SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Baixar para ler offline
1
Aula 10
Revoluções Burguesas
Entende-se por Revoluções Burguesas os processos históricos que
consolidam o poder econômico da burguesia, bem como sua ascensão
ao poder político. Ao longo dos séculos XVII e XVIII a burguesia se
demonstrará como uma classe social revolucionária, destruindo a ordem
feudal, consolidando o capitalismo e transformando o Estado para
atender seus interesses.
As chamadas Revoluções Burguesas foram: as Revoluções
Inglesas do século XVII ( Puritana e Gloriosa ), a Independência dos
EUA, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Nesta aula iremos
tratar das Revoluções Inglesas e da Revolução Francesa - as demais
trataremos nas próximas aulas.
As Revoluções Inglesas.
No decorrer dos séculos XVI e XVII, a burguesia desenvolveu-se,
graças a ampliação da produção de mercadorias e das práticas do
mercantilismo - que auxiliaram no processo de acumulação de capitais.
No entanto, a partir de um certo desenvolvimento das chamadas
forças produtivas, a intervenção do Estado Absolutista nos assuntos
econômicos passaram a se constituir em um obstáculo para o pleno
desenvolvimento do capitalismo. A burguesia passa a defender a
liberdade comercial e a criticar o Absolutismo.
O absolutismo inglês desenvolveu-se sob duas dinastias, a dinastia
Tudor e a dinastia Stuart. Durante a dinastia Tudor houve um grande
desenvolvimento econômico inglês- principalmente no reinado da rainha
Elizabeth I :consolidação do anglicanismo; adoção das práticas
mercantilistas; início da colonização da América do Norte e o processo
da política dos cercamentos, para ampliar as áreas de pastagens e a
produção de lã. Assim, a burguesia inglesa vinha enriquecendo
2
rapidamente, ampliando cada vez mais seus negócios e dominado a
economia inglesa.
Além deste intenso desenvolvimento econômico a Inglaterra dos
séculos XVI e XVII apresentava uma outra característica: os intensos
conflitos religiosos.
A religião oficial, adotada pelo Estado era o anglicanismo, existiam
outras correntes religiosas: os protestantes ( calvinistas, luteranos e
presbiterianos ), chamados de modo geral, de puritanos. Havia ainda
católicos no país. A monarquia inglesa - anglicana - perseguia católicos
e puritanos, gerando os conflitos religiosos.
GRUPOS RELIGIOSOS E POSIÇÕES POLÍTICAS
Os católicos a partir da Reforma Anglicana passam a deixar de ter
importância na economia inglesa;
Os calvinistas - grupo mais numeroso - eram compostos por
pequenos proprietários e pelas camadas populares. O espírito calvinista,
da poupança e do trabalho refletia os interesses da burguesia inglesa.
OS CONFLITOS ENTRE MONARQUIA E PARLAMENTO
No século XVII, o Parlamento inglês contava com um grande
número de puritanos- que representavam os interesses da burguesia- e
não aceitavam mais a interferência do Estado Absolutista. Com a morte
de Elizabeth I, o trono inglês fica com os Stuarts. Foi durante esta
dinastia que ocorreram as Revoluções Inglesas.
A DINASTIA STUART.
Jaime I ( 1603/1625) -uniu a Inglaterra à Escócia, sua terra natal,
desencadeando a insatisfação da burguesia e do Parlamento, que o
consideravam estrangeiro. Realizou uma intensa perseguição a católicos
e puritanos calvinistas. Foi em virtude desta perseguição que muitos
puritanos dirigiram-se ao Novo Mundo, dando início à colonização da
América inglesa - fundação da Nova Inglaterra, uma colônia de
povoamento.
Carlos I ( 1625/1648) - sucessor de Jaime I e procurou reforçar o
absolutismo, estabelecendo novos impostos sem a aprovação do
Parlamento. Em 1628 o Parlamento impôs ao rei a "Petição dos
Direitos",que limitava os poderes monárquicos: problemas relativos a
impostos, prisões e convocações do Exército seriam atos ilegais, sem a
3
aprovação do Parlamento. No ano de 1629, Carlos I dissolveu o
Parlamento e governou sem ele por onze anos.
Em 1640, Carlos I teve que convocar novamente o Parlamento -
necessidade de novos impostos, negados pelo Parlamento. Diante da
negação, Carlos I procura novamente dissolver o Parlamento,
desencadeando uma violenta guerra civil na Inglaterra.
Revolução Puritana
A guerra civil mostrou dois lados da sociedade inglesa, de um lado
estava o partido dos Cavaleiros, que apoiavam o rei: a nobreza
proprietária de terras, os católicos e os anglicanos; de outro estava os
Cabeças Redondas ( pois não usavam cabeleiras compridas como os
nobres) partidários do Parlamento. As forças do Parlamento,
organizadas em um exército de rebeldes, eram lideradas por Oliver
Cromwell. Após uma intensa guerra civil ( 1641/1649), os Cabeças
Redondas derrotaram os Cavaleiros- aprisionando e decapitando o rei,
Carlos I, em 1649. Após a morte de Carlos I foi estabelecida uma
república na Inglaterra, período denominado "Commonwealth".
A revolução puritana marca, pela primeira vez, a execução de um
monarca por ordem do Parlamento, colocando em xeque o princípio
político da origem divina do poder do rei- influenciando os filósofos do
século XVIII ( Iluminismo).
REPÚBLICA PURITANA ( 1649/1658)
Período marcado por intolerância e rigidez de Oliver Cromwell.
Este dissolveu o Parlamento em 1653 e iniciou uma ditadura pessoal,
assumindo o título de Lorde Protetor da República.
Em 1651 foi decretado os Atos de Navegações, que protegiam os
mercadores ingleses e provocaram o enfraquecimento comercial da
Holanda. Com este ato a Inglaterra passa a ter o domínio do comércio
marítimo.
Oliver Cromwell, sob o pretexto de punir um massacre que
católicos irlandeses tinham realizado contra os protestantes, invadiu a
Irlanda, promovendo a morte de milhares de irlandeses, originando um
profundo conflito entre Irlanda e Inglaterra, que perdura ainda hoje.
Após a morte do Lorde Protetor (1658), inicia-se um período de
instabilidade política até o ano de 1660, quando o Parlamento resolveu
restaurar a monarquia.
4
A Restauração e a Revolução Gloriosa.
Carlos II ( 1660/1685) - filho de Carlos I, que no ano de 1683
dissolveu o Parlamento. Em seu reinado, o Parlamento dividiu-se em
dois partidos: Whig, composto pela burguesia liberal e adeptos de um
governo controlado pelo Parlamento e Tory, formado pelos
conservadores e adeptos do absolutismo.
Jaime II ( 1685/1688) - Era católico e com a morte de Carlos II
assumiu o poder e procurou restaurar o absolutismo monárquico, tendo
oposição dos Whigs. No ano de 1688, há o nascimento de um herdeiro -
filho de um segundo casamento com uma católica. Temendo a sucessão
de um governante católico, Whigs ( puritanos ) e Torys ( anglicanos),
aliaram-se contra Jaime II, oferecendo o trono a Guilherme de Orange,
protestante e casado com Maria Stuart - filha do primeiro casamento de
Jaime com uma protestante.
Guilherme só foi proclamado rei quando aceitou a Declaração dos
Direitos ( Bill of Rights ),que limitava os poderes do rei e estabelecia a
superioridade do Parlamento. Determinou-se também a criação de um
exército permanente, a garantia da liberdade de imprensa e liberdade
individual e proteção à propriedade privada.
A Revolução Gloriosa foi um complemento da Revolução Puritana,
garantindo a supremacia da burguesia, através do controle do
Parlamento. Também garantiu o fim do absolutismo monárquico na
Inglaterra e o surgimento do primeiro Estado burguês, sob a forma de
uma monarquia parlamentar.
A Revolução Francesa
As transformações econômicas, políticas e sociais dos séculos XVII
e princípios do século XVIII se manifestaram no plano filosófico, num
movimento de crítica ao Antigo Regime ( o Estado Absolutista e o
Mercantilismo ). Este movimento é denominado Iluminismo.
O ILUMINISMO
Entre os precursores do Iluminismo temos René Descartes que
mudou a concepção de mundo da época e defendeu a universalidade do
5
racionalismo e Isaac Newton que provou que o universo é regido por
leis.
Filósofos do Iluminismo
John Locke (1632/1704)- sua principal obra é Segundo tratado do
governo civil. Locke é um defensor da tolerância religiosa e da liberdade
política. Acreditava na liberdade e na propriedade como direitos naturais
do homem e, para manutenção destes direitos, houve um contrato entre
os homens, surgindo o governo e a sociedade civil. Os governos teriam
que respeitar os direitos naturais e, caso não fizessem, os cidadão
possuíam o direito de se rebelar contra o governo tirano. Esta idéia será
uma verdadeira arma na luta contra o absolutismo monárquico.
O pensamento de Locke contribuiu para a Revolução Gloriosa e
influenciou a elaboração da Constituição dos EUA de 1787.
Montesquieu (1689/1755)- autor de O espírito das leis, onde o
pensador preconiza a separação dos poderes ( legislativo, executivo e
judiciário), foi um crítico do absolutismo monárquico.
Voltaire (1694/1778) - severo crítico da igreja, seu pensamento é
caracterizado pelo anticlericalismo. Defensor dos direitos individuais.
Defendia uma monarquia esclarecida, onde o governo seria baseado nas
idéias dos filosofos. Escreveu Cartas inglesas.
Jean-Jacques Rousseau (1712/1778) - era crítico da propriedade
privada e da burguesia. Para Rousseau, o poder político repousava sobre
o povo, que manifestava sua vontade mediante o voto.
Seu pensamento teve muita repercursão entre as camadas
populares e a pequena burguesia. Serviu de bandeira para a Revolução
Francesa. Sua principal obra é O Contrato social.
Jean d'Alembert (1717/1783) e Denis Diderot (1713/1784)- foram
os organizadores da Enciclopédia, um resumo do pensamento iluminista,
publicada entre 1751 e 1752. Nesta imensa obra há uma valorização da
razão e da verdade atividade científica. Reafirmava a concepção de
governo como sendo fruto de um contrato entre governantes e
governados.
PENSAMENTO ECONÔMICO DO ILUMINISMO
O pensamento econômico do Iluminismo estava centrado na
questão da liberdade econômica, desenvolvendo-se duas escolas: os
6
fisiocratas e os liberais. as duas escolas criticavam o mercantilismo e o
pacto colonial, atendendo os interesses da burguesia.
Os fisiocratas- criticavam as práticas mercantilistas e propunham
o fim da intervenção do Estado nos assuntos econômicos. Segundo os
fisiocratas a economia funcionaria seguindo suas próprias leis.
Afirmavam que a fonte de riqueza era a terra. O lema dos fisiocratas era
"Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même" ( "Deixai fazer,
deixai passar, que o mundo anda por si mesmo").
Os principais nomes desta escola foram: Quesnay, Turgot e
Gournay.
Os liberais- assim como os fisiocratas criticavam as práticas
mercantilistas, porém, ao contrário deles, os liberais consideravam o
trabalho como a principal fonte de riquezas. Defendiam a concorrência,
a divisão do trabalho e o livre comércio. O principal teórico desta ecola
foi Adam Smith, que sistematizou o pensamento liberal na obra A
riqueza das nações. As idéias liberais são conhecidas como liberalismo
econômico e constituem as premissas básicas do capitalismo liberal.
CONSEQÜÊNCIAS DO ILUMINISMO.
O Iluminismo criticava o absolutismo, o mercantilismo, a
intolerância religiosa e afirmava que os homens são iguais, perante a
Natureza. Assim, a desigualdade entre os homens é fruto da sociedade.
Para que haja uma sociedade justa é necessário a igualdade entre os
homens e a liberdade de expressão.
As idéias iluministas teve intensa repercussão em toda a Europa-
influenciou sobremaneira na Revolução Francesa. Na América, o
Iluminismo inspirou a independência dos EUA e contribuíram para que
os Estados absolutistas da Europa patrocinassem reformas políticas.
Essa política de reforma foi denominada despotismo esclarecido,
caracterizada por projetos de modernizações e pela racionalização da
administração. Os principais déspotas esclarecidos foram José II , da
Áustria; Catarina II, da Rússia; Frederico II, da Prússia e o marquês de
Pombal, ministro de José I, rei de Portugal.
7
A Revolução Francesa.
A exemplo do que ocorreu na Inglaterra, no final do século XVIII,
o absolutismo constituía um enorme obstáculo para o pleno
desenvolvimento da burguesia francesa. A Revolução Francesa foi um
reflexo da luta da burguesia pelo poder político.
No entanto, o processo da Revolução Francesa não é um
movimento isolado. Ele está inserido num conjunto de revoluções que
questionavam o absolutismo, sendo um movimento que assolou toda a
Europa e a América.
Sendo assim, a Revolução carrega o termo "Francesa" pois eclodiu
na França- por uma série de fatores - no entanto as suas propostas
eram universais.
"Os burgueses franceses de 1789 afirmavam que a libertação da
burguesia era a emancipação de toda a humanidade" ( Karl Marx e
Friedrich Engels ).
AS CAUSAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA.
Intelectuais- a difusão das idéias iluministas de liberdade,
igualdade e fraternidade , que orientaram os revolucionários franceses
na luta contra o absolutismo e a desigualdade social.
Políticas- o despotismo dos Bourbons. Enquanto a maioria das
nações européias, sob a influência do Iluminismo, procuravam se
modernizar, o estado francês continuava arraigado no absolutismo
monárquico. Na França do século XVIII, o poder do rei ainda era
considerado como de origem divina.
Econômicas- a França encontrava-se em uma grave crise
econômica, em virtude das péssimas colheitas e na falta de alimentos.
Os aumentos de preços provocam a fome e acentuam a miséria dos
camponeses. Além da crise econômica, o Estado Francês passava por
uma gravíssima crise financeira, graças ao envolvimento da França na
guerra dos Sete Anos ( 1756/1763) e na guerra de independência dos
Estados Unidos- que acarretaram enormes gastos, ampliando a dívida
do Estado. Para solucionar este quadro o Estado precisava aumentar sua
arrecadação, o que implicava em um aumento dos impostos.
Sociais - a questão tributária na França vai gerar uma grave crise
política, em virtude da organização da sociedade francesa nesta época.
8
A sociedade francesa era estamental, apresentando três ordens. O
clero que estava isento de qualquer tributação; a nobreza, além da
isenção tributária era possuidora de privilégios judiciários. A terceira
ordem era bastante heterogênea: era composta pela alta burguesia
(banqueiros, industriais e comerciantes), média burguesia (funcionários
públicos e profissionais liberais ) e baixa burguesia ( os pequenos
comerciantes); também as chamadas camadas populares ( artesãos,
operários, camponeses e servos). Os homens das camadas urbanas das
cidades eram apelidados de sans-culottes ( usavam calças compridas
em vez dos calções aristocráticos).
O terceiro Estado era a ordem que sustentava os gastos e os luxos
do Estado francês.
Para ampliar a arrecadação tributária, o Estado convoca a
Assembléia dos Notáveis, composta pelo clero e pela nobreza,
convocando estas ordens a pagarem impostos. Diante da recusa destes,
o rei Luís XVI convocou os Estados Gerais, assembléia que reunia
representantes dos três Estados.
No entanto, o sistema de votação dos Estados Gerais era em
ordens separadas. Assim, ficava garantida a supremacia do clero e da
nobreza ( somavam dois votos ) contra um voto do Terceiro Estado.
Contra este método tradicional de votação, os representantes do
Terceiro Estado passam a exigir o voto individual ( o Primeiro Estado
tinha 291 deputados, o Segundo 270 e o Terceiro 578). O Terceiro
Estado esperava o apoio dos deputados do baixo clero e da nobreza
togada, para conquistar a maioria.
Diante do impasse político, o Terceiro Estado rebela-se e a 9 de
julho de 1789 , com a ajuda de deputados do baixo clero, declara-se em
Assembléia Nacional Constituinte - começa a Revolução Francesa.
AS ETAPAS DA REVOLUÇÃO.
Assembléia Nacional ( 1789/1792)
Fase em que ocorreu a tomada da Bastilha ( 14/07/1789), um
prisão que representava o absolutismo francês. É o marco da revolução.
Os camponeses, por seu lado, rebelaram-se contra os senhores:
invasão das propriedades, queima de documentos de servidão,
assassinatos. Tal reação é conhecida como o Grande Medo. Os
camponeses reivindicavam o fim dos privilégios feudais e terras.
9
Em agosto de 1791 foi aprovada uma lei que abolia os privilégios
feudais. No mesmo mês, no dia 26, a Assembléia aprovou a Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão - um síntese da concepção
burguesa da sociedade: liberdade, igualdade, inviolabilidade da
propriedade privada, bem como o direito a resistir à opressão.
Em setembro de 1791, foi promulgada uma nova Constituição, que
diminuía os poderes reais, e transferia o poder de decretar leis ao
Parlamento. O direito ao voto foi restringido também, em virtude de seu
caráter censitário.
Pela Constituição os privilégios feudais foram extintos, garantindo-
se a igualdade civil, os bens da igreja foram nacionalizados; o clero
transformado numa instituição civil e sustentado pelo Estado.
Nesta fase desenvolveu-se os seguintes grupos políticos:
-os girondinos: representantes da alta burguesia;
-os jacobinos: representantes da pequena burguesia e com
influência nas camadas populares (sans-culottes)
O processo revolucionário francês não foi bem visto pelos regimes
absolutistas da Europa. A reação foi imediata: intervenção militar na
França para sufocar a revolução. O exército francês era
sistematicamente derrotado. Em 25 de julho de 1792, Robespierre
acusou o rei de traição. Em 09 de agosto o rei, Luís XVI, foi preso. A
Assembléia convocou novas eleições para uma nova Convenção
Nacional.
Convenção Nacional ( 1792/1795)
Período do Terror.
O rei foi condenado à morte por traição, criação do Tribunal de
Salvação Pública- para julgamento dos inimigos; foi decretado o fim da
monarquia e proclamada a República.
Uma nova Constituição foi elaborada, sendo considerada a mais
democrática de toda a Europa, instituindo o voto universal, tornou a
educação livre e obrigatória.
Neste período, onde a liderança era exercida por Robespierre, foi
imposto o Édito Máximo, ou seja, o tabelamento dos preços máximos -
procurando beneficiar as camadas populares. Foi abolida a escravidão
nas colônias, gerando a independência do Haiti.
Representando a pequena burguesia, Robespierre incentivou a
pequena propriedade no campo e diminuiu a influência da Igreja na
sociedade francesa.
10
Porém, o radicalismo de Robespierre contribuiu para o isolamento
de seu governo - a perseguição aos líderes populares e a intervenção
nas atividades econômicas, contribuíram para o sucesso da reação
conservadora.
No dia 9 Termidor ( a Convenção realizou uma reforma no
calendário ), os jacobinos foram considerados fora da lei, sendo seus
líderes presos e guilhotinados ( Robespierre e Saint-Just ). Acabava-se
assim a fase do Terror e iniciava-se uma nova, e ultima fase: O
Diretório.
Diretório ( 1795/1799)
Com o golpe de 9 Termidor ( a Reação Termidoriana), os
girondinos ocupam o poder. Uma nova Constituição é organizada e o
Poder Executivo passa a ser exercido por um Diretório, formado por
cinco membros eleitos por um período de cinco anos.
Período de caráter anti-revolucionário, onde a escravidão nas
colônias foi restaurada, o Édito do Máximo foi suprimido e os jacobinos
perseguidos ( o Terror Branco ).
O Diretório enfrentava forte oposição de monarquistas e de
republicanos radicais. Em maio de 1796, um jacobino de nome Graco
Babeuf liderou uma revolta, a Conjura dos Iguais, reprimida por
Napoleão Bonaparte.
A França continuava em guerra, contra a Áustria, Prússia,
Inglaterra, Espanha e Holanda. Foi neste cenário que se destacou o
general Napoleão Bonaparte. Este comandou uma ofensiva contra a
Itália dominando a região do Piemonte.
Em 1797 a Áustria foi derrotada. Napoleão conquistou o Egito -
possessão inglesa - e planejava conquistar a Índia ( para enfraquecer a
Inglaterra ).
As guerras aumentavam a inflação, gerando revoltas populares.
Aproveitando seu enorme prestígio popular, Napoleão Bonaparte, após o
boato de um golpe de Estado planejado pelo jacobinos, depõe o
Diretório ocupa o poder- episódio conhecido como18 Brumário. É o fim
do período revolucionário e o início da consolidação das conquistas
burguesas.
11
EXERCÍCIOS
1) (UEMT) - A Declaração de Direitos, imposta a Guilherme de
Orange após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, estabeleceu,
entre outros pontos, que:
a) a autoridade do monarca sobrepõe-se à do Parlamento;
b) a origem divina da Monarquia concede-lhe privilégios;
c) o poder da lei é superior ao poder do monarca;
d) o Parlamento legisla por delegação especial do rei;
e) a vontade do rei é lei, independentemente do Parlamento.
2)(VUNESP) O "Ato de Navegação" de 1651 teve importância e
conseqüências consideráveis na história da Inglaterra porque:
a) favoreceu a Holanda, que obtinha grandes lucros com o
comércio inglês;
b) contribuiu para aumentar o poder e favorecer a supremacia
marítima inglesa no mundo;
c) Oliver Cromwell dissolveu o Parlamento e se tornou ditador;
d) Considerava o trabalho como a verdadeira fonte de
riquezas;
e) Abolia todas as práticas protecionistas.
2) Sobre o despotismo esclarecido, é correto afirmar que:
a) foi um fenômeno comum a todas as monarquias européias,
tendo por característica a utilização dos princípios do
Iluminismo;
b) os déspotas esclarecidos foram responsáveis pela
sustentação e difusão das idéias iluministas elaboradas
pelos filósofos da época;
c) foi uma tentativa bem-intencionada, embora fracassada,
das monarquias européias no sentido de reformar
estruturalmente seus estados;
12
d) foram os burgueses europeus que convenceram os reis a
adotar o programa de modernização proposto pelos filósofos
iluministas;
e) foi uma tentativa, mais ou menos bem-sucedida, de
algumas monarquias reformarem, sem alterá-las, as
estruturas vigentes.
4)(CESGRANRIO) - assinale a alternativa INCORRETA:
Ao criticar o mercantilismo, os fisiocratas visavam:
a) eliminar a intervenção do estado na vida econômica;
b) abolir os monopólios e privilégios;
c) permitir a livre circulação monetária;
d) desenvolver as colônias;
e) dar ênfase à agricultura como principal setor da atividade
econômica.
5) (MACK) Sobre as Revolução Francesa, é incorreto afirmar que:
a) os dois clubes mais importantes foram o Clube dos
Cordeliers e o Clube dos Jacobinos;
b) ela representou uma ruptura estrutural, pois a burguesia,
até então marginalizada em relação ao poder político,
sublevou-se, tornando senhora do Estado;
c) a convocação dos Estado Gerais foi uma demonstração da
força econômica do Antigo Regime;
d) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi a
síntese da concepção burguesa da sociedade;
e) a Bastilha, antiga prisão do Estado, foi tomada de assalto
por artesãos, operários, pequenos comerciantes, lavadeiras
e costureiras.
6) (UFMG) - O Grande Medo de 1789 foi um dramático
acontecimento histórico, ocorrido no interior da Revolução Francesa.
Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre o Grande
Medo, exceto:
13
a) Fez parte de uma conjuntura marcada por numerosas
agitações e insurreições urbanas e rurais;
b) Foi provocado pelo receio, entre os revolucionários e o povo
em geral, de um complô das hordas inimigas da Revolução
e do povo;
c) Foi uma das fases da revolução camponesa que, durante os
primeiros anos da Revolução Francesa, impulsionou e
conduziu a revolução burguesa;
d) Foi um acontecimento fundamentado em reações coletivas
de medo e pânico da população diante da divulgação de
boatos;
e) Gerou fugas, mas também, medidas preventivas, tais como
ataques à propriedades aristocráticas e a decisão de armar
a população para enfrentar os inimigos.
14
Respostas
1 C 2 B 3 E 4 D 5 C 6 C

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 11 rev. industrial e socialismo
Aula 11   rev. industrial e socialismoAula 11   rev. industrial e socialismo
Aula 11 rev. industrial e socialismoJonatas Carlos
 
Pré vestibular Murialdo - Idade Contemporânea - aula 01
Pré vestibular Murialdo - Idade Contemporânea - aula 01Pré vestibular Murialdo - Idade Contemporânea - aula 01
Pré vestibular Murialdo - Idade Contemporânea - aula 01Daniel Alves Bronstrup
 
Revolução Russa
Revolução RussaRevolução Russa
Revolução RussaAlan
 
Unidade 6 revoluções e estados_liberais_e_conservadores
Unidade 6 revoluções e estados_liberais_e_conservadoresUnidade 6 revoluções e estados_liberais_e_conservadores
Unidade 6 revoluções e estados_liberais_e_conservadoresVítor Santos
 
O Fim do Antigo Regime, Revolução Francesa e Era Napoleônica.
O Fim do Antigo Regime, Revolução Francesa e Era Napoleônica.O Fim do Antigo Regime, Revolução Francesa e Era Napoleônica.
O Fim do Antigo Regime, Revolução Francesa e Era Napoleônica.João Medeiros
 
3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX
3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX
3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIXDaniel Alves Bronstrup
 
15 25abril
15 25abril15 25abril
15 25abrilR C
 
G2 as revoluções liberais
G2 as revoluções liberaisG2 as revoluções liberais
G2 as revoluções liberaisVítor Santos
 
42 a revolução russa
42   a revolução russa42   a revolução russa
42 a revolução russaCarla Freitas
 
Revolução Francesa por Hobsbawm
Revolução Francesa por HobsbawmRevolução Francesa por Hobsbawm
Revolução Francesa por HobsbawmAléxia Martins
 
5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
5 05  a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos5 05  a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunosVítor Santos
 
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)missaodiplomatica
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução FrancesaBriefCase
 

Mais procurados (20)

Aula 11 rev. industrial e socialismo
Aula 11   rev. industrial e socialismoAula 11   rev. industrial e socialismo
Aula 11 rev. industrial e socialismo
 
Revoluções de 1830 e 1848 2020
Revoluções de 1830 e 1848 2020Revoluções de 1830 e 1848 2020
Revoluções de 1830 e 1848 2020
 
Neocolonialismo ou Imperialismo
Neocolonialismo ou ImperialismoNeocolonialismo ou Imperialismo
Neocolonialismo ou Imperialismo
 
História
HistóriaHistória
História
 
Pré vestibular Murialdo - Idade Contemporânea - aula 01
Pré vestibular Murialdo - Idade Contemporânea - aula 01Pré vestibular Murialdo - Idade Contemporânea - aula 01
Pré vestibular Murialdo - Idade Contemporânea - aula 01
 
Revolução Russa
Revolução RussaRevolução Russa
Revolução Russa
 
Unidade 6 revoluções e estados_liberais_e_conservadores
Unidade 6 revoluções e estados_liberais_e_conservadoresUnidade 6 revoluções e estados_liberais_e_conservadores
Unidade 6 revoluções e estados_liberais_e_conservadores
 
O Fim do Antigo Regime, Revolução Francesa e Era Napoleônica.
O Fim do Antigo Regime, Revolução Francesa e Era Napoleônica.O Fim do Antigo Regime, Revolução Francesa e Era Napoleônica.
O Fim do Antigo Regime, Revolução Francesa e Era Napoleônica.
 
3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX
3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX
3ão - Revoluções e Unificações na Europa séc XIX
 
15 25abril
15 25abril15 25abril
15 25abril
 
G2 as revoluções liberais
G2 as revoluções liberaisG2 as revoluções liberais
G2 as revoluções liberais
 
3ºano - Revoluções na França
3ºano - Revoluções na França3ºano - Revoluções na França
3ºano - Revoluções na França
 
42 a revolução russa
42   a revolução russa42   a revolução russa
42 a revolução russa
 
3ºão - resumão - imperialismos
3ºão - resumão - imperialismos3ºão - resumão - imperialismos
3ºão - resumão - imperialismos
 
Cronologia prec
Cronologia precCronologia prec
Cronologia prec
 
Revolução Francesa por Hobsbawm
Revolução Francesa por HobsbawmRevolução Francesa por Hobsbawm
Revolução Francesa por Hobsbawm
 
5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
5 05  a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos5 05  a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix alunos
 
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)
Estudos CACD Missão Diplomática - História Mundial Aula Resumo 01 (1776 a 1815)
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
Revolução Francesa 2020
Revolução Francesa 2020Revolução Francesa 2020
Revolução Francesa 2020
 

Semelhante a Aula 10 revoluções burguesas

Apostila 2ª fase - Sagrado
Apostila 2ª fase - SagradoApostila 2ª fase - Sagrado
Apostila 2ª fase - Sagradojorgeccpeixoto
 
Revolução inglesa industrial
Revolução inglesa industrialRevolução inglesa industrial
Revolução inglesa industrialSimone Borges
 
1 216-ensino-fundamental-7a-serie-historia-jadilson-silveira-revolucao-inglesa1
1 216-ensino-fundamental-7a-serie-historia-jadilson-silveira-revolucao-inglesa11 216-ensino-fundamental-7a-serie-historia-jadilson-silveira-revolucao-inglesa1
1 216-ensino-fundamental-7a-serie-historia-jadilson-silveira-revolucao-inglesa1flaviaLION
 
A revolução inglesa
A revolução inglesaA revolução inglesa
A revolução inglesaJanayna Lira
 
A revolucao inglesa
A revolucao inglesaA revolucao inglesa
A revolucao inglesaLucas pk'
 
Revoluções inglesas
Revoluções inglesasRevoluções inglesas
Revoluções inglesasKelly Delfino
 
Absolutismo mercantilismo
Absolutismo   mercantilismoAbsolutismo   mercantilismo
Absolutismo mercantilismoKelly Delfino
 
Revolução Inglesa
Revolução Inglesa Revolução Inglesa
Revolução Inglesa Hugo Araujo
 
Revolucao Inglesa e Iluminismo
Revolucao Inglesa e IluminismoRevolucao Inglesa e Iluminismo
Revolucao Inglesa e Iluminismoeiprofessor
 
Moderna ii, contemporânea i,brasil_império_i,américa_ii
Moderna ii, contemporânea i,brasil_império_i,américa_iiModerna ii, contemporânea i,brasil_império_i,américa_ii
Moderna ii, contemporânea i,brasil_império_i,américa_iiJulia Selistre
 
Revolução Inglesa
Revolução InglesaRevolução Inglesa
Revolução Inglesajoana71
 
ATIVIDADEDISCURSIVASOBREAREVOLUÇÃOINGLESA.pdf
ATIVIDADEDISCURSIVASOBREAREVOLUÇÃOINGLESA.pdfATIVIDADEDISCURSIVASOBREAREVOLUÇÃOINGLESA.pdf
ATIVIDADEDISCURSIVASOBREAREVOLUÇÃOINGLESA.pdfMARIANEBARBOSADACRUZ
 

Semelhante a Aula 10 revoluções burguesas (20)

Apostila 2ª fase - Sagrado
Apostila 2ª fase - SagradoApostila 2ª fase - Sagrado
Apostila 2ª fase - Sagrado
 
Revolução inglesa industrial
Revolução inglesa industrialRevolução inglesa industrial
Revolução inglesa industrial
 
1 216-ensino-fundamental-7a-serie-historia-jadilson-silveira-revolucao-inglesa1
1 216-ensino-fundamental-7a-serie-historia-jadilson-silveira-revolucao-inglesa11 216-ensino-fundamental-7a-serie-historia-jadilson-silveira-revolucao-inglesa1
1 216-ensino-fundamental-7a-serie-historia-jadilson-silveira-revolucao-inglesa1
 
A revolução inglesa
A revolução inglesaA revolução inglesa
A revolução inglesa
 
A era das revoluções
A era das  revoluçõesA era das  revoluções
A era das revoluções
 
A Era das Revoluções
A Era das RevoluçõesA Era das Revoluções
A Era das Revoluções
 
A revolução inglesa
A revolução inglesaA revolução inglesa
A revolução inglesa
 
A revolucao inglesa
A revolucao inglesaA revolucao inglesa
A revolucao inglesa
 
A revolução inglesa
A revolução inglesaA revolução inglesa
A revolução inglesa
 
Resumo revoluoesinglesas
Resumo revoluoesinglesasResumo revoluoesinglesas
Resumo revoluoesinglesas
 
Td 5 história i
Td 5   história iTd 5   história i
Td 5 história i
 
As Principais Revoluções Liberais
As Principais Revoluções Liberais As Principais Revoluções Liberais
As Principais Revoluções Liberais
 
Revolução inglesa
Revolução inglesaRevolução inglesa
Revolução inglesa
 
Revoluções inglesas
Revoluções inglesasRevoluções inglesas
Revoluções inglesas
 
Absolutismo mercantilismo
Absolutismo   mercantilismoAbsolutismo   mercantilismo
Absolutismo mercantilismo
 
Revolução Inglesa
Revolução Inglesa Revolução Inglesa
Revolução Inglesa
 
Revolucao Inglesa e Iluminismo
Revolucao Inglesa e IluminismoRevolucao Inglesa e Iluminismo
Revolucao Inglesa e Iluminismo
 
Moderna ii, contemporânea i,brasil_império_i,américa_ii
Moderna ii, contemporânea i,brasil_império_i,américa_iiModerna ii, contemporânea i,brasil_império_i,américa_ii
Moderna ii, contemporânea i,brasil_império_i,américa_ii
 
Revolução Inglesa
Revolução InglesaRevolução Inglesa
Revolução Inglesa
 
ATIVIDADEDISCURSIVASOBREAREVOLUÇÃOINGLESA.pdf
ATIVIDADEDISCURSIVASOBREAREVOLUÇÃOINGLESA.pdfATIVIDADEDISCURSIVASOBREAREVOLUÇÃOINGLESA.pdf
ATIVIDADEDISCURSIVASOBREAREVOLUÇÃOINGLESA.pdf
 

Mais de Jonatas Carlos

Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasilAula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasilJonatas Carlos
 
Aula 26 modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26   modernismo no brasil - 3ª faseAula 26   modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26 modernismo no brasil - 3ª faseJonatas Carlos
 
Aula 25 modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)
Aula 25   modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)Aula 25   modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)
Aula 25 modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)Jonatas Carlos
 
Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)Jonatas Carlos
 
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23   modernismo no brasil - 1ª faseAula 23   modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª faseJonatas Carlos
 
Aula 22 modernismo no brasil
Aula 22   modernismo no brasilAula 22   modernismo no brasil
Aula 22 modernismo no brasilJonatas Carlos
 
Aula 21 modernismo em portugal
Aula 21   modernismo em portugalAula 21   modernismo em portugal
Aula 21 modernismo em portugalJonatas Carlos
 
Aula 20 vanguarda européia
Aula 20   vanguarda européiaAula 20   vanguarda européia
Aula 20 vanguarda européiaJonatas Carlos
 
Aula 19 pré - modernismo - brasil
Aula 19   pré - modernismo - brasilAula 19   pré - modernismo - brasil
Aula 19 pré - modernismo - brasilJonatas Carlos
 
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18   simbolismo em portugal e no brasilAula 18   simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasilJonatas Carlos
 
Aula 16 machado de assis
Aula 16   machado de assisAula 16   machado de assis
Aula 16 machado de assisJonatas Carlos
 
Aula 15 realismo - naturalismo no brasil
Aula 15   realismo - naturalismo no brasilAula 15   realismo - naturalismo no brasil
Aula 15 realismo - naturalismo no brasilJonatas Carlos
 
Aula 14 eça de queiroz e o realismo
Aula 14   eça de queiroz e o realismoAula 14   eça de queiroz e o realismo
Aula 14 eça de queiroz e o realismoJonatas Carlos
 
Aula 13 realismo - naturalismo em portugal
Aula 13   realismo - naturalismo em portugalAula 13   realismo - naturalismo em portugal
Aula 13 realismo - naturalismo em portugalJonatas Carlos
 
Aula 12 romantismo no brasil - prosa
Aula 12   romantismo no brasil - prosaAula 12   romantismo no brasil - prosa
Aula 12 romantismo no brasil - prosaJonatas Carlos
 
Aula 11 gerações românticas no brasil
Aula 11   gerações românticas no brasilAula 11   gerações românticas no brasil
Aula 11 gerações românticas no brasilJonatas Carlos
 
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
Aula 10   romantismo no brasil e em portugalAula 10   romantismo no brasil e em portugal
Aula 10 romantismo no brasil e em portugalJonatas Carlos
 
Aula 08 arcadismo no brasil
Aula 08   arcadismo no brasilAula 08   arcadismo no brasil
Aula 08 arcadismo no brasilJonatas Carlos
 

Mais de Jonatas Carlos (20)

Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasilAula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
 
Aula 26 modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26   modernismo no brasil - 3ª faseAula 26   modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26 modernismo no brasil - 3ª fase
 
Aula 25 modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)
Aula 25   modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)Aula 25   modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)
Aula 25 modernismo no brasil - 2ª fase (prosa)
 
Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)Aula 24   modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
Aula 24 modernismo no brasil - 2ª fase (poesia)
 
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23   modernismo no brasil - 1ª faseAula 23   modernismo no brasil - 1ª fase
Aula 23 modernismo no brasil - 1ª fase
 
Aula 22 modernismo no brasil
Aula 22   modernismo no brasilAula 22   modernismo no brasil
Aula 22 modernismo no brasil
 
Aula 21 modernismo em portugal
Aula 21   modernismo em portugalAula 21   modernismo em portugal
Aula 21 modernismo em portugal
 
Aula 20 vanguarda européia
Aula 20   vanguarda européiaAula 20   vanguarda européia
Aula 20 vanguarda européia
 
Aula 19 pré - modernismo - brasil
Aula 19   pré - modernismo - brasilAula 19   pré - modernismo - brasil
Aula 19 pré - modernismo - brasil
 
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18   simbolismo em portugal e no brasilAula 18   simbolismo em portugal e no brasil
Aula 18 simbolismo em portugal e no brasil
 
Aula 17 parnasianismo
Aula 17   parnasianismoAula 17   parnasianismo
Aula 17 parnasianismo
 
Aula 16 machado de assis
Aula 16   machado de assisAula 16   machado de assis
Aula 16 machado de assis
 
Aula 15 realismo - naturalismo no brasil
Aula 15   realismo - naturalismo no brasilAula 15   realismo - naturalismo no brasil
Aula 15 realismo - naturalismo no brasil
 
Aula 14 eça de queiroz e o realismo
Aula 14   eça de queiroz e o realismoAula 14   eça de queiroz e o realismo
Aula 14 eça de queiroz e o realismo
 
Aula 13 realismo - naturalismo em portugal
Aula 13   realismo - naturalismo em portugalAula 13   realismo - naturalismo em portugal
Aula 13 realismo - naturalismo em portugal
 
Aula 12 romantismo no brasil - prosa
Aula 12   romantismo no brasil - prosaAula 12   romantismo no brasil - prosa
Aula 12 romantismo no brasil - prosa
 
Aula 11 gerações românticas no brasil
Aula 11   gerações românticas no brasilAula 11   gerações românticas no brasil
Aula 11 gerações românticas no brasil
 
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
Aula 10   romantismo no brasil e em portugalAula 10   romantismo no brasil e em portugal
Aula 10 romantismo no brasil e em portugal
 
Aula 09 romantismo
Aula 09   romantismoAula 09   romantismo
Aula 09 romantismo
 
Aula 08 arcadismo no brasil
Aula 08   arcadismo no brasilAula 08   arcadismo no brasil
Aula 08 arcadismo no brasil
 

Último

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 

Aula 10 revoluções burguesas

  • 1. 1 Aula 10 Revoluções Burguesas Entende-se por Revoluções Burguesas os processos históricos que consolidam o poder econômico da burguesia, bem como sua ascensão ao poder político. Ao longo dos séculos XVII e XVIII a burguesia se demonstrará como uma classe social revolucionária, destruindo a ordem feudal, consolidando o capitalismo e transformando o Estado para atender seus interesses. As chamadas Revoluções Burguesas foram: as Revoluções Inglesas do século XVII ( Puritana e Gloriosa ), a Independência dos EUA, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Nesta aula iremos tratar das Revoluções Inglesas e da Revolução Francesa - as demais trataremos nas próximas aulas. As Revoluções Inglesas. No decorrer dos séculos XVI e XVII, a burguesia desenvolveu-se, graças a ampliação da produção de mercadorias e das práticas do mercantilismo - que auxiliaram no processo de acumulação de capitais. No entanto, a partir de um certo desenvolvimento das chamadas forças produtivas, a intervenção do Estado Absolutista nos assuntos econômicos passaram a se constituir em um obstáculo para o pleno desenvolvimento do capitalismo. A burguesia passa a defender a liberdade comercial e a criticar o Absolutismo. O absolutismo inglês desenvolveu-se sob duas dinastias, a dinastia Tudor e a dinastia Stuart. Durante a dinastia Tudor houve um grande desenvolvimento econômico inglês- principalmente no reinado da rainha Elizabeth I :consolidação do anglicanismo; adoção das práticas mercantilistas; início da colonização da América do Norte e o processo da política dos cercamentos, para ampliar as áreas de pastagens e a produção de lã. Assim, a burguesia inglesa vinha enriquecendo
  • 2. 2 rapidamente, ampliando cada vez mais seus negócios e dominado a economia inglesa. Além deste intenso desenvolvimento econômico a Inglaterra dos séculos XVI e XVII apresentava uma outra característica: os intensos conflitos religiosos. A religião oficial, adotada pelo Estado era o anglicanismo, existiam outras correntes religiosas: os protestantes ( calvinistas, luteranos e presbiterianos ), chamados de modo geral, de puritanos. Havia ainda católicos no país. A monarquia inglesa - anglicana - perseguia católicos e puritanos, gerando os conflitos religiosos. GRUPOS RELIGIOSOS E POSIÇÕES POLÍTICAS Os católicos a partir da Reforma Anglicana passam a deixar de ter importância na economia inglesa; Os calvinistas - grupo mais numeroso - eram compostos por pequenos proprietários e pelas camadas populares. O espírito calvinista, da poupança e do trabalho refletia os interesses da burguesia inglesa. OS CONFLITOS ENTRE MONARQUIA E PARLAMENTO No século XVII, o Parlamento inglês contava com um grande número de puritanos- que representavam os interesses da burguesia- e não aceitavam mais a interferência do Estado Absolutista. Com a morte de Elizabeth I, o trono inglês fica com os Stuarts. Foi durante esta dinastia que ocorreram as Revoluções Inglesas. A DINASTIA STUART. Jaime I ( 1603/1625) -uniu a Inglaterra à Escócia, sua terra natal, desencadeando a insatisfação da burguesia e do Parlamento, que o consideravam estrangeiro. Realizou uma intensa perseguição a católicos e puritanos calvinistas. Foi em virtude desta perseguição que muitos puritanos dirigiram-se ao Novo Mundo, dando início à colonização da América inglesa - fundação da Nova Inglaterra, uma colônia de povoamento. Carlos I ( 1625/1648) - sucessor de Jaime I e procurou reforçar o absolutismo, estabelecendo novos impostos sem a aprovação do Parlamento. Em 1628 o Parlamento impôs ao rei a "Petição dos Direitos",que limitava os poderes monárquicos: problemas relativos a impostos, prisões e convocações do Exército seriam atos ilegais, sem a
  • 3. 3 aprovação do Parlamento. No ano de 1629, Carlos I dissolveu o Parlamento e governou sem ele por onze anos. Em 1640, Carlos I teve que convocar novamente o Parlamento - necessidade de novos impostos, negados pelo Parlamento. Diante da negação, Carlos I procura novamente dissolver o Parlamento, desencadeando uma violenta guerra civil na Inglaterra. Revolução Puritana A guerra civil mostrou dois lados da sociedade inglesa, de um lado estava o partido dos Cavaleiros, que apoiavam o rei: a nobreza proprietária de terras, os católicos e os anglicanos; de outro estava os Cabeças Redondas ( pois não usavam cabeleiras compridas como os nobres) partidários do Parlamento. As forças do Parlamento, organizadas em um exército de rebeldes, eram lideradas por Oliver Cromwell. Após uma intensa guerra civil ( 1641/1649), os Cabeças Redondas derrotaram os Cavaleiros- aprisionando e decapitando o rei, Carlos I, em 1649. Após a morte de Carlos I foi estabelecida uma república na Inglaterra, período denominado "Commonwealth". A revolução puritana marca, pela primeira vez, a execução de um monarca por ordem do Parlamento, colocando em xeque o princípio político da origem divina do poder do rei- influenciando os filósofos do século XVIII ( Iluminismo). REPÚBLICA PURITANA ( 1649/1658) Período marcado por intolerância e rigidez de Oliver Cromwell. Este dissolveu o Parlamento em 1653 e iniciou uma ditadura pessoal, assumindo o título de Lorde Protetor da República. Em 1651 foi decretado os Atos de Navegações, que protegiam os mercadores ingleses e provocaram o enfraquecimento comercial da Holanda. Com este ato a Inglaterra passa a ter o domínio do comércio marítimo. Oliver Cromwell, sob o pretexto de punir um massacre que católicos irlandeses tinham realizado contra os protestantes, invadiu a Irlanda, promovendo a morte de milhares de irlandeses, originando um profundo conflito entre Irlanda e Inglaterra, que perdura ainda hoje. Após a morte do Lorde Protetor (1658), inicia-se um período de instabilidade política até o ano de 1660, quando o Parlamento resolveu restaurar a monarquia.
  • 4. 4 A Restauração e a Revolução Gloriosa. Carlos II ( 1660/1685) - filho de Carlos I, que no ano de 1683 dissolveu o Parlamento. Em seu reinado, o Parlamento dividiu-se em dois partidos: Whig, composto pela burguesia liberal e adeptos de um governo controlado pelo Parlamento e Tory, formado pelos conservadores e adeptos do absolutismo. Jaime II ( 1685/1688) - Era católico e com a morte de Carlos II assumiu o poder e procurou restaurar o absolutismo monárquico, tendo oposição dos Whigs. No ano de 1688, há o nascimento de um herdeiro - filho de um segundo casamento com uma católica. Temendo a sucessão de um governante católico, Whigs ( puritanos ) e Torys ( anglicanos), aliaram-se contra Jaime II, oferecendo o trono a Guilherme de Orange, protestante e casado com Maria Stuart - filha do primeiro casamento de Jaime com uma protestante. Guilherme só foi proclamado rei quando aceitou a Declaração dos Direitos ( Bill of Rights ),que limitava os poderes do rei e estabelecia a superioridade do Parlamento. Determinou-se também a criação de um exército permanente, a garantia da liberdade de imprensa e liberdade individual e proteção à propriedade privada. A Revolução Gloriosa foi um complemento da Revolução Puritana, garantindo a supremacia da burguesia, através do controle do Parlamento. Também garantiu o fim do absolutismo monárquico na Inglaterra e o surgimento do primeiro Estado burguês, sob a forma de uma monarquia parlamentar. A Revolução Francesa As transformações econômicas, políticas e sociais dos séculos XVII e princípios do século XVIII se manifestaram no plano filosófico, num movimento de crítica ao Antigo Regime ( o Estado Absolutista e o Mercantilismo ). Este movimento é denominado Iluminismo. O ILUMINISMO Entre os precursores do Iluminismo temos René Descartes que mudou a concepção de mundo da época e defendeu a universalidade do
  • 5. 5 racionalismo e Isaac Newton que provou que o universo é regido por leis. Filósofos do Iluminismo John Locke (1632/1704)- sua principal obra é Segundo tratado do governo civil. Locke é um defensor da tolerância religiosa e da liberdade política. Acreditava na liberdade e na propriedade como direitos naturais do homem e, para manutenção destes direitos, houve um contrato entre os homens, surgindo o governo e a sociedade civil. Os governos teriam que respeitar os direitos naturais e, caso não fizessem, os cidadão possuíam o direito de se rebelar contra o governo tirano. Esta idéia será uma verdadeira arma na luta contra o absolutismo monárquico. O pensamento de Locke contribuiu para a Revolução Gloriosa e influenciou a elaboração da Constituição dos EUA de 1787. Montesquieu (1689/1755)- autor de O espírito das leis, onde o pensador preconiza a separação dos poderes ( legislativo, executivo e judiciário), foi um crítico do absolutismo monárquico. Voltaire (1694/1778) - severo crítico da igreja, seu pensamento é caracterizado pelo anticlericalismo. Defensor dos direitos individuais. Defendia uma monarquia esclarecida, onde o governo seria baseado nas idéias dos filosofos. Escreveu Cartas inglesas. Jean-Jacques Rousseau (1712/1778) - era crítico da propriedade privada e da burguesia. Para Rousseau, o poder político repousava sobre o povo, que manifestava sua vontade mediante o voto. Seu pensamento teve muita repercursão entre as camadas populares e a pequena burguesia. Serviu de bandeira para a Revolução Francesa. Sua principal obra é O Contrato social. Jean d'Alembert (1717/1783) e Denis Diderot (1713/1784)- foram os organizadores da Enciclopédia, um resumo do pensamento iluminista, publicada entre 1751 e 1752. Nesta imensa obra há uma valorização da razão e da verdade atividade científica. Reafirmava a concepção de governo como sendo fruto de um contrato entre governantes e governados. PENSAMENTO ECONÔMICO DO ILUMINISMO O pensamento econômico do Iluminismo estava centrado na questão da liberdade econômica, desenvolvendo-se duas escolas: os
  • 6. 6 fisiocratas e os liberais. as duas escolas criticavam o mercantilismo e o pacto colonial, atendendo os interesses da burguesia. Os fisiocratas- criticavam as práticas mercantilistas e propunham o fim da intervenção do Estado nos assuntos econômicos. Segundo os fisiocratas a economia funcionaria seguindo suas próprias leis. Afirmavam que a fonte de riqueza era a terra. O lema dos fisiocratas era "Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même" ( "Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si mesmo"). Os principais nomes desta escola foram: Quesnay, Turgot e Gournay. Os liberais- assim como os fisiocratas criticavam as práticas mercantilistas, porém, ao contrário deles, os liberais consideravam o trabalho como a principal fonte de riquezas. Defendiam a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio. O principal teórico desta ecola foi Adam Smith, que sistematizou o pensamento liberal na obra A riqueza das nações. As idéias liberais são conhecidas como liberalismo econômico e constituem as premissas básicas do capitalismo liberal. CONSEQÜÊNCIAS DO ILUMINISMO. O Iluminismo criticava o absolutismo, o mercantilismo, a intolerância religiosa e afirmava que os homens são iguais, perante a Natureza. Assim, a desigualdade entre os homens é fruto da sociedade. Para que haja uma sociedade justa é necessário a igualdade entre os homens e a liberdade de expressão. As idéias iluministas teve intensa repercussão em toda a Europa- influenciou sobremaneira na Revolução Francesa. Na América, o Iluminismo inspirou a independência dos EUA e contribuíram para que os Estados absolutistas da Europa patrocinassem reformas políticas. Essa política de reforma foi denominada despotismo esclarecido, caracterizada por projetos de modernizações e pela racionalização da administração. Os principais déspotas esclarecidos foram José II , da Áustria; Catarina II, da Rússia; Frederico II, da Prússia e o marquês de Pombal, ministro de José I, rei de Portugal.
  • 7. 7 A Revolução Francesa. A exemplo do que ocorreu na Inglaterra, no final do século XVIII, o absolutismo constituía um enorme obstáculo para o pleno desenvolvimento da burguesia francesa. A Revolução Francesa foi um reflexo da luta da burguesia pelo poder político. No entanto, o processo da Revolução Francesa não é um movimento isolado. Ele está inserido num conjunto de revoluções que questionavam o absolutismo, sendo um movimento que assolou toda a Europa e a América. Sendo assim, a Revolução carrega o termo "Francesa" pois eclodiu na França- por uma série de fatores - no entanto as suas propostas eram universais. "Os burgueses franceses de 1789 afirmavam que a libertação da burguesia era a emancipação de toda a humanidade" ( Karl Marx e Friedrich Engels ). AS CAUSAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA. Intelectuais- a difusão das idéias iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade , que orientaram os revolucionários franceses na luta contra o absolutismo e a desigualdade social. Políticas- o despotismo dos Bourbons. Enquanto a maioria das nações européias, sob a influência do Iluminismo, procuravam se modernizar, o estado francês continuava arraigado no absolutismo monárquico. Na França do século XVIII, o poder do rei ainda era considerado como de origem divina. Econômicas- a França encontrava-se em uma grave crise econômica, em virtude das péssimas colheitas e na falta de alimentos. Os aumentos de preços provocam a fome e acentuam a miséria dos camponeses. Além da crise econômica, o Estado Francês passava por uma gravíssima crise financeira, graças ao envolvimento da França na guerra dos Sete Anos ( 1756/1763) e na guerra de independência dos Estados Unidos- que acarretaram enormes gastos, ampliando a dívida do Estado. Para solucionar este quadro o Estado precisava aumentar sua arrecadação, o que implicava em um aumento dos impostos. Sociais - a questão tributária na França vai gerar uma grave crise política, em virtude da organização da sociedade francesa nesta época.
  • 8. 8 A sociedade francesa era estamental, apresentando três ordens. O clero que estava isento de qualquer tributação; a nobreza, além da isenção tributária era possuidora de privilégios judiciários. A terceira ordem era bastante heterogênea: era composta pela alta burguesia (banqueiros, industriais e comerciantes), média burguesia (funcionários públicos e profissionais liberais ) e baixa burguesia ( os pequenos comerciantes); também as chamadas camadas populares ( artesãos, operários, camponeses e servos). Os homens das camadas urbanas das cidades eram apelidados de sans-culottes ( usavam calças compridas em vez dos calções aristocráticos). O terceiro Estado era a ordem que sustentava os gastos e os luxos do Estado francês. Para ampliar a arrecadação tributária, o Estado convoca a Assembléia dos Notáveis, composta pelo clero e pela nobreza, convocando estas ordens a pagarem impostos. Diante da recusa destes, o rei Luís XVI convocou os Estados Gerais, assembléia que reunia representantes dos três Estados. No entanto, o sistema de votação dos Estados Gerais era em ordens separadas. Assim, ficava garantida a supremacia do clero e da nobreza ( somavam dois votos ) contra um voto do Terceiro Estado. Contra este método tradicional de votação, os representantes do Terceiro Estado passam a exigir o voto individual ( o Primeiro Estado tinha 291 deputados, o Segundo 270 e o Terceiro 578). O Terceiro Estado esperava o apoio dos deputados do baixo clero e da nobreza togada, para conquistar a maioria. Diante do impasse político, o Terceiro Estado rebela-se e a 9 de julho de 1789 , com a ajuda de deputados do baixo clero, declara-se em Assembléia Nacional Constituinte - começa a Revolução Francesa. AS ETAPAS DA REVOLUÇÃO. Assembléia Nacional ( 1789/1792) Fase em que ocorreu a tomada da Bastilha ( 14/07/1789), um prisão que representava o absolutismo francês. É o marco da revolução. Os camponeses, por seu lado, rebelaram-se contra os senhores: invasão das propriedades, queima de documentos de servidão, assassinatos. Tal reação é conhecida como o Grande Medo. Os camponeses reivindicavam o fim dos privilégios feudais e terras.
  • 9. 9 Em agosto de 1791 foi aprovada uma lei que abolia os privilégios feudais. No mesmo mês, no dia 26, a Assembléia aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - um síntese da concepção burguesa da sociedade: liberdade, igualdade, inviolabilidade da propriedade privada, bem como o direito a resistir à opressão. Em setembro de 1791, foi promulgada uma nova Constituição, que diminuía os poderes reais, e transferia o poder de decretar leis ao Parlamento. O direito ao voto foi restringido também, em virtude de seu caráter censitário. Pela Constituição os privilégios feudais foram extintos, garantindo- se a igualdade civil, os bens da igreja foram nacionalizados; o clero transformado numa instituição civil e sustentado pelo Estado. Nesta fase desenvolveu-se os seguintes grupos políticos: -os girondinos: representantes da alta burguesia; -os jacobinos: representantes da pequena burguesia e com influência nas camadas populares (sans-culottes) O processo revolucionário francês não foi bem visto pelos regimes absolutistas da Europa. A reação foi imediata: intervenção militar na França para sufocar a revolução. O exército francês era sistematicamente derrotado. Em 25 de julho de 1792, Robespierre acusou o rei de traição. Em 09 de agosto o rei, Luís XVI, foi preso. A Assembléia convocou novas eleições para uma nova Convenção Nacional. Convenção Nacional ( 1792/1795) Período do Terror. O rei foi condenado à morte por traição, criação do Tribunal de Salvação Pública- para julgamento dos inimigos; foi decretado o fim da monarquia e proclamada a República. Uma nova Constituição foi elaborada, sendo considerada a mais democrática de toda a Europa, instituindo o voto universal, tornou a educação livre e obrigatória. Neste período, onde a liderança era exercida por Robespierre, foi imposto o Édito Máximo, ou seja, o tabelamento dos preços máximos - procurando beneficiar as camadas populares. Foi abolida a escravidão nas colônias, gerando a independência do Haiti. Representando a pequena burguesia, Robespierre incentivou a pequena propriedade no campo e diminuiu a influência da Igreja na sociedade francesa.
  • 10. 10 Porém, o radicalismo de Robespierre contribuiu para o isolamento de seu governo - a perseguição aos líderes populares e a intervenção nas atividades econômicas, contribuíram para o sucesso da reação conservadora. No dia 9 Termidor ( a Convenção realizou uma reforma no calendário ), os jacobinos foram considerados fora da lei, sendo seus líderes presos e guilhotinados ( Robespierre e Saint-Just ). Acabava-se assim a fase do Terror e iniciava-se uma nova, e ultima fase: O Diretório. Diretório ( 1795/1799) Com o golpe de 9 Termidor ( a Reação Termidoriana), os girondinos ocupam o poder. Uma nova Constituição é organizada e o Poder Executivo passa a ser exercido por um Diretório, formado por cinco membros eleitos por um período de cinco anos. Período de caráter anti-revolucionário, onde a escravidão nas colônias foi restaurada, o Édito do Máximo foi suprimido e os jacobinos perseguidos ( o Terror Branco ). O Diretório enfrentava forte oposição de monarquistas e de republicanos radicais. Em maio de 1796, um jacobino de nome Graco Babeuf liderou uma revolta, a Conjura dos Iguais, reprimida por Napoleão Bonaparte. A França continuava em guerra, contra a Áustria, Prússia, Inglaterra, Espanha e Holanda. Foi neste cenário que se destacou o general Napoleão Bonaparte. Este comandou uma ofensiva contra a Itália dominando a região do Piemonte. Em 1797 a Áustria foi derrotada. Napoleão conquistou o Egito - possessão inglesa - e planejava conquistar a Índia ( para enfraquecer a Inglaterra ). As guerras aumentavam a inflação, gerando revoltas populares. Aproveitando seu enorme prestígio popular, Napoleão Bonaparte, após o boato de um golpe de Estado planejado pelo jacobinos, depõe o Diretório ocupa o poder- episódio conhecido como18 Brumário. É o fim do período revolucionário e o início da consolidação das conquistas burguesas.
  • 11. 11 EXERCÍCIOS 1) (UEMT) - A Declaração de Direitos, imposta a Guilherme de Orange após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, estabeleceu, entre outros pontos, que: a) a autoridade do monarca sobrepõe-se à do Parlamento; b) a origem divina da Monarquia concede-lhe privilégios; c) o poder da lei é superior ao poder do monarca; d) o Parlamento legisla por delegação especial do rei; e) a vontade do rei é lei, independentemente do Parlamento. 2)(VUNESP) O "Ato de Navegação" de 1651 teve importância e conseqüências consideráveis na história da Inglaterra porque: a) favoreceu a Holanda, que obtinha grandes lucros com o comércio inglês; b) contribuiu para aumentar o poder e favorecer a supremacia marítima inglesa no mundo; c) Oliver Cromwell dissolveu o Parlamento e se tornou ditador; d) Considerava o trabalho como a verdadeira fonte de riquezas; e) Abolia todas as práticas protecionistas. 2) Sobre o despotismo esclarecido, é correto afirmar que: a) foi um fenômeno comum a todas as monarquias européias, tendo por característica a utilização dos princípios do Iluminismo; b) os déspotas esclarecidos foram responsáveis pela sustentação e difusão das idéias iluministas elaboradas pelos filósofos da época; c) foi uma tentativa bem-intencionada, embora fracassada, das monarquias européias no sentido de reformar estruturalmente seus estados;
  • 12. 12 d) foram os burgueses europeus que convenceram os reis a adotar o programa de modernização proposto pelos filósofos iluministas; e) foi uma tentativa, mais ou menos bem-sucedida, de algumas monarquias reformarem, sem alterá-las, as estruturas vigentes. 4)(CESGRANRIO) - assinale a alternativa INCORRETA: Ao criticar o mercantilismo, os fisiocratas visavam: a) eliminar a intervenção do estado na vida econômica; b) abolir os monopólios e privilégios; c) permitir a livre circulação monetária; d) desenvolver as colônias; e) dar ênfase à agricultura como principal setor da atividade econômica. 5) (MACK) Sobre as Revolução Francesa, é incorreto afirmar que: a) os dois clubes mais importantes foram o Clube dos Cordeliers e o Clube dos Jacobinos; b) ela representou uma ruptura estrutural, pois a burguesia, até então marginalizada em relação ao poder político, sublevou-se, tornando senhora do Estado; c) a convocação dos Estado Gerais foi uma demonstração da força econômica do Antigo Regime; d) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi a síntese da concepção burguesa da sociedade; e) a Bastilha, antiga prisão do Estado, foi tomada de assalto por artesãos, operários, pequenos comerciantes, lavadeiras e costureiras. 6) (UFMG) - O Grande Medo de 1789 foi um dramático acontecimento histórico, ocorrido no interior da Revolução Francesa. Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre o Grande Medo, exceto:
  • 13. 13 a) Fez parte de uma conjuntura marcada por numerosas agitações e insurreições urbanas e rurais; b) Foi provocado pelo receio, entre os revolucionários e o povo em geral, de um complô das hordas inimigas da Revolução e do povo; c) Foi uma das fases da revolução camponesa que, durante os primeiros anos da Revolução Francesa, impulsionou e conduziu a revolução burguesa; d) Foi um acontecimento fundamentado em reações coletivas de medo e pânico da população diante da divulgação de boatos; e) Gerou fugas, mas também, medidas preventivas, tais como ataques à propriedades aristocráticas e a decisão de armar a população para enfrentar os inimigos.
  • 14. 14 Respostas 1 C 2 B 3 E 4 D 5 C 6 C