O documento descreve a evolução dos Códigos de Ética do Serviço Social no Brasil desde 1947 até 1993, abordando:
1) Os primeiros códigos de 1947, 1965 e 1975 refletiam valores conservadores e religiosos, enquanto os códigos posteriores incorporaram valores democráticos e de justiça social.
2) O código de 1986 surgiu no contexto da redemocratização do Brasil e passou a defender valores como democracia e pluralismo.
3) O código de 1993 refletiu o projeto ético-político do
As respostas teórico-medológicas e práticas do Serviço Social em suas vertentes tradicionais e suas interconexões com as matrizes teóricas: Serviço Social de Caso; Serviço Social de Grupo; Serviço Social de Comunidade e Desenvolvimento de Comunidade.
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Esta aula destina-se aos alunos e alunas do Terceiro Ano do Colégio Militar de Brasília, mas qualquer pessoa pode utilizar o material, basta entrar em contato e citar a fonte.
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Demonstrar que a educação pode ser um fator de coesão, se procurar ter em conta a diversidade dos indivíduos e dos grupos humanos, evitando torna-se um fator de exclusão social.
A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado.
Trajetória da Assistência Social sistematizadaAnna Trina
Texto elaborado em agosto/2006, por Maria de Fátima Matos Cardoso e Cristhiene Montone Nunes Ramires, com a finalidade de resgatar momentos da trajetória do Serviço Social, visando destacar a Metodologia utilizada e possíveis estratégias de Intervenção Social.
Trajetória da Assistencia Social SistematizadaAnna Trina
Texto elaborado em agosto/2006, por Maria de Fátima Matos Cardoso e Cristhiene Montone Nunes Ramires, com a finalidade de resgatar momentos da trajetória do Serviço Social, visando destacar a Metodologia utilizada e possíveis estratégias de Intervenção Social.
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
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Livro de conscientização acerca do autismo, através de uma experiência pessoal.
O autismo não limita as pessoas. Mas o preconceito sim, ele limita a forma com que as vemos e o que achamos que elas são capazes. - Letícia Butterfield.
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
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1. A evolução dos Códigos de Ética
do Serviço Social
Andréia A.R.C.Liporoni
2. Organização da aula
• As particularidades históricas que perpassam os
Códigos de Ética profissional de 1947, 1965, 1975,
1986 e 1993.
• Reflexão sobre os Códigos de Éticas:
▫ Código de Ética profissional (1947)
▫ Os Códigos de Ética de 1965 e 1975 – período ditatorial
e o ethos profissional.
▫ O Código de 1986 – as mudanças no Brasil com o
processo de redemocratização e os movimentos sociais
e operários.
▫ O projeto ético-politico do Serviço Social e a elaboração
Código de 1993
3. Barroco (2010, p.121) coloca que:
• O ser social age eticamente porque só ele é capaz de agir
com consciência e liberdade que são atributos
específicos do ser social.
• O conjunto de atributos/capacidades que fazem do
HOMEM um ser específico são criados pelos próprios
homens no seu processo de desenvolvimento.
• Dado pela sua ação transformadora TRABALHO
4. Ética profissional
• Orientações filosóficas e teórico-metodológicas (valores,
princípios, visão de homem e de sociedade)
Esfera
teórica
• Comportamento profissional nas escolhas e situações de conflito.
• Ações profissionais ligadas a sua organização coletiva direcionada
a projetos com valores e princípios éticos.
Esfera moral
prática
• Expresso no Código de Ética profissional
• Norma, direitos, deveres e sanções determinadas pela profissão
orientando o comportamento profissional consolidando o projeto
profissional. (BARROCO, 2010, p.129)
Esfera
normativa
6. • Brasil - país de natureza capitalista
• Fim década 1920 - decadência econômica cafeeira.
• Crise de 1929 e a política econômica orientada para
favorecer o sistema produtivo voltado para o
mercado interno e para diversificar as exportações.
• Avanço da consciência sociopolítica trabalhadores
(imigrantes).
•Condições de vida:
–insalubridade nas casas e nas fábricas,
–baixos salários, famílias miseráveis,
–mão-de-obra excedente, ausência de direitos
trabalhistas.
–ingresso de mulheres e crianças no mercado de
trabalho - sem garantias mínimas trabalhistas
7. Movimentos proletários – desordem a ser
combatida.
Estado – posiciona-se como defensor da sociedade
e com o objetivo de manter a ordem assume as
demandas e reivindicações
Políticas sociais assistencialistas/benefícios
Fragmentação e enfraquecendo as lutas operárias.
subordina os indivíduos a varias formas de discriminação , responsabilizando-os pela
sua condição social, despolitizando suas lutas, restringe suas escolhas, contribuindo
para a reprodução de uma moralidade subalternizada e alienada. (BARROCO, 2010,
p.86)
8. Serviço Social – profissão historicamente
determinada
Referências teóricas, filosóficas e técnico-
operativa, as demandas sociais são definidas a
partir do desenvolvimento histórico.
9. Origem do Serviço Social no Brasil
• 1936 – 1ª escola de Serviço Social.
▫ Núcleo feminino, católico, vinculado a classes
dominantes e fortemente influenciado pelo
conservadorismo moral.
▫ Formação profissional voltada para atividades
educativas de cunho moralizador
• Profissão vinculada às demandas sócio
históricas de enfrentamento das sequelas da
questão social.
“desajustamentos”
10. Barroco (2010, p. 74) coloca que
• A presença do conservadorismo moral, na
origem do SS é evidenciada pela: formação
profissional, no projeto social da Igreja Católica
e na cultura brasileira, através das ideias
positivistas – que tende a reproduzir a alienação
moral – a repetição acrítica dos valores, a
assimilação rígida dos preceitos e modos de
comportamentos, o pensamento ultra
generalizador, o preconceito, o conformismo, a
discriminação, a não aceitação do que não se
adequa aos padrões de comportamento.
11. • Os problemas sociais advindos do capitalismo
são transformados em problemas morais,
individualizados
• Atuação dos assistentes sociais: moralizadora,
culpabilizando o indivíduo pelo seu “desajuste”
social”.
“deslocamento da base material de constituição das desigualdades sociais para a
esfera moral” (BARROCO, 2010, p.95)
12. O Serviço Social
• Doutrina social da Igreja católica
• Não tinha uma visão crítica acerca da questão social e
explicavam a realidade social a partir da tríade:
▫ Neotomismo (fundamentos filosóficos da Igreja a partir
de fins do século XIX - São Tomás de Aquino (século XIII).
▫ Pensamento conservador (sistema de ideias do século
XIX com valorização do status, hierarquia, tradição,
autoridade, corporativismo, religiosidade e família).
▫ Positivismo (Perspectiva analítica hegemônica nas
Ciências Sociais e que oferece resposta conservadora à
problemática moderna da liberdade e dos interesses
privados) - A liberdade só pode existir onde houver ordem,
hierarquia e autoridade para preservar a propriedade
privada.
13. • Sociedade é vista como um todo harmônico e integrado.
• Esta integração corresponde à funcionalidade das Instituições sociais e aos
papéis ou funções que cada indivíduo deve desempenhar para que a
sociedade seja equilibrada.
• Quando as funções ou papéis não são corretamente executados, a ordem
social harmônica coloca-se em risco (em desequilíbrio)
• O equilíbrio social visa ao bem comum, felicidade de todos
• O Estado, que representa uma autoridade e naturalmente assegura aos
indivíduos o bem comum, deve ser respeitado.
• Respeitar a autoridade do Estado é respeitar a Deus, pois toda autoridade
deriva de Deus.
Visão tradicional do Serviço Social
14. • A ética é a ciência que explica o bem moral: como os homens devem se
comportar para alcançar o bem, fim último da pessoa humana.
• O Assistente Social deve basear sua ação nos princípios universais que levarão
a sociedade de livrar-se dos males sociais e atingir o bem comum
• O Assistente Social deve respeitar e conscientizar os indivíduos, seus clientes,
em relação aos valores universais: dignidade, liberdade, perfectibilidade,
autodeterminação. Sua visão vai humanizar os homens, harmonizar a
sociedade, corrigir as disfunções, adaptar o homem ao meio social.
• A ação do Assistente Social deve ser a mais neutra possível no que se refere à
relação entre o cliente e a Instituição, pois deve colaborar para que haja
desequilíbrio na ordem social (Barroco, 2010)
Visão tradicional do Serviço Social
15. Códigos de Ética de
1947, 1965 e 1975
• 1947 – estreita ligação com a Igreja –
extremamente doutrinário e subordinado aos
dogmas religiosos.
• 1965 – revela traços da renovação profissional
no contexto da modernização conservadora e
introduziu valores liberais.
• 1975 – configura nas expressões da reatualização
do conservadorismo profissional e suprimiu
algumas referências democrático-liberais do
Código de 1975
16. 1947 – 1ª formulação ética (Aprovado
assembleia da ABAS).
Na introdução no item III
• O Serviço Social “trata com pessoas humanas desajustadas”.
Na Seção I - É dever do Assistente Social:
• 1. Cumprir os compromissos assumidos, respeitando a lei de Deus,
os direitos naturais do homem, inspirando‐se, sempre em todos seus
atos profissionais, no bem comum e nos dispositivos da lei, tendo
em mente o juramento prestado diante do testemunho de Deus.
• 5. Manter uma atitude honesta, correta, procurando aperfeiçoar sua
personalidade e dignificar a profissão.
Na Seção II – É dever do Assistente Social:
• 1. Respeitar no beneficiário do Serviço Social a dignidade da pessoa
humana, inspirando-se na caridade cristã.
Atuação profissional voltada a adequação do individuo a sociedade, aos valores cristãos
de honestidade e conduta correta com os valores morais da época.
17. A década de 1960
Os contextos políticos e
os Códigos de Ética de
1965 e 1975
18. • Época revolucionária questionando valores e
costumes relacionados ao papel da mulher, a
família.
• Movimentos reivindicatórios de defesa da igualdade
de direitos sociais e políticos.
• Juventude e movimentos femininos e estudantis em
vários países – recusa aos valores e normas
referentes ao conservadorismo moral
• Atitude crítica e ao mesmo tempo, contestadora.
• Remetem à práxis cívica e politica, ao engajamento
em projetos coletivos voltados à conquista da
liberdade
19. No contexto político brasileiro
• Controle ideológico e cultural dos EUA pós guerra –
estratégias de intervenção América Latina – contra
revolução preventiva (Netto, 2004)
• Ditadura militar a partir de 1964 (repressivo, controle
social rígido).
• Destaque: Movimento católico a favor das lutas
populares – conexão entre o pensamento católico e a
Teologia da Libertação – (marxismo passa a ser
utilizado à luz da ética cristã, em vista dos problemas
sociais - superação da pobreza e das desigualdades
sociais).
20. No contexto político – a ditadura
• Contribui com o conservadorismo – reprime
partidos políticos, movimentos sociais,
entidades de classe
• Cria nas entranhas da sociedade o anseio pela
LIBERDADE.
21. Na década de 1960
• Começa a mudança dos extratos sociais que procuram ser
profissionais - assalariamento da profissão e intensificação na
década de 1970 – classe trabalhadora.
• Crítica ao ethos profissional tradicional
desencadeou em toda América Latina
Movimento de Reconceituação.
(Matriz conservadora, modernizadora e critico-dialética)
22. O Código de Ética de 1965
• A consideração do Assistente Social como
profissional liberal.
• Os princípios do pluralismo
• Os princípios da democracia e da justiça
• A moral apresenta-se como alicerce da ação
profissional que deve ser mantida em todas as
dimensões
▫ moral acrítica e pretensamente neutra
reproduzindo costumes tradicionais e a
manutenção da ordem dominante
23. • Art. 1° ‐ O Serviço Social constitui o objeto da profissão liberal de assistente social,
• Art. 5. No exercício de sua profissão, o Assistente Social tem o dever de respeitar as
posições filosóficas, políticas e religiosas daqueles que se destinam a sua atividade,
prestando-lhes os serviços que lhe são devidos, tendo-se em vista o principio da
autodeterminação.
• Art 6. O Assistente Social deve zelar pela família, grupo natural para o desenvolvimento
da pessoa humana e base essencial da sociedade, defendendo a prioridade dos seus
direitos e encorajando as medidas que favoreçam a sua estabilidade e integridade.
• Art 8. O Assistente Social deve colaborar com os poderes públicos na preservação do bem
comum e dos direitos individuais , dentro dos princípios democráticos, lutando inclusive
para o estabelecimento de uma ordem social justa.
• Art. 9. O Assistente Social estimulará a participação individual, grupal e comunitária no
processo de desenvolvimento, propugnado pela correção dos desníveis sociais.
• Art. 22. O Assistente Social deve interessar-se por todos os grandes problemas sociais da
comunidade, dentro de uma perspectiva da realidade brasileira, colaborando com seus
recursos pessoais e técnicos para o desenvolvimento solidário e harmônico do país.
Código de Ética Profissional de 1965.
(valores tradicionais sobre o fazer profissional)
24. Código de Ética de 1975
• Na introdução traz os pressupostos da profissão:
organização, defesa da sociedade, exigência de
um Código de Ética.
• “Exigências do bem comum legitimam, com
efeito, a ação disciplinadora do Estado,
conferindo‐lhe o direito de dispor sobre as
atividades profissionais – formas de vinculação
do homem à ordem social, expressões concretas
de participação efetiva na vida da sociedade”.
A organização profissional é um instrumentos valioso sob o
poder do Estado com objetivo de manter a ordem.
25. Código de Ética de 1975
• Mantém os pressupostos filosóficos neotomistas
• Discurso cristão – defesa da vida e da pessoa
humana – o bem comum, a autodeterminação, a
justiça social.
• Exclui a democracia e o pluralismo
▫ Excluiu do código a “luta pelo estabelecimento de uma
ordem social justa” que estava em 1965
▫ Excluiu “respeitar as posições filosóficas, politicas e
religiosas daqueles a quem se destina sua atividade” –
negando o pluralismo.
26. Código de 1975
• Aponta para a tendência tratada por Netto (2004) –
reatualização do conservadorismo: a vertente
fenomenológica inaugurada por Ana Augusta
Almeida em 1977.
• Faz menção a cientificidade da profissão –
normatização em publicação de trabalhos
científicos.
• Não demostra questionamento político contrário à
ditadura e a problematização das diferenças sociais
no contexto capitalista. (BARROCO, 2010)
28. Contexto político
• Não existe mais dois blocos antagônicos
(capitalistas x socialistas) – o capitalismo se
fortalece
• As ditaduras na América Latina perdem poder
político e as lutas pela democracia ganha corpo.
• No Brasil
▫ Movimento e lutas sociais pela redemocratização
▫ Constituição Federal de 1988 garantindo regime
democrático, direitos sociais, civis e políticos
29. No Serviço Social
• Acúmulo teórico a partir de debates, eventos,
produções acadêmicas despertando anseio por
novos rumos.
• Não se nota uma discussão sobre ética
profissional – o que pode ter comprometido o
Código de Ética (Netto, 1999)
• Há no meio profissional uma vertente crítica e
politizada questionando o posicionamento
profissional ante a sociedade de classes e o
conservadorismo moral.
30. Código de Ética de 1986
• Documento construído coletivamente, politizando sua
natureza.
▫ O presente Código de Ética Profissional do Serviço Social é
resultado de um amplo processo de trabalho conjunto,
desencadeado a partir de 1983. Em diferentes momentos
deste processo, os Assistentes Sociais foram solicitados
através do CFAS/CRAS e demais entidades de organização
da categoria a dar contribuições e a participar de comissões,
debates, assembleias, seminários e encontros regionais e
nacionais.
(BRITES;SALES, 2007)
31. Código de Ética de 1986
• Coloca-se como um projeto profissional articulado a
um projeto de sociedade.
▫ A sociedade brasileira no atual momento histórico
impõe modificações profundas em todos os
processos da vida material e espiritual. Nas lutas
encaminhadas por diversas organizações nesse
processo de transformação, um novo projeto de
sociedade se esboça, se constrói e se difunde uma
nova ideologia.
(BRITES;SALES, 2007)
32. Código de Ética de 1986
• Busca na tradição marxista a nova ética apoiando-
se numa visão histórica - homem portador de
projetos , dotado de autonomia e sujeito de práxis-
não é determinado pela vontade e autoridade divina.
▫ Inserido neste movimento, a categoria de Assistentes
Sociais passa a exigir também uma nova ética que reflita
uma vontade coletiva, superando a perspectiva a‐histórica e
acrítica, onde os valores são tidos como universais e acima
dos interesses de classe. A nova ética é resultado da
inserção da categoria nas lutas da classe trabalhadora e,
consequentemente, de uma nova visão da sociedade
brasileira. (BRITES;SALES, 2007)
33. Código de Ética de 1986
• É um marco no processo de ruptura com o ethos
tradicional
• Recusa da ética da neutralidade (compromisso e dever
de democratizar informações, criar espaços
participativos, fortalecer novas demandas de interesses
dos usuários)
• Reconhecimento da dimensão política da prática
profissional (capacidade de elaborar, gerir e decidir –
políticas sociais e programas institucionais)
• Há um nítido deslocamento da categoria em favor dos
interesses dos trabalhadores mas ainda não contempla
um ethos emancipatório e transformador (não aborda a
alienação e a exploração no contexto capitalista)
• Barroco; Terra (2012, p.51)
35. O Brasil
• Tem sua nova Constituição Federal 1988 e a criação
de leis que dão suporte a vários segmentos sociais
▫ Lei Orgânica da Saúde
▫ Lei Orgânica da Assistência Social
▫ Estatuto da Criança e do Adolescente
▫ Estatuto do Idoso
• Crise ética na política (impeachment Collor – 1992)
• Próximos governos trabalham no sentido de
estabilização econômica – (valorização do capital em
detrimento do social)
36. • Reflexos da crise instalada a partir da crise do petróleo final
década de 1970 e a reorganização do sistema de capital.
• A globalização
• A revolução técnico científica
• Os novos padrões de produção
• A desregulamentação das relações de trabalho e o desmonte
da proteção social aos trabalhadores.
• As propostas neoliberais com os cortes nos gastos sociais e um
amplo programa de privatização.
• Terceiro setor como estratégia de envolver e responsabilizar a
sociedade civil no enfrentamento das sequelas da questão
social.
As consequências: as novas expressões da questão social (a desigualdade
social, aumento da pobreza, desemprego, flexibilização das relações de trabalho,
políticas públicas focalistas).
37. E o Projeto ético-político do Serviço Social?
• Está vinculado a um projeto de transformação da
sociedade.
• A prática profissional imprimi uma determinada direção
social por meio das diversas ações profissionais,
balizadas pelo projeto profissional que a norteia. Este
projeto profissional norteia-se por um projeto societário.
(TEIXEIRA; BRAZ, 2009, p. 189).
38. Neste período
• Aconteceu a Revisão do código de ética profissional
(1993).
• Lei de regulamentação da profissão de 1993
• Revisão do currículo acadêmico em 1996.
• Estas questões revelam amadurecimento teórico e
filosófico da categoria bem como as implicações ético
políticas da sua intervenção e a ultrapassagem do caráter
meramente executivo para o trabalho também voltado a
elaboração, implementação, monitoramento e avaliação
das políticas, programas e projetos sociais.
39. Conforme Netto (1999, p.104-105)
• Tem em seu núcleo o reconhecimento da
liberdade como valor ético central – a liberdade
concebida historicamente como possibilidade de
escolher entre alternativas concretas, daí um
compromisso com a autonomia, a emancipação
e a plena expansão dos indivíduos sociais.
Consequentemente, o projeto profissional
vincula-se a um projeto de sociedade que propõe
a construção de uma nova ordem social, sem
dominação ou exploração de classe, etnia e
gênero.
40. O projeto profissional
• A imagem ideal da profissão com os princípios e
valores que a legitimam,
• A matriz teórico metodológica que se encora
• A crítica à ordem social vigente – a da sociedade
do capital- que produz e reproduz a miséria.
• As instancias politico organizativas da profissão:
o conjunto CFESSS/CRESS, as associações
profissionais, a ENESSo, a ABEPSSS - direção
profissional coletiva pautada nos compromissos
e princípios da nossa profissão.
41. O Código de Ética de 1993
• A elaboração do CE 1993 – bases ontológicas da teoria social
de Marx.
▫ O homem se desenvolve como um ser consciente, universal e
livre.
▫ Através da práxis desenvolve as capacidade humano-genéricas:
sociabilidade, consciência, liberdade e a universalidade.
▫ Através da liberdade o ser social realiza a práxis numa ação
consciente, ultrapassando do singular ao genérico – pressupondo
responsabilidade.
• Nega a base filosófica tradicional
• Evidencia o compromisso com valores ético-políticos
emancipadores – redemocratização e CF 1988 através dos 11
princípios fundamentais.
• Determina a competência teórica, técnica e política dos
profissionais prezando pela qualidade dos serviços prestados.
42. Eixos básicos são os princípios fundamentais.
•Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas
políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos
indivíduos sociais;
•Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do
autoritarismo;
•Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial
de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e
políticos das classes trabalhadoras;
•Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da
participação política e da riqueza socialmente produzida;
•Posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, que assegure
universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e
políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
•Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito,
incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos
socialmente discriminados e à discussão das diferenças;
43. Eixos básicos são os princípios fundamentais.
•Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais
democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com
o constante aprimoramento intelectual;
•Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de
construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração
de classe, etnia e gênero;
•Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que
partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos
trabalhadores;
•Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e
com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência
profissional;
•Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar,
por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião,
nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e
condição física.
44. Referências
• BARROCO, M.L.. Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. 8 ed. São Paulo: Cortez, 2010.
• _______. Ética: Fundamentos sócio-históricos. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2010.
• BARROCO, M.L.; TERRA, S.H. Código de Ética do Assistente Social comentado. São Paulo: Cortez,
2012.
• BONETTI, D.A. et al. Serviço Social e ética: convite a uma nova praxis. São Paulo: Cortez, 2012
• BRASIL.
• BRITES, C.M; SALES, M.A. Ética e Práxis Profissional. (Curso de Capacitação Ética para agentes
multiplicadores). 2 ed. Brasilia: Conselho Federal de Serviço Social, 2007.
• CFESS. Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais. Brasília: CFESS, 1993.
• NETTO, J.P. A construção do projeto ético – político do Serviço Social frente à crise
contemporânea in Módulo I. Crise Contemporânea, Questão social e Serviço Social, CEAD, 1999.
• ____. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 8ª ed. São Paulo:
Cortez, 2005.
• SALES, M.A. Questão social e defesa de direitos no horizonte da ética profissional in Módulo
II. Reprodução social, trabalho e Serviço Social, CEAD, 1999.
• SILVEIRA, U. A Ética profissional na virada do século. Revista Serviço Social & Realidade, Franca.
V.8. n.2, p.89-101, 1999.
• TEIXEIRA, J. B.; BRAZ, M.. O projeto ético político do Serviço Social. In.: Serviço Social: direitos
sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.