O documento discute as visões de dois especialistas sobre a responsabilidade socioambiental das empresas. Robert Reich argumenta que as empresas existem apenas para gerar lucro para os acionistas e que a sustentabilidade é usada apenas para marketing. Já Roberto Monti defende que as pessoas compram experiências e estado mental, fazendo com que a sustentabilidade seja vantajosa para os negócios.

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Aula 1 – Responsabilidade
Socioambiental.
Tema: Sustentabilidade ou Uma Nova faceta do capitalismo?
PROVOCAÇÃO 1.
Robert B. Reich
Prof. Angelo Peres
Economista, Professor e Autor americano. Serviu aos governos de Gerard
Ford, Jimmy Carter e foi secretário de estado de Bill Clinton (1946 - ).
“As empresas só existem para dar
lucro”.
Não existe empresa socialmente
responsável.
Fonte: IHU On-line, 06/11/2007, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em
São Leopoldo, RS.
As empresas não são pessoas.
As empresas não têm uma bússola
moral... Elas existem para um único
propósito: oferecer boas
oportunidades para os consumidores
como forma de maximizar o lucro para
os acionistas.
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Nós estamos sendo enganados pelas
empresas.
Esperar que as empresas façam
qualquer coisa que não seja isso (dar
lucro) é acreditar numa ilusão.
Elas gastam milhões em relações públicas
(marketing) e passamos a acreditar que elas
têm personalidade, que são boas ou más,
que são instituições criadas para atingir fins
públicos.
Elas não são assim.
Os movimentos de
RS são uma falácia.
Na prática, as empresas estão
dando passos muito pequenos
e não vão sacrificar o retorno
aos acionistas em prol de um
bem social.
Shows de responsabilidade
corporativa levam os cidadãos
a acreditar que os problemas
sociais estão sendo
endereçados (resolvidos)... e
que eles não precisam se
preocupar em fazer com que a
democracia funcione e dê
respostas para os dilemas.
É um movimento que
tenta distrair as
pessoas do
problema real e mais
difícil de tratar... que
é o de limpar e
aperfeiçoar a
democracia.
O supercapitalismo levou-nos ao
acirramento da competição; e as
empresas perceberam (sentiram)
que não podiam se dar ao luxo de
sacrificar o lucro em prol de uma
causa social.
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O supercapitalismo (ou o acirramento da
competição) faz que empresas como o WalMart, por exemplo, pague salários baixos,
esprema fornecedores e destrua o pequeno
varejo.
Esta lógica é a da concorrência global. Ou
seja, as empresas estão simplesmente
sendo conduzidas por consumidores — que
querem pagar o menor preço possível pelos
produtos — e por investidores — que
querem ganhar mais a cada trimestre.
É um mito perigoso crermos que as empresas
vão resolver problemas sociais por conta
própria. A não ser que elas sejam induzidas
ou forçadas.
Por que elas fariam isto?
Elas fazem apenas o mínimo para garantir sua
reputação.
O Wal-Mart segue as regras do jogo.
O Governo, em suma, é que deveria ter
habilidade de fazer o que precisa ser feito.
Ele precisa concentrar seus esforços
diretamente nisto.
As empresas não vão preencher as lacunas
sociais do país.
PROVOCAÇÃO 2.
Roberto Monti.
O que as pessoas compram?
Brasileiro. Autor e Consultor de marketing e qualidade.
Fonte: Roberto Monti, 2012, www.acessa.com.br
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As pessoas compram um
estado mental.
Acreditava-se (no passado)
que as pessoas compravam
um produto, um serviço...
Mas não é isto!
Assim, acredita-se (hoje) que
ser socialmente responsável
pode ser vantajoso na hora
de fazer negócios.
Elas compram naquilo
que acreditam (ou
pensam que acreditam).
Elas compram aquilo
que lhe irá trazer algum
bem.
Hoje
(contemporanea
mente) sabe-se
que as pessoas
compram uma
experiência... Um
sentimento... Um
estado mental.
Acredita-se nisto porque há
um bom número de
consumidores que optariam
por uma marca associada a
uma boa causa*.
* Evidentemente se o preço e a qualidade forem semelhantes aos da concorrência.
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Dessa forma, cresce o
número de empresas que
creem nisto: ser socialmente
responsáveis.
Isto porque, crê-se que a
maioria das pessoas
optariam (numa situação
ideal) em adquirir produtos
com uma política (da
instituição) associada à RS.
Por outro lado, cada vez
mais, há um movimento
global que avalia as
empresas neste aspecto.
Neste ângulo, as empresas
estão investindo em:
ecomarketing e numa técnica
que poderíamos chamar de
reação em cadeia
cadeia.
REAÇÃO EM CADEIA são
empresas que buscam
fornecedores que tenham a
mesma preocupação: a
sustentabilidade.
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Fonte: consultoria ambiental.com.br, visitado em 05.02.2013.
Fonte: licenciamentoambiental.eng.br, visitado em 05.02.2013. Triângulo da Sustentabilidade.
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Desenho esquemático relacionando parâmetros para se alcançar o
desenvolvimento sustentável.
Fonte: engproducaoucg.blogspot.com.brl, visitado em 05.02.2013..
Fonte: portalsaofrancisco.com.brl, visitado em 05.02.2013. (SATTERTHWAITE, 2004).
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