1. Aline Ferreira da Silva
Luciana Ferreira
Maria Eliane Barbosa Maciel
Maria Inês Santos da Silva
TUBERCULOSE
1. DEFINIÇÃO
A tuberculose é uma doença infecto contagiosa, causada por uma bactéria denominada
Mycobacterium tuberculosis, mais conhecida por Bacilo de Koch, devido ao descobridor
da bactéria. Outras bactérias podem causar a doença, como a Mycoabacterium Bovis,
africanum e microti.
De acordo com a BVS, a tuberculose “afeta principalmente os pulmões, mas, também pode
ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que
envolvem o cérebro)”.
O principal transmissor do bacilo é o homem, mas também existem casos em que o gado
doente, primatas, aves e outros mamíferos podem ser possíveis transmissores. “Calcula-se
que durante um ano, numa comunidade, um indivíduo bacilífero poderá infectar, em
média, de 10 a 15 pessoas”. (Ministério da Saúde).
O bacilo da tuberculose tem m período de incubação, que dura cerca de 4 a 12 semanas
após a infecção, sendo detectadas então as lesões primárias. A intensidade da infecção irá
depender de alguns fatores, como por exemplo, situação imunológica, condição social,
algumas doenças crônicas, dentre outras.
2. SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas podem ser distintos e nem todos os pacientes demonstram estar com
tuberculose, a esses chamamos de doentes assintomáticos. Os que apresentam as
manifestações clínicas aparentes são os pacientes sintomáticos.
Resumidamente, podemos listar os principais sinais e sintomas em:
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• Tosse persistente por mais de 3 semanas, podendo ser ou não seguido da presença
de secreção por mais de quatro semanas;
• Cansaço;
• Febre no final da tarde;
• Sudorese noturna;
• Dispnéia;
• Falta de apetite;
• Dor no peito
3. HISTÓRIA
A tuberculose no mundo teve o seu primeiro vestígio de existência antes de cristo. A que
no Brasil no por volta do fim do século XVIII a doença teve uma conotação de ‘doença
romântica “doença caracterizada por atingir poetas e intelectuais da época, já no fim do
século XIX e no XX tornou-se como um mal social pois houve incidência da doença nas
camadas mais populares da sociedade assim acarretando o estigma de que tuberculose é
doença de pobre.
Na época discutia-se os fatores susceptível a contrai a tuberculose, tendo como um dos
seus pontos abordados o ambiente mas ao longo do século XX o biológico foi ganhado
espaço e um dos marcos importantes foi a descoberta do bacilo de Koch em 1882 por
Robert Koch essa descoberta permitiu o inicio das tentativas de tratamento especifico e
conhecer mais sobre a doença e sua forma de contagio.
No Brasil as instituições filantrópicas tiveram fundamental importância, pois foi essas que
assumirão forma diferenciada do tratar da tuberculose uma descoberta que contribuiu para
o diagnostico e conhecimento da doença foi o estetoscópio por permiti ver as células que
não era possível ver a olho nu. Percebe-se que ao longo dos anos foram ocorrendo
evoluções ate descobri a cura para essa patologia.
4. DIAGNÓSTICO
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Ministério da saúde (2005) explica que para o “diagnostico da tuberculose e de outras
enfermidades se faz necessário os seguintes métodos: baciloscopia e cultura, tomografia
computadorizada do tórax, broncoscopia, prova tuberculinica cutânea (PPD), Anatomo-
patológico, sorológico, bioquímico e biologia molecular” (p.736).
A baciloscopia direta do escarro do paciente permite detectar uma das formas da doença
que mais acomete a população, que é a forma do doente bacilífero. Com uma eficiência de
70% a 80% o exame é o mais indicado para os pacientes cujo apresenta sinais e sintomas
respiratórios e ter um custo financeiro relativamente baixo.
Já a cultura de escarro ou secreção é indicada quando o exame do escarro for negativo e os
sinais e sintomas indicam que o paciente ta com tuberculose pulmonar e para as extras
pulmonares também as do tipo menigea pleural, renal e ganglionar.
A radiografia do tórax é utilizada na maioria dos casos como forma de auxílio do
diagnostico. E a tomografia computadorizada do tórax é recomendada quando a radiografia
não tem os resultados precisos; no SUS a tomografia tem uma baixa oferta por ter um custo
financeiro alto.
São existentes outros exames de segunda escolha que auxilia na comprovação da doença e
de sua forma clinica
5. TRASMISSÃO
Para um indivíduo contrair a tuberculose, o contato com um bacilo deve ser direto com a
pessoa doente, porém, nem todo indivíduo exposto ao bacilo poderá ser infectado, no qual
dependerá do sistema imunológico ou de algumas patologias.
Segundo o Ministério da Saúde (2005, p. 733), “A tuberculose é
transmitida de pessoa a pessoa, principalmente através do ar. A fala o
espiro e, principalmente, a tosse de um doente de tuberculose pulmonar
baculífera lança no ar gotículas, de tamanho variados, contendo no seu
interior o bacilo. As gotículas mais pesadas depositam-se rapidamente no
solo, enquanto que as mais leves podem permanecer em suspensão por
diversas horas. Somente os núcleos secos das gotículas (núcleo de Wells),
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com diâmetro de ate 5µ e com 1 a 2 bacilos em suspensão, podem atingir
os bronquíolos e alvéolos e ai iniciar sua multiplicação”.
6. TRATAMENTO
O tratamento para a tuberculose pulmonar e extrapulmonar é através de antibióticos, no
qual utilizam alguns fármacos para o tratamento, entre elas o RHZ, com duração mínima
de 6 meses sem interrupção. A cura é mediante ao sucesso do tratamento que acontecerá
através do acompanhamento dos profissionais de saúde.
Segundo o Ministério da Saúde (2005, P. 740): Antes de iniciar a quimioterapia, faz-se
necessário orientar o paciente quanto ao tratamento. Para isso, deve-se explicar, na
entrevista inicial e em linguagem acessível, as características da doença e o esquema de
tratamento que será seguido - drogas, duração, benefícios do uso regular da medicação,
consequências advindas do abandono do tratamento e possíveis efeitos adversos dos
medicamentos.
7. ESTATÍSTICAS
A tuberculose é mais comum em países em desenvolvimento. O Brasil apresenta
aproximadamente 85 mil casos por ano e de 5 a 6 mil de mortes pela patologia, o país junto
com outros 21 países somam cerca de 80% dos casos no mundo. Em Pernambuco até o
final do ano passado (2011) foram registrados 2.809 de novos casos, o número revela que o
estado é o terceiro maior índice do país.
Nos casos, 80% tem cura. No Brasil, desses, apenas 5% desistem do tratamento, entre
pessoas com HIV/AIDs 54% tem cura e 14% desistem do tratamento.
Segundo a Organização Mundial de Saúde um terço da população esta contaminada com o
Mycobacterium tuberculosis, dessas 10% irão desenvolver a doença. Que
aproximadamente existem no mundo cerca de 9,2 milhões de casos da doença no mundo
por ano, sendo que 1,7milhões resultam em morte. Entre os mais susceptíveis estão idosos,
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população de baixa renda, presidiários, população indígena e portadores de HIV/AID
(tuberculose é a principal causa de mortes entre os pacientes de AIDs).
De 1990 a 2006 ocorreu uma queda no numero de casos no Brasil em media 1,3% anual.
8. PREVENÇÃO
A prevenção se dá principalmente pela aplicação da vacina infantil BCG (feita de um
bacilo similar ao mycobacterium tuberculosis) ela é obrigatória, é indicada para ser
aplicada no braço direito. Na Portaria nº 452 de 06/12/1976 do Ministério da Saúde, consta
que a vacina “é prioritariamente indicada para as crianças de 0 a 4 anos de idade, sendo
obrigatória para menores de uma ano”. É recomendada a revacinação com a BCG em
crianças com 10 anos de idade, podendo ser antecipada para os seis anos. Crianças recém-
nascidas com suspeita de AIDs não devem tomar a vacina, como também é contra indicada
em casos de “peso ao nascer inferior a 2Kg, reações dermatológicas na área de aplicação,
doenças graves e uso de drogas imunossupressoras”. Ela pode oferecer até 10 anos de
proteção a criança vacinada. (Guia do Ministério da Saúde, 2005)
Evitar locais fechados e sem luz do sol, pois o bacilo de Koch é sensível a luz do sol,
recomendado também melhor qualidade de vida, alimentação e hábitos saudáveis.
“As ações para o controle da tuberculose no Brasil têm como meta diagnosticar pelo menos
90% dos casos esperados e curar pelo menos 85% dos casos diagnosticados.” (Ministério
da Saúde).