1. CASA DE DAVID – UNIDADE 2-
ATIBAIA
CENTRO NACIONAL DE ESTUDOS E
PESQUISA À PESSOA COM AUTISMO
Curso de Capacitação de orientadores e
cuidadores em Transtorno do Espectro
Autista.
2. MISSÃO E VISÃO
Cuidar e atender pessoas com deficiência
intelectual, física e com autismo, na sua maioria
carentes e abandonadas, gerando qualidade de
vida, dignidade, amor e respeito.
Nossa visão reflete a própria Declaração dos
Direitos Humanos, em seu artigo 1 “Todos os seres
humanos nascem livres e iguais em dignidade e
direitos. São dotados de razão e consciência
devem agir em relação uns aos outros com espírito
de fraternidade”
3. VALORES
“Verdade e integridade, justiça e igualdade,
seriedade e transparência, amor, dedicação e fé,
humildade e humanidade, vivacidade, alegria e
amor ao próximo.”
4. HISTÓRIA
A Casa de David, instituição sem fins lucrativos, é referência em abrigar e cuidar
de pessoas com deficiência intelectual, física e com autismo. Realiza um trabalho
de extrema humanidade, dedicando seus esforços a seres humanos que
necessitam de apoio permanente.
Foi fundada em 1962 por Marlene Simoni Soares, uma mulher caridosa que
sempre buscou ajudar o próximo e transformou um sonho em realidade.
Aos 27 anos de idade “Tia Marlene”, como hoje é conhecida, teve um filho de
nome David, que morreu precocemente, vitimado por meningite aos 6 meses de
idade.
David, em um sonho, apareceu à “tia Marlene” com uma placa com a inscrição:
“Casa de David”. Naquele momento, Marlene entendeu que o “aviso” de seu filho
David poderia vir a ajudar muitas pessoas necessitadas e, assim, começou a
jornada de acolhimento e abrigo de excepcionais em uma casa no bairro do
Tucuruvi, zona norte de São Paulo .
Em 1962, já com 45 crianças acolhidas, a Casa foi transferida para o bairro do
Tremembé e posteriormente para um sítio doado na rodovia Fernão Dias, onde
hoje está localizada a Unidade Sede da instituição e que assiste á 330 pessoas
com deficiência intelectual, física e com autismo.
Em 2014, inaugurou sua segunda unidade, na cidade em Atibaia (SP) para
atendimento específico de 108 autistas.
5. NOSSOS ASSISTIDOS
Autismo é hoje considerado uma síndrome
comportamental com etiologias múltiplas e curso de um
distúrbio de desenvolvimento (Gillberg, 1990). Ele é
caracterizado por um déficit social visualizado pela
inabilidade em relacionar-se com o outro, usualmente
combinado com déficits de linguagem e alterações de
comportamento (Gillberg, 1990). O DSM III-R (1989) é
relatado como um quadro iniciado antes dos três anos
de idade, com prevalência de quatro a cinco crianças
em cada 10.000, com predomínio mais em indivíduos
do sexo masculino (3:1 ou 4:1) e decorrente de uma
vasta gama de condições pré, peri e pós-natais. Para
seu diagnóstico, pelo DMS III-R (1989) fazem-se
necessários ao menos oito dos dezesseis itens
seguintes, incluindo-se pelo menos dois itens do grupo
A, um do B e um do C.
6. A- INCAPACIDADE QUALITATIVA NA INTERAÇÃO SOCIAL RECÍPROCA
MANIFESTADA PELO SEGUINTE:
Acentuada falta de alerta da existência ou
sentimentos dos outros;
Ausência ou busca de conforto anormal por
ocasião de sofrimento;
Imitação ausente ou comprometida;
Jogo social anormal ou ausente;
Incapacidade nítida para fazer amizade com seus
pares.
7. INCAPACIDADE QUALITATIVA NA COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO
VERBAL E NA ATIVIDADE IMAGINATIVA, MANIFESTADA PELO
SEGUINTE:
Ausência de modo de comunicação como balbucio
comunicativo, expressão facial, gestos, mímicas ou linguagem
falada;
Comunicação não verbal acentuadamente anormal. Como no
olhar fixo olho-no-olho, expressão facial, postura corporal ou
gestos para iniciar ou modular a interação social;
Ausência de atividade imaginativa como representação de
papéis de adultos, personagens de fantasia ou animais; falta de
interesse em histórias sobre acontecimentos imaginários;
Anormalidades marcantes na produção do discurso, incluindo
volume, entonação, estresse, ritmo, velocidade e modulação;
Anormalidades marcantes na forma ou conteúdo do discurso,
incluindo o uso estereotipado e repetitivo da fala; uso do “você”
quando o “eu” é pretendido; ou freqüentes apartes irrelevantes;
Incapacidade marcante na habilidade para iniciar ou sustentar
uma conversação com os outros, apesar da fala adequada.
8. C-REPERTÓRIO DE ATIVIDADES E INTERESSES ACENTUADAMENTE
RESTRITOS,
MANIFESTADOS PELO QUE SE SEGUE:
Movimentos corporais estereotipados como, por exemplo,
pancadinhas com as mãos ou rotação, movimentos de fiação,
batimentos da cabeça, movimentos complexos de todo o
corpo;
Insistente preocupação com parte de objetos ou vinculação
com objetos inusitados;
Sofrimento acentuado com mudanças triviais no aspecto do
ambiente, por exemplo quando um vaso é retirado de sua
posição usual;
Insistência sem motivo em seguir rotinas com detalhes
precisos, por exemplo insistência em seguir exatamente
sempre o mesmo caminho para as compras;
Âmbito de interesse marcadamente restrito e preocupação
com um interesse limitado, por exemplo, interessado somente
em enfileirar objetos, em acumular fatos sobre meteorologia
ou em fingir ser um personagem de fantasia.
9. ORIENTADORES
Ensinar e habilitar os pacientes para a realização
das atividades de vida diária e prática.
Trabalhar diariamente nas rotinas, inserido nos
atendimentos da Equipe Interdisciplinar (Terapia
Ocupacional, Educação Física, Pedagogia,
Psicologia, Fonoaudiologia, Enfermagem,
Nutrição).
Acompanhar as atividades de higiene pessoal, com
total supervisão e orientação;
10. Oferecer e supervisionar as refeições, para que
aconteçam de maneira adequada, conforme
orientação da Equipe Interdisciplinar.
Realizar estimulação ambiental com o objetivo de
promover maior interação com o meio, visando o
bem estar biopsicossocial do assistido;
Acompanhar o assistido em todas as suas
atividades e atendimentos;
Promover ações e atividades de estimulação,
recreação e socialização, conforme programa da
Equipe Interdisciplinar.
11. ATITUDES
Compromisso, trabalho em equipe, extroversão,
criatividade, segurança, senso de organização,
atualizar-se, empatia, dinamismo, mediar conflitos,
contornar situações diversas, energia física e
disposição, imparcialidade, facilidade de
comunicação, habilidade para realizar tarefas
diversas, habilidade para lidar com o público,
estimular a disciplina e difundir valores éticos.
12. CUIDADORES
Prestar uma assistência de cuidados e
acompanhamento no horário noturno, atendimento
as necessidades humanas básicas.
Prestar cuidados de higiene e conforto ao assistido,
Promover interação entre o grupo de assistidos;
Zelar pelo bem estar do assistido,
Acompanhar e cuidar das necessidades básicas do
assistido no horário noturno,
Realizar registro de sono,
Observar os assistidos e caso necessário, chamar
a equipe de enfermagem.
13. ATITUDES
Responsabilidade, compromisso, iniciativa,
honestidade, empatia, comportamento calmo,
agilidade, capacidade de observação, persistência,
criatividade, autocontrole e atenção.
14. CORPO TÉCNICO
Coordenação – Marta Lopes e Alexandra
Rodrigues
Medicina – Dra Maria Tereza Freire
Serviço Social – Tatiana
Nutrição – Thaís
Enfermagem- Débora
Pedagogia – Lucinéia e Jéssica
Educação Física – Jéssica e Sandra
Terapia Ocupacional – Cristiane e Thaísa
Farmácia – Luciane
Fonoaudiologia - Dayana