Aula 01 - Noções de Zoologia (regras de nomenclatura científica, divisão do reino animal, divisão do subfilo vertebrata até o nível de ordem) e Noções de Oceanografia.pdf
ou "como transformar um teste de revisão em uma atividade divertida saindo da mesmice na sala de aula". resultado de um insight curioso e um dia de chuva em fortaleza.
o bingo anima festas populares e brincadeiras infantis no mundo todo, mas também pode ser uma plataforma muito interessante pra testar conhecimentos ou fixar conteúdos dentro da sala de aula.
o exemplo que você vai ver a seguir foi feito para conteúdos de biologia do ensino médio, mas você pode usar o conteúdo que quiser, independente da idade dos alunos. espero que você e a classe se divirtam e aprendam muito juntos.
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Panorama histórico da classificação dos seres vivos e os grandes grupos dentr...Guellity Marcel
Estas apostilas foram elaboradas pelas professoras Sônia Godoy Bueno Carvalho Lopes e Fanly Fungyi Chow Ho e faz parte da série de materiais sobre diversidade biológica e filogenia, do curso de Licenciatura em Ciências da USP/Univesp, abordando vírus, organismos alveolados, processos evolutivos, introdução à classificação dos eucariontes e vários ouros temas.
Para baixar as outras, acesse: http://www.euquerobiologia.com.br/2016/01/9-apostilas-para-voce-estudar-diversidade-biologica-e-filogenia.html.
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AULA 01: Noções de Zoologia e Oceanografia
Sumário Páginas
1. Apresentação 2
2. Noções de Zoologia - Introdução 3
2.1 Noções de Zoologia - A Classificação Biológica 4
2.1 A) Origens da Classificação Biológica 4
2.1 B) Histórico da Classificação Biológica 5
2.1 C) Novo Sistema de Classificação 9
2.2 Noções de Zoologia - Regras de Nomenclatura
Biológica
12
2.2 A) Regras de Nomenclatura - Conceito de Tipo 15
2.3 Noções de Zoologia - Classificação Taxonômica e
Características Gerais dos Vertebrados
20
2.3 A) Reino Animalia – Classificação taxonômica 20
2.3 B) Reino Animalia – Filo Chordata 21
2.3 C) Reino Animalia – Subfilo Vertebrata
23
2.3 D) Subfilo Vertebrata – Classe Cyclostomata 25
2.3 E) Subfilo Vertebrata – Classe Chondrichtyes 26
2.3 F) Subfilo Vertebrata – Superclasse Osteichtyes 27
2.3 G) Subfilo Vertebrata – Superclasse Tetrapoda -
Classe Amphibia
31
2.3 H) Subfilo Vertebrata – Superclasse Tetrapoda -
Classe Reptillia
33
2.3 I) Subfilo Vertebrata – Superclasse Tetrapoda -
Classe Aves
35
2.3 J) Subfilo Vertebrata – Superclasse Tetrapoda -
Classe Mammalia
37
3. Noções Básicas de Oceanografia 40
3.1 Relevo Submarino 40
3.2 Propriedades Físico-químicas da Água do Mar 43
3.3 Marés 44
3.4 Correntes Marítimas 44
4. Teste final + Gabarito 46
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1. APRESENTAÇÃO
Olá, queridos alunos!
Estamos aqui novamente para dar sequência às aulas
relacionadas com as disciplinas específicas de Meio
Ambiente. Já estivemos juntos na primeira apostila do
curso, tratando da parte específica sobre Ecologia e Dinâmica das
Populações. Agora, vamos falar sobre Noções Básicas de Zoologia e
Oceanografia. São disciplinas que vão requerer um pouco mais de
concentração, porque vocês irão observar que são muitos nomes
teoricamente “estranhos”. Além disso, em alguns momentos do texto
(principalmente nas classificações taxonômicas) pode parecer que a
apostila está com a formatação errada, com textos espalhados pela
página. Mas é assim mesmo. Os nomes precisam estar dispostos na
forma em que se encontram... uns mais pra frente, outros mais
recuados... achei importante avisar antes, para tornar a vida menos
confusa J.
Estaremos juntos mais uma vez... então, até a próxima e
aproveitem o material!
Um abraço e bons estudos!
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2. NOÇÕES DE ZOOLOGIA - INTRODUÇÃO
Para iniciarmos a abordagem mais aprofundada dos temas da aula
de hoje, precisamos compreender um pouco mais sobre o significado da
palavra Zoologia. De uma forma geral, podemos definir Zoologia (do
grego Ζώο, zoon "animal" + λόγος, -logos "estudo") como a ciência que
estuda os aspectos da biologia animal, inclusive das relações entre
animais e ambiente. É uma disciplina tão ampla que envolve temas como
a morfologia, a ecologia, a fisiologia e a sistemática dos animais, sendo
estes organismos seu principal FOCO de estudo. Ou seja, sempre que
estivermos estudando algo concernente ao mundo animal, é muito
provável que estejamos permeando um dos assuntos abordados pela
Zoologia..
Bem, a primeira questão que surge é: afinal, como podemos
reconhecer e classificar um
organismo vivo como “animal”?
Para responder a esta pergunta,
vamos começar a aula traçando
um histórico dos sistemas de
classificações biológicas, com o
auxílio da Taxonomia, ciência
responsável pela identificação,
nomenclatura, e classificação
dos seres vivos.
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2.1 Noções de Zoologia - A CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA
É verdade que a maioria de nós, a partir das experiências de nossas
vidas, seria capaz de diferenciar um animal de uma planta. Isto parece
estar bem claro!
Mas vamos juntos avaliar a seguinte situação: um bicho esverdeado
fazendo “cri-cri-cri” passa diante de nossos olhos em um belo fim de
tarde no jardim. Podemos logo dizer: “Lá vai um grilo!”. Mas poderia ser
também uma esperança ou um gafanhoto. Como saber quem é quem?
Complicado? Pois é, desta vez, classificar este organismo não vai ser tão
fácil quanto diferenciar este mesmo grilo de uma goiabeira!
Levando em consideração esta simples observação do mundo
natural, podemos constatar que, embora não seja tão importante para
nossa vida cotidiana diferenciar um grilo de um gafanhoto, tais diferenças
CERTAMENTE existem. E se estamos falando das diferenças concernentes
a 3 organismos distintos, o que dizer sobre os milhões de diferentes tipos
de organismos vivos compartilhando a biosfera.
2.1 A) ORIGENS DA CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA
Na verdade, a necessidade de reconhecimento e classificação
das diferentes formas de vida está intimamente relacionada à história do
homem. Em determinado momento da história evolutiva, o homem
começou a utilizar animais e plantas para sua alimentação, cura de
doenças, fabricação de armas, objetos agrícolas e abrigo. A necessidade
de transmitir as experiências adquiridas para os descendentes forçou-o a
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denominar plantas e animais. O documento zoológico mais antigo que se
tem notícia é um trabalho grego de medicina, do século V a.C., que
continha uma classificação simplificada de animais comestíveis,
principalmente peixes.
Neste ponto, é importante salientar que, embora tenha sido de
suma importância a capacidade de reconhecer um dado organismo vivo,
ou ainda, de ser capaz de diferencia-lo de um outro, para a ciência, foi
preciso MAIS! Tendo em vista a grande diversidade de espécies, Sistemas
de Classificação (modo como pesquisadores agrupam e categorizam os
diferentes seres vivos) foram sendo estabelecidos ao longo dos séculos, e
modificados de acordo com as novas descobertas das diferentes épocas.
2.1 B) HISTÓRICO DA CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA
O mais antigo Sistema de Classificação de seres vivos que se
conhece foi elaborado pelo filósofo grego Aristóteles, que classificou todos
os organismos então conhecidos como Plantas e Animais. Os animais
eram, por sua vez, subdivididos de acordo com o meio em que se moviam
(terra, água e ar). Mais tarde, com o desenvolvimento do microscópio,
tornou-se óbvio que muitos organismos não se encaixavam em nenhuma
destas classificações, e foi necessário o estabelecimento de outros
critérios, que ao longo do tempo, deram origem aos Sistemas de
Classificação que conhecemos hoje.
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Sem dúvida, a principal contribuição para o Sistema de Classificação
que temos atualmente foi dada por Carolus Linnaeus (1707-1787, ou
também conhecido como Lineu ou Linné).
Linné admitia a existência de seis classes de
animais: mamíferos, aves, anfíbios (que
incluía os répteis), peixes, insetos e vermes
(que reunia todos os demais invertebrados) e
costumava afirmar que “o principal objetivo
das ciências é encontrar a ordem na
natureza”.
A sua principal obra, o Systema Naturae, teve 12 edições durante a
sua vida (com a 1.ª edição em 1735). Nesta obra, a natureza foi dividida
em três reinos: mineral, vegetal e animal, nos quais Linné usou um
sistema hierárquico de cinco categorias: classe, ordem, gênero, espécie e
variedade.
No sistema de classificação proposto por Linné, a espécie é a
unidade básica de classificação biológica. As categorias utilizadas
atualmente foram desenvolvidas a partir do estudos de Linné, e também
seguem um nível hierárquico de classificação, sendo definidas como
Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. Essas categorias
podem ainda ser subdivididas ou agregadas em várias outras, como por
exemplo, os subgêneros e as superfamílias.
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OBS 1: Diretrizes fundamentais que devem ser
observadas quando da propositura de uma nova
unidade entre as categorias taxonômicas:
# Gênero → agrupamento de espécies que mostram grande afinidade
estrutural, sob o ponto de vista anatômico biologicamente abordado.
# Família → agrupamento de gêneros baseado em afinidades anatômicas
estritas, sempre considerando os aspectos estruturais que se mostrem
comuns a vários gêneros.
# Ordem → grupo taxonômico fundamentado em um conjunto de
estruturas, sem que as relações filogenéticas mostrem-se evidentes.
# Classe → grupo taxonômico que se baseia em modificações ligadas às
relações filogenéticas que se revelam bem aparentes.
# Phylum → agrupamento mais amplo da Taxonomia, estando
fundamentado em modificações morfológicas e fisiológicas de grande
porte, decisivas, que representam uma verdadeira ruptura estrutural.
OBS 2: Táxon (plural taxa, em latim, ou táxons,
aportuguesado) é uma unidade taxonômica
essencialmente associada a um sistema de classificação
científica. Táxons (ou taxa) podem estar em qualquer nível de um sistema
de classificação: um reino é um táxon, assim como um género é um
táxon, uma espécie também é um táxon ou qualquer outra unidade de
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um sistema de classificação dos seres vivos. O táxon é o objeto de estudo
da Taxonomia, que visa individualizar e descrever cada táxon, seja de que
nível taxonômico for, e da Sistemática que visa a organizá-los nos
diferentes sistemas de classificação.
O método de Linné agrupando espécies provou ser funcional porque
foi baseado em similaridades e diferenças anatômicas (e, até certo ponto,
também fisiológicas e comportamentais). Linné viveu antes de ter existido
qualquer conhecimento sobre genética ou sobre os mecanismos
hereditários. No entanto, usou caracteres taxonômicos que hoje sabemos
serem características biológicas geneticamente determinadas, as quais
geralmente expressam o grau de similaridade ou de diferença entre
grupos de organismos.
Ainda hoje o sistema de classificação taxonômica proposto por Linné
é considerado a base que sustenta os atuais Sistemas de Classificação. Os
modernos sistemas taxonômicos aplicados à biologia estão definidos de
forma a refletir o princípio Darwiniano de ancestralidade comum. Isto
significa que se pretende agrupar as espécies por proximidade
filogenética, ou seja, relacionar as espécies pela sua proximidade
genética, refletindo o grau de parentesco entre os ancestrais.
Em 1969 Whittaker propôs um sistema de classificação que compreende
cinco reinos e utiliza uma os hierarquia para classificar os seres vivos,
começando com os Reinos. Este sistema foi utilizado (e ainda é, por
muitos cientistas) até o fim do século passado.
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2.1 C) Novo Sistema de Classificação
Até pouco tempo atrás o táxon
Reino era considerado a maior
unidade usada na classificação
biológica. Em 1990, Woese propôs
uma nova classificação dos seres
vivos em três Domínios,
fundamentado na análise de RNA-
ribossômico. Surgia então o conceito
de Domínio como táxon de topo, um sistema baseado em relações
genéticas e não morfológicas. Neste caso, antes do Reino, temos uma
divisão que apenas recentemente ganhou aceitação generalizada. De
acordo com este sistema, existem três domínios: Archaea, Bacteria e
Eukarya. A nova classificação fica assim:
1) Domínio Archaea
Reino Archaebacteria: inclui os procariontes que não
estão inseridos no Reino Eubacteria, como os
metanogênicos e alguns termófilos. São organismos
procariotos frequentemente encontrados em ambientes
cujas condições são bastante extremas (semelhantes às
condições ambientais primordiais na Terra), sendo por
isso, muitas vezes considerados como “ancestrais” das
bactérias. No entanto, hoje em dia considera-se as
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Archaeas como um grupo “intermediário” entre procarióticos e
eucarióticos.
2) Domínio Bacteria
Reino Eubacteria: Corresponde a um enorme grupo de procariotos,
representadas por organismos patogênicos, e bactérias encontradas nas
águas, solos, ambientes em geral.
3) Domínio Eukarya: Reinos Protista, Fungi, Plantae e Animalia - inclui
todos os eucariontes.
Uma das principais características do sistema de Domínios é a
separação dos reinos Archaea e Bacteria, ambos anteriormente parte do
reino Monera. As diferenças entre estes organismos consistem no fato de
que as primeiras não possuem peptideoglicanos na parede celular,
conseguem produzir metano como resíduo do metabolismo e têm
capacidade de sobreviver em ambientes extremos de vida, como crateras
de vulcões e regiões extremamente salinas.
Apesar deste novo sistema de classificação, e de atualmente a
maioria dos biólogos aceitar a sua validade, a utilização do sistema dos
cinco reinos ainda pode ser encontrado. Além disso, alguns cientistas,
mesmo sem aceitar os domínios, admitem Archaea como um sexto reino.
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Desde a década de 60 existe uma tendência
para utilizar estruturas taxonômicas baseadas
na taxonomia cladística, distribuindo os
taxa numa árvore evolutiva.
- Taxa monofilético: incluem os organismos
descendentes do mesmo ancestral.
- Taxa parafilético: excluem 1 ou +
descendentes do mesmo ancestral
- Taxa polifiléticos: englobam seres que
descendem de linhas ancestrais
diferentes.
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2.2 Noções de Zoologia
REGRAS DE NOMENCLATURA BIOLÓGICA
Conforme falamos anteriormente, Linné propôs, em sua mais
famosa obra Systema Naturae, algumas regras para definir o código de
escrita dos nomes científicos. Na verdade, somente na 10a
edição do seu
livro, em 1758, ele sugeriu uma nomenclatura mais simples, onde cada
organismo seria conhecido por dois nomes apenas, seguidos e
inseparáveis. Surgia, assim, a nomenclatura binomial. Com base nesta
proposta, o Congresso Internacional de Zoologia, de 1898, criou uma
comissão para a formulação de um Código Internacional, cujas regras
foram adotadas a partir de 1901.
Atualmente, tanto a nomenclatura dos organismos vivos quanto a
dos organismos fósseis obedecem às normas constantes deste então
denominado Código Internacional de Nomenclatura Zoológica.
Nomes científicos são latinizados, mas
podem ser derivados de qualquer
outra língua ou de nomes de pessoas
ou lugares.
ATENÇÃO! As principais regras da
nomenclatura científica precisam ser
decoradas, porque são
frequentemente cobradas nas provas.
Vamos listar as mais importantes…
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1. ESTA É A REGRA MAIS IMPORTANTE: O NOME CIENTÍFICO das
espécies deve ser escrito em latim grifado (itálico) ou sublinhado. Ex.:
Ulva lactuta (alface do mar), Canis familiares (cão doméstico).
2. O NOME DA ESPÉCIE é binominal. O prenome refere-se ao gênero; o
nome à espécie. Ex.: Drosophila melanogaster (mosca da banana) onde
Drosophila é o Gênero e Drosophila melanogaster é a espécie. Percebam
que a espécie, como falamos, é binominal.
Pode acontecer, na prova, da
banca fazer a seguinte
colocação: “Considerando as
regras de nomenclatura
científica, pode-se que dizer
que na composição do nome
Drosophila melanogaster,
Drosophila refere-se ao
Gênero e melanogaster à
espécie”. Esta questão está
ERRADA. O gênero é
Drosophila, mas a espécie é
(lembrem-se: binominal)
Drosophila melanogaster.
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3. O nome do GÊNERO escreve-se com a inicial maiúscula. O nome
específico escreve-se com a inicial minúscula. Ex.: Struthio camelus
(camelo)
4. É facultativo o uso da inicial maiúscula para nome específico, quando
se trata de homenagem a alguma pessoa ilustre. Ex.: Trypanosoma Cruzi
(nome específico dado em homenagem à Oswaldo Cruz, médico
sanitarista brasileiro).
5. Desejando-se citar o nome do autor responsável pela discrição da
espécie, ele deve seguir o nome científico sem interposição de qualquer
sinal de pontuação. Se desejar citar a data, esta deve seguir o nome do
autor, ficando separada por vírgula ou entre parêntese. Ex.: Canis
familiaris Lineu, 1758.
6. Em Zoologia, para designar FAMÍLIA é dado o sufixo idae, após o
nome do gênero. Ex.: Homo sapiens. Gênero = Homo. Família =
Hominidae.
7. Em botânica, as terminações seguem padrões um pouco distintos.
Vejamos alguns:
- Para DIVISÃO ou FILO usa-se a terminação phyta. Ex.: Tracheophyta.
- Para CLASSE usa-se a terminação ae. Ex.: Angiospermae.
- Para ORDEM usa-se a terminação ales. Ex.: Solanum tuberosum =
Ordem Solanales (Batata)
-Para FAMÍLIA usa-se a terminação aceae. Ex.: Solanum tuberosum =
Família Solanaceae.
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2.2 A) REGRAS DE NOMENCLATURA - CONCEITO DE TIPO
Inicialmente, nos trabalhos classificatórios de Linné, as espécies
eram constituídas com base em um determinado espécime (um
determinado indivíduo) bem estabelecido, como o “tipo ideal” daquela
espécie. Os indivíduos eram classificados conforme coincidiam
perfeitamente com o “tipo ideal”. Todavia, esse tipo desprezava, por
completo, a possibilidade, sempre existente, de diferenças individuais
entre os componentes de uma mesma espécie.
Com os trabalhos anatômicos de Georges Cuvier, o conceito de tipo
evoluiu, passando a ser um padrão anatômico básico. As diferenças
individuais passaram, então, a ser considerados entre os componentes de
uma mesma espécie – como a teoria da evolução viria, mais tarde,
demonstrar.
Na moderna Taxonomia, o tipo perdeu seu espaço eminentemente
classificatório, para assumir um papel ligado às normas de nomenclatura:
# Holótipo → Denominação dada a um indivíduo único sobre o qual
se fundamentou a criação de uma espécie, ou indivíduo escolhido dentro
do hipodigma para representar a nova espécie criada sobre um grupo de
indivíduos.
# Hipodigma → Conjunto de exemplares usados na descrição de uma
nova espécie.
# Parátipo → Denominação dada ao indivíduo (ou indivíduos)
complementares na criação da nova espécie, isto é, dos demais
integrantes do hipodigma.
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# Síntipo → Espécimes citados na descrição quando um espécime em
particular não foi designado como holótipo
# Lectótipo → Espécime designado posteriormente à publicação
original, quando seu autor não designou o holótipo, comprovado tratar-se
de parte do material original utilizado pelo autor da publicação, mesmo
que por ele não tenha sido visto.
# Neótipo → Espécime ou ilustração selecionado para servir de tipo
quando o holótipo encontra-se desaparecido.
# Localidade tipo → é o local onde foi recolhido o holótipo, fixando a
população tipo.
1) Prova: CESPE - 2010 - MPU - Analista
No que concerne à zoogeografia e à fitogeografia, julgue o item
seguinte: Do ponto de vista da taxonomia, a espécie é uma
unidade morfológica.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
2) Prova: CESPE - 2007 - Perito Criminal
Atualmente, para compreender a fantástica biodiversidade da
Terra é essencial entender como os seres vivos compartilham
ancestrais em comum, e como o surgimento de novos caracteres é
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utilizado para classificá-los. Sobre este tema, julgue os itens a
seguir:
a) ( ) Caracteres sinapomórficos são caracteres homólogos
derivados, herdados de um ancestral comum recente por dois ou mais
táxons e que permitem reuni-los em grupos monofiléticos.
b) ( ) O cladograma é transformado em uma árvore filogenética,
quando interpretado do ponto de vista temporal e quando se assume que
cada ponto de ramificação (nodo) representa um ancestral, real ou
hipotético e que cada ramo representa uma linhagem evolutiva de um
dado grupo.
c) ( ) Grupo monofilético refere-se a um conjunto de espécies que
compartilham um ancestral comum exclusivo. Também é usado para
denominar um grupo que contém todos os descendentes de um ancestral
comum.
d) ( ) O sistema taxonômico proposto por Linnaeus formalizado
em códigos de nomenclatura biológica ainda é o mais usado em
taxonomia, e baseia-se em princípios evolutivos/filogenéticos, ou seja,
considera as relações de ancestralidade que possam ter os táxons
envolvidos nessa classificação.
e) ( ) As categorias lineanas, em ordem decrescente são: Reino,
Filo (que corresponde à "Divisão" dos botânicos), Classe, Ordem, Família,
Gênero e Espécie, além de algumas subdivisões entre elas.
GABARITO: a-V b-V c-V d-F e- V
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3) Prova: CESPE - 2007 - Perito Criminal
Assinale a alternativa correta.
a) O Reino Protista, apesar de possuir grande variação morfológica, é
considerado um grupo monofilético.
b) O Reino Plantae inclui somente organismos eucariontes, multicelulares,
autotróficos, que se desenvolvem a partir de um embrião e que produzem
flores.
c) Os procariontes não possuem um núcleo delimitando o material
genético; todas as outras espécies dos outros reinos possuem núcleo e
são conhecidas como eucariontes.
d) Todos os eucariontes estão agrupados em Plantae, Fungi ou Metazoa,
que contêm organismos unicelulares e multicelulares, que se
desenvolvem a partir de uma blástula, embrião ou esporo.
e) Os seres vivos conhecidos popularmente como algas estão classificados
atualmente em dois Reinos (Protista ou Proctotista e Archaebacteria)
Gabarito: C
3) Prova: CESPE - 2007 - Perito Criminal
Julgue o item a seguir:
( ) Embora a classificação em Reinos seja a mais conhecida, outra
forma de classificar os seres vivos inclui três Domínios: Bactéria, Archae e
Eukarya.
Gabarito: V
2) Prova: CESPE - 2003 - Diplomata
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A diferenciação morfológica entre P. hispidinervum e P. aduncum
concentra-se nas características foliares, sendo que a primeira
apresenta ramos pubescentes e folhas oblongolanceoladas ou
oblongoelípticas, levemente ásperas na face adaxial; a segunda
possui folhas elípticas ou lanceoladas, ásperas na face adaxial e
pubescentes nas faces abaxial e adaxial. Estudos indicam que a P.
hispidinervum é uma planta alógama. Atualmente, a EMBRAPA
Acre mantém um campo de produção de sementes melhoradas de
pimenta longa, formado por clones selecionados a partir de
plantas que compõem o banco ativo de germoplasma. Com base
nas informações apresentadas no texto acima e considerando
hipoteticamente que a distribuição da P. hispidinervum seja
restrita ao local em que for encontrada e, ainda, que haja um
projeto de implantação de usina hidrelétrica que alague o referido
vale, julgue os itens seguintes.
a) ( ) Ambas as espécies citadas pertencem à mesma família,
porém constituem gêneros diferentes.
Gabarito: F
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2.3 Noções de Zoologia
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA E CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS
VERTEBRADOS
A partir deste tópico vamos iniciar a descrições taxonômicas, além
de citar, de forma breve e resumida, as características gerais de todos os
organismos que compõe o grupo dos vertebrados. Começaremos
seguindo a hierarquia taxonômica, iniciando no Domínio Eukaria, Reino
Animal, Filo Chordata, Subfilo Vertebrata, com suas respectivas Classes e
destas, suas respectivas ordens.
2.3 A) REINO ANIMALIA – CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
Dominio EUKARIA
Reino Animalia (Linnaeus 1758)
Filo Chordata
Subfilo Tunicata ou Urochordata
Subfilo Cephalochordata
Subfilo Vertebrata ou Euchordata
Classe Cyclostomata
Classe Chondrichtyes
Classe Osteichtyes
Classe Amphibia
Classe Reptilia
Classe Aves
Classe Mammalia
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O Reino Animalia é formado por organismos eucariontes
(pertencentes ao Domínio Eukaria), multicelulares e heterotróficos, que
possuem em sua maioria, capacidade capacidade de ingerir alimentos
como forma primária de nutrição.
Este grupo engloba desde organismos mais simples, como as
esponjas, até os mais complexos, como o ser humano. De forma geral,
podemos dividir o Reino Animal em dois grandes grupos: Invertebrados e
Vertebrados. Embora a maioria das pessoas imagine um vertebrado
quando se fala em animal, esse grupo representa apenas 5% de cerca de
1,5 milhão de espécies animais descritas. Mais curioso ainda é pensar que
95% das espécies animais restantes são agrupadas por uma característica
que elas não possuem, ou seja, a ausência de espinha dorsal. Apesar
disto, nossa classificação deve seguir o caminho das descrições que levam
ao grupo dos Vertebrados, cujo grupo devemos aprofundar nosso estudo,
por ser este o mais frequentemente relacionado nos Editais.
2.3 B) REINO ANIMALIA – FILO CHORDATA
O filo Chordata é um grupo grande e diversificado de animais
marinhos, dulcícolas e terrestres, que inclui ascídias, peixes, anfíbios,
répteis, aves e mamíferos. A característica principal que distingue
organismos deste filo é a presença de notocorda dorsal (estrutura
semelhante a uma haste) em pelo menos alguma fase do
desenvolvimento (algumas destas características são encontradas apenas
nos estágios embrionários de alguns cordados). A seguir, listaremos as
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características gerais do Filo Chordata:
• Notocorda dorsal, semelhante a um bastonete, presente pelo menos
em uma parte do ciclo de vida.
• Presença de um tubo nervoso dorsal, ocorrendo em algum
momento do ciclo vital.
• Fendas faríngeas durante algum estágio do ciclo vital.
• Cauda projetando-se atrás do ânus, persistente ou não no adulto
(sim… também nós, mamíferos, tivemos cauda em algum período
do desenvolvimento J ).
• Simetria bilateral, com três folhetos germinativos e corpo
segmentado.
• Tubo digestivo completo.
• Celoma de origem enterocélica e bem desenvolvido (exceto em
Urochordata).
• O esqueleto, quando presente, é um endoesqueleto formado no
mesoderma.
• Sistema circulatório fechado com um coração ventral (exceto em
Urochordata).
• Sexos geralmente separados
• Ovíparos ou vivíparos.
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2.3 C) REINO ANIMALIA – SUBFILO VERTEBRATA
O termo vertebrado, como o próprio nome diz, refere-se a presença
de vértebras, que nestes animais estão organizadas em série para formar
a coluna vertebral.
As características principais do Subfilo VERTEBRATA são: 1)
presença de um encéfalo grande encerrado numa caixa craniana ou
crânio, 2) coluna espinal segmentada e 3) presença de vértebras, que
constituem o suporte axial do corpo. O corpo compreende tipicamente
cabeça, pescoço, tronco e cauda. O tegumento é um epitélio
estratificado de epiderme e derme. A parte externa é cornificada nos
Filo Chordata ou Cordados
Classificação
Cordados
Urocordatos Cephalocordatos Vertebrata
Protocordados Eurocordatos
Invertebrados
Exclusivamente marinhos
Vertebrados
Cosmopolitas
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habitantes terrestres, com escamas nos répteis, penas nas aves e pelos
nos mamíferos.
O esqueleto interno articulado é cartilaginoso, nos vertebrados
inferiores, ou ósseo, nos grupos superiores; este esqueleto sustenta e
protege vários órgãos. Possuem dois pares de extremidades, que são as
nadadeiras dos peixes e as pernas dos tetrápodes, com suportes
esqueléticos, que articulam-se com a coluna vertebral através de
cinturas. Sobre o esqueleto existem músculos, responsáveis pela
locomoção.
O trato digestivo é completo e ventral à coluna vertebral; a boca
contém uma língua e geralmente dentes; o ânus situa-se no
prolongamento final do tronco.
O aparelho circulatório inclui um coração muscular bem
desenvolvido com 2, 3 ou 4 câmaras, localizado ventralmente ao trato
digestivo. Suas contrações impelem o sangue através de um sistema
fechado de artérias, capilares e veias. O plasma sanguíneo contém tanto
glóbulos brancos como vermelhos, estes com hemoglobina como
pigmento respiratório.
A respiração das formas inferiores é feita por brânquias pares;
espécies terrestres apresentam pulmões desenvolvidos.
O Sistema Nervoso origina-se embrionariamente e é sempre
único, tubular e dorsal ao tubo digestivo. O encéfalo diferencia-se
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estrutural e funcionalmente em regiões; os hemisférios cerebrais e o
cerebelo aumentam, especialmente nas formas superiores; há 10 ou 12
pares de nervos cranianos na cabeça, que servem tanto para funções
motoras como para funções sensitivas, incluindo os órgãos pares de
sentidos especiais (olfato, visão, audição e equilíbrio).
Os sexos são separados e cada um tem um par de gônadas que
descarregam as células sexuais através de ductos que se abrem perto do
ânus ou cloaca.
2.3 D) SUBFILO VERTEBRATA – CLASSE CYCLOSTOMATA
Subfilo Vertebrata ou Euchordata
Superclasse Agnatha
Classe Cyclostomata
Classe Chondrichtyes
Classe Osteichtyes
Classe Amphibia
Classe Reptilia
Classe Aves
Classe Mammalia
SUPERCLASSE AGNATHA (do grego a, sem + gnathos, maxila)
A superclasse Agnatha é classificada como parafilética, na qual
estão inseridas os peixes sem mandíbula (Cyclostomata) do
subfilo Vertebrata. Os organismos possuem boca circular em ventosa com
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dentículos. Não são encontradas escamas, tampouco nadadeiras. São
aquáticos, e em sua maioria marinhos. A fecundação é externa.
Ex.: Lampreia – Desenvolvimento Indireto – Ectoparasitas
Feiticeira – Desenvolvimento Direto – Predadores
2.3 E) SUBFILO VERTEBRATA – CLASSE CHONDRICHTYES
Subfilo Vertebrata ou Euchordata
Classe Cyclostomata
Classe Chondrichtyes
Superclasse Osteichtyes
Classe
Actinopterygii
Classe Sarcopterygii
Superclasse Tetrapoda
Classe Amphibia
Classe Reptilia
Classe Aves
Os Chondrichtyes são peixes com esqueleto cartilaginosos e
notocorda entre as vértebras. Possuem escamas placóides ou dentículos
dérmicos. A boca fica localizada na região ventral de corpo e o maxilar
não apresenta-se fundido ao crânio. Não possui bexiga natatória. Ex.:
Tubarões e Raias.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
Classe Chondrichtyes
Superordem Batoidea – Raias
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Ordem Batidoidimorpha ou Rajiformes (raias “verdadeiras”)
Ordem Myliobatiformes (jamantas)
Ordem Pristiformes (raias-de-serra)
Ordem Torpediniformes (raias eléctricas)
Superordem Selachimorpha – Tubarões
Ordem Hexanchiformes (tubarões mais primitivos)
Ordem Squaliformes (peixe prego)
Ordem Pristiophoriformes (tubarões-serra)
Ordem Squatiniformes (tubarões anjo)
Ordem Heterodontiformes
Ordem Orectolobiformes (ex.: tubarão-baleia)
Ordem Carcharhiniformes (ex.: tubarão-azul, tubarão-cabeça-
chata, tubarão-tigre, tubarões martelo)
Ordem Lamniformes (ex.: tubarão-branco)
2.3 F) SUBFILO VERTEBRATA – SUPERCLASSE OSTEICHTYES
Subfilo Vertebrata ou Euchordata
Classe Cyclostomata
Classe Chondrichtyes
Superclasse Osteichtyes
Classe
Actinopterygii
Classe Sarcopterygii
Superclasse Tetrapoda
Classe Amphibia
Classe Reptilia
Classe Aves
Os peixes deste grupo têm esqueleto ósseo, são cobertos com
escamas dérmicas, geralmente tem corpo fusiforme, nadam por meio das
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nadadeiras e a maioria respira por brânquias. O grupo dos osteíctes é o
maior entre todos os grupos de vertebrados, totalizando cerca de 21 mil
espécies. Estão presentes em todos os tipos de água: doce, salobra,
salgada, quente ou fria, desde a superfície até cerca de 9 mil metros de
profundidade.
Classe Sarcopterygii - Os Sarcopterígios (do latim científico:
Sarcopterygii) são peixes que possuem nadadeiras carnosas, sustentadas
por ossos semelhantes aos das patas dos tetrápodes. Em função disso,
acredita-se que os primeiros vertebrados terrestres - os anfíbios - teriam
surgido de um grupo de sarcopterígeo primitivo (Crossopterygii), que
vivia em águas rasas, respirando por brânquias e também por pulmões.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
Classe Sarcopterygii
Ordem Coelacanthiformes - celacantos
Ordem Ceratodontiformes - peixe-pulmonado-australiano
Ordem Lepidosireniformes - os demais peixes pulmonados
Ordem Rhizodontida (extintos)
Ordem Osteolepiformes (extintos)
Ordem Panderichthyida (extintos)
Classe Actinopterygii - Os Actinopterygii são peixes cujas nadadeiras
são sustentadas por raios. É o grupo mais diversificado e o que reúne o
maior número de espécies. São principalmente ovíparos, embora algumas
poucas espécies sejam vivíparas. O estágio jovem desses animais é
denominado alevino. Nos actinopterígeos, a bexiga natatória tem a função
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básica de sustentação, embora em alguns possa atuar também como um
pulmão. São exemplos de actinopterígeos as sardinhas, o salmão, a truta,
o baiacu, o arenque, entre outros.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
Classe Actinopterygii
Ordem Polypteriformes
Ordem Acipenseriformes (esturjão)
Subclasse Neopterygii (Holostei)
Ordem Lepisosteiformes
Ordem Amiiformes
Infraclasse Teleostei
Superordem Osteoglossomorpha
Ordem Osteoglossiformes (aruanã, pirarucu)
Ordem Hiodontiformes
Superordem Elopomorpha
Ordem Elopiformes
Ordem Albuliformes
Ordem Notacanthiformes
Ordem Anguilliformes (enguias)
Ordem Saccopharyngiformes (enguia-pelicano)
Superordem Clupeomorpha
Ordem Clupeiformes (arenque, sardinha, anchova)
Superordem Ostariophysi
Ordem Gonorynchiformes
Ordem Cypriniformes (carpa)
Ordem Characiformes (piranha, lambari, dourado, pacu)
Ordem Gymnotiformes (peixe-elétrico)
Ordem Siluriformes (bagres)
Superordem Protacanthopterygii
Ordem Salmoniformes (salmão, truta)
Ordem Esociformes (lúcio)
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Ordem Perciformes (perca, atum, cavala)
2.3 G) SUBFILO VERTEBRATA – SUPERCLASSE TETRAPODA
CLASSE AMPHIBIA
A superclasse Tetrapoda (do grego tetra - quatro + podos - pés)
consiste no agrupamento da maior parte dos vertebrados, já que na sua
maior parte, são portadores de quatro membros locomotores adaptados
para o deslocamento em terra. Essa superclasse compreende as classes
Amphibia, Reptilia, Aves e Mammalia. Ainda que alguns grupos tenham
sofrido regressão dos membros locomotores (como sucede com certos
répteis, como as cobras) a maior parte dos Tetrápodes apresenta quatro
membros geralmente pentadáctilos. Além disso, são suas características
comuns: fossas nasais comunicando-se com a faringe, fendas branquiais
sempre presentes no embrião jovem, circulação fechada e dupla, e
esqueleto interno e ósseo.
Subfilo Vertebrata ou Euchordata
Classe Cyclostomata
Classe Chondrichtyes
Superclasse Osteichtyes
Classe
Actinopterygii
Superclasse Tetrapoda
Classe Amphibia
Classe Reptilia
Classe Aves
Classe Mammalia
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Os anfíbios (do grego amphi - ambos, dos dois modos + bios -
vida) representam os tetrápodes mais antigos e correspondem a cerca de
4000 espécies descritas. Seu nome é dado em consideração ao fato de
levarem parte da vida na água e o restante em terra firme, embora
existam representantes que passam toda a vida no ambiente aquático.
Mesmo os adultos terrestres ainda não podem dispensar totalmente a
vida em ambientes úmidos e próximos à ambientes aquáticos, tendo em
vista a respiração cutânea e a necessidade da água para a reprodução.
São atualmente incluídos em três ordens:
Ordem Urodela ou Caudata - são as salamandras, nas quais a
cauda é bem desenvolvida e os membros, apesar de sofrerem redução
em diferentes graus, estão sempre presentes. Dentre os anfíbios atuais,
as salamandras possuem a forma do corpo e a locomoção mais
generalizadas. As salamandras são alongadas, possuem cauda e quase
todas as espécies são completamente aquáticas. Existem
aproximadamente 350 espécies descritas, quase totalmente limitadas ao
hemisfério Norte, embora atinjam o norte da América do Sul.
Ordem Anura – Estão inseridos, nesta ordem, os sapos, rãs e
pererecas. São adaptados para o salto e não possuem cauda quando
adultos. Em contraste com o limitado número e distribuição geográfica
das espécies de salamandras, os anuros (an = sem + uro = cauda),
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incluem cerca de 3500 espécies descritas e ocorrem em todos os
continentes, exceto na Antártida.
Ordem Gymnophiona ou Apoda – Compreende todos os
animais ápodos (ou seja, sem pés) e alongados, conhecidos popularmente
por cobras-cegas ou cecílias.
2.3 H) SUBFILO VERTEBRATA – SUPERCLASSE TETRAPODA
CLASSE REPTILLIA
Subfilo Vertebrata ou Euchordata
Classe Cyclostomata
Classe Chondrichtyes
Superclasse Osteichtyes
Classe
Actinopterygii
Superclasse Tetrapoda
Classe Amphibia
Classe Reptilia
Classe Aves
Classe Mammalia
Os répteis constituem o primeiro grupo dos vertebrados totalmente
adaptados a vida em lugares secos. A pele é normalmente seca e córnea,
e as escamas minimizam a perda de umidade do corpo. Diferente dos
anfíbios, que dependem da água ou de um ambiente úmido para evitar a
dessecação dos ovos, os répteis desenvolveram uma casca sólida ao redor
do ovo repleto de vitelo. A casca é suficientemente porosa para permitir a
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passagem de gases respiratórios, mas sólida o bastante para protegê-lo.
O mais importante porém, foi o desenvolvimento de uma membrana
embrionária (o âmnio), que envolve uma câmara cheia de líquido, no qual
o indivíduo pode se desenvolver protegido da dessecação.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
Classe Reptillia
Subclasse Anapsida
OrdemTestudinata (Tartarugas)
Ordem Mesosauria
Ordem Procolophonomorpha†
Ordem Captorhinida †
Subclasse Synapsida †
Subclasse Euriapsida †
Subclasse Diapsida (lagartos, tuataras, crocodilos e aves, além de
inúmeras ordens de répteis pré-históricos incluindo dinossauros,
pterossauros, plesiossauros, notossauros, rincossauros, prolacertiformes e
aetossauros)
Ordem Araeoscelidia †
Ordem Avicephala †
Ordem Thalattosauria †
Ordem Younginiformes †
Ordem Ichthyopterygia (ictiossauros) †
Ordem Lepidosauromorpha
Ordem Eolacertilia †
Ordem Lepidosauria
Ordem Sphenodontia (tuatara)
Ordem Squamata (lagartos)
Ordem Sauropterygia †
Ordem Placodontia †
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Ordem Nothosauroidea †
Ordem Plesiosauria †
Ordem Archosauromorpha
Ordem Aetosauria †
Ordem Choristodera †
Ordem Phytosauria †
Ordem Prolacertiformes †
Ordem Pterosauria †
Ordem Rauisuchia †
Ordem Rhynchosauria †
Ordem Trilophosauria †
Ordem Crocodylomorpha (crocodilos)
Ordem Dinosauria † (dinossauros)
2.3 I) SUBFILO VERTEBRATA – SUPERCLASSE TETRAPODA
CLASSE AVES
Subfilo Vertebrata ou Euchordata
Classe Cyclostomata
Classe Chondrichtyes
Superclasse Osteichtyes
Classe
Actinopterygii
Superclasse Tetrapoda
Classe Amphibia
Classe Reptilia
Classe Aves
Classe Mammalia
De todos os animais, as aves são os mais bem conhecidos e os mais
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facilmente reconhecidos, porque são comuns, ativas durante o dia e
facilmente vistas. São singulares na posse de penas que revestem e
isolam o corpo, tornando possível a regulação da temperatura e
auxiliando no voo. Nenhuma outra classe animal possui penas. As aves
ocupam todos os continentes, os mares e a maioria das ilhas.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
Subclasse †Archaeornithes - aves ancestrais
Ordem †Archaeopterygiformes
Ordem †Confuciusornithiformes
Subclasse Neornithes Gadow, 1893 - aves modernas
Superordem Paleognathae (aves com asas atrofiadas e
osso esterno sem quilha)
Ordem Apterygiformes - quivi
Ordem †Dinornithiformes - moa
Ordem Casuariiformes - casuar
Ordem †Aepyornithiformes - ave-elefante
Ordem Struthioniformes - avestruz
Ordem Rheiformes - ema
Ordem Tinamiformes - macuco, inhambu
Superordem Neognathae - aves com asas bem
desenvolvidas e osso esterno com quilha
Ordem Sphenisciformes - pinguim
Ordem Gaviiformes - mobelha
Ordem Podicipediformes - mergulhão
Ordem Procellariiformes - albatroz, petrel
Ordem Pelecaniformes - pelicano, atobá,
cormorão, rabo-de-palha
Ordem Ciconiiformes - cegonha, garça, urubu, íbis
Ordem Anseriformes - pato, ganso, cisne
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Ordem Falconiformes - águia, gavião, falcão
Ordem Galliformes - galo, peru, faisão, perdiz
Ordem Gruiformes - grou, saracura, jacamim
Ordem Charadriiformes - batuíra, maçarico
Ordem Columbiformes - pombo, dodô
Ordem Psittaciformes - papagaio, arara, periquito
Ordem Cuculiformes - cuco, anu
Ordem Strigiformes - coruja
Ordem Caprimulgiformes - bacurau, urutau
Ordem Apodiformes - andorinhão, beija-flor
Ordem Coliiformes - rabo-de-junco
Ordem Trogoniformes - surucuá
Ordem Coraciiformes - martim-pescador, rolieiro
Ordem Piciformes - pica-pau, tucano
Ordem Passeriformes – pássaros
2.3 J) SUBFILO VERTEBRATA – SUPERCLASSE TETRAPODA
CLASSE MAMMALIA
Subfilo Vertebrata ou Euchordata
Classe Cyclostomata
Classe Chondrichtyes
Superclasse Osteichtyes
Classe
Actinopterygii
Classe Sarcopterygii
Superclasse Tetrapoda
Classe Amphibia
Classe Reptilia
Classe Aves
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Organismos deste grupo são considerados os animais mais
evoluídos. A característica principal é a presença de glândulas mamárias
desenvolvidas, nas fêmeas, para a nutrição de seus filhotes. Pelo fato de
apresentarem, em sua maioria, desenvolvimento embrionário no interior
no útero da mãe, o risco de serem devorados por predadores nessa fase é
o muito pequeno. Possuem cerca de 4.500 espécies descritas, e
distribuem-se por quase todo o globo terrestre, explorando amplamente
os recursos da Terra, de polo a polo, do topo das montanhas às
profundezas dos mares e mesmo no céu noturno. Os mamíferos
modernos podem ser divididos em três grupos principais.
Os Prototheria, ou Monotremados (existem somente cerca de seis
espécies isoladas geograficamente na Austrália e Nova Guiné). Estão
agrupadas em duas subordens, a das équidnas e a dos ornitorrincos.
Caracterizam-se por botar ovos que são incubados e eclodem fora do
trato reprodutivo das fêmeas. Apesar disso, são vertebrados com pelos,
endotérmicos, produtores de leite, possuindo dentes (apenas na maxila
inferior) e portanto classificados como mamíferos.
Os Metatheria (Marsupiais - cerca de 250 espécies), caracterizam-
se pelo curto período de gestação, pela prematuridade dos filhotes e, em
muitos, por possuírem uma bolsa de proteção (o marsúpio). Esta bolsa
recobre as glândulas mamárias das mães e o jovem arrasta-se até seu
interior imediatamente após o nascimento, para alimentar-se e completar
seu desenvolvimento.
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Os Eutheria, ou placentários, incluem cerca de 3800 espécies, e
nascem num estágio de desenvolvimento muito mais avançado que os
marsupiais. Muitos estão prontos para correr ou nadar ao lado das mães
minutos após o nascimento. Embora isso signifique um maior potencial de
sobrevivência, o custo metabólico é alto e prolongado para a fêmea.
Subclasse Ordens Exemplos
Prototheria Monotremata Ornitorrinco e équidnas
Metatheria Marsupialia
Gambá, coalas, cangurus,
cuícas
Eutheria
Cetacea
Sirenea
Artiodactyla
Perissodactyla
Chiroptera
Edentata
Rodentia
Lagomorfa
Carnivora
Prossimia
Simia
Hominia
Proboscidia
Pinnipedia
Baleia,golfinho
Peixe-boi
Porco, boi, girafas
cavalos, antas
morcegos
tatu, tamanduá
rato, capivara
coelho, lebre
gato, cão, leão lemurs
macaco
Homem
elefantes
leões-marinhos, focas,
morsas
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3. NOÇÕES BÁSICAS DE OCEANOGRAFIA
A Oceanografia é um ramo da ciência que estuda os processos
físicos, químicos, biológicos e geológicos que ocorrem nos oceanos e
mares. Os oceanos, conforme sabemos, são grandes extensões de água
salgada que ocupam as depressões da superfície terrestre
(aproximadamente 70,8% da superfície do planeta).
Mas afinal, como os oceanos se formaram?
Dado que a idade da Terra é de cerca de 4,6 bilhões de anos e que
os oceanos foram formados muito precocemente nesta história geológica,
essas perguntas só podem ser respondidas de forma parcial e
especulativa. A composição dos gases na atmosfera primitiva deve ter
sido muito semelhante à dos gases expelidos atualmente pelos vulcões e
gêiseres, dentre os quais inclui-se o vapor d'água. Inicialmente a
temperatura atmosférica era muito elevada, mas à medida que a Terra foi
esfriando, a grande massa de vapor d'água presente na atmosfera se
condensou e precipitou na superfície do planeta, preenchendo as bacias
oceânicas, há cerca de 4 bilhões de anos, logo após a solidificação da
crosta.
3.1 RELEVO SUBMARINO
Os oceanos, assim como o continente, possuem relevo, ou seja,
irregularidades na superfície. Na verdade, a crosta oceânica e a crosta
continental apresentam diferenças entre si. A primeira ocorre sob os
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oceanos, é menos espessa e é formada por extravasamentos vulcânicos
ao longo de imensas faixas no meio dos oceanos (as cadeias meso-
oceânicas), que geram rochas basálticas. A segunda é mais espessa, pode
emergir até alguns milhares de metros acima do nível do mar, e é
formada por vários processos geológicos, tendo uma composição química
média mais rica em Silício e em Alumínio que as rochas basálticas, que
pode ser chamada de composição granítica.
O estudo sobre o relevo submarino teve início somente em meados
do século XIX. No entanto, estudos mais aprofundados foram conduzidos
apenas após a década de 40, com o advento de tecnologias para uma
melhor compreensão das informações coletadas. De modo geral, o relevo
submarino é bem mais acidentado que o terrestre. A profundidade
máxima conhecida dos oceanos é de 11.000 metros, superior portanto às
maiores elevações continentais, com profundidade média de 3.795 metros
que, apesar de parecer um valor elevado, representa somente 1/1.700 do
raio terrestre.
O fundo dos oceanos é caracterizado por várias formas de relevo,
porém as principais são:
Plataforma continental - Prolongamento da área continental emersa (o
continente) com profundidade de até 200 m. Apresenta-se na forma de
planície submersa que margeia todos os continentes, sua extensão varia
de 70 km a 1.000 km. A plataforma continental é considerada a área
mais importante do relevo submarino, pois é nessa região que a luz do sol
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atinge praticamente o fundo oceânico, permitindo a ocorrência de
fotossíntese e o crescimento do plâncton, este último, indispensável para
a alimentação de peixes e animais marinhos. Por isso, ficam aí as maiores
regiões pesqueiras e também as bacias petrolíferas.
Talude continental - Outra unidade do relevo submarino, que se forma
imediatamente após a plataforma continental. Tem origem sedimentar e
inclina-se até o fundo oceânico, atingindo entre 3.000 e 5.000 metros de
profundidade. O relevo do talude continental não é regular, ocorrendo
frequentemente cânions e vales submersos.
Planície abissal ou bacia - São áreas extensas com mais de 5.000 m de
profundidade. Estendem-se desde o talude continental até as encostas
das cordilheiras oceânicas. Por vezes, essa planície é interrompida por
montes submarinos (com alturas entre 200 metros e 1.000 metros) ou
mesmo por montanhas submarinas, de origem vulcânica, com elevações
acima de 1.000 metros. Nesta zona do oceano não há luz alguma, as
temperaturas são baixas e a vida marinha não é tão abundante.
Cordilheira oceânica - São elevações que ocorrem de forma regular ao
longo dos oceanos. Nessa área encontramos intensa atividade sísmica e
vulcânica. A cordilheira oceânica divide a crosta submarina em duas
partes, representado uma ruptura ou cicatriz produzida durante a
separação dos continentes. No oceano Atlântico, a cordilheira oceânica é
chamada de meso-atlântica, porque ocupa a parte central deste oceano.
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Fossas oceânicas - São depressões alongadas e estreitas, com grande
declividade que ocorrem ao longo das áreas de subducção de placas
tectônicas, ou seja, são fendas que atingem grandes profundidades entre
7.000 e 11.037 m, onde a placa oceânica mergulha de volta para o
manto.
3.2 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DA ÁGUA DO MAR
A água do mar é uma mistura de 96,5% de moléculas de água pura
e cerca de 3,5% de outros materiais, tais como sais, gases dissolvidos,
substâncias orgânicas e partículas não solúveis.
a) Salinidade - É a característica básica da água do mar. A quantidade de
sais dissolvidos é expresso em gramas de material dissolvido num
quilograma de água do mar. Um valor médio para a água do mar é 35gr
por 1000gr, expresso pelo valor absoluto 35.
b) Temperatura - Depende da temperatura ambiente e da radiação solar,
acompanhando, de modo geral, a variação da temperatura do ar, tanto a
diária como a sazonal. De forma geral, decresce de acordo com a
profundidade até aproximadamente 500 metros, mantendo-se então
praticamente constante, entre 4o
C e 5o
C.
c) Densidade - Do ponto de vista da oceanografia física, o aspecto mais
importante na avaliação da densidade é a sua variação em função das
alterações de temperatura, salinidade e pressão. Neste contexto,
podemos dizer que a densidade da água do mar depende tanto da
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quantidade de sal dissolvido quanto da temperatura. A massa de sal dos
oceanos abaixa o ponto de fusão em cerca de 2 °C e abaixa a
temperatura da densidade máxima para a do ponto de fusão. É por essa
razão que, na água do mar, a descida por convecção da água fria não é
impedida pela expansão da água, a medida que ela esfria e se aproxima
do ponto de fusão.
3.3 MARÉS
Marés são alterações do nível da água do mar causadas pela
interferência gravitacional da Lua e do Sol (esta última com menor
intensidade, devido à distância), que atrai os corpos em sua direção -
todos os corpos, mas como as águas dos oceanos fluem mais livremente,
a mudança é mais visível. Quando a Lua e a Terra estão alinhadas, a Lua
exerce atração, no ponto mais próximo, sobre a água do mar. A altura
das marés alta e baixa (relativa ao nível do mar médio) é variável. Nas
luas nova e cheia, as forças gravitacionais do Sol estão na mesma direção
das da Lua, produzindo marés mais altas, chamadas marés de sizígia. Nas
luas minguante e crescente as forças gravitacionais do Sol estão em
direções diferentes das da Lua, anulando parte delas, produzindo marés
mais baixas chamadas marés de quadratura.
3.4 CORRENTES MARÍTIMAS
As correntes marítimas são movimentos de grandes massas de
água dentro de um oceano ou mar. As correntes têm sua origem na
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circulação dos ventos na superfície e no movimento de rotação da Terra.
Elas transportam consigo umidade e calor interferindo também na vida
marinha e, consequentemente, tendo influência direta no equilíbrio dos
oceanos e mares.
As principais correntes marinhas do mundo são: a corrente do golfo,
que se move no sentido sul-norte pela costa oeste dos EUA e depois pela
Europa; a corrente do Brasil, que se move no sentido sul-norte pela costa
brasileira; a corrente de Humboldt, que se move pelo oceano pacífico e
que está relacionada com o acontecimento do efeito “El-Niño”; e a
corrente de Bengala, que se move no sentido oeste-leste na direção do
Oceano Índico.
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4. Teste Final + Gabarito
1) Prova: CESPE - 2009 - CEHAP
Os peixes são divididos em duas classes: dos peixes ósseos e dos
peixes cartilaginosos. Marque a alternativa correspondente à
classe dos peixes cartilaginosos:
a) Echinoidea.
b) Chondrichthyes.
c) Asteroidea.
d) Crinoidea.
e) Holothuroidea.
2) Prova: CESPE - 2009 - CEHAP
Analise as afirmativas abaixo e marque V para as verdadeiras e F
para as falsas: ( ) Os órgãos locomotores de todos os peixes são
as nadadeiras. ( ) O coração dos peixes é dotado de duas câmaras.
( ) Nos peixes cartilaginosos o intestino termina em uma cloaca. (
) Nos peixes cartilaginosos a bexiga natatória tem função
hidrostática. A sequência está correta em:
a) V, V, V, V
b) V, F, V, V
c) F, V, V, V
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d) V, F, F, V
e) V, V, V, F
3) Prova: CESPE - 2009 - CEHAP
Analise as afirmativas que se seguem: I. Peixe - Possui circulação
simples, completa, fechada, um átrio e um ventrículo e por seu
coração só passa sangue venoso. II. Crocodilo - Possui circulação
fechada, dupla, incompleta, dois átrios, dois ventrículos, mistura
do sangue no forâmem de Panizza. III. Sapo - Possui circulação
fechada, dupla, incompleta, dois átrios, um ventrículo e mistura
de sangue no ventrículo. IV. Garsa - Possui circulação fechada,
dupla, completa, dois átrios, dois ventrículos e curva da aorta para
direita. Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
a) III
b) I, II, III e IV
c) I, III e IV
d) I e IV
e) II e IV
4) Prova: CESPE - 2009 - CEHAP
Analise as assertivas abaixo e marque a INCORRETA:
a) Os anfíbios não possuem dentes especializados para mastigação e o
tubo digestório termina em uma cloaca.
b) Nos répteis o sistema digestório é completo e o tubo digestório termina
em uma cloaca.
c) As aves possuem sistema digestório incompleto e o tubo digestório
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termina em uma cloaca.
d) Nos mamíferos o sistema digestório é completo e o tubo digestório
termina em um ânus.
e) Nos condrictes, o sistema digestório é completo e possui intestino com
válvula espiral terminando em cloaca.
5) Prova: CESPE - 2009 - CEHAP
Em relação às características do tubarão e do cação, marque a
alternativa incorreta:
a) Esqueleto cartilaginoso
b) Brânquias sem opérculos
c) Fecundação interna
d) Presença de cloaca
e) Ausência de espiráculo
6) Prova: CESPE - 2009 - ANTAQ
Considerando-se os sistemas circulatórios de um besouro, um
sapo e um gato, é INCORRETO afirmar que:
a) o coração do sapo é dotado de três cavidades enquanto o do gato
possui quatro cavidades
b) há a presença de seios sanguíneos, hemocele, no sistema circulatório
do besouro
c) os três animais possuem um coração impulsionando o sangue ao longo
do corpo
d) em todos eles o sistema circulatório está relacionado ao transporte,
tanto de alimentos como de gases respiratórios
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e) o sapo apresenta circulação dupla incompleta enquanto o gato possui
circulação dupla completa
7) FCC - 2008 - Pref. Salvador BA
Em relação à topografia do fundo oceânico, é correto a firmar que
a margem continental é:
a) a região submersa que compreende a plataforma continental, o talude
e a elevação continental
b) a linha de costa , excluídas reentrâncias devidas a baías, estuários e
rios
c) o mesmo que plataforma continental
d) a região costeira situada até alguns metros acima do nível máximo de
preamar de sizígia, definido conforme a lei
e) a região do sopé do talude, que delimita o fundo oceânico da massa
continental (parte emersa e sedimentos de origem terrestre
8) FCC - 2008 - Pref. Salvador BA
Considere as afirmativas a seguir, sobre as características físicas
do meio marinho. I - A densidade da água do mar é função da
temperatura, da pressão e da salinidade. II - A salinidade da água
é uma medida de sua condutividade elétrica. III - A pressão é
geralmente desconsiderada no cálculo da densidade em águas
costeiras, com precisão bastante razoável. IV - Devido às não-
linearidades da equação de estado da água do mar, é possível
misturar-se duas águas com igual densidade e obter-se uma água
com densidade superior. V - A densidade da água do mar não é um
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fator importante na dinâmica das águas costeiras. Estão corretas
apenas:
a) I, II e III
b) I, III e IV
c) I, IV e V
d) II, III e V
e) II, IV e V
9) FCC - 2008 - Pref. Salvador BA
Sobre o fenômeno de marés astronômicas, considere as seguintes
afirmativas: I - as marés mais comuns na costa brasileira são do
tipo semidiurnas e semidiurnas com desigualdades. II - marés
semidiurnas são aquelas relacionadas à ação da lua, enquanto
marés diurnas são aquelas relacionadas à ação do sol. III - Marés
de sizígia são as marés mais altas, ou seja, aquelas nas quais o
nível do mar se encontra mais elevado do que a média durante
todo o dia, enquanto que marés de quadratura são as marés mais
baixas, ou seja, aquelas nas quais o nível do mar se encontra mais
baixo do que a média durante todo o dia. Estão corretas apenas as
afirmativas:
a) I
b) II
c) III
d) I e II
e) I, II e III
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10) FCC - 2008 - Pref. Salvador BA
Sobre a dinâmica da circulação oceânica, considere a seguintes
afirmativas: I - A circulação eólica é aquela que ocorre em águas
superficiais, acima da termoclina permanente dos oceanos,
enquanto que a circulação termohalina é aquela que ocorre abaixo
da região da termoclina. II - A circulação eólica é aquela
associada à ação dos ventos sobre a superfície da água e
independe, portanto, da estrutura termohalina da camada
superficial dos oceanos. III - As Águas Centrais do Atlântico Sul
são uma das mais importantes massas d'água presentes na costa
brasileira e sua distribuição no oceano e na costa está associada
diretamente á circulação eólica do oceano Atlântico. Estão
corretas apenas as afirmativas:
a) I
b) II
c) III
d) II e III
e) I, II e III
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Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B E B C E D A B A C
Queridos alunos, com estes exercícios fechamos mais uma
aula... Mais uma etapa rumo a aprovação!
Quando falamos sobre correntes marítimas, fiquei pensando
que talvez não sejamos capazes de ter uma noção exata de como as
correntes ocorrem, e porque são tão importantes para o equilíbrio e
manutenção da vida no Planeta. Gostaria de deixar aqui uma sugestão de
vídeo, http://www.youtube.com/watch?v=Ij0XdeBrUqM. Trata-se de uma
animação feita pela NASA, mostrando o fluxo das correntes marítimas ao
redor de todo o Planeta. Não tem nada de absurdo, mas retrata um novo
ponto de vista, que pode favorecer nossa compreensão (ou quem sabe,
nos confundir um pouquinho mais). As imagens falam por si. Bem
interessante! Vale a pena conferir…
Do mais, acho que é importante aprofundar os estudos, mantendo o
foco nos assuntos abordados pelos editais!
Aguardo vocês aqui, na próxima aula!
Abraços e bons estudos!
Etiene Clavico
etieneclavico@globo.com