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ÉTICA
Sistemas De Informação
      Prof. Dr. Marcos Leite




                               1
ÉTICA
A Escolha de Sofia (O lado difícil da Ética)

História da polonesa Sofia Zawistowska.
Presa com os filhos Jan e Eva em Auschvitz. Para salvar a sua vida e
de Jan, entregou Eva, de 8 anos, para morte na câmara de gás. Viveu
angustiada pelo resto da vida e matou-se com cianureto de potássio.

• Exemplos: Situações críticas na medicina X Ética Profissional;
Contador X pressões do Administrador (Sócio), Auditoria X Conflito
de Interesses, etc.




                                                                     2
ÉTICA

• Problemas contábeis: Wordcom, Enron,Tyco, outros.
• Necessidade de urgentes mudanças nas regras contábeis e de
auditoria.
• Discussão sobre o comportamento ético dos administradores,
contadores e auditores no exercício de suas respectivas profissões.
• A Lei Sarbanes-Oxley: maiores exigências e criou Conselhos de
Auditoria nas empresas.




                                                                      3
ÉTICA NO ESPAÇO E NO TEMPO


• Etimologia : (do grego ethikós) estudo dos juízos de apreciação que se
referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do
bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo
absoluto.
•A ética: estudo, ou reflexão científica ou filosófica, até teológica, sobre os
costumes e as ações humanas.
• Também é considerada como o estudo das ações ou dos costumes e da
própria realização de determinado tipo de comportamento.




                                                                            4
ÉTICA NO ESPAÇO E NO TEMPO

• Questões Éticas: dividas em dois campos:
a) o dos problemas gerais e fundamentais, como liberdade,
consciência, valores, leis, etc.;
b) o dos problemas específicos, referentes à ética profissional,
política, social, etc.
A evolução dos costumes: os padrões de compor-tamento adeqüam-
se à época.(caráter provisório)
• A ética defende princípios universais e atemporais, baseada em
costumes tradicionais e de países diferentes.




                                                                   5
ÉTICA NO ESPAÇO E NO TEMPO


• Sócrates: convicção pessoal, tentativa de compreender a justiça das
leis.
•Max Weber: critério da não universalidade, aponta à natureza dos
valores: um povo valorizaria o trabalho, outro valorizaria mais a
abnegação.
•Kant: validade universal :dever obriga moralmente a consciência e
compromete a vontade = dever.




                                                                     6
ÉTICA NO ESPAÇO E NO TEMPO

Conceitos :a) do utilitarismo - o bem é aquilo que traz vantagens para
muitos;
b) pragmatismo - que deixa de lado as questões teóricas, para apoiar-se
nos resultados práticos.
- vantagem particular - bom é o que ajuda o meu progresso;
- positivismo lógico - que pesquisa, apenas, a linguagem da ética moral.
• Distinção do bem e do mal: agir eticamente é agir de acordo com o
bem.




                                                                         7
ÉTICA NO ESPAÇO E NO TEMPO


 Weber: racionalidade - formas comportamento humano: a ética da
responsabilidade (racionalidade funcional), o comportamento humano é
submetido às regras da organização à qual presta serviço;
• a ética do valor absoluto(ou racionalidade substancial) tem por base a
liberdade de pensamento e a inteligência do indivíduo como critérios para
seu comportamento.
•massificação; processo que não favorece a formação de uma consciência
crítica, reforçando, ao contrário, a indiferença e o sentimento de
impotência diante dos acontecimentos.




                                                                       8
Ética X Moral


• Etimologia:(do latim morale): conjunto de regras de
costumes consideradas como válidas, quer de modo
absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo
ou pessoa determinada.
• A moral representa a ação; a ética a norma.
• Como moral é a experiência vivida na prática, a ética é
o que deveria ser em teoria.




                                                      9
Ética X Moral

• “moral o conjunto de costumes, normas e regras de conduta
estabelecidas em uma sociedade e cuja obediência é imposta a seus
membros, variando de cultura para cultura e se modifica com o tempo, no
âmbito de uma mesma sociedade.”
• Desrespeito as regras morais = desaprovação.
• Nenhum grupo ou comunidade pôde existir sem normas
constrangedoras da moral.
• Seguir regras molestam o indivíduo, porém preservam a sociedade em
que ele vive; agem como um mecanismo de autodefesa e preservação do
grupo.




                                                                    10
Ética X Moral



• MarilenaChauí (1995): ” a existência de um agente
consciente, reconhecendo a diferença entre os pares
de opostos, é condição sine qua non da conduta ética.
E a consciência moral      não só reconhece essas
diferenças, como julga o valor dos atos e das
condutas      à      luz     de     seus    valores,
assumindo as responsabilidades deles. Assim, se
naquela sobressai-se a consciência, nesta, a
responsabilidade”.

                                                  11
Ética X Moral

A manifestação da consciência moral = capacidade de resolução
julgamento. o sujeito moral deve:
• reflexão e o reconhecimento, em igualdade de condições, da existência
de si e dos outros;
• o controle das tendências e impulsos permitindo a capacidade para
deliberar e decidir;
• a responsabilidade pela autoria da ação, seus efeitos e conseqüências.
“A vida ética é o acordo e a harmonia entre a vontade subjetiva individual
e a vontade objetiva cultural.”




                                                                       12
ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES
Qual é a ideologia política e econômica da organização?
 Ideologia política = maneira de agir com o fim de obter
  o que se deseja;
 Ideologia econômica = conjunto de normas que
  regulam sua produção e distribuição das riquezas
  obtidas;
 Toda ideologia comporta uma moral particular;
• A moral têm caráter exclusivamente social;
• A moral expressa relações de força entre indivíduos;
• A moral forma o núcleo da ideologia.



                                                        13
ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES
O que é Natural e justo para uma coletividade ?
Moral do oportunismo = Normas morais oficiosas:
  - Celebrada pela “esperteza” de seus procedimentos
    como o jeitinho, o calote, a trapaça, a bajulice, etc.;
  - Valoriza o enriquecimento rápido e o egotismo e
    acredita que o proveito pessoal move o mundo;
  - As ações justificam os fins, não importando os meios
  Moral da Integridade = Normas morais oficiais:
  - Edificante e convencional, com retórica pública;
  - Difundida nas Escolas, Igrejas, Tribunais, Mídia...
  - Princípios que, por definição, valem para todos.


                                                          14
ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES
• Como disciplina teórica, a ética sempre fez parte da
  filosofia e sempre definiu seu objeto de estudo como
  sendo a moral, o dever fazer, a qualificação do bem e
  do mal, a melhor forma de agir coletivamente.
• O importante não é saber se a empresa dispõe de
  uma “essência moral” mas se as conseqüências de
  suas decisões são ou não benéficas para a maioria de
  suas contrapartes.
• Daí o risco para a empresa em orientar-se
  exclusivamente pela idéia de maximizar os lucros,
  sobretudo num sociedade em que o capitalismo social
  se consolida e em que a mídia assume um papel
  extremamente ativo.


                                                          15
ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES
• No universo empresarial, nem sempre as decisões podem
  ser tomadas facilmente, considerando-se interesses
  individuais da entidade e sua responsabilidade social.
• Deve-se considerar que a mão invisível do mercado e sua
  ação disciplinadora estará avaliando:
  - o que afeta o meio ambiente;
  - efeitos colaterais dos produtos nos consumidores;
  - como as políticas corporativas atingem empregados
   e clientes.
• Repousam aí as dificuldades dos problemas éticos
  contemporâneos das empresas: Como perseguir a
  maximização do lucro sem ferir os interesses dos seus
  intervenientes e da sociedade em geral.


                                                            16
ÉTICA ENTRE ORGANIZAÇÕES
As empresas competitivas operam num horizonte de
longo prazo e a ganância ou a sedução por vantagens
imediatas pode ser fatal:
• General Motors X Volkswagen
   - Apropriação de segredos industriais pela Volks;
   - Demissão do diretor mundial de compras da Volks;
   - Seu indiciamento pela promotoria pública alemã;
   - Indenização da Volks à GM de US$110 milhões
   - Compromisso compra US$ 1 bilhão em autopeças
• Empresas Norte-Americanas X Européias
   - Espionagem industrial detectadas pela Cia. calcula
     perda de US$ 60 bilhões/ano para os piratas.
• Comissões, Subornos, outros pagamentos ilícitos
   - Só a Exxon pagou US$ 57 milhões na década de 70

                                                          17
ÉTICA ENTRE ORGANIZAÇÕES
• A natureza das empresas não é amoral, pois suas
  atividades não pairam acima do bem e do mal;
• As empresas não mais desempenham apenas uma
  função econômica, mas também uma função ética;
• Cada vêz mais as decisões e as ações empresariais
  ficam submetidas ao crivo de uma cidadania disposta
  a retaliar as empresas que abusam da confiança e da
  credulidade de suas contrapartes.
• O que acontece quando produtos deixam de ser
  confiáveis?
  Não são mais adquiridos.



                                                        18
ÉTICA ORGANIZAÇÕES X EMPREGADOS

• As empresas convivem com os padrões morais dos
  seus contrapartes;
• Ferir esses padrões estimula a deslealdade aos
  interesses da empresa;
• É preciso convencionar um código de honra que ligue
  as organizações a seus empregados, considerando:
  - A quem tais agentes devem lealdade;
  - Como tornar compatíveis interesses dos envolvidos;
  - Qual das morais deve prevalecer - a do plano
    macrossocial ou a do plano microssocial;
  - Definir um foco prioritário.


                                                         19
ÉTICA ORGANIZAÇÕES X EMPREGADOS
Mercedes Benz brasileira ( meados 1980 )
Grande desvio de caminhões que saíam da fábrica sem
numeração no chassi ou qualquer identificação:
• Prejuízo estimado em US$ 10 milhões
• Demissão de dois diretores e três gerentes;
DowElanco brasileira
Furto de mercadorias, manipulação na concessão de
bonificações e de descontos para distribuidores:
• Prejuízo estimado em US$ 20 milhões;
• Demissão de déz executivos.
Autolatina ( 1993/1994 )
Uso de notas frias para adulterar o valor das compras
• Prejuízo estimado em US$ 13 milhões;
• Quadrilha formada por empregados e fornecedores


                                                        20
ÉTICA ENTRE EMPREGADOS DA
             ORGANIZAÇÃO
Entre as atitudes antiéticas relativas aos empregados,
estão a discriminação:
• na contratação;
• entre sexos ou preferências sexuais;
• com deficientes físicos;
• relativos à idade física ou ao “tempo de casa”;
• com a etnia, credo, preferências políticas e esportivas
• com a segurança, saúde e higiene no trabalho
Uma empresa somente terá um comportamento ético se
seus diretores e colaboradores assim o forem.
O único lucro moralmente aceito é obtido com ética
                                                            21
ÉTICA ENTRE EMPREGADOS DA
             ORGANIZAÇÃO
É importante que quando a empresa tiver definido seu
Código de Ética, o distribua a todos os colaboradores.
O Código de Ética deve contemplar:
• Especificidade - exemplos das ações não permitidas;
• Publicidade - disponíveis para consultas;
• Clareza - Redação objetiva e realista;
• Revisão - analisados periodicamente p/ atualização;
• Obrigatoriedade - prever punições e recompensas.
Os empregados que interagem mais freqüentemente
com o ambiente externo à empresa, devem assinar
declaração de que leram e cumprirão o código.

                                                         22
ÉTICA ENTRE ORGANIZAÇÃO E
               SOCIEDADE
Diante de todo evento, pergunta-se:
• Tal ação é moral para quem?
• Para a coletividade ou para um agente individual?
• Se for para a coletividade, de qual delas falamos?

Assim, avalia-se:
• Conseqüências - que deveriam promover o máximo
  bem do maior número de pessoas, e/ou seus
• Propósitos - que a coletividade reputa como bons




                                                       23
ÉTICA ENTRE ORGANIZAÇÃO E
               SOCIEDADE
A partir da década de 80, a mídia ocidental:
• deixou de ser oligopolista e tornou-se ativa;
• vinculou-se a movimentos sociais e correlatos;
• preocupa-se em prestar serviços no contexto liberal-
  democrático;
• identificou e revelou as mazelas de uma sociedade
  em que prosperavam a corrupção e o proveito pessoal
Em suma, empresa capitalista só passa a agir de forma
responsável quando enfrenta a intervenção organizada
das contrapartes.
Sem contrapartes ativas, a maximização do lucro leva a
melhor.

                                                     24
ÉTICA ENTRE ORGANIZAÇÃO E
               SOCIEDADE
Algumas práticas julgadas imorais pela opinião pública
internacional:
• Desfalques em empresas;
• Dívidas fiscais fraudadas;
• Propinas/subornos;
• Tráfico de informações;
• Pirataria intelectual e de produtos;
• Fraude nos pesos e medidas;
• Fraude em balanços de empresas;
• Doações ilícitas a campanhas eleitorais;
• Manobras financeiras para valorizar/rebaixar ações;
                                                         25
GOVERNANÇA CORPORATIVA

• Forma como uma empresa está sendo administrada; tem a ver com
liderança, estratégia e política empresarial.
•A CVM, define:Governança Corporativa é o conjunto de práticas que
tem por finalidade otimizar o desempenho de uma companhia ao
proteger todas as partes interessadas, tais como investidores,
empregados e credores, facilitando o acesso ao capital. A análise das
práticas de governança corporativa aplicada ao mercado de capitais
envolve, principalmente: transparência, eqüidade de tratamento dos
acionistas e prestação de contas.




                                                                  26
GOVERNANÇA CORPORATIVA


PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:

• Transparência ( disclosure)
• Equidade ( fainess)
• Prestação de Contas ( accountability)
• Cumprimento das Leis
• Ética




                                          27
GOVERNANÇA CORPORATIVA



PILARES BÁSICOS:

• Propriedade
•Conselho de Administração
•Diretoria Executiva
•Auditoria Independente




                                28
RELACIONAMENTOS (IBGC)


                   PROPRIEDADE



CONSELHO DE                           CONSELHO
ADMINISTRAÇÃO                         FISCAL



   CEO                           AUDITORIA
   DIRETORIA                     INDEPENDENTE

                          Escolhe /Presta Contas
    PARTES                Informações
    INTERESSADAS          Relação Ocasional
                                                   29
A CRISE DOS EUA

• Pressão por desempenho / Resultados;
• Questão de Cultura ( não admitir fracassos);
• Normas contábeis dão necessariamente margem a
  interpretações, têm grande grau de subjetividade;
• Ganância;
• Não observância aos princípios éticos e de valores
  definidos pela própria empresa;
• Fraude / Crime ( insider trading);
• Problemas de natureza moral, ética ou técnica.



                                                       30

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Ética nas organizações e relações entre empresas

  • 1. ÉTICA Sistemas De Informação Prof. Dr. Marcos Leite 1
  • 2. ÉTICA A Escolha de Sofia (O lado difícil da Ética) História da polonesa Sofia Zawistowska. Presa com os filhos Jan e Eva em Auschvitz. Para salvar a sua vida e de Jan, entregou Eva, de 8 anos, para morte na câmara de gás. Viveu angustiada pelo resto da vida e matou-se com cianureto de potássio. • Exemplos: Situações críticas na medicina X Ética Profissional; Contador X pressões do Administrador (Sócio), Auditoria X Conflito de Interesses, etc. 2
  • 3. ÉTICA • Problemas contábeis: Wordcom, Enron,Tyco, outros. • Necessidade de urgentes mudanças nas regras contábeis e de auditoria. • Discussão sobre o comportamento ético dos administradores, contadores e auditores no exercício de suas respectivas profissões. • A Lei Sarbanes-Oxley: maiores exigências e criou Conselhos de Auditoria nas empresas. 3
  • 4. ÉTICA NO ESPAÇO E NO TEMPO • Etimologia : (do grego ethikós) estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. •A ética: estudo, ou reflexão científica ou filosófica, até teológica, sobre os costumes e as ações humanas. • Também é considerada como o estudo das ações ou dos costumes e da própria realização de determinado tipo de comportamento. 4
  • 5. ÉTICA NO ESPAÇO E NO TEMPO • Questões Éticas: dividas em dois campos: a) o dos problemas gerais e fundamentais, como liberdade, consciência, valores, leis, etc.; b) o dos problemas específicos, referentes à ética profissional, política, social, etc. A evolução dos costumes: os padrões de compor-tamento adeqüam- se à época.(caráter provisório) • A ética defende princípios universais e atemporais, baseada em costumes tradicionais e de países diferentes. 5
  • 6. ÉTICA NO ESPAÇO E NO TEMPO • Sócrates: convicção pessoal, tentativa de compreender a justiça das leis. •Max Weber: critério da não universalidade, aponta à natureza dos valores: um povo valorizaria o trabalho, outro valorizaria mais a abnegação. •Kant: validade universal :dever obriga moralmente a consciência e compromete a vontade = dever. 6
  • 7. ÉTICA NO ESPAÇO E NO TEMPO Conceitos :a) do utilitarismo - o bem é aquilo que traz vantagens para muitos; b) pragmatismo - que deixa de lado as questões teóricas, para apoiar-se nos resultados práticos. - vantagem particular - bom é o que ajuda o meu progresso; - positivismo lógico - que pesquisa, apenas, a linguagem da ética moral. • Distinção do bem e do mal: agir eticamente é agir de acordo com o bem. 7
  • 8. ÉTICA NO ESPAÇO E NO TEMPO Weber: racionalidade - formas comportamento humano: a ética da responsabilidade (racionalidade funcional), o comportamento humano é submetido às regras da organização à qual presta serviço; • a ética do valor absoluto(ou racionalidade substancial) tem por base a liberdade de pensamento e a inteligência do indivíduo como critérios para seu comportamento. •massificação; processo que não favorece a formação de uma consciência crítica, reforçando, ao contrário, a indiferença e o sentimento de impotência diante dos acontecimentos. 8
  • 9. Ética X Moral • Etimologia:(do latim morale): conjunto de regras de costumes consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. • A moral representa a ação; a ética a norma. • Como moral é a experiência vivida na prática, a ética é o que deveria ser em teoria. 9
  • 10. Ética X Moral • “moral o conjunto de costumes, normas e regras de conduta estabelecidas em uma sociedade e cuja obediência é imposta a seus membros, variando de cultura para cultura e se modifica com o tempo, no âmbito de uma mesma sociedade.” • Desrespeito as regras morais = desaprovação. • Nenhum grupo ou comunidade pôde existir sem normas constrangedoras da moral. • Seguir regras molestam o indivíduo, porém preservam a sociedade em que ele vive; agem como um mecanismo de autodefesa e preservação do grupo. 10
  • 11. Ética X Moral • MarilenaChauí (1995): ” a existência de um agente consciente, reconhecendo a diferença entre os pares de opostos, é condição sine qua non da conduta ética. E a consciência moral não só reconhece essas diferenças, como julga o valor dos atos e das condutas à luz de seus valores, assumindo as responsabilidades deles. Assim, se naquela sobressai-se a consciência, nesta, a responsabilidade”. 11
  • 12. Ética X Moral A manifestação da consciência moral = capacidade de resolução julgamento. o sujeito moral deve: • reflexão e o reconhecimento, em igualdade de condições, da existência de si e dos outros; • o controle das tendências e impulsos permitindo a capacidade para deliberar e decidir; • a responsabilidade pela autoria da ação, seus efeitos e conseqüências. “A vida ética é o acordo e a harmonia entre a vontade subjetiva individual e a vontade objetiva cultural.” 12
  • 13. ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES Qual é a ideologia política e econômica da organização?  Ideologia política = maneira de agir com o fim de obter o que se deseja;  Ideologia econômica = conjunto de normas que regulam sua produção e distribuição das riquezas obtidas;  Toda ideologia comporta uma moral particular; • A moral têm caráter exclusivamente social; • A moral expressa relações de força entre indivíduos; • A moral forma o núcleo da ideologia. 13
  • 14. ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES O que é Natural e justo para uma coletividade ? Moral do oportunismo = Normas morais oficiosas: - Celebrada pela “esperteza” de seus procedimentos como o jeitinho, o calote, a trapaça, a bajulice, etc.; - Valoriza o enriquecimento rápido e o egotismo e acredita que o proveito pessoal move o mundo; - As ações justificam os fins, não importando os meios Moral da Integridade = Normas morais oficiais: - Edificante e convencional, com retórica pública; - Difundida nas Escolas, Igrejas, Tribunais, Mídia... - Princípios que, por definição, valem para todos. 14
  • 15. ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES • Como disciplina teórica, a ética sempre fez parte da filosofia e sempre definiu seu objeto de estudo como sendo a moral, o dever fazer, a qualificação do bem e do mal, a melhor forma de agir coletivamente. • O importante não é saber se a empresa dispõe de uma “essência moral” mas se as conseqüências de suas decisões são ou não benéficas para a maioria de suas contrapartes. • Daí o risco para a empresa em orientar-se exclusivamente pela idéia de maximizar os lucros, sobretudo num sociedade em que o capitalismo social se consolida e em que a mídia assume um papel extremamente ativo. 15
  • 16. ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES • No universo empresarial, nem sempre as decisões podem ser tomadas facilmente, considerando-se interesses individuais da entidade e sua responsabilidade social. • Deve-se considerar que a mão invisível do mercado e sua ação disciplinadora estará avaliando: - o que afeta o meio ambiente; - efeitos colaterais dos produtos nos consumidores; - como as políticas corporativas atingem empregados e clientes. • Repousam aí as dificuldades dos problemas éticos contemporâneos das empresas: Como perseguir a maximização do lucro sem ferir os interesses dos seus intervenientes e da sociedade em geral. 16
  • 17. ÉTICA ENTRE ORGANIZAÇÕES As empresas competitivas operam num horizonte de longo prazo e a ganância ou a sedução por vantagens imediatas pode ser fatal: • General Motors X Volkswagen - Apropriação de segredos industriais pela Volks; - Demissão do diretor mundial de compras da Volks; - Seu indiciamento pela promotoria pública alemã; - Indenização da Volks à GM de US$110 milhões - Compromisso compra US$ 1 bilhão em autopeças • Empresas Norte-Americanas X Européias - Espionagem industrial detectadas pela Cia. calcula perda de US$ 60 bilhões/ano para os piratas. • Comissões, Subornos, outros pagamentos ilícitos - Só a Exxon pagou US$ 57 milhões na década de 70 17
  • 18. ÉTICA ENTRE ORGANIZAÇÕES • A natureza das empresas não é amoral, pois suas atividades não pairam acima do bem e do mal; • As empresas não mais desempenham apenas uma função econômica, mas também uma função ética; • Cada vêz mais as decisões e as ações empresariais ficam submetidas ao crivo de uma cidadania disposta a retaliar as empresas que abusam da confiança e da credulidade de suas contrapartes. • O que acontece quando produtos deixam de ser confiáveis? Não são mais adquiridos. 18
  • 19. ÉTICA ORGANIZAÇÕES X EMPREGADOS • As empresas convivem com os padrões morais dos seus contrapartes; • Ferir esses padrões estimula a deslealdade aos interesses da empresa; • É preciso convencionar um código de honra que ligue as organizações a seus empregados, considerando: - A quem tais agentes devem lealdade; - Como tornar compatíveis interesses dos envolvidos; - Qual das morais deve prevalecer - a do plano macrossocial ou a do plano microssocial; - Definir um foco prioritário. 19
  • 20. ÉTICA ORGANIZAÇÕES X EMPREGADOS Mercedes Benz brasileira ( meados 1980 ) Grande desvio de caminhões que saíam da fábrica sem numeração no chassi ou qualquer identificação: • Prejuízo estimado em US$ 10 milhões • Demissão de dois diretores e três gerentes; DowElanco brasileira Furto de mercadorias, manipulação na concessão de bonificações e de descontos para distribuidores: • Prejuízo estimado em US$ 20 milhões; • Demissão de déz executivos. Autolatina ( 1993/1994 ) Uso de notas frias para adulterar o valor das compras • Prejuízo estimado em US$ 13 milhões; • Quadrilha formada por empregados e fornecedores 20
  • 21. ÉTICA ENTRE EMPREGADOS DA ORGANIZAÇÃO Entre as atitudes antiéticas relativas aos empregados, estão a discriminação: • na contratação; • entre sexos ou preferências sexuais; • com deficientes físicos; • relativos à idade física ou ao “tempo de casa”; • com a etnia, credo, preferências políticas e esportivas • com a segurança, saúde e higiene no trabalho Uma empresa somente terá um comportamento ético se seus diretores e colaboradores assim o forem. O único lucro moralmente aceito é obtido com ética 21
  • 22. ÉTICA ENTRE EMPREGADOS DA ORGANIZAÇÃO É importante que quando a empresa tiver definido seu Código de Ética, o distribua a todos os colaboradores. O Código de Ética deve contemplar: • Especificidade - exemplos das ações não permitidas; • Publicidade - disponíveis para consultas; • Clareza - Redação objetiva e realista; • Revisão - analisados periodicamente p/ atualização; • Obrigatoriedade - prever punições e recompensas. Os empregados que interagem mais freqüentemente com o ambiente externo à empresa, devem assinar declaração de que leram e cumprirão o código. 22
  • 23. ÉTICA ENTRE ORGANIZAÇÃO E SOCIEDADE Diante de todo evento, pergunta-se: • Tal ação é moral para quem? • Para a coletividade ou para um agente individual? • Se for para a coletividade, de qual delas falamos? Assim, avalia-se: • Conseqüências - que deveriam promover o máximo bem do maior número de pessoas, e/ou seus • Propósitos - que a coletividade reputa como bons 23
  • 24. ÉTICA ENTRE ORGANIZAÇÃO E SOCIEDADE A partir da década de 80, a mídia ocidental: • deixou de ser oligopolista e tornou-se ativa; • vinculou-se a movimentos sociais e correlatos; • preocupa-se em prestar serviços no contexto liberal- democrático; • identificou e revelou as mazelas de uma sociedade em que prosperavam a corrupção e o proveito pessoal Em suma, empresa capitalista só passa a agir de forma responsável quando enfrenta a intervenção organizada das contrapartes. Sem contrapartes ativas, a maximização do lucro leva a melhor. 24
  • 25. ÉTICA ENTRE ORGANIZAÇÃO E SOCIEDADE Algumas práticas julgadas imorais pela opinião pública internacional: • Desfalques em empresas; • Dívidas fiscais fraudadas; • Propinas/subornos; • Tráfico de informações; • Pirataria intelectual e de produtos; • Fraude nos pesos e medidas; • Fraude em balanços de empresas; • Doações ilícitas a campanhas eleitorais; • Manobras financeiras para valorizar/rebaixar ações; 25
  • 26. GOVERNANÇA CORPORATIVA • Forma como uma empresa está sendo administrada; tem a ver com liderança, estratégia e política empresarial. •A CVM, define:Governança Corporativa é o conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma companhia ao proteger todas as partes interessadas, tais como investidores, empregados e credores, facilitando o acesso ao capital. A análise das práticas de governança corporativa aplicada ao mercado de capitais envolve, principalmente: transparência, eqüidade de tratamento dos acionistas e prestação de contas. 26
  • 27. GOVERNANÇA CORPORATIVA PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: • Transparência ( disclosure) • Equidade ( fainess) • Prestação de Contas ( accountability) • Cumprimento das Leis • Ética 27
  • 28. GOVERNANÇA CORPORATIVA PILARES BÁSICOS: • Propriedade •Conselho de Administração •Diretoria Executiva •Auditoria Independente 28
  • 29. RELACIONAMENTOS (IBGC) PROPRIEDADE CONSELHO DE CONSELHO ADMINISTRAÇÃO FISCAL CEO AUDITORIA DIRETORIA INDEPENDENTE Escolhe /Presta Contas PARTES Informações INTERESSADAS Relação Ocasional 29
  • 30. A CRISE DOS EUA • Pressão por desempenho / Resultados; • Questão de Cultura ( não admitir fracassos); • Normas contábeis dão necessariamente margem a interpretações, têm grande grau de subjetividade; • Ganância; • Não observância aos princípios éticos e de valores definidos pela própria empresa; • Fraude / Crime ( insider trading); • Problemas de natureza moral, ética ou técnica. 30