O documento descreve os processos de fotossíntese e respiração em plantas, incluindo seus fatores, produtos e diferenças. Também aborda a fisiologia da luz, com detalhes sobre fitocromos, fotoblastismo, fotoperiodismo e estiolamento. Por fim, discute hormônios vegetais e a fisiologia da água nas plantas.
10. Processo metabólico que quebra moléculas
de glicose para obtenção de energia (ATP).
É metabolicamente inversa à fotossíntese
(seus produtos são os reagentes da
fotossíntese e vice-e-versa)
Ocorre o tempo inteiro, enquanto a
fotossíntese precisa da presença de luz para
começar.
C6H12O6 + 6O2 6CO2 + 6H2O
AT
P
Respiração
11. É a intensidade luminosa necessária para que
a taxa de fotossíntese se iguale à de
respiração.
O ideal é que a planta permaneça sempre
acima do PCF.
fotossíntese
respiração
Intensidade luminosa
Velocidadedareação
PCF
Ponto de Compensação
Fótico
12. Plantas e PCF
Plantas Umbrófilas Plantas Heliófilas
f
r
Intensidade luminosa
Velocidadedareação
PCF
f
r
Intensidade luminosa
Velocidadedareação PCF
14. Fitocromos
São pigmentos que absorvem luz de
comprimento de onda vermelho.
O fitocromo F é a forma ativa e é formado na
presença de luz.
O fitocromo R é a forma inativa do pigmento,
sendo formado no escuro.
Dependendo da presença dos fitocromos nos
órgãos vegetais, certas funções são estimuladas
ou inibidas, alterando a morfogênese do vegetal.
Fitocromo R
(inativo)
Fitocromo F
(ativo)
Vermelho curto
Vermelho longo
Conversão lenta no escuro
15. Fotoblastismo
É a influência da luz na germinação da semente.
Na presença de luz, o fitocromo F acumula-se nos
tecidos da semente, afetando o seu
desenvolvimento:
Fotoblásticas positivas: a germinação é estimulada
pelo fitocromo F (germinam na luz).
Ex.: alface, agrião, orquídeas, bromélias e begônias.
Fotoblásticas negativas: a germinação é inibida pelo
fitocromo F (germinam no escuro).
Ex.: melancia e maxixe.
Na época de semeaduras, as fotoblásticas
positivas devem ser lançadas sobre o solo e as
negativas precisam ser enterradas.
16. Fotoperiodismo
É a necessidade de um ciclo de luz-escuro para
que a floração das plantas ocorra.
O mais importante neste caso é a quantidade de
tempo ininterrupto que a planta permanece no
escuro.
Fotoperíodo crítico: duração do período
iluminado do dia, específico para cada espécie.
Florígeno: hormônio da floração. É produzido na
folha, órgão vegetal sensível aos fotoperíodos,
sendo transportado em seguida para as regiões
onde determinará a formação de flores.
17. Fotoperiodismo
Plantas de dias longos (PDL): florescem quando
submetidas a um período de escuro inferior ao
fotoperíodo crítico.
Espinafre, alface, trigo, cevada, aveia, rabanete etc.
Plantas de dias curtos (PCD): florescem quando
submetidas a um período de escuro igual ou maior ao
fotoperíodo crítico.
Morango, crisântemo, prímulas, café, fumo etc.
Plantas neutras ou indiferentes: florescem
independente de fotoperíodos críticos.
Milho, arroz, tomate, feijão etc.
19. Estiolamento
É um modo de crescimento específico, que
ocorre quando uma planta em desenvolvimento
se encontra no escuro.
Características da planta estiolada:
Ausência de clorofila (cor branco-amarelada)
Folhas pequenas ou ausentes
Caule muito mais longo que o normal
Ápice caulinar em forma de gancho
20. Estiolamento
Figura 1 –
Fotomorfogênese em
plântulas de feijão
(Phaseolus vulgaris). A
plântula da esquerda
cresceu em condições de
luz normal; a plântula da
direita cresceu no escuro; e
a plântula do centro foi
exposta a 5 minutos de luz
vermelha por dia (Hopkins,
2000).
22. Auxinas
Crescimento do caule e da raiz por alongamento.
Baixas concentrações estimulam o crescimento da raiz
Altas concentrações estimulam o crescimento do caule
Tropismos: movimentos orientados por um
estímulo ambiental.
Fototropismo: orientado pela luz (positivo/negativo)
Geotropismo: orientado pela gravidade
(positivo/negativo)
Dominância apical: a gema apical inibe a atividade
das gemas laterais mais próximas
Formação de frutos: em ovários fecundados ou
não.
Abscisão: queda das folhas antigas (com menos
concentração de auxinas do que o caule)
28. APLICAÇÕES DE AUXINAS
Promove o desenvolvimento do caule
cortado (estaca)
Promove o desenvolvimento do ovário.
Evita a formação de camada de abscisão.
Promovem a floração.
32. Giberelinas
Produzidas em meristemas, folhas jovens,
sementes imaturas e frutos.
Estimulam o alongamento e divisão celular.
Alongamento caulinar
Germinação de sementes
Crescimento de folhas
Produção de flores e frutos
Induzem a partenocarpia
33. Etileno
Produzido em diversas partes da planta.
Induz o amadurecimento dos frutos
Promove a abscisão foliar
34. Citocininas
Produzidas nas raízes, são conduzidas às
demais partes da planta.
Estimulam a divisão e diferenciação celular:
Diferenciação e crescimento das raízes
Desenvolvimento de gemas laterais
Retardam o envelhecimento da planta
35. Ácido Abscíssico (ABA)
Produzido nas folhas, no caule e no ápice
radicular.
Inibe o crescimento das plantas.
Induz a dormência das gemas e sementes.
Induz o fechamento dos estômatos.
37. Absorção
Entrada de água e sais minerais
pela raiz da planta.
Ocorre em duas vias:
Intracelular: há seleção da
entrada de substâncias ainda na
epiderme (em preto)
Intercelular: a seleção ocorre
apenas na endoderme (em
vermelho)
A água entra no xilema por
transporte passivo e os sais
minerais são bombeados para
dentro da luz do vaso.
38. Transpiração
Perda de água pela
cutícula epidérmica.
Ocorre
incessantemen-te,
pela evaporação de
água.
Estruturas como a
cera evitam a perda
excessiva de água.
Eliminação de água
pelos estômatos.
Ocorre apenas quando
há condições ideais de
água nos tecidos da
folha.
Possui controle hídrico
pela própria planta.
Cuticular (~1%) Estomática (~99%)
39. Estômatos
Anexos epidérmicos presentes nas folhas, constituídos
por duas células-guardas ou estomáticas repletas de
cloroplastos
A fenda que se abre entre as células-guarda é chamada
ostíolo, que se abre no interior da folha numa grande
cavidade denominada câmara subestomática.
Funções: transpiração e trocas
gasosas durante a respiração
(entra O2, sai CO2) e fotossín-
tese (entra CO2, sai O2).
40. Estômatos
Controle da abertura
estomática: os
estômatos se abrem
quando suas
células-guarda
estão túrgidas.
Fatores: intensidade
luminosa,
concentração de
gás carbônico, pH e
suprimento hídrico.
41. Controle dos estomatos
FATORES
COMPORTAMENTOD
OS ESTÔMATOS
Intensidade de luz
Alta
Abre
Baixa
Fecha
Concentração de C02 no mesófilo
Alta
Fecha
Baixa
Abre
Disponibilidade de água
Alta
Abre
Baixa
Fecha
44. Gutação ou Sudação
É perda de água na forma líquida (e não vapor,
como na transpiração) pelas folhas.
Em dias frios e úmidos com solo encharcado de
água, a pressão nas raízes é alta e pode empurrar
água para cima.
Como a água não evapora
devido à baixa temperatura e
saturação de umidade do
ambiente, ela sai em forma de
gotas líquidas pelas bordas da
folha, através de pequenas
aberturas chamadas hidatódios.
45.
46.
47. Condução de Seiva Bruta
Composição: água + sais minerais
Direção: raiz folhas
Tecido: xilema (lenho)
Células: traqueídeos
Teorias:
Capilaridade: a força de atração das moléculas de
água entre si e com as paredes do vaso faz com
que a coluna de água suba até certa altura.
Coesão-tensão: as folhas exercerem uma força de
sucção que garante a ascensão de uma coluna de
água no interior do xilema desde as raízes,
conforme ocorre a transpiração.
49. Condução de Seiva Elaborada
Composição: água + glicose
Direção: folhas demais partes da planta
Tecido: floema (líber)
Células: elementos crivados
Teoria:
Pressão positiva de seiva:
há um fluxo sob pressão das
folhas em direção às raízes
devido à diferença de
concentração entre ambas.
52. Anel de Malpighi
Retirando um anel completo da casca (anel de
Malpighi) que envolve o vegetal, interrompemos
a distribuição de seiva elaborada em direção à
raiz, pois os vasos liberianos (localizados mais
externamente) são lesados, levando à morte
das raízes depois de certo tempo.
Com a morte das raízes, não ocorre
absorção de água e sais minerais do
solo e, conseqüentemente, ocorrerá a
morte do vegetal, pois as folhas não
receberão mais água.