O documento discute o uso da ultrassonografia na reprodução de fêmeas bovinas. Ele explica como a ultrassonografia pode ser usada para monitorar a dinâmica folicular, diagnosticar gestações, identificar problemas reprodutivos e realizar sexagem fetal. O documento também descreve os princípios físicos por trás da ultrassonografia e como as imagens são formadas.
1. M.V. Msc. Fábio Morotti
Utilização da Ultrassonografia
na Reprodução de Fêmeas
Bovinas
2. Ultrassonografia
“é um método de diagnóstico que utiliza o som a
uma frequência superior àquela que
o ouvido humano pode perceber, afim de ver em
tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas
e órgãos”
1 à 20 MHz
Ultrassom
8 à 20 kHz
(mil Hertz)
Humano
3. • Início nos anos 80
• Anos 90 – Dinâmica folicular
• Protocolos sincronização
• Diagnóstico precoce para ressincronização
• Sexagem
• Transferência de embriões
4. • Estudo da morfofisiologia ovariana (dinâmica folicular)
• Alterações patológicas no útero e ovário
• Avaliação de carcaça
• Resposta a tratamentos e anestro
• Precocidade sexual em novilhas
• Protocolos de sincronização de estro
• Seleção de receptoras de embriões
• Diagnóstico precoce de gestação e de perdas embrionárias
• Identificação de gestações gemelares
• Sexagem fetal
• Auxiliar no processo de aspiração folicular
7. • Fontes vibrantes originam a onda sonora
• Onda se propaga por meio definido sem alterar o fluxo
do meio
• Identificação de estruturas através de ecos
Bases físicas da ultrassonografia
9. Bases físicas da ultrassonografia
Formação de imagem bidimensional
(ponto luminoso, em posição correspondente na tela do monitor)
Vibração dos cristais
piezoelétricos
Formação de ondas ↑ frequência
1540 metros/segundo (órgãos e tecidos)
Penetração nos tecidos
Parte das ondas ecoam
e
são capitadas pela sonda
O aparelho calcula a distância entre a sonda
e o tecido (Velocidade / tempo de retorno do eco)
18. Transdutores
Frequência, profundidade e definição da imagem
Frequência Profundidade Definição
Frequência Profundidade Definição
Transdutores
Reprodução de grandes animais → 5,0 ou 7,5 MHz
26. Trabalhando com o ultrassom
• Contenção adequada
• Luminosidade conveniente
• Atenção para artefatos
• Interpretação de imagem bidimensional
• Conhecimentos anatômicos
• Limpeza do reto
• Ausência de ar
27. Cuidado com o equipamento
O equipamento é resistente mas não é indestrutível
Verifique a voltagem correta
Cuidado com: Transdutor
Teclado
Cabo
37. • Utilização principal
• Qualidade da imagem
• Tipo de transdutor
• Frequência do transdutor
• Recursos de software
• Assistência técnica e garantia
• O custo-benefício
Como escolher um aparelho de
ultrassom?
38. • A segurança
• A fonte de energia
• A posição do aparelho (luz)
• Ajustar os controles
• O contato entre o transdutor e a mucosa (camisinha)
• As fezes devem ser removidas
• Reduzir a quantidade de ar no reto
• O exame deve ser breve e sistemático
• Mover o transdutor com cuidado e lentamente
39.
40. Atenuação: É o progressivo enfraquecimento das ondas sonoras ao longo de sua
passagem pelos tecidos até seu limite de penetração. Desta forma, a imagem dos
tecidos mais distantes do transdutor pode ter menor resolução que aquelas mais
próximas.
41. Interfaces teciduais: São junções de tecidos que possuem diferentes densidades
(portanto, diferentes impedâncias acústicas). Estas interfaces frequentemente
produzem uma linha distinta que claramente define os limites entre diferentes tecidos ou
órgãos adjacentes.
42. Sombreamento: Causado por bloqueio ou desvio dos feixes sonoros, por exemplo,
devido a tecido denso (osso);
43. Intensificação: É a transmissão acentuada das ondas sonoras através de fluidos, gás
resultando em ecos mais brilhantes sob a estrutura.
44. Reverberação: Ocorre quando um eco salta entre duas interfaces fortes até exaurir os
pulsos de ultra-som. Em conseqüência, há uma série de linhas ecodensas, paralelas
umas as outras, à uma mesma distância de separação, até que os pulsos de ultra-som
sejam exauridos. Isto normalmente ocorre quando existe ar entre o transdutor e o tecido
a ser observado.
78. • Aplicação mais comum da ultrassonografia na reprodução
de bovinos
• Bom método de diagnóstico gestacional
• Não é utilizado antes do 18º dia
Curso Ultrassonografia
105. Sexagem
Indicações:
• Determinar o sexo do concepto para comercialização
de receptoras de embrião
• Formar plantéis em programas de cria / engorda
Curso Ultrassonografia
106. Sexagem
Localização do tubérculo genital (TG)
• Estrutura bilobulada e hiperecogênica
• Ambos os sexos
• Localiza-se inicialmente sobre a linha média
• Migração a partir do 50º dia de gestação - VACA
60° dia de gestação - ÉGUA
Curso Ultrassonografia
107. Sexagem
• Possível entre o 55º e o 90º dia
• Indicação entre o 55º e o 65º dia - VACA
60° e o 70° dia – ÉGUA
• Na fêmea → TG migra em sentido caudal (ventral à base da
cauda) para originar o clitóris
Membros
Cabeça
Abdômen
Cordão umbilical
TG
Curso Ultrassonografia
109. Sexagem
• Possível entre o 55º e o 90º dia
• Indicação entre o 55º e o 65º dia - VACA
60° e o 70° dia - ÉGUA
• No macho → TG migra em sentido cranial (imediatamente
caudal à base da cordão umbilical) para originar a glande
Membros
Cabeça
Abdômen
Cordão umbilical
TG
Curso Ultrassonografia
119. Idade (dias) Característica Macho Fêmea
Até 40
TG não
identificável
_ _
De 40 a 55
TG não iniciou
migração
_ _
De 55 a 90
Migração do TG
completada
TG caudal à
inserção do
cordão
umbilical
TG ventral à inserção
da cauda
Após 90
Formação das
imagens
dificultada pelo
tamanho fetal
_ _
Sexagem
Curso Ultrassonografia