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“Vale Tudo” nas Redes Sociais?
                     Ética, Mediação e Cidadania no Ciberespaço



Cláudio Cardoso de Paiva              UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA



   1. Introdução



       Após mais de meio século de atuação, no contexto da cultura audiovisual, as
telenovelas se tornaram um fenômeno importante no imaginário coletivo e no mercado
internacional, atraindo a atenção da academia. A prova disso é que grandes expressões
do pensamento social brasileiro tais como Muniz Sodré (1991), Marcondes Filho
(1986), Janine Ribeiro (2005), entre outros, fizeram valiosas contribuições sobre o tema.
       A partir dos anos 80, surgiram estudos sinalizando um reconhecimento da
perspectiva teórica da recepção, como Leitura social da novela das oito (LEAL, 1985).
       De fato, verificamos uma curva no trajeto epistemológico da comunicação com
o estudo das mediações, a partir da contribuição de Martin-Barbéro, com o livro Dos
Meios às Mediações (1987). Este tipo de análise, orientado pelos “estudos culturais”, se
amplia com as investigações de Canclini (1998) e Orozco (2002), que impulsionaram os
intelectuais latino-americanos a reconsiderar a importância do consumo da
teledramaturgia por vários estratos da audiência brasileira.
       Nessa esteira, encontramos trabalhos instigantes como O potencial dialógico da
televisão (MATTUCK, 1997), O fascínio de Sherazade (ANDRADE, 2003) e o estudo
de fôlego Vivendo a telenovela (LOPES; BORELLI; RESENDE, 2000): um esforço de
monitorar o modo como as diversas classes sociais assistem às telenovelas, e como a
“realidade imaginada” no universo da ficcão na TV se mescla à própria realidade de
milhões de pessoas, que interagem ativamente com os personagens e situações.
       O grande público se habituou a tirar proveito dessas narrativas, fazendo usos e
apropriações das mensagens. E com efeito, a telenovela, como uma modalidade de
“obra aberta”, sempre teve o seu roteiro modificado a partir da recepção, aceitação,
recusas e pactos de leitura por parte da audiência.
       Procuramos examinar as interrelações entre a teledramaturgia e as e mediações
realizadas pelos receptores por meio das redes sociais. Ou seja, observamos um produto
já consagrado no contexto da cultura popular de massa, que, migra da televisão aberta
para outros suportes midiáticos, como a TV paga1, o DVD, a internet.
       Mirando a telenovela Vale Tudo, que discute basicamente “se vale a pena ser
honesto num país de corruptos”, e verificando que esta foi ao ar em 1988 (antes dos
caras pintadas e do impeachment do Presidente Collor) e que retorna ao espaço
audiovisual no ano de 2010 (no fim da gestão do Presidente Lula, após a denúncia dos
“mensalões”), encontramos insights valiosos para repensar o tema da corrupção e as
interfaces da ética, mídia, política e sociedade.
       Exploramos os contratos simbólicos efetivados entre a imaginação criativa dos
espectadores-internautas e os conteúdos midiáticos, buscando perceber como as
narrativas televisuais geram modos críticos e competentes de leitura e conversação,
migrando para os blogs e sites, como o YouTube, Facebook, Twitter, Orkut.
       Contemplamos os estilhaços da telenovela Vale Tudo no ciberespaço, onde se
incluem diversas interpretações dos seus conteúdos temáticos. Neste ambiente de
pluralidade e complexidade, encontramos a oportunidade para extrair sentido desta
experiência cultural tão controversa como a telenovela Vale Tudo.
       O roeteiro focaliza as mazelas nacionais, a corrupção, a violência, a injustiça
social, a falta de educação, de ética e solidariedade. Migrando da indústria cultural para
uma instância pós-massiva e segmentada, a ficção seriada nos dá a chance de perceber
as simulações que faz do real, a partir das novas sociotecnologias do olhar.


                        Na primeira semana, a reprise levou o Canal Viva à liderança do Ibope da TV
                        paga. No horário alternativo, ao meio-dia, só perde para os infantis. (...)
                        Tanto sucesso surpreendeu até Letícia Muhana, diretora do Viva. "Tínhamos
                        pesquisas apontando que o público queria programas da década de 80 para
                        trás. Escolhemos 'Vale Tudo' porque foi marcante, mas nos espantamos com
                        esse tsunami." (...) Essa é a segunda vez que "Vale Tudo" é reprisada. A
                        primeira foi em 92, no "Vale a Pena Ver de Novo". Mas dois fatores tornam a
                        reapresentação atual mais badalada: "Quatro anos foi um tempo curto, havia
                        uma ressaca da novela, que foi avassaladora. E hoje há as redes sociais da
                        internet, fundamentais para esse sucesso." (MATTOS, Folha.com,
                        31.10.2010)

       Para demonstrar a importância desta obra na imaginação popular e explicitar
como a sua narrativa extrapolou o âmbito da esfera estritamente midiática, irradiando-se
nos interstícios socioculturais, na espessura da organicidade cotidiana, mapeamos
algumas informações pertinentes. Assim, apresentamos um percurso que evidencia as


1 A reapresentação (de Vale Tudo) vai ao ar no Viva, canal pago da Globosat que faz sucesso
com programas antigos da TV Globo. In: Folha.com, 31.10, 2010
intersecções entre o plano da ficcionalidade (e midiatização social) e o plano da
recepção e das mediações sociais colaborativas.

                       O Brasil inteiro parou em 1989 para saber quem matou Odete Roitman (em
                       pleno sábado de Natal). (...) Houve até um concurso, patrocinado por uma
                       indústria alimentícia para premiar quem acertasse o nome do assassino. (...)
                       Apesar de vilã, a personagem conquistou grande popularidade. Beatriz Segall
                       conta que depois que personagem foi assassinada na trama, uma agência de
                       publicidade criou uma campanha para uma companhia de seguros, na qual,
                       sob uma foto da atriz, lia-se a frase: “Nunca se sabe o dia de amanhã. Faça
                       seguro.” (...) Vale Tudo foi exibida em mais de 30 países, entre os quais
                       Alemanha, Angola, Belgica, Canadá, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Itália,
                       Peru, Polônia, Turquia e Venezuela. (...) Em Cuba a novela fez tanto sucesso
                       que “Paladar”, o nome dos estabelecimentos gerenciados por Raquel, passou
                       a designar os pequenos restaurantes privados que acabavam de ser
                       inaugurados no país, depois da abertura econômica dos anos 1990 (In:
                       Dicionário da TV Globo, 2003).

       O desafio que se coloca é acompanhar a transfiguração de um produto midiático,
exemplo de uma experiência linearmente “comunicativa”, forjada em moldes industriais
e tipicamente massivos, que passa a se constituir numa “experiência comunicacional”,
como distingue Muniz Sodré (2002). Ou seja, extrapola a sua contigência de produto da
cultura de massa e se transfigura num produto da “cultura midiática” (Santaella, 2003).
       Isto se tornou possível após a expansão dos objetos técnicos, como
videocassetes, gravadores, controle remoto, que autorizam um novo modo de uso (de
recepção, assimilação e mediação) por parte dos telespectadores, consumidores,
pesquisadores.
       Logo, os fenômenos e ambientes midiáticos e comunicacionais se tornam mais
evidentes, proporcionando estudos mais sistemáticos a partir de uma empiricidade
surgida através da comunicação interativa, gerada pelas redes sociais. Após a internet e
a comunicação digital, precisaremos reformular tudo aquilo que conhecíamos em
termos de teoria (e estética) da recepção, mediações socioculturais, “contratos de
leitura” e “interacionismo simbólico”. Com a inserção social dos computadores e outros
dispositivos de mídias locativas (celulares, palmtops, laptops), verificamos uma
pragmática da comunicação em que os papéis dos autores, leitores e telespectadores se
intercambiam, solicitando reajustes conceituais e metodológicos.


   2. As leituras e interações tecnossociais como figuração do Método

       Buscamos sustentar uma argumentação procurando refletir sobre a seguinte
questão: podem as mídias interativas promover elementos argumentativos e
comunicacionais contribuindo para a elevação do debate sobre a ética, a percepção
estética e a inteligência coletiva, no contexto da vida cotidiana?
       Após uma longa busca, capturamos vários suportes informacionais, dentre os
quais site “M de Mulher”, da Editora Abril. E notamos que este traduz antes uma
“celebração dos prazeres da audiência” (RONSINI, 2008, 20), do que uma crítica da
manipulação e programação da percepção estética e da cognição pela retórica da
ficcionalidade. E essa é a estratégia do trabalho agrupar, contrapor, criar espaços
dialógicos, acolhendo perspectivas distintas. O site prima na disponibilização de fotos
dos personagens e não disfarça a sua apologia à espetacularização midiática por meio de
uma retórica esvaziada de sentido e floreada com frases de efeito, expressas no título, e
subtítulo da matéria, num texto curto, que serve como legenda da grande foto da
personagem Odete Roitman:

                        “Vale Tudo: a novela que mostrou a cara do Brasil (...) é sucesso absoluto
                        mesmo quando é reprisada. A trama de Gilberto Braga apresentou
                        personagens que são lembrados até hoje. (...) Uma senhora vilã. Rica e
                        esnobe, Odete Roitman desprezava os pobres e dizia ter vergonha do próprio
                        país. Era a vilã que todos amavam odiar. O mistério envolvendo o seu
                        assassinato parou o Brasil”. (site “M de Mulher”, Novelas e Famosos,
                        29.10.2010).

       Não se pode observar um dispositivo de mídia digital como este, sem considerar
o seu caráter de provisoriedade, que de certa forma traduz o estado da arte da
comunicação numérica contemporânea, sem reconhecer o nível de gratificação que
oferece aos seus usuários. Na perspectiva de uma teoria da recepção, este produto deve
ser compreendido num contexto sociocultural em que as iconicidades e figurações das
celebridades satisfazem às idolatrias pós-modernas, como aponta Maffesoli (2008), e
também Barthes (1982) e Baudrillard (1997), estudando as mitologias de sua época. De
maneira semelhante, Certeau celebra “as invenções do cotidiano” (1996).
       O volume de acessos, postagens e recomendações registrados no website atestam
o gosto dos leitores-fãs-assinantes, que se dedicam a contemplar, colecionar e
compartilhar as imagens eleitas dos “olimpianos”, como escreve Morin (1989). Caberia
respeitarmos as escolhas das “comunidades de afeto” reunidas em torno dos ícones e
mitos, banalidades, frivolidades e efemeridades da sociedade digital.
       De maneira similar podemos apreciar no site da UOL, a introdução do Quiz:
Quem é você na novela “Vale Tudo”? Ali os internautas são convocados a encarnar a
pele dos personagens da trama. E os inúmeros acessos, identificações, “tuitagens” e
incorporações surpreendem apenas aqueles não-leitores de Bauman, o filósofo da
“modernidade líquida” (2001; 2005), que explica o estado atual dos fenômenos éticos e
psicossociais, identidades nômades, relações efêmeras, numa era de extrema aceleração
e velocidade, que não permite enraizamentos e identificações duradouras.
        E, num outro registro encontramos mediações críticas, porque nem todos os
gatos são pardos nas intersubjetividades e interações do ciberespaço. Vejamos, nessa
linha, a argumentação crítica do jornalista Maurício Stycer acerca do conteúdo temático:

                        De volta à telinha, pelas mãos do canal Viva, da Globosat, “Vale
                        Tudo” está obtendo bons índices de audiência na TV paga, o que não
                        significa muita coisa, causando frisson nas redes sociais, em especial o
                        Twitter, e animando conversas na madrugada –a novela é exibida à
                        0h45 e reapresentada às 12h. (STYCER, site UOL - Televisão, 2010).

        O comentário acima possui relevância em nossa análise, não apenas pela
informação acerca do retorno triunfal da telenovela após 22 anos, desta vez na era da
TV Digital, mas por outros motivos: a sua reportagem (de teor crítico) se instala num
ambiente    hipertextual,   abrindo    a   possibilidade    para    os   leitores-internautas-
telespectadores fazerem suas próprias mediações, intervindo com novos comentários,
através das ferramentas de convergência, como o e-mail, Orkut, Facebook, Twitter.
        Os“sistemas de resposta”, conforme escreve Braga (2006), por sua vez, serão
capturados, comentados, refutados, respaldados; depois porque a interação mútua do
site   permite   aos   leitores-usuários-telespectadores     agenciarem     mecanismos       de
interpretação daquilo que está no centro do conteúdo temático da narrativa de Vale
Tudo, ou seja, o problema da ética. Este expediente nos é facultado a partir do
depoimento do dramaturgo Gilberto Braga, senão vejamos:

                        Vale Tudo nasceu da (...) distorção – presente em praticamente todo o
                        país – dos que acham que quem não é corrupto é babaca. Foi a única
                        novela em que, antes de ter a história, eu já tinha a temática. Eu
                        queria fazer uma novela sobre o seguinte assunto: “Vale a pena ser
                        honesto num país onde todo mundo é desonesto?” Foi uma novela
                        muito didática. (In: STYCER, ibidem)

        O próprio colunista lança o mote para uma primeira reflexão dialógica acerca
do ethos subjacente à organização discursivo-imagética da trama:

                        O depoimento ajuda a entender o que não gostei ao rever o capítulo 29
                        de “Vale Tudo”. É uma novela destinada a vender uma “mensagem”
                        de cunho moral, escrita didaticamente. Gilberto Braga acreditava que,
                        na exposição exagerada da maldade dos personagens, estaria dando
uma lição ao público. Isso inclui até a famosa “banana” que o vilão
                          Marco Aurélio dá no final da novela, ao escapar impune. Vista hoje,
                          “Vale Tudo” me pareceu engraçada e divertida, mas boba. É
                          politicamente incorreta, mas esta qualidade fica em segundo plano
                          diante dos exageros cometidos e ditos para chamar a atenção do
                          público. (STYCER, ibidem)

       Ao nível das mediações tecnossociais realizadas em rede, a experiência
amadurece    a   partir    da   polifonia    dos   comentários     dos    leitores-internautas,
disponibilizados nas 34 postagens do twitter e das 51 recomendações no Orkut. Um
exame detido destes expedientes interativos nos traria elementos instigantes para
entendermos esta modalidade de comunicação colaborativa. Mas aqui não há lugar nem
tempo para isso. O que importa mesmo é perceber como as hibridações e convergências
geradas pelo hipertexto modificam o estilo de leitura, recepção e interação por parte dos
telespectadores, e como as interpretações do problema da ética e da moralidade
atravessam o corpo da narrativa ficcional.

   3. Os blogs, as interações e subversões de Vale Tudo

       Das Actas Diurnas de Júlio César, na Roma antiga, passando pelos tipos móveis
de Gutemberg, chegando aos blogs da internet, uma revolução inteira aconteceu, no que
respeita ao modo de produção, circulação e consumo das informações.
       Após uma busca na Web, desejando apreender a interface que reúne as notícias
sobre Vale Tudo no contexto das mídias interativas, encontramos o blog de Danilo
Thomaz, “Crônicas da Vida Financeira”. Uma modalidade de comunicação interativa
que prima pela inteligência e criatividade conectadas, com rigor na análise, resgate
histórico e tratamento da informação. Este especialista em Jornalismo Econômico,
compartilha com os seus leitores-colaboradores uma interpretação da novela Vale Tudo,
selecionando os temas relativos ao contexto econômico-financeiro do período em que a
teledramaturgia foi realizada. Pelas palavras do autor, podemos reconhecer:

                          “um país arrasado, em que os personagens vivem assombrados pelo
                          desemprego, desestabilizados pela inflação e açoitados pela descrença
                          de um futuro no país que levou 20 anos para sair de uma ditadura e
                          acordou numa profunda crise econômica”. Os ricos – esnobes,
                          corruptos e alineados – passam o dia à beira da piscina – sustentados
                          pelos rendimentos da inflação – e as noites em festas. Os que
                          trabalhavam, viviam entre negociatas, críticas mordazes ao Brasil. Os
                          pobres são tensos, têm medo de perder o emprego e passar por sérias
                          dificuldades. O preço do pão, da carne, do leite é o assunto deles à
                          mesa, que agradecem a Deus por ainda ter o que comer. Um dos
                          poucos personagens com formação superior – paga com toda
dificuldade do mundo pelo seu pai –, Ivan deixou o emprego em São
                       Paulo para trabalhar numa empresa carioca que lhe pagaria mais. Ao
                       chegar para o seu primeiro dia de trabalho, descobre que 90% dos
                       funcionários foram demitidos. Ele inclusive. A partir daí, Ivan luta
                       para conseguir um emprego que pague suas contas e a pensão para seu
                       filho, já que sua ex-mulher, Leila (Cássia Kiss), nega-se a trabalhar
                       como vendedora de loja. Como quase ninguém consumia naquele país
                       de economia fechada e hiperinflação, ela não achava um bom negócio
                       passar o dia em pé. Ivan, porém, tem que se defrontar com um grande
                       obstáculo em sua tentativa de voltar ao mercado de trabalho: a sua
                       formação. Ao omitir que fez faculdade, consegue vaga como
                       assistente de telégrafo na TCA, a empresa de aviação de Odete
                       Roitman. A música de abertura era Brasil, de Cazuza, que ilustra o
                       país arrasado pela hiperinflação, estagnação econômica, abismo
                       social, desordem, obsolescência política e desamparo é o clássico de
                       Gonzaguinha, “É”. (In: Blog - Crônicas da Vida Financeira,
                       18.10.2010).

       O nível de interacionalidade do Blog de Thomaz é alto, pois além de conter os
recursos interativos dos sites, como espaços para postagens dos comentários, assim
como visualização das postagens dos visitantes e os demais utilitários que permitem
várias formas de compartilhamento, agiliza o acesso ao Youtube com as imagens de
sons da cantora Simone, interpretando a canção protesto de Gonzaguinha.
       Barbéro e Rey, no opúsculo Exercícios do Ver (2001), elaboram uma reflexão
pertinente, ajudando a decifrar a experiência tecnocomunicacional, realizada pela
disponibilização dos sites de vídeos nos blogs. Os autores apontam para especificidade
da conjunção, em que a “oralidade” (das culturas pré-industriais) e a “tecnicidade” das
culturas (pós) modernas concorrem para a configuração de formações “culturais
híbridas”, redefinindo “novos” estilos de identificação e de interações, da parte dos
telespectadores-consumidores-cidadãos.

   4. O YouTube: convergência minimalista, tecnologia da interatividade

       A invenção e popularização do site de vídeo YouTube significa uma grande
transformação nos processos de criação, difusão e consumo dos audiovisuais.
Ocorreram mutações relevantes também no que se refere especificamente ao problema
que tratamos aqui, a migração dos conteúdos da TV analógica para a sua versão digital.
       A telenovela Vale Tudo segmentada nos labirintos da cultura digital, proporciona
modalidades inéditas de interação mediada por computador (PRIMO, 2007). Por essa
via, os telespectadores-internautas-pesquisadores poderão - por exemplo - ter acesso aos
conteúdos do fechadíssimo domínio do broadcasting.
       Os processos de transmigração e compartilhamento dos episódios de Vale Tudo,
pelos diversos procedimentos sociotécnicos propiciam modificações marcantes na
ambiência comunicacional. Isto se dá, primeiramente, através da sua transcodificação
das fitas de videocassete para a linguagem digitalizada, em seguida pela captura de seus
capítulos, em alta definição, durante a sua exibição no canal GNT, e posteriormente,
pela “redistribuição” realizada por hackers e especialistas em informática.
        A operação rompe as barreiras do sistema midiático tradicional engendrando
processos inéditos de interacionalidade, e modalidades originais de mediações, novos
processos intersubjetivos e interativos. O YouTube promoveu a democratização da
informação e da comunicação, assim como originou o nascimento de novos estilos de
“cidadania digital “e de “comunidades virtuais” (RHEINGOLD, 1996).
        Este tipo de site é guarnecido por utilitários operacionais, que realizam às
convergências midiáticas, ligando-se ao e-mail, twitter, Facebook. Usando os
instrumentos e a performatividade do YouTube podemos compartilhar as informações,
imagens, sons, textos, comentários, leituras e interpretações que repercurtem no campo
da economia, política, arte, educação, lazer e negócios.
        Esta experiência pode ter várias designações, como “cultura de convergência”
(JENKINS, 2008), “cultura de interface” (JOHNSON, 2001) ou “cultura da virtualidade
real”. O fundamental é reconhecer que se trata de uma experiência geradora de
empoderamento social (CASTELLS, 1999; 2009).
        A GloboSat está atenta para os “riscos” econômicos e políticos trazidos pelas
mídias (e mediações) colaborativas e pelas tecnologias de compartilhamento.

                           “Às pressas, dois departamentos se mobilizaram. O comercial criou cotas de
                           patrocínio para a novela, a pedido de anunciantes. E o jurídico se arma contra
                           a pirataria dos capítulos na internet”. (MATTOS, Folha.com. 31.10.2010).

        Novs procedimentos ético-infocomunicacionais se encontram em marcha e
demandam “estratégias financeiras”, jurídico-administrativas (da parte das empresas) e
também “ajustamentos” políticos (da parte da sociedade civil), pois atinge a esfera da
economia-política, dos direitos autorais, dos interesses mercadológicos.
        Tudo isso tem sido enfrentado por pesquisadores empenhados na defesa do
“software livre”, dos “creative commons”, da liberdade de expressão, do livre fluxo da
informação, do direito à comunicação (Cf. ANTOUN, 2011; SILVEIRA, 2011;
LEMOS, 2004; MORAES, 2010)2.

2 Caberia nessa perspectiva consultar os papers disponibilizados no website do ABCiber – Associação
Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura: <http://abciber.org/index1024.html>
Cumpre examinar como a infocomunicação tem gerado estilos de recepção,
mediação e interacionalidade, através das redes sociais que revigoram o espaço público,
estimulando o empoderamento e a cidadania digital.
        O YouTube é um potente vetor de desconstrução das estruturas cristalizadas, do
sistema midiático (o broadcasting) e – ao mesmo tempo – um motor de processos
comunicacionais      imprevistos,     inovadores,     interativos,   que    mobilizam      novas
iconicidades a serem compartilhadas na esfera pública digital.
        O site disponibiliza paródias, sátiras e carnavalizações, virando do avesso a
programaticidade do sistema midiático hegemônico3. Nessa perspectiva podem ser
ilustrativos os vídeos da novela Vale Tudo, fazendo a derrisão dos vilões e mocinhos.
        Os vídeos com as imagens da personagem de Heleninha Roitman, a personagem
alcoólatra encarnada por Renata Sorrah, compartilhados na internet, multiplicam a
potência comunicacional do YouTube, devido aos acessos, exibições e comentários
interativos, que chegam à casa dos milhares!
        As cenas da morte da arquivilã Odete Roitman atingem altos números de
visitação, como as paródias e sátiras a respeito da personagem. O mesmo ocorre com as
imagens de Marco Aurélio (Reginaldo Farias), na pele do empresário desonesto.
        Uma proliferação dos acessos e compartilhamentos dos vídeos ocorre a partir
das postagens com as cenas da vilã Maria de Fátima, que rouba a mãe, trai a amiga,
tirando-lhe o namorado, articula a separação da mãe e o seu parceiro, trai o marido com
seu amante charlatão, vende o próprio filho e se casa outra vez, por interesse,
performatizando um dos primeiros triângulos amorosos na história da teledramaturgia.
        Caberia aqui problematizarmos a dimensão dos afetos, os valores afirmativos e
regressivos, a percepção estética e cognitiva que se irradiam, sendo recepcionados e
mediados por milhares de fãs, telespectadores, internautas. A inteligência sensível faz
interação com a tecnologia inteligente. E, dependendo do uso que os sujeitos fizerem
desta ferramente, podem formar um juízo crítico, sem deixar de interagir
tecnoafetivamente com a dimensão poética e catártica da obra.
        No cruzamento da afetividade e a tecnicidade (no YouTube) surge aquilo que
Sodré chama de “ethos midiatizado” (2002). E uma utilização competente destas
conjunções sociotécnicas, sensório-afetivas, antropo-informacionais podem elevar a
otimização das comunidades virtuais dos usuários-telespectadores-cidadãos.


3 Convém buscar, neste sentido, o estudo de FELINTO (2007) sobre o YouTube como paródia.
5. O FaceBook, Empoderamento Coletivo e Estilhaços da Política

       O volume extraordinário de acessos no FaceBook                      e as postagens tem
repercutido em escala global; os jornais e os noticiários da televisão não cessam de
alardear sobre a força do seu impacto no campo da governamentalidade, principalmente
nas regiões mais tensas e conflitivas do planeta. Os casos da Venezuela, do Egito, do
Iraque, da China, de Cuba e mais recentemente da Argélia, em que a censura à imprensa
se faz de maneira mais acirrada nos servem de exemplo para ilustrar este fenômeno
recente das redes de informação que têm forjado também vigorosas redes de
solidariedade e comunicabilidade, alertando para as formas de mediação sociopolítica e
de empoderamento dos indivíduos conectados às mídias colaborativas. A história tem
mostrado que, em sintonia com outras redes, os agenciamentos sociotécnicos e as
inteligências conectadas têm desarmado aparelhos de Estado, que pareciam
tiranicamente intocáveis.
       No tocante à mediação e avaliação epistemológica destas experiências e
acontecimentos de ordem tecno-info-política, conviria consultar Morais (2006); Antoun
(2004); Bruno (2006), entre outros, na defesa de democratização do ciberespaço.
       A partir de uma perspectiva da microfísica da vida cotidiana, observamos que,
no espaço hipertextual das redes interativas, pulsam instrumentos tecno- sensoriais-
inteligíveis, em que interagem as potências do saber e poder, intuição e intelecto, razão
e sensibilidade, favorecendo o debate e a crítica da sociedade, da cultura, da ética e da
política. É por essa via que a comunidade virtual criada em torno da telenovela Vale
Tudo, instalada no site do FaceBook, na medida em que estocam opiniões, idéias,
diagnósticos e recusas de aspectos da experiência sensível, torna-se virtualmente um
arsenal vigoroso estimulando a percepção cognitiva, o ethos comunitário e a ação
comunicativa. A título de ilustração, indicamos – nas referências - o endereço do site,
cujas características de suas comunidades virtuais, possuuem configurações –
semânticas, actanciais e performativas - similar às comunidades do Twitter e do Orkut,
mas mantendo sintaxes e mediações específicos. No momento diríamos apenas que os
fragmentos,    detalhes,    resíduos       técnico-operacionais    do    site,   conectados   aos
instrumentos    tecno-sensoriais       e    neuro-cognitivos      do    FaceBook,     repercutem
favoravelmente no plano do consumo, das mediações e da interacionalidade social.
6. O Twitter: a ficcionalidade, a mediação e o ethos comunicacional

       Uma mirada sobre a rede social forjada pelo site de relacionamento Twitter,
significa contemplar uma paisagem cibercultural, em que os fluxos sócio-
informacionais são intensos e acelerados, por onde fervilham interativamente milhões
de pessoas. E a sua dimensão afirmativa esta na possibilidade de se agenciar um
protocolo de escolhas, decisões e ações tecnocomunicacionais, que pode ter
conseqüências ético-cognitivas e sociopolíticas admiravelmente surpreendentes.
       Um estudo mais detido e com mais profundidade pode nos levar aos meandros
das suas potencialidades e dinâmicas performativas, de maneira bem sucedida, nos
domínios da arte, educação, economia, informação e política. Não podemos perder de
vista que trata-se de uma ferramenta, em constante estado de atualização e sempre
solicitando novas competências operacionais, ou seja, como os outros equipamentos
sociotécnicos de midiatização, tem seus dias contados, aguardando apenas a nova
invenção informacional.
       Todavia, faz-se necessário destacar a sua natureza de conexão interativa
sensibilidade tecnológica, mediada por dispositivos de inteligência coletiva. No
momento, examinamos como os discursos, intervenções e ações cognitivas, das
comunidades do site, debatem a encenação dos afetos, valores e sociabilidades
projetados nas narrativas de ficção. Este é o caso de Vale Tudo no Twitter: os 140
caracteres que organizam o universo sociolingüístico dos internautas-telespectadores
lhes permitem reativar camadas de sentido surpreendentes, e suas repercussões são
ilimitadas. Do presencial ao virtual, do digital ao histórico-social-cotidiano, as
estratégias discursivas que performatizam as mediações de competência, passam pelo
crivo do poder do Estado, das Forças Armadas, da Família, da Religião, da Saúde, da
Política partidária, dos Negócios, da vida publica e da vida privada. Mas distintamente
das formas de sua midiatização através meios clássicos de comunicação, doravante, com
as mídias, temos novos parâmetros para discutir a inserção das interfaces sociopolíticas
e culturais, no contexto das redes de informação hegemônicas.
       Sem avançar demasiadamente num desdobramento da forma como se
apresentam as informações, discussões e discordâncias acerca da reprise de Vale Tudo, e
o seu séquito de personagens ex-cêntricos e malvados, no Twitter, aqui indicamos
alguns trechos das notícias publicadas num website, que pode dar uma idéia do retorno
desta telenovela como um grande acontecimento tecnomediático.
A trama (de Vale Tudo), que além da vilã vivida pela atriz Beatriz Segall tem
                          uma galeria grande de personagens inesquecíveis - como Heleninha (Renata
                          Sorrah), Maria de Fátima (Gloria Pires), Raquel (Regina Duarte) e Solange
                          (Lídia Brondi) - entra quase diariamente para os trending topics, a lista de
                          assuntos mais comentados do Twitter, quando está sendo exibida. (...)
                          "Alguém aqui está revendo a novela 'Vale Tudo'? Eu estou praticamente
                          escravizado", comenta um usuário do serviço de microblogging. "Isso sim
                          vale a pena ver de novo!", se empolga outra. (...) O detalhe é que o horário
                          escolhido para a reprise é de madrugada, às 0h45. A trama também passa
                          novamente ao meio-dia. (...) Diversos usuários afirmam que a novela tem
                          sido responsável pelo "sono tardio". "Minha insônia tem nome: 'Vale Tudo'.
                          Que novela sensacional", afirma um. "Bom dia para quem assistiu 'Vale
                          Tudo' até de madruga e não conseguiu acordar às 7h", ironiza outro. (...)
                          Consultado, o canal Viva diz que ainda não tem os números de audiência da
                          novela. Mesmo sem dados oficiais, muitos internautas têm certeza de que a
                          novela caiu mesmo --novamente-- nas graças do público. (...) Entre os
                          comentários sobre a novela, há principalmente elogios ao texto da trama, que
                          para eles continua atual. (...) "O discurso de Odete Roitman sobre o Brasil
                          continua atual. A reprise de 'Vale Tudo' é uma utilidade pública", afirma um
                          internauta. "Assistindo o canal Viva a gente consegue perceber como se
                          desaprendeu a fazer televisão", concorda outro. (...) Parte dos internautas se
                          diverte ainda relembrando o final dos anos 80, "tempo em que videocassete
                          era modernidade e só o filho da Odete Roitman tinha". (...) "Vou comprar a
                          trilha sonora de Vale Tudo em vinil só para criar um clima...", diverte-se um
                          rapaz no Twitter. Para outra usuária do site, "é muito engraçado ver os atores
                          todos novinhos". Enquanto isso, um terceiro se choca com uma cena em que
                          a mocinha e seu amigo se preparavam para fumar um baseado. "Estranho ver
                          isso, mas era 1988", afirma. (In: website D24am, 11.10.2010)

    7. Para concluir: as mídias sensíveis e as comunidades virtuais


        A conexão sensível e inteligente entre seres humanos e as tecnologias
interativas, as mediações, estratégias e ajustamentos, tudo isso nos chama a atenção no
Orkut, principalmente, nas ditas “comunidades virtuais”4. Aqui as contemplamos em
sua natureza líquida, nômade, transitória, como um fenômeno que aparece e desaparece
muito depressa, cedendo terrenos para novos agenciamentos sociotecnológicos.
        Lançamos “um olhar sobre a recepção através das bordas da circulação”, como
escreve Fausto Neto (2010), reconhecendo a sua vigorosa hipertextualidade, inteligência
conectiva e potência interacional, que agrega os saberes e fazeres dos indivíduos e
grupos sociais.
        Colocamos em perspectiva as comunidades virtuais forjadas a partir de uma obra
da teledramaturgia, que é controversa, atravessada por ambigüidades e complexidades,
pois radicalizam a sua representação (e simulação) da experiência humana.
        Contemplamos aqui a telenovela Vale Tudo, cujos personagens são projetados –


4 Destacamos nessa direção a pesquisa de Marina Magalhães sobre a Comunidade Virtual do Jornalismo
Cultural da Paraíba, no Orkut, atualmente em fase de conclusão, no PPGC/UFPB, mar./2011.
criticamente - a partir de uma caracterização ética e moral atravessada por todos os
pecados capitais. Talvez por isso mesmo cause tanto furor dentro e fora da tela
eletrônica. Esta deve ser a causa das centenas de acessos, postagens, comentários,
críticas, elogios, enfim, de tantas apropriações por parte dos usuários-telespectadores-
cidadãos. A narrativa de Vale Tudo nos apresenta a dança dos cisnes brancos e dos
“cisnes negros”, no contexto da (nossa) teledramaturgia, parecendo que saíram (não do
teatro, do cinema), mas diretamente dos cenários presenciais da vida cotidiana.
       Todavia, seria equivocado interpretar a ambiência comunicacional do Orkut
apenas como uma continuidade da vida organicamente vivida, pois assim não
poderíamos entender, por exemplo, os inúmeros perfis “fake”, a “potência do falso”, a
vigorosa liberação do desejo através de uma realidade imaginada. Perderíamos a
pujança dessa “Second Life”, liberada nos espaços e tempos das redes sociais. Assim
seria difícil captarmos a estranheza criativa dos perfis das pessoas mortas
(surpreendentemente ainda em atividade) na imaginação, simbolismo e discursividade
das redes sociais.
       A comunidade virtual da telenovela Vale Tudo é constituída por 5.119 membros,
foi criada por Flávio Michelazzo, em 31.10.2006, é monitorada (e atualizada) por cinco
moderadores, inscreve-se na categoria Artes e Entretenimento, é pública quanto à
regulação dos acessos, ou seja, a privacidade do conteúdo, é aberta para não-membros.
       Ao inspecionarmos a sua configuração, observamos na seção destinada ao
Fórum de Discussão a inscrição de centenas de Tópicos abrangendo os mais variados
assuntos, em sua maior parte derivados diretamente das temáticas da telenovela. Mas
dentre todos, destacaríamos um deles destinado aos comentários diários da obra,
computando um volume de 3.515 postagens, cujas interlocuções se multiplicam em
perguntas,   questionamentos,   críticas,   réplicas,   etc.,   formando   um   repertório
quantitativamente inumerável, cifras fantásticas, que nos desafiam a compreensão.
       Arriscaríamos uma argumentação de que os usuários articulam ali uma simples
função fática (ou de contato) da linguagem, reativando uma pulsão semiótica, tecno-
sensorial-comunicante, uma mediação com o mero objetivo de forjar um mínimo de
“táctil-sociabilidade”. Entretanto esta experiência comunicacional, que gira em torno de
um fenômeno mass mediático, caracterizado pela extravagância de uma simulação que –
por sua vez - expõe a desordem pública de sociedade norteada por valores morais em
pedaços, alerta-nos - sintomaticamente – para uma nova modalidade de processo sócio-
tecno-comunicacional.
A sua singularidade reside na sua natureza complexa, polifônica, hipertextual e
colaborativa , que estilhaça o paradigma de uma matriz industrial, organizativa do
desejo, da ideologia, do discurso, e funda um novo estilo de comunicabilidade
imprevisto, inusitado, ao mesmo tempo, sensível, racional, inteligente, na medida em
que acolhe as sombras, as sobras, os insights, a agonia, o êxtase e as iluminações da
comunicacionalidade tecnossocial em todas as sua potencialidades, diferenças,
disparidades éticas, estéticas, sensoriais e cognitivas.


                                             REFERÊNCIAS

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Dicionário da TV Globo. Programas de Dramaturgia & Entretenimento. Jorge Zahar, 2003.

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Vale Tudo: a novela que mostrou a cara do Brasil - Novelas e ...
http://mdemulher.abril.com.br/tv-novelas-famosos/fotos/acontece/vale-tudo-novela-
mostrou-cara-brasil-606257.shtml        Acesso: 15.02.2010
"Vale      Tudo"       22     anos       depois:      divertida, politicamente    incorreta
<http://televisao.uol.com.br/critica/2010/11/11/vale-tudo-22-anos-depois-divertida-mas-
boba.jhtm>

Vale Tudo. Reprise da novela "Vale Tudo" na TV paga vira fenômeno no twitter
http://www.d24am.com/plus/tv/reprise-da-novela-vale-tudo-na-tv-paga-vira-fenomeno-no-
twitter/9014

Vale Tudo - Memória Globo - Rede Globo                        Acesso: 15.02.2010
http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-224151,00.html

Quiz: Quem é você na novela "Vale Tudo"? - UOL Estilo    Acesso: 15.02.2010
http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultnot/2010/10/27/quiz-quem-e-voce-na-novela-
vale-tudo.jhtm

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Paper compós 2011 vale tudo 15.10.2011

  • 1. “Vale Tudo” nas Redes Sociais? Ética, Mediação e Cidadania no Ciberespaço Cláudio Cardoso de Paiva UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 1. Introdução Após mais de meio século de atuação, no contexto da cultura audiovisual, as telenovelas se tornaram um fenômeno importante no imaginário coletivo e no mercado internacional, atraindo a atenção da academia. A prova disso é que grandes expressões do pensamento social brasileiro tais como Muniz Sodré (1991), Marcondes Filho (1986), Janine Ribeiro (2005), entre outros, fizeram valiosas contribuições sobre o tema. A partir dos anos 80, surgiram estudos sinalizando um reconhecimento da perspectiva teórica da recepção, como Leitura social da novela das oito (LEAL, 1985). De fato, verificamos uma curva no trajeto epistemológico da comunicação com o estudo das mediações, a partir da contribuição de Martin-Barbéro, com o livro Dos Meios às Mediações (1987). Este tipo de análise, orientado pelos “estudos culturais”, se amplia com as investigações de Canclini (1998) e Orozco (2002), que impulsionaram os intelectuais latino-americanos a reconsiderar a importância do consumo da teledramaturgia por vários estratos da audiência brasileira. Nessa esteira, encontramos trabalhos instigantes como O potencial dialógico da televisão (MATTUCK, 1997), O fascínio de Sherazade (ANDRADE, 2003) e o estudo de fôlego Vivendo a telenovela (LOPES; BORELLI; RESENDE, 2000): um esforço de monitorar o modo como as diversas classes sociais assistem às telenovelas, e como a “realidade imaginada” no universo da ficcão na TV se mescla à própria realidade de milhões de pessoas, que interagem ativamente com os personagens e situações. O grande público se habituou a tirar proveito dessas narrativas, fazendo usos e apropriações das mensagens. E com efeito, a telenovela, como uma modalidade de “obra aberta”, sempre teve o seu roteiro modificado a partir da recepção, aceitação, recusas e pactos de leitura por parte da audiência. Procuramos examinar as interrelações entre a teledramaturgia e as e mediações realizadas pelos receptores por meio das redes sociais. Ou seja, observamos um produto
  • 2. já consagrado no contexto da cultura popular de massa, que, migra da televisão aberta para outros suportes midiáticos, como a TV paga1, o DVD, a internet. Mirando a telenovela Vale Tudo, que discute basicamente “se vale a pena ser honesto num país de corruptos”, e verificando que esta foi ao ar em 1988 (antes dos caras pintadas e do impeachment do Presidente Collor) e que retorna ao espaço audiovisual no ano de 2010 (no fim da gestão do Presidente Lula, após a denúncia dos “mensalões”), encontramos insights valiosos para repensar o tema da corrupção e as interfaces da ética, mídia, política e sociedade. Exploramos os contratos simbólicos efetivados entre a imaginação criativa dos espectadores-internautas e os conteúdos midiáticos, buscando perceber como as narrativas televisuais geram modos críticos e competentes de leitura e conversação, migrando para os blogs e sites, como o YouTube, Facebook, Twitter, Orkut. Contemplamos os estilhaços da telenovela Vale Tudo no ciberespaço, onde se incluem diversas interpretações dos seus conteúdos temáticos. Neste ambiente de pluralidade e complexidade, encontramos a oportunidade para extrair sentido desta experiência cultural tão controversa como a telenovela Vale Tudo. O roeteiro focaliza as mazelas nacionais, a corrupção, a violência, a injustiça social, a falta de educação, de ética e solidariedade. Migrando da indústria cultural para uma instância pós-massiva e segmentada, a ficção seriada nos dá a chance de perceber as simulações que faz do real, a partir das novas sociotecnologias do olhar. Na primeira semana, a reprise levou o Canal Viva à liderança do Ibope da TV paga. No horário alternativo, ao meio-dia, só perde para os infantis. (...) Tanto sucesso surpreendeu até Letícia Muhana, diretora do Viva. "Tínhamos pesquisas apontando que o público queria programas da década de 80 para trás. Escolhemos 'Vale Tudo' porque foi marcante, mas nos espantamos com esse tsunami." (...) Essa é a segunda vez que "Vale Tudo" é reprisada. A primeira foi em 92, no "Vale a Pena Ver de Novo". Mas dois fatores tornam a reapresentação atual mais badalada: "Quatro anos foi um tempo curto, havia uma ressaca da novela, que foi avassaladora. E hoje há as redes sociais da internet, fundamentais para esse sucesso." (MATTOS, Folha.com, 31.10.2010) Para demonstrar a importância desta obra na imaginação popular e explicitar como a sua narrativa extrapolou o âmbito da esfera estritamente midiática, irradiando-se nos interstícios socioculturais, na espessura da organicidade cotidiana, mapeamos algumas informações pertinentes. Assim, apresentamos um percurso que evidencia as 1 A reapresentação (de Vale Tudo) vai ao ar no Viva, canal pago da Globosat que faz sucesso com programas antigos da TV Globo. In: Folha.com, 31.10, 2010
  • 3. intersecções entre o plano da ficcionalidade (e midiatização social) e o plano da recepção e das mediações sociais colaborativas. O Brasil inteiro parou em 1989 para saber quem matou Odete Roitman (em pleno sábado de Natal). (...) Houve até um concurso, patrocinado por uma indústria alimentícia para premiar quem acertasse o nome do assassino. (...) Apesar de vilã, a personagem conquistou grande popularidade. Beatriz Segall conta que depois que personagem foi assassinada na trama, uma agência de publicidade criou uma campanha para uma companhia de seguros, na qual, sob uma foto da atriz, lia-se a frase: “Nunca se sabe o dia de amanhã. Faça seguro.” (...) Vale Tudo foi exibida em mais de 30 países, entre os quais Alemanha, Angola, Belgica, Canadá, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Itália, Peru, Polônia, Turquia e Venezuela. (...) Em Cuba a novela fez tanto sucesso que “Paladar”, o nome dos estabelecimentos gerenciados por Raquel, passou a designar os pequenos restaurantes privados que acabavam de ser inaugurados no país, depois da abertura econômica dos anos 1990 (In: Dicionário da TV Globo, 2003). O desafio que se coloca é acompanhar a transfiguração de um produto midiático, exemplo de uma experiência linearmente “comunicativa”, forjada em moldes industriais e tipicamente massivos, que passa a se constituir numa “experiência comunicacional”, como distingue Muniz Sodré (2002). Ou seja, extrapola a sua contigência de produto da cultura de massa e se transfigura num produto da “cultura midiática” (Santaella, 2003). Isto se tornou possível após a expansão dos objetos técnicos, como videocassetes, gravadores, controle remoto, que autorizam um novo modo de uso (de recepção, assimilação e mediação) por parte dos telespectadores, consumidores, pesquisadores. Logo, os fenômenos e ambientes midiáticos e comunicacionais se tornam mais evidentes, proporcionando estudos mais sistemáticos a partir de uma empiricidade surgida através da comunicação interativa, gerada pelas redes sociais. Após a internet e a comunicação digital, precisaremos reformular tudo aquilo que conhecíamos em termos de teoria (e estética) da recepção, mediações socioculturais, “contratos de leitura” e “interacionismo simbólico”. Com a inserção social dos computadores e outros dispositivos de mídias locativas (celulares, palmtops, laptops), verificamos uma pragmática da comunicação em que os papéis dos autores, leitores e telespectadores se intercambiam, solicitando reajustes conceituais e metodológicos. 2. As leituras e interações tecnossociais como figuração do Método Buscamos sustentar uma argumentação procurando refletir sobre a seguinte questão: podem as mídias interativas promover elementos argumentativos e
  • 4. comunicacionais contribuindo para a elevação do debate sobre a ética, a percepção estética e a inteligência coletiva, no contexto da vida cotidiana? Após uma longa busca, capturamos vários suportes informacionais, dentre os quais site “M de Mulher”, da Editora Abril. E notamos que este traduz antes uma “celebração dos prazeres da audiência” (RONSINI, 2008, 20), do que uma crítica da manipulação e programação da percepção estética e da cognição pela retórica da ficcionalidade. E essa é a estratégia do trabalho agrupar, contrapor, criar espaços dialógicos, acolhendo perspectivas distintas. O site prima na disponibilização de fotos dos personagens e não disfarça a sua apologia à espetacularização midiática por meio de uma retórica esvaziada de sentido e floreada com frases de efeito, expressas no título, e subtítulo da matéria, num texto curto, que serve como legenda da grande foto da personagem Odete Roitman: “Vale Tudo: a novela que mostrou a cara do Brasil (...) é sucesso absoluto mesmo quando é reprisada. A trama de Gilberto Braga apresentou personagens que são lembrados até hoje. (...) Uma senhora vilã. Rica e esnobe, Odete Roitman desprezava os pobres e dizia ter vergonha do próprio país. Era a vilã que todos amavam odiar. O mistério envolvendo o seu assassinato parou o Brasil”. (site “M de Mulher”, Novelas e Famosos, 29.10.2010). Não se pode observar um dispositivo de mídia digital como este, sem considerar o seu caráter de provisoriedade, que de certa forma traduz o estado da arte da comunicação numérica contemporânea, sem reconhecer o nível de gratificação que oferece aos seus usuários. Na perspectiva de uma teoria da recepção, este produto deve ser compreendido num contexto sociocultural em que as iconicidades e figurações das celebridades satisfazem às idolatrias pós-modernas, como aponta Maffesoli (2008), e também Barthes (1982) e Baudrillard (1997), estudando as mitologias de sua época. De maneira semelhante, Certeau celebra “as invenções do cotidiano” (1996). O volume de acessos, postagens e recomendações registrados no website atestam o gosto dos leitores-fãs-assinantes, que se dedicam a contemplar, colecionar e compartilhar as imagens eleitas dos “olimpianos”, como escreve Morin (1989). Caberia respeitarmos as escolhas das “comunidades de afeto” reunidas em torno dos ícones e mitos, banalidades, frivolidades e efemeridades da sociedade digital. De maneira similar podemos apreciar no site da UOL, a introdução do Quiz: Quem é você na novela “Vale Tudo”? Ali os internautas são convocados a encarnar a pele dos personagens da trama. E os inúmeros acessos, identificações, “tuitagens” e
  • 5. incorporações surpreendem apenas aqueles não-leitores de Bauman, o filósofo da “modernidade líquida” (2001; 2005), que explica o estado atual dos fenômenos éticos e psicossociais, identidades nômades, relações efêmeras, numa era de extrema aceleração e velocidade, que não permite enraizamentos e identificações duradouras. E, num outro registro encontramos mediações críticas, porque nem todos os gatos são pardos nas intersubjetividades e interações do ciberespaço. Vejamos, nessa linha, a argumentação crítica do jornalista Maurício Stycer acerca do conteúdo temático: De volta à telinha, pelas mãos do canal Viva, da Globosat, “Vale Tudo” está obtendo bons índices de audiência na TV paga, o que não significa muita coisa, causando frisson nas redes sociais, em especial o Twitter, e animando conversas na madrugada –a novela é exibida à 0h45 e reapresentada às 12h. (STYCER, site UOL - Televisão, 2010). O comentário acima possui relevância em nossa análise, não apenas pela informação acerca do retorno triunfal da telenovela após 22 anos, desta vez na era da TV Digital, mas por outros motivos: a sua reportagem (de teor crítico) se instala num ambiente hipertextual, abrindo a possibilidade para os leitores-internautas- telespectadores fazerem suas próprias mediações, intervindo com novos comentários, através das ferramentas de convergência, como o e-mail, Orkut, Facebook, Twitter. Os“sistemas de resposta”, conforme escreve Braga (2006), por sua vez, serão capturados, comentados, refutados, respaldados; depois porque a interação mútua do site permite aos leitores-usuários-telespectadores agenciarem mecanismos de interpretação daquilo que está no centro do conteúdo temático da narrativa de Vale Tudo, ou seja, o problema da ética. Este expediente nos é facultado a partir do depoimento do dramaturgo Gilberto Braga, senão vejamos: Vale Tudo nasceu da (...) distorção – presente em praticamente todo o país – dos que acham que quem não é corrupto é babaca. Foi a única novela em que, antes de ter a história, eu já tinha a temática. Eu queria fazer uma novela sobre o seguinte assunto: “Vale a pena ser honesto num país onde todo mundo é desonesto?” Foi uma novela muito didática. (In: STYCER, ibidem) O próprio colunista lança o mote para uma primeira reflexão dialógica acerca do ethos subjacente à organização discursivo-imagética da trama: O depoimento ajuda a entender o que não gostei ao rever o capítulo 29 de “Vale Tudo”. É uma novela destinada a vender uma “mensagem” de cunho moral, escrita didaticamente. Gilberto Braga acreditava que, na exposição exagerada da maldade dos personagens, estaria dando
  • 6. uma lição ao público. Isso inclui até a famosa “banana” que o vilão Marco Aurélio dá no final da novela, ao escapar impune. Vista hoje, “Vale Tudo” me pareceu engraçada e divertida, mas boba. É politicamente incorreta, mas esta qualidade fica em segundo plano diante dos exageros cometidos e ditos para chamar a atenção do público. (STYCER, ibidem) Ao nível das mediações tecnossociais realizadas em rede, a experiência amadurece a partir da polifonia dos comentários dos leitores-internautas, disponibilizados nas 34 postagens do twitter e das 51 recomendações no Orkut. Um exame detido destes expedientes interativos nos traria elementos instigantes para entendermos esta modalidade de comunicação colaborativa. Mas aqui não há lugar nem tempo para isso. O que importa mesmo é perceber como as hibridações e convergências geradas pelo hipertexto modificam o estilo de leitura, recepção e interação por parte dos telespectadores, e como as interpretações do problema da ética e da moralidade atravessam o corpo da narrativa ficcional. 3. Os blogs, as interações e subversões de Vale Tudo Das Actas Diurnas de Júlio César, na Roma antiga, passando pelos tipos móveis de Gutemberg, chegando aos blogs da internet, uma revolução inteira aconteceu, no que respeita ao modo de produção, circulação e consumo das informações. Após uma busca na Web, desejando apreender a interface que reúne as notícias sobre Vale Tudo no contexto das mídias interativas, encontramos o blog de Danilo Thomaz, “Crônicas da Vida Financeira”. Uma modalidade de comunicação interativa que prima pela inteligência e criatividade conectadas, com rigor na análise, resgate histórico e tratamento da informação. Este especialista em Jornalismo Econômico, compartilha com os seus leitores-colaboradores uma interpretação da novela Vale Tudo, selecionando os temas relativos ao contexto econômico-financeiro do período em que a teledramaturgia foi realizada. Pelas palavras do autor, podemos reconhecer: “um país arrasado, em que os personagens vivem assombrados pelo desemprego, desestabilizados pela inflação e açoitados pela descrença de um futuro no país que levou 20 anos para sair de uma ditadura e acordou numa profunda crise econômica”. Os ricos – esnobes, corruptos e alineados – passam o dia à beira da piscina – sustentados pelos rendimentos da inflação – e as noites em festas. Os que trabalhavam, viviam entre negociatas, críticas mordazes ao Brasil. Os pobres são tensos, têm medo de perder o emprego e passar por sérias dificuldades. O preço do pão, da carne, do leite é o assunto deles à mesa, que agradecem a Deus por ainda ter o que comer. Um dos poucos personagens com formação superior – paga com toda
  • 7. dificuldade do mundo pelo seu pai –, Ivan deixou o emprego em São Paulo para trabalhar numa empresa carioca que lhe pagaria mais. Ao chegar para o seu primeiro dia de trabalho, descobre que 90% dos funcionários foram demitidos. Ele inclusive. A partir daí, Ivan luta para conseguir um emprego que pague suas contas e a pensão para seu filho, já que sua ex-mulher, Leila (Cássia Kiss), nega-se a trabalhar como vendedora de loja. Como quase ninguém consumia naquele país de economia fechada e hiperinflação, ela não achava um bom negócio passar o dia em pé. Ivan, porém, tem que se defrontar com um grande obstáculo em sua tentativa de voltar ao mercado de trabalho: a sua formação. Ao omitir que fez faculdade, consegue vaga como assistente de telégrafo na TCA, a empresa de aviação de Odete Roitman. A música de abertura era Brasil, de Cazuza, que ilustra o país arrasado pela hiperinflação, estagnação econômica, abismo social, desordem, obsolescência política e desamparo é o clássico de Gonzaguinha, “É”. (In: Blog - Crônicas da Vida Financeira, 18.10.2010). O nível de interacionalidade do Blog de Thomaz é alto, pois além de conter os recursos interativos dos sites, como espaços para postagens dos comentários, assim como visualização das postagens dos visitantes e os demais utilitários que permitem várias formas de compartilhamento, agiliza o acesso ao Youtube com as imagens de sons da cantora Simone, interpretando a canção protesto de Gonzaguinha. Barbéro e Rey, no opúsculo Exercícios do Ver (2001), elaboram uma reflexão pertinente, ajudando a decifrar a experiência tecnocomunicacional, realizada pela disponibilização dos sites de vídeos nos blogs. Os autores apontam para especificidade da conjunção, em que a “oralidade” (das culturas pré-industriais) e a “tecnicidade” das culturas (pós) modernas concorrem para a configuração de formações “culturais híbridas”, redefinindo “novos” estilos de identificação e de interações, da parte dos telespectadores-consumidores-cidadãos. 4. O YouTube: convergência minimalista, tecnologia da interatividade A invenção e popularização do site de vídeo YouTube significa uma grande transformação nos processos de criação, difusão e consumo dos audiovisuais. Ocorreram mutações relevantes também no que se refere especificamente ao problema que tratamos aqui, a migração dos conteúdos da TV analógica para a sua versão digital. A telenovela Vale Tudo segmentada nos labirintos da cultura digital, proporciona modalidades inéditas de interação mediada por computador (PRIMO, 2007). Por essa via, os telespectadores-internautas-pesquisadores poderão - por exemplo - ter acesso aos conteúdos do fechadíssimo domínio do broadcasting. Os processos de transmigração e compartilhamento dos episódios de Vale Tudo,
  • 8. pelos diversos procedimentos sociotécnicos propiciam modificações marcantes na ambiência comunicacional. Isto se dá, primeiramente, através da sua transcodificação das fitas de videocassete para a linguagem digitalizada, em seguida pela captura de seus capítulos, em alta definição, durante a sua exibição no canal GNT, e posteriormente, pela “redistribuição” realizada por hackers e especialistas em informática. A operação rompe as barreiras do sistema midiático tradicional engendrando processos inéditos de interacionalidade, e modalidades originais de mediações, novos processos intersubjetivos e interativos. O YouTube promoveu a democratização da informação e da comunicação, assim como originou o nascimento de novos estilos de “cidadania digital “e de “comunidades virtuais” (RHEINGOLD, 1996). Este tipo de site é guarnecido por utilitários operacionais, que realizam às convergências midiáticas, ligando-se ao e-mail, twitter, Facebook. Usando os instrumentos e a performatividade do YouTube podemos compartilhar as informações, imagens, sons, textos, comentários, leituras e interpretações que repercurtem no campo da economia, política, arte, educação, lazer e negócios. Esta experiência pode ter várias designações, como “cultura de convergência” (JENKINS, 2008), “cultura de interface” (JOHNSON, 2001) ou “cultura da virtualidade real”. O fundamental é reconhecer que se trata de uma experiência geradora de empoderamento social (CASTELLS, 1999; 2009). A GloboSat está atenta para os “riscos” econômicos e políticos trazidos pelas mídias (e mediações) colaborativas e pelas tecnologias de compartilhamento. “Às pressas, dois departamentos se mobilizaram. O comercial criou cotas de patrocínio para a novela, a pedido de anunciantes. E o jurídico se arma contra a pirataria dos capítulos na internet”. (MATTOS, Folha.com. 31.10.2010). Novs procedimentos ético-infocomunicacionais se encontram em marcha e demandam “estratégias financeiras”, jurídico-administrativas (da parte das empresas) e também “ajustamentos” políticos (da parte da sociedade civil), pois atinge a esfera da economia-política, dos direitos autorais, dos interesses mercadológicos. Tudo isso tem sido enfrentado por pesquisadores empenhados na defesa do “software livre”, dos “creative commons”, da liberdade de expressão, do livre fluxo da informação, do direito à comunicação (Cf. ANTOUN, 2011; SILVEIRA, 2011; LEMOS, 2004; MORAES, 2010)2. 2 Caberia nessa perspectiva consultar os papers disponibilizados no website do ABCiber – Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura: <http://abciber.org/index1024.html>
  • 9. Cumpre examinar como a infocomunicação tem gerado estilos de recepção, mediação e interacionalidade, através das redes sociais que revigoram o espaço público, estimulando o empoderamento e a cidadania digital. O YouTube é um potente vetor de desconstrução das estruturas cristalizadas, do sistema midiático (o broadcasting) e – ao mesmo tempo – um motor de processos comunicacionais imprevistos, inovadores, interativos, que mobilizam novas iconicidades a serem compartilhadas na esfera pública digital. O site disponibiliza paródias, sátiras e carnavalizações, virando do avesso a programaticidade do sistema midiático hegemônico3. Nessa perspectiva podem ser ilustrativos os vídeos da novela Vale Tudo, fazendo a derrisão dos vilões e mocinhos. Os vídeos com as imagens da personagem de Heleninha Roitman, a personagem alcoólatra encarnada por Renata Sorrah, compartilhados na internet, multiplicam a potência comunicacional do YouTube, devido aos acessos, exibições e comentários interativos, que chegam à casa dos milhares! As cenas da morte da arquivilã Odete Roitman atingem altos números de visitação, como as paródias e sátiras a respeito da personagem. O mesmo ocorre com as imagens de Marco Aurélio (Reginaldo Farias), na pele do empresário desonesto. Uma proliferação dos acessos e compartilhamentos dos vídeos ocorre a partir das postagens com as cenas da vilã Maria de Fátima, que rouba a mãe, trai a amiga, tirando-lhe o namorado, articula a separação da mãe e o seu parceiro, trai o marido com seu amante charlatão, vende o próprio filho e se casa outra vez, por interesse, performatizando um dos primeiros triângulos amorosos na história da teledramaturgia. Caberia aqui problematizarmos a dimensão dos afetos, os valores afirmativos e regressivos, a percepção estética e cognitiva que se irradiam, sendo recepcionados e mediados por milhares de fãs, telespectadores, internautas. A inteligência sensível faz interação com a tecnologia inteligente. E, dependendo do uso que os sujeitos fizerem desta ferramente, podem formar um juízo crítico, sem deixar de interagir tecnoafetivamente com a dimensão poética e catártica da obra. No cruzamento da afetividade e a tecnicidade (no YouTube) surge aquilo que Sodré chama de “ethos midiatizado” (2002). E uma utilização competente destas conjunções sociotécnicas, sensório-afetivas, antropo-informacionais podem elevar a otimização das comunidades virtuais dos usuários-telespectadores-cidadãos. 3 Convém buscar, neste sentido, o estudo de FELINTO (2007) sobre o YouTube como paródia.
  • 10. 5. O FaceBook, Empoderamento Coletivo e Estilhaços da Política O volume extraordinário de acessos no FaceBook e as postagens tem repercutido em escala global; os jornais e os noticiários da televisão não cessam de alardear sobre a força do seu impacto no campo da governamentalidade, principalmente nas regiões mais tensas e conflitivas do planeta. Os casos da Venezuela, do Egito, do Iraque, da China, de Cuba e mais recentemente da Argélia, em que a censura à imprensa se faz de maneira mais acirrada nos servem de exemplo para ilustrar este fenômeno recente das redes de informação que têm forjado também vigorosas redes de solidariedade e comunicabilidade, alertando para as formas de mediação sociopolítica e de empoderamento dos indivíduos conectados às mídias colaborativas. A história tem mostrado que, em sintonia com outras redes, os agenciamentos sociotécnicos e as inteligências conectadas têm desarmado aparelhos de Estado, que pareciam tiranicamente intocáveis. No tocante à mediação e avaliação epistemológica destas experiências e acontecimentos de ordem tecno-info-política, conviria consultar Morais (2006); Antoun (2004); Bruno (2006), entre outros, na defesa de democratização do ciberespaço. A partir de uma perspectiva da microfísica da vida cotidiana, observamos que, no espaço hipertextual das redes interativas, pulsam instrumentos tecno- sensoriais- inteligíveis, em que interagem as potências do saber e poder, intuição e intelecto, razão e sensibilidade, favorecendo o debate e a crítica da sociedade, da cultura, da ética e da política. É por essa via que a comunidade virtual criada em torno da telenovela Vale Tudo, instalada no site do FaceBook, na medida em que estocam opiniões, idéias, diagnósticos e recusas de aspectos da experiência sensível, torna-se virtualmente um arsenal vigoroso estimulando a percepção cognitiva, o ethos comunitário e a ação comunicativa. A título de ilustração, indicamos – nas referências - o endereço do site, cujas características de suas comunidades virtuais, possuuem configurações – semânticas, actanciais e performativas - similar às comunidades do Twitter e do Orkut, mas mantendo sintaxes e mediações específicos. No momento diríamos apenas que os fragmentos, detalhes, resíduos técnico-operacionais do site, conectados aos instrumentos tecno-sensoriais e neuro-cognitivos do FaceBook, repercutem favoravelmente no plano do consumo, das mediações e da interacionalidade social.
  • 11. 6. O Twitter: a ficcionalidade, a mediação e o ethos comunicacional Uma mirada sobre a rede social forjada pelo site de relacionamento Twitter, significa contemplar uma paisagem cibercultural, em que os fluxos sócio- informacionais são intensos e acelerados, por onde fervilham interativamente milhões de pessoas. E a sua dimensão afirmativa esta na possibilidade de se agenciar um protocolo de escolhas, decisões e ações tecnocomunicacionais, que pode ter conseqüências ético-cognitivas e sociopolíticas admiravelmente surpreendentes. Um estudo mais detido e com mais profundidade pode nos levar aos meandros das suas potencialidades e dinâmicas performativas, de maneira bem sucedida, nos domínios da arte, educação, economia, informação e política. Não podemos perder de vista que trata-se de uma ferramenta, em constante estado de atualização e sempre solicitando novas competências operacionais, ou seja, como os outros equipamentos sociotécnicos de midiatização, tem seus dias contados, aguardando apenas a nova invenção informacional. Todavia, faz-se necessário destacar a sua natureza de conexão interativa sensibilidade tecnológica, mediada por dispositivos de inteligência coletiva. No momento, examinamos como os discursos, intervenções e ações cognitivas, das comunidades do site, debatem a encenação dos afetos, valores e sociabilidades projetados nas narrativas de ficção. Este é o caso de Vale Tudo no Twitter: os 140 caracteres que organizam o universo sociolingüístico dos internautas-telespectadores lhes permitem reativar camadas de sentido surpreendentes, e suas repercussões são ilimitadas. Do presencial ao virtual, do digital ao histórico-social-cotidiano, as estratégias discursivas que performatizam as mediações de competência, passam pelo crivo do poder do Estado, das Forças Armadas, da Família, da Religião, da Saúde, da Política partidária, dos Negócios, da vida publica e da vida privada. Mas distintamente das formas de sua midiatização através meios clássicos de comunicação, doravante, com as mídias, temos novos parâmetros para discutir a inserção das interfaces sociopolíticas e culturais, no contexto das redes de informação hegemônicas. Sem avançar demasiadamente num desdobramento da forma como se apresentam as informações, discussões e discordâncias acerca da reprise de Vale Tudo, e o seu séquito de personagens ex-cêntricos e malvados, no Twitter, aqui indicamos alguns trechos das notícias publicadas num website, que pode dar uma idéia do retorno desta telenovela como um grande acontecimento tecnomediático.
  • 12. A trama (de Vale Tudo), que além da vilã vivida pela atriz Beatriz Segall tem uma galeria grande de personagens inesquecíveis - como Heleninha (Renata Sorrah), Maria de Fátima (Gloria Pires), Raquel (Regina Duarte) e Solange (Lídia Brondi) - entra quase diariamente para os trending topics, a lista de assuntos mais comentados do Twitter, quando está sendo exibida. (...) "Alguém aqui está revendo a novela 'Vale Tudo'? Eu estou praticamente escravizado", comenta um usuário do serviço de microblogging. "Isso sim vale a pena ver de novo!", se empolga outra. (...) O detalhe é que o horário escolhido para a reprise é de madrugada, às 0h45. A trama também passa novamente ao meio-dia. (...) Diversos usuários afirmam que a novela tem sido responsável pelo "sono tardio". "Minha insônia tem nome: 'Vale Tudo'. Que novela sensacional", afirma um. "Bom dia para quem assistiu 'Vale Tudo' até de madruga e não conseguiu acordar às 7h", ironiza outro. (...) Consultado, o canal Viva diz que ainda não tem os números de audiência da novela. Mesmo sem dados oficiais, muitos internautas têm certeza de que a novela caiu mesmo --novamente-- nas graças do público. (...) Entre os comentários sobre a novela, há principalmente elogios ao texto da trama, que para eles continua atual. (...) "O discurso de Odete Roitman sobre o Brasil continua atual. A reprise de 'Vale Tudo' é uma utilidade pública", afirma um internauta. "Assistindo o canal Viva a gente consegue perceber como se desaprendeu a fazer televisão", concorda outro. (...) Parte dos internautas se diverte ainda relembrando o final dos anos 80, "tempo em que videocassete era modernidade e só o filho da Odete Roitman tinha". (...) "Vou comprar a trilha sonora de Vale Tudo em vinil só para criar um clima...", diverte-se um rapaz no Twitter. Para outra usuária do site, "é muito engraçado ver os atores todos novinhos". Enquanto isso, um terceiro se choca com uma cena em que a mocinha e seu amigo se preparavam para fumar um baseado. "Estranho ver isso, mas era 1988", afirma. (In: website D24am, 11.10.2010) 7. Para concluir: as mídias sensíveis e as comunidades virtuais A conexão sensível e inteligente entre seres humanos e as tecnologias interativas, as mediações, estratégias e ajustamentos, tudo isso nos chama a atenção no Orkut, principalmente, nas ditas “comunidades virtuais”4. Aqui as contemplamos em sua natureza líquida, nômade, transitória, como um fenômeno que aparece e desaparece muito depressa, cedendo terrenos para novos agenciamentos sociotecnológicos. Lançamos “um olhar sobre a recepção através das bordas da circulação”, como escreve Fausto Neto (2010), reconhecendo a sua vigorosa hipertextualidade, inteligência conectiva e potência interacional, que agrega os saberes e fazeres dos indivíduos e grupos sociais. Colocamos em perspectiva as comunidades virtuais forjadas a partir de uma obra da teledramaturgia, que é controversa, atravessada por ambigüidades e complexidades, pois radicalizam a sua representação (e simulação) da experiência humana. Contemplamos aqui a telenovela Vale Tudo, cujos personagens são projetados – 4 Destacamos nessa direção a pesquisa de Marina Magalhães sobre a Comunidade Virtual do Jornalismo Cultural da Paraíba, no Orkut, atualmente em fase de conclusão, no PPGC/UFPB, mar./2011.
  • 13. criticamente - a partir de uma caracterização ética e moral atravessada por todos os pecados capitais. Talvez por isso mesmo cause tanto furor dentro e fora da tela eletrônica. Esta deve ser a causa das centenas de acessos, postagens, comentários, críticas, elogios, enfim, de tantas apropriações por parte dos usuários-telespectadores- cidadãos. A narrativa de Vale Tudo nos apresenta a dança dos cisnes brancos e dos “cisnes negros”, no contexto da (nossa) teledramaturgia, parecendo que saíram (não do teatro, do cinema), mas diretamente dos cenários presenciais da vida cotidiana. Todavia, seria equivocado interpretar a ambiência comunicacional do Orkut apenas como uma continuidade da vida organicamente vivida, pois assim não poderíamos entender, por exemplo, os inúmeros perfis “fake”, a “potência do falso”, a vigorosa liberação do desejo através de uma realidade imaginada. Perderíamos a pujança dessa “Second Life”, liberada nos espaços e tempos das redes sociais. Assim seria difícil captarmos a estranheza criativa dos perfis das pessoas mortas (surpreendentemente ainda em atividade) na imaginação, simbolismo e discursividade das redes sociais. A comunidade virtual da telenovela Vale Tudo é constituída por 5.119 membros, foi criada por Flávio Michelazzo, em 31.10.2006, é monitorada (e atualizada) por cinco moderadores, inscreve-se na categoria Artes e Entretenimento, é pública quanto à regulação dos acessos, ou seja, a privacidade do conteúdo, é aberta para não-membros. Ao inspecionarmos a sua configuração, observamos na seção destinada ao Fórum de Discussão a inscrição de centenas de Tópicos abrangendo os mais variados assuntos, em sua maior parte derivados diretamente das temáticas da telenovela. Mas dentre todos, destacaríamos um deles destinado aos comentários diários da obra, computando um volume de 3.515 postagens, cujas interlocuções se multiplicam em perguntas, questionamentos, críticas, réplicas, etc., formando um repertório quantitativamente inumerável, cifras fantásticas, que nos desafiam a compreensão. Arriscaríamos uma argumentação de que os usuários articulam ali uma simples função fática (ou de contato) da linguagem, reativando uma pulsão semiótica, tecno- sensorial-comunicante, uma mediação com o mero objetivo de forjar um mínimo de “táctil-sociabilidade”. Entretanto esta experiência comunicacional, que gira em torno de um fenômeno mass mediático, caracterizado pela extravagância de uma simulação que – por sua vez - expõe a desordem pública de sociedade norteada por valores morais em pedaços, alerta-nos - sintomaticamente – para uma nova modalidade de processo sócio- tecno-comunicacional.
  • 14. A sua singularidade reside na sua natureza complexa, polifônica, hipertextual e colaborativa , que estilhaça o paradigma de uma matriz industrial, organizativa do desejo, da ideologia, do discurso, e funda um novo estilo de comunicabilidade imprevisto, inusitado, ao mesmo tempo, sensível, racional, inteligente, na medida em que acolhe as sombras, as sobras, os insights, a agonia, o êxtase e as iluminações da comunicacionalidade tecnossocial em todas as sua potencialidades, diferenças, disparidades éticas, estéticas, sensoriais e cognitivas. REFERÊNCIAS ANDRADE, R. M. B. O fascínio de Sherazade. S. Paulo: Annablume, 2003. ANTOUN, H. et al. Trezentos (Blog) http://www.trezentos.blog.br/ Acesso: 15.02.2011; ___ “Democracia, multidão e guerra no ciberespaço”. In: PARENTE, A. (org.) Tramas da Rede. Porto Alegre: Sulina, 2004. BARTHES, R. Mitologias. DIFEL, 1982. BAUDRILLARD, J. Tela Total. Mitoironias do Virtual. Porto Alegre: Sulina: 1997. BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Zahar, 2001; ___ Identidade. Zahar, 2005. BORELLI, S; ORTIZ, R; ORTIZ RAMOS, M. Telenovela, História e Produção. Brasiliense, 1988. BRAGA, J.L. A sociedade enfrenta a sua mídia. S. Paulo: Paulus, 2006. BRUNO, F. (org.) Vigilância e Visibilidade: espaço, tecnologia e identificação. Sulina, 2010 CANCLINI, N.G. Culturas Híbridas. S.Paulo: Edusp, 1998. CERTEAU, M. A Invenção do Cotidiano. Modos de Fazer. Vozes, 1996. COGO, D; BRIGNOL, L. Redes Sociais e Estudos de Recepção na Internet. Anais do XIX – Compós - Rio: 2010 Compós 2010. Comunidade da telenovela Vale Tudo no Face Book: http://www.facebook.com/group.php?gid=135050246510187 Acesso em: 15.02.2011 Dicionário da TV Globo. Programas de Dramaturgia & Entretenimento. Jorge Zahar, 2003. FAUSTO NETO, A. Olhares sobre a recepção através das bordas da circulação. http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sul2010/resumos/R20-0118-1.pdf FELINTO, E. Videotrash. O YouTube a Cultura do “Spoof” na Internet. Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho “Comunicação e Cibercultura”, XVI Encontro da Compós, Curitiba, PR, em junho de 2007. FERNANDES, I. Memória da telenovela brasileira. S.Paulo: Brasiliense, 1987. FRAGOSO, S. De interações e interatividade. Anais do X Compós – Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós Graduação. Brasília: Compós 2001. Disponível em: HTTP://www.compos.org.br/data/biblioteca_1297.pdf. Acesso em: 10.02.2011 GARCÍA CANCLINI, N. Leitores, espectadores e internautas. São Paulo: Iluminuras, 2008.
  • 15. HEINGOLD, H. Comunidades Virtuais. Lisboa: Gradiva, 1996. JANINE RIBEIRO, R. O afeto autoritário. Cotia: Ateliê Editorial, 2005. JENKINS, H. Cultura da Convergência. SP: Aleph, 2008. KNEWITZ, A. P. Estudos Culturais e Cibercultura: um entrelaçamento necessário para pensar a recepção na web. XVIII COMPÓS: Belo Horizonte/MG - 2009 http://www.compos.org.br/pagina.php?menu=8&mmenu=&ordem=2&grupo1=9D&grupo2=11 LANDOWSKI, E. “Da interação, entre Comunicação e Semiótica”. In: PRIMO, A; OLIVEIRA, A.C; NASCIMENTO, G.C; RONSINI, V.M. (org.) Comunicação e interações. Compós/Sulina: 2008. LEMOS, A. Cibercultura. Tecnologia e vida social. POA: Sulina, 2004; ___ In: RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. Sulina, 2009. (Orelha do livro) LEAL, O.F. Leitura social da novela das oito. Brasiliense, 1985. MAFFESOLI, M. Iconologies. Nos idol@tries postmodernes. Paris: Albin Michel, 2008. MARCONDES FILHO, C. Quem manipula quem? Vozes, 1986. MARQUES, M.G. Identificação e Aproveitamento de Conteúdos Sociais na Recepção de Telenovelas (UFMS) XVII COMPÓS: São Paulo/SP – 2008. MARTÍN-BARBÉRO, J. Tecnicidades, identidades, alteridades: mudanças e opacidades da comunicação no novo século. In: MORAES, Denis (Org). Sociedade midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad, 2006; ___ Dos meios às mediações. Rio: Ed.UFRJ, 1989 MATTUCK, A. O potencial dialógico da televisão. Annablume, 1997. MATTOS, L. “Sucesso da reprise de "Vale Tudo". In: Folha.Com – Ilustrada, 31.10.2010. MELO, J.M. As telenovelas da Rede Globo: Produção e Exportação. Summus, 1988. MORAES, C. M. N. Os processos de ressignificação da pirataria no ciberespaço. XIX COMPÓS: Rio de Janeiro/RJ - 2010 MORAIS, D. (org.) A sociedade midiatizada. Ed. MAUAD, 2006. MORIN, E. As Estrelas: Mito e Sedução no Cinema. Rio: José Olympio, 1989 PAIVA, C.C. Dionísio na Idade Mídia. João Pessoa: UFPB, 2010; RAMOS, R. Grã Finos na Globo: cultura e mershandising nas novelas. Vozes, 1986. RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano. S. Paulo : Paulus, 2003. STYCER, M. “Vale Tudo. 22 anos depois: divertida, politicamente incorreta”. In: Folha.Com. http://televisao.uol.com.br/critica/2010/11/11/vale-tudo-22-anos-depois-divertida-mas-boba.jhtm SILVEIRA, S.A. Exclusão digital: a miséria na era da informação. Perseu Abramo, 2001; ___ Software Livre Brasil (Blog do Sérgio Amadeu) http://softwarelivre.org/samadeu/blog RONSINI, V. M. “As relações entre mídia e receptores sob a ótica das mediações”. In: PRIMO, A; OLIVEIRA, A.C; NASCIMENTO, G.C; RONSINI, V.M. op.cit. SODRÉ, M. Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede. Vozes, 2002; ___ As Estratégias Sensíveis. Vozes, 2006; ___ “Álbum de Família”. In: NOVAES, A. (org.) Rede
  • 16. Imaginária. S. Paulo: Companhia das Letras, 1991. Vale Tudo: a novela que mostrou a cara do Brasil - Novelas e ... http://mdemulher.abril.com.br/tv-novelas-famosos/fotos/acontece/vale-tudo-novela- mostrou-cara-brasil-606257.shtml Acesso: 15.02.2010 "Vale Tudo" 22 anos depois: divertida, politicamente incorreta <http://televisao.uol.com.br/critica/2010/11/11/vale-tudo-22-anos-depois-divertida-mas- boba.jhtm> Vale Tudo. Reprise da novela "Vale Tudo" na TV paga vira fenômeno no twitter http://www.d24am.com/plus/tv/reprise-da-novela-vale-tudo-na-tv-paga-vira-fenomeno-no- twitter/9014 Vale Tudo - Memória Globo - Rede Globo Acesso: 15.02.2010 http://memoriaglobo.globo.com/Memoriaglobo/0,27723,GYN0-5273-224151,00.html Quiz: Quem é você na novela "Vale Tudo"? - UOL Estilo Acesso: 15.02.2010 http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultnot/2010/10/27/quiz-quem-e-voce-na-novela- vale-tudo.jhtm