3. Introdução à Farmacologia
Vias de Administração
Qual a diferença entre MEDICAMENTOS e REMÉDIOS ?
“Todo medicamento é um REMÉDIO, mas nem todas os REMÉDIOS são medicamentos”
“Os MEDICAMENTOS são preparadas com a finalidade de uma ação seletiva, mas este ideal
é raramente alcançado”
O que é FARMACOLOGIA – Qual a sua importância?
“É a ciência que estuda a ação dos fármacos no organismo”
Formas Farmacêuticas
Sólidas: Comprimidos ou tabletes, cápsulas, comprimidos
efervescente, granulados, pastilhas, supositório, adesivos, etc
Líquidas: Soluções, xarope, Emulsão, suspensão, colírio, loção
Semi-sólidas: Pomada, creme, gel
Gasosas: gases inalatórios, aerossóis, pulverizantes (sprays)
4. Farmacocinética – Introdução
Movimentação do fármaco dentro do organismo
Abarca a absorção, distribuição, metabolismo e a
excreção da droga
Envolve a relação entre a administração de um
agente farmacológico, o tempo de distribuição e a
magnitude da concentração alcançada em
diferentes regiões do corpo
5. Fígado:
Biotransformação
Sítio-Alvo
Fármaco + Receptores Fármaco-Receptor
Rins:
Excreção renal
V. Oral
V. sublingual
V. Subcutânea
V. Intramuscular
Absorção
Farmacocinética:
Fármaco
Distribuição
Farmacodinâmica:
Metabólitos
Circulação
Intravenosa
Destino dos fármacos no organismo
6. Via de administração
Liberação
Absorção
Distribuição Excreção
renal
Metabolismo
fígado
Sangue
Droga
livre
Droga
ligada
Tecidos
Deposito
tisular
Local de ação
Receptor
Resposta farmacológica
Efeito terapêutico
Farmacocinética
Farmacodinâmica
10. Absorção dos Fármacos
Transferência do fármaco (do local onde foi
administrado) para a corrente sanguínea
Absorção (exceção): Via endovenosa (EV)
Bases Farmacológicas da Absorção:
1 – Aspectos físico-químicos das drogas
2 – Aspectos físico-químicos das membranas
celulares
3 – Transportes transmembranas dos medicamentos
11. Fármacos – Aspectos Físico-Químicos
Efeitos farmacológicos: Dependentes do transporte da
droga através de membrana citoplasmática
Medicamentos: Lipossolúveis e Hidrossolúveis
1 – Fármacos Lipossolúveis (Apolares)
São mais lipossolúveis, quanto menos carregados de
cargas elétricas
Dissolvem-se na membrana celular
2 – Fármacos Hidrossolúveis (Polares)
São mais hidrossolúveis, quanto mais carregados de
cargas elétricas
Não se dissolvem na membrana celular
13. Formas Farmacêuticas – Introdução
Os medicamentos não são administrados no seu estado
puro (ou natural) aos pacientes: Vários são os motivos de
ordem prática
As drogas são preparadas numa formulação: Uma ou mais
substâncias não-medicinais (também) fazem parte da
formulação (adjuvantes farmacêuticos)
As substâncias não-medicinais (adjuvantes farmacêuticos)
desempenham várias funções farmacêuticas: Solubilizar,
suspender, espessar, diluir, emulsionar, estabilizar, preparar,
colorir e melhorar o sabor da mistura final
Fármaco + adjuvante farmacêutico = Forma farmacêutica
14. Formas Farmacêuticas
Tipos de Apresentação
1 – Para “uso interno” (Via Oral)
2 – Para “uso externo”
3 – Para “uso parenteral”
15. Tipos de ação dos medicamentos
Ação Local
O medicamento age no
próprio local onde é aplicado
(na pele ou na mucosa)
Ação Sistêmica
Quando o medicamento
primeiro é absorvido e entrar
na corrente sanguínea para,
só depois, chegar ao local de
ação
20. Vias de Administração dos Fármacos
1 – Vias Principais
Oral
Sublingual
Transdérmica
Parenteral (EV; IM; Subcutânea)
2 – Vias Especiais
Via Retal
Via Pulmonar
Via Intra-arterial
Via Intratecal
Via Intraperitoneal
Via Tópica (Mucosa; Pele)
21. Principais vias de administração de fármacos
Oral Intravenosa Cutânea
Bucal Intramuscular Respiratória
Sublingual Subcutânea Conjuntival
Retal Intradérmica Rino e orofaríngea
Intra-arterial Geniturinária
Intracardíaca
Intraperitoneal
Intrapleural
Intratecal
Peridural
Intra-articular
Enterais
Parenterais
Diretas Indiretas
22.
23. Via rinofaríngea, orofaríngea
Vias de administração dos fármacos
São usualmente empregadas para a
obtenção dos efeitos locais.
Fármacos liposolúveis são melhor absorvidos.
incorreto
correto
24. Administração otológica
Vias de administração dos fármacos
Contra-indicação
Tímpano perfurado
- Tratar infecções e inflamação
- Amolecer o cerume para
subseqüente remoção
- Promover anestesia local
- Ajudar a remover um objeto
estranho da orelha
25. Vias de administração dos fármacos
Via intravaginal
Efeito local.
Fármacos liposolúveis são
melhor absorvidos.
Administra-se através de
óvulos vaginais, cremes e
pomadas.
27. Via respiratória ou inalatória
Vias de administração dos fármacos
• Pode ser usada para obtenção de
efeitos locais ou sistêmicos
• Grande área absortiva (estende-se
mucosa nasal ao epitélio alveolar)
• Efeito quase tão rápido quanto por
injeção intravenosa
Fármacos: forma de gás ou
contidos em pequenas partículas
líquidas ou sólidas, geradas por
nebulização ou aerossóis
28. VIA INALATÓRIA
Gases e aerosóis (partúlas em suspensão)
Exemplos:
Anestésicos Gerais
Glicocorticóides
10 %
90 %
Ação sistêmica
ou
Ação local
Absorção rápida
29. Vias de administração dos fármacos
Infusão- intra-óssea
Administração emergencial defluidos e/ou medicamentos,
especialmente em uma situação de colapso circulatório
onde um
acesso vascular rápido é
essencial
Dificuldade, atraso ou
impossibilidade de acesso IV
Queimaduras ou outras
lesões que impedem acesso
venoso em outros locais
31. Via Oral (VO)
Absorção Vantagens Desvantagens
Variável;
dependente de
vários fatores
(cooperação
do paciente;
etc)
Mais conveniente,
segura e não-
invasiva
É a via mais
econômica
Inapropriada para
emergência
Destruição da droga
pelos sucos digestivos
Formação de
complexos com
alimentos
Inativação no fígado
(metabolismo de
primeira passagem)
33. Metabolismo de primeira passagem
Metabólito
Intestino delgado
Colon
Biodisponibilidade.
P450
P450
oral
P450
reto
34. pH do meio
Área de superfície
Esvaziamento
gástrico
Tempo de trânsito
intestinal
Fluxo sanguíneo
mesentérico
Interação com alimentos
Tempo de desintegração
E dissolução
VIA ORAL
35. Vias Enterais: Oral, Sublingual e retal
Retal
Plexo
mesentérico
Veia
porta
Veia
hepática
Veia cava
Fígado
Sublingual
Oral
sublingual
Rápida absorção – Início rápido
Não sofre metabolismo 1a
passagem
Útil para drogas potentes,
lipossolúveis e de sabor agradável
(nitroglicerina)
Oral
Absorçãovariável
Econômica
Imprópria para emergência
Reage com alimentos
Efeito de primeira passagem
retal
Efeito sistêmico
Absorção não confiável
praticável em comatosos,
paciente com vômitos e
incapacidade de deglutir
36. Via Sublingual (SL)
Absorção Vantagens Desvantagens
Difusão pela
trama capilar
da mucosa
Absorção é rápida
Evita a passagem da
droga pelo ambiente
gástrico
Evita o metabolismo
hepático de primeira
passagem
Substâncias
de gosto
desagradável
ou irritantes
não podem ser
por esta via
37. Via Transdérmica
Absorção Vantagens Desvantagens
Epiderme se
comporta
como barreira
lipídica
Fármacos não
sofrem
metabolismo
hepático de
primeira
passagem
Possível lesão
(necrose) por
agentes
irritantes
38. Vias Transdérmica
A absorção pela pele pode ser
ampliada pela suspensão do
fármaco em um veiculo oleoso
e pela fricção desta preparação
na pele
Nicotina
Escopolamina
Nitroglicerina
Testosterona
Estrogênio
Estrogênios + progestagênios
41. Vias de administração dos fármacos
Intradérmica
Contata o fármaco com a derme mediante
injeção ou por raspado da epiderme
Os fármacos se absorvem mais lentamente
por via subcutânea
É utilizada somente para testes diagnósticos
e vacinação
42. VIA INTRAMUSCULAR
VANTAGENS DESVANTAGENS
Início mais rápido que a oral
Mais segura que a IV
Possibilita a administração em pacientes
incapacitados de deglutir
Efeitos adversos locais como dor, dano
celular, hematoma, desconforto, lesão
muscular.
Impossibilita a administração de
substâncias irritantes ou com pH fora da
neutralidade.
Absorção depende: Fluxo sanguíneo local (calor, massagem)
Tipo de solução (aquosa vs. suspensão)
43. Via Intramuscular (IM)
Absorção Vantagens Desvantagens
Pronta para
solução aquosa
Lenta para
preparações de
reposição
Adequada para
volumes moderados,
veículos oleosos e
algumas substâncias
irritantes
Deve ser evitada
durante terapia
anticoagulante
Pode interferir na
interpretação de
testes diagnósticos
45. Intramuscular : Complicações
Vias de administração dos fármacos
Lesão do nervo axilar causada pela injeção intramuscular no deltóide
46. VIA SUBCUTÂNEA
Absorção mais lenta que a IM
Absorção pode ser aumentada pelo calor e massagem
Pode ser aplicado somente pequeno volume de substâncias aquosas ou
suspensão de liberação lenta
Efeitos adversos locais: dor, abscessos, fibrose e infecção
OUTRAS VIAS PARENTERAIS
Reanimação cardiovascular
Via intra-cardíaca
Não utilizada clinicamente (riscos de infecções e formação de
aderências)
Via intraperitonial
Requer técnica especializada
Via intratecal
Utilizada para exames de diagnósticos
Via intra-arteral
47. Via Endovenosa (EV)
Absorção Vantagens Desvantagens
Não há absorção
Efeitos são
potencialmente
imediatos
uso nas
emergências
Permite titulação
de dose
Adequada para
grandes volumes
Não sofre
metabolismo
hepático de
primeira passagem
Aumenta os
riscos de efeitos
colaterais
Não é adequada
para soluções
oleosas e/ou
insolúveis
Risco de
embolismo
Risco de
administração
de bactérias
48. Concentração muito elevada
no coração direito e pulmões e,
em seguida p/ circulação
sistêmica
PARENTERAIS: Intravenosa, intramuscular e
subcutânea
VIA INTRAVENOSA: Medicação de URGÊNCIA
Necessita de assepsia
Dificuldade de execução
Incômodo para o paciente
Menor segurança (fármaco não pode ser
removido)
Imprópria para substâncias insolúveis ou
oleosas
Riscos de Flebite, infecções, trombose
Efeito imediato
Biodisponibilidade 100%
Utilizada quando as sustâncias são irritantes
por outras vias
Possibilita a administração de grandes
volumes
DESVANTAGENS
VANTAGENS
Aplicação de uma
única injeção iv
na forma de bolo
Respiração irregular
Queda da pressão
Arritmias cardíacas
A injeção IV deve ser realizada lentamente
52. Complicações Sistêmicas
Via intravenosa
Sepse
Contaminação e infecção
Reações de hipersensibilidade
“Speed shock” –rápida ou excessiva administração
do medicamento ou solução na circulação
sinais e sintomas: Eritema da cabeça e do pescoço
apreensão, hipertensão, cefaléia pulsátil, dispnéia,
dor torácica, calafrios, perda da consciência e parada
cardíaca
53. Complicações Sistêmicas
Via intravenosa
Embolia
- Embolia Pulmonar
Sinais e sintomas: Dispnéia, taquicardia, arritmias,
hipotensão, diaforese, ansiedade e ou tosse
- Embolia aérea (entrada ar a circulação sanguínea)
Sinais e sintomas: hipotensão, ansiedade extrema
lipotimia, confusão, taquicardia, cianose, pulso rápido,
e fraca e ou perda da consciência
- Embolia do cateter (fragmentação de um pedaço do
cateter
54. Intravenosa : Perigos
Vias de administração dos fármacos
• Alterações bruscas de pH
• Alteração da pressão osmótica
• Lise de hemácias
• Coagulações extensas
• Liberação se substâncias:
- Histamina - Serotonina
- Prostaglandinas
- Bradicinina
• Tendência ao colapso ou
choque circulatório
55. Via intra-arterial
Vias de administração dos fármacos
É raramente empregada, pelas dificuldades técnicas e riscos que oferece.
Consegue altas concentrações dos fármacos nos lugares aplicados.
Utiliza-se para exames de diagnóstico.
Via intracardíaca
Atualmente em desuso.
Foi utilizado na reanimação cardiovascular
56. Vias de administração dos fármacos
Intraperitoneal
Absorção mais rápida por ser superfície ampla e
ricamente vascularizada.
É mais usada experimen-talmente, pois no
homem
se temem formação de aderências e surgimento
de infecções
57. Via intratecal
Vias de administração dos fármacos
Espaço subaracnoidiano e ventrículos cerebrais
É utilizada para administrar fármacos que não
atravessam a barreira cérebro-sangue.
Requer de técnica especializada e não é isenta
de riscos, sendo excepcionalmente usada com
este objetivo
É acessada na medula para raquinestesia
58. Vias de administração dos fármacos
Epidural
Entre a medula espinhal e o ligamento amarelo que
reveste as vértebras existente o espaço epidural
Ligamento
Inter espinal
Espaço
epidural com
anestesia
Agulha
Vértebra
Espaço
Subdural
Medula
espinhal
Ligamento amarelo
Dura-máter
59. Via peridural
Vias de administração dos fármacos
É utilizada no espaço delimitado pela dura-máter que circunda a medula.
É uma alternativa da via subaracnoidiana para anestesia de medula espinhal e raízes
nervosas
Via intra-articular
Injetam-se fármacos
no interior da cápsula
articular.
60. Via endotraqueal
Vias de administração dos fármacos
Se um acesso IV ou IO não pode
ser obtido para administração de
drogas durante uma parada
cardíaca
A dose recomendada de certas
drogas pela via endotraqueal é
geralmente 2 a 2,5 vezes a dose IV,
mas a dose endotraqueal ideal da
maioria das drogas é
desconhecida
Naloxona , atropina, vasopressina, epinefrina e lidocaína
61. ABSORÇÃO
É A TRANSFERENCIA DE UM FÁRMACO DESDE O SEU LOCAL DE
ADMINISTRAÇÃO ATÉ A CORRENTE SANGUINEA
A VELOCIDADE E A EFICIENCIA DA ABSORÇÃO DEPENDEM DA
VIA DE ADMINISTRAÇÃO QUE O FÁRMACO É APLICADO
1- DIFUSÃO PASSIVA
2- TRANSPORTE ATIVO
PTNS TRANSPORTADORAS , ENDO E EXOCITOSE
62. FATORES QUE INFLUEM NA ABSORÇÃO
-LIPOSSOLUBILIDADE
- PESO MOLECULAR
- GRAU DE IONIZAÇÃO
- CONCENTRAÇÃO
- VASCULARIZAÇÃO LOCAL
- SUPERFICIE DE ABSORÇÃO
- PERMEABILIDADE VASCULAR
- FLUXO SANGUINEO
- ESVAZIAMENTO GÁSTRICO
63. FATORES IMPORTANTES
- INTERAÇÃO COM ALIMENTOS
-EFEITOS PÓS-PRANDIAIS
A ABSORÇÃO É RETARDADA QUANTO MAISLENTO FOR O ESVAZIAMENTO
GÁSTRICO
64. Biodisponibilidade dos Fármacos
Fração da droga administrada que alcança a
circulação sistêmica (na forma quimicamente
inalterada)
Dependência da biodisponibilidade:
1 – Metabolismo hepático de primeira passagem
2 – Solubilidade do fármaco
3 – Natureza da formulação do medicamento
(estabilidade química)
66. Distribuição dos Fármacos – Introdução
Os fármacos (no sangue) são simultaneamente
distribuídos (mais rapidamente) e eliminados
O fármaco deixa reversivelmente a corrente
sanguínea:
1 – Passa para o intestino
2 – Ingressa na célula-alvo (onde irá promover o
efeito farmacológico)
O fármaco na corrente sanguínea: Pode atingir
qualquer órgão-alvo (se atravessar a BHE
inclusive o SNC)
67. Distribuição dos Fármacos – Dependências
1 – Fluxo sanguíneo
2 – Grande ligação da droga às proteínas
plasmáticas e teciduais
3 – Permeabilidade capilar
4 – Lipossolubilidade do agente
68. Distribuição dos Fármacos
Fluxo Sanguíneo
Envolve 2 (duas) fases:
1ª Fase: Os órgãos de boa perfusão (fígado,
coração e rins) recebem a maior parte do
fármaco
2 ª Fase: Liberação mais lenta para o tecido
adiposo, pele e osso
Concentração do fármaco distribuída em
equilíbrio com o sangue: Pode levar minutos a
horas (2ª fase)
69. Distribuição dos Fármacos
Ligação dos Fármacos às Proteínas
Quase todos os fármacos circulam no sangue:
1 – Parte livre, dissolvida no plasma
2 – Parte ligada às proteínas plasmáticas (principalmente
à albumina)
Outras proteínas que podem ligar aos fármacos: Globulinas,
lipoproteínas e glicoproteínas ácidas
Apenas a parte livre do fármaco pode ser distribuída
(atravessando o endotélio)
Ligação de um fármaco às proteínas plasmáticas:
1 – Limita a concentração da droga nos tecidos ( e no seu local
de ações)
2 – Limita a eliminação do mesmo
70.
71. Distribuição dos Fármacos
Permeabilidade Capilar
Determinada pela estrutura do capilar e natureza
química do fármaco
Capilares são constituídos por endoteliócitos
separados por pequenos espaços (exceção do
SNC)
Substâncias lipofílicas: Atravessam livremente as
células endoteliais (troca transcelular)
Substâncias hidrossolúveis: Atravessam através
dos espaços entre as células
72. Distribuição dos Fármacos
Lipossolubilidade
A lipossolubilidade de um fármaco afeta:
1 – Absorção
2 – Metabolismo
3 – Ligação às proteínas
4 – Distribuição
A distribuição é diretamente proporcional:
Gradiente de concentração transmembrana
74. Reservatórios de Fármacos
Após a administração de um fármaco:
1 – O mesmo pode atingir tecidos ricamente
perfundidos (podendo ser metabolizado e
eliminado do organismo)
2 – Algumas drogas podem se acumular nos tecidos
de baixa vascularização (tecido adiposo): Advento
de reservatórios intracelulares
Os reservatórios podem liberar os fármacos
lentamente (com maior duração de seus efeitos)
76. Biotransformação - Introdução
Metabolismo das drogas
Compostos lipossolúveis hidrossolúveis
Promove inativação dos fármacos
Aumenta a eliminação dos medicamentos
O fígado é o órgão principal
Padrões de biotransformação: Reações sintéticas
(conjugação) e Reações Não-sintéticas
(oxidação, Redução, Hidrólise)
77. Biotransformação de Drogas
Maioria das drogas: Metabolizada antes de
ser eliminada pelo organismo
Reações de metabolização (Classificação):
Fase I e Fase II
Reações de metabolização (Objetivos):
Aumentar a hidrossolubilidade (Facilitar a
excreção das drogas)
78. Reações de Metabolização
1 – Reações de Fase I
Oxidação
Redução
Hidrólise
2 – Reações de Fase II
Conjugação
Reações de síntese com grupamentos
químicos anexados à molécula original
80. Biotransformação
Enzimas da Fração Microssômica
Retículo endoplasmático liso: Unidade morfofuncional
Catalisam reações de conjugação e a maioria
das oxidações dos fármacos
Catalisam também reações de redução e
hidrólise
Concentram-se principalmente no fígado
Menor escala: rins, pulmões e cérebro
81.
82. REAÇÕES DE FASE I
CONVERTEM A DROGA ORIGINAL EM UM METABÓLITO MAIS POLAR
PODEM FORMAR COMPOSTOS ATIVOS OU INATIVOS
PREPARAM AS DROGAS PARA SOFRER REAÇÕES DE FASE II
83. REAÇÕES DE FASE I
SISTEMA MONOOXIGENASE CP 450
GRANDE FAMILIA DE ENZIMAS
84. REAÇÕES FASE II
ADIÇÃO DE UM SUBSTRATO ENDÓGENOCOMO ÁCIDO GLICURÔNICO, ACÉTICO,
SULFÚRICO OU AMINOÁCIDOS PARA FORMAÇÃO DE COMPOSTOS POLARES.
PODE SER DEPENDENTE DAS REAÇÕES DE FASE I
O CONJUGADO RESULTANTE É QUASE SEMPRE FARMACOLOGICAMENTE INATIVO E
HIDROSSOLÚVEL
85. PRÓ – FÁRMACOS
ALGUNS FÁRMACOS SÓ SE TORNAM
ATIVOS APÓS METABOLIZAÇÃO
AZATIOPRIDA – MERCAPTOPURINA
ENALAPRIL ---- ENAPRILATO
86. INDUÇÃO ENZIMÁTICA
A ADMINISTRAÇÃO REPETIDA DE DROGAS QUE
ESTIMULAM A SÍNTESE DE ENZIMAS HEPÁTICAS PODE
LEVARAO AUMENTO DA PRODUÇÃO DESTAS ENZIMAS
PELO FÍGADO
AUMENTO DO METABOLISMO DAS DROGAS , LOGO:
- DIMINUIR A AÇÃO FARMACOLÓGICA DO FÁRMACO
- QUANDO HÁ FORMAÇÃO DE METABÓLITOS ATIVOS
PODE OCORRER AUMENTO DO EFEITO DESTS
88. INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
ALGUMAS DROGAS PODEM INIBIR A ATIVIDADE
ENZIMÁTICA DO CITOCROMO P 450
DIMINUI A METABOLIZAÇÃO DA DROGA , PROLONGANDO
SEUS EFEITOS
CIMETIDINA – DIAZEPAM
FENILBUTAZONA --- FENITOÍNA
CLORANFENICOL --- PROBENICIDA
90. Eliminação dos Fármacos – Introdução
Fármacos são eliminados do organismo:
Forma inalterada e em forma de metabólitos
Compostos mais hidrossolúveis (polares):
Eliminados sem alteração
Substâncias mais lipossolúveis (apolares):
Necessitam ser metabolizados a compostos
menos lipossolúveis (mais polares)
91. Principais Vias de Eliminação
Renal (via de excreção para maioria dos
fármacos)
Biliar
Cutânea
Pulmonares (substâncias voláteis)
Oral (saliva)
Leite materno
92. Eliminação Renal
É a via mais importante para a eliminação
de fármacos e seus derivados
Processos de eliminação de fármacos:
1 – Filtração glomerular
2 – Secreção tubular ativa
3 – Reabsorção tubular passiva
93.
94. FILTRAÇÃO GLOMERULAR
PERMITE APENAS A PASSAGEM DE MOLÉCULAS
PEQUENAS
DROGAS COM FORTE LIGAÇÃO A PROTEÍNAS
PLASMÁTICAS SÃO POUCO FILTRADAS
95. SECREÇÃO TUBULAR
RESPONSÁVEL PELA MAIOR PARTE DA SECREÇÃO DE
DROGAS NOS RINS
AS DROGAS SÃO TRANSFERIDAS PARA A LUZ TUBULAR
ATRAVÉS DE CAPILARES PERITUBULARES NOS TÚBULOS
PROXIMAIS, PODE SER POR TRANSPORTE DE CÁTIOS
OU ANIONS
96. DIFUSÃO NOS TÚBULOS
DEPENDE DAS CARACTERISTICAS DE SOLUBILIDADE DAS
DROGAS
LIPOSSOLÚVEIS ----- LENTAMENTE EXCRETAFDAS
HIDROSSOLÚVEIIS ---- RAPIDAMENTE EXCRETADAS
97. REABSORÇÃO TUBULAR
É A PASSAGEM DAS SUBSTÂNCIAS CONTIDAS NOS
TUBULOS RENAIS PARA A CORRENTE SANGUINEA
102. DROGAS E AFINIDADE
QUANTO MAIOR A AFINIDADE DA DROGA PELO
RECEPTOR , MENOR A CONCENTRAÇÃO EM QUE PRODUZ
DETERMINADO NÍVEL DE OCUPAÇÃO
QUANDO DUAS OU MAIS DROGAS COMPETEM PELOS
RECEPTORES , CADA UMA POSSUI O EFEITO DE REDUZIR
A AFINIDADE APARENTE PARA OUTRAS