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Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º
                                    semestre de 2010




                Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA

                           Curso de Comunicação Social




                           TV E NOVAS TECNOLOGIAS

                       UM MODELO DE CONVERGÊNCIA




                                  Fernanda Sayão

                                   Jader Moraes

                                     Thaís Cruz
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                                          Trabalho Apresentado à disciplina de
                                          Mídias Digitais, Professor Rogério Souza,
                                          para obtenção de grau parcial.
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Resumo:

O estudo se propõe a analisar as transformações no modo de fazer (e assistir)
televisão a partir do advento das novas tecnologias. Pretende-se demonstrar como o
veículo se adequou às novas ferramentas surgidas nos últimos anos e quais os
panoramas para o país a partir da implantação da TV Digital, que incorpora em seu
gene todas essas tecnologias.




Palavras-chave:

TV Digital – Tecnologia – Convergência
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1. CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS E AS TRANSFORMAÇÕES NA TV



      As principais transformações dos meios midiáticos tradicionais, nos modos de
fazer comunicação e distribuir informações, são resultantes das novas tecnologias
comunicacionais (NTCs). Nesta transição mudam também os aspectos do público,
principalmente de como recebem e passam a interagir de diferentes formas com os
meios, ou seja, não ficam restritos apenas ao papel de consumidores passivos, mas
exigem cada vez mais ferramentas interativas.

      Dentro do contexto da emergência de novas mídias, principalmente a partir do
surgimento da Internet, os conteúdos da comunicação – ou mensagens - são
transmitidos através de múltiplos suportes midiáticos, constituindo a convergência,
conforme define HENRY JENKINS (2008). Aí está inserida também, a migração dos
públicos, que vão a qualquer parte em busca das experiências de entretenimento
desejadas.

      Por canais diferentes, um mesmo conteúdo pode ser levado aos receptores,
que em seu papel no modelo comunicacional linear passam a assumir formas
distintas. Este novo processo é possível graças às novas tecnologias midiáticas.

      Na convergência, há a evidência de um processo tecnológico unindo múltiplas
funções dentro de um mesmo aparelho, que acabam por tornar imprecisa a barreira
que separa ou separava os meios de comunicação massivos (rádio, impresso e TV).
Esta quebra ocorre desde que os serviços oferecidos exclusiva ou separadamente
por um único meio, podem ser disponibilizados em várias formas físicas. “os velhos
meios de comunicação nunca morrem - nem desaparecem, necessariamente. O que
morre são apenas as ferramentas que usamos para acessar seu conteúdo”
(JENKINS, 2008 p. 39)

      1.1 TV E AS MÍDIAS DIGITAIS
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      Cada antigo meio foi forçado a conviver com os meios emergentes: Rádio-TV;
Impresso, TV E Rádio – Online. Na TV essas transformações ainda são recentes,
senão em desenvolvimento, portanto envolvem muitas premissas a respeito do
futuro, especialmente no Brasil, que está um tanto atrasado em relação aos países
de primeiro mundo neste aspecto.

      Diferentes aparelhos são projetados para acomodar as necessidades de
acesso a conteúdos, dependendo de onde o público está. A convergência altera a
lógica pela qual a indústria midiática opera e pela qual os consumidores processam
a notícia e o entretenimento.

      1.3 MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO DO PÚBLICO

      A convergência representa uma transformação cultural, à medida que
consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em
meio a conteúdos midiáticos dispersos.

      A convergência ocorre dentro dos cérebros de consumidores individuais e em
suas interações sociais com os outros, não simplesmente por meio de aparelhos.

                      Do ponto de vista do público, a evolução da tecnologia da TV estará na
                      melhor qualidade de imagem e som, além da possibilidade de interagir com
                      o conteúdo que será exibido. A televisão tem uma linguagem consolidada e
                      as aplicações interativas deverão respeitar essa linguagem como ela é
                      conhecida hoje pelos telespectadores. A interatividade terá impacto direto
                      na concepção e na produção de novos programas ou na adaptação de
                      programas já existentes. Além de entreter e informar, as aplicações
                      interativas deverão despertar a curiosidade e cativar o telespectador. Se a
                      experiência for desagradável, ele não se interessará em realizar futuras
                      interações. A interatividade não será só um recurso a mais ou uma atração
                      da modernidade (BECKER, 2006).



      Com as mídias digitais, é necessário que novos atrativos sejam criados, de
modo que entretenimento, cultura e informação contribuam para melhorar a vida das
pessoas, tornando a televisão uma ferramenta solucionadora de problemas.
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2. NOVAS POSSIBILIDADES


 “A velocidade das transformações científicas, técnicas, econômicas, culturais e políticas obriga cada
                              um de nós a se redefinir constantemente”, André Lemos e Pierre Lévy.




       Com a invenção da World Wide Web                     em 1991, quando o acesso às
informações e arquivos na rede começou a fazer parte da vida das pessoas comuns,
e principalmente depois da criação do youtuvbe – principal site que possibilita o
compartilhamento de conteúdo em vídeo na internet no Brasil – a televisão deixou
de possibilitar momento únicos. Não era mais preciso estar com a televisão ligada às
21 horas para assistir o capítulo da novela da rede Globo. O conteúdo, que até
então era exibido de uma única forma, passou a estar disponível na internet, através
das postagens de internautas. O mesmo acontece a maioria dos programas
televisivos das principais redes televisivas do Brasil.

       O leque de possibilidades foi aberto: agora, o público pode escolher entre
assistir o conteúdo na televisão ou na internet. E uma opção não exclui a outra, as
principais cenas da novela, por exemplo, podem ser vistas primeiramente na
televisão e depois na internet, se este for o desejo do público.

       Apesar destas mudanças estarem muito baseadas em iniciativas do próprio
público, que retransmite conteúdo, as corporações desenvolvedoras destes também
têm papéis importantes neste contexto. No caso citado, temos a novela, que pode
ser acompanhada pelo youtube, mas, a própria rede Globo, ao verificar esta
crescente procura dos internautas tornou seu site oficial – www.redeglobo.com.br –
mais multimídia. As cenas do capítulo do dia anterior estão expostas na página
destinada à novela. E, inclusive, alguns conteúdos inéditos podem ser conferidos
antes mesmo da veiculação na rede aberta de televisão brasileira.
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          Apostar na queda da audiência das televisões em razão de uma ascensão da
internet é uma visão parecida com a que apostava no fim do rádio com o surgimento
da televisão. E o rádio, está presente na vida da população até hoje. Não se trata de
uma competição, mas sim de encarar a nova geração, como indivíduos capazes de
se desenvolver de forma multimídia, dividindo atenção com várias frentes. Outra
questão que comprova a presença dos dois veículos de forma simultânea é a
observação dos tweets, comentários postados no site de microblogs Twitter. Muitas
vezes, no horário da novela das 20h, exibida na rede Globo, os assuntos mais
comentado na internet é a o desenrolar da programação televisiva.

          O fato é que o resultado dos impulsos de internautas ativos e das empresas
desenvolvedoras de conteúdo trouxe uma nova possibilidade de agregar conteúdo
audiovisual. As transformações não geraram uma crise em nenhuma das esferas
envolvidas, mas exigiram a adaptação para atender às novas necessidades.

          A mudança não ocorre somente com o entretenimento. Antes, somente a
televisão oferecia acesso às “imagens em movimento”. Os outros meios, no máximo,
podiam exibir imagens estáticas para ilustrar a matéria. As possibilidades são
expandidas com a internet e as reportagens jornalísticas hoje podem agregar
vídeos, com imagens do local, passagem do repórter etc, às postagens feitas, além
de informações escritas, infográficos e fotos, que também agregam valor ao
conteúdo produzido e vinculado com base na web.

          Este tipo de conteúdo pode ser conferido em vários grandes portais voltados
à criação e publicação de conteúdo jornalístico, tais como o oglobo.com e o g1.com.
Apesar das diversas possibilidades citadas, cada matéria é avaliada de forma
diferenciada e, por isto, nem todas utilizam os vários recursos disponíveis no meio
online.

          Vale ressaltar que o jornalismo começou a aderir às plataformas web para a
divulgação de conteúdo em 1995, com o Jornal do Brasil, e logo ganhou a adesão
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de outros veículos. O desenvolvimento do jornalismo com base nesta tecnologia
apresentou rápida evolução, acompanhando às novas tendências.
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3. TV DIGITAL – BENEFÍCIOS TECNOLÓGICOS E SOCIAIS



      Todas as transformações na forma de se fazer televisão apontadas até aqui,
de interação e maior participação, ganham ainda mais impulso a partir da
emergência da TV Digital. Em todo o mundo, as empresas de comunicação e
principalmente o público experimentam novas possibilidades tecnológicas com o
novo padrão.

      Os principais benefícios deste novo modelo de TV podem ser definidos de
forma simples através de quatro grupos, que vão além das até então bastante
propaladas melhorias na qualidade de som e imagem.



                      No caso da TV digital [...] a alta definição de imagem é considerada, mas a
                      grande mudança é baseada em outros três conceitos: interatividade,
                      portabilidade e conectividade. Conceitos que suportados por softwares dão
                      “vida” à tela da TV digital (COSENTINO, 2007, p. 41)



      Em primeiro lugar, a TV torna-se móvel e portátil, com a possibilidade de se
assistir em um veículo em movimento ou em um aparelho celular, por exemplo; outra
vantagem, também da ordem tecnológica, é a possibilidade de uma emissora exibir
múltiplos programas – mais de um programa ao mesmo tempo ou vários ângulos de
um mesmo programa.

      A TV Digital também permite maior interatividade com o público, uma vez que
o telespectador poderá responder enquetes, participar de jogos e comprar pelo
controle remoto da televisão, sem sair de casa. Por fim, como já citado
anteriormente, a transmissão é realizada em alta definição e som multicanal.

      No Brasil, especificamente, a TV Digital ainda é um modelo em implantação.
A partir de um decreto assinado pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva em junho
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de 2006, ficou estabelecido um prazo de dez anos para que toda transmissão do
país seja feita por via digital.

       Segundo o pesquisador Deleon Souto Freitas da Silva, em seu artigo Os
desafios da TV Digital no Brasil, o país adotou um estudo pioneiro para definir o
modelo que deve vigorar para a implantação da transmissão digital no país. A partir
do estudo, escolheu-se o padrão japonês.



                       O Brasil foi o único país emergente onde as emissoras e indústrias de
                       equipamentos financiaram testes de laboratório e de campo para comparar
                       a eficiência técnica dos três padrões tecnológicos existentes em relação à
                       transmissão e recepção dos sinais - o modelo americano, o europeu e o
                       japonês (SILVA, 2010, p. 2)



       Para além da transmissão digital e suas vantagens em si, o decreto
presidencial que regulamentou o modelo digital no país também estabeleceu a
criação de quatro novos canais públicos, que conferem à TV Digital um caráter
social e não apenas tecnológico – um canal será destinado às atividades do Poder
Executivo, um para área de Educação, um para Cidadania e um de Cultura, com
veiculação de programas regionais.

       E talvez seja esse caráter social, mais a grande novidade desse novo modelo
de televisão. Tal qual foi concebido pelo governo federal, o modelo de TV Digital
adotado no país abre portas para outra vertente: a democratização dos meios de
comunicação.



                       A TV digital não deve ser vista apenas como uma evolução tecnológica, se
                       trata de uma nova plataforma de comunicação baseada em tecnologia
                       digital. Isso permite além de uma melhora de qualidade de áudio e vídeo, o
                       aumento na oferta de programas televisivos e novas possibilidades de
                       serviços e aplicações.
                       A proposta inicial de democratizar a comunicação, a promoção da
                       diversidade cultural, a inclusão social, o desenvolvimento da ciência e a da
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                      industria nacional, são questões que discutem a ampliação às massas do
                      acesso à produção e distribuição de conteúdos (SILVA, 2010, p.7)


      Assim, a TV Digital deve ser entendida não apenas como um mecanismo que
irá trazer melhorias técnicas para a transmissão no país. Mais que isso, pode ser
enxergada como a chave para uma revolução no campo da produção de conteúdo,
uma vez que busca privilegiar a produção regional e a multiplicação das vozes e dos
atores que compõem o cenário da comunicação nacional.
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BIBLIOGRAFIA
BECKER, Valdecir. Concepção e desenvolvimento de aplicações interativas para a
televisão digital. Florianópolis, 2006.

COSENTINO, Laércio. Software: a essência da TV digital. Brasília: IEL/NC, 2007

JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

SILVA, Deleon Souto Freitas da. Os desafios da TV Digital no Brasil. 2010. Disponível
em: < http://www.revistavinheta.com/textos> Acesso em: 24 nov. 2010.

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Tv e novas tecnologias

  • 1. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA Curso de Comunicação Social TV E NOVAS TECNOLOGIAS UM MODELO DE CONVERGÊNCIA Fernanda Sayão Jader Moraes Thaís Cruz
  • 2. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 Volta Redonda 2010 Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA Curso de Comunicação Social TV E NOVAS TECNOLOGIAS UM MODELO DE CONVERGÊNCIA Fernanda Sayão Jader Moraes Thaís Cruz Trabalho Apresentado à disciplina de Mídias Digitais, Professor Rogério Souza, para obtenção de grau parcial.
  • 3. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 Volta Redonda 2010
  • 4. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 Resumo: O estudo se propõe a analisar as transformações no modo de fazer (e assistir) televisão a partir do advento das novas tecnologias. Pretende-se demonstrar como o veículo se adequou às novas ferramentas surgidas nos últimos anos e quais os panoramas para o país a partir da implantação da TV Digital, que incorpora em seu gene todas essas tecnologias. Palavras-chave: TV Digital – Tecnologia – Convergência
  • 5. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 1. CONVERGÊNCIA DE MÍDIAS E AS TRANSFORMAÇÕES NA TV As principais transformações dos meios midiáticos tradicionais, nos modos de fazer comunicação e distribuir informações, são resultantes das novas tecnologias comunicacionais (NTCs). Nesta transição mudam também os aspectos do público, principalmente de como recebem e passam a interagir de diferentes formas com os meios, ou seja, não ficam restritos apenas ao papel de consumidores passivos, mas exigem cada vez mais ferramentas interativas. Dentro do contexto da emergência de novas mídias, principalmente a partir do surgimento da Internet, os conteúdos da comunicação – ou mensagens - são transmitidos através de múltiplos suportes midiáticos, constituindo a convergência, conforme define HENRY JENKINS (2008). Aí está inserida também, a migração dos públicos, que vão a qualquer parte em busca das experiências de entretenimento desejadas. Por canais diferentes, um mesmo conteúdo pode ser levado aos receptores, que em seu papel no modelo comunicacional linear passam a assumir formas distintas. Este novo processo é possível graças às novas tecnologias midiáticas. Na convergência, há a evidência de um processo tecnológico unindo múltiplas funções dentro de um mesmo aparelho, que acabam por tornar imprecisa a barreira que separa ou separava os meios de comunicação massivos (rádio, impresso e TV). Esta quebra ocorre desde que os serviços oferecidos exclusiva ou separadamente por um único meio, podem ser disponibilizados em várias formas físicas. “os velhos meios de comunicação nunca morrem - nem desaparecem, necessariamente. O que morre são apenas as ferramentas que usamos para acessar seu conteúdo” (JENKINS, 2008 p. 39) 1.1 TV E AS MÍDIAS DIGITAIS
  • 6. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 Cada antigo meio foi forçado a conviver com os meios emergentes: Rádio-TV; Impresso, TV E Rádio – Online. Na TV essas transformações ainda são recentes, senão em desenvolvimento, portanto envolvem muitas premissas a respeito do futuro, especialmente no Brasil, que está um tanto atrasado em relação aos países de primeiro mundo neste aspecto. Diferentes aparelhos são projetados para acomodar as necessidades de acesso a conteúdos, dependendo de onde o público está. A convergência altera a lógica pela qual a indústria midiática opera e pela qual os consumidores processam a notícia e o entretenimento. 1.3 MUDANÇAS NO COMPORTAMENTO DO PÚBLICO A convergência representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos midiáticos dispersos. A convergência ocorre dentro dos cérebros de consumidores individuais e em suas interações sociais com os outros, não simplesmente por meio de aparelhos. Do ponto de vista do público, a evolução da tecnologia da TV estará na melhor qualidade de imagem e som, além da possibilidade de interagir com o conteúdo que será exibido. A televisão tem uma linguagem consolidada e as aplicações interativas deverão respeitar essa linguagem como ela é conhecida hoje pelos telespectadores. A interatividade terá impacto direto na concepção e na produção de novos programas ou na adaptação de programas já existentes. Além de entreter e informar, as aplicações interativas deverão despertar a curiosidade e cativar o telespectador. Se a experiência for desagradável, ele não se interessará em realizar futuras interações. A interatividade não será só um recurso a mais ou uma atração da modernidade (BECKER, 2006). Com as mídias digitais, é necessário que novos atrativos sejam criados, de modo que entretenimento, cultura e informação contribuam para melhorar a vida das pessoas, tornando a televisão uma ferramenta solucionadora de problemas.
  • 7. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 2. NOVAS POSSIBILIDADES “A velocidade das transformações científicas, técnicas, econômicas, culturais e políticas obriga cada um de nós a se redefinir constantemente”, André Lemos e Pierre Lévy. Com a invenção da World Wide Web em 1991, quando o acesso às informações e arquivos na rede começou a fazer parte da vida das pessoas comuns, e principalmente depois da criação do youtuvbe – principal site que possibilita o compartilhamento de conteúdo em vídeo na internet no Brasil – a televisão deixou de possibilitar momento únicos. Não era mais preciso estar com a televisão ligada às 21 horas para assistir o capítulo da novela da rede Globo. O conteúdo, que até então era exibido de uma única forma, passou a estar disponível na internet, através das postagens de internautas. O mesmo acontece a maioria dos programas televisivos das principais redes televisivas do Brasil. O leque de possibilidades foi aberto: agora, o público pode escolher entre assistir o conteúdo na televisão ou na internet. E uma opção não exclui a outra, as principais cenas da novela, por exemplo, podem ser vistas primeiramente na televisão e depois na internet, se este for o desejo do público. Apesar destas mudanças estarem muito baseadas em iniciativas do próprio público, que retransmite conteúdo, as corporações desenvolvedoras destes também têm papéis importantes neste contexto. No caso citado, temos a novela, que pode ser acompanhada pelo youtube, mas, a própria rede Globo, ao verificar esta crescente procura dos internautas tornou seu site oficial – www.redeglobo.com.br – mais multimídia. As cenas do capítulo do dia anterior estão expostas na página destinada à novela. E, inclusive, alguns conteúdos inéditos podem ser conferidos antes mesmo da veiculação na rede aberta de televisão brasileira.
  • 8. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 Apostar na queda da audiência das televisões em razão de uma ascensão da internet é uma visão parecida com a que apostava no fim do rádio com o surgimento da televisão. E o rádio, está presente na vida da população até hoje. Não se trata de uma competição, mas sim de encarar a nova geração, como indivíduos capazes de se desenvolver de forma multimídia, dividindo atenção com várias frentes. Outra questão que comprova a presença dos dois veículos de forma simultânea é a observação dos tweets, comentários postados no site de microblogs Twitter. Muitas vezes, no horário da novela das 20h, exibida na rede Globo, os assuntos mais comentado na internet é a o desenrolar da programação televisiva. O fato é que o resultado dos impulsos de internautas ativos e das empresas desenvolvedoras de conteúdo trouxe uma nova possibilidade de agregar conteúdo audiovisual. As transformações não geraram uma crise em nenhuma das esferas envolvidas, mas exigiram a adaptação para atender às novas necessidades. A mudança não ocorre somente com o entretenimento. Antes, somente a televisão oferecia acesso às “imagens em movimento”. Os outros meios, no máximo, podiam exibir imagens estáticas para ilustrar a matéria. As possibilidades são expandidas com a internet e as reportagens jornalísticas hoje podem agregar vídeos, com imagens do local, passagem do repórter etc, às postagens feitas, além de informações escritas, infográficos e fotos, que também agregam valor ao conteúdo produzido e vinculado com base na web. Este tipo de conteúdo pode ser conferido em vários grandes portais voltados à criação e publicação de conteúdo jornalístico, tais como o oglobo.com e o g1.com. Apesar das diversas possibilidades citadas, cada matéria é avaliada de forma diferenciada e, por isto, nem todas utilizam os vários recursos disponíveis no meio online. Vale ressaltar que o jornalismo começou a aderir às plataformas web para a divulgação de conteúdo em 1995, com o Jornal do Brasil, e logo ganhou a adesão
  • 9. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 de outros veículos. O desenvolvimento do jornalismo com base nesta tecnologia apresentou rápida evolução, acompanhando às novas tendências.
  • 10. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 3. TV DIGITAL – BENEFÍCIOS TECNOLÓGICOS E SOCIAIS Todas as transformações na forma de se fazer televisão apontadas até aqui, de interação e maior participação, ganham ainda mais impulso a partir da emergência da TV Digital. Em todo o mundo, as empresas de comunicação e principalmente o público experimentam novas possibilidades tecnológicas com o novo padrão. Os principais benefícios deste novo modelo de TV podem ser definidos de forma simples através de quatro grupos, que vão além das até então bastante propaladas melhorias na qualidade de som e imagem. No caso da TV digital [...] a alta definição de imagem é considerada, mas a grande mudança é baseada em outros três conceitos: interatividade, portabilidade e conectividade. Conceitos que suportados por softwares dão “vida” à tela da TV digital (COSENTINO, 2007, p. 41) Em primeiro lugar, a TV torna-se móvel e portátil, com a possibilidade de se assistir em um veículo em movimento ou em um aparelho celular, por exemplo; outra vantagem, também da ordem tecnológica, é a possibilidade de uma emissora exibir múltiplos programas – mais de um programa ao mesmo tempo ou vários ângulos de um mesmo programa. A TV Digital também permite maior interatividade com o público, uma vez que o telespectador poderá responder enquetes, participar de jogos e comprar pelo controle remoto da televisão, sem sair de casa. Por fim, como já citado anteriormente, a transmissão é realizada em alta definição e som multicanal. No Brasil, especificamente, a TV Digital ainda é um modelo em implantação. A partir de um decreto assinado pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva em junho
  • 11. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 de 2006, ficou estabelecido um prazo de dez anos para que toda transmissão do país seja feita por via digital. Segundo o pesquisador Deleon Souto Freitas da Silva, em seu artigo Os desafios da TV Digital no Brasil, o país adotou um estudo pioneiro para definir o modelo que deve vigorar para a implantação da transmissão digital no país. A partir do estudo, escolheu-se o padrão japonês. O Brasil foi o único país emergente onde as emissoras e indústrias de equipamentos financiaram testes de laboratório e de campo para comparar a eficiência técnica dos três padrões tecnológicos existentes em relação à transmissão e recepção dos sinais - o modelo americano, o europeu e o japonês (SILVA, 2010, p. 2) Para além da transmissão digital e suas vantagens em si, o decreto presidencial que regulamentou o modelo digital no país também estabeleceu a criação de quatro novos canais públicos, que conferem à TV Digital um caráter social e não apenas tecnológico – um canal será destinado às atividades do Poder Executivo, um para área de Educação, um para Cidadania e um de Cultura, com veiculação de programas regionais. E talvez seja esse caráter social, mais a grande novidade desse novo modelo de televisão. Tal qual foi concebido pelo governo federal, o modelo de TV Digital adotado no país abre portas para outra vertente: a democratização dos meios de comunicação. A TV digital não deve ser vista apenas como uma evolução tecnológica, se trata de uma nova plataforma de comunicação baseada em tecnologia digital. Isso permite além de uma melhora de qualidade de áudio e vídeo, o aumento na oferta de programas televisivos e novas possibilidades de serviços e aplicações. A proposta inicial de democratizar a comunicação, a promoção da diversidade cultural, a inclusão social, o desenvolvimento da ciência e a da
  • 12. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 industria nacional, são questões que discutem a ampliação às massas do acesso à produção e distribuição de conteúdos (SILVA, 2010, p.7) Assim, a TV Digital deve ser entendida não apenas como um mecanismo que irá trazer melhorias técnicas para a transmissão no país. Mais que isso, pode ser enxergada como a chave para uma revolução no campo da produção de conteúdo, uma vez que busca privilegiar a produção regional e a multiplicação das vozes e dos atores que compõem o cenário da comunicação nacional.
  • 13. CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Artigo científico de Jornalismo: “TV e novas tecnologias: um modelo de convergência”- 2º semestre de 2010 BIBLIOGRAFIA BECKER, Valdecir. Concepção e desenvolvimento de aplicações interativas para a televisão digital. Florianópolis, 2006. COSENTINO, Laércio. Software: a essência da TV digital. Brasília: IEL/NC, 2007 JENKINS, Henry. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2008. SILVA, Deleon Souto Freitas da. Os desafios da TV Digital no Brasil. 2010. Disponível em: < http://www.revistavinheta.com/textos> Acesso em: 24 nov. 2010.