O documento apresenta uma lista de classes de palavras e funções sintáticas em português, incluindo nomes, verbos, adjetivos e outros. Também fornece exemplos de pronomes e suas funções como sujeito, complemento direto, indireto e oblíquo.
24. 1.
O texto apresentado integra-se no
capítulo V do «Sermão de Santo António»,
quando o orador trata de repreender os
peixes, em particular. O «peixe» criticado
é o polvo. Se considerarmos a estrutura
típica dos sermões, este passo situa-se já
perto do final da narração (ou
confirmação), seguindo-se-lhe o capítulo
VI, que constitui a peroração.
25. 2.1
Primeira parte, ll. 1-3 (primeira
frase); segunda parte — ll. 3-14; terceira
parte — ll. 15-21.
27. 3.1
[Há três expressões que poderiam ser
escolhidas: A primeira salienta a aparência de
santidade do molusco: «com aquele seu capelo
na cabeça, parece um monge» (l. 3); a segunda
comparação é estabelecida com uma estrela e,
decerto, com a sua luminosidade: «com aqueles
raios estendidos, parece uma estrela» (ll. 3-4). A
terceira comparação vinca a aparência inofensiva
do polvo: «com aquele não ter osso nem espinha,
parece a mesma brandura, a mesma mansidão»
(ll. 4-5). Estes atributos tão lisonjeiros ligados à
aparência contrastam com a realidade, a
dissimulação de que é capaz o polvo: «é o maior
traidor do mar»).]
28. 4.1.
O camaleão tem em comum com o
polvo o facto de alterar a sua coloração
em função do ambiente em que se
encontra.
29. 4.2.
Segundo o pregador, estes animais
distinguem-se, porque esta caracte-
rística é «gala» (l. 9), no camaleão, e
«malícia» (l. 10), no polvo.
30. 5.1.
A comparação é feita com Judas,
também um traidor como o polvo, apesar
de, na opinião do pregador, as
características da sua traição serem
menos graves que as do polvo.
31. 6.
Apóstrofe — «peixe aleivoso e vil»
(l. 20). Esta apóstrofe, com uma dupla
adjetivação de conotação negativa,
revela a perspetiva do pregador sobre as
características do polvo.
6.1
Vocativo.
32. 7.
As interrogações retóricas (ll. 12 e
15) visam atrair a atenção dos ouvintes.
Como momentos de pausa na progressão
do sermão, chamam o auditório a uma
reflexão, preparando, desta forma, a
argumentação que se lhes segue.
33. 10.
Podemos talvez considerar deíticos
pessoais «estamos» (l. 1), «saiamos» (l.
1), «vê» (1.20), «tua» (l. 20); e deíticos
espaciais «saiamos» ou «lá» (l. 1).
(Quanto a mim, estas expressões
dificilmente evocam propriamente a
enunciação — o orador reporta-se ao seu
espaço ou está apenas a criar uma
situação narrativa? — e não são bons
exemplos de deixis.)
34. 11.1
Proponho duas hipóteses (com
«dever» e «poder»):
Até Judas pode não ter sido tão traidor
como tu, polvo estúpido.
Até Judas não deve ter sido tão traidor
quanto tu, estupidíssimo polvo.
35. 12.
a.
A queda do -m de SPINAM consiste
numa apócope. O acrescento da vogal
no início da palavra é uma prótese.
Houve ainda a palatalização do n em nh.
36. b.
Como é costume deu-se a apócope
do -m latino. A passagem do t a d
configura uma sonorização.
37. c.
Como sempre, tudo começa com a
apócope do -m. Deu-se depois o
desaparecimento de um som medial (a
síncope do -n-). Na passagem -ea a -eia
há uma ditongação.
38. d.
Apócope do -m. Síncope do i.
Sonorização do t em d.
39. Só vou poder ver (comentar) as
gravações sobre leituras entregues
recentemente lá para o final da próxima
semana.
(Quem não entregou ainda aproveite
e procure resolver o assunto até lá.)