2. Doença de Parkinson
A principal causa da doença de Parkinson é a
morte das células do cérebro, em especial na
área conhecida como substância negra,
responsável pela produção de dopamina, um
neurotransmissor que, entre outras funções,
controla os movimentos
3. Doença de Parkinson
Sintomas
• A lentificação dos movimentos e os tremores nas
extremidades das mãos, muitas vezes notados apenas pelos
amigos e familiares, costumam ser os primeiros sinais da
doença
• A diminuição do tamanho das letras ao escrever
• Rigidez muscular;
• Acinesia (redução da quantidade de movimentos)
• Distúrbios da fala
• Dificuldade para engolir
• Depressão
• Dores
• Tontura
• Distúrbios do sono, respiratórios, urinários.
4. Doença de Parkinson
Doença neurológica, crônica e progressiva, sem
causa conhecida, que atinge o sistema nervoso
central e compromete os movimentos
• Quanto maior a faixa etária, maior a incidência.
• De acordo com as estatísticas, na grande
maioria dos pacientes, ela surge a partir dos 55,
60 anos e sua prevalência aumenta a partir dos
70, 75 anos.
5. Doença de Parkinson
O tratamento pode ser medicamentoso,
psicoterápico e até cirúrgico em alguns casos
• O tratamento medicamentoso é feito à base de
drogas neuroprotetoras que visam a evitar a
diminuição progressiva de dopamina,
neurotransmissor responsável pela transmissão de
sinais na cadeia de circuitos nervosos.
• O tratamento psicoterápico ocorre em função da
depressão, perda de memória e do aparecimento de
demências e pode incluir a prescrição de
medicamentos antidepressivos e de outros
psicotrópicos.
6. Doença de Alzheimer
A doença se apresenta como demência, ou perda
de funções cognitivas (memória, orientação,
atenção e linguagem), causada pela morte de
células cerebrais. Quando diagnosticada no
início, é possível retardar o seu avanço e ter mais
controle sobre os sintomas, garantindo melhor
qualidade de vida ao paciente e à família.
7. Doença de Alzheimer
Declínio progressivo em áreas responsáveis
pela percepção e conhecimento
• Doença neurológica degenerativa progressiva e
irreversível;
• Rara antes dos 65 anos;
• Longevidade, genética, alterações de
neurotransmissores, anormalidades vasculares,
hormônios do estresse, traumatismo craniano e
a presença de transtornos convulsivos
8. Doença de
Alzheimer
• Não se sabe por que a Doença de Alzheimer ocorre, mas são
conhecidas algumas lesões cerebrais características dessa
doença.
• As duas principais alterações que se apresentam são as placas
senis decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide,
anormalmente produzida, e os emaranhados neurofibrilares,
frutos da hiperfosforilação da proteína tau.
• Outra alteração observada é a redução do número das células
nervosas (neurônios) e das ligações entre elas (sinapses), com
redução progressiva do volume cerebral.
9. Doença de Alzheimer
Diagnóstico
O diagnóstico da Doença de Alzheimer é por exclusão. O rastreamento
inicial deve incluir avaliação de depressão e exames de laboratório
com ênfase especial na função da tireoide e nos níveis de vitamina
B12 no sangue.
Tratamento
O tratamento do alzheimer é medicamentoso e os pacientes têm à
disposição a oferta de medicamentos capazes de minimizar os
distúrbios da doença. O objetivo do tratamento medicamentoso é,
também, propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo,
do comportamento e da realização das atividades da vida diária (ou
modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos
adversos.
Rivastigmina adesivo transdérmico para o tratamento de demência
10. Demências
Síndrome clínica decorrente de doença ou disfunção
cerebral de natureza crônica e progressiva, na qual
ocorre perturbação de múltiplas funções cognitivas
Tipo de demência Características
DemênciaVascular Início abrupto, geralmente, após um
episódio vascular, com deterioração em
degraus e flutuação do déficit
cognitivo.
Demências dos corpúsculos de Lewy Flutuação na cognição, alucinações
visuais recorrentes e parkinsonismo
precoce
Doença de Pick A partir de 45 anos, apresenta
mudanças na personalidade e no
comportamento e/ou alteração da
linguagem
11. Aneurisma cerebral
• Lesões caracterizadas por dilatações ou
lobulações das paredes das artérias intracranianas
Hemorragia subaracnóide
• Colocação cirúrgica de um clipe metálico entre o
vaso normal e o aneurisma, excluindo-se desta
forma a passagem de sangue para o interior do
saco aneurismático
12. Acidente Vascular Encefálico
(AVE)/ Acidente Vascular
Cerebral (AVC)
AVE OU AVC é definido pela interrupção do fluxo sanguíneo
cerebral, ocasionado pelo acometimento da vasculatura
cerebral, pela alteração do fluxo sanguíneo, ou do sistema de
coagulação, para uma determinada região encefálica.
AVE/AVC
Comprometimento
Neurológico
Interrupção no
suprimento
sanguíneo no cérebro
13.
14. Fatores de risco AVE/AVC
Fatores de risco não modificáveis:
Idade avançada: > 55 anos;
Sexo masculino;
Raça: afrodescendente
Fatores de risco modificáveis:
Hipertensão
Fibrilação atrial
Hiperlipidemia
Diabetes
Tabagismo
Obesidade
Consumo elevado de bebidas alcoólicas
15. Sinais e sintomas - AVE/AVC
Dormência ou fraqueza da face, perna,
especialmente de um lado do corpo;
Confusão mental ou alteração do estado mental;
Dificuldade para falar
Dificuldade visual
Déficits motores
Cefaleia intensa súbita
Dificuldade de interpretar estímulos visuais,
táteis e auditivos
16.
17.
18. Diagnóstico – AVC/AVE
• TC sem contraste realizada emergencialmente para determinar se o
evento é isquêmico ou hemorrágico;
• Eletrocardiograma;
• Angiografia com contraste (do cérebro, do pescoço e de seus vasos);
• Doppler transcraniano.
19. Tratamento – AVC/AVE
Prevenção de patologia secundária;
Medicamentos anti-agragantes plaquetários;
Terapia trombolítica;
Cirurgia
Recuperar da agressão inicial (sangramento),
prevenir ou reduzir o risco de ressangramento
e prevenir e tratar complicações;
Repouso com sedação;
Terapia para função de coagulação (vit. K,
plasma)
20.
21. Cefaleia
A cefaleia pode ser definida como qualquer dor
manifestada no segmento cefálico
Cefaleias Primárias:
Não relacionadas a outras patologias de base.
• Enxaqueca/Migrânea
• Cefaleia doTipoTensional
• Cefaleia em salva
• Outras cefaleias primárias
Cefaleias Secundárias:
Como sintomas de alguma patologia
associada.
22. Cefaleias primárias
Enxaqueca/Migrânea
• Definição: doença neurovascular que se caracteriza
por crises repetidas de dor de cabeça que podem
ocorrer com uma frequência bastante variável.
• Afeta 20% das mulheres e 5 a 10% da população
masculina;
• Trata-se de uma doença crônica de alto custo pessoal,
social e econômico.
– Absenteísmo: estudos europeus indicam que os migranosos
perdem em média um a 4 dias/ano de serviço devido às crises
e que trabalham cerca de 8 dias/ano com dor, quando têm
sua capacidade reduzida em até 60%.
23. Cefaleias primárias
Enxaqueca/Migrânea
QUADRO CLÍNICO:
O que é AURA?
• Conjunto de sintomas neurológicos que, nas crises de enxaqueca, se
apresentam geralmente um pouco antes da dor de cabeça.
• Se exterioriza por manifestações neurológicas reversíveis sinalizam
comprometimento do córtex cerebral ou do tronco encefálico.
• Manifestações visuais, sensitivas, motoras e afásicas.
• A aura visual é a mais comum.
– Estocomas (flashes de luz, bolas coloridas, linhas em ziguezague, cintilações), visão
pouco nítida.
• Duração habitual: 5 a 20 minutos, podendo chegar até a 60 minutos.
24. Cefaleias primárias
Enxaqueca/Migrânea
• Enxaqueca com aura
• Enxaqueca sem aura
• Cefaleia unilateral;
• Dor pulsátil ou latejante;
• Crises com dor moderada a
intensa que podem prejudicar
as atividades diárias;
• Presença de náuseas e/ou
vômitos;
• Fotofobia, fonofobia e/ou
osmofobia.
• A dor piora com atividade física
rotineira.
25. Cefaleias primárias
Enxaqueca/Migrânea
Fatores desencadeantes:
• Genética, fator endógeno inquestionável;
• Problemas emocionais (ansiedade, depressão,
estresse);
• Modificação do ciclo vigília-sono (excesso ou
privação do sono);
• Ingestão de:
– Bebidas alcoólicas;
– Determinados alimentos (chocolate, laranja,
comidas gordurosas e lácteas);
• Exposição a:
– Odores fortes e penetrantes
– Estímulos luminosos intensos e/ou intermitentes.
– Temperaturas elevadas
Jejum prolongado;
Trauma craniano;
Privação de cafeína;
Mudanças súbitas da pressão atmosférica
(voos em grandes altitudes);
Alterações climáticas;
Exercícios intensos;
Queda dos níveis hormonais que ocorre
antes da menstruação.
26. Cefaleias primárias
Cefaleia doTipoTensional
Definição: é descrita como uma dor ou sensação de aperto, pressão ou
constrição, amplamente variáveis na frequência, intensidade e
duração.
• Dois tipos: Episódica e Crônica;
• Alta prevalência: 69% entre as dores de cabeça, comparada com a
prevalência da enxaqueca que é de 16%.
• Associada a uma contração prolongada dos músculos esqueléticos
do segmento cefálico (cabeça/pescoço), como parte da reação do
indivíduo a situações de stress do cotidiano, sem que existam
alterações estruturais permanentes.
27. Cefaleias primárias
Cefaleia doTipoTensional
Quadro Clínico
• Característica não pulsátil (“apertamento”), relato de faixa
apertada ao redor da cabeça;
• Dor bilateral em 90% dos casos;
• Intensidade da dor é leve ou moderada;
• Localização nas regiões occipital, parietal, temporal e frontal;
• Duração da dor de 12 h em média, podendo variar de 30 min a
3-7 dias.
• Pode surgir entre 20 e 40 anos de idade;
• Náuseas e vômitos são raros;
• Fonofobia ou fotofobia são raras, mas pode estar presente;
• Sensibilidade e tensão muscular são comumente presentes;
28. Cefaleias primárias
Cefaleia doTipoTensional
Fatores desencadeantes:
• Tensão emocional (estresse, ansiedade, depressão)
(relacionada ao SNC);
• Alterações climáticas;
• Menstruação;
• Distúrbios do sono;
• Suspensão repentina ou abuso de analgésicos;
• Cafeína;
• Posições inadequadas de postura e aumento da tensão
muscular;
• Dor miofascial e pontos de gatilho;
• Bruxismo, atividade mastigatória e contatos prematuros,
30. Cefaleias primárias
Cefaleia em Salvas
• Definição: Dor intensa, unilateral, geralmente em torno da órbita, durando
de 15 a 180 minutos, se não tratada. Pode ser acompanhada de vermelhidão
no olho, lacrimejamento, congestão nasal e queda da pálpebra do mesmo
lado da dor. O paciente refere sensação de inquietude ou agitação durante a
crise.
• Considerada rara, sendo responsável por 6% no total de dores de cabeça.
• É uma das raras causas de suicídio por cefaleias
• Mais comum em homens, numa razão em torno de 3:1 e pode iniciar-se em
qualquer idade, sendo mais comum o início na segunda ou terceira décadas
de vida.
31. Cefaleias primárias
Cefaleia em Salvas
Fisiopatologia
• Acredita-se que esta dor tenha sua origem no
hipotálamo, estrutura cerebral responsável por
alguns mecanismos muito importantes para a
regulação do corpo humano, incluindo controle
temperatura, da regulação hormonal e do sono.
• Manifestações clínicas resultam da ativação do
sistema trigêmino-vascular e do reflexo trigêmino-
autonômico.
32. Cefaleias primárias
Cefaleia em Salvas
Quadro Clínico
• Dor severa ou muito severa, unilateral, orbitária, supra-orbitária
e/ou temporal, durando de 15 a 180 minutos, se não tratada.
Sintomas que ocorrem no mesmo lado da dor:
• Hiperemia conjuntival, lacrimejo;
• Congestão nasal, rinorreia;
• Edema palpebral;
• Sudorose frontal e facial;
• Miose, ptose;
• Sensação de inquietude ou agitação
33. Cefaleias primárias
Cefaleia em Salvas
Fatores desencadeantes:
Sono ;
Ingestão de vasodilatadores;
Álcool;
Nitratos;
Histamina;
Calor.
34. Cefaleias Secundárias
• Cefaleia atribuída a cabeça e/ou trauma na região cervical;
• Cefaleia atribuída a craniana ou cervical distúrbio vascular;
• Cefaleia atribuída a uma substância ou a sua retirada;
• Cefaleia atribuída a infecção;
• Cefaleia atribuída a transtorno da homeostase;
• Dor de cabeça ou dor facial atribuída a transtorno do crânio
pescoço, olhos, ouvidos, nariz, seios da face, dentes, boca ou
outras estruturas faciais ou cranianos;
• Cefaleia atribuída a transtorno psiquiátrico.
Pode ser um sinal de alerta!
35. Cefaleias
Anamnese e Exame Físico
História clínica detalhada:
• Características da cefaleia;
• Tipo da dor (pulsátil, em pontadas);
• Intensidade;
• Localização;
• Duração;
• Periodicidade e etc.
36. Cefaleias Primárias
Anamnese
• Relato de episódios que mantêm suas características;
• Pode referir conhecimento dos fatores desencadeantes
e crises entremeadas de grandes períodos de acalmia
(períodos sem dor, sintomas associados ou crises
completas);
• Enxaqueca: Histórico Familiar;
• Alimentação;
• Padrão de sono.
37. Cefaleias Secundárias
Anamnese e Exame Físico
• Relata ser a “pior” dor experimentada pelo paciente;
• Exame neurológico anormal;
• Vômitos que precedem a cefaleia;
• Dor induzida por alterações de decúbito ou tosse;
• Dor se iniciou após os 50 anos;
• Dor tem caráter progressivo, não respondendo mais a analgésicos;
• Aparecimento de uma dor de cabeça nova e diferente daquela já
experimentada pelo paciente;
• Tratamento de algum tipo câncer ou de síndrome de imunodeficiência
adquirida (SIDA);
• Doença sistêmica conhecida;
• História de queda ou trauma de crânio recente;
• Abuso de analgésicos, mesmo em portadores de cefaleia primária (uso
de mais de 15 comprimidos de analgésicos por mês, nos últimos seis
meses).
38.
39. INSUFICIÊNCIA CEREBRAL
INCAPACIDADE COGNITIVA
Pode ocasionar diferentes quadros clínicos:
• Delírium: distúrbios da cognição, humor,
consciência, atenção, memória.
• Depressão: humor rebaixado, perda de interesse
ou prazer com alterações do funcionamento
biológico com repercussões durante longo
espaço de tempo, quando não tratado
corretamente.
• Demência: deterioração das funções mentais
sem perda da consciência;
40. INSUFICIÊNCIA CEREBRAL
INCAPACIDADE COGNITIVA
Transtorno persistente da memória e de duas ou
mais funções mentais tais como:
• Praxia: idealizar, formular e executar atos
voluntários mais complexos;
• Gnosia: reconhecer e interpretar o que é percebido
pelos sentidos
• Mémoria: reter e posteriormente fazer uso de uma
determinada experiência
• Juízo e conceituação, podendo ser acompanhadas
de alterações da personalidade e emocionais.
43. Nível de consciência
• Coma: alterações do estado de consciência se
apresentam desde como uma desorientação
temporoespacial quanto como um estado de
coma profundo
• Letargia/sonolência: diminuição do nível de
consciência, mas é possível despertar o paciente
• Estupor/torpor: estado de sonolência mais
profundo, estímulos vigorosos e repetidos par
despertar o paciente
• Delirium: estado confusional agudo, envolve
desorientação, déficit de atenção, medo,
alucinações visuais
44. Sinais e Sintomas
• Paresia ou fraqueza muscular: déficit de força
não completo ou uma diminuição da sensibilidade
em uma ou mais extremidades do corpo
• Plegia: déficit de força completo e a ausência total
de sensibilidade
• Parestesia: formigamento ou dormência
• Paraplegia: ausência de força nos membros
inferiores
• Tetraplegia: ausência de força motora nos quatro
membros