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11/4/21
1
Farmacoterapia dos processos
infecciosos: An#bacterianos
Prof. Me. André Vinycius Cunha Pereira
Manaus - 2021
2
Antibióticos
As bactérias são organismos
procarió2cos que frequentemente
contêm alvos exclusivos para
intervenção farmacológica.
Dependendo do papel do alvo do
fármaco na fisiologia bacteriana, os
agentes an2bacterianos podem
produzir efeitos bacteriostá+cos ou
bactericidas.
3
11/4/21
2
Bacteriostá2cos
• Os fármacos que inibem o
crescimento do patógeno
sem causar a sua morte
são denominados
bacteriostá+cos.
• Esses fármacos são
dirigidos contra alvos de
vias metabólicas
necessárias para o
crescimento das bactérias,
mas não para a sua
sobrevida.
4
Bacteriostá/cos
• Os inibidores da síntese protéica exercem, em
sua maioria, um efeito bacteriostá7co.
• A eficiência clínica desses fármacos baseia-se na
integridade do sistema imune do hospedeiro
para eliminar as bactérias que não crescem (mas
que permanecem viáveis).
5
11/4/21
3
Bactericidas
• Em contrapar7da, os
fármacos bactericidas
matam as bactérias.
• Por exemplo, os inibidores
da síntese da parede
celular provocam lise
bacteriana quando as
bactérias crescem em
meios hipertônicos ou
hipotônicos ou são
expostas a esses
ambientes.
6
EUCARIONTE:
7
11/4/21
4
An#bió#cos
8
Resistência
bacteriana
• A recente explosão da resistência a fármaco possui
causas tanto gené@cas quanto não-gené@cas.
• Os mecanismos gené@cos de resistência originam-se
de mutações cromossômicas e da troca de material
gené@co.
• Tipicamente, ocorrem mutações cromossômicas no(s)
gene(s) que codifica(m) o alvo do fármaco ou nos
genes que codificam os sistemas de transporte ou de
metabolismo do fármaco.
9
11/4/21
5
Transmissão
vertical e horizontal
• Essas mutações podem ser
então transferidas às células-
filhas (transmissão ver,cal),
criando microrganismos
resistentes a fármaco.
• AlternaIvamente, as bactérias
podem adquirir resistência ao
receber material genéIco de
outras bactérias (transmissão
horizontal).
10
Mecanismos de
intercâmbio gené<co
• As bactérias adquirem o seu
material gené2co através de
três mecanismos principais:
conjugação, transdução e
transformação.
11
11/4/21
6
Conjugação
• Na conjugação, duas bactérias de sexos diferentes unem-se
por meio de um tubo protéico, por onde passa uma cópia do
cromossomo da bactéria doadora para a bactéria receptora.
12
Conjugação
13
11/4/21
7
Transformação
• Transformação: Uma bactéria absorve moléculas de
DNA disponíveis no meio e os genes con>dos nessas
moléculas passam a conferir novas caracterís>cas a
essa bactéria.
14
Transformação
Célula bacteriana
Lise celular Quebra
do DNA
Fragmentos de
DNA doador
Célula bacteriana
Fragmentos de DNA
ligam-se à superfície
da célula receptora.
O fragmento de DNA é
incorporado à célula receptora.
O fragmento de DNA é integrado
ao cromossomo da célula receptora.
Célula transformada
15
11/4/21
8
Transdução
• Transferência de genes de uma bactéria para outra
por intermédio de vírus. Estes, quando se formam
dentro de uma bactéria, podem incorporar ao seu
próprio DNA pedaços do DNA bacteriano.
• Ao infectar outra bactéria, transmitem esses genes.
• Caso essa bactéria sobreviva à infecção viral, passará
a apresentar novas caracterís>cas.
16
Transdução
17
11/4/21
9
Transdução
Fago
O DNA de
um fago penetra
na célula de
uma bactéria.
O DNA do fago
integra-se ao DNA
da bactéria como
um profago.
Quando o profago inicia o ciclo
lítico, o DNA da bactéria é
degradado e novos fagos podem
conter algum trecho do DNA
da bactéria.
A célula
bacteriana se
rompe e libera
muitos fagos, que
podem infectar
outras células.
O fago infecta
nova bactéria.
Genes de outra bactéria
são introduzidos e
integrados ao DNA
da bactéria hospedeira.
DNA do fago
com genes da
bactéria
18
Transdução
BACTÉRIA TRANSDUZIDA
DNA da
bactéria 2
DNA da
bactéria 1
DNA do
bacteriófago
19
11/4/21
10
20
Principais mecanismos de resistência
DNA
mRNA
Proteína
CONFERE
RESISTÊNCIA
21
11/4/21
11
Conceitos
• An#bió#co: substância produzida naturalmente por
micro-organismos capaz de inibir ou destruir outros
micro-organismos.
• An#microbiano: substância (natural ou química) com
ação inibitória contra bactérias.
• Quimioterápico: substância com ação inibitória
contra micro-organismos, vírus ou células
neoplásicas.
22
An.bió.cos
• An2bió2cos são
substâncias químicas
produzidas por
diferentes espécies de
M.O. que suprimem o
crescimento de outros
M.O. e podem
eventualmente destruí-
los.
23
11/4/21
12
ELEIÇÃO DO
ANTIBACTERIANO
• Farmacociné>ca
– Absorção
– Biodisponibilidade
– Bioequivalência
– Distribuição (Ligação a proteínas plasmá2cas)
– Reservatórios (Compar2mentos corporais)
– Biotrasformação (Conjugação no Rgado)
– Excreção (Renal, Leite, Fezes)
24
ELEIÇÃO DO
ANTIBACTERIANO
• Espectro de ação
• CIM ou MIC = Concentração inibitória mínima para
cada M.O. em provas de diluição seriada “ in vitro”
An@biograma
25
11/4/21
13
ELEIÇÃO DO
ANTIBACTERIANO
• Toxicidade sele7va
• Parasitropismo alto X
Organotropismo baixo
• Caracterís7cas da bactéria
– Cápsula – Polissacarídeos sendo que
alguns possuem aBvidade
anBfagocíBca
– Parede celular – Confere forma
rígida à bactéria ocorrendo difusão
de substâncias
– Flagelos – Locomoção
– Pili (Fímbrias) Dá a capacidade de
aderência, ferBlidade
– Ribossomos 70s
– Divisão binária
– Ausência de mitocôndrias
26
27
11/4/21
14
ANTIMICROBIANOS:
MECANISMOS BÁSICOS DE AÇÃO
Inibição da síntese da parede celular
Inibição da síntese de proteínas
Inibição da síntese de ácidos nucléicos
Alteração da membrana
Alteração de via metabólica
28
MECANISMOS BÁSICOS DE AÇÃO
29
11/4/21
15
Inibidores do metabolismo de folatos
• O ácido fólico é uma vitamina que atua em diversas
reações enzimá>cas envolvendo a transferência de
unidades de um carbono.
• Essas reações são essenciais para a biossíntese de
precursores do DNA e do RNA, dos aminoácidos.
30
Ácido fólico
• A estrutura do ácido fólico contém três componentes
químicos: um sistema de anel de pteridina, o ácido
para-aminobenzóico (PABA), e o aminoácido
glutamato.
31
11/4/21
16
Metabolismo do folato
• As bactérias são incapazes de obter o ácido fólico do
meio ambiente e, portanto, precisam sinte>zar
vitamina de novo a par>r do PABA, da pteridina e do
glutamato.
• Em contrapar>da, as células de mamíferos u>lizam
receptores e carreadores de folato na membrana
plasmá>ca para adquirir a vitamina intacta.
• Diferença metabólica
32
Metabolismo do folato
33
11/4/21
17
Análogos do PABA
As sulfas, como o sulfametoxazol e a
sulfadiazina, são análogos do PABA que inibem
compe44vamente a diidropteroato sintase,
impedindo assim a síntese de ácido fólico nas
bactérias.
34
Análogos do PABA
• Por sua vez, a ausência de ácido fólico impede a
síntese bacteriana de purinas, pirimidinas e alguns
aminoácidos, resultando finalmente na interrupção
do crescimento bacteriano.
• As sulfas são agentes bacteriostá#cos, uma vez que
impedem o crescimento bacteriano, mas não matam
as bactérias.
35
11/4/21
18
Análogos do PABA
36
Mecanismo de ação
X Sulfadiazina
Sulfametoxazol
37
11/4/21
19
Sulfas
• As sulfonamidas são
fármacos altamente
seleIvos, visto que o
crescimento das bactérias
exige a aIvidade da enzima
que é inibida pelas
sulfonamidas, enquanto as
células dos mamíferos não
expressam essa enzima.
38
Resistência às sulfas
• Pode ocorrer desenvolvimento de resistência às
sulfonamidas devido:
– (1) à superprodução do substrato endógeno, o PABA, pelas
bactérias expostas às sulfonamidas;
– (2) a uma mutação no sí2o de ligação do PABA na
diidropteroato sintase, resultando em diminuição da
afinidade da enzima pelas sulfonamidas; ou
– (3) a uma diminuição da permeabilidade da membrana
bacteriana às sulfonamidas.
39
11/4/21
20
Efeito adverso grave
• As sulfonamidas competem com a bilirrubina pelos sí2os de
ligação na albumina sérica e podem causar kernicterus nos
recém-nascidos.
• O kernicterus, uma afecção caracterizada por acentuada
elevação das concentrações da bilirrubina não-conjugada
(livre) no sangue de recém-nascidos, pode resultar em lesão
cerebral grave.
40
Inibidores da diidrofolato redutase
• A diidrofolato redutase (DHFR) é a enzima que reduz
o diidro-folato (DHF) a tetraidrofolato (THF).
• Trimetoprim, a pirimetamina e o metotrexato, são
análogos do folato que inibem compe>>vamente a
DHFR e que impedem a regeneração do THF a par>r
do DHF.
41
11/4/21
21
Trimetoprima
• O trimetoprim é um análogo do folato que inibe
sele>vamente a DHFR bacteriana, impedindo, assim,
a conversão do DHF em THF.
• É bacteriostá>co.
• Infecções urinárias, intes>nais, amigdalite…
42
Pirimetamina
• A pirimetamina é um análogo do folato que inibe
sele>vamente a DHFR dos parasitas.
• Na atualidade, a pirimetamina é o único agente
quimioterápico efe>vo contra a toxoplasmose.
• Tem sido u>lizada no tratamento da malária, embora
a ocorrência de resistência disseminada tenha
limitado a sua eficiência nesses úl>mos anos.
43
11/4/21
22
Sele#vidade
44
Fármacos que atuam na transcrição,
tradução e replicação bacteriana
45
11/4/21
23
Inibição da
Síntese de Ácidos Nucleicos
Quinolonas
- Ácido nalidíxico (®Wintomylon)
- Ciprofloxacina (®Cipro)
- Norfloxacina (®Floxacin)
- Levofloxacina (®Levaquin)
- Gatifloxacina (®Tequin)
Rifampicina (®
Rifaldin)
Metronidazol (®
Flagyl)
46
MECANISMOS BÁSICOS DE AÇÃO
47
11/4/21
24
Inibidores da topoisomerase: quinolonas
• As quinolonas cons>tuem uma importante classe de
an>bió>cos bacterianos, que atuam através da
inibição das topoisomerases >po II bacterianas.
• Inibem a replicação do DNA
• Primeiro: ácido nalidíxico
48
49
11/4/21
25
Inibidores da topoisomerase: quinolonas
X
50
Inibidores da topoisomerase: quinolonas
• As quinolonas mais recentemente introduzidas são,
em sua maioria, fluoradas, incluindo o
ciprofloxacino, o ofloxacino e o levofloxacino.
51
11/4/21
26
Inibidores da topoisomerase: quinolonas
• As fluoroquinolonas são amplamente u2lizadas no tratamento
de infecções urogenitais, respiratórias e gastrintes2nais
comuns causadas por microrganismos Gram-nega2vos,
incluindo:
– E. coli,
– Klebsiella pneumoniae,
– Campylobacter jejuni,
– Pseudomonas aeruginosa,
– Neisseria gonorrhoeae e Enterobacter,
– Salmonella e espécies de Shigella.
52
Quinolonas
• As quinolonas atuam através da inibição de uma ou de ambas
as topoisomerases 2po II procarió2cas em bactérias sensíveis,
a DNA girase (topoisomerase II) e a topoisomerase IV.
• A sele2vidade de ação contra as topoisomerases bacterianas
resulta de diferenças na estrutura entre as formas
procarió2cas e eucarió2cas dessas enzimas.
• Bacteriostá2cos e bactericidas
53
11/4/21
27
Mecanismos de resistência
• Mutações cromossômicas nos genes que codificam
as topoisomerases >po II
• Alterações na expressão das purinas
• Bombas de efluxo das membranas que determinam a
concentração de fármaco no interior das bactérias.
54
55
11/4/21
28
Inibição da
Síntese de Proteínas
Aminoglicosídeos
- Amicacina (®Amicacina)
- Arbecacina (®
Harbekacin)
- Gentamicina (®
Gentamicina)
- Netilmicina (®
Netrocina)
Macrolídeos
- Eritromicina (®
Pantomicina; Ilosone)
- Claritromicina (®
Klaricid)
- Azitromicina (® Zitromax)
Lincosaminas
- Lincomicina (® Frademicina)
- Clindamicina (® Dalacin C)
Tetraciclinas
- Doxiciclina (® Vibramicina)
- Minociclina (® Minomax)
Cloranfenicol
Oxazolidinonas
- Linezolida (®
Zivox)
Estreptogramina
- Quinupristina/dalfopristina (® Synercid)
- Pristinamicina (® Piostacina)
Glicilciclinas
- Tigeciclina (®
Tigacyl)
56
Inibidores da RNA polimerase
• A rifampicina exerce sua a>vidade bactericida
através da formação de um complexo estável com a
RNA polimerase DNA-dependente bacteriana,
inibindo, assim, a síntese de RNA.
57
11/4/21
29
Inibidores da RNA polimerase
• O alvo da rifampicina é a subunidade da RNA
polimerase bacteriana.
• O fármaco permite o início da transcrição mas
bloqueia, em seguida, o alongamento quando o RNA
nascente a>nge um comprimento de 2 a 3
nucleoadios.
58
Inibidores da RNA polimerase
Rifampicina
Rifabu@na
Rifamicina
X
59
11/4/21
30
MECANISMOS BÁSICOS DE AÇÃO
60
Inibidores da Tradução
• 1. O alvo dos inibidores da tradução é a subunidade
30S ou 50S do ribossomo bacteriano.
• 2. Além de seus efeitos inibitórios sobre os
ribossomos bacterianos, os inibidores da síntese
protéica podem afetar os ribossomos mitocondriais
ou os ribossomos citosólicos de mamíferos ou ambos.
• 3. Inibição completa da síntese protéica não é
suficiente para matar uma bactéria.
61
11/4/21
31
Considerações
• Cloranfenicol: toxicidade
• Tetraciclina
• Destruição da flora intes<nal
62
63
11/4/21
32
Aminoglicosídeos
• Os aminoglicosídios são u>lizados principalmente no
tratamento de infecções causadas por bactérias
Gram-nega>vas.
• Esses agentes são moléculas de carga elétrica que
não apresentam biodisponibilidade oral, de modo
que devem ser administrados por via parenteral.
64
Aminoglicosídeos
• Estreptomicina, neomicina, kanamicina,
tobramicina, paromomicina, gentamicina,
ne#lmicina e a amicacina.
• Entre esses aminoglicosídios, a gentamicina, a
tobramicina e a amicacina são os mais amplamente
u>lizados, em virtude de sua menor toxicidade e
cobertura mais ampla contra os microrganismos-
alvo.
65
11/4/21
33
Aminoglicosídeos
• Os aminoglicosídios ligam-se ao rRNA 16S da
subunidade 30S e produzem efeitos sobre a síntese
protéica que dependem da concentração do
fármaco.
66
Toxicidade
• Reações de
hipersensibilidade e febre
induzida por fármacos, os
aminoglicosídios podem
causar três efeitos adversos
específicos: ototoxicidade,
nefrotoxicidade e bloqueio
neuromuscular.
• Insuficiência renal aguda
• Paralisia respiratória
67
11/4/21
34
Tetraciclinas
• Clortetraciclina,
• Oxitetraciclina,
• Tetraciclina
• Metaciclina,
• Doxiciclina
• Minociclina
68
Tetraciclinas
• As diferenças na sua eficácia clínica
são mínimas e relacionam-se, em
grande parte, com a farmacocinéIca
de absorção, distribuição e excreção
de cada fármaco.
• As tetraciclinas são anIbióIcos
bacteriostáIcos de amplo espectro
amplamente uIlizados.
69
11/4/21
35
Tetraciclinas
• As tetraciclinas ligam-se de modo reversível ao rRNA 16S da
subunidade 30S e inibem a síntese protéica através do
bloqueio da ligação do aminoacil tRNA ao sí2o A sobre o
complexo mRNA-ribossomo.
• Essa ação impede a adição de outros aminoácidos ao pepbdio
nascente.
• Acumulam-se nas bactérias
70
71
11/4/21
36
Resistência bacteriana
• Bombas de efluxo
• Produção de proteínas que interferem na
ligação das tetraciclinas ao ribossomo.
• Ina<vação enzimá<ca das tetraciclinas.
72
Considerações
sobre a
Tetraciclina
• Uma importante caracterís7ca farmacociné7ca das
tetraciclinas consiste na interação desses fármacos
com alimentos ricos em cálcio, como la7cínios, e
com medicamentos que contêm cá7ons divalentes
e trivalentes, como os an7ácidos.
X
73
11/4/21
37
Considerações
sobre a Tetraciclina
• Entretanto, quando as tetraciclinas
já se encontram na circulação, a
mesma interação com cá@ons —
em par@cular com o cálcio — pode
causar seqüestro do fármaco no
osso e nos dentes, levando
potencialmente ao aparecimento
de anormalidades de
desenvolvimento em pacientes
pediátricos.
74
Considerações sobre a Tetraciclina
• Os dentes também podem ficar pigmentados, devido
às propriedades de absorção da luz ultravioleta (UV)
das tetraciclinas; além disso, esses fármacos podem
causar fotossensibilidade cutânea significa>va.
75
11/4/21
38
Macrolídeos
• A eritromicina é o membro mais bem conhecido
desse grupo.
• Dois derivados semi-sinté>cos da eritromicina, a
azitromicina e a claritromicina, possuem espectro
mais amplo do que a eritromicina, de modo que o
seu uso está crescendo.
76
Azitromicina
• Sua ação pode ser bactericida ou bacteriostá>ca,
atuam inibindo a síntese de proteínas nas bactérias.
– Bactérias aeróbias gram-posi@vas; Bactérias aeróbias gram-nega@vas;
Bactérias anaeróbias; Bactérias aXpicas (Borrelia burgdorferi, Chlamydia
pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Mycoplasma hominis, Ureaplasma
urealy@cum, Campylobacter sp, Listeria monocytogenes, etc).
77
11/4/21
39
Azitromicina
• Principais usos: Infecções bacterianas de vias aéreas, tecidos moles, de
pele e em casos de sinusite aguda. Tratamento e profilaxia de
micobactérias aPpicas em pacientes com AIDS. Uretrites e cervicites, febre
7fóide, coqueluche, shigelose
• Reações adversas: Náuseas, diarréia, dor abdominal, cefaléia e tonturas
podem ocorrer. Perda audi7va pode ocorrer em doses elevadas.
• Gravidez e lactação: Segura na gestação (Risco B).
• Observações: Deve ser administrada em jejum de pelo menos 1h antes ou
2h após as refeições. A presença de alimento pode diminuir até 50% da
sua biodisponibilidade.
78
Claritromicina
• Infecções das vias aéreas, dos seios da face, da pele e das
partes moles. Faringite, amigdalite, bronquite crônica com
exacerbação bacteriana aguda, pneumonia.
• Indicada, em associação com inibidores da secreção ácida,
para a erradicação do Helicobacter pylori, resultando em
diminuição da recidiva de úlceras duodenais.
• Doses usuais: Crianças: 15 mg/kg/dia, VO ou IV, 12/12 h
Adultos: 250-500 mg, VO ou IV, 12/12 h
79
11/4/21
40
Claritromicina
• Efeitos adversos:
– São pouco freqüentes, incluindo náuseas,
vômitos, dor abdominal, cefaléia e tonturas.
– Pode ocorrer perda audi>va relacionada a doses
elevadas.
– Infusão IV pode causar dor e flebite
80
Macrolídeos
• Os macrolídeos são an2bió2cos bacteriostá+cos que
bloqueiam a etapa de translocação da síntese protéica ao
atuar sobre o alvo do rRNA 23S da subunidade 50S.
• Os macrolídios ligam-se a um segmento específico rRNA 23S e
bloqueiam o túnel de saída a par2r do qual emergem os
pepbdios nascentes.
81
11/4/21
41
Resistência aos macrolídeos
• 1. Produção de esterases que hidrolisam os
macrolídios
• 2. A modificação do sí>o de ligação ribossômico por
mutação cromossômica representa um segundo
mecanismo de resistência
• 3. Algumas bactérias reduzem a permeabilidade de
sua membrana aos macrolídios
• 4. Aumentam o efluxo a>vo do fármaco
82
Cloranfenicol
• O cloranfenicol é um an>bió>co de amplo espectro
bacteriostá>co, a>vo contra microrganismos Gram-
posi>vos e Gram-nega>vos tanto aeróbicos quanto
anaeróbicos.
• Os microrganismos mais altamente susceaveis
incluem Haemophilus influenzae, Neis- seria
meningiIdis e algumas cepas de Bacteroides.
83
11/4/21
42
Mecanismo de ação
• O cloranfenicol liga-se ao rRNA 23S e inibe a formação das
ligações pepbdicas, aparentemente ao ocupar um sí2o que
interfere no posicionamento correto do aminoacil do tRNA no
sí2o A.
84
Resistência ao cloranfenicol
• 1. Permeabilidade diminuída ao fármaco.
• 2. Disseminação de ace#ltransferases específicas
codificadas por plasmídios, que ina>vam o fármaco.
85
11/4/21
43
Toxicidade do cloranfenicol
• Vômitos, flacidez, hipotermia, pigmentação cinzenta,
angús>a respiratória e acidose metabólica.
• Com mais freqüência, o cloranfenicol provoca
depressão reversível da eritropoiese relacionada com
a dose e distúrbio gastrintes>nal (náusea, vômitos e
diarréia).
• Anemia aplásica, uma toxicidade rara, porém
potencialmente fatal.
86
Lincosamidas
• A principal de uso clínico é a clindamicina.
• A clindamicina bloqueia a formação de ligações
pepadicas, através de interações com o sí>o A e o
sí>o P.
• Indicações: infecções anaeróbicas graves causadas
por Bacteroides e tratamento de infecções mistas
envolvendo outros anaeróbios.
87
11/4/21
44
Lincosaminas
• Posologia:
• De 30 a 60 mg/kg/dia via oral de 6/6 h.
• De 10 mg/kg/dia IM de 24/24 h.
• Ex : Frademicina, Lincomicina
88
Toxicidade da clindamicina
• A clindamicina foi implicada como causa potencial da
colite pseudomembranosa causada pela
superinfecção por Clostridium difficile.
• O C. difficile, um membro incomum da flora fecal
normal, é selecionado durante a administração de
clindamicina ou de outros an>bió>cos orais de amplo
espectro.
89
11/4/21
45
Toxicidade da clindamicina
• O C. difficile elabora uma citotoxina capaz de
provocar colite, caracterizada por ulcerações da
mucosa, diarréia intensa e febre.
• Esse efeito adverso grave representa uma das
principais preocupações com o uso da clindamicina.
90
Fármacos que atuam na membrana e
parede celular bacteriana
91
11/4/21
46
Inibidores da síntese de parede celular
92
Síntese da parede celular
• A biossíntese da parede celular ocorre em três fases
principais.
• A primeira delas consiste na síntese de monômeros
de mureína a par>r de aminoácidos e de unidades de
açúcares; a segunda fase consiste na polimerização
dos monômeros de mureína em polímeros de
pep>doglicano lineares; e a terceira consiste na
ligação cruzada dos polímeros em redes
bidimensionais e redes tridimensionais
93
11/4/21
47
94
INIBIDORES DA SÍNTESE DE
MONÔMEROS DE MUREÍNA
• A fosfomicina é um análogo do fosfoenol piruvato
(PEP), que inibe a enol piruvato transferase (também
conhecida como MurA) bacteriana através de
modificação covalente do sí>o a>vo da enzima.
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95
11/4/21
48
INIBIDORES DA SÍNTESE DE
MONÔMEROS DE MUREÍNA
• A fosfomicina mostra-se especialmente efe>va
contra bactérias Gram-nega>vas que infectam o trato
urinário, incluindo E. coli e espécies de Klebsiella e
SerraIa, visto que o fármaco é excretado de modo
inalterado na urina.
• Foi constatado ser uma dose oral única de 3 g tão
efe>va quanto múl>plas doses de outros agentes no
tratamento de infecções do trato urinário
96
Bacitracina
• É um an>bió>co pepadico que interfere na
desfosforilação do pirofosfato do bactoprenol,
tornando esse carreador lipídico inú>l para ciclos
adicionais de translocação de monômeros de
mureína.
97
11/4/21
49
Bacitracina
• Em virtude de sua toxicidade renal, neurológica e da
medula óssea significa>va, a bacitracina não é
u>lizada sistemicamente.
• Como a bacitracina não é absorvida por via oral,
permanece na luz intes>nal e, em certas ocasiões, é
administrada por via oral no tratamento da colite por
Clostridium difficile ou para erradicação de
enterococos resistentes à vancomicina (ERV) no
trato gastrintes>nal.
98
INIBIDORES DA SÍNTESE DE POLÍMEROS DE MUREÍNA
Glicopepadeos
• A vancomicina e a teicoplanina são glicopepadios
com a>vidade bactericida contra bacilos e cocos
Gram-posi>vos.
• Os bacilos Gram-nega>vos mostram-se resistentes à
ação desses fármacos.
99
11/4/21
50
• Esses agentes interrompem a síntese da parede celular
através de sua ligação firme à extremidade terminal D-Ala-D-
Ala da unidade de monômeros de mureína, inibindo a
transglicosidase e bloqueando, portanto, a adição de
unidades de mureína à cadeia de polímero em crescimento
INIBIDORES DA SÍNTESE DE POLÍMEROS DE MUREÍNA
Glicopepadeos
100
INIBIDORES DA LIGAÇÃO CRUZADA DE POLÍMEROS
An>bió>cos Beta-Lactâmicos
101
11/4/21
51
102
Inibição da
Síntese da Parede Celular
b-lactâmicos Glicopeptídeos
www.warwick.ac.uk/.../H_StoryB/peptidoglycan.jpg
N-Acetil-murâmico
N-Acetil-glicosamina
Ligações peptídicas
PENICILINAS
CEFALOSPORINAS
MONOBACTÂMICOS
CARBAPENÊMICOS
VANCOMICINA
TEICOPLANINA
103
11/4/21
52
104
Os b-lactâmicos se ligam às PBPs (“Proteínas Ligadoras
de Penicilina”) impedindo as ligações
cruzadas da parede celular.
Inibição da
Síntese da Parede Celular
105
11/4/21
53
Ø Penicilinas naturais
- Penicilina G
- Penicilina V
Ø Penicilinas semi-sintéticas
1. Resistentes à ação das b-lactamases
- Oxacilina
- Meticilina
2. De amplo espectro
- Ampicilina
- Amoxicilina
Ø Associação de b-lactâmico + inibidor da b-lactamase
- Amoxicilina/clavulanato (® Clavulin)
- Amoxicilina/sulbactam (® Unasyn)
- Piperacilina/tazobactam (®
Tazocin)
b-lactâmicos
PENICILINAS
106
Penicilinas
• O primeiro grupo de penicilinas inclui a penicilina G,
que é administrada por via intravenosa, e a
penicilina V, o seu correspondente oral.
• A penicilina G é de uso mais disseminado do que a
penicilina V; esta úl>ma é administrada
principalmente no tratamento de infecções
aeróbicas-anaeróbicas mistas da cabeça e pescoço,
como abscessos dentários.
107
11/4/21
54
Penicilina V
• A penicilina V é u>lizada
na prevenção da febre
reumá>ca recidivante em
pacientes com episódio
anterior e da celulite
estreptocócica recorrente
em pacientes com
linfedema.
108
Penicilina G
• A penicilina G é u@lizada no tratamento
de infecções graves por bactérias Gram-
posi@vas, como pneumococo e S.
pyogenes, diplococos Gram-nega@vos,
como espécies de Neisseria (exceto N.
gonorrhoeae produtora de penicilinase),
bacilos Gram-posi@vos do gênero
Clostridium, a maioria dos anaeróbios (à
exceção de Bacteroides) e espiroquetas,
como sífilis e Leptospira.
• Penicilina cristalina: EV
• Penicilina benza@na: IM – 1.200.000UI
• Penicilina procaína: IM
109
11/4/21
55
Penicilinas an)estafilocócicas
• Oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina, nafcilina e
me#cilina.
– Esses fármacos são estruturalmente resistentes à beta-
lactamase estafilocócica, que é codificada por genes de
plasmídios na maioria dos microrganismos isolados na
clínica.
110
Aminopenicilinas
• A ampicilina e a amoxicilina são membros do
terceiro grupo de penicilinas, as aminopenicilinas,
que possuem um grupo amino de carga posi>va na
cadeia lateral.
• Essa carga posi>va aumenta a difusão através dos
canais de porina mas não confere resistência às
lactamases.
111
11/4/21
56
Ampicilina
• Bactericida. Atua na parede celular.
• Espectro de ação:
– Gram-posi7vos: estreptococos
alfa e beta-hemolí7cos;
Streptococcus pneumoniae
(chamado Diplococcus
pneumoniae); estafilococos não
produtores de penicilinase;
Bacillus anthracis, Clostridia spp.;
e outros.
– Gram-nega7vos: Haemophylus
influenzae; Neisseria
gonorrhoeae; Neisseria
meningi7dis; Proteus mirabilis e
muitas cepas de Salmonella
(incluindo Salmonella typhosa);
Shigellae, Escherichia coli
112
Ampicilina
• Os alimentos retardam ou reduz a absorção oral.
• Doses usuais: Crianças: 50-400 mg/kg/dia, 6/6 h ou 8/8 h.
Adultos: infecções leves a moderadas – 500 mg, VO, 6/6 h;
infecções graves, 1-2 g, 4/4 h.
• Diminui eficácia dos contracep2vos orais.
• Tem (ampicilina) os níveis séricos aumentado pelo dissulfiram
e pela probenecida.
113
11/4/21
57
Aminopenicilinas
• Esses agentes mostram-se
efeBvos contra uma
variedade de cocos Gram-
posiBvos; cocos Gram-
negaBvos, como Neisseria
gonorrhoeae e N.
meningi.dis, e bacilos Gram-
negaBvos, como E. coli e H.
influenzae, porém o seu
espectro é limitado pela sua
sensibilidade à maioria das
beta-lactamases.
114
Amoxicilina e Ampicilina
• Infecções de:
– Garganta
– Ouvido
– Dente
– Infecções invasivas (ampicilina IV)
– H. pylori
115
11/4/21
58
Associações
• Amoxicilina + ácido clavulânico
• Ampicilina + sulbactam
116
ü São an>bió>cos betalactâmicos, cujo mecanismo de
ação é a lise da parede bacteriana.
ü Existem 4 gerações de cefalosporinas no mercado.
ü De Primeira Geração : atua mais em gram posi>vos.
Ex : Cefalexina (Keflex) 6/6h
Cefadroxila (Cefamox) 12/12h
Dose : 50 mg/kg/dia
CEFALOSPORINAS
117
11/4/21
59
1a Geração:
- Cefalotina (® Keflin)
- Cefalexina (® Keflex)
2a Geração:
- Cefoxitina (® Mefoxin)
- Cefuroxima (® Zinacef)
CEFALOSPORINAS
3a
Geração:
- Cefotaxima (® Claforan)
- Ceftriaxona (® Rocefin)
- Ceftazidima (® Fortaz)
4a
Geração:
- Cefpirona (® Cefron)
- Cefepima (® Maxcef)
b-lactâmicos
118
119
11/4/21
60
Cefalosporinas de 2ª geração
• As cefalosporinas de primeira geração (cefazolina e
cefalexina) mostram-se a>vas contra espécies Gram-
posi>vas bem como contra os bacilos Gram-
nega>vos Proteus mirabilis e E. coli, que causam
infecções do trato urinário, e Klebsiella pneumoniae,
que provoca pneumonia além de infecções do trato
urinário.
• Esses agentes mostram-se sensíveis a muitas
lactamases.
120
Cefalosporinas de 2ª geração
• Divididas em dois grupos:
– A cefuroxima, que representa o primeiro grupo, possui a7vidade
aumentada contra H. influenzae em comparação com as
cefalosporinas de primeira geração;
– O cefotetan e a cefoxi0na, que representam o segundo grupo, exibem
a7vidade aumentada contra Bacteroides.
• Mais resistentes às beta-lactamases
121
11/4/21
61
Cefalosporinas de 3ª geração
• As cefalosporinas de terceira geração (ceKriaxona e
cefotaxima) são resistentes a muitas lactamases e,
por conseguinte, mostram-se altamente a>vas contra
Enterobacteriaceae (E. coli, Proteus indol-posi>vo,
Klebsiella, Enterobacter, SerraIa e Citrobacter) e
contra Neisseria e H. influenzae.
• Menos ação em gram-posi>vas
• Usadas em pneumonias
122
Cefalosporinas de 4ª geração
• Cefepima
• A exemplo da cewriaxona, mostra-se altamente a>va
contra Enterobacteriaceae, Neisseria, H. influenzae e
contra microrganismos Gram-posi>vos; além disso, é
tão a>va quanto a cewazidima contra P. aeruginosa.
• A cefepima também é mais resistente às lactamases
de Enterobacter
123
11/4/21
62
MONOBACTÂMICOS
- Aztreonam (® Azactam)
CARBAPENÊMICOS
- Imipenem (® Tienam)
- Meropenem (® Meronem)
- Ertapenem (® Invanz)
b-lactâmicos
124
Monobactâmicos
• O único monobactâmico disponível, o aztreonam,
mostra-se a>vo contra a maioria das bactérias Gram-
nega>vas, incluindo P. aeruginosa, porém carece de
a>vidade contra os microrganismos Gram-posi>vos.
• Entretanto, as bactérias Gram-nega>vas com
lactamases de espectro ampliado são resistentes.
125
11/4/21
63
Monobactâmicos
• O aztreonam mostra-se par2cularmente ú2l para pacientes
com grave alergia à penicilina que apresentam afecções
causadas por microrganismos Gram-nega2vos resistentes; seu
uso é limitado devido à ocorrência de flebite no local de
administração IV, e a sua meia-vida curta exige doses a
intervalos freqüentes.
126
Carbapenêmicos
• Existem três carbapenemos u>lizados na prá>ca
clínica: o imipenem, o meropenem e o ertapenem.
• Todos os três possuem amplo espectro e
proporcionam uma cobertura contra a maioria dos
microrganismos Gram-posi>vos, Gram-nega>vos e
anaeróbicos.
127
11/4/21
64
PolipepYdeos
Mecanismo de ação:
• Afetam a permeabilidade da membrana
celular, procedendo filtração de compostos
intracelulares. ! Bactericida
– Polimixina B
– Colis>na
– Bacitracina
– Tirotricina
128

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  • 1. 11/4/21 1 Farmacoterapia dos processos infecciosos: An#bacterianos Prof. Me. André Vinycius Cunha Pereira Manaus - 2021 2 Antibióticos As bactérias são organismos procarió2cos que frequentemente contêm alvos exclusivos para intervenção farmacológica. Dependendo do papel do alvo do fármaco na fisiologia bacteriana, os agentes an2bacterianos podem produzir efeitos bacteriostá+cos ou bactericidas. 3
  • 2. 11/4/21 2 Bacteriostá2cos • Os fármacos que inibem o crescimento do patógeno sem causar a sua morte são denominados bacteriostá+cos. • Esses fármacos são dirigidos contra alvos de vias metabólicas necessárias para o crescimento das bactérias, mas não para a sua sobrevida. 4 Bacteriostá/cos • Os inibidores da síntese protéica exercem, em sua maioria, um efeito bacteriostá7co. • A eficiência clínica desses fármacos baseia-se na integridade do sistema imune do hospedeiro para eliminar as bactérias que não crescem (mas que permanecem viáveis). 5
  • 3. 11/4/21 3 Bactericidas • Em contrapar7da, os fármacos bactericidas matam as bactérias. • Por exemplo, os inibidores da síntese da parede celular provocam lise bacteriana quando as bactérias crescem em meios hipertônicos ou hipotônicos ou são expostas a esses ambientes. 6 EUCARIONTE: 7
  • 4. 11/4/21 4 An#bió#cos 8 Resistência bacteriana • A recente explosão da resistência a fármaco possui causas tanto gené@cas quanto não-gené@cas. • Os mecanismos gené@cos de resistência originam-se de mutações cromossômicas e da troca de material gené@co. • Tipicamente, ocorrem mutações cromossômicas no(s) gene(s) que codifica(m) o alvo do fármaco ou nos genes que codificam os sistemas de transporte ou de metabolismo do fármaco. 9
  • 5. 11/4/21 5 Transmissão vertical e horizontal • Essas mutações podem ser então transferidas às células- filhas (transmissão ver,cal), criando microrganismos resistentes a fármaco. • AlternaIvamente, as bactérias podem adquirir resistência ao receber material genéIco de outras bactérias (transmissão horizontal). 10 Mecanismos de intercâmbio gené<co • As bactérias adquirem o seu material gené2co através de três mecanismos principais: conjugação, transdução e transformação. 11
  • 6. 11/4/21 6 Conjugação • Na conjugação, duas bactérias de sexos diferentes unem-se por meio de um tubo protéico, por onde passa uma cópia do cromossomo da bactéria doadora para a bactéria receptora. 12 Conjugação 13
  • 7. 11/4/21 7 Transformação • Transformação: Uma bactéria absorve moléculas de DNA disponíveis no meio e os genes con>dos nessas moléculas passam a conferir novas caracterís>cas a essa bactéria. 14 Transformação Célula bacteriana Lise celular Quebra do DNA Fragmentos de DNA doador Célula bacteriana Fragmentos de DNA ligam-se à superfície da célula receptora. O fragmento de DNA é incorporado à célula receptora. O fragmento de DNA é integrado ao cromossomo da célula receptora. Célula transformada 15
  • 8. 11/4/21 8 Transdução • Transferência de genes de uma bactéria para outra por intermédio de vírus. Estes, quando se formam dentro de uma bactéria, podem incorporar ao seu próprio DNA pedaços do DNA bacteriano. • Ao infectar outra bactéria, transmitem esses genes. • Caso essa bactéria sobreviva à infecção viral, passará a apresentar novas caracterís>cas. 16 Transdução 17
  • 9. 11/4/21 9 Transdução Fago O DNA de um fago penetra na célula de uma bactéria. O DNA do fago integra-se ao DNA da bactéria como um profago. Quando o profago inicia o ciclo lítico, o DNA da bactéria é degradado e novos fagos podem conter algum trecho do DNA da bactéria. A célula bacteriana se rompe e libera muitos fagos, que podem infectar outras células. O fago infecta nova bactéria. Genes de outra bactéria são introduzidos e integrados ao DNA da bactéria hospedeira. DNA do fago com genes da bactéria 18 Transdução BACTÉRIA TRANSDUZIDA DNA da bactéria 2 DNA da bactéria 1 DNA do bacteriófago 19
  • 10. 11/4/21 10 20 Principais mecanismos de resistência DNA mRNA Proteína CONFERE RESISTÊNCIA 21
  • 11. 11/4/21 11 Conceitos • An#bió#co: substância produzida naturalmente por micro-organismos capaz de inibir ou destruir outros micro-organismos. • An#microbiano: substância (natural ou química) com ação inibitória contra bactérias. • Quimioterápico: substância com ação inibitória contra micro-organismos, vírus ou células neoplásicas. 22 An.bió.cos • An2bió2cos são substâncias químicas produzidas por diferentes espécies de M.O. que suprimem o crescimento de outros M.O. e podem eventualmente destruí- los. 23
  • 12. 11/4/21 12 ELEIÇÃO DO ANTIBACTERIANO • Farmacociné>ca – Absorção – Biodisponibilidade – Bioequivalência – Distribuição (Ligação a proteínas plasmá2cas) – Reservatórios (Compar2mentos corporais) – Biotrasformação (Conjugação no Rgado) – Excreção (Renal, Leite, Fezes) 24 ELEIÇÃO DO ANTIBACTERIANO • Espectro de ação • CIM ou MIC = Concentração inibitória mínima para cada M.O. em provas de diluição seriada “ in vitro” An@biograma 25
  • 13. 11/4/21 13 ELEIÇÃO DO ANTIBACTERIANO • Toxicidade sele7va • Parasitropismo alto X Organotropismo baixo • Caracterís7cas da bactéria – Cápsula – Polissacarídeos sendo que alguns possuem aBvidade anBfagocíBca – Parede celular – Confere forma rígida à bactéria ocorrendo difusão de substâncias – Flagelos – Locomoção – Pili (Fímbrias) Dá a capacidade de aderência, ferBlidade – Ribossomos 70s – Divisão binária – Ausência de mitocôndrias 26 27
  • 14. 11/4/21 14 ANTIMICROBIANOS: MECANISMOS BÁSICOS DE AÇÃO Inibição da síntese da parede celular Inibição da síntese de proteínas Inibição da síntese de ácidos nucléicos Alteração da membrana Alteração de via metabólica 28 MECANISMOS BÁSICOS DE AÇÃO 29
  • 15. 11/4/21 15 Inibidores do metabolismo de folatos • O ácido fólico é uma vitamina que atua em diversas reações enzimá>cas envolvendo a transferência de unidades de um carbono. • Essas reações são essenciais para a biossíntese de precursores do DNA e do RNA, dos aminoácidos. 30 Ácido fólico • A estrutura do ácido fólico contém três componentes químicos: um sistema de anel de pteridina, o ácido para-aminobenzóico (PABA), e o aminoácido glutamato. 31
  • 16. 11/4/21 16 Metabolismo do folato • As bactérias são incapazes de obter o ácido fólico do meio ambiente e, portanto, precisam sinte>zar vitamina de novo a par>r do PABA, da pteridina e do glutamato. • Em contrapar>da, as células de mamíferos u>lizam receptores e carreadores de folato na membrana plasmá>ca para adquirir a vitamina intacta. • Diferença metabólica 32 Metabolismo do folato 33
  • 17. 11/4/21 17 Análogos do PABA As sulfas, como o sulfametoxazol e a sulfadiazina, são análogos do PABA que inibem compe44vamente a diidropteroato sintase, impedindo assim a síntese de ácido fólico nas bactérias. 34 Análogos do PABA • Por sua vez, a ausência de ácido fólico impede a síntese bacteriana de purinas, pirimidinas e alguns aminoácidos, resultando finalmente na interrupção do crescimento bacteriano. • As sulfas são agentes bacteriostá#cos, uma vez que impedem o crescimento bacteriano, mas não matam as bactérias. 35
  • 18. 11/4/21 18 Análogos do PABA 36 Mecanismo de ação X Sulfadiazina Sulfametoxazol 37
  • 19. 11/4/21 19 Sulfas • As sulfonamidas são fármacos altamente seleIvos, visto que o crescimento das bactérias exige a aIvidade da enzima que é inibida pelas sulfonamidas, enquanto as células dos mamíferos não expressam essa enzima. 38 Resistência às sulfas • Pode ocorrer desenvolvimento de resistência às sulfonamidas devido: – (1) à superprodução do substrato endógeno, o PABA, pelas bactérias expostas às sulfonamidas; – (2) a uma mutação no sí2o de ligação do PABA na diidropteroato sintase, resultando em diminuição da afinidade da enzima pelas sulfonamidas; ou – (3) a uma diminuição da permeabilidade da membrana bacteriana às sulfonamidas. 39
  • 20. 11/4/21 20 Efeito adverso grave • As sulfonamidas competem com a bilirrubina pelos sí2os de ligação na albumina sérica e podem causar kernicterus nos recém-nascidos. • O kernicterus, uma afecção caracterizada por acentuada elevação das concentrações da bilirrubina não-conjugada (livre) no sangue de recém-nascidos, pode resultar em lesão cerebral grave. 40 Inibidores da diidrofolato redutase • A diidrofolato redutase (DHFR) é a enzima que reduz o diidro-folato (DHF) a tetraidrofolato (THF). • Trimetoprim, a pirimetamina e o metotrexato, são análogos do folato que inibem compe>>vamente a DHFR e que impedem a regeneração do THF a par>r do DHF. 41
  • 21. 11/4/21 21 Trimetoprima • O trimetoprim é um análogo do folato que inibe sele>vamente a DHFR bacteriana, impedindo, assim, a conversão do DHF em THF. • É bacteriostá>co. • Infecções urinárias, intes>nais, amigdalite… 42 Pirimetamina • A pirimetamina é um análogo do folato que inibe sele>vamente a DHFR dos parasitas. • Na atualidade, a pirimetamina é o único agente quimioterápico efe>vo contra a toxoplasmose. • Tem sido u>lizada no tratamento da malária, embora a ocorrência de resistência disseminada tenha limitado a sua eficiência nesses úl>mos anos. 43
  • 22. 11/4/21 22 Sele#vidade 44 Fármacos que atuam na transcrição, tradução e replicação bacteriana 45
  • 23. 11/4/21 23 Inibição da Síntese de Ácidos Nucleicos Quinolonas - Ácido nalidíxico (®Wintomylon) - Ciprofloxacina (®Cipro) - Norfloxacina (®Floxacin) - Levofloxacina (®Levaquin) - Gatifloxacina (®Tequin) Rifampicina (® Rifaldin) Metronidazol (® Flagyl) 46 MECANISMOS BÁSICOS DE AÇÃO 47
  • 24. 11/4/21 24 Inibidores da topoisomerase: quinolonas • As quinolonas cons>tuem uma importante classe de an>bió>cos bacterianos, que atuam através da inibição das topoisomerases >po II bacterianas. • Inibem a replicação do DNA • Primeiro: ácido nalidíxico 48 49
  • 25. 11/4/21 25 Inibidores da topoisomerase: quinolonas X 50 Inibidores da topoisomerase: quinolonas • As quinolonas mais recentemente introduzidas são, em sua maioria, fluoradas, incluindo o ciprofloxacino, o ofloxacino e o levofloxacino. 51
  • 26. 11/4/21 26 Inibidores da topoisomerase: quinolonas • As fluoroquinolonas são amplamente u2lizadas no tratamento de infecções urogenitais, respiratórias e gastrintes2nais comuns causadas por microrganismos Gram-nega2vos, incluindo: – E. coli, – Klebsiella pneumoniae, – Campylobacter jejuni, – Pseudomonas aeruginosa, – Neisseria gonorrhoeae e Enterobacter, – Salmonella e espécies de Shigella. 52 Quinolonas • As quinolonas atuam através da inibição de uma ou de ambas as topoisomerases 2po II procarió2cas em bactérias sensíveis, a DNA girase (topoisomerase II) e a topoisomerase IV. • A sele2vidade de ação contra as topoisomerases bacterianas resulta de diferenças na estrutura entre as formas procarió2cas e eucarió2cas dessas enzimas. • Bacteriostá2cos e bactericidas 53
  • 27. 11/4/21 27 Mecanismos de resistência • Mutações cromossômicas nos genes que codificam as topoisomerases >po II • Alterações na expressão das purinas • Bombas de efluxo das membranas que determinam a concentração de fármaco no interior das bactérias. 54 55
  • 28. 11/4/21 28 Inibição da Síntese de Proteínas Aminoglicosídeos - Amicacina (®Amicacina) - Arbecacina (® Harbekacin) - Gentamicina (® Gentamicina) - Netilmicina (® Netrocina) Macrolídeos - Eritromicina (® Pantomicina; Ilosone) - Claritromicina (® Klaricid) - Azitromicina (® Zitromax) Lincosaminas - Lincomicina (® Frademicina) - Clindamicina (® Dalacin C) Tetraciclinas - Doxiciclina (® Vibramicina) - Minociclina (® Minomax) Cloranfenicol Oxazolidinonas - Linezolida (® Zivox) Estreptogramina - Quinupristina/dalfopristina (® Synercid) - Pristinamicina (® Piostacina) Glicilciclinas - Tigeciclina (® Tigacyl) 56 Inibidores da RNA polimerase • A rifampicina exerce sua a>vidade bactericida através da formação de um complexo estável com a RNA polimerase DNA-dependente bacteriana, inibindo, assim, a síntese de RNA. 57
  • 29. 11/4/21 29 Inibidores da RNA polimerase • O alvo da rifampicina é a subunidade da RNA polimerase bacteriana. • O fármaco permite o início da transcrição mas bloqueia, em seguida, o alongamento quando o RNA nascente a>nge um comprimento de 2 a 3 nucleoadios. 58 Inibidores da RNA polimerase Rifampicina Rifabu@na Rifamicina X 59
  • 30. 11/4/21 30 MECANISMOS BÁSICOS DE AÇÃO 60 Inibidores da Tradução • 1. O alvo dos inibidores da tradução é a subunidade 30S ou 50S do ribossomo bacteriano. • 2. Além de seus efeitos inibitórios sobre os ribossomos bacterianos, os inibidores da síntese protéica podem afetar os ribossomos mitocondriais ou os ribossomos citosólicos de mamíferos ou ambos. • 3. Inibição completa da síntese protéica não é suficiente para matar uma bactéria. 61
  • 31. 11/4/21 31 Considerações • Cloranfenicol: toxicidade • Tetraciclina • Destruição da flora intes<nal 62 63
  • 32. 11/4/21 32 Aminoglicosídeos • Os aminoglicosídios são u>lizados principalmente no tratamento de infecções causadas por bactérias Gram-nega>vas. • Esses agentes são moléculas de carga elétrica que não apresentam biodisponibilidade oral, de modo que devem ser administrados por via parenteral. 64 Aminoglicosídeos • Estreptomicina, neomicina, kanamicina, tobramicina, paromomicina, gentamicina, ne#lmicina e a amicacina. • Entre esses aminoglicosídios, a gentamicina, a tobramicina e a amicacina são os mais amplamente u>lizados, em virtude de sua menor toxicidade e cobertura mais ampla contra os microrganismos- alvo. 65
  • 33. 11/4/21 33 Aminoglicosídeos • Os aminoglicosídios ligam-se ao rRNA 16S da subunidade 30S e produzem efeitos sobre a síntese protéica que dependem da concentração do fármaco. 66 Toxicidade • Reações de hipersensibilidade e febre induzida por fármacos, os aminoglicosídios podem causar três efeitos adversos específicos: ototoxicidade, nefrotoxicidade e bloqueio neuromuscular. • Insuficiência renal aguda • Paralisia respiratória 67
  • 34. 11/4/21 34 Tetraciclinas • Clortetraciclina, • Oxitetraciclina, • Tetraciclina • Metaciclina, • Doxiciclina • Minociclina 68 Tetraciclinas • As diferenças na sua eficácia clínica são mínimas e relacionam-se, em grande parte, com a farmacocinéIca de absorção, distribuição e excreção de cada fármaco. • As tetraciclinas são anIbióIcos bacteriostáIcos de amplo espectro amplamente uIlizados. 69
  • 35. 11/4/21 35 Tetraciclinas • As tetraciclinas ligam-se de modo reversível ao rRNA 16S da subunidade 30S e inibem a síntese protéica através do bloqueio da ligação do aminoacil tRNA ao sí2o A sobre o complexo mRNA-ribossomo. • Essa ação impede a adição de outros aminoácidos ao pepbdio nascente. • Acumulam-se nas bactérias 70 71
  • 36. 11/4/21 36 Resistência bacteriana • Bombas de efluxo • Produção de proteínas que interferem na ligação das tetraciclinas ao ribossomo. • Ina<vação enzimá<ca das tetraciclinas. 72 Considerações sobre a Tetraciclina • Uma importante caracterís7ca farmacociné7ca das tetraciclinas consiste na interação desses fármacos com alimentos ricos em cálcio, como la7cínios, e com medicamentos que contêm cá7ons divalentes e trivalentes, como os an7ácidos. X 73
  • 37. 11/4/21 37 Considerações sobre a Tetraciclina • Entretanto, quando as tetraciclinas já se encontram na circulação, a mesma interação com cá@ons — em par@cular com o cálcio — pode causar seqüestro do fármaco no osso e nos dentes, levando potencialmente ao aparecimento de anormalidades de desenvolvimento em pacientes pediátricos. 74 Considerações sobre a Tetraciclina • Os dentes também podem ficar pigmentados, devido às propriedades de absorção da luz ultravioleta (UV) das tetraciclinas; além disso, esses fármacos podem causar fotossensibilidade cutânea significa>va. 75
  • 38. 11/4/21 38 Macrolídeos • A eritromicina é o membro mais bem conhecido desse grupo. • Dois derivados semi-sinté>cos da eritromicina, a azitromicina e a claritromicina, possuem espectro mais amplo do que a eritromicina, de modo que o seu uso está crescendo. 76 Azitromicina • Sua ação pode ser bactericida ou bacteriostá>ca, atuam inibindo a síntese de proteínas nas bactérias. – Bactérias aeróbias gram-posi@vas; Bactérias aeróbias gram-nega@vas; Bactérias anaeróbias; Bactérias aXpicas (Borrelia burgdorferi, Chlamydia pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealy@cum, Campylobacter sp, Listeria monocytogenes, etc). 77
  • 39. 11/4/21 39 Azitromicina • Principais usos: Infecções bacterianas de vias aéreas, tecidos moles, de pele e em casos de sinusite aguda. Tratamento e profilaxia de micobactérias aPpicas em pacientes com AIDS. Uretrites e cervicites, febre 7fóide, coqueluche, shigelose • Reações adversas: Náuseas, diarréia, dor abdominal, cefaléia e tonturas podem ocorrer. Perda audi7va pode ocorrer em doses elevadas. • Gravidez e lactação: Segura na gestação (Risco B). • Observações: Deve ser administrada em jejum de pelo menos 1h antes ou 2h após as refeições. A presença de alimento pode diminuir até 50% da sua biodisponibilidade. 78 Claritromicina • Infecções das vias aéreas, dos seios da face, da pele e das partes moles. Faringite, amigdalite, bronquite crônica com exacerbação bacteriana aguda, pneumonia. • Indicada, em associação com inibidores da secreção ácida, para a erradicação do Helicobacter pylori, resultando em diminuição da recidiva de úlceras duodenais. • Doses usuais: Crianças: 15 mg/kg/dia, VO ou IV, 12/12 h Adultos: 250-500 mg, VO ou IV, 12/12 h 79
  • 40. 11/4/21 40 Claritromicina • Efeitos adversos: – São pouco freqüentes, incluindo náuseas, vômitos, dor abdominal, cefaléia e tonturas. – Pode ocorrer perda audi>va relacionada a doses elevadas. – Infusão IV pode causar dor e flebite 80 Macrolídeos • Os macrolídeos são an2bió2cos bacteriostá+cos que bloqueiam a etapa de translocação da síntese protéica ao atuar sobre o alvo do rRNA 23S da subunidade 50S. • Os macrolídios ligam-se a um segmento específico rRNA 23S e bloqueiam o túnel de saída a par2r do qual emergem os pepbdios nascentes. 81
  • 41. 11/4/21 41 Resistência aos macrolídeos • 1. Produção de esterases que hidrolisam os macrolídios • 2. A modificação do sí>o de ligação ribossômico por mutação cromossômica representa um segundo mecanismo de resistência • 3. Algumas bactérias reduzem a permeabilidade de sua membrana aos macrolídios • 4. Aumentam o efluxo a>vo do fármaco 82 Cloranfenicol • O cloranfenicol é um an>bió>co de amplo espectro bacteriostá>co, a>vo contra microrganismos Gram- posi>vos e Gram-nega>vos tanto aeróbicos quanto anaeróbicos. • Os microrganismos mais altamente susceaveis incluem Haemophilus influenzae, Neis- seria meningiIdis e algumas cepas de Bacteroides. 83
  • 42. 11/4/21 42 Mecanismo de ação • O cloranfenicol liga-se ao rRNA 23S e inibe a formação das ligações pepbdicas, aparentemente ao ocupar um sí2o que interfere no posicionamento correto do aminoacil do tRNA no sí2o A. 84 Resistência ao cloranfenicol • 1. Permeabilidade diminuída ao fármaco. • 2. Disseminação de ace#ltransferases específicas codificadas por plasmídios, que ina>vam o fármaco. 85
  • 43. 11/4/21 43 Toxicidade do cloranfenicol • Vômitos, flacidez, hipotermia, pigmentação cinzenta, angús>a respiratória e acidose metabólica. • Com mais freqüência, o cloranfenicol provoca depressão reversível da eritropoiese relacionada com a dose e distúrbio gastrintes>nal (náusea, vômitos e diarréia). • Anemia aplásica, uma toxicidade rara, porém potencialmente fatal. 86 Lincosamidas • A principal de uso clínico é a clindamicina. • A clindamicina bloqueia a formação de ligações pepadicas, através de interações com o sí>o A e o sí>o P. • Indicações: infecções anaeróbicas graves causadas por Bacteroides e tratamento de infecções mistas envolvendo outros anaeróbios. 87
  • 44. 11/4/21 44 Lincosaminas • Posologia: • De 30 a 60 mg/kg/dia via oral de 6/6 h. • De 10 mg/kg/dia IM de 24/24 h. • Ex : Frademicina, Lincomicina 88 Toxicidade da clindamicina • A clindamicina foi implicada como causa potencial da colite pseudomembranosa causada pela superinfecção por Clostridium difficile. • O C. difficile, um membro incomum da flora fecal normal, é selecionado durante a administração de clindamicina ou de outros an>bió>cos orais de amplo espectro. 89
  • 45. 11/4/21 45 Toxicidade da clindamicina • O C. difficile elabora uma citotoxina capaz de provocar colite, caracterizada por ulcerações da mucosa, diarréia intensa e febre. • Esse efeito adverso grave representa uma das principais preocupações com o uso da clindamicina. 90 Fármacos que atuam na membrana e parede celular bacteriana 91
  • 46. 11/4/21 46 Inibidores da síntese de parede celular 92 Síntese da parede celular • A biossíntese da parede celular ocorre em três fases principais. • A primeira delas consiste na síntese de monômeros de mureína a par>r de aminoácidos e de unidades de açúcares; a segunda fase consiste na polimerização dos monômeros de mureína em polímeros de pep>doglicano lineares; e a terceira consiste na ligação cruzada dos polímeros em redes bidimensionais e redes tridimensionais 93
  • 47. 11/4/21 47 94 INIBIDORES DA SÍNTESE DE MONÔMEROS DE MUREÍNA • A fosfomicina é um análogo do fosfoenol piruvato (PEP), que inibe a enol piruvato transferase (também conhecida como MurA) bacteriana através de modificação covalente do sí>o a>vo da enzima. Não é possível exibir esta imagem. 95
  • 48. 11/4/21 48 INIBIDORES DA SÍNTESE DE MONÔMEROS DE MUREÍNA • A fosfomicina mostra-se especialmente efe>va contra bactérias Gram-nega>vas que infectam o trato urinário, incluindo E. coli e espécies de Klebsiella e SerraIa, visto que o fármaco é excretado de modo inalterado na urina. • Foi constatado ser uma dose oral única de 3 g tão efe>va quanto múl>plas doses de outros agentes no tratamento de infecções do trato urinário 96 Bacitracina • É um an>bió>co pepadico que interfere na desfosforilação do pirofosfato do bactoprenol, tornando esse carreador lipídico inú>l para ciclos adicionais de translocação de monômeros de mureína. 97
  • 49. 11/4/21 49 Bacitracina • Em virtude de sua toxicidade renal, neurológica e da medula óssea significa>va, a bacitracina não é u>lizada sistemicamente. • Como a bacitracina não é absorvida por via oral, permanece na luz intes>nal e, em certas ocasiões, é administrada por via oral no tratamento da colite por Clostridium difficile ou para erradicação de enterococos resistentes à vancomicina (ERV) no trato gastrintes>nal. 98 INIBIDORES DA SÍNTESE DE POLÍMEROS DE MUREÍNA Glicopepadeos • A vancomicina e a teicoplanina são glicopepadios com a>vidade bactericida contra bacilos e cocos Gram-posi>vos. • Os bacilos Gram-nega>vos mostram-se resistentes à ação desses fármacos. 99
  • 50. 11/4/21 50 • Esses agentes interrompem a síntese da parede celular através de sua ligação firme à extremidade terminal D-Ala-D- Ala da unidade de monômeros de mureína, inibindo a transglicosidase e bloqueando, portanto, a adição de unidades de mureína à cadeia de polímero em crescimento INIBIDORES DA SÍNTESE DE POLÍMEROS DE MUREÍNA Glicopepadeos 100 INIBIDORES DA LIGAÇÃO CRUZADA DE POLÍMEROS An>bió>cos Beta-Lactâmicos 101
  • 51. 11/4/21 51 102 Inibição da Síntese da Parede Celular b-lactâmicos Glicopeptídeos www.warwick.ac.uk/.../H_StoryB/peptidoglycan.jpg N-Acetil-murâmico N-Acetil-glicosamina Ligações peptídicas PENICILINAS CEFALOSPORINAS MONOBACTÂMICOS CARBAPENÊMICOS VANCOMICINA TEICOPLANINA 103
  • 52. 11/4/21 52 104 Os b-lactâmicos se ligam às PBPs (“Proteínas Ligadoras de Penicilina”) impedindo as ligações cruzadas da parede celular. Inibição da Síntese da Parede Celular 105
  • 53. 11/4/21 53 Ø Penicilinas naturais - Penicilina G - Penicilina V Ø Penicilinas semi-sintéticas 1. Resistentes à ação das b-lactamases - Oxacilina - Meticilina 2. De amplo espectro - Ampicilina - Amoxicilina Ø Associação de b-lactâmico + inibidor da b-lactamase - Amoxicilina/clavulanato (® Clavulin) - Amoxicilina/sulbactam (® Unasyn) - Piperacilina/tazobactam (® Tazocin) b-lactâmicos PENICILINAS 106 Penicilinas • O primeiro grupo de penicilinas inclui a penicilina G, que é administrada por via intravenosa, e a penicilina V, o seu correspondente oral. • A penicilina G é de uso mais disseminado do que a penicilina V; esta úl>ma é administrada principalmente no tratamento de infecções aeróbicas-anaeróbicas mistas da cabeça e pescoço, como abscessos dentários. 107
  • 54. 11/4/21 54 Penicilina V • A penicilina V é u>lizada na prevenção da febre reumá>ca recidivante em pacientes com episódio anterior e da celulite estreptocócica recorrente em pacientes com linfedema. 108 Penicilina G • A penicilina G é u@lizada no tratamento de infecções graves por bactérias Gram- posi@vas, como pneumococo e S. pyogenes, diplococos Gram-nega@vos, como espécies de Neisseria (exceto N. gonorrhoeae produtora de penicilinase), bacilos Gram-posi@vos do gênero Clostridium, a maioria dos anaeróbios (à exceção de Bacteroides) e espiroquetas, como sífilis e Leptospira. • Penicilina cristalina: EV • Penicilina benza@na: IM – 1.200.000UI • Penicilina procaína: IM 109
  • 55. 11/4/21 55 Penicilinas an)estafilocócicas • Oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina, nafcilina e me#cilina. – Esses fármacos são estruturalmente resistentes à beta- lactamase estafilocócica, que é codificada por genes de plasmídios na maioria dos microrganismos isolados na clínica. 110 Aminopenicilinas • A ampicilina e a amoxicilina são membros do terceiro grupo de penicilinas, as aminopenicilinas, que possuem um grupo amino de carga posi>va na cadeia lateral. • Essa carga posi>va aumenta a difusão através dos canais de porina mas não confere resistência às lactamases. 111
  • 56. 11/4/21 56 Ampicilina • Bactericida. Atua na parede celular. • Espectro de ação: – Gram-posi7vos: estreptococos alfa e beta-hemolí7cos; Streptococcus pneumoniae (chamado Diplococcus pneumoniae); estafilococos não produtores de penicilinase; Bacillus anthracis, Clostridia spp.; e outros. – Gram-nega7vos: Haemophylus influenzae; Neisseria gonorrhoeae; Neisseria meningi7dis; Proteus mirabilis e muitas cepas de Salmonella (incluindo Salmonella typhosa); Shigellae, Escherichia coli 112 Ampicilina • Os alimentos retardam ou reduz a absorção oral. • Doses usuais: Crianças: 50-400 mg/kg/dia, 6/6 h ou 8/8 h. Adultos: infecções leves a moderadas – 500 mg, VO, 6/6 h; infecções graves, 1-2 g, 4/4 h. • Diminui eficácia dos contracep2vos orais. • Tem (ampicilina) os níveis séricos aumentado pelo dissulfiram e pela probenecida. 113
  • 57. 11/4/21 57 Aminopenicilinas • Esses agentes mostram-se efeBvos contra uma variedade de cocos Gram- posiBvos; cocos Gram- negaBvos, como Neisseria gonorrhoeae e N. meningi.dis, e bacilos Gram- negaBvos, como E. coli e H. influenzae, porém o seu espectro é limitado pela sua sensibilidade à maioria das beta-lactamases. 114 Amoxicilina e Ampicilina • Infecções de: – Garganta – Ouvido – Dente – Infecções invasivas (ampicilina IV) – H. pylori 115
  • 58. 11/4/21 58 Associações • Amoxicilina + ácido clavulânico • Ampicilina + sulbactam 116 ü São an>bió>cos betalactâmicos, cujo mecanismo de ação é a lise da parede bacteriana. ü Existem 4 gerações de cefalosporinas no mercado. ü De Primeira Geração : atua mais em gram posi>vos. Ex : Cefalexina (Keflex) 6/6h Cefadroxila (Cefamox) 12/12h Dose : 50 mg/kg/dia CEFALOSPORINAS 117
  • 59. 11/4/21 59 1a Geração: - Cefalotina (® Keflin) - Cefalexina (® Keflex) 2a Geração: - Cefoxitina (® Mefoxin) - Cefuroxima (® Zinacef) CEFALOSPORINAS 3a Geração: - Cefotaxima (® Claforan) - Ceftriaxona (® Rocefin) - Ceftazidima (® Fortaz) 4a Geração: - Cefpirona (® Cefron) - Cefepima (® Maxcef) b-lactâmicos 118 119
  • 60. 11/4/21 60 Cefalosporinas de 2ª geração • As cefalosporinas de primeira geração (cefazolina e cefalexina) mostram-se a>vas contra espécies Gram- posi>vas bem como contra os bacilos Gram- nega>vos Proteus mirabilis e E. coli, que causam infecções do trato urinário, e Klebsiella pneumoniae, que provoca pneumonia além de infecções do trato urinário. • Esses agentes mostram-se sensíveis a muitas lactamases. 120 Cefalosporinas de 2ª geração • Divididas em dois grupos: – A cefuroxima, que representa o primeiro grupo, possui a7vidade aumentada contra H. influenzae em comparação com as cefalosporinas de primeira geração; – O cefotetan e a cefoxi0na, que representam o segundo grupo, exibem a7vidade aumentada contra Bacteroides. • Mais resistentes às beta-lactamases 121
  • 61. 11/4/21 61 Cefalosporinas de 3ª geração • As cefalosporinas de terceira geração (ceKriaxona e cefotaxima) são resistentes a muitas lactamases e, por conseguinte, mostram-se altamente a>vas contra Enterobacteriaceae (E. coli, Proteus indol-posi>vo, Klebsiella, Enterobacter, SerraIa e Citrobacter) e contra Neisseria e H. influenzae. • Menos ação em gram-posi>vas • Usadas em pneumonias 122 Cefalosporinas de 4ª geração • Cefepima • A exemplo da cewriaxona, mostra-se altamente a>va contra Enterobacteriaceae, Neisseria, H. influenzae e contra microrganismos Gram-posi>vos; além disso, é tão a>va quanto a cewazidima contra P. aeruginosa. • A cefepima também é mais resistente às lactamases de Enterobacter 123
  • 62. 11/4/21 62 MONOBACTÂMICOS - Aztreonam (® Azactam) CARBAPENÊMICOS - Imipenem (® Tienam) - Meropenem (® Meronem) - Ertapenem (® Invanz) b-lactâmicos 124 Monobactâmicos • O único monobactâmico disponível, o aztreonam, mostra-se a>vo contra a maioria das bactérias Gram- nega>vas, incluindo P. aeruginosa, porém carece de a>vidade contra os microrganismos Gram-posi>vos. • Entretanto, as bactérias Gram-nega>vas com lactamases de espectro ampliado são resistentes. 125
  • 63. 11/4/21 63 Monobactâmicos • O aztreonam mostra-se par2cularmente ú2l para pacientes com grave alergia à penicilina que apresentam afecções causadas por microrganismos Gram-nega2vos resistentes; seu uso é limitado devido à ocorrência de flebite no local de administração IV, e a sua meia-vida curta exige doses a intervalos freqüentes. 126 Carbapenêmicos • Existem três carbapenemos u>lizados na prá>ca clínica: o imipenem, o meropenem e o ertapenem. • Todos os três possuem amplo espectro e proporcionam uma cobertura contra a maioria dos microrganismos Gram-posi>vos, Gram-nega>vos e anaeróbicos. 127
  • 64. 11/4/21 64 PolipepYdeos Mecanismo de ação: • Afetam a permeabilidade da membrana celular, procedendo filtração de compostos intracelulares. ! Bactericida – Polimixina B – Colis>na – Bacitracina – Tirotricina 128