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ANDRÉ LUIS DA COSTA MOREIRA
A INFLUÊNCIA DA TELEVISÃO NA
VISÃO CRÍTICA DA SOCIEDADE
Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de
Estudo Orientado da Pesquisa, ministrada pelo Prof.
Dr. José Sérgio Fonseca no curso de Comunicação
Social da Universidade Federal do Piauí – UFPI,
como parte dos requisitos necessários à obtenção
de créditos.
TERESINA
2014
Sumario
Apresentação 1
Justificativa 2
Hipótese 4
Quadro teórico 5
A influência da televisão na visão crítica da sociedade
Apresentação
O projeto procura verificar quais são os efeitos que a televisão e seus
programas, propagandas e noticias causam na visão critica de uma sociedade.
Devido ter um vasto conteúdo programático o tele espectador que assiste pode
ser influenciado de varias formas, tanto positivamente quanto negativamente.
Esta influencia pode tornar um cidadão menos ou mais crítico.
Em uma pesquisa bibliográfica, e empírica, baseado em teorias da
comunicação, como a teoria da persuasão, procurarei expor ideias que
mostram estes efeitos, observando que a televisão é o meio de comunicação
mais acessível, e que ela esta presente em praticamente 100% dos lares
brasileiros. Tão acessível que o custo mensal de uma televisão que fica ligado
em média 4 horas por dia, não chega a passar de 5 reais, 3 vezes mais barato
do que o preço médio de um livro.
Analisarei quais consequências que cada tipo de programação pode trazer a
sociedade, como ela se comporta diante deste vasto conteúdo televisivo, suas
reações ao acompanhar novelas e programas que ditam moda e “dizem” o que
a sociedade tem que vestir, como ela deve se comportar e se comunicar. Pois
como se sabe, as novelas principalmente consegue influenciar o
comportamento das pessoas. Ou seja, oque os personagem usam e como eles
se comportam são imitados por uma grande parte da sociedade.
Oque me levou a fazer está pesquisa, foi uma questão que esta muito
frequente, principalmente nas redes sociais. Muito se comenta que a pessoas
que passam bastante tempo assistindo televisão, principalmente alguns tipos
de programação, como novelas e programas de auditório, torna-se uma pessoa
alienada, sem a capacidade de analisar os problemas da sociedade, enganada
por este tipo de programa que visa maquiar todos os problemas sociais. Assim
ela acaba não desenvolvendo uma visão crítica e aceita tudo que dizem na TV.
Mas a questão é:
Será mesmo que assistir televisão pode causar estes efeitos na
sociedade? Até porque muitos intelectuais do nosso país são
conhecidos justamente por este meio de comunicação. Então como eles
poderiam estar inseridos em um ambiente onde supostamente seria
exatamente o oposto ao que eles são?
Outra premissa seria algo que é comum entre as pessoas que teoricamente
se dizem “cultas”, elas repugnam outras que passam mais tempo em frente a
televisão do que lendo um livro, gerando assim um preconceito cultural, se
achando melhores do que os outros.
Objetivo e problema de pesquisa
A pesquisa a ser desenvolvida irá focar o comportamento das pessoas diante
da programação televisiva. Levando em conta que uma sociedade que passa
mais tempo na frente da televisão do que lendo um livro é acusada de não ter
uma visão crítica. A pesquisa aqui será analisar esta teoria, o objetivo é buscar
esclarecer estas ideias, chegar a conclusão que mostrará veracidade destes
fatos.
Caso isto se mostre verdadeiro o próximo objetivo será sintetizar as causa
que podem levar uma pessoa a se tornar alienada e sem visão critica quando
passa muito tempo em frente a uma TV. As mesmas medidas serão tomadas
caso isto não se mostre uma verdade absoluta.
Também os motivos que levam as pessoas mais “intelectuais” a criticarem
esta cultura de massa será um dos objetivos e um problema a ser trabalhado,
pois elas afirmam que a televisão impede que uma pessoa desenvolva uma
capacidade intelectual mais a avançada, que esta pessoa não se preocupa
com os problemas sociais, não tem capacidade de expor uma ideia e de
analisar criticamente um fato. Isto mostra um abismo entre dois tipos de
sociedade, onde uma se sente apta a dar opinião e participar das mudanças
sociais, econômicas e politicas, e a outra que se sente oprimida pela primeira,
talvez pelo discurso destes mesmo que se alegam mais capacitados para estas
funções. Ou seja, a sociedade supostamente alienada, talvez seja alienada por
estes próprios intelectuais que os rebaixam e dizem que eles não têm a
capacidade de participar ativamente das mudanças sociais.
Outra questão a ser discutida será os tipos de programação. Afinal qual tipo
de programação pode causar a suposta alienação e o não desenvolvimento de
uma visão critica? Os “intelectuais” costumam afirma que programas de
auditórios e novelas são os que mais geram estes efeitos, pois segundo eles,
estes programas são feitos para distrair a sociedade e faze-los esquecer dos
problemas sociais, um verdadeiro “pão e circo”. Mas o que os leva a tirarem
estas conclusões?
Porem existe programas que eles não condenam e que afirmam sim trazer
benefícios para quem assiste, no entanto estes programas passam em horários
nada atrativos, ou “horários não comerciais”. A questão que eles abordam é
porque não colocar esta programação em um horário mais atrativos? A
resposta seria obvia. Este tipo de programação não da audiência, oque não da
audiência não chama anunciante e consequentemente não gera lucro para
emissora.
Justificativa
A televisão é um espetáculo de um gênero particular, destinado
a um público imenso, anônimo e heterogêneo, inseparável de
uma programação que garante uma oferta quase contínua de
imagens de gêneros e status diferentes. Esta é a razão
fundamental do sucesso da televisão e da sua unidade, ou seja,
a continuidade e a mistura diversificada de imagens, cuja
recepção e interpretação ninguém domina. Debruçar-se sobre o
status da imagem de televisão é, portanto, debruçar-se sobre o
que está na origem do seu sucesso e que temos a tendência de
esquecer, de tal forma banalizou-se a televisão (WOLTON,
1996, p.67).
A televisão é sem duvida uma das invenções mais importante de todos os
tempos, e ao longo de todos os seus a anos de vida ela vem ditando modas,
influenciando no consumo e no comportamento da sociedade. Quantas vezes
uma novela, principalmente as globais, já não influenciaram bordões, modas e
o consumo? E novela é algo que está presente na sala de praticamente todas
as famílias brasileiras, e nos últimos anos, com a inclusão digital e a maior
popularidade das redes sócias, elas vem sendo muito criticadas, pela influencia
que causa em seus tele espectadores. As próprias redes sociais nos mostram,
através de postagens de seus usuários que eles são influenciados por novelas
e programas, um exemplo disto é que quando um programa, uma novela, ou
até isoladamente um personagem de novela esta na boca do povo, muitas das
postagens que se ver em redes como Facobook ou Twitter estão relacionadas
isto. Este seria talvez um dos maiores motivos que levam os “intelectuais” a
criticarem a influencia que a TV trás as sociedade.
Analisando todo este contexto sociocultural mostrarei os dois lados da
moeda, quem esta certo e quem esta errado, quais as consequências e quais
os benefícios da televisão. Porque afinal uma sociedade precisa ter uma visão
crítica? Será que as pessoas não poderiam simplesmente se distrair? Esta é
uma questão a ser observada e que nos leva a uma analise de como uma
sociedade se comporta diante da influencia dos meios de comunicação.
O sociólogo e historiador João Ramos Batanolli afirma que a influência da
televisão depende do senso crítico do telespectador. Hoje, a grande maioria
das pessoas se comporta em frente a um aparelho de TV de forma passiva,
para distração. Além disso, existe uma articulação do poder econômico,
focando no consumismo, não apenas em propagandas, como também em
novelas. “Ela condiciona as pessoas a comprar”, conta o sociólogo.
Estudioso como KK Martins que dedicou 20 anos de sua vida para estudar as
emissoras de televisão afirma que o grande motivo de os brasileiros preferirem
a Televisão no lugar do livro é que compreender o que se passa na TV é mais
fácil do que decifrar o conteúdo de um livro, pois segundo ele ler obriga o
cérebro a codificar símbolos e organizar informações e isto gera uma maior
capacidade intelectual. Assim o brasileiro prefere a televisão que não exige
muito do se cérebro.
Sabendo disso os meios de comunicação fazem o possível para manipular o
pensamento da sociedade, tentam persuadir o tele espectador, mostrando a
eles não oque eles querem ver mais sim o que a mídia deseja que eles veem.
Está técnica é conhecida como o Agenda Seting.
Trazer um estudo sobre todo este contexto poderá abrir os olhos de alguns tele
espectadores que acham que estão consumindo uma programação que eles
querem, mas na verdade estão consumindo algo estimulado pelo mas media,
que é detentor da grande cultura massa. Assim uma sociedade que sabe oque
esta consumindo talvez tenha uma visão critica mais bem elaborada e saiba
impor seus direitos e se impor como um cidadão ativo na sociedade.
Hipótese
Alguns meios de comunicação, algumas emissoras de televisão e programas
isolados, podem influenciar na visão critica de uma sociedade, neste caso cabe
ao espectador saber triar o que ele vai absorver e analisar oque vai ou não
trazer algum beneficio para ele. Já que a intenção destas mídias é justamente
manipular a atitude de uma sociedade.
Com relação a livros, é sempre importante ler muito, e vários tipos deles. Mas
isto não quer dizer que a pessoa dever jogar sua TV fora e passar a “comer
livros”, claro que se ele fizer isto sua capacidade intelectual aumentará
consideravelmente, mas apenas ler pode também causar certa alienação, e a
pessoa se fecha para outros tipos de culturas e acaba perdendo novidades.
Mais ai pode vim alguém dizer que se a pessoa ler jornais ela vai estar
atualizada assim pode se livrar da televisão. De certa forma sim. Porem os
jornais além de manipularem o que o leitor quer ver, não que a TV não faça
isto, ele pouco diverte uma pessoa, coisa que os programas de TV fazem muito
bem. Sim diversão. Pois não adianta apenas a pessoa ser intelectual, ter uma
visão crítica se não se diverte e não é feliz.
Quando uma novela influencia um comportamento, seja ele bom ou ruim ela
esta exercendo uma manipulação sobre a sociedade, tornando-a alienada.
Porem assistir novela não é um pecado. Tem sim seu lado negativo, mas
também deve-se observar os lados positivos. Exemplo: elas abordam muito
preconceitos sociais quando fala de drogas álcool e homossexualidade,
tentando trazer para uma realidade cotidiana estes problemas. Mas é bom
lembrar, que o verdadeiro motivo de as emissoras de TV explicitar estes
problemas não é tentar pagar de mocinha, ou querer mudar o pensamento da
sociedade. Sabe-se que elas abordam este tipo de assunto porque são temas
que podem ser chamados de “temas comerciais”. Ou seja, gera audiência para
eles. Cabe somente a o tele espectador absorver só o lado positivo disto.
um preconceito cultural vem surgindo devido a o fato estarmos vivendo em
um sociedade que passa a maior parte de seu tempo em frente a televisão,
assistindo novelas e programas de auditórios. É um preconceito que gera uma
divisão maciça na sociedade. Pessoas que se dizem cultas por não assistirem
televisão e terem uma visão critica se acham superiores a estas que assistem
TV e não tem uma analise crítica da sociedade.
Porem elas não superiores a ninguém, não é fato de elas saberem dar opinião
ou serem “intelectuais” que as torna melhores que os outros. Isto é tudo parte
de seu próprio ego inspirada pela teoria Darwiniana que diz que os mais fortes
sobrevivem. No caso aqui eles por se sentirem capazes de criticar se acham
mais forte e acreditam na sua sobrevivência.
Quadro teórico
Na era da indústria cultural, o indivíduo deixa de decidir
autonomamente; o conflito entre impulsos e consciência
soluciona-se com a adesão acrítica aos valores impostos:
«aquilo a que outrora os filósofos chamavam vida, reduziu-se à
esfera do privado e, posteriormente, à do consumo puro e
simples, que não é mais do que um apêndice do processo
material da produção, sem autonomia e essência próprias»
(Adorno,1951, 3).
O que aqui Adorno chama de indústria cultural é toda aquela cultura que é
feita para ser vendida. Tudo que os meios de comunicação produzem para
vender a um publico alvo, que é justamente a sociedade teoricamente culta,
está indústria cultural não produz oque o publico que ver, mas sim o que ela
acha que o publico deve ver. E devido ser uma espécie de cultura não
acessível a toda a massa da sociedade, ela gera aquele preconceito que diz
que as pessoas cultas são as que a consomem. Assim a mídia não exerce
influencia apenas nos que assistem televisão, ela também influenciam e
manipulam o pensamento deste intelectuais, induzindo-os acreditarem que ao
estarem consumindo uma cultura mais rebuscadas são mais preparados e tem
uma visão critica da sociedade.
Já esta outra parte da sociedade, os que recebem o estereotipo de alienados,
eles se vem obrigado a consumir um o que se chama de cultura de massa.
Onde o individuo consome o que a de mais popular, não tendo direito a algo
mais selecionado, ele é obrigado a consumir o que a mídia vende, aquilo que
ela acha que ele deve consumir.
A individualidade é substituída pela pseudo-individualidade. o
sujeito encontra-se vinculado a uma identidade sem reservas
com a sociedade. A ubiquidade, a repetitividade e a
estandardização da indústria cultural fazem da moderna cultura
de massa um meio de controlo psicológico inaudito. Se «no séc.
XVIII, o próprio conceito de cultura popular, voltado para a
emancipação da tradição absolutista e semifeudal, tinhaum
significado de progresso, acentuando a autonomia do indivíduo
como ser capaz de tomar as suas decisões» (Adorno, 1954,
383),
Que tipo de programa influencia na visão critica
Afinal o que vem a ser uma visão crítica?
Visão critica é algo que pode se dizer que é quase “inconceituavel ” ou seja é
muito difícil encontrar um conceito.
Veja por exemplo este conceito de um estudo feito na UFRGS em 2000:
(...) dentro de uma óptica contemporânea, é importante que a
aprendizagem significativa seja também crítica, subversiva,
antropológica. Quer dizer, na sociedade contemporânea não
basta adquirir novos conhecimentos de maneira significativa, é
preciso adquiri-los criticamente. Ao mesmo tempo que é preciso
viver nessa sociedade, integrar-se a ela, é necessário também
ser crítico dela, distanciar-se dela e de seus conhecimentos
quando ela está perdendo rumo. (Moreira, 2000 11)
Assim o conceito de visão critica pode ser algo bem pessoal de cada um. Mas
a final ter visão critica é acima de tudo ter opinião própria, não aceitar tudo
oque a mídia lhe empurra e sempre questionar. Um critico não aceita
simplesmente o fato de o Brasil estar passando por uma crise econômica, ele
procura saber os motivos, tenta encontrar soluções, mesmo que seja pra si
próprio. Um crítico tem noção sobre oque programas de televisão estão
querendo transmitir, ele não se deixa persuadir por eles, sabe filtrar o conteúdo
e absorve apenas oque lhe trás conhecimento.
Mas afinal quais são os tipos de programação que podem ou não influenciar na
visão crítica da sociedade. É isto que vamos analisar partir de agora.
Programas
1.Novelas
A quantidade de programas que uma televisão oferece ao tele espectador é
gigantesca, eles podem ser tanto programas de entretenimento, policiais, de
noticia.
Mas é justamente a novela. O tipo de programação mais atacada por aqueles
que acreditam na influência da televisão. A teoria da persuasão, uma das
teorias da comunicação mais aceitas, diz que quanto mais a pessoa é exposta
a um determinado assunto, mais se ver interessada em obter informações a
respeito deste assunto. E isto que acontece nas novelas, elas apresentam um
roteiro cheio assuntos interessantes, com personagens bem vestidos e com
varias formas diferentes de comportamento. O tele espectador se prende a
todo aquele enredo, e como diz a teoria ele quer se aprofundar mais naquele
contexto. De que forma? Ele passa a querer saber que tipo de roupa seu
personagem esta vestindo e tende a também comprar, influenciando o
consumismo, também começam se comportar igual aos personagens,
perdendo assim sua própria identidade, e quem não tem identidade própria
também não tem opinião própria, logo ele nunca desenvolvera uma visão
crítica.
No entanto as novelas não têm apenas pontos negativos. Ainda com base na
teoria da persuasão, supomos que a novela esteja falando sobre um a assunto
como câncer na infância, AIDS ou algum destes assuntos que são
considerados tabus. O tele espectador que talvez não tenha nenhum
conhecimento nestes assuntos, está sendo exposto a ele, e como diz na teoria,
ele vai se sentir atraído a se a profunda mais neste assunto. Irá adquirir
conhecimento, talvez nestas pesquisas, aquele sujeito que não tinha nem se
quer o hábito da leitura passe a se interessar mais por alguns assuntos, e
talvez comece a tria o conteúdo que as telenovelas oferecem a sociedade.
No final das contas a novelas podem trazer tanto beneficio quando maléficos
a sociedade. Não podemos ignorar o valor cultural que uma novela bem
produzida agrega a nossa sociedade. O importante é não se deixar manipular
pelas técnicas persuasivas que as emissoras de televisão usam para dizer
oque a sociedade deve comer, vestir e como deve se comportar. Outro fator
que se deve ficar atento, com relação as novelas, é a publicidade implícita. As
novelas constantemente mostram produtos que estão no mercado, mostra seus
personagens adquirindo estes produtos, e alguns são até elogiados pela
personagem, dizem o que fazem e suas qualidades. Neste caso eles estão
induzindo quem está assistindo a possuir também este produto, e na maioria
das vezes ele nem precisa daquela mercadoria, mas apenas pelo motivo de
estar passando na novela ele se sente obrigado a possui-lo. Ai está mais uma
vez a teoria da persuasão.
Em seu texto publicado em um portal da internet, Acordi (2012) afirma que o
sociólogo e historiador João Ramos Batanolli, diz que a televisão tem seus
pontos positivos e negativos. O lado positivo é pouco usado. “Ela exerce um
efeito na sociedade. Os assuntos que passam na TV são os que são vividos,
porém gera banalização da violência, morte, guerra, entre outros”, afirma
Batanolli.
2.Programas de auditório
A jornalista Carmen Ligia Cesar Lopes Torres em seu Trabalho apresentado
ao NP 01 – Teorias da Comunicação, do IV Encontro dos Núcleos de Pesquisa
da Intercom afirma que os programas de auditórios são considerados gêneros
populares, e visão atingir a população de massa:
A partir da concepção conceitual de Jesús Martín-Barbero de
que os meios de comunicação são expressões de mediações,
sendo eles mesmos outra mediação, presentes nas relações
sociais, detectamos que o gênero televisivo Programa de
Auditório constitui-se em um espaço midiático de resistência das
classes populares no contexto da sociedade de classes. Os
conceitos de cultura e cultura popular sob a abordagem
antropológica iluminam os caminhos percorridos para a definição
do gênero como estratégia de comunicabilidade, existente na
relação entre telespectadores e gênero. (Torres, 200:12)
Na televisão, os Programas de Auditório cumprem o mesmo destino,
constituindo-se, desde o início da criação de Assis Chateaubriand, em 1950,
em um recurso eficaz para manter a atratividade do novo veículo junto à
audiência. Da mesma forma que o rádio, a televisão também teve sua
programação elitista abortada, de certa forma, para ganhar volume em13
audiência com as classes populares, que se identificaram logo de saída com os
produtos telenovela e Programas de Auditório.
O programa O Céu é o Limite pode ser considerado um marco não apenas
para o gênero Programas de Auditório mas também por ser o primeiro
fenômeno de audiência da televisão brasileira, tendo alcançado 92% de
audiência. Veiculado pela Tupi, era levado ao ar simultaneamente em São
Paulo (sob o comando de Aurélio Campos) e no Rio de Janeiro (com J.
Silvestre).
Mas a final que tipo de influencia a os programas de auditório pode causar a
na relação visão critica da sociedade? Como se pode observar oque mais se
ver em programas de auditórios são: mulheres e homens com certo padrão de
beleza seminus. Isto acaba vendendo este padrão de beleza. A sociedade se
ver influenciada com estes estereótipos e acreditam que este é o padrão de
uma sociedade moderna. Mais uma vez isto vai estimular o consumo, afinal
qual mulher não quer ser tão bonita quanto uma assistente de palco do
Falstão,e todo home deseja ter os músculos destes rapazes que aparecem do
programa do Rodrigo Faro.
A musica popular também é algo exacerbante neste tipo de programa. Musica
que estimulam o sexo o consumo e enaltece a beleza da mulher “gostosa”.
Com toda esta distração a pessoa nem se lembra da crise econômica do País,
mal quer saber o que está acontecendo atualmente na politica. E isto
desestimula uma visão crítica.
Outro fenômeno é a “vulgarização” da mulher, já que as assistentes de palco
não se sentem nenhum pouco incomoda em saber que esta sendo vista como
símbolo sexual. Não há constrangimento algum em aparecer para o Brasil
inteiro quase sem roupa.
Assim aquela imagem que o exterior tem do Brasil, de que só vale apenas vir
para ao nosso país por causas das mulheres só tende a aumentar. Dar
audiência para este tipo de programação, é estar contribuindo para
desmoralizar a imagem da mulher. Mas a maior intenção dos programas de
auditório é manter a sociedade distraída e faze-la esquecer os problemas
sociais.
O filosofo Noam Chomsky construiu uma teoria onde ele aponta dez
estratégias de manipulação midiática, em uma delas ele afirma:
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que
consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e
das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a
técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de
informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente
indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos
conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da
psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do
público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por
temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado,
ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os
outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras
tranquilas')”.
Além de tudo é nestes programas que a publicidade mais esta presente, e ao
contrario das novelas, não é algo implícito, aqui a publicidade já é clara, pode
se observar que os apresentadores separam alguns segundos para falar
exclusivamente sobre um produto ou uma marca. Aqui entra de novo a teoria
da persuasão, que também diz que uma pessoa só tem interesse em
determinada informação ( no caso produto ) se a mesma estive de acordo com
ela. (Exposição seletiva). Neste caso aqui a publicidade é infalível, porque os
produtores deste programa conhecem muito bem o perfil de seu tele
espectador, sabe o que oferecer para ele, tendo a certeza que não haverá
rejeição
3. Telejornais
Uma das programações que merece mais atenção ao ser assistida são os
telejornais, este que os “intelectuais” que se dizem críticos mais assistem.
Alguns jornais alcançam audiência de até 40 pontos no ibope. Este é o horário
mais cara para a publicidade. O site observatório da imprensa publicou no dia
5 de agosto de 2014 um artigo que mostra a audiência dos telejornais:
O papel da televisão no fornecimento de notícias ao
público brasileiro é ainda maior do que se imaginava, o
que amplia extraordinariamente a importância da
observação crítica dos telejornais e programas
jornalísticos. O telejornalismo atraiu a atenção de 77,5%
dos 18.312 entrevistados na pesquisa nacional de hábitos
informativos, realizada pela Secretaria da Comunicação
da Presidência da República (Secom) com apoio técnico
doIbope
(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/posts/view/pe
squisa_mostra_como_a_critica_dos_telejornais_e_mais_i
)mportante_do_que_imaginavamos
O site ainda observa que 157,92 milhões de brasileiros assitem o
telejornais, e os jornalismo da rede globo é o mais assistido pela
população. 45%.
É justamente neste contexto que as 10 teorias de manipulação
midiática de Noam Chomsky irá se encaixar. Veja:
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que
consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das
mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do
dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de
interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia,
da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público
distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem
importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum
tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto
'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um
problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim
de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por
exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou
organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis
de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise
econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos
sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la
gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que
condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram
impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações,
precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não
asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma
revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la
como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento,
para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um
sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado
imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência
a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício
exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se
com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o
momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso,
argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes
próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou
um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador,
mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma
pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da
sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação
também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou
menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A
REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto
circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do
mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao
inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores,
compulsões, ou induzir comportamentos…
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os
métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da
educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre
possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes
inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o
alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras
tranqüilas’)”.
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e
inculto…
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria
desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades,
ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico,
o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do
qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há
revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE
CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm
gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas
e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à
psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado
do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem
conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si
mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle
maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
Cada uma destas estratégias estão presentes no dia a dia dos
telejornais, bastar observa-la e analisar as noticias que eles nos
mandam, que facilmente será encontrado. Assim torna-se fácil manipular
o pensamento de uma sociedade carente de boas programações, onde
os livros nem sempre são acessíveis.
Outro fator dos telejornalismos é que os grandes telejornais
concentram suas noticias sempre no sul, sudeste e centro-oeste, onde
fica as principais capitais do Brasil. Assim aqueles estereótipos de
outras capitais vão se mantendo, como por exemplo o de que no
nordeste só é seca, ou que na Amazônia existe apenas mato.
Assim, como uma pessoa poderá ter uma visão critica se ela mau
conhece o pais em que vive? A não ser é claro se ela for algum
aventureiro que viaje o Brasil inteiro.
Para demonstrar uma visão critica sobre os telejornais, basta analisar
os fatos, confrontar noticias de mais de um jornal e procurar a
veracidade da noticia. Não adianta apenas receber, é preciso saber
oque se esta recebendo para não agir de forma erronia com a
informação que se tem em mão.
O programa de televisão da Rede Bandeirantes chamado CQC Exibiu
no dia 04 de agosto de 2014 uma matéria onde eles mostravam como os
jornais podem manipular informações usando das técnicas de edições e
da astucia do reporte. No caso o repórter Felipe Andreoli que estava
fazendo a cobertura do lançamento de um filme fez dois tipos de
perguntas aos artistas, uma sobre o filme que resulta em respostas
positivas, e outra sobre algum assunto que gera resposta negativa,
como saúde ou educação. Ao editar eles fizeram com que os artistas
criticassem o filme que eles mesmos participaram.
Claro que isto foi uma brincadeira, mas porem é exatamente oque os
telejornais fazem para manipular a opinião da sociedade. E um critico
deves estar atento a isto.
No final das contas oque leva uma sociedade a ter ou não uma visão
critica é ela mesma. ela possui todo o tipo de programação a sua
disposição, tem liberdade de escolher o que quer assistir, e com atenção
ela conseguirá filtrar esta programação, e não será manipulada pela
grande mídia. Cabe somente a ela não deixar isto, alternando sempre
entre bons, e porque não ruins programas de TV até porque não se
pode criticar aquilo que não se conhece. Também ter sempre um bom
livro, tanto livros científicos quanto gêneros literários, exercitar a leitura é
exercitar o cérebro, ler o estimula a pensar, e como já disse Descarte,
quem pensa existe.
Referencias:
MAURO Wolf. Teoria da comunicação,
TORRES, 200,
WOLTON, Dominique 1996 Elogio do Grande Público - uma teoria
crítica da televisão
Blog de luisnassif . Noam Chomsky: 10 Estratégias de Manipulação
Midiática http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/noam-chomsky-10-
Teoriasestrategias-de-manipulacao-midiatica
Teorias da comunicação. Teoria da persuasão
http://teoriasdacomunicacaoppfumec.blogspot.com.br/2012/11/teoria-da-
persuasao.html

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A influência da televisão na visão crítica da sociedade

  • 1. ANDRÉ LUIS DA COSTA MOREIRA A INFLUÊNCIA DA TELEVISÃO NA VISÃO CRÍTICA DA SOCIEDADE Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de Estudo Orientado da Pesquisa, ministrada pelo Prof. Dr. José Sérgio Fonseca no curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Piauí – UFPI, como parte dos requisitos necessários à obtenção de créditos. TERESINA 2014
  • 3. A influência da televisão na visão crítica da sociedade Apresentação O projeto procura verificar quais são os efeitos que a televisão e seus programas, propagandas e noticias causam na visão critica de uma sociedade. Devido ter um vasto conteúdo programático o tele espectador que assiste pode ser influenciado de varias formas, tanto positivamente quanto negativamente. Esta influencia pode tornar um cidadão menos ou mais crítico. Em uma pesquisa bibliográfica, e empírica, baseado em teorias da comunicação, como a teoria da persuasão, procurarei expor ideias que mostram estes efeitos, observando que a televisão é o meio de comunicação mais acessível, e que ela esta presente em praticamente 100% dos lares brasileiros. Tão acessível que o custo mensal de uma televisão que fica ligado em média 4 horas por dia, não chega a passar de 5 reais, 3 vezes mais barato do que o preço médio de um livro. Analisarei quais consequências que cada tipo de programação pode trazer a sociedade, como ela se comporta diante deste vasto conteúdo televisivo, suas reações ao acompanhar novelas e programas que ditam moda e “dizem” o que a sociedade tem que vestir, como ela deve se comportar e se comunicar. Pois como se sabe, as novelas principalmente consegue influenciar o comportamento das pessoas. Ou seja, oque os personagem usam e como eles se comportam são imitados por uma grande parte da sociedade. Oque me levou a fazer está pesquisa, foi uma questão que esta muito frequente, principalmente nas redes sociais. Muito se comenta que a pessoas que passam bastante tempo assistindo televisão, principalmente alguns tipos de programação, como novelas e programas de auditório, torna-se uma pessoa alienada, sem a capacidade de analisar os problemas da sociedade, enganada por este tipo de programa que visa maquiar todos os problemas sociais. Assim ela acaba não desenvolvendo uma visão crítica e aceita tudo que dizem na TV. Mas a questão é: Será mesmo que assistir televisão pode causar estes efeitos na sociedade? Até porque muitos intelectuais do nosso país são conhecidos justamente por este meio de comunicação. Então como eles poderiam estar inseridos em um ambiente onde supostamente seria exatamente o oposto ao que eles são? Outra premissa seria algo que é comum entre as pessoas que teoricamente se dizem “cultas”, elas repugnam outras que passam mais tempo em frente a televisão do que lendo um livro, gerando assim um preconceito cultural, se achando melhores do que os outros.
  • 4. Objetivo e problema de pesquisa A pesquisa a ser desenvolvida irá focar o comportamento das pessoas diante da programação televisiva. Levando em conta que uma sociedade que passa mais tempo na frente da televisão do que lendo um livro é acusada de não ter uma visão crítica. A pesquisa aqui será analisar esta teoria, o objetivo é buscar esclarecer estas ideias, chegar a conclusão que mostrará veracidade destes fatos. Caso isto se mostre verdadeiro o próximo objetivo será sintetizar as causa que podem levar uma pessoa a se tornar alienada e sem visão critica quando passa muito tempo em frente a uma TV. As mesmas medidas serão tomadas caso isto não se mostre uma verdade absoluta. Também os motivos que levam as pessoas mais “intelectuais” a criticarem esta cultura de massa será um dos objetivos e um problema a ser trabalhado, pois elas afirmam que a televisão impede que uma pessoa desenvolva uma capacidade intelectual mais a avançada, que esta pessoa não se preocupa com os problemas sociais, não tem capacidade de expor uma ideia e de analisar criticamente um fato. Isto mostra um abismo entre dois tipos de sociedade, onde uma se sente apta a dar opinião e participar das mudanças sociais, econômicas e politicas, e a outra que se sente oprimida pela primeira, talvez pelo discurso destes mesmo que se alegam mais capacitados para estas funções. Ou seja, a sociedade supostamente alienada, talvez seja alienada por estes próprios intelectuais que os rebaixam e dizem que eles não têm a capacidade de participar ativamente das mudanças sociais. Outra questão a ser discutida será os tipos de programação. Afinal qual tipo de programação pode causar a suposta alienação e o não desenvolvimento de uma visão critica? Os “intelectuais” costumam afirma que programas de auditórios e novelas são os que mais geram estes efeitos, pois segundo eles, estes programas são feitos para distrair a sociedade e faze-los esquecer dos problemas sociais, um verdadeiro “pão e circo”. Mas o que os leva a tirarem estas conclusões? Porem existe programas que eles não condenam e que afirmam sim trazer benefícios para quem assiste, no entanto estes programas passam em horários nada atrativos, ou “horários não comerciais”. A questão que eles abordam é porque não colocar esta programação em um horário mais atrativos? A resposta seria obvia. Este tipo de programação não da audiência, oque não da audiência não chama anunciante e consequentemente não gera lucro para emissora.
  • 5. Justificativa A televisão é um espetáculo de um gênero particular, destinado a um público imenso, anônimo e heterogêneo, inseparável de uma programação que garante uma oferta quase contínua de imagens de gêneros e status diferentes. Esta é a razão fundamental do sucesso da televisão e da sua unidade, ou seja, a continuidade e a mistura diversificada de imagens, cuja recepção e interpretação ninguém domina. Debruçar-se sobre o status da imagem de televisão é, portanto, debruçar-se sobre o que está na origem do seu sucesso e que temos a tendência de esquecer, de tal forma banalizou-se a televisão (WOLTON, 1996, p.67). A televisão é sem duvida uma das invenções mais importante de todos os tempos, e ao longo de todos os seus a anos de vida ela vem ditando modas, influenciando no consumo e no comportamento da sociedade. Quantas vezes uma novela, principalmente as globais, já não influenciaram bordões, modas e o consumo? E novela é algo que está presente na sala de praticamente todas as famílias brasileiras, e nos últimos anos, com a inclusão digital e a maior popularidade das redes sócias, elas vem sendo muito criticadas, pela influencia que causa em seus tele espectadores. As próprias redes sociais nos mostram, através de postagens de seus usuários que eles são influenciados por novelas e programas, um exemplo disto é que quando um programa, uma novela, ou até isoladamente um personagem de novela esta na boca do povo, muitas das postagens que se ver em redes como Facobook ou Twitter estão relacionadas isto. Este seria talvez um dos maiores motivos que levam os “intelectuais” a criticarem a influencia que a TV trás as sociedade. Analisando todo este contexto sociocultural mostrarei os dois lados da moeda, quem esta certo e quem esta errado, quais as consequências e quais os benefícios da televisão. Porque afinal uma sociedade precisa ter uma visão crítica? Será que as pessoas não poderiam simplesmente se distrair? Esta é uma questão a ser observada e que nos leva a uma analise de como uma sociedade se comporta diante da influencia dos meios de comunicação. O sociólogo e historiador João Ramos Batanolli afirma que a influência da televisão depende do senso crítico do telespectador. Hoje, a grande maioria das pessoas se comporta em frente a um aparelho de TV de forma passiva, para distração. Além disso, existe uma articulação do poder econômico, focando no consumismo, não apenas em propagandas, como também em novelas. “Ela condiciona as pessoas a comprar”, conta o sociólogo. Estudioso como KK Martins que dedicou 20 anos de sua vida para estudar as emissoras de televisão afirma que o grande motivo de os brasileiros preferirem
  • 6. a Televisão no lugar do livro é que compreender o que se passa na TV é mais fácil do que decifrar o conteúdo de um livro, pois segundo ele ler obriga o cérebro a codificar símbolos e organizar informações e isto gera uma maior capacidade intelectual. Assim o brasileiro prefere a televisão que não exige muito do se cérebro. Sabendo disso os meios de comunicação fazem o possível para manipular o pensamento da sociedade, tentam persuadir o tele espectador, mostrando a eles não oque eles querem ver mais sim o que a mídia deseja que eles veem. Está técnica é conhecida como o Agenda Seting. Trazer um estudo sobre todo este contexto poderá abrir os olhos de alguns tele espectadores que acham que estão consumindo uma programação que eles querem, mas na verdade estão consumindo algo estimulado pelo mas media, que é detentor da grande cultura massa. Assim uma sociedade que sabe oque esta consumindo talvez tenha uma visão critica mais bem elaborada e saiba impor seus direitos e se impor como um cidadão ativo na sociedade. Hipótese Alguns meios de comunicação, algumas emissoras de televisão e programas isolados, podem influenciar na visão critica de uma sociedade, neste caso cabe ao espectador saber triar o que ele vai absorver e analisar oque vai ou não trazer algum beneficio para ele. Já que a intenção destas mídias é justamente manipular a atitude de uma sociedade. Com relação a livros, é sempre importante ler muito, e vários tipos deles. Mas isto não quer dizer que a pessoa dever jogar sua TV fora e passar a “comer livros”, claro que se ele fizer isto sua capacidade intelectual aumentará consideravelmente, mas apenas ler pode também causar certa alienação, e a pessoa se fecha para outros tipos de culturas e acaba perdendo novidades. Mais ai pode vim alguém dizer que se a pessoa ler jornais ela vai estar atualizada assim pode se livrar da televisão. De certa forma sim. Porem os jornais além de manipularem o que o leitor quer ver, não que a TV não faça isto, ele pouco diverte uma pessoa, coisa que os programas de TV fazem muito bem. Sim diversão. Pois não adianta apenas a pessoa ser intelectual, ter uma visão crítica se não se diverte e não é feliz. Quando uma novela influencia um comportamento, seja ele bom ou ruim ela esta exercendo uma manipulação sobre a sociedade, tornando-a alienada. Porem assistir novela não é um pecado. Tem sim seu lado negativo, mas também deve-se observar os lados positivos. Exemplo: elas abordam muito preconceitos sociais quando fala de drogas álcool e homossexualidade, tentando trazer para uma realidade cotidiana estes problemas. Mas é bom lembrar, que o verdadeiro motivo de as emissoras de TV explicitar estes problemas não é tentar pagar de mocinha, ou querer mudar o pensamento da
  • 7. sociedade. Sabe-se que elas abordam este tipo de assunto porque são temas que podem ser chamados de “temas comerciais”. Ou seja, gera audiência para eles. Cabe somente a o tele espectador absorver só o lado positivo disto. um preconceito cultural vem surgindo devido a o fato estarmos vivendo em um sociedade que passa a maior parte de seu tempo em frente a televisão, assistindo novelas e programas de auditórios. É um preconceito que gera uma divisão maciça na sociedade. Pessoas que se dizem cultas por não assistirem televisão e terem uma visão critica se acham superiores a estas que assistem TV e não tem uma analise crítica da sociedade. Porem elas não superiores a ninguém, não é fato de elas saberem dar opinião ou serem “intelectuais” que as torna melhores que os outros. Isto é tudo parte de seu próprio ego inspirada pela teoria Darwiniana que diz que os mais fortes sobrevivem. No caso aqui eles por se sentirem capazes de criticar se acham mais forte e acreditam na sua sobrevivência. Quadro teórico Na era da indústria cultural, o indivíduo deixa de decidir autonomamente; o conflito entre impulsos e consciência soluciona-se com a adesão acrítica aos valores impostos: «aquilo a que outrora os filósofos chamavam vida, reduziu-se à esfera do privado e, posteriormente, à do consumo puro e simples, que não é mais do que um apêndice do processo material da produção, sem autonomia e essência próprias» (Adorno,1951, 3). O que aqui Adorno chama de indústria cultural é toda aquela cultura que é feita para ser vendida. Tudo que os meios de comunicação produzem para vender a um publico alvo, que é justamente a sociedade teoricamente culta, está indústria cultural não produz oque o publico que ver, mas sim o que ela acha que o publico deve ver. E devido ser uma espécie de cultura não acessível a toda a massa da sociedade, ela gera aquele preconceito que diz que as pessoas cultas são as que a consomem. Assim a mídia não exerce influencia apenas nos que assistem televisão, ela também influenciam e manipulam o pensamento deste intelectuais, induzindo-os acreditarem que ao estarem consumindo uma cultura mais rebuscadas são mais preparados e tem uma visão critica da sociedade. Já esta outra parte da sociedade, os que recebem o estereotipo de alienados, eles se vem obrigado a consumir um o que se chama de cultura de massa. Onde o individuo consome o que a de mais popular, não tendo direito a algo mais selecionado, ele é obrigado a consumir o que a mídia vende, aquilo que ela acha que ele deve consumir. A individualidade é substituída pela pseudo-individualidade. o sujeito encontra-se vinculado a uma identidade sem reservas com a sociedade. A ubiquidade, a repetitividade e a estandardização da indústria cultural fazem da moderna cultura
  • 8. de massa um meio de controlo psicológico inaudito. Se «no séc. XVIII, o próprio conceito de cultura popular, voltado para a emancipação da tradição absolutista e semifeudal, tinhaum significado de progresso, acentuando a autonomia do indivíduo como ser capaz de tomar as suas decisões» (Adorno, 1954, 383), Que tipo de programa influencia na visão critica Afinal o que vem a ser uma visão crítica? Visão critica é algo que pode se dizer que é quase “inconceituavel ” ou seja é muito difícil encontrar um conceito. Veja por exemplo este conceito de um estudo feito na UFRGS em 2000: (...) dentro de uma óptica contemporânea, é importante que a aprendizagem significativa seja também crítica, subversiva, antropológica. Quer dizer, na sociedade contemporânea não basta adquirir novos conhecimentos de maneira significativa, é preciso adquiri-los criticamente. Ao mesmo tempo que é preciso viver nessa sociedade, integrar-se a ela, é necessário também ser crítico dela, distanciar-se dela e de seus conhecimentos quando ela está perdendo rumo. (Moreira, 2000 11) Assim o conceito de visão critica pode ser algo bem pessoal de cada um. Mas a final ter visão critica é acima de tudo ter opinião própria, não aceitar tudo oque a mídia lhe empurra e sempre questionar. Um critico não aceita simplesmente o fato de o Brasil estar passando por uma crise econômica, ele procura saber os motivos, tenta encontrar soluções, mesmo que seja pra si próprio. Um crítico tem noção sobre oque programas de televisão estão querendo transmitir, ele não se deixa persuadir por eles, sabe filtrar o conteúdo e absorve apenas oque lhe trás conhecimento. Mas afinal quais são os tipos de programação que podem ou não influenciar na visão crítica da sociedade. É isto que vamos analisar partir de agora. Programas 1.Novelas A quantidade de programas que uma televisão oferece ao tele espectador é gigantesca, eles podem ser tanto programas de entretenimento, policiais, de noticia. Mas é justamente a novela. O tipo de programação mais atacada por aqueles que acreditam na influência da televisão. A teoria da persuasão, uma das
  • 9. teorias da comunicação mais aceitas, diz que quanto mais a pessoa é exposta a um determinado assunto, mais se ver interessada em obter informações a respeito deste assunto. E isto que acontece nas novelas, elas apresentam um roteiro cheio assuntos interessantes, com personagens bem vestidos e com varias formas diferentes de comportamento. O tele espectador se prende a todo aquele enredo, e como diz a teoria ele quer se aprofundar mais naquele contexto. De que forma? Ele passa a querer saber que tipo de roupa seu personagem esta vestindo e tende a também comprar, influenciando o consumismo, também começam se comportar igual aos personagens, perdendo assim sua própria identidade, e quem não tem identidade própria também não tem opinião própria, logo ele nunca desenvolvera uma visão crítica. No entanto as novelas não têm apenas pontos negativos. Ainda com base na teoria da persuasão, supomos que a novela esteja falando sobre um a assunto como câncer na infância, AIDS ou algum destes assuntos que são considerados tabus. O tele espectador que talvez não tenha nenhum conhecimento nestes assuntos, está sendo exposto a ele, e como diz na teoria, ele vai se sentir atraído a se a profunda mais neste assunto. Irá adquirir conhecimento, talvez nestas pesquisas, aquele sujeito que não tinha nem se quer o hábito da leitura passe a se interessar mais por alguns assuntos, e talvez comece a tria o conteúdo que as telenovelas oferecem a sociedade. No final das contas a novelas podem trazer tanto beneficio quando maléficos a sociedade. Não podemos ignorar o valor cultural que uma novela bem produzida agrega a nossa sociedade. O importante é não se deixar manipular pelas técnicas persuasivas que as emissoras de televisão usam para dizer oque a sociedade deve comer, vestir e como deve se comportar. Outro fator que se deve ficar atento, com relação as novelas, é a publicidade implícita. As novelas constantemente mostram produtos que estão no mercado, mostra seus personagens adquirindo estes produtos, e alguns são até elogiados pela personagem, dizem o que fazem e suas qualidades. Neste caso eles estão induzindo quem está assistindo a possuir também este produto, e na maioria das vezes ele nem precisa daquela mercadoria, mas apenas pelo motivo de estar passando na novela ele se sente obrigado a possui-lo. Ai está mais uma vez a teoria da persuasão. Em seu texto publicado em um portal da internet, Acordi (2012) afirma que o sociólogo e historiador João Ramos Batanolli, diz que a televisão tem seus pontos positivos e negativos. O lado positivo é pouco usado. “Ela exerce um efeito na sociedade. Os assuntos que passam na TV são os que são vividos, porém gera banalização da violência, morte, guerra, entre outros”, afirma Batanolli.
  • 10. 2.Programas de auditório A jornalista Carmen Ligia Cesar Lopes Torres em seu Trabalho apresentado ao NP 01 – Teorias da Comunicação, do IV Encontro dos Núcleos de Pesquisa da Intercom afirma que os programas de auditórios são considerados gêneros populares, e visão atingir a população de massa: A partir da concepção conceitual de Jesús Martín-Barbero de que os meios de comunicação são expressões de mediações, sendo eles mesmos outra mediação, presentes nas relações sociais, detectamos que o gênero televisivo Programa de Auditório constitui-se em um espaço midiático de resistência das classes populares no contexto da sociedade de classes. Os conceitos de cultura e cultura popular sob a abordagem antropológica iluminam os caminhos percorridos para a definição do gênero como estratégia de comunicabilidade, existente na relação entre telespectadores e gênero. (Torres, 200:12) Na televisão, os Programas de Auditório cumprem o mesmo destino, constituindo-se, desde o início da criação de Assis Chateaubriand, em 1950, em um recurso eficaz para manter a atratividade do novo veículo junto à audiência. Da mesma forma que o rádio, a televisão também teve sua programação elitista abortada, de certa forma, para ganhar volume em13 audiência com as classes populares, que se identificaram logo de saída com os produtos telenovela e Programas de Auditório. O programa O Céu é o Limite pode ser considerado um marco não apenas para o gênero Programas de Auditório mas também por ser o primeiro fenômeno de audiência da televisão brasileira, tendo alcançado 92% de audiência. Veiculado pela Tupi, era levado ao ar simultaneamente em São Paulo (sob o comando de Aurélio Campos) e no Rio de Janeiro (com J. Silvestre). Mas a final que tipo de influencia a os programas de auditório pode causar a na relação visão critica da sociedade? Como se pode observar oque mais se ver em programas de auditórios são: mulheres e homens com certo padrão de beleza seminus. Isto acaba vendendo este padrão de beleza. A sociedade se ver influenciada com estes estereótipos e acreditam que este é o padrão de uma sociedade moderna. Mais uma vez isto vai estimular o consumo, afinal qual mulher não quer ser tão bonita quanto uma assistente de palco do Falstão,e todo home deseja ter os músculos destes rapazes que aparecem do programa do Rodrigo Faro. A musica popular também é algo exacerbante neste tipo de programa. Musica que estimulam o sexo o consumo e enaltece a beleza da mulher “gostosa”. Com toda esta distração a pessoa nem se lembra da crise econômica do País,
  • 11. mal quer saber o que está acontecendo atualmente na politica. E isto desestimula uma visão crítica. Outro fenômeno é a “vulgarização” da mulher, já que as assistentes de palco não se sentem nenhum pouco incomoda em saber que esta sendo vista como símbolo sexual. Não há constrangimento algum em aparecer para o Brasil inteiro quase sem roupa. Assim aquela imagem que o exterior tem do Brasil, de que só vale apenas vir para ao nosso país por causas das mulheres só tende a aumentar. Dar audiência para este tipo de programação, é estar contribuindo para desmoralizar a imagem da mulher. Mas a maior intenção dos programas de auditório é manter a sociedade distraída e faze-la esquecer os problemas sociais. O filosofo Noam Chomsky construiu uma teoria onde ele aponta dez estratégias de manipulação midiática, em uma delas ele afirma: O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')”. Além de tudo é nestes programas que a publicidade mais esta presente, e ao contrario das novelas, não é algo implícito, aqui a publicidade já é clara, pode se observar que os apresentadores separam alguns segundos para falar exclusivamente sobre um produto ou uma marca. Aqui entra de novo a teoria da persuasão, que também diz que uma pessoa só tem interesse em determinada informação ( no caso produto ) se a mesma estive de acordo com ela. (Exposição seletiva). Neste caso aqui a publicidade é infalível, porque os produtores deste programa conhecem muito bem o perfil de seu tele espectador, sabe o que oferecer para ele, tendo a certeza que não haverá rejeição 3. Telejornais Uma das programações que merece mais atenção ao ser assistida são os telejornais, este que os “intelectuais” que se dizem críticos mais assistem.
  • 12. Alguns jornais alcançam audiência de até 40 pontos no ibope. Este é o horário mais cara para a publicidade. O site observatório da imprensa publicou no dia 5 de agosto de 2014 um artigo que mostra a audiência dos telejornais: O papel da televisão no fornecimento de notícias ao público brasileiro é ainda maior do que se imaginava, o que amplia extraordinariamente a importância da observação crítica dos telejornais e programas jornalísticos. O telejornalismo atraiu a atenção de 77,5% dos 18.312 entrevistados na pesquisa nacional de hábitos informativos, realizada pela Secretaria da Comunicação da Presidência da República (Secom) com apoio técnico doIbope (http://www.observatoriodaimprensa.com.br/posts/view/pe squisa_mostra_como_a_critica_dos_telejornais_e_mais_i )mportante_do_que_imaginavamos O site ainda observa que 157,92 milhões de brasileiros assitem o telejornais, e os jornalismo da rede globo é o mais assistido pela população. 45%. É justamente neste contexto que as 10 teorias de manipulação midiática de Noam Chomsky irá se encaixar. Veja: 1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”. 2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES. Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise
  • 13. econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. 3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO. Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez. 4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO. Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento. 5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”. 6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores,
  • 14. compulsões, ou induzir comportamentos… 7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”. 8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE. Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto… 9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE. Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução! 10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM. No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos. Cada uma destas estratégias estão presentes no dia a dia dos telejornais, bastar observa-la e analisar as noticias que eles nos mandam, que facilmente será encontrado. Assim torna-se fácil manipular o pensamento de uma sociedade carente de boas programações, onde os livros nem sempre são acessíveis.
  • 15. Outro fator dos telejornalismos é que os grandes telejornais concentram suas noticias sempre no sul, sudeste e centro-oeste, onde fica as principais capitais do Brasil. Assim aqueles estereótipos de outras capitais vão se mantendo, como por exemplo o de que no nordeste só é seca, ou que na Amazônia existe apenas mato. Assim, como uma pessoa poderá ter uma visão critica se ela mau conhece o pais em que vive? A não ser é claro se ela for algum aventureiro que viaje o Brasil inteiro. Para demonstrar uma visão critica sobre os telejornais, basta analisar os fatos, confrontar noticias de mais de um jornal e procurar a veracidade da noticia. Não adianta apenas receber, é preciso saber oque se esta recebendo para não agir de forma erronia com a informação que se tem em mão. O programa de televisão da Rede Bandeirantes chamado CQC Exibiu no dia 04 de agosto de 2014 uma matéria onde eles mostravam como os jornais podem manipular informações usando das técnicas de edições e da astucia do reporte. No caso o repórter Felipe Andreoli que estava fazendo a cobertura do lançamento de um filme fez dois tipos de perguntas aos artistas, uma sobre o filme que resulta em respostas positivas, e outra sobre algum assunto que gera resposta negativa, como saúde ou educação. Ao editar eles fizeram com que os artistas criticassem o filme que eles mesmos participaram. Claro que isto foi uma brincadeira, mas porem é exatamente oque os telejornais fazem para manipular a opinião da sociedade. E um critico deves estar atento a isto. No final das contas oque leva uma sociedade a ter ou não uma visão critica é ela mesma. ela possui todo o tipo de programação a sua disposição, tem liberdade de escolher o que quer assistir, e com atenção ela conseguirá filtrar esta programação, e não será manipulada pela grande mídia. Cabe somente a ela não deixar isto, alternando sempre entre bons, e porque não ruins programas de TV até porque não se pode criticar aquilo que não se conhece. Também ter sempre um bom livro, tanto livros científicos quanto gêneros literários, exercitar a leitura é exercitar o cérebro, ler o estimula a pensar, e como já disse Descarte, quem pensa existe.
  • 16. Referencias: MAURO Wolf. Teoria da comunicação, TORRES, 200, WOLTON, Dominique 1996 Elogio do Grande Público - uma teoria crítica da televisão Blog de luisnassif . Noam Chomsky: 10 Estratégias de Manipulação Midiática http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/noam-chomsky-10- Teoriasestrategias-de-manipulacao-midiatica Teorias da comunicação. Teoria da persuasão http://teoriasdacomunicacaoppfumec.blogspot.com.br/2012/11/teoria-da- persuasao.html