SlideShare uma empresa Scribd logo
HM em funcionamentoInaugurado na sexta-feira
(15) pelo governador Renan
Filho, o Hospital Metropoli-
tano, no Tabuleiro do Martins,
jáatendeapacientesdaCovid-
19. O equipamento tem 30
leitos de UTI e 130 clínicos. Ao
todo, mais de 800 servidores
vão trabalhar no HM, que se
constitui num reforço às ações
desaúdedoEstadonocombate
ao novo coronavírus.
Alagoas l 17 a 23 de maio I ano 08 I nº 377 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
Sendo mais um em rota
de colisão com Bolsonaro, o
médicoNelsonTeichdevolveu
o cargo de Ministro da Saúde.
Assim como, Luiz Henrique
Mandetta, Teich é a favor do
isolamento social e contra o
usodacloroquinaparapacien-
tes da Covid-19. Bolsonaro é
contra o isolamento e favor do
usodacloroquina.Semespaço
nem autoridade, – rodeado de
militares – Teich escolheu se
demitir. Até sexta-feira, 15, a
médica Nise Yamagushi seria
a mais cotada para o cargo. Ela
teriaseencontradocomBolso-
naro, horas antes de Teich
entregar a Pasta.
INAUGURADONELSON TEICH CAMPUS
“Eu aceitei
para ajudar
o país e
as pessoas”
Mais um
olhar da Série
Viventes
das Alagoas
EDITORIAL:ALÉM DA PREOCUPAÇÃO COMAS DEMANDAS DA PANDEMIA,AUTORIDADES PRECISAM ESCLARECER NOTÍCIAS FALSAS
BOLA PARADA
Foto-jornalistas
esportivos
se desdobram
para garantir
a renda
do mês
Rodrigues
PedroCabr
al
VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO
Alagoas l 17 a 23 de maio I ano 08 I nº 377 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com
Dois
dedos
de
prosa
Esse é mais um conjunto de textos sobre a pandemia e as Alagoas. Agradecemos a todos
os que escreveram: foi uma honra publicá-los. Também agradecemos a Lula Nogueira,
pela oportunidade que nos deu de colocar seu trabalho na capa deste número.
Um abraço,
Sávio Almeida
CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS
VIVENTES DAS ALAGOAS
E A PANDEMIA (V)
Equipadas, as UTIs têm capacidade para 30 pacientes; para aqueles menos graves, serão 130 leitos disponíveis
MarcioFerreira
2
10
4
2 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
EXPRESSÃO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Gaudêncio Torquato, jornalista, é professor titular da USP, consultor político e de comunicação Twitter@gaudtorquato
A
s crises não se
e s g o t a m e m
tempo marcado.
Constituem um fenômeno que
perpassa a linha do tempo. Como
a água corrente, que descobre
as entrâncias e reentrâncias das
rochasatéencontraromar,ascrises
fluemaocorrerdascircunstâncias,
gerando efeitos maiores ou meno-
res, abrindo rumos, redefinindo
caminhos.Acrisesanitária,provo-
cada pela pandemia do Covid-19,
impulsionará a ação dos governos
na trilha da saúde. A crise econô-
mica provocará sequelas sobre
os conjuntos sociais, abaixando o
índice do Produto Nacional Bruto
da Felicidade. Servirá de alerta. E
a crise política já começa a deixar
nossos representantes de “barba
no molho”.
Se há uma consequência que
soma os componentes das três
crises em curso, esta é o avanço
da participação social no processo
político. Saturada de promessas
não cumpridas, indignada com a
má qualidade dos serviços públi-
cos, descrente com as figuras
que, periodicamente, aparecem
no cenário como “salvadores da
Pátria”, a sociedade dá um passo
adiante no sentido de criticar,
exigir,cobrar,querermudar.Quer
dizer, decide participar com mais
força do sistema de decisões.
Em alguns países, principal-
mente na Europa, este direcio-
namento é bem desenvolvido,
ganhando a designação de “auto-
-gestão” técnica, pela qual as
pessoas escolhem seus objetivos
e os meios para alcançá-los, não
aceitando mais a tutela dos políti-
cos. O sentimento é de que a água
transbordou no copo. Tal tendên-
cia exibe maior organicidade
social. Grupos, núcleos, setores,
desencantados com os obsoletos
e tradicionais padrões de operar
a política, querem, eles mesmos,
definir suas ações. A taxa de cida-
dania ganha força.
Aliás, a crítica que se faz à
democracia representativa já
vem de décadas. Bobbio, em seu
clássico O Futuro da Democra-
cia, descreve as promessas não
cumpridas por ela, entre as quais,
a educação para a cidadania, o
combate ao poder invisível, as
oligarquias, a falta de transpa-
rência dos governos, o acesso de
todos à justiça. Estes fenômenos
se somam a outros, convergindo
para o distanciamento entre socie-
dade e representação política.
Como podemos dar outra
interpretação a esse novo estado?
Significa que a sociedade se orga-
niza em entidades de referência,
como sindicatos, associações,
federações, grupos e movimen-
tos. Esses são os novos núcleos
de poder. Uma força que nasce
nas margens, ensejando o que
podemos chamar de “poder
centrípeto”, em contraposição ao
“poder centrífugo”, este formado
pelas instituições centrais, os
Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, nas instâncias federais,
estaduais e municipais.
Essa modelagem passa a
agir como um rolo compressor
sobre os Poderes constitucionais.
Assim raciocina o eleitor: se meu
representante ou o governante
não conseguem atender as neces-
sidades, vou bater na porta de
minha entidade. Sob tal configu-
ração, desenvolver-se-á a ação da
política no Brasil, com alteração
de comportamentos, mudança
na feição dos protagonistas,
redefinição dos pacotes sociais,
redimensionamento dos recur-
sos, reordenamento de meios e
compensações para os programas
regionais, etc.
Os novos horizontes, sob tal
panorama, são promissores. A
democracia participativa finca
estacas profundas na seara social.
O que vai reforçar os três instru-
mentos que, hoje, a ancoram: o
referendo, o plebiscito e o projeto
de lei de iniciativa popular. Rede-
senha-se, assim, uma paisagem
mais fértil no campo democrático,
corroborando um dos significa-
dos da expressão japonesa para a
palavra crise: oportunidade. Ou
seja, vamos extrair das crises a
oportunidade para o país refazer
o seu modus faciendi de operar a
política.
Pano de fundo: o Brasil é um
país de dimensão continental,
com imensas riquezas naturais,
nãoregistraascatástrofesnaturais
que ocorrem em diversas regi-
ões do mundo, abriga o maior e
mais qualificado agronegócio do
planeta, tem sol o ano inteiro na
regiãoNordesteeumdosmaiores
potenciais turísticos do mundo.
O que falta, por aqui, é uma taxa
menor do que podemos chamar
de Produto Nacional Bruto da
Corrupção (PNBC).
Há outros componentes que
devem entrar no jogo. A política
nãoéselvaparapraticartiroaoalvo
contra animais.As disputas preci-
samentrarnoforodorespeitoeda
seriedade. Os compromissos hão
de ser executados. Urge deixar de
lado as promessas mirabolantes,
as emboscadas, a radicalização, o
ódio, o terraplanismo, os ideários
ultrapassados. O lema a guiar
nossos passos: cada um cumpra o
seu dever.
Os novos polos de poder
V
i ve m o s n a
era da infor-
m a ç ã o e m
tempo real, isso é fato. O
avanço tecnológico permitiu
ao ser humano se comunicar
de forma muito mais rápida
e eficaz desde o surgimento
do telégrafo, passando pelos
primeiros modelos de tele-
fones e agora estamos viven-
ciando as chamadas por
vídeo, com transmissão de
sons, imagens, documentos e
localização em tempo real.
A maioria das pessoas
hoje tem acesso a smarthpho-
nes dotados de tecnologia e
velocidades incomparáveis a
muitos computadores domés-
ticos,comacessoàinternetem
praticamentetodososlugares.
Oquedeuàspessoasmaisque
o poder de apenas se comuni-
carem umas com as outras
individualmente, mas as
transformouemdivulgadoras
de informações em massa.
No entanto as pessoas,
por muitas vezes, não sabem
utilizar essa ferramenta de
maneira que a informação
divulgada corresponda à
realidade dos fatos e, por
inocência ou pressa na divul-
gação, acabe desinformando
mais que informando. O
problema maior é quando a
intenção é justamente produ-
zir uma falsa informação, com
o interesse de desinformar, o
que chamamos hoje de “fake-
news”.
Elas são um problema
porque causam não apenas a
desinformação nas pessoas,
mas também podem trazer
prejuízos reais para a vida
de quem recebe essas falsas
informações. Esse termo ficou
muito conhecido desde a elei-
ção presidencial de Donald
Trump nos Estados Unidos
que, além de um dos que mais
produziu“fakenews”durante
a campanha, também acusava
os veículos de imprensa de
produzir falsas informações
sobre a sua pessoa.
Ainda tomando como
exemplo o presidente ameri-
cano no que tange sobre como
uma informação falsa pode
causar danos reais nas vidas
das pessoas, Trump recente-
mente em um discurso suge-
riu, sem base científica ou
mesmológicanenhuma,ouso
de desinfetante como “remé-
dio” para combater o corona-
vírus. Após essa informação,
o número de pessoas que deu
entrada nos hospitais ameri-
canos intoxicadas pela inges-
tão de produtos de limpeza
cresceu consideravelmente.
Cabe a nós, cidadãos
com bom senso e veículos de
imprensa, a árdua missão de
estar a todo momento tendo
que desmentir as centenas de
milhares de “fakenews” que
surgem diariamente na tenta-
tiva de fazer diminuir esses
danos que podem ser causa-
dos à sociedade.
É um trabalho cansativo,
que depende de um esforço
intelectual gigantesco para ir
atrás das informações verda-
deiras, de fontes seguras,
esmiuçar essas informações
e rebater cada ponto de uma
notíciafalsa.Produziroconte-
údo correto de forma que o
leitor possa compreender e,
além disso, de forma que ele
possa se interessar a ler.
Esse trabalho é ainda mais
cansativo quando, ao divul-
gar a informação verdadeira,
nos deparamos com uma
“meia dúzia” de pessoas
estúpidas que não aceitam
aqueles fatos, desdenham da
verdade, xingam o interlocu-
tordamensagemecontinuam
a espalhar, de forma voluntá-
ria e com a mesma intenção
inicial de desinformar, aquela
informação que com tanto
trabalho foi desmentida.
Mas nós que temos
compromisso com a verdade
da informação não devemos
recuarantequalquerpretexto,
parafraseandoNietzsche,pois
o mundo irá tentar dissuadi-
-lo, porque a verdade será
sempre mais forte.
Duro combate às “fakesnews”
CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas
“
Ariel Cipola
Repórter
E
m Alagoas,
o deputado
estadual Cabo
Bebeto (sem partido) vem
sendo o “garoto-propaganda”
do negacionismo presiden-
cial à pandemia da Covid-19.
Ao estilo bolsonarista, utiliza
suas redes sociais para prestar
desserviço à saúde pública,
publicar notícias falsas e até
mesmo brincar com o número
de mortes dos alagoanos.
Na terça-feira da semana
passada, o deputado postou
um card onde compara o
número de mortes entre abril
de 2019 e abril de 2020. Com a
legenda: “Onde muitos esta-
vamquandoessasmortesesta-
vam acontecendo?”, ironizou
Bebeto as vítimas alagoanas
donovocoronavírusnasredes
sociais. O deputado esqueceu
de mencionar que os dados
por ele publicados tratam-se
donúmerototal deóbitos,que
desconsideram diversos fato-
res,comoascausasdasmortes
ou o tempo que os óbitos
levamparaserregistradosnos
sistemas dos cartórios.
Segundo a assessoria da
Associação dos Registradores
de Pessoas Naturais (Arpen-
-Brasil) - entidade responsável
pelo portal pesquisado pelo
deputado Bebeto - os dados
dos registros gerais de óbitos,
utilizados pelo parlamentar
alagoano, incluem mortes
por motivos violentos, como
homicídios ou acidentes de
trânsito, e diz que o mais
indicado seria que a pesquisa
fosse realizada pelo deputado
no Painel Covid Registral, que
engloba apenas as mortes por
causas naturais.
O Painel Covid indica até
momento que em abril de
2020 houve 33 óbitos a mais
em Alagoas com relação
ao mesmo período do ano
passado.
Os dados reais dos meses
recentespodemsubiràmedida
que os cartórios enviem as
informações e o portal seja
atualizado, o que segundo o
próprio portal podem ser alte-
rados e o número de óbitos
referentes a abril deste ano
pode subir ainda mais.
3O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
PODER redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Arpen afirma
que o deputado
deveria usar os
dados do Painel
Covid Registral
e não o quan-
titativo geral
de óbitos,que
inclui acidentes
e homicídios
Bebeto ironiza mortes da Covid
e“brinca”com as estatísticas
‘GAROTO-PROPAGANDA’ é um dos bolsonaristas emAL que insiste no fim do isolamento social decretado por Renan Filho
Deputado coloca em dúvida o consórcio do NE
Após esse post, Bebeto
publicou em suas redes sociais
outro card, também na terça
feirapassada,dessavezcompa-
rou o valor pago pelo Governo
deAlagoaseoGovernoFederal
nacompraderespiradoresarti-
ficiais. Na legenda Bebeto afir-
mouqueoGovernodeAlagoas
pagou dez vezes o valor pago
pelo Governo Federal na aqui-
sição dos respiradores. Notícia
quefoiapagadaecorrigidapor
elemesmonasredessociais.
No começo da noite da
quinta-feira passada, Bebeto
excluiu a legenda do post dos
respiradores do dia 12 e publi-
cou um vídeo onde retifica sua
acusação contra o Governo de
Alagoas. Iniciou dizendo que
quem quer justiça faz justiça, e
disse que sempre procura ser
justonassuasmanifestações.
“Eu postei sobre a compra
dos respiradores entre
Governo Federal e Governo
do estado e fiz o compara-
tivo, mas esse comparativo
não ficou justo, porque eram
produtos diferentes, os respi-
radores comprados pelo
Governo Federal são portá-
teis e o Governo de Alagoas
comprou respiradores fixos
que são usados em UTI.
Aquela postagem que está
lá sobre respiradores eu vou
retirar o texto e vou colocar o
link desse vídeo para que as
pessoastenhamacessoàinfor-
maçãomaisexatapossível”,se
redimiu Bebeto.
No final do vídeo cabo
Bebeto ainda disse que acha
“estranho” o valor pago pelo
Governo de Alagoas através
do consórcio de governadores
do Nordeste. “Mesmo diante
da pandemia a gente sabe que
muitas coisas aumentam de
preço mas de 60 mil pra 210
mil é um aumento absurdo,
mas fica aqui a nossa correção
pra que a gente faça justiça
com a informação e passe pro
alagoano a informação mais
correta”, finalizou Bebeto.
Com relação ao valor dos
respiradores, o aumento se
deve – assim como qualquer
mercadoria – a Lei de Oferta e
Procura (demanda). Portanto,
num momento de pandemia
global, em que todos os países
domundoestãoàprocurados
respiradores, é natural que
aja um aumento do valor de
mercado. Do mesmo modo
que ocorre com os materiais
de EPI da saúde, como másca-
ras, álcool em gel entre outros.
Postagem do Cabo Bebeto em suas redes sociais manipula números para colocar em dúvida eficácia do isolamento
Plantações de couve estão sendo destruídas por
pragas na zona rural de Olho D’Água das Flores, município
do Sertão alagoano, a 171 quilômetros de Maceió. Os níveis
de infestação da lagarta da couve, também conhecida
como curuquerê da couve, são altos. Os plantios também
estão sendo atacados por pulgões, lagartas mede palmo e
traçasdasbrássicas.
“Faz uns 40 dias que eu vi as folhas de couve clicando
comumasmanchasamarelinhaseasborboletaspousando.
Quandofoimaisoumenoscomunstrêsdias,jáestavaessa
praga de lagarta e até hoje eu não sei o que fazer. Minha
produção está 100% perdida”, lamenta a agricultora Maria
dasVirgensBezerraVenâncio.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural –Senar
Alagoas – iniciou um trabalho de assistência técnica e
gerencial com os produtores de Olho D’Água das Flores, no
último mês de abril, e constatou o problema em cerca de
80%das29propriedadesvisitadas.Otrabalhodeorientação
nocombateàspragasvemsendorealizadopelaengenheira
agrônomaetécnicadecampodoSenar,TatianaSalvador
“A lagarta da couve, principal praga encontrada, é
uma lepidóptera (ordem de insetos que inclui a borboleta
e a mariposa) que em sua fase adulta deposita os ovos
na parte inferior da folha das couve. Em média, a eclosão
ocorreentre10a12dias.Afaselarval,queéafasedelagarta,
provocaadesfolha,alagartadevoraecausadanosseveros
àprodução,deixandoapenasasnervurasmaisgrossasdas
plantas”,comentaTatiana.
Segundo a técnica de campo do Senar, em alguns
casos,aseveridadedoataqueimpedequenovasbrotações
ocorram. “Os produtores têm tentado controlar a praga por
meiodacataçãomanual,nafaselarval,ouoesmagamento
dosovosdepositadosabaixodafolha”,comenta.
Salvador explica que, para evitar o ataque da fase
adulta, algumas medidas de prevenção devem ser adota-
dascomoousodearmadilhasparacapturaououtrasações
pararepelirapresençadasborboletasnahorta.
“Orientamos os produtores rurais a utilizarem extratos
naturais à base de óleos vegetais ou ervas, o cultivo de
outras culturas no entorno dos canteiros, para servir de
barreira física, os telados sombrite algumas vezes também
podemserusados,comsombreamentode30%a50%,além
doconsórciocomoutrasculturas,parafavorecerapresença
deinimigosnaturaiseaumentaradiversidadedeplantasno
local”,elencaTatianaSalvador.
AgênciaAlagoas
O
governador
Renan Filho
e o secretário
de Estado da Saúde,Alexandre
Ayres, inauguraram na sexta-
-feira (15) o Hospital Metropo-
litano, localizado no Tabuleiro
dos Martins.A abertura anteci-
pada da unidade pelo Governo
do Estado ocorre em função da
pandemiadonovocoronavírus.
“Estamos fazendo uma
entrega simbólica do hospital,
paraque,jáamanhã,aunidade
comece atendendo às pessoas,
com800profissionaisdesaúde
dedicados para tratar pacien-
tes com Covid-19”, explicou
RenanFilho.“Agentesóconse-
gue essas entregas de maneira
colaborativa com todos os
poderes. Quero parabenizar
a todos os servidores públi-
cos que trabalharam nesta
entrega”, complementou o
governador.
O equipamento disponibi-
liza 160 leitos exclusivos para
tratamento da doença, sendo
30 leitos de UTI (Unidade de
Terapia Intensiva) e 130 de
enfermaria.Além da estrutura
com respiradores, monitores
multiparâmetro e bombas de
infusão, entre outros equipa-
mentos, o Hospital Metropoli-
tano permitirá a realização de
exames de tomografia compu-
tadorizada – procedimento
imprescindível para investiga-
ção de doenças respiratórias.
O maior investimento em
saúde pública da história de
Alagoas – com valor em torno
de R$ 80 milhões em recur-
sos próprios – possui em sua
estrutura seis pavimentos e
15 alas e terá capacidade para
realizar 10.300 atendimentos
por mensais quando estiver
operando por completo.
“Temos passados dias difí-
ceis em Alagoas, ouvindo a
ciência, dialogando com médi-
cos e infectologistas com um
único objetivo: salvar vidas.
Hoje, com a chegada do hospi-
tal ganhamos mais força para
esse enfrentamento”, consi-
derou o titular da Secretaria
de Estado da Saúde (Sesau),
AlexandreAyres.
O governador Renan Filho
lembraque,apesardeunidade
representar a expansão do
número de leitos, o verdadeiro
controle da pandemia acon-
tece com o isolamento social.
“Infelizmente, nesse período
mais recente, tem morrido
quase o dobro das pessoas
do que antes. Fique em casa
para a curva na acelerar e não
colapsar a rede de saúde. Por
favor, fiquem em casa”, apela
o gestor.
Rui Palmeira destaca parceria entre governos
Rui Palmeira enalteceu
a parceria no enfretamento
à pandemia realizado entre
a Prefeitura de Maceió e
Governo de Alagoas, apon-
tou que a “epidemia de fake
news” é tão grande quanto
o combate ao coronavírus e
alertou para o aumento no
número de enterros ocorridos
nos cemitérios da capital.
“É um dado absoluta-
mente chocante, somente
ontem nos cemitérios foram
13 enterros de pessoas com
Covid ou suspeita. A média
era de dez enterros por dia
no geral”, informou Rui
Palmeira.“Seapopulaçãonão
ficar em casa, vai faltar leito e
muita gente vai morrer. É um
apelo que todos os unidos
fazemos aqui”, assinalou.
OpresidentedoTJfalouem
“momento de ambiguidade”.
“Estamos lidando com o vírus
que a ciência pouco conhece,
isso produz angústia e deses-
pero, mas tem outro lado da
moeda. A gente percebe um
nível de mobilização favor da
lutacontraocoronaqueagente
até desconhecia que existisse”.
Hospital conta com 130 leitos clínicos e 30 de UTI para receber pacientes da Covid-19; internamentos já começaram
MarcioFerreira
4 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
ESTADO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Hospital Metropolitano já
atende a casos de Covid-19
ABERTURAFOIANTECIPADAparareforçarcombateàpandemia;são800servidorese160leitosexclusivosparatratamentodadoença
A TABELA DE PREÇOS ENCONTRA-SE NO SITE WWW.FAEAL.ORG.BR
SENAR ORIENTA PRODUTORES DE OLHO D’ÁGUA
DAS FLORES CONTRA PRAGAS NO CULTIVO DA COUVE
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5O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Iracema Ferro
Repórter
C
om o advento
do isolamento
social, menos
pessoas circulando nas ruas
e menos oportunidades de
praticarassaltos,oscriminosos
usam a criatividade infindável
para praticar o mal e inventa-
ram o golpe do falso motoboy.
O golpe acontece assim: o
cliente recebe uma ligação em
nome do banco ou da central
do cartão de crédito e o aten-
dente fala sobre transações
suspeitasfeitascomocartãoda
pretensavítima.Emseguida,o
criminososolicitaqueocorren-
tista ligue para o telefone que
está no verso do cartão. No
entanto, sua linha fica presa, e
o cliente acha que está falando
com a central do banco ou do
cartão. Na central falsa, são
solicitadas informações pesso-
ais (inclusive endereço com
referência)easenha.Apósisso,
é solicitado que a vítima corte
o seu cartão ao meio para que
alguém vá buscá-lo. Então, o
suposto motoboy vai até a casa
da vítima recolher o cartão.
Estecartãorecolhido,cujochip
continua intacto, será usado
pelos criminosos.
O crime tem ocorrido com
as mais diversas bandeiras
e bancos. De acordo com a
Febraban(FederaçãoBrasileira
deBancos),nadúvida,ocliente
develigarparaacentralapartir
deumtelefonecelular,poisem
ligações de telefone fixo existe
a possibilidade do fraudador
seguraralinhaeavítimaachar
que está falando com a central.
“Em alguns casos, os frau-
dadores solicitam também o
chip do seu aparelho celular
ou até mesmo a retirada do
notebook. Não os entregue
a ninguém. Os bancos não
enviam ninguém para retirar
os cartões dos clientes, por
isso, a recomendação é não o
entregue a ninguém. Quando
o banco ou a central de cartão
entra em contato, por telefone
ou mensagens (SMS, e-mail,
redes sociais, etc.), nunca soli-
cita senhas, código iToken
nemonúmerodocartãocomo
CVV[códigodeverificação,no
versodocartão].Corteoschips
ao meio quando não for mais
utilizar os cartões”, esclarece a
assessoria da Federação.
De acordo com o delegado
dePolíciaCivilSidneyTenório,
em primeiro lugar, o corren-
tista deve evitar passar qual-
quer informação pessoal por
telefone.“Nadúvida,vápesso-
almente na agência bancária
para ter alguma informação.
Jamais passe senhas, código
de segurança ou mesmo o
número do cartão ou cpf, seja
por telefone, e-mail, mensa-
gem ou whatsapp”, ensina.
Mas, é quem já caiu no
golpe, como deve proceder?
“Caso passe tais informações
e for vítima de um golpe, deve
ir à uma delegacia ou acessar
o site da delegacia interativa
nesse período de pandemia e
fazer um Boletim de Ocorrên-
cia [BO] por estelionato. Em
seguida, fazer contato com a
operadora do cartão e comuni-
car o ocorrido”, pontua o dele-
gado.
O próximo passo, segundo
Sidney Tenório, é cancelar
o cartão e tentar ressarcir os
prejuízos financeiros junto
à operadora. “Geralmente,
comprovando-se à fraude
o dinheiro é restituído”,
completa.
6 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
COTIDIANO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Napandemia,nãocaiano
golpedofalsomotoboy
FEBRABAN dá detalhes sobre o novo crime que vem sendo praticado e delegado esclarece como o cliente deve proceder
Falso motoboy vai à casa de correntista e,como todos os dados colhidos por telefone antecipadamente,usa o cartão
PUBLICIDADE
7O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Em maio se comemora o Dia Conti-
nental do Seguro. Não é uma data
comefeitospráticossobre osetor,mas
é um gancho interessante para algu-
masreflexõessobreumaatividadeque,
nosúltimos20anos,experimentouum
crescimento bem acima do resto da
economiabrasileira.
Esta data foi instituída oficialmente
durante a 2ª Conferência Hemisférica
de Seguros, em 1948, no México,
que fixou o dia 14 de maio como uma
homenagem ao dia em que foi reali-
zada a 1ª Conferência de Seguros,em
1946,emNovaYork.
O Dia Continental do Seguro é come-
morado nos continentes america-
nos e na Espanha, homenageando a
importância econômica e social deste
serviço.O principal objetivo desta data
é explicar e conscientizar a população
emgeralsobreosbenefíciosdoseguro
para garantir a proteção dos bens
materiaiseimateriaisdaspessoas.
O Brasil representa perto de 40% do
total de prêmios gerados na América
Latina,o que coloca o país em posição
de destaque para as seguradoras e
resseguradorasinternacionaisquetêm
poucoespaçoparacrescerememseus
paísesdeorigem.
Países da Europa, Estados Unidos e
Japão tem uma população bem aten-
dida no quesito coberturas de seguro
e o alto padrão de vida. Permite que
eles contratem a maioria das garan-
tias oferecidas,diga-se de passagem,
por um preço bastante interessante,
especialmente porque o mutualismo
é às últimas consequências,baixando
o preço médio em função da grande
participaçãodasociedade.
Na América Latina, este cenário ainda
estálongedesetornarrealidade.Afalta
de cobertura de seguro tem cobrado
um preço absurdo do país. Todos os
anos,os danos causados pelas chuvas
deverãoatingemmilhõesdereais,sem
quesetenhaumatransferênciasignifi-
cativa das indenizações destas perdas
paraasseguradoras.
Enãosãoapenasosdanosdiretamente
causados pela água que não são segu-
rados.Aindaqueospacotesresidenciais
e empresariais tenham uma boa gama
de garantias para os fenômenos de
origem climática,estes seguros,numa
contaotimista,atendemmenosde30%
dosriscosseguráveisnacionais.
Temos poucos seguros, tanto faz
o ramo que se queira analisar.
Em seguros de pessoas, riscos
financeiros,responsabilidade civil,
seguros patrimoniais, saúde, previ-
dência complementar, etc., a abran-
gência das apólices, em comparação
com o tamanho da população e da
economia, é bastante acanhado. Nos
próximos anos as novas tecnologias,
vão simplificar a comunicação entre as
pessoasereduziremoscustosdetodas
as atividades empresariais,serão uma
ferramenta importante para facilitar a
pulverizaçãodossegurosnasociedade
brasileira.
Conclusão
Em suma,é certo que o desenho atual
seráprofundamentemodificado,segu-
radoras e os corretores de hoje terão
seu espaço no mercado de amanhã.
Inclusiveelessaemcomavantagemde
jáestaremposicionadoseconhecerem
o negócio.Daí pra frente,competência
passa a ser a palavra chave e o grande
diferencial.
Seguro é feito para estar com você
sempre. E para que todos sintam que
podemfazeroquesetornoutãoessen-
cial hoje em dia:cuidar uns dos outros.
Parabéns a todos que fazem parte
dessahistóriabonitadesever.
Espero que tenha gostado do tema
dessa semana e sempre que vocês
desejarem enviem suas dúvidas para
meu e-mail. Não deixem de acompa-
nhar as novidades em minhas redes
sociais.Até a próxima se Deus quiser!
Bom final de semana para todos!
Grandeabraço!
8 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
MOMENTO SEGURO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
DjaildoAlmeida
Corretor de Seguros - djaildo@jaraguaseguros.com
Dia Continental do Seguro
Avivamento da rotina
Próximo de completar 60 dias de
isolamento social, o alagoano (espe-
cificamente o idoso) está prestes a
enfrentar uma nova fase do confina-
mento compulsório determinado pelo
governo estadual.É nesta fase que os
especialistas acreditam que vai acon-
tecer uma entrega à fadiga,ao tédio e
à monotonia.Até podendo acontecer
emcasosisolados,amortesocialpara
alguns.Assimsendo,comonasoutras
edições desta coluna trouxemos uma
dicaparaincrementararotina.Aalter-
nativaéojogodexadrez,digital.Muita
gente ainda torce para o nariz para o
xadrez físico, imagine para esse novo
desafio. Praticá-lo é mais do que um
exercício de desenvolvimento cogni-
tivo ou um simples hábito, mas um
novo estilo de vida,que exigirá e ensi-
nará concentração, paciência e muita
imaginação. Por ele ser divertido e
funcional trouxemos cinco motivos
para você praticá-lo que irão ajudar
na sua quebra de rotina: potencializa
seu desempenho cerebral, ensina
a encarar os problemas, estimula o
planejamento a longo prazo,otimiza a
memória e aguça a criatividade.
Dilema
Anteriormente atendendo a ordem
social “saia de casa e seja ativo” e
hoje encarando com a Covid-19,
“fique em casa para continuar vivo”,
todos os dias o idoso tem de estar se
reinventando. Sabemos nós que a
tarefa é penosa, mas é providencial.
E o pior, não existiu uma prévia, um
estágiooualgumoutroexercíciopreli-
minar para adaptação. Todos foram
pegos de surpresa. Pessoas idosas,
adultos, jovens e crianças. Casais,
famílias com muitos membros ou de
pequenonúmero.Cadaqualcomsuas
características pessoais e intergera-
cionais, conflitantes ou harmoniosas.
Diante desse relato é quase certo que
muitos idosos estejam, passivamente
e timidamente,enfrentando situações
de violações intrafamiliares.Atenta à
essa nova norma social e exposição
do idoso, a Secretaria de Segurança
Pública de Alagoas/Chefia Articula-
ção Política de Prevenção oferece o
serviço telefônico 181, cujo objetivo é
prevenir e coibir a violência contra a
pessoa idosa.As denúncias de qual-
quer tipo de violação são gratuitas e
totalmente sigilosas.
Viver a vida com intensi-
dade não possui o mesmo
significado que viver a vida
intensamente, pois viver
com intensidade requer de
nós discernimento e lucidez
para poder tirar dos ensina-
mentos da escola da vida,
aprendizados para a nossa
formação pessoal e espiri-
tual. Para viver a vida com
intensidade precisamos ser dotados de clareza e possuir
um bom nível de responsabilidade, de forma que possa-
mos refletir a respeito de nossas ações e, assim, crescer
com elas. As pessoas que vivem com intensidade estão
sempre buscando aprender novas coisas, ter hobbies,
cuidardasaúde,daespiritualidadeefazeroqueasdeixam
felizes.A pessoa que optar em viver a vida intensamente
estará se entregando a uma busca de experiências que
visam lhe proporcionar
prazeres imediatos, vivendo
cada dia como se fosse
o último de sua existên-
cia, pois ela encara a vida
como uma oportunidade
de busca de situações que
deem sentido ao lema: “A
vida deve ser aproveitada ao
máximo” (Ana Maria Alvim
Moura: http://comovivera-
vida.com.br). Normalmente, a pessoa que vive intensa-
mente costuma ser uma pessoa de excessos, que busca
em atividades extremas sentir-se bem e completas. Um
exemplo disto são os vícios, seja por substâncias quími-
casouporcoisasquedesencadeiemfortesemoções.Elas
vivem cada dia como se fosse o último, mesmo que isto
tragaconsequênciasgraves.NesseperíododeCovid-19é
oportuno fazermos uma reflexão sobre esse tema.
O processo se dá através de um Fluxograma entre as
Bases Comunitárias da PM, CREAS de Maceió e as Dele-
gacias de Referência da Polícia Civil.Os policiais militares
das Bases Comunitárias realizam as visitas comunitárias
nas residências dos idosos que, possivelmente, sofreram
maus tratos, daí os policiais acompanham e dialogam
com a pessoa idosa, levantam alguns dados, oferecem
apoio, etc. Em seguida, as equipes dos CREAS fazem o
acompanhamento social da pessoa idosa. Na ocorrên-
cia de crime, a Polícia Civil faz o papel investigativo dela.
A cada visita das Bases Comunitárias ou dos CREAS, é
confeccionado um relatório de visita e acompanhamento,
que servem como uma espécie de“banco de dados”para
o nosso setor.
Viver com intensidade ou intensamente?
O processo
PODERGrisalho Francisco Silvestre
silvestreanjos@bol.com.br
Coroavívus
Um dos exemplos mais importante da gerontologia que exem-
plifica como se deve viver a vida intensamente e ou com inten-
sidade, é o que retrata a vida como sendo uma conta bancária.
Reafirmando que a gerontologia é a ciência que estuda o processo
biopsicossocial do envelhecimento, e especificamente da velhice.
O viver com intensamente e ou com intensidade nós vamos deta-
lhar na próxima nota, pela relevância que os termos despertam.
Retornandoaabordagemquevidaéumacontabancária,apessoa
idosa que soube investir, poupar, e gastar, no tempo certo e na
medida certa nos quatro capitais essenciais,que são:vital,conhe-
cimento,financeiroenosocialpodeestargarantindoumavivência
satisfatória nesta fase de vida,principalmente agora em que todos
nósestamosexperimentandoessacrisedoCoronavírus.Emtempo
e nesse tempo,reconhecer e homenagearmos como“Coroavívus”
os mais vividos e vivões que tiveram prudência (virtude que faz
prever e procura evitar as inconveniências e os perigos) e em que
souberam aplicar bem na conta bancária chamada vida, fato que
é plausível.
João Lemos
Repórter
N
ossa repor-
t a g e m
retornou a
Maceió e foi parar na zona sul
da capital. Ali, nos bairros do
Vergel do Lago e Ponta Grossa
há mais de um século nascem
manifestações folclóricas de
todos os tipos e gostos. Por
terem sido sempre formados
com uma população simples
e vinda de diversas partes do
Estado, foi comum a região se
destacarcomamúltiplaforma-
ção de folguedos e danças.
Essa pujante massa folcló-
rica sempre viveu entre a difi-
culdade e a persistência para
manter-se de pé, afinal como
já dissemos: foi à região que a
população mais carente pode
se estabelecer, formando seus
círculos de amizade e cultu-
ando suas religiões.
Um fomento natural-cultu-
rallevantouazonasuldoostra-
cismo,osClubesCarnavalescos,
Bumba Meu Boi, La Ursas e
Escolas de Samba no período
do Carnaval agitavam toda a
cidade; no período do São João
asfamosasquadrilhasimprovi-
sadas e os cocos faziam a festa
nos palhoções. Já no período
natalino por certo o mais conta-
giante da população era vivido
com as afamadas apresenta-
ções de Cheganças, Fandango,
Pastoril, Guerreiros, Reisados,
Maracatus, Taieiras, Baianas,
QuilomboseCavalhadas.
Foi nesse meio que o seu
Geraldo José da Silva, (hoje
com 66 anos) nasceu: dentro
de uma família multifolclórica
com os pais que amavam fazer
parte das brincadeiras.“Eu
nasci aqui em Maceió, onde
moro até hoje: no Vergel do
Lago. Ao longo dos meus
anos sempre estudei em escola
pública e lá eu aprendi muitas
coisas, porém tudo começou
dentro de casa com meus pais
e meus irmãos, meu pai tinha
um pastoril e coordenava na
época as baianas da Mestra
Terezinha e a chegança do
Mestre Vicente. No Vergel,
onde hoje está localizado o
Colégio Rui Palmeira meu pai
faziaasfestasdenatal,formava
o pastoril e eu dançava como
pastor e nas baianas como
mascote.Alémdisso,nogrupo
escolar eu dançava coco e
quadrilha”, relembrou.
“Senhor dos folguedos”, Mestre Geraldo esteve em quase todas as brincadeiras do acervo da cultura popular
Quadrilhajunina,quandoaindaeraamatuta“raiz”,foiumasdasbrincadeirasseguidasduranteanospeloMestreGeraldo
Comenda Zumbi dos Palmares para o Mestre
Em 1990 se formou em
Educação Artística com
especialização em música
pelo Cesmac. Integrante do
Memorial Zumbi foi um
dos fundadores da Asso-
ciação Cultural Zumbi e
também ajudou na funda-
ção do Centro de Entidades
Negras de Alagoas – Cenal.
Foi professor da rede esta-
dual de ensino. Em 2012 rece-
beu a Comenda Zumbi dos
Palmares em sessão solene
proposta pelas vereadoras
Fátima Santiago (PP), Helo-
ísa Helena (PSOL) e Tereza
Nelma (PSDB). A Comenda
Zumbi dos Palmares foi
instituída através da Resolu-
ção nº 492, de 9 de agosto de
1998 e deve ser outorgada a
personalidades, entidades e
instituições que tenham se
destacado na luta pelo fim da
descriminação cultural, racial
e de cor sofrida pelos negros.
“Mestre mesmo de cartei-
rinha registrada como diz
a história, eu sou mestre do
Quilombo, do Maracatu e do
Coco de Roda. Mas, durante
toda a minha trajetória como
folclorista eu tive no meu
grupoumaTaieiraeumPasto-
ril, todos eles ensinados por
mestres autênticos”, disse.
Dentro do farto saber
foi nos apresentado o Coco
com suas modalidades, o
Quilombo e o Maracatu. Em
um assunto e outro percebe-
mos que o seu Geraldo é real-
mente um Mestre de muitas
brincadeiras autênticas.
Já“homemfeito”,escolheuculturapopular
SeuJoséPoncianodaSilva,
pai do Mestre, foi vigia da
antigalavanderiacomunitária
e sua mãe Maria José da Silva,
mesmo sendo evangélica, era
amante da cultura popular.
“Em agosto começavam os
ensaios do Pastoril, coordena-
dosporminhamãeeporDona
Ritinha,umavizinha.Meupai,
comrecursosprópriosetalvez
com ajuda de comerciantes
locais, armava um palco para
o Pastoril; outro para as Baia-
nas e Guerreiro e por fim,
uma barca para a Chegança
do Mestre Vicente”, disse.
“Uma coisa interessante que
eu recordo foi que me entendi
degente,minhamãeeraevan-
gélica e sempre a encontrava
na cozinha cantando coco,
baiana e guerreiro. Um dia
tive a curiosidade de pergun-
tar aonde ela aprendeu aquilo
tudo, e ela respondeu que
quandoerasolteiraemCapela
se juntava com meu avô e meu
tio e saíam com um “esquenta
muié” pelos engenhos pra
conseguir uns trocados. É daí
que eu tenho esse amor pelos
folguedos. Ela foi um estí-
mulo. Dos quinze irmãos eu
fui o único que pendi para a
brincadeira”, recordou.
De acordo com Josefina
Maria Medeiros Novaes em
seu livro Asfopal 25 anos
Brincando Sério, foi exata-
mente em 1977 que come-
çou a ensaiar Coco de Roda,
Taieira e Quadrilha Junina no
Colégio Estadual Rodrigues
de Melo, auxiliado poste-
riormente já participando da
Asfopal pelo Mestre Benedito
Belarmino, de Bebedouro,
com quem formou os grupos
de Maracatu, Toré de Índio e
Quilombo.
“Sem a compreensão da
diretoria da escola à época, fui
obrigadoaabandonarotraba-
lho que vinha sendo realizado
eassimformeioGrupoFolcló-
ricoAxéZumbi”,comentou.E
Josefina completa afirmando
que por vários anos o Mestre
Geraldo ensaiou com os
mesmosgruposnaEscolaEsta-
dual Dom Adelmo Machado,
sempre contando com a ajuda
do Mestre Benedito, que
muito lhe ensinou. “Assumi
independente o grupo dando
novo nome e adereço. A essas
alturas fui avisado da criação
da Asfopal e passei a partici-
par ativamente. Lá contei com
o apoio da associação e segui
em frente. Eu já dominava o
Coco, a Quadrilha, o Pastoril e
a Baiana. Mas eu não conhecia
ainda a Taieira, os Quilombos,
oMaracatueoTorédeíndio,e
isso se deu com a chegada do
Mestre Benedito Belarmino”,
confirmou. “Durante 33 anos
queeucoordeneiessesgrupos
tive oportunidade de viajar
pelo Brasil e ir a muitos muni-
cípios do estado”, lembra.
SÃO 66 ANOS DEDICADOS à preservação dos folguedos; em alguns deles,o mestre foi quem ensinou os primeiros passos
No Vergel, Geraldo é o mestre
de “todas as brincadeiras”
CULTURA redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
9O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
“Recordo que,
quando criança,
encontrava
a minha mãe
cantando
coco,baiana
e guerreiro
“
Thiago Luiz
Estagiário
A
paralisação
do futebol
e de outros
esportes tem afetado não
apenas os atletas. Existem
ainda outros profissionais
que precisam lidar com a
quarentena. Como é o caso
dos repórteres-fotográfi-
cos que atuam nos prin-
cipais eventos esportivos
em Alagoas e no Brasil. As
pessoas que ficam no entorno
do campo, quadra, arena
ou tatame têm uma parcela
muito grande de responsabi-
lidade por tudo que chega e é
visto pelos espectadores que
querem rever lances, come-
morações e outros momen-
tos marcantes do esporte.
Um exemplo de busca
para se reinventar nesse
período de isolamento social,
Célio Júnior “caiu de para-
quedas” no fotojornalismo
esportivo há cerca de um
ano.Antes, ele atuava na área
da educação física, onde até
hoje faz dessa profissão a sua
principal fonte de renda.
O profissional já treinou
diversas equipes de futebol
e futsal. Mas, com o avanço
da pandemia do novo coro-
navírus, viu todas as suas
atividades obrigatoriamente
parando. As aulas para o
time super máster de Fut 7,
para pessoas acima de 45
anos, da Ordem dos Advo-
gados do Brasil Seccional
Alagoas (OAB)/AL, precisa-
ram parar. Os treinos para
a equipe de futsal feminino
da Caixa Econômica Federal
também foram suspensos. E
por último, mas não menos
importante, os eventos
esportivos em Alagoas.
Apesar de não ser sua
principal fonte de renda, a
fotografia esportiva dá uma
ajuda muito significativa na
hora de pagar as contas no
fim do mês. Com a paralisa-
ção dos jogos de futebol, o
que não dá para parar e ficar
de braços cruzados. Célio
tem oferecido seus serviços
a jogadores profissionais que
estão fazendo os treinamen-
tos no sistema “home trai-
ning”. Os registros têm como
objetivo, principalmente,
manter a imagem do atleta
em evidência. Outra alterna-
tiva achada pelo fotógrafo foi
comercializar quadro com
fotos que ele fez. Além disso,
as redes sociais têm sido uma
grande aliada nesse período.
“A rede social é um canal
para aparecer e ser visto e,
consequentemente, ganhar
o reconhecimento pelo traba-
lho”, disse Célio.
10 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
ESPORTES redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Pandemia parou até os
“clicks” das máquinas
SEM AS COMPETIÇÕES ESPORTIVAS, repórteres-fotográficos precisam criar alternativas para garantir o sustento da família
Profissionais da fotografia têm se desdobrado,cada um à sua maneira,para garantir renda nesse período de pandemia
Semascompetiçõesesportivas,CélioJúniorficousemtrabalhar na beira do gramado; redes sociais têm sido alternativa
Um fôlego: trabalho para agências ajuda
Fabrício Melo também é
repórter-fotográfico.Apande-
mia trouxe, “além da queda,
o coice”. A suspensão das
competições esportivas, além
defazê-loficar“parado”,acar-
retou ainda na demissão do
veículo de comunicação em
quetrabalhava.Eleéjornalista
formado há nove anos, atua
como repórter-fotográfico
há dois e há um ano decidiu
enveredar pelos esportes.
Nessa quarentena, tem
produzido material sobre a
pandemia para uma agência
de fotografia. O fotojorna-
lismo era sua principal fonte
de renda, mas as dificuldades
nãoparalisaram.Comotempo
“livre”, Fabrício tem aprovei-
tado para fazer contato profis-
sional com representantes de
jornais de outros estados e
enviar portfólio com amostras
de seu trabalho.
O presidente da Associa-
ção dos Repórteres Fotográ-
ficos e Cinematográficos no
Estado de Alagoas (Arfoc),
Ailton Cruz, afirmou que
grande parte dos repórteres
fotográfico e cinematográ-
ficos atua como freelancer,
faz trabalhos pontuais, e até
aqueles que trabalham para
agênciasestãocomoemprego
em risco.
Com mais de 30 anos de
fotojornalismo esportivo e
muita bagagem no currículo,
Ailton disse que os colegas de
categoria estão “se virando
nos 30”, e a Associação não
deixa de manter o contato
sobre atualizações e novida-
des nos grupos de WhatsApp.
Profissionais das
“lentes mágicas”
se desdobram
para garantir renda
nesse tempo de
“bola parada”
Bolsa de Mestrado - Finlândia
Fonte: Eastern Finland University
AUniversidadedaFinlândiaOrientaléumadasmaioresuniversidadesdaFinlân-
dia, e está recebendo inscrições para alguns de seus programas de mestrado
com bolsa de estudos.
Os programas são multidisciplinares,tendo em vista a vocação da IES em treinar
especialistas para os vários setores da sociedade na busca por soluções para os
desafios globais.
Aqui estão alguns dos programas ofertados pela instituição:
* MDP Internacional emTecnologia da Informação
* MDP em Negócios Internacionais e Gestão deVendas
* MDP em Fotônica
* MDP (CBU) em Silvicultura
* MDP em Biologia da MudançaAmbiental (BEC)
* MDP em Biomedicina
* MDP em Linguística Clínica
* MDP no ensino de idiomas para comunicação intercultural
* MDP em Inglês Língua e Cultura
* MDP em Saúde eTecnologiaAmbiental
* MDP em Política e DireitoAmbiental
Os critérios de elegibilidade são estabelecidos diferentemente para cada
programa.Você poderá saber mais vink https://bit.ly/35GDMdJ .
11O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
Estudarláfora redação 82 3023.2092
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Alyshia Gomes
alyshiagomes.ri@gmail.com
Bolsa para Legal Practice Course (LPC) e Mestrado em Direito e Negócios
Programa de bolsas do Banco Asiático de Desenvolvimento - Japão
Fonte: The University of Law Business School
A University of La Business School está com inscrições
abertas para seu programa de Legal Practice (LPC) e
Master in Law. O duplo programa oferece preparação
para exercer a advocacia com as habilidades necessá-
rias para ter sucesso nos negócios pois, além da prepa-
ração acadêmica,ele tem um foco claro na capacidade de
empregabilidade do aluno.
O curso funcionará através de workshops para pequenos
grupos, ministrados por advogados com vasta experiência
prática.O aluno também poderá se beneficiar dos recursos
deaprendizagemon-lineedofeedbackpessoaldostutores.
A instituição oferece várias bolsas de estudo para nossos
alunos e lembra que o status de bolsista é,certamente,um
elemento importante no CV.
Serão considerados elegíveis para a bolsa os candidatos
portadores de um diploma de bacharelado em Direito com
bom rendimento acadêmico e domínio suficiente do idioma
inglês para concluir com êxito o curso.
Mais informações em https://bit.ly/2LbdtDm.
Fonte: Governo do Japão
AsinscriçõesestãoabertasparaoprogramaBancoAsiático
de Desenvolvimento - Japão,financiado pelo governo japo-
nês. O objetivo deste programa é proporcionar uma opor-
tunidade para que cidadãos bem qualificados dos países
em desenvolvimento realizem estudos de pós- graduação.
Para ser elegível, o interessado deverá ter nacionalidade
de algum país em desenvolvimento, ser admitido em um
programademestradoaprovadoemumainstituiçãoacadê-
mica aprovada, ter um diploma de bacharel ou equivalente
com um histórico acadêmico, ter pelo menos dois anos de
experiência profissional em tempo integral (adquirida após
um diploma universitário) no momento da inscrição, e ser
proficiente em habilidades de comunicação oral e escrita
em inglês para poder prosseguir estudos.
Podem participar interessados em um programa de
mestrado nas áreas de economia,administração,ciência e
tecnologia e outros campos. Candidatos também deverão
ter menos de 35 anos de idade no momento da aplica-
ção. Em casos excepcionais, para programas apropriados
para altos funcionários e gerentes,o limite de idade é de 45
anos. Em todas as situações, o candidato deverá concor-
dar em retornar ao seu país de origem depois de concluir
o programa.
Maiores informações em https://bit.ly/2YKH7qM .
Encontros virtuais facilitam informações sobre estudos no exterior
Instituições de Ensino Superior internacionais sempre realizam
sessões virtuais. Nelas, os recrutadores fazem um momento de
apresentação oral sobre os programas que suas instituições ofer-
tam, critérios de avaliação para admissão e bolsas, mas também
abrem espaço para que os participantes possam fazer perguntas.
Tragoinformaçõessobrealgumassessõesprevistasparaospróxi-
mos dias.
1.Sessão de informações virtuais sobre admissões na HarvardTH
Chan School of Public Health
Oportunidade de obter informações sobre a Escola de Saúde
Pública de Harvard TH Chan bem como seus programas de pós-
-graduação.Oparticipantepoderáiniciarseuscontatoscomcoma
equipedeadmissões,oquepermitiráumamaiorinteraçãoepossi-
velmente uma melhor desenvoltura do processo de candidatura.
O encontro abordará tópicos de admissão para os programas de
Mestrado em Saúde Pública, Mestrado em Gerenciamento de
Cuidados de Saúde,Mestrado em Ciências e DrPH.Maiores infor-
mações em https://www.hsph.harvard.edu/admissions/
2.Sessão virtual de informações da Sheffield Hallam University
Asessãotemcomoobjetivoapresentarosprogramasdemestrado
e as oportunidades de pesquisa na instituição. Mais informações
em https://bit.ly/3cf2Ril. O encontro está previsto para a quarta-
-feira,20 de maio.
3. Evento virtual aberto sobre pós-graduação na Staffordshire
University
Participantes terão a oportunidade de conversar com acadêmicos
e receber aconselhamento e orientação individual das equipes de
apoio ao estudante sobre finanças, carreiras e desenvolvimento
pessoal.
O evento acontecerá em 20 de maio e as inscrições poderão ser
feitas através do link https://bit.ly/3fyNR1c .
Sessões de outras Instituições de Ensino Superior estão previstas
paraomêsdemaioejunho.Acompanheacoluna“EstudarLáFora”
também pelo site “O Dia Mais” e receba as informações atualiza-
das.Até a próxima!
Alyshia Gomes escreve sobre Educação Internacional Educação
Global e temas correlacionados no jornal “O DIA ALAGOAS” e no
site “O Dia Mais”. Dúvidas, comentários e sugestões, entre em
contato através do email alyshiagomes.ri@gmail.com .
12 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
igor93279039@hotmail.comIGOR PEREIRA
Fiat lança Fiorino
Ambulância
Reconhecido no mercado
brasileiro de comerciais
leves por sua robustez,
confiabilidade e excelente
custo-benefício, agora o
Fiat Fiorino passa a contar
com mais uma versão,
a Ambulância Simples
Remoção.O veículo é
destinado ao transporte
de pacientes que não
apresentam risco de vida,
para remoções simples
e eletivas. O Fiorino
Ambulância recebeu a
adaptação necessária
para essa finalidade.“No
momento atual em que
vivemos, a iniciativa da
Fiat aumenta a opção de
veículos que auxiliam as
pessoas que precisam de
uma remoção simples.
Além disso, traz mais
conforto para o cliente
que se dirige a uma
concessionária da marca
para comprar um carro
pronto, a exemplo do
Ducato Ambulância”,
afirma Felipe Daemon,
gerente de Marketing
de Produto Fiat Chrysler
Automobiles (FCA).
Nissan e.dams
compete no
circuito de rua
de Mônaco em
corrida virtual
A Nissan e.dams
competiu, no último
dia 9 de maio, em um
circuito virtual de rua de
Mônaco banhado pelo
sol, na terceira rodada do
campeonato ABB Formula
E Raceat Home Challenge,
que arrecada fundos
para as ações mundiais
da UNICEF.A nova
competição vai arrecadar
fundos para os projetos da
UNICEF em todo o mundo
para enfrentar a crise do
coronavírus.O campeonato
ABB Formula E Raceat
Home Challenge é dividido
entre dois grids e duas
corridas. O campeonato
de corridas online faz um
paralelo entre a Fórmula
E e o mais alto nível das
competições de emissão
zero do mundo real, agora
de modo virtual.
ACONTECE
esta semana
RENAULT DA
DESCONTO DE 8 MIL
EM VENDA DIRETA DA
FÁBRICA
A Renault anunciou uma
promoção na qual venderá
o carro para o cliente
diretamente da fábrica,
com descontos - que
chegam a R$ 8 mil - para
vários modelos do seu
line-up. Quem comprar,
ainda receberá o carro em
casa. Nesta promoção,
os descontos chegam a
R$ 8 mil, dependendo do
modelo. Caso se opte pelo
financiamento, há reduções
adicionais, e pode-se adquirir
o plano de manutenção
direto da fábrica, que é válido
em todas as concessionárias
do Brasil.
Emplacamento
de motos cai 63%
Foram apenas 28.256
motos vendidas no Brasil
durante o mês de abril.A
queda foi drástica, com
número 62,5% menor que
março, mês que registrou
75.394 emplacamentos.
Os números da Fenabrave
(Federação Nacional da
Distribuição de Veículos
Automotores) revelam
um baque ainda maior
na comparação com
abril de 2019: 69,7%.
O quarto mês do ano
passado havia licenciado
93.380 motocicletas. No
acumulado de 2020, recuo
de 21,9%. Enquanto nos
primeiros quatro meses de
2019 o brasileiro comprou
352.099 motos, neste
ano, o período registrou
275.174 unidades.
Este é o pior resultado
desde meados da década
de 1990.
RODASDUAS
A produção de veículos
registrou em abril seu pior
nível desde 1957, quando o
setor começou a computar os
dados. Na época, a indústria
brasileira contava com apenas
seis fábricas, todas na região
do ABC Paulista. Os números
divulgados na sexta-feira, 8,
pela Anfavea, mostram que a
crise está longe de terminar.
No mês passado as plantas
brasileiras montaram apenas
1,8 mil unidades, entre veícu-
los leves e pesados, volume
que representou queda de
99% na comparação com
março, quando a indústria
entregou 189,9 mil veícu-
los. Foram pouco mais de
1 mil automóveis (-99%),
403 caminhões (-95%) e 396
ônibus (-80%), segundo os
dados da entidade. Vale
lembrar que no Brasil as
fábricas começaram a paral-
isar suas operações a partir
de 23 de março. Até aquele
momento, a indústria vinha
operando no seu ritmo
normal, se preparando para
um tradicional aumento das
vendas que acontece em
março, após os dois primei-
ros meses do ano serem
historicamente mais fracos.
A pior produção de veículo da
história para o mês de abril
A GM vai introduzir uma
nova versão da picape Chev-
rolet Silverado, chamada ZRX,
de acordo com um relatório
interno. A proposta é ter um
veículo off road com muita
forçaeaspectoesportivo.Dessa
forma, a Silverado ZRX baterá
de frente com a Ford F-150
Raptor e a RAM 1500 Rebel. A
informaçãodizqueessapicape
terá um V8 6.2 LT4 com potên-
cia ainda desconhecida, mas
que poderia ficar na casa dos
460 cavalos, como o Camaro
SS.No entanto, comenta-se
que no relatório, a Silverado
ZRX teria um compressor
de pelo menos 2 litros, algo
que muda completamente
a potência para cima, alcan-
çando assim uma cavalaria
realmente empolgante. Entre
as rivais, a RAM 1500 Rebel
TRX tem nada menos que 717
cavalos em seu monstruoso
V8 6.2 SuperchargerHellcat.
A F-150 Raptor aposta num
V6 3.5 EcoBoostBiturbo com
450 cavalos, que lhe parece
adequado se comparado com
o insano Hellcat. Contudo, a
GM poderia aproveitar essa
diferença para adicionar a
Silverado ZRX com um algo
a mais.
Chevrolet prepara Silverado
para enfrentar a F-150 Raptor
GIGANTES
CRISE
PedroCabr
al
VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO
Alagoas l 17 a 23 de maio I ano 08 I nº 377 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com
Dois
dedos
de
prosa
Esse é mais um conjunto de textos sobre a pandemia e as Alagoas. Agradecemos a todos
os que escreveram: foi uma honra publicá-los. Também agradecemos a Lula Nogueira,
pela oportunidade que nos deu de colocar seu trabalho na capa deste número.
Um abraço,
Sávio Almeida
CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS
VIVENTES DAS ALAGOAS
E A PANDEMIA (V)
A
P a n d e m i a
do Corona-
vírus é uma
situação que a maioria de nós
jamais pensou que iria viver.
Situações como essa são extre-
mamentedifíceisdeassimilar,
tendo em vista, tudo aquilo
que está envolvido diante
dessadoença,queafetanossas
vidas de várias formas: nossa
saúde, nossa economia, nosso
emocional, nossas relações
pessoais etc. Praticamente
todas as áreas da nossa vida
são atingidas por tudo que
estamos passando. Diante de
um contexto como esse, como
proceder, ou melhor, como
viver?
Acredito que não teremos
uma resposta pronta para
isso, mas acredito que alguns
princípios básicos podem
nos ajudar durante essa fase
custosa. O verso bíblico de 1
Coríntios 13:13 diz o seguinte:
“Agora, pois, permanecem a
fé, a esperança e o amor, estes
três, mas o maior destes é o
amor”. O escritor e estudioso
da fé cristã, William Kelly,
descreve a fé, a esperança
e o amor como “princípios
morais centrais característicos
do cristianismo” e são justa-
mente esses princípios da fé
cristã que acredito ser a base
para conseguirmos viver em
meio à pandemia.
A fé é a certeza daquilo
que não se vê. Há coisas que
não se compreendem apenas
com a razão, como é o caso
do amor, que não pode ser
explicado através da lógica. A
fé que vem de Deus nos leva
a experiências que nenhum
elemento físico pode nos dar,
pois a fé começa onde termi-
namaspossibilidades,ouseja,
elanãoestálimitadaapossibi-
lidades, ela invade o reino da
impossibilidade.
Nafé,nósvamosencontrar
justamente a esperança, afinal
de contas, em tempos de tanta
insegurança e incertezas que
estamos vivendo com essa
pandemia, são a fé e a espe-
rança que vão alçar nossas
possibilidades a uma paz que
não vai acabar mesmo em
meio a esse contexto de inse-
gurança. Uma vez, ouvi dizer
que são nessas circunstâncias
que a esperança é como um
raio de sol que brota mesmo
no mais absurdo escuro. Isso
me lembra de uma ilustração
que gosto bastante: “Certa
vez um rei encomendou a
dois famosos pintores um
quadro cuja temática fosse
a paz. Além de garantir que
iria comprar os dois quadros,
o rei anunciou que daria um
extraparaoartistaquemelhor
retratasse a paz. No tempo
marcado, eles trouxeram suas
pinturas.Oprimeiroretratava
um lago sereno, espelhando
altas e pacíficas montanhas à
sua volta, encimado por um
céu azul com nuvens bran-
cas como algodão. Todos os
que viram este quadro acha-
ram que ele era um perfeito
retratodapaz.Ooutroquadro
também tinha montanhas.
Maseramescarpadasecalvas.
O céu, ameaçador, derra-
mava chuva e relâmpagos.
Da encosta da montanha caía
uma cachoeira espumante.
Não parecia nada pacífica.
Mas o rei, experimentado nas
artes,olhoucomvagareviuao
ladodacachoeiraumpequeno
ninho numa fenda da rocha.
Mamãe pássaro e seu filhote
repousando em segurança. O
rei escolheu a segunda. Sabe
porque?Porquepaz,explicou
o rei, não significa estar num
lugar onde não há barulho ou
problemas. Paz é um estado
de espírito. É a capacidade
de estar no meio disso tudo e
ainda manter a calma do cora-
ção”. A Fé em Deus e a espe-
rança nos dão paz em meio
a qualquer situação. Prova-
velmente, vamos reclamar,
vamos chorar e vamos sentir
angústia em determinados
momentos, mas a esperança
nos dará força para superar-
mos esses sentimentos, uma
vez que ela nos dará a certeza
de que tudo isso irá passar. E
é essa esperança que nos leva
ao amor.
O amor é o maior dos
princípios que o texto bíblico
nos trouxe, afinal, o amor
não é centrado em si mesmo.
Quem inaugurou um Reino
de Esperança foi Jesus Cristo,
quando nos deu sua vida
numa cruz para nos salvar!
A maior mensagem do cris-
tianismo é esse amor incon-
dicional despendido a nós,
sendo nós ainda imerecedo-
res, reles pecadores; é um
amor gracioso. O amor é o
sentimento mais nobre, ele é
insuperável não se tratando
de algo que aliena ou cega,
mas que ama “apesar de”, ou
seja,éalgoqueconhecenossos
defeitos e, ainda assim, decide
amar. Não é a toa que os dois
maiores mandamentos deixa-
dosporJesusCristoenvolvem
o amor. Veja o que Jesus disse:
“Respondeu Jesus: ‘Ame o
Senhor, o seu Deus de todo
o seu coração, de toda a sua
alma e de todo o seu enten-
dimento’. Este é o primeiro
e maior mandamento. E o
segundo é semelhante a ele:
‘Ame o seu próximo como a
si mesmo’” (Mateus 22.37-39).
Talvez,essesejaomomentode
demonstrar a todos esse amor
ao próximo, exercitar mais
do que nunca a empatia, não
por ideologia, mas porque é
mandamento de Jesus Cristo
para nós que temos fé de que
Ele é o nosso Salvador, que
nos deu a esperança de uma
vida plena ao demonstrar a
prova maior de amor que este
mundo já viu ao entregar sua
vidapornós.Portanto,énosso
dever fazer o mesmo: “Nisto
conhecemos todo o signifi-
cadodoamor:Cristodeuasua
vida por nós e devemos dar a
nossavidapornossosirmãos”
(1 João 3.16). Em meio a todo
esse contexto de pandemia,
ser cristão é ter fé em Deus,
esperança de que tudo vai
passar e, acima de tudo, amar
incondicionalmente o nosso
próximo.
CAMPUS
2 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Este suplemento faz parte do Projeto Memória da Pandemia nas Alagoas, coordenado
por Luiz Sávio de Almeida e José Carlos Lima. Conta com a participação do artista
plástico Lula Nogueira, doutoranda Cecília Carnaúba, pastores Paulo Felipe Almeida e
Victor Lima.
Quem
é
quem?
Paulo Felipe Almeida Formado em Teologia, pós-graduado em Webjornalismo é professor de teologia no SETBAL - Seminário Teológico Batista de Alagoas
O cristão e a pandemia
CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas
O
movimento
profético é,
sem sombra
dedúvidas,omovimentomais
surpreendente que se pode
encontrar em todo o Antigo
Testamento, pois tem sua
culminância em figuras que se
tornaram o centro de muitas
das narrativas desta obra
literária. Com suas expres-
sões impactantes, muitos
deles levavam mensagens de
consolo, repreensão e arre-
pendimento, como também
tentavam ajudar o seu povo a
encontrarumarazãoparatudo
o que acontecia. Em tempos de
“pandemia”, essas respostas
se tornam mais necessárias do
que nunca.
Os profetas, a princípio,
também eram pessoas que
atuaram com grande rele-
vância em vários momentos
da história do povo de Israel.
Diante disso, é preciso respon-
der duas perguntas essenciais
paraentendertalmovimentoe,
quem sabe até, encontrar uma
resposta para nossa situação
atual. A primeira pergunta é:
“Quem eram os profetas?”.
A segunda: “Qual era a sua
missão?”. Respondendo a
primeira pergunta, se percebe
algo peculiar nos livros que
levam os nomes desses que
eram considerados “homens
de Deus”. Frequentemente, os
profetas são identificados por
seus nomes no começo de seus
escritos, bem como pela data
e o lugar em que ocorria a sua
atividade.Porestefato,pode-se
perceber que a pessoa histórica
do profeta ocupa uma impor-
tância fundamental no que diz
respeitoàsuamensagem.
A maneira pela qual são
anunciados os seus escritos
ocorrem por expressões tais
como:“APalavradeAmós”,“A
visão de Isaías”, onde sempre
sua mensagem é associada à
pessoa que a pronuncia. Outro
fato importante é entender
que os próprios profetas têm
a consciência de que o Senhor
Deus os chamou pelo nome.
O nome de um indivíduo
ocupa um lugar de extrema
importância também para a
narrativa, pois este nome está
sempre associado ao caráter.
Com isso, tem-se a ideia de
que o profeta é alguém que foi
chamado por Deus, mas esse
chamado ocorre pelo nome,
que implica dizer que aquele
que os chamou, os conhece
não apenas “de vista”, mas
conhece tudo o que precisa
conhecer,incluindooseucará-
ter. Respondendo à primeira
pergunta: Os profetas são
homens chamados por Deus.
Entendida a questão da
pessoa do profeta, precisa-se
agora falar da missão desses
grandes homens. Sobre este
tema é preciso entender que
eles têm uma profunda cons-
ciência de sua função e sobre
isso o profeta Isaías afirma: “O
espírito do Senhor DEUS está
sobremim;porqueoSENHOR
me ungiu, para pregar boas
novas aos mansos; enviou-me
arestauraroscontritosdecora-
ção, a proclamar liberdade aos
cativos, e a abertura de prisão
aos presos” (Isaías 61. 1). A
missão do profeta era anun-
ciar a mensagem que Deus
tinha separado para falar em
determinado momento. Bem
se sabe que a “instituição” do
profeta não era exclusividade
do povo de Israel, porém algu-
mas coisas diferenciavam os
atos proféticos de Israel das
demais nações. Para o povo de
Deus no Antigo Testamento,
a profecia não se resumia às
“premonições” (visto que esse
ato era condenado pela Lei
Mosaica). Por outro lado, o
profeta também não era uma
pessoa que simplesmente
falava a Palavra de Deus, mas,
através de encenações dramá-
ticas se tornavam a Palavra de
Deus,poisfaziamopapelquea
Bíblia faz hoje para os cristãos.
Pode-se exemplificar esse fato
com uma ordem que Deus dá
ao profeta Isaías que ele deve-
ria andar nu durante 3 anos e
2 meses entre o povo de Israel
(Isaías 20). Com isso, o Senhor
queria enviar uma mensagem
ao seu povo e o profeta se
tornava a mensagem de Deus.
Outrofatocuriosoéoqueacon-
tece com Ezequiel (Cap. 24),
onde Ele diz que o profeta não
poderia chorar no enterro de
sua esposa, ensinando assim
que Deus já não chorava pelo
seu povo. Com isso, se percebe
que a mensagem do profeta
nãoseresumiaapalavras,mas
com suas atitudes dramáticas
eles se tornavam a mensagem.
Por mais que esses textos
tenham sido escritos há tanto
tempo atrás, essas mensagens
se mostram bastante atuais,
pois através delas muitas
pessoas têm superado males
e encontrado o verdadeiro
significado da “vida em abun-
dância” que Cristo prometeu a
todo aquele que crê. Levando
em consideração que uma
das missões dos profetas era
ensinar ao seu povo uma
razão para as dificuldades da
vida, pode-se perceber que a
mensagem nesses tempos de
pandemia é altamente peda-
gógica para todos aqueles que
buscam um sentido no sofri-
mento. Momentos como estes,
segundo os próprios profetas,
servem para renovar a nossa
esperança naquele que real-
mente deve ser a nossa razão
de viver, pois assim afirma o
profeta Jeremias: “E há espe-
rança quanto ao teu futuro, diz
o Senhor...” (Jeremias 31. 17)A
mensagem dos profetas reno-
vam as nossas esperanças de
que o Senhor está cuidando do
futuro das nações e não existe
melhor lugar para estar do
que debaixo da proteção desse
Deus amoroso.
T
emos vivido a
tal quarentena
que remete a
quarenta mas, na verdade, é
por período indeterminado.
Dizem que estamos presos
mas não há prisão capaz de
conter a infinidade de ativida-
des que podemos desenvolver
num mesmo espaço físico e,
sobretudo, não há meios de
aprisionar a nossa capacidade
de pensar, criar, desenvolver
habilidades, interagir, ser soli-
dários e expressar amor. Então
o que nos incomoda exata-
mente, nesta situação de afas-
tamento social? O primeiro
pensamento que me ocorrre é
que estávamos habituados à
ininterrupta tentativa de fazer
o mundo e tudo que nele há,
funcionar a favor de nossos
interesses individuais, que
escolhemos a partir de nossa
baixíssima capacidade de
percepção da realidade exis-
tencial,denossacondiçãoindi-
vidual dentro da circunstância
coletiva e sobretudo de nossa
identidade: o que somos aos
nossos próprios olhos? A que
servimos? Que destino esta-
mos imprimindo aos dias que
senosapresentamdepresente?
Modernamente, reduzi-
mosotamanhodenossasfamí-
lias, não moramos mais todos
juntos, avós, filhos, tios e netos,
achamos que esta forma de
convivência dificultava os rela-
cionamentos, cada um precisa
fazer conformar o mundo ao
seu modo de vida, começamos
a considerar que as presenças
afetavam nosso direito à priva-
cidade. Afrouxamos os laços
de convivência e os parentes
que estavam conosco nas refei-
ções e nas conversas do fim do
dia passaram a ser vistos com
dia e hora marcados, cada vez
mais esporadicamente, perde-
mos a noção fundamental de
bando original, a família em
suaestruturamaislarga.Tenta-
mossubstituiressaconvivência
familiarpelaconvivênciasocial
mais adequada ao propósito
comum de conformação do
mundo aos nossos interesses.
Como um grande número de
pessoas convenciou que esta
era a maneira adequada de
viver, formamos um grupo
imensodepessoascomomodo
de proceder semelhante, um
bando substitutivo do bando
original,aorganizaçãofamiliar
inicial.
No bando original, estáva-
mos mais próximos dos exem-
plos ancestrais que reforçavam
a aceitação do outro, a tradição
familiar favorecia da aceitação
individual pela semelhança,
portanto, os papéis que repre-
sentavamos estavam mais
vinculados à nossa realidade
interna, à nossa essência, à
verdadedonossoeu.Nobando
substitutivo os papéis, preci-
saram ser reconstruídos para
atendimento da expectativa
comum de conformação do
mundo aos nossos interesses
individuais, ganharam uma
padronização de certo e errado
de acordo com esse propósito,
não havendo a partilha de
emoções familiares a susten-
tar a aceitação mútua como
no bando original, precisamos
de padrões de certo e errado
mais uniformes para sermos
aceitos pelo novo bando. Nos
afastamos muito da verdade
do nosso eu para nos encaixar-
mosnestebandosubstituto,eo
afastamento incluiu a supres-
são de atividades que destiná-
vamos ao embelezamento de
nossa essência como o tempo
dedicado às artes, à leitura, à
contemplação à comunicação
com o divino e à convivência
com os que nos eram essecial-
mente semelhantes e partilha-
vamamesmahistóriaancestral.
Empobrecemosnossaessência,
porfaltadetempo.
Talvez seja este o mal-estar
coletivo que tantos comentam,
deixamos de ser quem somos
e de estar com os que nos são
semelhantes. A quarentena
suprimiu os espaços para
representação dos papéis
destinados à conformação do
mundo aos nossos interesses,
desmanchouospalcose,sobre-
tudo, enfraqueceu os vínculos
com o bando substitutivo, por
isso emergiu uma sensação de
abandono, no sentido etimoló-
gicodapalavra:a–ban–dono,
“a” prefixo de negação; “ban”
indicativo de bando e “dono”
referente a senhorio. A ideia
de que resultamos abandona-
dos, sem bando e sem dono,
nasceporquenosafastamosdo
bandooriginaleobandosubsti-
tutivo não existe mais tal como
ovivienciavamos.Apandemia
atual parece nos reconduzir ao
bando original e à redução da
convivência para nos restrin-
girmos aos mais semelhantes
a nós, semelhança é elemento
que favorece a aceitação natu-
ral, se for assim, penso que
tendemosadesenvolverpaéeis
mais verdadeiros, mais próxi-
mosdenósmesmos.
O hoje confirma que o
mundo é naturalmente incon-
formista, é ele que estabelece
as regras para desfrute da vida
que ele generosamente nos
presenteia. Tomara que esta
pausa nos habilite à humil-
dade, à gratidão pelo seu
acolhimento e generosidade
para conosco, nos habilite à
reverência incondicional à
vida, ao embelezamento de
nossa essência e ao reconheci-
mento da sacralidade da exis-
tênciaparamerecerestarvivo.
CAMPUS
3O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020
redação 82 3023.2092
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A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus.
Victor Alves Pastor da Primeira Igreja Batista de Capela, professor de Antigo Testamento no Seminário Teológico Batista de Alagoas e membro da @ligateologica
Maria Cecília Pontes Carnaúba Doutoranda em Ciências Jurídico/Políticas pela FDUL (Lisboa, Portugal)
A Pessoa e a missão do profeta: resposta para a “pandemia”
A quarentena e os bandos
CAMPUS
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FICHA TÉCNICA
CAMPUS
COORDENADORIAS SETORIAIS
L. Sávio deAlmeida
Coordenador de Campus
Cícero Rodrigues
Ilustração
Jobson Pedrosa
Diagramação
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Edição e Revisão
CíceroAlbuquerque
Semiárido
Eduardo Bastos
Artes Plásticas
Amaro Hélio da Silva
Índios
Lúcio Verçoza
Ciências Sociais
Renildo Ribeiro
Letras e Literatura
Visite o Blog do SávioAlmeida
M
eia década
atrás, ao
a r r e d o n -
dar meio século de vida,
inaugurei um mini-livro,
para registrar pelo menos
50 experiências inesperadas,
marcantes, desafiadoras que
a vida me apresentaria dali
em diante. Era uma forma de
me motivar a manter acesos o
encantamento pelo mundo e
avontadedenuncadesapren-
der o desejo. Jamais imagina-
ria que uma das entradas do
meu livreto seria dedicada
a essa experiência inédita e
completamente imprevisí-
vel: o distanciamento social
motivado pela pandemia
da covid-19. Uma novidade
assim tão ubíqua, invisível,
potencialmenteletal…enfim,
tão radical, nos impõe, inevi-
tavelmente, uma reavaliação
em todas as esferas da experi-
ência, pondo-nos cara a cara,
se não com o inimigo, que é
invisível, mas com as nossas
próprias limitações e as dos
outros seres – humanos e
não humanos – com quem
dividimos o planeta; e, certa-
mente, também com a inexo-
rabilidade da morte. Com
sua onipresente destruição, o
vírus potencialmente invade
nossos corpos e indubitavel-
mente nos leva à autorrefle-
xão.
Crise.Estaéumadaspala-
vras que mais ecoam nestes
tempos – juntamente ao já
assimilado “jargão virótico”,
que inclui epidemia, pande-
mia, quarentena, grupos de
risco, contaminação, sinto-
mas, testes… e também o
eufemístico “isolamento
social” (que torna o confi-
namento mais palatável).
Sim, vivemos um momento
de crise, mas não esqueça-
mos que esta que agora nos
assombra é apenas mais uma:
temos vivido, de fato, uma
série de crises em sequência
há décadas. Num brevíssimo
apanhado, e considerando
umalinhatemporalqueparte
da segunda metade do século
XX, muito rapidamente listo
as crises ecológica, petrolí-
fera, dos direitos dos animais
humanos e não humanos,
do patriarcado, do capita-
lismo, do neoliberalismo…
Nenhuma delas, porém,
havia chegado ao ponto de
paralizar o mundo. A conta-
minação pelo Corona vírus
e as mortes dela decorrentes
nos impeliram à permanên-
cia em nossos lares, muito
literalmente trancafiando-
-nos em casa, fazendo-nos
parar para pensar.
Para alguém que estuda
as utopias e distopias da
cultura, essa epidemia é
uma distopia concreta, pois
invade a história com seu
poder aterrador, destruindo
vidas e abalando “estabilida-
des” sociais. Apesar de não
enxergarmos seu causador
imediato, seu poder devas-
tador se materializa diante
de nossos olhos sob formas
terríveis: jamais esquecere-
mos imagens como o cortejo
de caminhões transportando
corpos de vítimas na Itália;
as valas abertas no cemitério
Vila Formosa, em São Paulo;
ou os cadáveres nas ruas
de Guayaquil, no Equador.
Enquanto escrevo, a mídia
incessantemente expõe as –
(in)críveis? – estatísticas de
contaminações e mortes, que
sobem exponencialmente no
passo do girar dos ponteiros.
Quanta dor. Quantas perdas
de vidas, com suas ricas
histórias, seus tantos afetos.
Sim, pandemia rima com
distopia, e o que se configura
no limbo do presente evoca
as mais sombrias ficções de
mundos devastados, como
o Ensaio sobre a cegueira, de
José Saramago; ou a trilogia
MaddAddam, de Marga-
ret Atwood, dentre tantas
outras. A vida imita a arte e
exibe uma face mortífera.
Nesses tempos sombrios
e de acumulação de crises,
lembro-me do chamado feito
pela fabulosa escritora Virgi-
nia Woolf: “Thinkwe must!”
(Pensarépreciso.)Seresento-
cados que nos tornamos tão
abruptamente, busquemos
então pensar formas de resis-
tir ao atual cenário de múlti-
plas violências. Temos visto
acentuarem-se, nesta crise,
distopias que já nos rondam
não é de hoje: o descaso com
a saúde pública, o espectro
da eugenia, o colapso econô-
mico, o preconceito trajado
em suas múltiplas vestes –
de gênero, de classe, de raça,
de idade… E também assis-
timos aos “efeitos colaterais”
sociais específicos desta
pandemia: o desemprego, o
aumento do feminicídio (e da
violência doméstica de modo
geral), as agressões sofridas
pel@s profissionais de saúde,
as violações dos rituais de
morte,onossoprópriodeses-
pero e impotência diante do
monstro que hoje assume a
nossa presidência (e de sua
equipe). Em vez de sucum-
birmos ao ambiente tóxico
e, literal e metaforicamente,
virulento que nos circunda,
sejamos capazes de pensar
rotas de sobrevivência e
saídas possíveis, mesmo que
pequenas, localizadas.
Pandemia também rima
com sinergia, que me parece
ser uma palavra importante
neste momento histórico.
Dos aprendizados como
estudiosa feminista, destaco
duas ideias bem básicas,
mas frequentemente esque-
cidas: o pessoal é político
e “sisterhoodispowerful”
(a irmandade é poderosa).
Pensemos junt@s formas
pelas quais este momento
de “meta-crise” poderá nos
tornar seres em coalizão,
em relação com os outros
seres como espécies compa-
nheiras, pela recuperação
do nosso planeta doente,
pela construção de uma
pós-humanidade tolerante,
harmoniosa e respeitosa
do outro: o homo Sapiens
já mostrou a que veio e
não aceitaremos a repeti-
ção infernal das opressões.
Façamos com que sinergias
aconteçam: comecemos em
nossas “cavernas” e, como
pede Ítalo Calvino no como-
vente final d’As Cidades
Invisíveis, abramos espaço
para o que não é inferno.
Ildney Cavalcanti Professora e pesquisadora, Coordenadora do Grupo de Pesquisa Literatura & Utopia Fale/Ufal
Pandemia rima com distopia – mas também com sinergia

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Jornal O Dia - Cada um ajuda como pode

  • 1. HM em funcionamentoInaugurado na sexta-feira (15) pelo governador Renan Filho, o Hospital Metropoli- tano, no Tabuleiro do Martins, jáatendeapacientesdaCovid- 19. O equipamento tem 30 leitos de UTI e 130 clínicos. Ao todo, mais de 800 servidores vão trabalhar no HM, que se constitui num reforço às ações desaúdedoEstadonocombate ao novo coronavírus. Alagoas l 17 a 23 de maio I ano 08 I nº 377 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br Sendo mais um em rota de colisão com Bolsonaro, o médicoNelsonTeichdevolveu o cargo de Ministro da Saúde. Assim como, Luiz Henrique Mandetta, Teich é a favor do isolamento social e contra o usodacloroquinaparapacien- tes da Covid-19. Bolsonaro é contra o isolamento e favor do usodacloroquina.Semespaço nem autoridade, – rodeado de militares – Teich escolheu se demitir. Até sexta-feira, 15, a médica Nise Yamagushi seria a mais cotada para o cargo. Ela teriaseencontradocomBolso- naro, horas antes de Teich entregar a Pasta. INAUGURADONELSON TEICH CAMPUS “Eu aceitei para ajudar o país e as pessoas” Mais um olhar da Série Viventes das Alagoas EDITORIAL:ALÉM DA PREOCUPAÇÃO COMAS DEMANDAS DA PANDEMIA,AUTORIDADES PRECISAM ESCLARECER NOTÍCIAS FALSAS BOLA PARADA Foto-jornalistas esportivos se desdobram para garantir a renda do mês Rodrigues PedroCabr al VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO Alagoas l 17 a 23 de maio I ano 08 I nº 377 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com Dois dedos de prosa Esse é mais um conjunto de textos sobre a pandemia e as Alagoas. Agradecemos a todos os que escreveram: foi uma honra publicá-los. Também agradecemos a Lula Nogueira, pela oportunidade que nos deu de colocar seu trabalho na capa deste número. Um abraço, Sávio Almeida CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS VIVENTES DAS ALAGOAS E A PANDEMIA (V) Equipadas, as UTIs têm capacidade para 30 pacientes; para aqueles menos graves, serão 130 leitos disponíveis MarcioFerreira 2 10 4
  • 2. 2 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 EXPRESSÃO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Gaudêncio Torquato, jornalista, é professor titular da USP, consultor político e de comunicação Twitter@gaudtorquato A s crises não se e s g o t a m e m tempo marcado. Constituem um fenômeno que perpassa a linha do tempo. Como a água corrente, que descobre as entrâncias e reentrâncias das rochasatéencontraromar,ascrises fluemaocorrerdascircunstâncias, gerando efeitos maiores ou meno- res, abrindo rumos, redefinindo caminhos.Acrisesanitária,provo- cada pela pandemia do Covid-19, impulsionará a ação dos governos na trilha da saúde. A crise econô- mica provocará sequelas sobre os conjuntos sociais, abaixando o índice do Produto Nacional Bruto da Felicidade. Servirá de alerta. E a crise política já começa a deixar nossos representantes de “barba no molho”. Se há uma consequência que soma os componentes das três crises em curso, esta é o avanço da participação social no processo político. Saturada de promessas não cumpridas, indignada com a má qualidade dos serviços públi- cos, descrente com as figuras que, periodicamente, aparecem no cenário como “salvadores da Pátria”, a sociedade dá um passo adiante no sentido de criticar, exigir,cobrar,querermudar.Quer dizer, decide participar com mais força do sistema de decisões. Em alguns países, principal- mente na Europa, este direcio- namento é bem desenvolvido, ganhando a designação de “auto- -gestão” técnica, pela qual as pessoas escolhem seus objetivos e os meios para alcançá-los, não aceitando mais a tutela dos políti- cos. O sentimento é de que a água transbordou no copo. Tal tendên- cia exibe maior organicidade social. Grupos, núcleos, setores, desencantados com os obsoletos e tradicionais padrões de operar a política, querem, eles mesmos, definir suas ações. A taxa de cida- dania ganha força. Aliás, a crítica que se faz à democracia representativa já vem de décadas. Bobbio, em seu clássico O Futuro da Democra- cia, descreve as promessas não cumpridas por ela, entre as quais, a educação para a cidadania, o combate ao poder invisível, as oligarquias, a falta de transpa- rência dos governos, o acesso de todos à justiça. Estes fenômenos se somam a outros, convergindo para o distanciamento entre socie- dade e representação política. Como podemos dar outra interpretação a esse novo estado? Significa que a sociedade se orga- niza em entidades de referência, como sindicatos, associações, federações, grupos e movimen- tos. Esses são os novos núcleos de poder. Uma força que nasce nas margens, ensejando o que podemos chamar de “poder centrípeto”, em contraposição ao “poder centrífugo”, este formado pelas instituições centrais, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas instâncias federais, estaduais e municipais. Essa modelagem passa a agir como um rolo compressor sobre os Poderes constitucionais. Assim raciocina o eleitor: se meu representante ou o governante não conseguem atender as neces- sidades, vou bater na porta de minha entidade. Sob tal configu- ração, desenvolver-se-á a ação da política no Brasil, com alteração de comportamentos, mudança na feição dos protagonistas, redefinição dos pacotes sociais, redimensionamento dos recur- sos, reordenamento de meios e compensações para os programas regionais, etc. Os novos horizontes, sob tal panorama, são promissores. A democracia participativa finca estacas profundas na seara social. O que vai reforçar os três instru- mentos que, hoje, a ancoram: o referendo, o plebiscito e o projeto de lei de iniciativa popular. Rede- senha-se, assim, uma paisagem mais fértil no campo democrático, corroborando um dos significa- dos da expressão japonesa para a palavra crise: oportunidade. Ou seja, vamos extrair das crises a oportunidade para o país refazer o seu modus faciendi de operar a política. Pano de fundo: o Brasil é um país de dimensão continental, com imensas riquezas naturais, nãoregistraascatástrofesnaturais que ocorrem em diversas regi- ões do mundo, abriga o maior e mais qualificado agronegócio do planeta, tem sol o ano inteiro na regiãoNordesteeumdosmaiores potenciais turísticos do mundo. O que falta, por aqui, é uma taxa menor do que podemos chamar de Produto Nacional Bruto da Corrupção (PNBC). Há outros componentes que devem entrar no jogo. A política nãoéselvaparapraticartiroaoalvo contra animais.As disputas preci- samentrarnoforodorespeitoeda seriedade. Os compromissos hão de ser executados. Urge deixar de lado as promessas mirabolantes, as emboscadas, a radicalização, o ódio, o terraplanismo, os ideários ultrapassados. O lema a guiar nossos passos: cada um cumpra o seu dever. Os novos polos de poder V i ve m o s n a era da infor- m a ç ã o e m tempo real, isso é fato. O avanço tecnológico permitiu ao ser humano se comunicar de forma muito mais rápida e eficaz desde o surgimento do telégrafo, passando pelos primeiros modelos de tele- fones e agora estamos viven- ciando as chamadas por vídeo, com transmissão de sons, imagens, documentos e localização em tempo real. A maioria das pessoas hoje tem acesso a smarthpho- nes dotados de tecnologia e velocidades incomparáveis a muitos computadores domés- ticos,comacessoàinternetem praticamentetodososlugares. Oquedeuàspessoasmaisque o poder de apenas se comuni- carem umas com as outras individualmente, mas as transformouemdivulgadoras de informações em massa. No entanto as pessoas, por muitas vezes, não sabem utilizar essa ferramenta de maneira que a informação divulgada corresponda à realidade dos fatos e, por inocência ou pressa na divul- gação, acabe desinformando mais que informando. O problema maior é quando a intenção é justamente produ- zir uma falsa informação, com o interesse de desinformar, o que chamamos hoje de “fake- news”. Elas são um problema porque causam não apenas a desinformação nas pessoas, mas também podem trazer prejuízos reais para a vida de quem recebe essas falsas informações. Esse termo ficou muito conhecido desde a elei- ção presidencial de Donald Trump nos Estados Unidos que, além de um dos que mais produziu“fakenews”durante a campanha, também acusava os veículos de imprensa de produzir falsas informações sobre a sua pessoa. Ainda tomando como exemplo o presidente ameri- cano no que tange sobre como uma informação falsa pode causar danos reais nas vidas das pessoas, Trump recente- mente em um discurso suge- riu, sem base científica ou mesmológicanenhuma,ouso de desinfetante como “remé- dio” para combater o corona- vírus. Após essa informação, o número de pessoas que deu entrada nos hospitais ameri- canos intoxicadas pela inges- tão de produtos de limpeza cresceu consideravelmente. Cabe a nós, cidadãos com bom senso e veículos de imprensa, a árdua missão de estar a todo momento tendo que desmentir as centenas de milhares de “fakenews” que surgem diariamente na tenta- tiva de fazer diminuir esses danos que podem ser causa- dos à sociedade. É um trabalho cansativo, que depende de um esforço intelectual gigantesco para ir atrás das informações verda- deiras, de fontes seguras, esmiuçar essas informações e rebater cada ponto de uma notíciafalsa.Produziroconte- údo correto de forma que o leitor possa compreender e, além disso, de forma que ele possa se interessar a ler. Esse trabalho é ainda mais cansativo quando, ao divul- gar a informação verdadeira, nos deparamos com uma “meia dúzia” de pessoas estúpidas que não aceitam aqueles fatos, desdenham da verdade, xingam o interlocu- tordamensagemecontinuam a espalhar, de forma voluntá- ria e com a mesma intenção inicial de desinformar, aquela informação que com tanto trabalho foi desmentida. Mas nós que temos compromisso com a verdade da informação não devemos recuarantequalquerpretexto, parafraseandoNietzsche,pois o mundo irá tentar dissuadi- -lo, porque a verdade será sempre mais forte. Duro combate às “fakesnews” CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092 Para anunciar, ligue 3023.2092 EXPEDIENTE ElianePereira Diretora-Executiva DeraldoFrancisco Editor-Geral Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas
  • 3. “ Ariel Cipola Repórter E m Alagoas, o deputado estadual Cabo Bebeto (sem partido) vem sendo o “garoto-propaganda” do negacionismo presiden- cial à pandemia da Covid-19. Ao estilo bolsonarista, utiliza suas redes sociais para prestar desserviço à saúde pública, publicar notícias falsas e até mesmo brincar com o número de mortes dos alagoanos. Na terça-feira da semana passada, o deputado postou um card onde compara o número de mortes entre abril de 2019 e abril de 2020. Com a legenda: “Onde muitos esta- vamquandoessasmortesesta- vam acontecendo?”, ironizou Bebeto as vítimas alagoanas donovocoronavírusnasredes sociais. O deputado esqueceu de mencionar que os dados por ele publicados tratam-se donúmerototal deóbitos,que desconsideram diversos fato- res,comoascausasdasmortes ou o tempo que os óbitos levamparaserregistradosnos sistemas dos cartórios. Segundo a assessoria da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen- -Brasil) - entidade responsável pelo portal pesquisado pelo deputado Bebeto - os dados dos registros gerais de óbitos, utilizados pelo parlamentar alagoano, incluem mortes por motivos violentos, como homicídios ou acidentes de trânsito, e diz que o mais indicado seria que a pesquisa fosse realizada pelo deputado no Painel Covid Registral, que engloba apenas as mortes por causas naturais. O Painel Covid indica até momento que em abril de 2020 houve 33 óbitos a mais em Alagoas com relação ao mesmo período do ano passado. Os dados reais dos meses recentespodemsubiràmedida que os cartórios enviem as informações e o portal seja atualizado, o que segundo o próprio portal podem ser alte- rados e o número de óbitos referentes a abril deste ano pode subir ainda mais. 3O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 PODER redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Arpen afirma que o deputado deveria usar os dados do Painel Covid Registral e não o quan- titativo geral de óbitos,que inclui acidentes e homicídios Bebeto ironiza mortes da Covid e“brinca”com as estatísticas ‘GAROTO-PROPAGANDA’ é um dos bolsonaristas emAL que insiste no fim do isolamento social decretado por Renan Filho Deputado coloca em dúvida o consórcio do NE Após esse post, Bebeto publicou em suas redes sociais outro card, também na terça feirapassada,dessavezcompa- rou o valor pago pelo Governo deAlagoaseoGovernoFederal nacompraderespiradoresarti- ficiais. Na legenda Bebeto afir- mouqueoGovernodeAlagoas pagou dez vezes o valor pago pelo Governo Federal na aqui- sição dos respiradores. Notícia quefoiapagadaecorrigidapor elemesmonasredessociais. No começo da noite da quinta-feira passada, Bebeto excluiu a legenda do post dos respiradores do dia 12 e publi- cou um vídeo onde retifica sua acusação contra o Governo de Alagoas. Iniciou dizendo que quem quer justiça faz justiça, e disse que sempre procura ser justonassuasmanifestações. “Eu postei sobre a compra dos respiradores entre Governo Federal e Governo do estado e fiz o compara- tivo, mas esse comparativo não ficou justo, porque eram produtos diferentes, os respi- radores comprados pelo Governo Federal são portá- teis e o Governo de Alagoas comprou respiradores fixos que são usados em UTI. Aquela postagem que está lá sobre respiradores eu vou retirar o texto e vou colocar o link desse vídeo para que as pessoastenhamacessoàinfor- maçãomaisexatapossível”,se redimiu Bebeto. No final do vídeo cabo Bebeto ainda disse que acha “estranho” o valor pago pelo Governo de Alagoas através do consórcio de governadores do Nordeste. “Mesmo diante da pandemia a gente sabe que muitas coisas aumentam de preço mas de 60 mil pra 210 mil é um aumento absurdo, mas fica aqui a nossa correção pra que a gente faça justiça com a informação e passe pro alagoano a informação mais correta”, finalizou Bebeto. Com relação ao valor dos respiradores, o aumento se deve – assim como qualquer mercadoria – a Lei de Oferta e Procura (demanda). Portanto, num momento de pandemia global, em que todos os países domundoestãoàprocurados respiradores, é natural que aja um aumento do valor de mercado. Do mesmo modo que ocorre com os materiais de EPI da saúde, como másca- ras, álcool em gel entre outros. Postagem do Cabo Bebeto em suas redes sociais manipula números para colocar em dúvida eficácia do isolamento
  • 4. Plantações de couve estão sendo destruídas por pragas na zona rural de Olho D’Água das Flores, município do Sertão alagoano, a 171 quilômetros de Maceió. Os níveis de infestação da lagarta da couve, também conhecida como curuquerê da couve, são altos. Os plantios também estão sendo atacados por pulgões, lagartas mede palmo e traçasdasbrássicas. “Faz uns 40 dias que eu vi as folhas de couve clicando comumasmanchasamarelinhaseasborboletaspousando. Quandofoimaisoumenoscomunstrêsdias,jáestavaessa praga de lagarta e até hoje eu não sei o que fazer. Minha produção está 100% perdida”, lamenta a agricultora Maria dasVirgensBezerraVenâncio. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural –Senar Alagoas – iniciou um trabalho de assistência técnica e gerencial com os produtores de Olho D’Água das Flores, no último mês de abril, e constatou o problema em cerca de 80%das29propriedadesvisitadas.Otrabalhodeorientação nocombateàspragasvemsendorealizadopelaengenheira agrônomaetécnicadecampodoSenar,TatianaSalvador “A lagarta da couve, principal praga encontrada, é uma lepidóptera (ordem de insetos que inclui a borboleta e a mariposa) que em sua fase adulta deposita os ovos na parte inferior da folha das couve. Em média, a eclosão ocorreentre10a12dias.Afaselarval,queéafasedelagarta, provocaadesfolha,alagartadevoraecausadanosseveros àprodução,deixandoapenasasnervurasmaisgrossasdas plantas”,comentaTatiana. Segundo a técnica de campo do Senar, em alguns casos,aseveridadedoataqueimpedequenovasbrotações ocorram. “Os produtores têm tentado controlar a praga por meiodacataçãomanual,nafaselarval,ouoesmagamento dosovosdepositadosabaixodafolha”,comenta. Salvador explica que, para evitar o ataque da fase adulta, algumas medidas de prevenção devem ser adota- dascomoousodearmadilhasparacapturaououtrasações pararepelirapresençadasborboletasnahorta. “Orientamos os produtores rurais a utilizarem extratos naturais à base de óleos vegetais ou ervas, o cultivo de outras culturas no entorno dos canteiros, para servir de barreira física, os telados sombrite algumas vezes também podemserusados,comsombreamentode30%a50%,além doconsórciocomoutrasculturas,parafavorecerapresença deinimigosnaturaiseaumentaradiversidadedeplantasno local”,elencaTatianaSalvador. AgênciaAlagoas O governador Renan Filho e o secretário de Estado da Saúde,Alexandre Ayres, inauguraram na sexta- -feira (15) o Hospital Metropo- litano, localizado no Tabuleiro dos Martins.A abertura anteci- pada da unidade pelo Governo do Estado ocorre em função da pandemiadonovocoronavírus. “Estamos fazendo uma entrega simbólica do hospital, paraque,jáamanhã,aunidade comece atendendo às pessoas, com800profissionaisdesaúde dedicados para tratar pacien- tes com Covid-19”, explicou RenanFilho.“Agentesóconse- gue essas entregas de maneira colaborativa com todos os poderes. Quero parabenizar a todos os servidores públi- cos que trabalharam nesta entrega”, complementou o governador. O equipamento disponibi- liza 160 leitos exclusivos para tratamento da doença, sendo 30 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 130 de enfermaria.Além da estrutura com respiradores, monitores multiparâmetro e bombas de infusão, entre outros equipa- mentos, o Hospital Metropoli- tano permitirá a realização de exames de tomografia compu- tadorizada – procedimento imprescindível para investiga- ção de doenças respiratórias. O maior investimento em saúde pública da história de Alagoas – com valor em torno de R$ 80 milhões em recur- sos próprios – possui em sua estrutura seis pavimentos e 15 alas e terá capacidade para realizar 10.300 atendimentos por mensais quando estiver operando por completo. “Temos passados dias difí- ceis em Alagoas, ouvindo a ciência, dialogando com médi- cos e infectologistas com um único objetivo: salvar vidas. Hoje, com a chegada do hospi- tal ganhamos mais força para esse enfrentamento”, consi- derou o titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), AlexandreAyres. O governador Renan Filho lembraque,apesardeunidade representar a expansão do número de leitos, o verdadeiro controle da pandemia acon- tece com o isolamento social. “Infelizmente, nesse período mais recente, tem morrido quase o dobro das pessoas do que antes. Fique em casa para a curva na acelerar e não colapsar a rede de saúde. Por favor, fiquem em casa”, apela o gestor. Rui Palmeira destaca parceria entre governos Rui Palmeira enalteceu a parceria no enfretamento à pandemia realizado entre a Prefeitura de Maceió e Governo de Alagoas, apon- tou que a “epidemia de fake news” é tão grande quanto o combate ao coronavírus e alertou para o aumento no número de enterros ocorridos nos cemitérios da capital. “É um dado absoluta- mente chocante, somente ontem nos cemitérios foram 13 enterros de pessoas com Covid ou suspeita. A média era de dez enterros por dia no geral”, informou Rui Palmeira.“Seapopulaçãonão ficar em casa, vai faltar leito e muita gente vai morrer. É um apelo que todos os unidos fazemos aqui”, assinalou. OpresidentedoTJfalouem “momento de ambiguidade”. “Estamos lidando com o vírus que a ciência pouco conhece, isso produz angústia e deses- pero, mas tem outro lado da moeda. A gente percebe um nível de mobilização favor da lutacontraocoronaqueagente até desconhecia que existisse”. Hospital conta com 130 leitos clínicos e 30 de UTI para receber pacientes da Covid-19; internamentos já começaram MarcioFerreira 4 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 ESTADO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Hospital Metropolitano já atende a casos de Covid-19 ABERTURAFOIANTECIPADAparareforçarcombateàpandemia;são800servidorese160leitosexclusivosparatratamentodadoença A TABELA DE PREÇOS ENCONTRA-SE NO SITE WWW.FAEAL.ORG.BR SENAR ORIENTA PRODUTORES DE OLHO D’ÁGUA DAS FLORES CONTRA PRAGAS NO CULTIVO DA COUVE
  • 5. PUBLICIDADE 5O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br
  • 6. Iracema Ferro Repórter C om o advento do isolamento social, menos pessoas circulando nas ruas e menos oportunidades de praticarassaltos,oscriminosos usam a criatividade infindável para praticar o mal e inventa- ram o golpe do falso motoboy. O golpe acontece assim: o cliente recebe uma ligação em nome do banco ou da central do cartão de crédito e o aten- dente fala sobre transações suspeitasfeitascomocartãoda pretensavítima.Emseguida,o criminososolicitaqueocorren- tista ligue para o telefone que está no verso do cartão. No entanto, sua linha fica presa, e o cliente acha que está falando com a central do banco ou do cartão. Na central falsa, são solicitadas informações pesso- ais (inclusive endereço com referência)easenha.Apósisso, é solicitado que a vítima corte o seu cartão ao meio para que alguém vá buscá-lo. Então, o suposto motoboy vai até a casa da vítima recolher o cartão. Estecartãorecolhido,cujochip continua intacto, será usado pelos criminosos. O crime tem ocorrido com as mais diversas bandeiras e bancos. De acordo com a Febraban(FederaçãoBrasileira deBancos),nadúvida,ocliente develigarparaacentralapartir deumtelefonecelular,poisem ligações de telefone fixo existe a possibilidade do fraudador seguraralinhaeavítimaachar que está falando com a central. “Em alguns casos, os frau- dadores solicitam também o chip do seu aparelho celular ou até mesmo a retirada do notebook. Não os entregue a ninguém. Os bancos não enviam ninguém para retirar os cartões dos clientes, por isso, a recomendação é não o entregue a ninguém. Quando o banco ou a central de cartão entra em contato, por telefone ou mensagens (SMS, e-mail, redes sociais, etc.), nunca soli- cita senhas, código iToken nemonúmerodocartãocomo CVV[códigodeverificação,no versodocartão].Corteoschips ao meio quando não for mais utilizar os cartões”, esclarece a assessoria da Federação. De acordo com o delegado dePolíciaCivilSidneyTenório, em primeiro lugar, o corren- tista deve evitar passar qual- quer informação pessoal por telefone.“Nadúvida,vápesso- almente na agência bancária para ter alguma informação. Jamais passe senhas, código de segurança ou mesmo o número do cartão ou cpf, seja por telefone, e-mail, mensa- gem ou whatsapp”, ensina. Mas, é quem já caiu no golpe, como deve proceder? “Caso passe tais informações e for vítima de um golpe, deve ir à uma delegacia ou acessar o site da delegacia interativa nesse período de pandemia e fazer um Boletim de Ocorrên- cia [BO] por estelionato. Em seguida, fazer contato com a operadora do cartão e comuni- car o ocorrido”, pontua o dele- gado. O próximo passo, segundo Sidney Tenório, é cancelar o cartão e tentar ressarcir os prejuízos financeiros junto à operadora. “Geralmente, comprovando-se à fraude o dinheiro é restituído”, completa. 6 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 COTIDIANO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Napandemia,nãocaiano golpedofalsomotoboy FEBRABAN dá detalhes sobre o novo crime que vem sendo praticado e delegado esclarece como o cliente deve proceder Falso motoboy vai à casa de correntista e,como todos os dados colhidos por telefone antecipadamente,usa o cartão
  • 7. PUBLICIDADE 7O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br
  • 8. Em maio se comemora o Dia Conti- nental do Seguro. Não é uma data comefeitospráticossobre osetor,mas é um gancho interessante para algu- masreflexõessobreumaatividadeque, nosúltimos20anos,experimentouum crescimento bem acima do resto da economiabrasileira. Esta data foi instituída oficialmente durante a 2ª Conferência Hemisférica de Seguros, em 1948, no México, que fixou o dia 14 de maio como uma homenagem ao dia em que foi reali- zada a 1ª Conferência de Seguros,em 1946,emNovaYork. O Dia Continental do Seguro é come- morado nos continentes america- nos e na Espanha, homenageando a importância econômica e social deste serviço.O principal objetivo desta data é explicar e conscientizar a população emgeralsobreosbenefíciosdoseguro para garantir a proteção dos bens materiaiseimateriaisdaspessoas. O Brasil representa perto de 40% do total de prêmios gerados na América Latina,o que coloca o país em posição de destaque para as seguradoras e resseguradorasinternacionaisquetêm poucoespaçoparacrescerememseus paísesdeorigem. Países da Europa, Estados Unidos e Japão tem uma população bem aten- dida no quesito coberturas de seguro e o alto padrão de vida. Permite que eles contratem a maioria das garan- tias oferecidas,diga-se de passagem, por um preço bastante interessante, especialmente porque o mutualismo é às últimas consequências,baixando o preço médio em função da grande participaçãodasociedade. Na América Latina, este cenário ainda estálongedesetornarrealidade.Afalta de cobertura de seguro tem cobrado um preço absurdo do país. Todos os anos,os danos causados pelas chuvas deverãoatingemmilhõesdereais,sem quesetenhaumatransferênciasignifi- cativa das indenizações destas perdas paraasseguradoras. Enãosãoapenasosdanosdiretamente causados pela água que não são segu- rados.Aindaqueospacotesresidenciais e empresariais tenham uma boa gama de garantias para os fenômenos de origem climática,estes seguros,numa contaotimista,atendemmenosde30% dosriscosseguráveisnacionais. Temos poucos seguros, tanto faz o ramo que se queira analisar. Em seguros de pessoas, riscos financeiros,responsabilidade civil, seguros patrimoniais, saúde, previ- dência complementar, etc., a abran- gência das apólices, em comparação com o tamanho da população e da economia, é bastante acanhado. Nos próximos anos as novas tecnologias, vão simplificar a comunicação entre as pessoasereduziremoscustosdetodas as atividades empresariais,serão uma ferramenta importante para facilitar a pulverizaçãodossegurosnasociedade brasileira. Conclusão Em suma,é certo que o desenho atual seráprofundamentemodificado,segu- radoras e os corretores de hoje terão seu espaço no mercado de amanhã. Inclusiveelessaemcomavantagemde jáestaremposicionadoseconhecerem o negócio.Daí pra frente,competência passa a ser a palavra chave e o grande diferencial. Seguro é feito para estar com você sempre. E para que todos sintam que podemfazeroquesetornoutãoessen- cial hoje em dia:cuidar uns dos outros. Parabéns a todos que fazem parte dessahistóriabonitadesever. Espero que tenha gostado do tema dessa semana e sempre que vocês desejarem enviem suas dúvidas para meu e-mail. Não deixem de acompa- nhar as novidades em minhas redes sociais.Até a próxima se Deus quiser! Bom final de semana para todos! Grandeabraço! 8 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 MOMENTO SEGURO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br DjaildoAlmeida Corretor de Seguros - djaildo@jaraguaseguros.com Dia Continental do Seguro Avivamento da rotina Próximo de completar 60 dias de isolamento social, o alagoano (espe- cificamente o idoso) está prestes a enfrentar uma nova fase do confina- mento compulsório determinado pelo governo estadual.É nesta fase que os especialistas acreditam que vai acon- tecer uma entrega à fadiga,ao tédio e à monotonia.Até podendo acontecer emcasosisolados,amortesocialpara alguns.Assimsendo,comonasoutras edições desta coluna trouxemos uma dicaparaincrementararotina.Aalter- nativaéojogodexadrez,digital.Muita gente ainda torce para o nariz para o xadrez físico, imagine para esse novo desafio. Praticá-lo é mais do que um exercício de desenvolvimento cogni- tivo ou um simples hábito, mas um novo estilo de vida,que exigirá e ensi- nará concentração, paciência e muita imaginação. Por ele ser divertido e funcional trouxemos cinco motivos para você praticá-lo que irão ajudar na sua quebra de rotina: potencializa seu desempenho cerebral, ensina a encarar os problemas, estimula o planejamento a longo prazo,otimiza a memória e aguça a criatividade. Dilema Anteriormente atendendo a ordem social “saia de casa e seja ativo” e hoje encarando com a Covid-19, “fique em casa para continuar vivo”, todos os dias o idoso tem de estar se reinventando. Sabemos nós que a tarefa é penosa, mas é providencial. E o pior, não existiu uma prévia, um estágiooualgumoutroexercíciopreli- minar para adaptação. Todos foram pegos de surpresa. Pessoas idosas, adultos, jovens e crianças. Casais, famílias com muitos membros ou de pequenonúmero.Cadaqualcomsuas características pessoais e intergera- cionais, conflitantes ou harmoniosas. Diante desse relato é quase certo que muitos idosos estejam, passivamente e timidamente,enfrentando situações de violações intrafamiliares.Atenta à essa nova norma social e exposição do idoso, a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas/Chefia Articula- ção Política de Prevenção oferece o serviço telefônico 181, cujo objetivo é prevenir e coibir a violência contra a pessoa idosa.As denúncias de qual- quer tipo de violação são gratuitas e totalmente sigilosas. Viver a vida com intensi- dade não possui o mesmo significado que viver a vida intensamente, pois viver com intensidade requer de nós discernimento e lucidez para poder tirar dos ensina- mentos da escola da vida, aprendizados para a nossa formação pessoal e espiri- tual. Para viver a vida com intensidade precisamos ser dotados de clareza e possuir um bom nível de responsabilidade, de forma que possa- mos refletir a respeito de nossas ações e, assim, crescer com elas. As pessoas que vivem com intensidade estão sempre buscando aprender novas coisas, ter hobbies, cuidardasaúde,daespiritualidadeefazeroqueasdeixam felizes.A pessoa que optar em viver a vida intensamente estará se entregando a uma busca de experiências que visam lhe proporcionar prazeres imediatos, vivendo cada dia como se fosse o último de sua existên- cia, pois ela encara a vida como uma oportunidade de busca de situações que deem sentido ao lema: “A vida deve ser aproveitada ao máximo” (Ana Maria Alvim Moura: http://comovivera- vida.com.br). Normalmente, a pessoa que vive intensa- mente costuma ser uma pessoa de excessos, que busca em atividades extremas sentir-se bem e completas. Um exemplo disto são os vícios, seja por substâncias quími- casouporcoisasquedesencadeiemfortesemoções.Elas vivem cada dia como se fosse o último, mesmo que isto tragaconsequênciasgraves.NesseperíododeCovid-19é oportuno fazermos uma reflexão sobre esse tema. O processo se dá através de um Fluxograma entre as Bases Comunitárias da PM, CREAS de Maceió e as Dele- gacias de Referência da Polícia Civil.Os policiais militares das Bases Comunitárias realizam as visitas comunitárias nas residências dos idosos que, possivelmente, sofreram maus tratos, daí os policiais acompanham e dialogam com a pessoa idosa, levantam alguns dados, oferecem apoio, etc. Em seguida, as equipes dos CREAS fazem o acompanhamento social da pessoa idosa. Na ocorrên- cia de crime, a Polícia Civil faz o papel investigativo dela. A cada visita das Bases Comunitárias ou dos CREAS, é confeccionado um relatório de visita e acompanhamento, que servem como uma espécie de“banco de dados”para o nosso setor. Viver com intensidade ou intensamente? O processo PODERGrisalho Francisco Silvestre silvestreanjos@bol.com.br Coroavívus Um dos exemplos mais importante da gerontologia que exem- plifica como se deve viver a vida intensamente e ou com inten- sidade, é o que retrata a vida como sendo uma conta bancária. Reafirmando que a gerontologia é a ciência que estuda o processo biopsicossocial do envelhecimento, e especificamente da velhice. O viver com intensamente e ou com intensidade nós vamos deta- lhar na próxima nota, pela relevância que os termos despertam. Retornandoaabordagemquevidaéumacontabancária,apessoa idosa que soube investir, poupar, e gastar, no tempo certo e na medida certa nos quatro capitais essenciais,que são:vital,conhe- cimento,financeiroenosocialpodeestargarantindoumavivência satisfatória nesta fase de vida,principalmente agora em que todos nósestamosexperimentandoessacrisedoCoronavírus.Emtempo e nesse tempo,reconhecer e homenagearmos como“Coroavívus” os mais vividos e vivões que tiveram prudência (virtude que faz prever e procura evitar as inconveniências e os perigos) e em que souberam aplicar bem na conta bancária chamada vida, fato que é plausível.
  • 9. João Lemos Repórter N ossa repor- t a g e m retornou a Maceió e foi parar na zona sul da capital. Ali, nos bairros do Vergel do Lago e Ponta Grossa há mais de um século nascem manifestações folclóricas de todos os tipos e gostos. Por terem sido sempre formados com uma população simples e vinda de diversas partes do Estado, foi comum a região se destacarcomamúltiplaforma- ção de folguedos e danças. Essa pujante massa folcló- rica sempre viveu entre a difi- culdade e a persistência para manter-se de pé, afinal como já dissemos: foi à região que a população mais carente pode se estabelecer, formando seus círculos de amizade e cultu- ando suas religiões. Um fomento natural-cultu- rallevantouazonasuldoostra- cismo,osClubesCarnavalescos, Bumba Meu Boi, La Ursas e Escolas de Samba no período do Carnaval agitavam toda a cidade; no período do São João asfamosasquadrilhasimprovi- sadas e os cocos faziam a festa nos palhoções. Já no período natalino por certo o mais conta- giante da população era vivido com as afamadas apresenta- ções de Cheganças, Fandango, Pastoril, Guerreiros, Reisados, Maracatus, Taieiras, Baianas, QuilomboseCavalhadas. Foi nesse meio que o seu Geraldo José da Silva, (hoje com 66 anos) nasceu: dentro de uma família multifolclórica com os pais que amavam fazer parte das brincadeiras.“Eu nasci aqui em Maceió, onde moro até hoje: no Vergel do Lago. Ao longo dos meus anos sempre estudei em escola pública e lá eu aprendi muitas coisas, porém tudo começou dentro de casa com meus pais e meus irmãos, meu pai tinha um pastoril e coordenava na época as baianas da Mestra Terezinha e a chegança do Mestre Vicente. No Vergel, onde hoje está localizado o Colégio Rui Palmeira meu pai faziaasfestasdenatal,formava o pastoril e eu dançava como pastor e nas baianas como mascote.Alémdisso,nogrupo escolar eu dançava coco e quadrilha”, relembrou. “Senhor dos folguedos”, Mestre Geraldo esteve em quase todas as brincadeiras do acervo da cultura popular Quadrilhajunina,quandoaindaeraamatuta“raiz”,foiumasdasbrincadeirasseguidasduranteanospeloMestreGeraldo Comenda Zumbi dos Palmares para o Mestre Em 1990 se formou em Educação Artística com especialização em música pelo Cesmac. Integrante do Memorial Zumbi foi um dos fundadores da Asso- ciação Cultural Zumbi e também ajudou na funda- ção do Centro de Entidades Negras de Alagoas – Cenal. Foi professor da rede esta- dual de ensino. Em 2012 rece- beu a Comenda Zumbi dos Palmares em sessão solene proposta pelas vereadoras Fátima Santiago (PP), Helo- ísa Helena (PSOL) e Tereza Nelma (PSDB). A Comenda Zumbi dos Palmares foi instituída através da Resolu- ção nº 492, de 9 de agosto de 1998 e deve ser outorgada a personalidades, entidades e instituições que tenham se destacado na luta pelo fim da descriminação cultural, racial e de cor sofrida pelos negros. “Mestre mesmo de cartei- rinha registrada como diz a história, eu sou mestre do Quilombo, do Maracatu e do Coco de Roda. Mas, durante toda a minha trajetória como folclorista eu tive no meu grupoumaTaieiraeumPasto- ril, todos eles ensinados por mestres autênticos”, disse. Dentro do farto saber foi nos apresentado o Coco com suas modalidades, o Quilombo e o Maracatu. Em um assunto e outro percebe- mos que o seu Geraldo é real- mente um Mestre de muitas brincadeiras autênticas. Já“homemfeito”,escolheuculturapopular SeuJoséPoncianodaSilva, pai do Mestre, foi vigia da antigalavanderiacomunitária e sua mãe Maria José da Silva, mesmo sendo evangélica, era amante da cultura popular. “Em agosto começavam os ensaios do Pastoril, coordena- dosporminhamãeeporDona Ritinha,umavizinha.Meupai, comrecursosprópriosetalvez com ajuda de comerciantes locais, armava um palco para o Pastoril; outro para as Baia- nas e Guerreiro e por fim, uma barca para a Chegança do Mestre Vicente”, disse. “Uma coisa interessante que eu recordo foi que me entendi degente,minhamãeeraevan- gélica e sempre a encontrava na cozinha cantando coco, baiana e guerreiro. Um dia tive a curiosidade de pergun- tar aonde ela aprendeu aquilo tudo, e ela respondeu que quandoerasolteiraemCapela se juntava com meu avô e meu tio e saíam com um “esquenta muié” pelos engenhos pra conseguir uns trocados. É daí que eu tenho esse amor pelos folguedos. Ela foi um estí- mulo. Dos quinze irmãos eu fui o único que pendi para a brincadeira”, recordou. De acordo com Josefina Maria Medeiros Novaes em seu livro Asfopal 25 anos Brincando Sério, foi exata- mente em 1977 que come- çou a ensaiar Coco de Roda, Taieira e Quadrilha Junina no Colégio Estadual Rodrigues de Melo, auxiliado poste- riormente já participando da Asfopal pelo Mestre Benedito Belarmino, de Bebedouro, com quem formou os grupos de Maracatu, Toré de Índio e Quilombo. “Sem a compreensão da diretoria da escola à época, fui obrigadoaabandonarotraba- lho que vinha sendo realizado eassimformeioGrupoFolcló- ricoAxéZumbi”,comentou.E Josefina completa afirmando que por vários anos o Mestre Geraldo ensaiou com os mesmosgruposnaEscolaEsta- dual Dom Adelmo Machado, sempre contando com a ajuda do Mestre Benedito, que muito lhe ensinou. “Assumi independente o grupo dando novo nome e adereço. A essas alturas fui avisado da criação da Asfopal e passei a partici- par ativamente. Lá contei com o apoio da associação e segui em frente. Eu já dominava o Coco, a Quadrilha, o Pastoril e a Baiana. Mas eu não conhecia ainda a Taieira, os Quilombos, oMaracatueoTorédeíndio,e isso se deu com a chegada do Mestre Benedito Belarmino”, confirmou. “Durante 33 anos queeucoordeneiessesgrupos tive oportunidade de viajar pelo Brasil e ir a muitos muni- cípios do estado”, lembra. SÃO 66 ANOS DEDICADOS à preservação dos folguedos; em alguns deles,o mestre foi quem ensinou os primeiros passos No Vergel, Geraldo é o mestre de “todas as brincadeiras” CULTURA redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br 9O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 “Recordo que, quando criança, encontrava a minha mãe cantando coco,baiana e guerreiro
  • 10. “ Thiago Luiz Estagiário A paralisação do futebol e de outros esportes tem afetado não apenas os atletas. Existem ainda outros profissionais que precisam lidar com a quarentena. Como é o caso dos repórteres-fotográfi- cos que atuam nos prin- cipais eventos esportivos em Alagoas e no Brasil. As pessoas que ficam no entorno do campo, quadra, arena ou tatame têm uma parcela muito grande de responsabi- lidade por tudo que chega e é visto pelos espectadores que querem rever lances, come- morações e outros momen- tos marcantes do esporte. Um exemplo de busca para se reinventar nesse período de isolamento social, Célio Júnior “caiu de para- quedas” no fotojornalismo esportivo há cerca de um ano.Antes, ele atuava na área da educação física, onde até hoje faz dessa profissão a sua principal fonte de renda. O profissional já treinou diversas equipes de futebol e futsal. Mas, com o avanço da pandemia do novo coro- navírus, viu todas as suas atividades obrigatoriamente parando. As aulas para o time super máster de Fut 7, para pessoas acima de 45 anos, da Ordem dos Advo- gados do Brasil Seccional Alagoas (OAB)/AL, precisa- ram parar. Os treinos para a equipe de futsal feminino da Caixa Econômica Federal também foram suspensos. E por último, mas não menos importante, os eventos esportivos em Alagoas. Apesar de não ser sua principal fonte de renda, a fotografia esportiva dá uma ajuda muito significativa na hora de pagar as contas no fim do mês. Com a paralisa- ção dos jogos de futebol, o que não dá para parar e ficar de braços cruzados. Célio tem oferecido seus serviços a jogadores profissionais que estão fazendo os treinamen- tos no sistema “home trai- ning”. Os registros têm como objetivo, principalmente, manter a imagem do atleta em evidência. Outra alterna- tiva achada pelo fotógrafo foi comercializar quadro com fotos que ele fez. Além disso, as redes sociais têm sido uma grande aliada nesse período. “A rede social é um canal para aparecer e ser visto e, consequentemente, ganhar o reconhecimento pelo traba- lho”, disse Célio. 10 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 ESPORTES redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Pandemia parou até os “clicks” das máquinas SEM AS COMPETIÇÕES ESPORTIVAS, repórteres-fotográficos precisam criar alternativas para garantir o sustento da família Profissionais da fotografia têm se desdobrado,cada um à sua maneira,para garantir renda nesse período de pandemia Semascompetiçõesesportivas,CélioJúniorficousemtrabalhar na beira do gramado; redes sociais têm sido alternativa Um fôlego: trabalho para agências ajuda Fabrício Melo também é repórter-fotográfico.Apande- mia trouxe, “além da queda, o coice”. A suspensão das competições esportivas, além defazê-loficar“parado”,acar- retou ainda na demissão do veículo de comunicação em quetrabalhava.Eleéjornalista formado há nove anos, atua como repórter-fotográfico há dois e há um ano decidiu enveredar pelos esportes. Nessa quarentena, tem produzido material sobre a pandemia para uma agência de fotografia. O fotojorna- lismo era sua principal fonte de renda, mas as dificuldades nãoparalisaram.Comotempo “livre”, Fabrício tem aprovei- tado para fazer contato profis- sional com representantes de jornais de outros estados e enviar portfólio com amostras de seu trabalho. O presidente da Associa- ção dos Repórteres Fotográ- ficos e Cinematográficos no Estado de Alagoas (Arfoc), Ailton Cruz, afirmou que grande parte dos repórteres fotográfico e cinematográ- ficos atua como freelancer, faz trabalhos pontuais, e até aqueles que trabalham para agênciasestãocomoemprego em risco. Com mais de 30 anos de fotojornalismo esportivo e muita bagagem no currículo, Ailton disse que os colegas de categoria estão “se virando nos 30”, e a Associação não deixa de manter o contato sobre atualizações e novida- des nos grupos de WhatsApp. Profissionais das “lentes mágicas” se desdobram para garantir renda nesse tempo de “bola parada”
  • 11. Bolsa de Mestrado - Finlândia Fonte: Eastern Finland University AUniversidadedaFinlândiaOrientaléumadasmaioresuniversidadesdaFinlân- dia, e está recebendo inscrições para alguns de seus programas de mestrado com bolsa de estudos. Os programas são multidisciplinares,tendo em vista a vocação da IES em treinar especialistas para os vários setores da sociedade na busca por soluções para os desafios globais. Aqui estão alguns dos programas ofertados pela instituição: * MDP Internacional emTecnologia da Informação * MDP em Negócios Internacionais e Gestão deVendas * MDP em Fotônica * MDP (CBU) em Silvicultura * MDP em Biologia da MudançaAmbiental (BEC) * MDP em Biomedicina * MDP em Linguística Clínica * MDP no ensino de idiomas para comunicação intercultural * MDP em Inglês Língua e Cultura * MDP em Saúde eTecnologiaAmbiental * MDP em Política e DireitoAmbiental Os critérios de elegibilidade são estabelecidos diferentemente para cada programa.Você poderá saber mais vink https://bit.ly/35GDMdJ . 11O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 Estudarláfora redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Alyshia Gomes alyshiagomes.ri@gmail.com Bolsa para Legal Practice Course (LPC) e Mestrado em Direito e Negócios Programa de bolsas do Banco Asiático de Desenvolvimento - Japão Fonte: The University of Law Business School A University of La Business School está com inscrições abertas para seu programa de Legal Practice (LPC) e Master in Law. O duplo programa oferece preparação para exercer a advocacia com as habilidades necessá- rias para ter sucesso nos negócios pois, além da prepa- ração acadêmica,ele tem um foco claro na capacidade de empregabilidade do aluno. O curso funcionará através de workshops para pequenos grupos, ministrados por advogados com vasta experiência prática.O aluno também poderá se beneficiar dos recursos deaprendizagemon-lineedofeedbackpessoaldostutores. A instituição oferece várias bolsas de estudo para nossos alunos e lembra que o status de bolsista é,certamente,um elemento importante no CV. Serão considerados elegíveis para a bolsa os candidatos portadores de um diploma de bacharelado em Direito com bom rendimento acadêmico e domínio suficiente do idioma inglês para concluir com êxito o curso. Mais informações em https://bit.ly/2LbdtDm. Fonte: Governo do Japão AsinscriçõesestãoabertasparaoprogramaBancoAsiático de Desenvolvimento - Japão,financiado pelo governo japo- nês. O objetivo deste programa é proporcionar uma opor- tunidade para que cidadãos bem qualificados dos países em desenvolvimento realizem estudos de pós- graduação. Para ser elegível, o interessado deverá ter nacionalidade de algum país em desenvolvimento, ser admitido em um programademestradoaprovadoemumainstituiçãoacadê- mica aprovada, ter um diploma de bacharel ou equivalente com um histórico acadêmico, ter pelo menos dois anos de experiência profissional em tempo integral (adquirida após um diploma universitário) no momento da inscrição, e ser proficiente em habilidades de comunicação oral e escrita em inglês para poder prosseguir estudos. Podem participar interessados em um programa de mestrado nas áreas de economia,administração,ciência e tecnologia e outros campos. Candidatos também deverão ter menos de 35 anos de idade no momento da aplica- ção. Em casos excepcionais, para programas apropriados para altos funcionários e gerentes,o limite de idade é de 45 anos. Em todas as situações, o candidato deverá concor- dar em retornar ao seu país de origem depois de concluir o programa. Maiores informações em https://bit.ly/2YKH7qM . Encontros virtuais facilitam informações sobre estudos no exterior Instituições de Ensino Superior internacionais sempre realizam sessões virtuais. Nelas, os recrutadores fazem um momento de apresentação oral sobre os programas que suas instituições ofer- tam, critérios de avaliação para admissão e bolsas, mas também abrem espaço para que os participantes possam fazer perguntas. Tragoinformaçõessobrealgumassessõesprevistasparaospróxi- mos dias. 1.Sessão de informações virtuais sobre admissões na HarvardTH Chan School of Public Health Oportunidade de obter informações sobre a Escola de Saúde Pública de Harvard TH Chan bem como seus programas de pós- -graduação.Oparticipantepoderáiniciarseuscontatoscomcoma equipedeadmissões,oquepermitiráumamaiorinteraçãoepossi- velmente uma melhor desenvoltura do processo de candidatura. O encontro abordará tópicos de admissão para os programas de Mestrado em Saúde Pública, Mestrado em Gerenciamento de Cuidados de Saúde,Mestrado em Ciências e DrPH.Maiores infor- mações em https://www.hsph.harvard.edu/admissions/ 2.Sessão virtual de informações da Sheffield Hallam University Asessãotemcomoobjetivoapresentarosprogramasdemestrado e as oportunidades de pesquisa na instituição. Mais informações em https://bit.ly/3cf2Ril. O encontro está previsto para a quarta- -feira,20 de maio. 3. Evento virtual aberto sobre pós-graduação na Staffordshire University Participantes terão a oportunidade de conversar com acadêmicos e receber aconselhamento e orientação individual das equipes de apoio ao estudante sobre finanças, carreiras e desenvolvimento pessoal. O evento acontecerá em 20 de maio e as inscrições poderão ser feitas através do link https://bit.ly/3fyNR1c . Sessões de outras Instituições de Ensino Superior estão previstas paraomêsdemaioejunho.Acompanheacoluna“EstudarLáFora” também pelo site “O Dia Mais” e receba as informações atualiza- das.Até a próxima! Alyshia Gomes escreve sobre Educação Internacional Educação Global e temas correlacionados no jornal “O DIA ALAGOAS” e no site “O Dia Mais”. Dúvidas, comentários e sugestões, entre em contato através do email alyshiagomes.ri@gmail.com .
  • 12. 12 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br igor93279039@hotmail.comIGOR PEREIRA Fiat lança Fiorino Ambulância Reconhecido no mercado brasileiro de comerciais leves por sua robustez, confiabilidade e excelente custo-benefício, agora o Fiat Fiorino passa a contar com mais uma versão, a Ambulância Simples Remoção.O veículo é destinado ao transporte de pacientes que não apresentam risco de vida, para remoções simples e eletivas. O Fiorino Ambulância recebeu a adaptação necessária para essa finalidade.“No momento atual em que vivemos, a iniciativa da Fiat aumenta a opção de veículos que auxiliam as pessoas que precisam de uma remoção simples. Além disso, traz mais conforto para o cliente que se dirige a uma concessionária da marca para comprar um carro pronto, a exemplo do Ducato Ambulância”, afirma Felipe Daemon, gerente de Marketing de Produto Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Nissan e.dams compete no circuito de rua de Mônaco em corrida virtual A Nissan e.dams competiu, no último dia 9 de maio, em um circuito virtual de rua de Mônaco banhado pelo sol, na terceira rodada do campeonato ABB Formula E Raceat Home Challenge, que arrecada fundos para as ações mundiais da UNICEF.A nova competição vai arrecadar fundos para os projetos da UNICEF em todo o mundo para enfrentar a crise do coronavírus.O campeonato ABB Formula E Raceat Home Challenge é dividido entre dois grids e duas corridas. O campeonato de corridas online faz um paralelo entre a Fórmula E e o mais alto nível das competições de emissão zero do mundo real, agora de modo virtual. ACONTECE esta semana RENAULT DA DESCONTO DE 8 MIL EM VENDA DIRETA DA FÁBRICA A Renault anunciou uma promoção na qual venderá o carro para o cliente diretamente da fábrica, com descontos - que chegam a R$ 8 mil - para vários modelos do seu line-up. Quem comprar, ainda receberá o carro em casa. Nesta promoção, os descontos chegam a R$ 8 mil, dependendo do modelo. Caso se opte pelo financiamento, há reduções adicionais, e pode-se adquirir o plano de manutenção direto da fábrica, que é válido em todas as concessionárias do Brasil. Emplacamento de motos cai 63% Foram apenas 28.256 motos vendidas no Brasil durante o mês de abril.A queda foi drástica, com número 62,5% menor que março, mês que registrou 75.394 emplacamentos. Os números da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) revelam um baque ainda maior na comparação com abril de 2019: 69,7%. O quarto mês do ano passado havia licenciado 93.380 motocicletas. No acumulado de 2020, recuo de 21,9%. Enquanto nos primeiros quatro meses de 2019 o brasileiro comprou 352.099 motos, neste ano, o período registrou 275.174 unidades. Este é o pior resultado desde meados da década de 1990. RODASDUAS A produção de veículos registrou em abril seu pior nível desde 1957, quando o setor começou a computar os dados. Na época, a indústria brasileira contava com apenas seis fábricas, todas na região do ABC Paulista. Os números divulgados na sexta-feira, 8, pela Anfavea, mostram que a crise está longe de terminar. No mês passado as plantas brasileiras montaram apenas 1,8 mil unidades, entre veícu- los leves e pesados, volume que representou queda de 99% na comparação com março, quando a indústria entregou 189,9 mil veícu- los. Foram pouco mais de 1 mil automóveis (-99%), 403 caminhões (-95%) e 396 ônibus (-80%), segundo os dados da entidade. Vale lembrar que no Brasil as fábricas começaram a paral- isar suas operações a partir de 23 de março. Até aquele momento, a indústria vinha operando no seu ritmo normal, se preparando para um tradicional aumento das vendas que acontece em março, após os dois primei- ros meses do ano serem historicamente mais fracos. A pior produção de veículo da história para o mês de abril A GM vai introduzir uma nova versão da picape Chev- rolet Silverado, chamada ZRX, de acordo com um relatório interno. A proposta é ter um veículo off road com muita forçaeaspectoesportivo.Dessa forma, a Silverado ZRX baterá de frente com a Ford F-150 Raptor e a RAM 1500 Rebel. A informaçãodizqueessapicape terá um V8 6.2 LT4 com potên- cia ainda desconhecida, mas que poderia ficar na casa dos 460 cavalos, como o Camaro SS.No entanto, comenta-se que no relatório, a Silverado ZRX teria um compressor de pelo menos 2 litros, algo que muda completamente a potência para cima, alcan- çando assim uma cavalaria realmente empolgante. Entre as rivais, a RAM 1500 Rebel TRX tem nada menos que 717 cavalos em seu monstruoso V8 6.2 SuperchargerHellcat. A F-150 Raptor aposta num V6 3.5 EcoBoostBiturbo com 450 cavalos, que lhe parece adequado se comparado com o insano Hellcat. Contudo, a GM poderia aproveitar essa diferença para adicionar a Silverado ZRX com um algo a mais. Chevrolet prepara Silverado para enfrentar a F-150 Raptor GIGANTES CRISE
  • 13. PedroCabr al VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO VÍRUS PANDEMIA ISOLAMENTO Alagoas l 17 a 23 de maio I ano 08 I nº 377 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br Envie crítica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com Dois dedos de prosa Esse é mais um conjunto de textos sobre a pandemia e as Alagoas. Agradecemos a todos os que escreveram: foi uma honra publicá-los. Também agradecemos a Lula Nogueira, pela oportunidade que nos deu de colocar seu trabalho na capa deste número. Um abraço, Sávio Almeida CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS VIVENTES DAS ALAGOAS E A PANDEMIA (V)
  • 14. A P a n d e m i a do Corona- vírus é uma situação que a maioria de nós jamais pensou que iria viver. Situações como essa são extre- mamentedifíceisdeassimilar, tendo em vista, tudo aquilo que está envolvido diante dessadoença,queafetanossas vidas de várias formas: nossa saúde, nossa economia, nosso emocional, nossas relações pessoais etc. Praticamente todas as áreas da nossa vida são atingidas por tudo que estamos passando. Diante de um contexto como esse, como proceder, ou melhor, como viver? Acredito que não teremos uma resposta pronta para isso, mas acredito que alguns princípios básicos podem nos ajudar durante essa fase custosa. O verso bíblico de 1 Coríntios 13:13 diz o seguinte: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. O escritor e estudioso da fé cristã, William Kelly, descreve a fé, a esperança e o amor como “princípios morais centrais característicos do cristianismo” e são justa- mente esses princípios da fé cristã que acredito ser a base para conseguirmos viver em meio à pandemia. A fé é a certeza daquilo que não se vê. Há coisas que não se compreendem apenas com a razão, como é o caso do amor, que não pode ser explicado através da lógica. A fé que vem de Deus nos leva a experiências que nenhum elemento físico pode nos dar, pois a fé começa onde termi- namaspossibilidades,ouseja, elanãoestálimitadaapossibi- lidades, ela invade o reino da impossibilidade. Nafé,nósvamosencontrar justamente a esperança, afinal de contas, em tempos de tanta insegurança e incertezas que estamos vivendo com essa pandemia, são a fé e a espe- rança que vão alçar nossas possibilidades a uma paz que não vai acabar mesmo em meio a esse contexto de inse- gurança. Uma vez, ouvi dizer que são nessas circunstâncias que a esperança é como um raio de sol que brota mesmo no mais absurdo escuro. Isso me lembra de uma ilustração que gosto bastante: “Certa vez um rei encomendou a dois famosos pintores um quadro cuja temática fosse a paz. Além de garantir que iria comprar os dois quadros, o rei anunciou que daria um extraparaoartistaquemelhor retratasse a paz. No tempo marcado, eles trouxeram suas pinturas.Oprimeiroretratava um lago sereno, espelhando altas e pacíficas montanhas à sua volta, encimado por um céu azul com nuvens bran- cas como algodão. Todos os que viram este quadro acha- ram que ele era um perfeito retratodapaz.Ooutroquadro também tinha montanhas. Maseramescarpadasecalvas. O céu, ameaçador, derra- mava chuva e relâmpagos. Da encosta da montanha caía uma cachoeira espumante. Não parecia nada pacífica. Mas o rei, experimentado nas artes,olhoucomvagareviuao ladodacachoeiraumpequeno ninho numa fenda da rocha. Mamãe pássaro e seu filhote repousando em segurança. O rei escolheu a segunda. Sabe porque?Porquepaz,explicou o rei, não significa estar num lugar onde não há barulho ou problemas. Paz é um estado de espírito. É a capacidade de estar no meio disso tudo e ainda manter a calma do cora- ção”. A Fé em Deus e a espe- rança nos dão paz em meio a qualquer situação. Prova- velmente, vamos reclamar, vamos chorar e vamos sentir angústia em determinados momentos, mas a esperança nos dará força para superar- mos esses sentimentos, uma vez que ela nos dará a certeza de que tudo isso irá passar. E é essa esperança que nos leva ao amor. O amor é o maior dos princípios que o texto bíblico nos trouxe, afinal, o amor não é centrado em si mesmo. Quem inaugurou um Reino de Esperança foi Jesus Cristo, quando nos deu sua vida numa cruz para nos salvar! A maior mensagem do cris- tianismo é esse amor incon- dicional despendido a nós, sendo nós ainda imerecedo- res, reles pecadores; é um amor gracioso. O amor é o sentimento mais nobre, ele é insuperável não se tratando de algo que aliena ou cega, mas que ama “apesar de”, ou seja,éalgoqueconhecenossos defeitos e, ainda assim, decide amar. Não é a toa que os dois maiores mandamentos deixa- dosporJesusCristoenvolvem o amor. Veja o que Jesus disse: “Respondeu Jesus: ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu enten- dimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’” (Mateus 22.37-39). Talvez,essesejaomomentode demonstrar a todos esse amor ao próximo, exercitar mais do que nunca a empatia, não por ideologia, mas porque é mandamento de Jesus Cristo para nós que temos fé de que Ele é o nosso Salvador, que nos deu a esperança de uma vida plena ao demonstrar a prova maior de amor que este mundo já viu ao entregar sua vidapornós.Portanto,énosso dever fazer o mesmo: “Nisto conhecemos todo o signifi- cadodoamor:Cristodeuasua vida por nós e devemos dar a nossavidapornossosirmãos” (1 João 3.16). Em meio a todo esse contexto de pandemia, ser cristão é ter fé em Deus, esperança de que tudo vai passar e, acima de tudo, amar incondicionalmente o nosso próximo. CAMPUS 2 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Este suplemento faz parte do Projeto Memória da Pandemia nas Alagoas, coordenado por Luiz Sávio de Almeida e José Carlos Lima. Conta com a participação do artista plástico Lula Nogueira, doutoranda Cecília Carnaúba, pastores Paulo Felipe Almeida e Victor Lima. Quem é quem? Paulo Felipe Almeida Formado em Teologia, pós-graduado em Webjornalismo é professor de teologia no SETBAL - Seminário Teológico Batista de Alagoas O cristão e a pandemia CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092 Para anunciar, ligue 3023.2092 EXPEDIENTE ElianePereira Diretora-Executiva DeraldoFrancisco Editor-Geral Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas
  • 15. O movimento profético é, sem sombra dedúvidas,omovimentomais surpreendente que se pode encontrar em todo o Antigo Testamento, pois tem sua culminância em figuras que se tornaram o centro de muitas das narrativas desta obra literária. Com suas expres- sões impactantes, muitos deles levavam mensagens de consolo, repreensão e arre- pendimento, como também tentavam ajudar o seu povo a encontrarumarazãoparatudo o que acontecia. Em tempos de “pandemia”, essas respostas se tornam mais necessárias do que nunca. Os profetas, a princípio, também eram pessoas que atuaram com grande rele- vância em vários momentos da história do povo de Israel. Diante disso, é preciso respon- der duas perguntas essenciais paraentendertalmovimentoe, quem sabe até, encontrar uma resposta para nossa situação atual. A primeira pergunta é: “Quem eram os profetas?”. A segunda: “Qual era a sua missão?”. Respondendo a primeira pergunta, se percebe algo peculiar nos livros que levam os nomes desses que eram considerados “homens de Deus”. Frequentemente, os profetas são identificados por seus nomes no começo de seus escritos, bem como pela data e o lugar em que ocorria a sua atividade.Porestefato,pode-se perceber que a pessoa histórica do profeta ocupa uma impor- tância fundamental no que diz respeitoàsuamensagem. A maneira pela qual são anunciados os seus escritos ocorrem por expressões tais como:“APalavradeAmós”,“A visão de Isaías”, onde sempre sua mensagem é associada à pessoa que a pronuncia. Outro fato importante é entender que os próprios profetas têm a consciência de que o Senhor Deus os chamou pelo nome. O nome de um indivíduo ocupa um lugar de extrema importância também para a narrativa, pois este nome está sempre associado ao caráter. Com isso, tem-se a ideia de que o profeta é alguém que foi chamado por Deus, mas esse chamado ocorre pelo nome, que implica dizer que aquele que os chamou, os conhece não apenas “de vista”, mas conhece tudo o que precisa conhecer,incluindooseucará- ter. Respondendo à primeira pergunta: Os profetas são homens chamados por Deus. Entendida a questão da pessoa do profeta, precisa-se agora falar da missão desses grandes homens. Sobre este tema é preciso entender que eles têm uma profunda cons- ciência de sua função e sobre isso o profeta Isaías afirma: “O espírito do Senhor DEUS está sobremim;porqueoSENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me arestauraroscontritosdecora- ção, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Isaías 61. 1). A missão do profeta era anun- ciar a mensagem que Deus tinha separado para falar em determinado momento. Bem se sabe que a “instituição” do profeta não era exclusividade do povo de Israel, porém algu- mas coisas diferenciavam os atos proféticos de Israel das demais nações. Para o povo de Deus no Antigo Testamento, a profecia não se resumia às “premonições” (visto que esse ato era condenado pela Lei Mosaica). Por outro lado, o profeta também não era uma pessoa que simplesmente falava a Palavra de Deus, mas, através de encenações dramá- ticas se tornavam a Palavra de Deus,poisfaziamopapelquea Bíblia faz hoje para os cristãos. Pode-se exemplificar esse fato com uma ordem que Deus dá ao profeta Isaías que ele deve- ria andar nu durante 3 anos e 2 meses entre o povo de Israel (Isaías 20). Com isso, o Senhor queria enviar uma mensagem ao seu povo e o profeta se tornava a mensagem de Deus. Outrofatocuriosoéoqueacon- tece com Ezequiel (Cap. 24), onde Ele diz que o profeta não poderia chorar no enterro de sua esposa, ensinando assim que Deus já não chorava pelo seu povo. Com isso, se percebe que a mensagem do profeta nãoseresumiaapalavras,mas com suas atitudes dramáticas eles se tornavam a mensagem. Por mais que esses textos tenham sido escritos há tanto tempo atrás, essas mensagens se mostram bastante atuais, pois através delas muitas pessoas têm superado males e encontrado o verdadeiro significado da “vida em abun- dância” que Cristo prometeu a todo aquele que crê. Levando em consideração que uma das missões dos profetas era ensinar ao seu povo uma razão para as dificuldades da vida, pode-se perceber que a mensagem nesses tempos de pandemia é altamente peda- gógica para todos aqueles que buscam um sentido no sofri- mento. Momentos como estes, segundo os próprios profetas, servem para renovar a nossa esperança naquele que real- mente deve ser a nossa razão de viver, pois assim afirma o profeta Jeremias: “E há espe- rança quanto ao teu futuro, diz o Senhor...” (Jeremias 31. 17)A mensagem dos profetas reno- vam as nossas esperanças de que o Senhor está cuidando do futuro das nações e não existe melhor lugar para estar do que debaixo da proteção desse Deus amoroso. T emos vivido a tal quarentena que remete a quarenta mas, na verdade, é por período indeterminado. Dizem que estamos presos mas não há prisão capaz de conter a infinidade de ativida- des que podemos desenvolver num mesmo espaço físico e, sobretudo, não há meios de aprisionar a nossa capacidade de pensar, criar, desenvolver habilidades, interagir, ser soli- dários e expressar amor. Então o que nos incomoda exata- mente, nesta situação de afas- tamento social? O primeiro pensamento que me ocorrre é que estávamos habituados à ininterrupta tentativa de fazer o mundo e tudo que nele há, funcionar a favor de nossos interesses individuais, que escolhemos a partir de nossa baixíssima capacidade de percepção da realidade exis- tencial,denossacondiçãoindi- vidual dentro da circunstância coletiva e sobretudo de nossa identidade: o que somos aos nossos próprios olhos? A que servimos? Que destino esta- mos imprimindo aos dias que senosapresentamdepresente? Modernamente, reduzi- mosotamanhodenossasfamí- lias, não moramos mais todos juntos, avós, filhos, tios e netos, achamos que esta forma de convivência dificultava os rela- cionamentos, cada um precisa fazer conformar o mundo ao seu modo de vida, começamos a considerar que as presenças afetavam nosso direito à priva- cidade. Afrouxamos os laços de convivência e os parentes que estavam conosco nas refei- ções e nas conversas do fim do dia passaram a ser vistos com dia e hora marcados, cada vez mais esporadicamente, perde- mos a noção fundamental de bando original, a família em suaestruturamaislarga.Tenta- mossubstituiressaconvivência familiarpelaconvivênciasocial mais adequada ao propósito comum de conformação do mundo aos nossos interesses. Como um grande número de pessoas convenciou que esta era a maneira adequada de viver, formamos um grupo imensodepessoascomomodo de proceder semelhante, um bando substitutivo do bando original,aorganizaçãofamiliar inicial. No bando original, estáva- mos mais próximos dos exem- plos ancestrais que reforçavam a aceitação do outro, a tradição familiar favorecia da aceitação individual pela semelhança, portanto, os papéis que repre- sentavamos estavam mais vinculados à nossa realidade interna, à nossa essência, à verdadedonossoeu.Nobando substitutivo os papéis, preci- saram ser reconstruídos para atendimento da expectativa comum de conformação do mundo aos nossos interesses individuais, ganharam uma padronização de certo e errado de acordo com esse propósito, não havendo a partilha de emoções familiares a susten- tar a aceitação mútua como no bando original, precisamos de padrões de certo e errado mais uniformes para sermos aceitos pelo novo bando. Nos afastamos muito da verdade do nosso eu para nos encaixar- mosnestebandosubstituto,eo afastamento incluiu a supres- são de atividades que destiná- vamos ao embelezamento de nossa essência como o tempo dedicado às artes, à leitura, à contemplação à comunicação com o divino e à convivência com os que nos eram essecial- mente semelhantes e partilha- vamamesmahistóriaancestral. Empobrecemosnossaessência, porfaltadetempo. Talvez seja este o mal-estar coletivo que tantos comentam, deixamos de ser quem somos e de estar com os que nos são semelhantes. A quarentena suprimiu os espaços para representação dos papéis destinados à conformação do mundo aos nossos interesses, desmanchouospalcose,sobre- tudo, enfraqueceu os vínculos com o bando substitutivo, por isso emergiu uma sensação de abandono, no sentido etimoló- gicodapalavra:a–ban–dono, “a” prefixo de negação; “ban” indicativo de bando e “dono” referente a senhorio. A ideia de que resultamos abandona- dos, sem bando e sem dono, nasceporquenosafastamosdo bandooriginaleobandosubsti- tutivo não existe mais tal como ovivienciavamos.Apandemia atual parece nos reconduzir ao bando original e à redução da convivência para nos restrin- girmos aos mais semelhantes a nós, semelhança é elemento que favorece a aceitação natu- ral, se for assim, penso que tendemosadesenvolverpaéeis mais verdadeiros, mais próxi- mosdenósmesmos. O hoje confirma que o mundo é naturalmente incon- formista, é ele que estabelece as regras para desfrute da vida que ele generosamente nos presenteia. Tomara que esta pausa nos habilite à humil- dade, à gratidão pelo seu acolhimento e generosidade para conosco, nos habilite à reverência incondicional à vida, ao embelezamento de nossa essência e ao reconheci- mento da sacralidade da exis- tênciaparamerecerestarvivo. CAMPUS 3O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus. Victor Alves Pastor da Primeira Igreja Batista de Capela, professor de Antigo Testamento no Seminário Teológico Batista de Alagoas e membro da @ligateologica Maria Cecília Pontes Carnaúba Doutoranda em Ciências Jurídico/Políticas pela FDUL (Lisboa, Portugal) A Pessoa e a missão do profeta: resposta para a “pandemia” A quarentena e os bandos
  • 16. CAMPUS 4 O DIA ALAGOAS l 17 a 23 de maio I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br FICHA TÉCNICA CAMPUS COORDENADORIAS SETORIAIS L. Sávio deAlmeida Coordenador de Campus Cícero Rodrigues Ilustração Jobson Pedrosa Diagramação Iracema Ferro Edição e Revisão CíceroAlbuquerque Semiárido Eduardo Bastos Artes Plásticas Amaro Hélio da Silva Índios Lúcio Verçoza Ciências Sociais Renildo Ribeiro Letras e Literatura Visite o Blog do SávioAlmeida M eia década atrás, ao a r r e d o n - dar meio século de vida, inaugurei um mini-livro, para registrar pelo menos 50 experiências inesperadas, marcantes, desafiadoras que a vida me apresentaria dali em diante. Era uma forma de me motivar a manter acesos o encantamento pelo mundo e avontadedenuncadesapren- der o desejo. Jamais imagina- ria que uma das entradas do meu livreto seria dedicada a essa experiência inédita e completamente imprevisí- vel: o distanciamento social motivado pela pandemia da covid-19. Uma novidade assim tão ubíqua, invisível, potencialmenteletal…enfim, tão radical, nos impõe, inevi- tavelmente, uma reavaliação em todas as esferas da experi- ência, pondo-nos cara a cara, se não com o inimigo, que é invisível, mas com as nossas próprias limitações e as dos outros seres – humanos e não humanos – com quem dividimos o planeta; e, certa- mente, também com a inexo- rabilidade da morte. Com sua onipresente destruição, o vírus potencialmente invade nossos corpos e indubitavel- mente nos leva à autorrefle- xão. Crise.Estaéumadaspala- vras que mais ecoam nestes tempos – juntamente ao já assimilado “jargão virótico”, que inclui epidemia, pande- mia, quarentena, grupos de risco, contaminação, sinto- mas, testes… e também o eufemístico “isolamento social” (que torna o confi- namento mais palatável). Sim, vivemos um momento de crise, mas não esqueça- mos que esta que agora nos assombra é apenas mais uma: temos vivido, de fato, uma série de crises em sequência há décadas. Num brevíssimo apanhado, e considerando umalinhatemporalqueparte da segunda metade do século XX, muito rapidamente listo as crises ecológica, petrolí- fera, dos direitos dos animais humanos e não humanos, do patriarcado, do capita- lismo, do neoliberalismo… Nenhuma delas, porém, havia chegado ao ponto de paralizar o mundo. A conta- minação pelo Corona vírus e as mortes dela decorrentes nos impeliram à permanên- cia em nossos lares, muito literalmente trancafiando- -nos em casa, fazendo-nos parar para pensar. Para alguém que estuda as utopias e distopias da cultura, essa epidemia é uma distopia concreta, pois invade a história com seu poder aterrador, destruindo vidas e abalando “estabilida- des” sociais. Apesar de não enxergarmos seu causador imediato, seu poder devas- tador se materializa diante de nossos olhos sob formas terríveis: jamais esquecere- mos imagens como o cortejo de caminhões transportando corpos de vítimas na Itália; as valas abertas no cemitério Vila Formosa, em São Paulo; ou os cadáveres nas ruas de Guayaquil, no Equador. Enquanto escrevo, a mídia incessantemente expõe as – (in)críveis? – estatísticas de contaminações e mortes, que sobem exponencialmente no passo do girar dos ponteiros. Quanta dor. Quantas perdas de vidas, com suas ricas histórias, seus tantos afetos. Sim, pandemia rima com distopia, e o que se configura no limbo do presente evoca as mais sombrias ficções de mundos devastados, como o Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago; ou a trilogia MaddAddam, de Marga- ret Atwood, dentre tantas outras. A vida imita a arte e exibe uma face mortífera. Nesses tempos sombrios e de acumulação de crises, lembro-me do chamado feito pela fabulosa escritora Virgi- nia Woolf: “Thinkwe must!” (Pensarépreciso.)Seresento- cados que nos tornamos tão abruptamente, busquemos então pensar formas de resis- tir ao atual cenário de múlti- plas violências. Temos visto acentuarem-se, nesta crise, distopias que já nos rondam não é de hoje: o descaso com a saúde pública, o espectro da eugenia, o colapso econô- mico, o preconceito trajado em suas múltiplas vestes – de gênero, de classe, de raça, de idade… E também assis- timos aos “efeitos colaterais” sociais específicos desta pandemia: o desemprego, o aumento do feminicídio (e da violência doméstica de modo geral), as agressões sofridas pel@s profissionais de saúde, as violações dos rituais de morte,onossoprópriodeses- pero e impotência diante do monstro que hoje assume a nossa presidência (e de sua equipe). Em vez de sucum- birmos ao ambiente tóxico e, literal e metaforicamente, virulento que nos circunda, sejamos capazes de pensar rotas de sobrevivência e saídas possíveis, mesmo que pequenas, localizadas. Pandemia também rima com sinergia, que me parece ser uma palavra importante neste momento histórico. Dos aprendizados como estudiosa feminista, destaco duas ideias bem básicas, mas frequentemente esque- cidas: o pessoal é político e “sisterhoodispowerful” (a irmandade é poderosa). Pensemos junt@s formas pelas quais este momento de “meta-crise” poderá nos tornar seres em coalizão, em relação com os outros seres como espécies compa- nheiras, pela recuperação do nosso planeta doente, pela construção de uma pós-humanidade tolerante, harmoniosa e respeitosa do outro: o homo Sapiens já mostrou a que veio e não aceitaremos a repeti- ção infernal das opressões. Façamos com que sinergias aconteçam: comecemos em nossas “cavernas” e, como pede Ítalo Calvino no como- vente final d’As Cidades Invisíveis, abramos espaço para o que não é inferno. Ildney Cavalcanti Professora e pesquisadora, Coordenadora do Grupo de Pesquisa Literatura & Utopia Fale/Ufal Pandemia rima com distopia – mas também com sinergia