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Pensar a comunicação
Elogio do grande público



               Dominique



                             Danilo Egle
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Resistência na análise da televisão



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ela tem em nosso cotidiano;

Desde 1950, profissionais,
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Resistência na análise da televisão




A televisão causa uma preguiça intelectual, isso
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A televisão é um objeto de consumo individual que
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Resistência na análise da televisão




Os indivíduos avaliam a tv segundo seus momentos de
vida. Ela serve como companhia, lembrança... É uma
fonte de evasão.
A pesquisa empírica sobre televisão nos EUA se
desenvolveu nos segmentos comercial, universitário e
acadêmico.

Na Europa, esse tipo de pesquisa não ganhou
notoriedade.

Os avanços do marketing, da propaganda e do
crescimento industrial faziam parte dos estudos e
contribuíram para a evolução da televisão.

Na Grã-Bretanha o mercado já possuía no segmento
privado um desenvolvimento sobre televisão e saiu na
frente, mesmo sofrendo críticas no continente
europeu.
Escola de Frankfurt x Televisão

Televisão privada como de “direita” e a pública como
de “esquerda”.

Instrumentalização dos meios de comunicação, com
bases econômicas e de capitalista.

Televisão como aparelho ideológico de dominação.
Escola de Frankfurt x Televisão

A lógica da própria televisão foi descartada,
considerou-se a idéia da divisão de classes.

Optar pela televisão tornou-se uma “escolha
ideológica”.
Reconhecimento

A partir de de 1970 as mídias deixaram de sofrer a
pressão ideológica e começaram de fato a serem
consideradas como um fenômeno. Essa fase iniciou uma
série de pesquisas, baseadas na sociologia industrial.
Reconhecimento

A partir de 1990 a televisão começou a ter status por
ocasião da explosão das tv’s privadas que passaram a
competir e dividir o grande público.
Discurso antigo sobre TV

O espectador é passivo.

Perde seu senso crítico e é influenciado.

Favorece a implantação de modelos culturais
dominantes.

Favorece a cultura de massa que nivela todos por baixo.

O esporte na tv existe apenas como entretenimento e
objetiva ganhar dinheiro.



    Devemos abandoná-la para sempre!
Contradição do Discurso antigo sobre TV


   O povo alienado pela tv é o mesmo que escolhe seus
governantes, luta por seus direitos, participa de mudanças
            construtivas em suas localidades.
Contradição do Discurso antigo sobre TV




Mantido por 30 anos, esse discurso
foi a bandeira de profissionais que
    produziram documentários e
 ficções para a televisão. Porém, a
   mesma tv que aliena também é
    usada por eles para divulgar,
       difundir e noticiar suas
            realizações.
Sociedade de Massa
 Revolução Industrial do Séc. XIX

 Crescimento da classe operária

 Crescimento da população urbana

 Surgimento tardio da sociedade de consumo.


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 A valorização do indivíduo em nome dos valores da filosofia
 liberal e da modernidade.

 Valorização dos grandes números em nome da luta política
 em favor da igualdade.
A economia garantiu a sociedade de consumo

Indivíduo e massa

Se instaura o laço social através do consumismo



A crise do laço social resulta da dificuldade para
          encontrar um novo equilíbrio

É nesse contexto de ausência de espaço intermediário
sociocultural entre o nível de experiência individual e a
experiência em escala coletiva, que se situa o interesse
pela televisão.
Televisão e Laços Sociais

A televisão é atualmente um dos principais laços sociais da
sociedade individual de massa.

É a única atividade compartilhada por todas as classes
sociais


 Por conta desse papel de laço social, existe a
crítica sobre a TV segmentada como o futuro da
                    televisão.

Evolução da tecnologia como um progresso

TV segmentada em relação a generalista.
Televisão Generalista

Hoje a televisão generalista é a mídia mais adaptada à
heterogeneidade social da sociedade individualista de
massa

O papel da TV generalista é oferecer um vasto leque de
programas, para satisfazer o maior numero possível de
pessoas e deixar lugar para o público inesperado.

A homogeneidade da mensagem não impede a
heterogeneidade da recepção.

Contudo, a TV genérica não poderá atingir completamente
o seu objetivo.
Televisão Pública
A televisão pública é menos dependente da tirania da
audiência e pode oferecer uma programação mais aberta

                 Televisão Temática
A televisão temática, ao contrario, leva em conta a
complexidade social


               Televisão Fragmentada
A televisão fragmentada (local ou comunitária) alia a
dimensão individualizante com uma base de televisão de
massa.
O ponto de oscilação entre as diferentes
concepções de televisão e as teorias da sociedade,
        se refere à condição do público.


Duas teorias se opõem:

   O público é a melhor das teorias.

   Separa a realidade dos públicos da questão teórica, do
   grande público.
O Grande Público


A noção de “o grande público” tem duas origens


    Sempre vai ser identificado à sociedade de massa.
    ( Nível de vida alto; Opinião pública)

    Está vinculada à sociedade de massa do espetáculo



É um público de difícil definição, muito instável,
numeroso e de frágil identificação
Audiência


Sabendo-se “quem” assiste “o que”, é possível fazer uma
programação mais adaptada. Sem esquecer nunca que o
grande público é indefinível.

O espectador tem necessidade de surpresa e de
improvisação.

O grande público e a opinião pública são, ao mesmo tempo,
conceitos e ficções necessárias, situados na democracia
de massa.
A idéia de grande público, banal e conquistada, torna-se na
realidade um grande desafio. (Consumidores).

O papel da televisão é contribuir para um equilíbrio,
evitando ser geral demais ou individual demais.
Cultura e televisão


A televisão de massa é considerada como um fator de
“embrutecimento”, para não dizer alienação, quando
comparada com as mídias individualizadas.

As relações entre TV e cultura nunca foram boas, mas hoje
estão piores do que nunca.

A questão,com essa mídia tão particular que é a televisão,é
sabera que tipo de cultura ela está mais bem adaptada.
É preciso reconhecer que, para certas formas de cultura, a
televisão não é o melhor instrumento de comunicação.
Cultura de Elite


No passado posição dominante, atualmente perdeu o
prestígio.

Não precisa muito da TV para existir. Ex: Livro, teatro,
música, pintura, artes plásticas são atividades culturais
que existem por si só. “Não ficam bem na telinha”.

Pode até existir uma TV cultural, mas com público
numeroso para fazer viver esse canal.
Tipos de cultura


Cultura Média

 Traduz todos movimentos de emancipação politica,
 econômica, social a mais de meio século.

 Força essencial do laço social (música, cinema,
 publicidade, mídias, viagens, TV, moda, estilos de vida e
 consumo.
Cultura popular


Sobrevive ainda. Se desaparesse o triângulo da
modernidade a própria modernidade ficaria desequilibrada.



                   Cultura particular

Antes incluídas na cultura popular. Distinguem-se em nome
do direito à diferença, mulheres, regiões, minorias, sem o
monopólio da legitimidade.

TV não mata cultura: contribui para reduzir desigualdades
culturais.
As cinco relações entre cultura e televisão



Cultura de Elite:


  Não precisa da TV

  É errado pensar no conceito de TV cultural, centrada na
  cultura de elite, acadêmica.

   A cultura quando não comunicada de forma fácil de ser
  recebida, está sujeita a rejeições.
Cultura de grande público



Seu maior aliado é a TV, tanto para criação quanto para
difusão.

Fator de identidade cultural nacional: filmes, documentários,
jogos, variedades - fabricação de identidade cultural
nacional

Pode até existir uma TV cultural, mas com público numeroso
para fazer viver esse canal.
Cultura Popular

Operária, camponesa, comerciante.


                 Cultura Particular

Refere-se a minorias culturais, sexuais, religiosas.

Desejo de manter a tradição no contexto moderno, de
movimentos regionalistas, ecológicos, etc.

Precisam manifestarem-se no espaço midiático.
Da Comunicação à Incomunicação

TV - Criadora e divulgadora da cultura de grande público.

TV - Lugar de exposição e sensibilização pela cultura
patrimonial.

Canal temático cultural: sempre há uma
incompatibilidade, uma incomunicação entre TV e
cultura. A TV nem sempre está adaptada à cultura.

Quanto mais o mercado da comunicação se
internacionalizam, mais as TVs nacionais cumprem um
papal fundamental.

Política, cultura, educação, saúde, trabalho não se
esgotam na comunicação e não se resumem nela.
Mídia temática



Uma mídia que trata de
assuntos específicos para um
“público restrito”.

A mídia temática induz ao
individualismo e a falta de
comunicação
TV como Mídia Temática


A televisão proporciona bate-papos e troca de informações
mesmo que poucas pessoas tenha assistido ao mesmo
assunto.

“O grande público não existe mais e, por outro lado, as
múltiplas comunidades estão à procura de comunicações
adaptadas as suas escalas e seus valores”.

Através dessa mídia, os temas abordados aproximam
comunidades e ocorrem trocas de informações.
TV como Mídia Temática


O grande público está unido por vários assuntos. A mídia
não está preocupada pra quem está transmitindo as
informações.

O público temático está unido por identidade de assuntos.
Com as mídias temáticas o público pode se transformar em
um programador, escolhendo os assuntos que lhe chamam
atenção.




                                        !
Cultura na TV



Quando se tem público para discutir e mídia para divulgar a
cultura pode se tornar assunto na TV.

Muitos programas que têm como tema a cultura, estão no
ar por terem públicos e patrocinadores. Como o Canal
Futura.
A mídia temática reduz a incomunicação, mas consegue
suprir as diferenças na sociedade. Os assuntos são mais
aprofundados.

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PensarComunicaçãoTV

  • 1. Pensar a comunicação Elogio do grande público Dominique Danilo Egle Kamila Simões Vera Daian Leandro Lacerda
  • 2. A televisão de hoje segue uma lógica econômica.
  • 3. Existe uma fragilidade de conhecimentos em comunicação As pesquisas sobre tv sempre foram desprezadas.
  • 4. A tentativa de encontrar as principais características da televisão por meio de uma reflexão é válida.
  • 5. Resistência na análise da televisão Existe um desejo de não saber na tv que e igual a importância que ela tem em nosso cotidiano; Desde 1950, profissionais, políticos e intelectuais formaram o conceito de tv que durou 30 anos. Karl Marx
  • 6. Resistência na análise da televisão A televisão causa uma preguiça intelectual, isso impede que ela seja refletida A televisão é um objeto de consumo individual que traduz uma atividade coletiva
  • 7. Resistência na análise da televisão Os indivíduos avaliam a tv segundo seus momentos de vida. Ela serve como companhia, lembrança... É uma fonte de evasão.
  • 8. A pesquisa empírica sobre televisão nos EUA se desenvolveu nos segmentos comercial, universitário e acadêmico. Na Europa, esse tipo de pesquisa não ganhou notoriedade. Os avanços do marketing, da propaganda e do crescimento industrial faziam parte dos estudos e contribuíram para a evolução da televisão. Na Grã-Bretanha o mercado já possuía no segmento privado um desenvolvimento sobre televisão e saiu na frente, mesmo sofrendo críticas no continente europeu.
  • 9. Escola de Frankfurt x Televisão Televisão privada como de “direita” e a pública como de “esquerda”. Instrumentalização dos meios de comunicação, com bases econômicas e de capitalista. Televisão como aparelho ideológico de dominação.
  • 10. Escola de Frankfurt x Televisão A lógica da própria televisão foi descartada, considerou-se a idéia da divisão de classes. Optar pela televisão tornou-se uma “escolha ideológica”.
  • 11. Reconhecimento A partir de de 1970 as mídias deixaram de sofrer a pressão ideológica e começaram de fato a serem consideradas como um fenômeno. Essa fase iniciou uma série de pesquisas, baseadas na sociologia industrial.
  • 12. Reconhecimento A partir de 1990 a televisão começou a ter status por ocasião da explosão das tv’s privadas que passaram a competir e dividir o grande público.
  • 13. Discurso antigo sobre TV O espectador é passivo. Perde seu senso crítico e é influenciado. Favorece a implantação de modelos culturais dominantes. Favorece a cultura de massa que nivela todos por baixo. O esporte na tv existe apenas como entretenimento e objetiva ganhar dinheiro. Devemos abandoná-la para sempre!
  • 14. Contradição do Discurso antigo sobre TV O povo alienado pela tv é o mesmo que escolhe seus governantes, luta por seus direitos, participa de mudanças construtivas em suas localidades.
  • 15. Contradição do Discurso antigo sobre TV Mantido por 30 anos, esse discurso foi a bandeira de profissionais que produziram documentários e ficções para a televisão. Porém, a mesma tv que aliena também é usada por eles para divulgar, difundir e noticiar suas realizações.
  • 16. Sociedade de Massa Revolução Industrial do Séc. XIX Crescimento da classe operária Crescimento da população urbana Surgimento tardio da sociedade de consumo. Sociedade individualista de Massa como resultado A valorização do indivíduo em nome dos valores da filosofia liberal e da modernidade. Valorização dos grandes números em nome da luta política em favor da igualdade.
  • 17. A economia garantiu a sociedade de consumo Indivíduo e massa Se instaura o laço social através do consumismo A crise do laço social resulta da dificuldade para encontrar um novo equilíbrio É nesse contexto de ausência de espaço intermediário sociocultural entre o nível de experiência individual e a experiência em escala coletiva, que se situa o interesse pela televisão.
  • 18. Televisão e Laços Sociais A televisão é atualmente um dos principais laços sociais da sociedade individual de massa. É a única atividade compartilhada por todas as classes sociais Por conta desse papel de laço social, existe a crítica sobre a TV segmentada como o futuro da televisão. Evolução da tecnologia como um progresso TV segmentada em relação a generalista.
  • 19. Televisão Generalista Hoje a televisão generalista é a mídia mais adaptada à heterogeneidade social da sociedade individualista de massa O papel da TV generalista é oferecer um vasto leque de programas, para satisfazer o maior numero possível de pessoas e deixar lugar para o público inesperado. A homogeneidade da mensagem não impede a heterogeneidade da recepção. Contudo, a TV genérica não poderá atingir completamente o seu objetivo.
  • 20. Televisão Pública A televisão pública é menos dependente da tirania da audiência e pode oferecer uma programação mais aberta Televisão Temática A televisão temática, ao contrario, leva em conta a complexidade social Televisão Fragmentada A televisão fragmentada (local ou comunitária) alia a dimensão individualizante com uma base de televisão de massa.
  • 21. O ponto de oscilação entre as diferentes concepções de televisão e as teorias da sociedade, se refere à condição do público. Duas teorias se opõem: O público é a melhor das teorias. Separa a realidade dos públicos da questão teórica, do grande público.
  • 22. O Grande Público A noção de “o grande público” tem duas origens Sempre vai ser identificado à sociedade de massa. ( Nível de vida alto; Opinião pública) Está vinculada à sociedade de massa do espetáculo É um público de difícil definição, muito instável, numeroso e de frágil identificação
  • 23. Audiência Sabendo-se “quem” assiste “o que”, é possível fazer uma programação mais adaptada. Sem esquecer nunca que o grande público é indefinível. O espectador tem necessidade de surpresa e de improvisação. O grande público e a opinião pública são, ao mesmo tempo, conceitos e ficções necessárias, situados na democracia de massa.
  • 24. A idéia de grande público, banal e conquistada, torna-se na realidade um grande desafio. (Consumidores). O papel da televisão é contribuir para um equilíbrio, evitando ser geral demais ou individual demais.
  • 25. Cultura e televisão A televisão de massa é considerada como um fator de “embrutecimento”, para não dizer alienação, quando comparada com as mídias individualizadas. As relações entre TV e cultura nunca foram boas, mas hoje estão piores do que nunca. A questão,com essa mídia tão particular que é a televisão,é sabera que tipo de cultura ela está mais bem adaptada. É preciso reconhecer que, para certas formas de cultura, a televisão não é o melhor instrumento de comunicação.
  • 26. Cultura de Elite No passado posição dominante, atualmente perdeu o prestígio. Não precisa muito da TV para existir. Ex: Livro, teatro, música, pintura, artes plásticas são atividades culturais que existem por si só. “Não ficam bem na telinha”. Pode até existir uma TV cultural, mas com público numeroso para fazer viver esse canal.
  • 27. Tipos de cultura Cultura Média Traduz todos movimentos de emancipação politica, econômica, social a mais de meio século. Força essencial do laço social (música, cinema, publicidade, mídias, viagens, TV, moda, estilos de vida e consumo.
  • 28. Cultura popular Sobrevive ainda. Se desaparesse o triângulo da modernidade a própria modernidade ficaria desequilibrada. Cultura particular Antes incluídas na cultura popular. Distinguem-se em nome do direito à diferença, mulheres, regiões, minorias, sem o monopólio da legitimidade. TV não mata cultura: contribui para reduzir desigualdades culturais.
  • 29. As cinco relações entre cultura e televisão Cultura de Elite: Não precisa da TV É errado pensar no conceito de TV cultural, centrada na cultura de elite, acadêmica. A cultura quando não comunicada de forma fácil de ser recebida, está sujeita a rejeições.
  • 30. Cultura de grande público Seu maior aliado é a TV, tanto para criação quanto para difusão. Fator de identidade cultural nacional: filmes, documentários, jogos, variedades - fabricação de identidade cultural nacional Pode até existir uma TV cultural, mas com público numeroso para fazer viver esse canal.
  • 31. Cultura Popular Operária, camponesa, comerciante. Cultura Particular Refere-se a minorias culturais, sexuais, religiosas. Desejo de manter a tradição no contexto moderno, de movimentos regionalistas, ecológicos, etc. Precisam manifestarem-se no espaço midiático.
  • 32. Da Comunicação à Incomunicação TV - Criadora e divulgadora da cultura de grande público. TV - Lugar de exposição e sensibilização pela cultura patrimonial. Canal temático cultural: sempre há uma incompatibilidade, uma incomunicação entre TV e cultura. A TV nem sempre está adaptada à cultura. Quanto mais o mercado da comunicação se internacionalizam, mais as TVs nacionais cumprem um papal fundamental. Política, cultura, educação, saúde, trabalho não se esgotam na comunicação e não se resumem nela.
  • 33. Mídia temática Uma mídia que trata de assuntos específicos para um “público restrito”. A mídia temática induz ao individualismo e a falta de comunicação
  • 34. TV como Mídia Temática A televisão proporciona bate-papos e troca de informações mesmo que poucas pessoas tenha assistido ao mesmo assunto. “O grande público não existe mais e, por outro lado, as múltiplas comunidades estão à procura de comunicações adaptadas as suas escalas e seus valores”. Através dessa mídia, os temas abordados aproximam comunidades e ocorrem trocas de informações.
  • 35. TV como Mídia Temática O grande público está unido por vários assuntos. A mídia não está preocupada pra quem está transmitindo as informações. O público temático está unido por identidade de assuntos.
  • 36. Com as mídias temáticas o público pode se transformar em um programador, escolhendo os assuntos que lhe chamam atenção. !
  • 37. Cultura na TV Quando se tem público para discutir e mídia para divulgar a cultura pode se tornar assunto na TV. Muitos programas que têm como tema a cultura, estão no ar por terem públicos e patrocinadores. Como o Canal Futura.
  • 38. A mídia temática reduz a incomunicação, mas consegue suprir as diferenças na sociedade. Os assuntos são mais aprofundados.