlaMundi participasse da organização para sediar o I Fórum Mundial de Ufologia. Aliás, dentro da tradição de vanguarda das IBVs que, em 1956, já discutia o assunto pelas páginas da revista BOA VONTADE. A importância do acesso aos documentos produzidos pela Força Aérea e o papel do Fórum, realizado na LBV para que isso ocorresse, foi analisado por Rafael Cury, membro da Comissão Brasileira de Ufólogos, CBU, e fundador do Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU) em entrevista ao Programa Ecumenismo, apresentado por Angélica Beck na Rede Mundial de Televisão. contribuir ainda, pois dispomos de farto material para pesquisas. Mas queremos essa aproximação com a comunidade científica. A abertura por parte do Ministério da Aeronáutica vem demonstrar a seriedade da Ufologia brasileira. Nós tivemos acesso a arquivos; o mais importante é que a Aeronáutica brasileira reconhece a Ufologia. E declarou, através dos seus comandantes, que o know-how para pesquisas está nas mãos dos ufólogos. A Aeronáutica possui 50 anos, aproximadamente, de registros e não tem condições técnicas para pesquisar, sociedade brasileira necessita de uma resposta. Trata-se de fenômeno secular e é considerado um dos maiores enigmas de todos os tempos, por isso a comunidade mundial deseja uma resposta. (...) A Ufologia, através da sua casuística, já mostrou que essas civilizações que nos visitam em atividades amistosas, também, têm atividades agressivas com a sociedade humana. Muitas pessoas não sabem que a Organização das Nações Unidas (ONU) já debateu em duas reuniões extraordinárias o tema UFO. Nós queremos, a partir de agora, com a união da ufologia mundial, voltar a discutir esse assunto junto à ONU. Compete às Nações Unidas, também, dar uma resposta à Humanidade. BOA VONTADE — O que significou o convite da Aeronáutica para que a CBU conhecesse os seus arquivos sobre os chamados ÓVNIs? Rafael Cury — O encontro que tivemos com oficiais da Aeronáutica em Brasília foi o diploma universitário da ufologia brasileira. Mas nós queremos a pós-graduação. Isto é, buscarmos um diálogo com a comunidade científica brasileira. Já temos sinais de alguns segmentos que pretendem essa aproximação, porque compete à Ciência dar explicações à Humanidade sobre a questão do fenômeno. Nós, ufólogos, temos muito que “Muitas pessoas não sabem que a Organização das Nações Unidas (ONU) já debateu em duas reuniões extraordinárias o tema UFO.” Rafael Cury o que ela deseja com a criação da Comissão mista formada por oficiais da Aeronáutica e ufólogos é o know-how para pesquisar os arquivos e liberá-los para a comunidade brasileira. BV — Qual será o futuro dessa parceria? Rafael Cury — Acho que nós atingimos a maturidade e a tendência é trabalharmos em conjunto com a Aeronáutica para a liberação desses documentos. E, a partir desse momento, esperamos aproximação com a comunidade científica. Porque a BV — Qual foi a importância do Fórum Mundial de Ufologia no ParlaMundi da LBV, em Brasília, em todo esse processo? Rafael Cury — O Fórum Mundial de Ufologia foi criado e realizado em 1997. Durante um ano, nos reunimos em Curitiba, Campo Grande, Brasília e São Paulo, para que a gente pudesse escolher um ambiente que causasse impacto e alcançasse o objetivo de uma aproximação com o governo brasileiro e com a Aeronáutica. Tivemos a presença de militares no ParlaMundi da LBV, em Brasília, de representantes do Governo Federal e de Senadores e, na oportunidade, foi criada a Carta de Brasília que tinha justamente no seu conteúdo o pedido às autoridades Revista Boa Vontade 27
  • 28. Entrevista “(...) no ParlaMundi da LBV, no Distrito Federal, (...) foi criada a Carta de Brasília que tinha justamente no seu conteúdo o pedido às autoridades militares da Aeronáutica para que liberassem as informações. Então, a semente foi plantada, em 1997, naquele Fórum no ParlaMundi da LBV que reuniu pesquisadores de mais de 30 países. (...) Quero deixar o nosso profundo agradecimento pelo apoio que Paiva Netto nos deu. E, hoje, a comunidade ufológica e a sociedade brasileira agradecem, porque terão informações mais precisas nos próximos anos, sobre os arquivos da Aeronáutica.” Rafael Cury militares da Aeronáutica para que liberassem as informações. Então, a semente foi plantada, em 1997, naquele Fórum no ParlaMundi da LBV, que reuniu pesquisadores de mais de 30 países. Em uma semana de debates, ela frutificou e estamos colhendo aquilo que plantamos. Naquela data, comemoramos 50 anos de Ufologia e eu posso garantir a todos que sem o apoio da Legião da Boa Vontade, naquele momento, nós não chegaríamos aonde chegamos. Então, quero deixar o nosso profundo agradecimento pelo apoio que Paiva Netto nos deu. E, hoje, a comunidade ufológica e a sociedade brasileira agradecem, porque terão informações mais precisas nos próximos anos, sobre os arquivos da Aeronáutica. Ao término da entrevista, Rafael Cury informou que a Campanha “Liberdade de Informação, Já!”, iniciada em 2004, prosseguirá. A Comissão de Ufólogos Brasileiros convida todos para assinarem o manifesto que está disponível no site www. ufo.com.br. 28 Revista Boa Vontade HOLLYWOOD, Ciência e busca da verdade. N o fim de junho, estreou o novo filme do diretor de Contatos Imediatos do Terceiro Grau e E.T. — o Extraterrestre, Steven Spielberg, membro do Conselho da Sociedade Planetária. Trata-se de uma versão cinematográfica do livro de H.G. Wells Guerra dos Mundos, que foi radiofonizado por Orson Welles em 1938, provocando pânico nos Estados Unidos. Milhões de pessoas acorrem aos cinemas e às livrarias em busca de obras a respeito de vida inteligente fora da Terra e que apresentem contatos e visitas de extraterrestres ao nosso Planeta. Esses são exemplos de que no imaginário mundial a existência de muitos mundos habitados é um dado adquirido. A existência de vida inteligente fora do Planeta Terra tem sido defendida por muitos estudiosos desde há muito tempo. Um desses exemplos é o trabalho de Carl Sagan (19341996), criador do projeto SETI, Search for Extra-Terrestrial Intelligence (Busca de Inteligência Extraterrestre), que reúne cientistas importantes que procuram sinais de vida no espaço sideral, entre eles o astrônomo norte-americano Frank Drake, que desenvolveu uma equação, em 1961, com a finalidade de estimar a possibilidade de haver vida inteligente em outros planetas. Segundo ele, é possível existir, somente em nossa galáxia, um milhão de civilizações** capazes de desenvolver tecnologia e nos contatar. Fotos: Divulgação Em seu livro Apocalipse sem medo, da coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, o escritor Paiva Netto dedica um capítulo muito interessante ao tema, denominado “Profecia e ÓVNIs”. Nele, o autor demonstra a irracionalidade do preconceito que impede a pesquisa aprofundada do assunto, conclamando as mentes capacitadas do mundo científico para o enfrentamento da questão ufológica e reafirma a importância dos governos de todo o planeta abrirem seus arquivos aos investigadores. _________________ Gerais). * Trecho do artigo “A Ciência iluminada pelo Amor eleva o Ser Humano à conquista da Verdade”, do escritor Paiva Netto, que consta na LBV em Revista, uma publicação histórica e especial sobre o evento, lançada em dezembro de 1997. ** Professores Renato Las Casas e Divina Mourão do Observatório Astronômico Frei Rosário da UFMG (Universidade Federal de Minas “O mundo discute, há muito tempo, a existência dos chamados UFOs. Relativamente a isso, a questão não é acreditar ou deixar de crer neles; mas, sim, saber se esses fenômenos são ou não são verdadeiros. A comprovação dessa realidade cabe naturalmente à Ciência.” Paiva Netto
  • 29. Cultura O novo Imortal Helio Jaguaribe é cumprimentado pelo Dr. Pedro de Paiva, que, na ocasião, representou seu pai, o Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto. O escritor Helio Jaguaribe ladeado da filha Beatriz (E) e da esposa, sra. Maria Lúcia, presentes ao prestigiado evento. Helio Jaguaribe assume a cadeira no 11 da ABL O sociólogo, cientista político e escritor Helio Jaguaribe tomou posse, aos 82 anos, da cadeira número 11 da Academia Brasileira de Letras (ABL), que tem como patrono Fagundes Varela (1841-1875), ocupada anteriormente por Darcy Ribeiro (1992-1997) e, por último, pelo economista Celso Furtado, falecido em novembro de 2004. A eleição do novo imortal, que publicou cerca de 40 títulos, foi, praticamente, por unanimidade, recebendo 35 do total de 39 votos da Casa. A cerimônia ocorreu em 22 de julho, no Salão Nobre do Petit Trianon da ABL, Centro do Rio de Janeiro/RJ. Helio foi recebido pelo acadêmico Candido Mendes, que, por meio de um amplo discurso, falou sobre a vida e as obras  do sociólogo; este,  em seguida, recebeu o colar das mãos de seu confrade Afonso Arinos e a espada das mãos do Senador José Sarney. Já empossado, fez seu discurso saudando o Presidente da ABL, Ivan Junqueira, as autoridades presentes, embaixadores, a sra. Rosa Furtado, esposa de seu antecessor, os acadêmicos e convidados, homenageando também a figura ilustre do antropólogo e educador Darcy Ribeiro, sétimo ocupante da cadeira de número 11. Ele agradeceu todo empenho dos preclaros confrades que contribuíram para o seu ingresso na ABL, além de sua gratidão em suceder o economista Celso Furtado, Acadêmica Lygia Fagundes Telles e Pedro de Paiva Fotos: Simone Barreto de quem foi amigo por mais de 50 anos, identificado com suas idéias e projetos. “Celso não foi apenas o autor de uma grande obra, mas a produziu porque foi um grande homem”, manifestou emocionado. Após a solenidade, Jaguaribe e sua esposa, Maria Lúcia, recepcionaram os inúmeros convidados, dentre eles o advogado Pedro de Paiva — que transmitiu os parabéns de seu pai, o DiretorPresidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto —, ao que ele retribuiu: “Muito obrigado, agradeço sinceramente”. Em entrevista à Rede Boa Vontade de Comunicação, comentou também: “Ser recebido nessa Casa é uma homenagem para qualquer intelectual brasileiro. Representa uma distinção suprema”. O representante da LBV cumprimentou outros amigos acadêmicos, como a jornalista e escritora Nélida Piñon, que ressaltou o fato de a revista BOA VONTADE (edição nº 202) ter como reportagem de capa a escolha de seu nome para receber o “Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras”. Nélida comentou que enviou exemplares do periódico para seus amigos da Europa, em particular da Espanha, e mandou um grande abraço para seu amigo, o Líder da LBV. Também presente ao evento, a escritora Lygia Fagundes Telles disse estar muito saudosa do amigo Paiva Netto. [S.B.] Senador José Marco Maciel, Sarney, que naquele Senador e dia completava 25 membro da ABL. anos de ABL. Jornalista e acadêmico Carlos Heitor Cony Tarcísio Padilha, acadêmico. A viúva do acadêmico Celso Furtado, sra. Rosa Furtado. Marcos Vilaça, segundo Secretário da ABL. Imortal e historiador Alfredo Bosi Revista Boa Vontade 29
  • 30. História Sa O caminho O projétil da sonda Deep Impact (Impacto Profundo) da Nasa chocou-se, propositalmente, com um cometa no início do dia 4 de julho, num ponto a 133 milhões de quilômetros da Terra, com tal força que a explosão resultante, composta de fragmentos de água congelada, aturdiu os pesquisadores em conseqüência da sua proporção e fulgurância. O objetivo da missão de US$ 333 milhões é o estudo mais detalhado feito até hoje sobre um cometa, na busca por informações sobre a formação do Sistema Solar. O marco dos primeiros passos dessa realização não se encontra na partida da vitoriosa Missão, mas, sim, seis meses 30 Revista Boa Vontade ___________ Daniel Rocha antes. A numerosa equipe multinacional da Nasa erigiu sua conquista apoiada nos ombros de gênios pioneiros dos tempos idos. De fato, a história da Deep Impact começa a ser contada no fim do século XIX e princípio do XX. Um tempo de descobertas. O homem há de voar! No começo dos anos oitenta do século XIX, o mundo fervilhava de acontecimentos. No Brasil de então, reinava o imperador Dom Pedro II. Ainda ressoavam os ecos da vitória sobre o Paraguai na última das Guerras Platinas, os republicanos conspiravam, a abolição da escravatura dividia
  • 31. antosestrelas Dumont das ____________ Daniel Rocha Santos Dumont: A saga do Pai da Aviação. Fotos: Reprodução BV a sociedade brasileira. As estradas de ferro interligavam novas paragens e as indústrias surgiam pelo País. Esse cadinho de fatos muito interessava ao engenheiro Dumont e seus amigos, que, aos serões, reuniam-se em sua fazenda em Ribeirão Preto/SP para discutir seriamente tais temas. Entretanto, nenhum destes capitais acontecimentos preocupava os meninos que brincavam na varanda da fazenda. Jogavam, distraídos, o jogo das prendas. Coube a um deles a pergunta: “Voa o gato?”. Ao que todos respondem: “Não!”. “Voa o urubu?” Levantam os braços e afirmam: “Voa!”. “Voa o carcará?”. A garotada repreende dizendo: “Voa!”. “Voa o Homem?”. Todos gritam: “Não!”, com exceção de um deles. Alberto Santos Dumont, um dos filhos do engenheiro, levanta os braços e grita: “Voa!”. Com as risadas dos irmãos e dos outros meninos, Alberto vê-se obrigado a pagar uma prenda. Ri-se com os outros, mas teima: “Um dia, o homem há de voar!”. Algum tempo se passou. Em 23 de outubro de 1906, o jovem Dumont, na época aos 33 anos de idade, observava ansioso seu relógio adaptado ao pulso, que marcava quatro horas da tarde. Levantou, por instantes, o olhar procurando sinais visíveis da movimentação do vento e depara-se com a multidão inquieta que acorrera ao Campo de Bagatelle, em Paris, para presenciar a tentativa do jovem brasileiro. Monsieur Albert apanha um pedaço de estopa para limpar a sujeira das mãos. Já havia ensaiado um vôo experimental em setembro, quando percorrera sete metros no ar, um fato notável que chamou a atenção da imprensa. Entretanto, sua descoberta expunha-se aos olhos de todos. A hora era aquela. Sinaliza para a comissão julgadora do Aeroclube para avisar que a experiência teria início. Segura as hastes da asa e, em movimento contíguo, entra no estreito compartimento do aparelho. Instantaneamente, o ruído da multidão cessa. Todos os olhares se voltam para um único ponto: o curioso aparato em cuja lateral se lê “14 Bis”. O silêncio é intimidador. Nada está acontecendo. Monsieur Albert, piloto e inventor, acena com o braço. A multidão não entende. Por fim, alguém lhes diz que é preciso recuar, o piloto precisará de um espaço maior. As pessoas vão se afastando, surpresas. As pás da hélice começam a girar. O motor de 50 cavalos, num estampido. O piloto busca o controle do aparato por meio de um intrincado conjunto de procedimentos. A respiração de todos fica suspensa até que, surpreendentemente, as rodas não tocam mais o chão. O fôlego é liberado na forma de uma exclamação de perplexidade e admiração. O Ser Humano está voando. A aeronave sobe mais de dois metros, percorre cerca de 60 metros antes de ir descendo vagarosamente até estar de novo no solo. “Impossível!”, afirmou um espectador, lutando para acreditar nos próprios olhos. A multidão não se contém. Chapéus atirados ao ar. Todos gritam Revista Boa Vontade 31
  • 32. História vivas ao grande e vitorioso inventor. Na cabine do aparelho, Alberto Santos Dumont sorri feliz, leva a mão à testa procurando retirar a gota de suor que lhe quer escorrer na face. Monsieur Albert é retirado da cabine, erguido nos ombros da multidão e aclamado como o gênio que fez alçar vôo o mais pesado que o ar. Com esse feito, Santos Dumont arrebatara os 3.000 francos do prêmio Archdeacon, criado em julho de 1906, pelo americano Ernest Archdeacon, para premiar o primeiro aeronauta que conseguisse voar por mais de 50 metros em um vôo nivelado dessa natureza. “Le petit Santos” pulverizara esta marca e consagrara-se como o inventor do avião. Vôos mais altos Este foi, indiscutivelmente, um dos maiores dias da vida desse pródigo mineiro, nascido em 20 de julho de 1873, no sítio Cabangu, no município de João Aires, próximo à cidade de Palmira (atual Santos Dumont), em Minas Gerais. Foi o sexto filho de um total de oito do engenheiro Henrique Dumont e Dona Francisca de Paula Santos. Seus irmãos mais velhos eram: Henrique, Maria Rosalina, Virgínia, Luís e Gabriela. Suas duas irmãs mais moças, Sofia e Francisca. 32 Revista Boa Vontade Fotos: Reprodução BV Apesar da glória, Dumont continuou, nos anos seguintes, o desenvolvimento de seus inventos. Era um experiente balonista e fora o pioneiro na construção de dirigíveis, detendo, nesses aparelhos, importantes prêmios anteriores. Sua conquista era resultado do conhecimento acumulado em anos de trabalho. O 14 Bis foi melhorado, acrescido de ailerons e, em 12 de novembro de 1906, após várias tentativas com este aparelho, Santos Dumont conquistou o prêmio “Aeroclube da França”, atingindo uma altura de 6 metros. Levou os dois primeiros prêmios da história da aviação reconhecidos pela Fédération Aéronautique International: distância (220 metros) e velocidade no ar (41,292 km/h), tendo subido cerca de seis metros. Esta conquista maior projetou a imagem dele internacionalmente e seu trabalho passou a orientar as pesquisas de diversos outros pioneiros em seus experimentos. A primazia estava assinalada. Mas a mais notável conquista técnica estava por chegar. Um ano depois, em novembro, Monsieur Albert inicia os testes do primeiro modelo de um aeroplano, o nº 19,  um pequeno avião apelidado pelos franceses de Demoiselle, em razão de sua graciosidade e semelhança com as libélulas. Pesando 110 quilos, o experimento era  uma aeronave com motor de 35 HP e estrutura de bambu. Aproveitando características e formato do “nº 19”, foi criado o “Demoiselle nº 20”. Foi nesse experimento que Santos Dumont estabeleceu, em 1909, o recorde de velocidade voando a 96 km/h. A 18 de setembro daquele ano realiza  seu último vôo em uma de suas aeronaves com um rasante sobre a multidão sem segurar os comandos. Santos Dumont não patenteou esta invenção, deixando todos livres para fabricá-lo, tornando-o, assim, o primeiro avião “popular”. Quando um jornalista quis saber se ele não iria construir aviões, respondeu: “Se quer prestar-me um grande favor, declare, pelo seu jornal, que, desejoso de propagar a locomoção aérea, ponho à disposição do público as patentes de invenção do meu aeroplano (...)”. O plano do Demoiselle foi, de fato, publicado numa edição da Popular Mechanics, no ano de 1910. Com isso, foram revelados os pormenores de construção no intuito de encorajar outros inventores a produzirem o avião. Além da França, outros países como Estados Unidos, Alemanha e Holanda também construíram o Demoiselle. Santos Dumont parou de voar em 1910 por motivos de saúde, quando lhe é diagnosticado estar com esclerose múltipla. Monsieur Albert entristeceu-se profundamente com o fato. O ocaso O tempo passava e “Le petit Santos” sofria qual um pássaro cujas asas já não lhe permitem ir aos céus. À sua doença somaram-se as notícias do rápido sucesso de relações públicas dos irmãos Wilbur e Orville Wright, alardeando ser deles a primazia no vôo do mais
  • 33. pesado que o ar baseados em precárias “provas”, mas contando com o apoio da poderosa mídia americana e colaboradores franceses bem relacionados. Já abatido, sofreu ainda com as notícias da utilização de aeronaves em conflitos armados, fato que observou pessoalmente quando, em 1932, já de volta ao Brasil, irrompe o Movimento Constitucionalista de São Paulo, e a luta entre os rebeldes e o governo desencadeiase, causando morte entre irmãos brasileiros. Nesta oportunidade, manda uma mensagem aos compatriotas, posicionando-se contra a luta fratricida e clamando por Paz. O zoar dos motores dos aviões do governo, armados para o ataque, a caminho da capital paulista moía-lhe os nervos e lhe infundia profundo sentimento de culpa. O avião, seu sonho idealístico de popularização do transporte aéreo, pelo qual trabalhou toda uma vida, havia sido corrompido e vertido em instrumento de morte. Sentido pelo grave momento no País, deixou-se vencer pela depressão e, num triste ato de insanidade, suicidou-se no quarto do Hotel de la Plage, onde residia, no dia 23 de julho de 1932, aos 59 anos. Não há como contar os feitos de Dumont apenas nas páginas de seus esquemas técnicos. Nem como falar de sua importância atribuindo-lhe o rótulo: inventor. Seu legado transborda tais limites e nos faz refletir sobre as lições de altruísmo e entusiasmado ardor pela conquista dos ares. E nesse mês de julho, ao completarem-se 73 anos de sua morte, quando o engenho tecnológico humano nos permitiu tocar os astros no Universo, que não nos esqueçamos de que esta estrada é calçada pelo abnegado esforço de incontáveis Almas, e coube a um deles, brasileiro, por meio de sua invenção, nos mostrar o caminho para alcançar as estrelas. Para saber mais: Santos-Dumont e a invenção do vôo — Henrique Lins de Barros — Rio de Janeiro, 2003, Jorge Zahar Editor Wings of Madness: Alberto Santos-Dumont and the Invention of Flight — Paul Hoffman Internet: http://www.cabangu. com.br/pai_da_aviacao Torre Eiffel, em Paris (França). Revista Boa Vontade 33
  • 34.
  • 35.
  • 36. Reportagem Ordem e Congresso Jovem Internacional da Boa Vontade reúne milhares de pessoas em
  • 37. Uberlândia/MG para comemorar o 49º aniversário de Paiva Netto na LBV Daniel Trevisan Progresso com Espiritualidade João Periotto Reprodução RMTV Paiva Netto comanda a multidão presente
  • 38. Reportagem Nas imagens abaixo, registros fotográficos das apresentações culturais promovidas pela Juventude de corpo e Alma que esteve presente no Encontro. N João Periotto Daniel Trevisan Daniel Trevisan Natália Lombar di Daniel Trevisan João Periotto os dias de hoje, muito se fala que a Juventude não está comprometida com as questões sociais ou que ela é desinteressada por esses assuntos “mais cabeça”. Porém, a 30ª edição do Congresso da Juventude Ecumênica da LBV veio demonstrar o contrário. Por esta razão, simbolizou um marco histórico no que diz respeito a protagonismo juvenil no País. Reuniu-se tanta gente moça para discutir temas que influenciam o dia-a-dia da sociedade com o propósito de apresentar soluções embasadas em valores da Espiritualidade Ecumênica. O cenário do acontecimento foi Uberlândia/MG. No dia 25 de junho, o Triângulo Mineiro acolheu todas essas pessoas dispostas a promover o desenvolvimento de uma nova consciência educacional, sob o prisma dos valores éticos e espirituais. E, daquela terra fértil, surgiram idéias transformadoras. Três belos painéis foram montados pelos moços no palco do auditório do Centro de Convenções da cidade, tendo o principal deles a representação de Jesus, acima de sectarismos, no centro da bandeira do Brasil, saudando todos os participantes. Assim que chegou ao solo mineiro para liderar o Encontro, Paiva Netto foi recepcionado por milhares de pessoas no aeroporto da cidade e contou aos presentes quando conheceu aquela região: “há 44 anos, vim aqui pela primeira vez, acompanhando a caravana da LBV para a inauguração do Lar Alziro Zarur”. Antes de se dirigir ao Centro de Convenções, o Líder da Instituição vistoriou as dependências do Lar para a Terceira Idade que a LBV mantém em Uberlândia, sede do Congresso. Na oportunidade, emocionado cumprimentou todos os vovôs e vovós que lá estavam. “Que Deus abençoe o senhor, Irmão Paiva”, calorosamente, desejou a senhora Divina Lucas. 38 Revista Boa Vontade ______________________ Rodrigo Oliveira, 18 anos. “Jovens do Brasil e do Mundo, aqui reunidos, jamais percam a oportunidade de fazer o Bem pelo semelhante, lei da sociedade ecumenicamente solidária. Seu coração lhes agradecerá. Fazer o Bem faz bem à saúde.” Por iniciativa da Juventude, a ocasião foi propícia a um belo festejo, pois faltavam apenas quatro dias para Paiva Netto completar 49 anos de trabalho em prol da Legião da Boa Vontade. Já no palco do Congresso, o Líder da LBV foi ovacionado com uma criativa homenagem. Jovens e crianças bradavam, individualmente, um número, até chegar ao 49º, que foi dito, em uníssono, pela multidão que superlotava o ambiente. No entanto, isso era apenas o início. Majestosa estampa de Jesus, pintada em tela pela artista plástica Dona Filomena, foi a lembrança que a Juventude Ecumênica mineira ofereceu a ele que, num comovente gesto, beijou-a afetivamente. Paiva Netto, em sua prédica (veiculada, ao vivo, pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação: Rádio, TV e Internet), fez o público refletir seriamente acerca do tema O Jovem na Política de Deus, naturalmente entendido como Amor e Justiça, razão pela qual a mocidade se reuniu em Uberlândia. Firmado em trechos do Evangelho de Jesus — analisados em Espírito e Verdade (portanto, não ao pé da letra, que, consoante o Apóstolo Paulo, mata) e à Luz do Novo Mandamento do Cristo (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35, 15:12, 13 e 9) —, o jornalista, radialista e escritor, com sua habitual franqueza e sem formalidades, emocionou todos os que ali se encontravam. Relembrou, também, as palavras registradas pelo saudoso fundador da LBV, Alziro Zarur (19141979): “Governar é ensinar cada um a governar a si mesmo”. Em certo ponto de sua mensagem, Paiva Netto apontou caminhos de sucesso extraídos da própria experiência
  • 39. João Preda Reprodução RMTV João Periotto Daniel Trevisan João Periotto João Preda João Preda Fotos acima: Paiva Netto emocionou-se ao visitar o Lar Alziro Zarur, da LBV, para a Terceira Idade (Uberlândia/MG), onde foi recebido carinhosamente pelos vovôs e vovós amparados pela Legião da Boa Vontade. Na oportunidade, o Líder da Instituição foi entrevistado pelos veículos de comunicação que acompanharam a sua passagem pela aconchegante casa de idosos. Daí, partiu para o Centro de Convenções da cidade e comandou o 30º Congresso da entusiasmada Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus. Na ocasião, levou o público a refletir seriamente sobre o tema O Jovem na Política de Deus e proferiu uma Prece Ecumênica com a cerimônia do Batismo Espiritual.
  • 40. João Preda Os jornalistas Paiva Netto e Marcel Souto Maior “Impressionante o carisma de Paiva Netto. ‘Estão cansados?’ — ele perguntou para a multidão, de pé, durante mais de quatro horas. A resposta veio forte, estrondosa, em coro: ‘Não!’. Grande abraço, muita paz, minha torcida sincera pela LBV.” Marcel Souto Maior, jornalista. de quase meio século de trabalho na Legião da Boa Vontade: “humildade pessoal e o bom orgulho no que estiver realizando, em favor do Ser Humano — e o Espírito Santo falará por vós (Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 10:20) —, sem desistir jamais dos objetivos traçados. Quanto mais difícil, maior a vitória”. Recordou-se de um ditado gaúcho que diz: “Se o cavalo passa encilhado, você deve montar nele”. E comentou: “E há gente ainda que deixa escapar a vez de realizar algo benéfico. Uma coisa dessas nas Instituições da Boa Vontade não acontece. Jovens do Brasil e do Exterior, aqui reunidos, jamais percam a oportunidade de fazer o Bem pelo semelhante, lei da sociedade ecumenicamente solidária. Seu coração lhes agradecerá. Fazer o Bem faz bem à saúde. A LBV e seus Legionários são ativíssimos, não perdem o ensejo de trabalhar pela Solidariedade universal. Esse é o batismo que estou realizando com Vocês, o da Fraternidade Ecumênica, 40 Revista Boa Vontade porque não se consegue que uma Obra cresça com gente sem entusiasmo pela vida. Porém, com jovens conscientes, fortes, libertários e pertinazes no Bem! (...) Deus nos privilegiou com o livrearbítrio, igualmente nos instruiu com o sentido de responsabilidade. Cabe-nos saber usá-los”. “Lavar os pés” é ato de cidadania plena e inclusão socioespiritual Durante o seu pronunciamento, o dirigente da LBV, falando sempre com o coração, leu a passagem do Evangelho de Jesus, segundo João, capítulo 13, versículos de 1 a 20, na qual encontra-se o Batismo Espiritual, anunciado alguns dias antes do Congresso pelo Irmão Dr. Bezerra de Menezes. Desta análise de Paiva Netto, trazemos o seguinte resumo: “Para merecermos ser batizados por Deus, temos de viver a humildade que Jesus explicitou ao lavar os pés dos Seus Discípulos, o que correspondeu a um ato de cidadania plena e, portanto, de inclusão socioespiritual. É preciso que lavemos os pés uns aos outros. Lavar os pés no sentido de limpar de nós as diferenças pessoais; é igualmente como extirpar um furúnculo, um tumor que pode gangrenar um membro do organismo e deixar marcas no corpo, caso não venha, em socorro, o trabalho do bisturi. Lavar os pés do semelhante é amar, amparando o caído, limpando-o das chagas sociais ou morais. Já disse que não é por pregarmos o Evangelho e o Apocalipse e acreditarmos no Cristo que sejamos sonhadores, afastados da realidade da vida. Como a Caridade não é ação de tolos. Ela é uma estratégia de Deus. (...) Sem instrução e Educação com Espiritualidade, não há nação que possa devidamente progredir. Vejam que falei em Espiritualidade, não em fanatismo, que leva à violência. Refirome, em resumo, ao bom relacionamento que deve existir, sem hipocrisias, entre as comunidades”. Relevante papel da Juventude Como tradicionalmente ocorre nas edições do Congresso Jovem LBV, as oficinas e conferências são um meio de refletir sobre os temas e rever posicionamentos, para, então, partir para a prática. Marcel Souto Maior, experiente e conceituado jornalista em rádio e TV, fez importante palestra sobre o ideal da juventude, parabenizando o Líder da Legião da Boa Vontade pelo 30º Congresso Internacional Jovem. Nos bastidores, Souto Maior revelou estar admirado com o Encontro da LBV. Em entrevista, disse: “Estou impressionado com a quantidade de jovens que aqui comparecem. Uma festa, uma energia forte. São jovens que estão aqui por inteiro. Felizes. Passam uma energia muito boa”. Ele também se recordou da iniciativa pioneira do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, do qual é conselheiro. O jornalista enalteceu o idealizador deste Fórum. “Eu admiro muito Paiva Netto. (...) Hoje, estava entrando aqui, muita gente encontrei pela primeira vez, mas parece que é um reencontro mesmo, que já os conheço há muito tempo. (...) E com Paiva Netto, desde o início, aconteceu isso: sinto uma afinidade muito grande. (...) Quero dar os parabéns sempre a ele e à LBV. Eu sei que é uma luta dura. (...) São muitos obstáculos também no meio do caminho. Crescer e levar a LBV para o mundo é um desafio grande”, afirmou. Marcel destacou, ainda, que é “impressionante o carisma de Paiva Netto. ‘Estão cansados?’ — ele perguntou para a multidão, de pé, durante mais de quatro horas. A resposta veio forte, estrondosa, em coro: ‘Não!’. Grande abraço, muita paz, minha torcida sincera pela LBV”. A atuação das novas gerações na sociedade foi outro tema que ganhou as discussões no Encontro. Dividida em quatro oficinas e apresentações culturais, essa gente moça apontou soluções viáveis para estabelecer uma sociedade justa, portanto, mais solidária, razão de ser deste movimento. Assim, puderam opinar sobre o eixo central do Congresso, mostrando o que entenderam acerca do assunto. Em próximos números, desta revista, traremos resumo dessas conclusões.
  • 41. Boas-vindas em muitos idiomas Dando as boas-vindas aos caravaneiros, a Juventude Ecumênica de Minas Gerais preparou uma saudação em seis idiomas (Português — Brasil e Portugal —, Espanhol, Inglês, Francês e Esperanto). Para estarem presentes ao evento, os jovens cruzaram estradas brasileiras e, até mesmo, as fronteiras de outros países. Cleidiane Lima encarou mais de dois dias de viagem. Mas isso não é nada, perto da vontade que mostrou de estar presente ao acontecimento. Morando há dois anos na Bolívia, ela não quis perder a oportunidade de fazer parte do Congresso. “Enfrentei 53 horas de estrada, mas não me cansei. Vim com um amigo. Somos Legionários e não poderíamos perder”, disse Cleidiane, segurando uma enorme bandeira da Bolívia. Além dessa nação, foram registradas representações da Argentina, Uruguai, Paraguai, Estados Unidos e Portugal. Multidão presente se comove com emocionante prece Ao finalizar o Encontro, o Líder da Legião da Boa Vontade, após proferir comovente Prece Ecumênica, despediu-se dos milhares de moços O belo painel de Jesus ao centro da bandeira nacional emocionou o público presente que superlotavam o ambiente: “Bem, iniciamos, assim, o 30º Congresso Internacional dos Jovens da Boa Vontade, cujo tema, escolhido por Vocês mesmos foi O Jovem na Política de Deus (ou dos Espíritos de Luz), com o Batismo da Religião Divina feito por mim, com muita honra. Porque se disser que o Congresso acabou agora, seria somente conversa fiada (risos). Nada disso! Todo dia é dia de renovar o nosso destino. Agora é que ele tem início na vida diária. E não se esqueçam de que — enquanto não prevalecer o ensino eficaz por todos os de bom senso almejado, qualquer nação padecerá o cativeiro das limitações que o despreparo lhe impõe. “Esta Unção anunciada pelo Espírito Dr. Bezerra de Menezes, aqui sentida por todos, é abençoada pelo Cristo, neste 25 de junho, no Centro de Convenções de Uberlândia, cidade cujo nome quer dizer ‘Terra Fértil’. Muito obrigado pela presença de todos! “Quem confia em Jesus não perde o seu tempo! Porque Ele é o grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho. “Deus está presente! “Viva Jesus!”. Paiva Netto na Academia de Letras do Brasil Central O dirigente da LBV foi eleito pela Academia de Letras do Brasil Central (ALBC), para ocupar a cadeira nº 39, cujo patrono foi o Ministro Nelson Hungria Hoffbauer (1891-1969). A proposta foi apresentada por Siomar Rodrigues de Sousa, fundador e Presidente daquele órgão, com sede em Brasília/DF, durante o “30º Congresso Internacional do Jovem da Boa Vontade de Deus”. Antes de anunciar a notícia, Siomar, demonstrando grande entusiasmo, pediu “uma enorme salva de palmas a este tremendo e notável homem”, referindo-se ao Líder da LBV. A multidão presente respondeu: “Ele merece!”. Por sua vez, Paiva Netto disparou: “Vocês merecem!”, justificando que “ninguém faz nada sozinho”. Daniel Trevisan Paiva Netto João Periotto “Para merecermos ser batizados por Deus, temos de viver a humildade que Jesus explicitou ao lavar os pés dos Seus Discípulos, o que correspondeu a um ato de cidadania plena e, portanto, de inclusão socioespiritual. (...) Lavar os pés do semelhante é amar, amparando o caído, limpando-o das chagas sociais ou morais.” Dr. Siomar Rodrigues anuncia ao escritor Paiva Netto a eleição dele para a Academia de Letras do Brasil Central Revista Boa Vontade 41