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esde o início do mundo, o homem busca desvendar
alguns enigmas. “Os mistérios da luz e do som, do dia
e da noite – tudo era objeto para estudo, aos alunos
da primeira escola terrestre” (Educação, p. 21). Como
você acabou de ler, o som sempre foi um mistério. Gênesis 4:21
afirma que Jubal é o pai de todos os que tocam harpa e flauta.
Por trás dessa afirmação existem muitos conceitos, e nesta
edição vamos estudá-los.
Jubal foi quem descobriu os princípios sonoros (que uti-
lizamos até hoje) ao desenvolver os primeiros instrumentos
musicais com sistemas distintos. Ele não se contentou apenas
com o próprio corpo para fazer música, mas foi além em prol
de uma experiência musical mais abrangente, determinada por
sua criatividade. É por isso que encontramos uma infinidade
de instrumentos musicais em todas as culturas, elaborados
com os mais variados materiais. Inclusive, nos tempos mo-
dernos, Pitágoras e Johann Sebastian Bach, grandes ícones do
“temperamento igual”, contribuíram para um gigante salto nas
pesquisas relacionadas ao som.
O desenvolvimento dos instrumentos musicais sempre
ocorreu de forma gradual e crescente. “Deus permitiu que uma
inundação de luz fosse derramada sobre o mundo, em desco-
bertas científicas e artísticas...” (O Grande Conflito, p. 522).
Nos tempos bíblicos, os materiais utilizados na confecção
dos instrumentos eram a madeira, vísceras (usadas em al-
guns tipos de instrumentos de cordas), peles de animais (usa-
dos nos instrumentos de percussão) e cordas. As referências
instrumentais que possuímos hoje derivam primariamente
da iconografia, isto é, “do estudo dos assuntos representa-
dos nas obras de arte, de suas fontes e de seu significado”,
segundo o dicionário.
76 REVISTA MAIS DESTAQUE
IMAGENS: CANSTOCKPHOTO | STOCK.XCHNG
A Bíblia revela que Deus determina a
seu povo a construção de instrumentos
musicais, nos ensinando que Ele
é Senhor sobre todos os sons
Társis Iraídes é pastor e Conselheiro
Espiritual da Escola Bíblica da Rede
Novo Tempo de Comunicação
Louvai
“Com eles, pois, estavam Hemã e
Jedutum, com trombetas e címbalos,
para os que haviam de tocar, e com
outros instrumentos de música de
Deus...” (I Crônicas 16:42)
INSTRUMENTOS
MUSICAISDOSENHOR
Naescaladosvalores
musicaisdeDeus,ohomem
estáemprimeirolugar
Espírito de Profecia
Muitas pessoas acreditam em teorias sobre instrumentos
musicais e acabam provocando inconsistências entre o que
diz a Bíblia e o Espírito de Profecia. A verdade é que existe
harmonia entre os dois. Ao falar sobre instrumentos musicais,
Ellen White leva sempre em consideração o próprio sentido
do texto bíblico. É necessário aplicar os mesmos princípios
de interpretação bíblica aos seus escritos para enxergarmos
tal harmonia. No contexto do grande conflito entre as forças
do bem e do mal, ela levanta aspectos negativos, mas também
positivos sobre os instrumentos. (Na próxima edição de Louvai
nos aprofundaremos um pouco mais neste assunto).
No livro Patriarcas e Profetas, página 610, Ellen White men-
ciona um trecho bíblico que fala sobre o louvor de Saul, logo
após sua unção. “Na planície de Tabor encontrou três homens
que iam adorar a Deus em Betel. (...) Em Gibeá, sua cidade, um
grupo de profetas, voltando do ‘lugar alto’, cantava o louvor de
Deus, com música de flautas e harpas, saltérios e tambores.
Aproximando-se Saul deles, sobreveio-lhe o Espírito do Senhor
e ele também tomou parte em seu cântico de louvor, e com eles
profetizou (...)”. Nesse texto estão presentes os instrumentos
musicais mais utilizados na adoração pessoal e pública do velho
testamento. Saul e os três profetas oferecem uma adoração ao
Senhor com sacrifício e música.
A respeito dos instrumentos musicais, essa é uma citação
positiva da autora, que preserva o sentido original. Ela também
afirma que o episódio se trata de um culto com um cântico es-
pecífico de louvor, até mesmo porque a expressão original para
ofertas pacíficas em I Samuel 10:8 é shelem, isto é, sacrifício
voluntário de ações de graças, o “louvor de Deus”, que neste
caso foi acompanhado por flautas, harpas, saltérios e tambores,
representando os elementos essenciais da música (melodia,
harmonia e ritmo). Esse é apenas um dos textos que comprova
a harmonia existente entre o Espírito de Profecia e a Bíblia
no quesito adoração. Resta-nos estudar cuidadosamente as
referências a fim de termos uma visão correta sobre o assunto.
Instrumento perfeito
Os instrumentos musicais representam estudos acústicos
realizados ao longo de milhares de anos. Representam também
a musicalidade humana em sua plenitude, já que todos eles
possuem alguma relação com o corpo humano e sua fisiologia.
Qualquer instrumento, para ser executado, precisa de dedos,
pulmão, braços, pernas, olhos, ouvidos, entre outras partes do
corpo. O apóstolo Paulo afirma que os instrumentos musicais
são inanimados, ou seja, não possuem vida, mas, por outro lado,
devem transmitir uma linguagem que possa ser entendida por
todos, para comunicar as verdades bíblicas e conduzir nossos
louvores ao Senhor (I Coríntios 14:7).
“É a mente que adora a Deus” (Fundamentos da Educação
Cristã, p. 426). Sendo assim, o cérebro é mais que um simples
apreciador da música, é o centro de controle de um organismo
muito complexo que foi criado pensando em música. O ser hu-
mano é o instrumento musical mais perfeito criado por Deus,
por isso, encontramos: “O corpo será por eles considerado uma
estrutura maravilhosa, formada pelo Arquiteto Infinito, e a eles
entregue para manterem essa harpa de mil cordas em atuação
harmônica” (The Health Reformer, setembro de 1871). Ou seja,
os instrumentos musicais são inanimados e só recebem vida
quando os executamos, especialmente, por serem condutores
de nossas ideias e emoções. É numa vida de louvor que Deus
confirma o seu ideal para a execução instrumental.
Na escala dos valores musicais de Deus, Sua obra-prima,
o homem, está em primeiro lugar, depois vêm os demais ins-
trumentos. “Há algo especialmente sagrado na voz humana.
Sua harmonia e seu sentimento subjugado e inspirado pelo
Céu supera todo instrumento musical. A música vocal é um
dos dons de Deus aos homens, um instrumento que não pode
ser sobrepujado ou igualado quando o amor de Deus inunda a
alma… Se fosse santificado e refinado, poderia realizar grande
bem, derrubando as barreiras do preconceito e da descrença
empedernida e sendo um meio de converter almas” (Mensa-
gens Escolhidas, v. 3, p. 335).
Quando a Bíblia revela que Deus determina a seu povo
a construção de instrumentos musicais (II Crônicas 7:6) e a
instituição de um departamento específico para administrar
os sacrifícios de louvor e ação de graças (II Crônicas 29:25),
está nos ensinando que Deus é Senhor sobre todos os sons,
sobre todos os instrumentos e detém o conhecimento de toda
a ciência acústica. Por outro lado, tais conhecimentos foram
transferidos ao homem, que foi criado levando em consideração
tal ciência, e ao Seu povo. Este, por sua vez, é elevado acima de
todas as outras nações, principalmente em termos de respon-
sabilidades com a estética, a música e o louvor. “Ninguém que
tenha um Salvador morando no coração O desonrará diante dos
outros tirando de um instrumento musical sons que desviarão
o espírito de Deus e do Céu para as coisas levianas e frívolas”
(Testimonies, v. 1, p. 509 e 510).
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Artigo 5 os instrumentos musicais do senhor - md ed 54

  • 1. D esde o início do mundo, o homem busca desvendar alguns enigmas. “Os mistérios da luz e do som, do dia e da noite – tudo era objeto para estudo, aos alunos da primeira escola terrestre” (Educação, p. 21). Como você acabou de ler, o som sempre foi um mistério. Gênesis 4:21 afirma que Jubal é o pai de todos os que tocam harpa e flauta. Por trás dessa afirmação existem muitos conceitos, e nesta edição vamos estudá-los. Jubal foi quem descobriu os princípios sonoros (que uti- lizamos até hoje) ao desenvolver os primeiros instrumentos musicais com sistemas distintos. Ele não se contentou apenas com o próprio corpo para fazer música, mas foi além em prol de uma experiência musical mais abrangente, determinada por sua criatividade. É por isso que encontramos uma infinidade de instrumentos musicais em todas as culturas, elaborados com os mais variados materiais. Inclusive, nos tempos mo- dernos, Pitágoras e Johann Sebastian Bach, grandes ícones do “temperamento igual”, contribuíram para um gigante salto nas pesquisas relacionadas ao som. O desenvolvimento dos instrumentos musicais sempre ocorreu de forma gradual e crescente. “Deus permitiu que uma inundação de luz fosse derramada sobre o mundo, em desco- bertas científicas e artísticas...” (O Grande Conflito, p. 522). Nos tempos bíblicos, os materiais utilizados na confecção dos instrumentos eram a madeira, vísceras (usadas em al- guns tipos de instrumentos de cordas), peles de animais (usa- dos nos instrumentos de percussão) e cordas. As referências instrumentais que possuímos hoje derivam primariamente da iconografia, isto é, “do estudo dos assuntos representa- dos nas obras de arte, de suas fontes e de seu significado”, segundo o dicionário. 76 REVISTA MAIS DESTAQUE IMAGENS: CANSTOCKPHOTO | STOCK.XCHNG A Bíblia revela que Deus determina a seu povo a construção de instrumentos musicais, nos ensinando que Ele é Senhor sobre todos os sons Társis Iraídes é pastor e Conselheiro Espiritual da Escola Bíblica da Rede Novo Tempo de Comunicação Louvai “Com eles, pois, estavam Hemã e Jedutum, com trombetas e címbalos, para os que haviam de tocar, e com outros instrumentos de música de Deus...” (I Crônicas 16:42) INSTRUMENTOS MUSICAISDOSENHOR
  • 2. Naescaladosvalores musicaisdeDeus,ohomem estáemprimeirolugar Espírito de Profecia Muitas pessoas acreditam em teorias sobre instrumentos musicais e acabam provocando inconsistências entre o que diz a Bíblia e o Espírito de Profecia. A verdade é que existe harmonia entre os dois. Ao falar sobre instrumentos musicais, Ellen White leva sempre em consideração o próprio sentido do texto bíblico. É necessário aplicar os mesmos princípios de interpretação bíblica aos seus escritos para enxergarmos tal harmonia. No contexto do grande conflito entre as forças do bem e do mal, ela levanta aspectos negativos, mas também positivos sobre os instrumentos. (Na próxima edição de Louvai nos aprofundaremos um pouco mais neste assunto). No livro Patriarcas e Profetas, página 610, Ellen White men- ciona um trecho bíblico que fala sobre o louvor de Saul, logo após sua unção. “Na planície de Tabor encontrou três homens que iam adorar a Deus em Betel. (...) Em Gibeá, sua cidade, um grupo de profetas, voltando do ‘lugar alto’, cantava o louvor de Deus, com música de flautas e harpas, saltérios e tambores. Aproximando-se Saul deles, sobreveio-lhe o Espírito do Senhor e ele também tomou parte em seu cântico de louvor, e com eles profetizou (...)”. Nesse texto estão presentes os instrumentos musicais mais utilizados na adoração pessoal e pública do velho testamento. Saul e os três profetas oferecem uma adoração ao Senhor com sacrifício e música. A respeito dos instrumentos musicais, essa é uma citação positiva da autora, que preserva o sentido original. Ela também afirma que o episódio se trata de um culto com um cântico es- pecífico de louvor, até mesmo porque a expressão original para ofertas pacíficas em I Samuel 10:8 é shelem, isto é, sacrifício voluntário de ações de graças, o “louvor de Deus”, que neste caso foi acompanhado por flautas, harpas, saltérios e tambores, representando os elementos essenciais da música (melodia, harmonia e ritmo). Esse é apenas um dos textos que comprova a harmonia existente entre o Espírito de Profecia e a Bíblia no quesito adoração. Resta-nos estudar cuidadosamente as referências a fim de termos uma visão correta sobre o assunto. Instrumento perfeito Os instrumentos musicais representam estudos acústicos realizados ao longo de milhares de anos. Representam também a musicalidade humana em sua plenitude, já que todos eles possuem alguma relação com o corpo humano e sua fisiologia. Qualquer instrumento, para ser executado, precisa de dedos, pulmão, braços, pernas, olhos, ouvidos, entre outras partes do corpo. O apóstolo Paulo afirma que os instrumentos musicais são inanimados, ou seja, não possuem vida, mas, por outro lado, devem transmitir uma linguagem que possa ser entendida por todos, para comunicar as verdades bíblicas e conduzir nossos louvores ao Senhor (I Coríntios 14:7). “É a mente que adora a Deus” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 426). Sendo assim, o cérebro é mais que um simples apreciador da música, é o centro de controle de um organismo muito complexo que foi criado pensando em música. O ser hu- mano é o instrumento musical mais perfeito criado por Deus, por isso, encontramos: “O corpo será por eles considerado uma estrutura maravilhosa, formada pelo Arquiteto Infinito, e a eles entregue para manterem essa harpa de mil cordas em atuação harmônica” (The Health Reformer, setembro de 1871). Ou seja, os instrumentos musicais são inanimados e só recebem vida quando os executamos, especialmente, por serem condutores de nossas ideias e emoções. É numa vida de louvor que Deus confirma o seu ideal para a execução instrumental. Na escala dos valores musicais de Deus, Sua obra-prima, o homem, está em primeiro lugar, depois vêm os demais ins- trumentos. “Há algo especialmente sagrado na voz humana. Sua harmonia e seu sentimento subjugado e inspirado pelo Céu supera todo instrumento musical. A música vocal é um dos dons de Deus aos homens, um instrumento que não pode ser sobrepujado ou igualado quando o amor de Deus inunda a alma… Se fosse santificado e refinado, poderia realizar grande bem, derrubando as barreiras do preconceito e da descrença empedernida e sendo um meio de converter almas” (Mensa- gens Escolhidas, v. 3, p. 335). Quando a Bíblia revela que Deus determina a seu povo a construção de instrumentos musicais (II Crônicas 7:6) e a instituição de um departamento específico para administrar os sacrifícios de louvor e ação de graças (II Crônicas 29:25), está nos ensinando que Deus é Senhor sobre todos os sons, sobre todos os instrumentos e detém o conhecimento de toda a ciência acústica. Por outro lado, tais conhecimentos foram transferidos ao homem, que foi criado levando em consideração tal ciência, e ao Seu povo. Este, por sua vez, é elevado acima de todas as outras nações, principalmente em termos de respon- sabilidades com a estética, a música e o louvor. “Ninguém que tenha um Salvador morando no coração O desonrará diante dos outros tirando de um instrumento musical sons que desviarão o espírito de Deus e do Céu para as coisas levianas e frívolas” (Testimonies, v. 1, p. 509 e 510). IMAGEM: CANSTOCKPHOTO Louvai 78 REVISTA MAIS DESTAQUE