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Ciclo de Palestras sobre: 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
Compreender, Proteger, Intervir 
DATA: 10 de Outubro de 2014 
APRESENTADOR: Carlos 
Vaguy
Ciclo de Palestras sobre: 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
Compreender, Proteger, Intervir 
O fenómeno l O IMPACTO E AS CONSEQUÊNCIAS NAS CRIANÇAS E JOVENS 
O agressor l INTERVENÇÃO JUNTO DOS AGRESSORES 
A intervenção l TRABALHO MULTIDISCIPLINAR E EM REDE
Ciclo de Palestras sobre: 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
Compreender, Proteger, Intervir 
Celma Pontes 
Licenciou-se em Administração Pública e Comunicação Empresarial, pela Universidade 
Agostinho Neto. Actualmente é actriz e jornalista e membro do Grupo Teatral Walpipa. 
Fez parte do elenco de luxo do grande sucesso de audiência: Windeck. 
Apoia no projecto "Diga não as Drogas" da produtora MMA. 
A Madrinha
Somos vítimas 
Violência urbana 
Banalização do fenómeno (diminuindo a sensação de estranhamento) 
Mal necessário 
VIOLÊNCIA 
O tema violência nos é familiar, devido as informações difundidas através da impressa: notícias, 
reportagens de violência a vários níveis, nas vivências e no quotidiano do dia-a-dia
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
Apesar do fenómeno estar a ocupar maior espaço na impressa, é necessário perguntar: A 
violência domestica tem de facto crescido ou a percepção a seu respeito é que tem aumentado?
LEI CONTRA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
O PORQUE DESSA INICIATIVA 
A Lei n.º 25/11 de 14 de Julho, contra Violência Doméstica foi vista e aprovada pela Assembleia 
Nacional, em Luanda aos 21 de Junho de 2011 e promulgada pelo Presidente da República os 07 
de Julho do mesmo ano 
ARTIGO 1.° 
Incentivar a prevenção da violência doméstica 
Fomentar políticas educação, informação, saúde e apoio social 
Desencorajar actos com base nos usos e costumes, atente contra a dignidade da pessoa humana
ENQUADRAMENTO DA 
INICIATIVA DIANTE DA LEI 
ARTIGO 8.° (Sensibilização e informação) 
ARTIGO 10.°(Formação) 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E APOIO 
A Lei contra Violência Doméstica consagra medidas de prevenção, tais como: Sensibilização e 
informação junto das comunidades ou ainda expansão dos conhecimentos e a identificação e 
da difusão de boas práticas. E ainda a necessidade de formação dos profissionais que 
intervenham no processo
É um comportamento violento que ocorre 
em ambiente familiar 
O QUE É VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
Não existe uma definição uniforme nem critérios objectivos. É um conceito abrangente que 
integra e liga entre si vários tipos de abusos sobre os membros da família: maus tratos às 
crianças, às mulheres e aos idosos, ao homem pela mulher e pelos filhos adolescentes sobre os 
pais adultos
Tipos DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
· Maus tratos físicos 
· Isolamento social 
· Intimidação 
· Maus tratos emocionais, verbais e psicológicos 
· Ameaças 
· Violência sexual 
· Controlo económico 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
O rompimento de vínculos e desestruturação familiar pode refletir-se na progressão da 
violência. Por outro lado, as acusações de prática de feitiçaria a idosos e as crianças são também 
motivos catalisadores do fenómeno
Relacional 
Conjectural 
Sóciocultural 
ORIGEM DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
Uma análise mais profunda do complexo esquema de relações causa e efeitos, diz-nos que a 
causa mais profunda do fenómeno é o colapso do sistema nacional de educação, sobretudo a 
educação moral e cívica e a formação profissional
1. O Estado deve promover a criação de condições necessárias para o 
apoio psicológico e psiquiátrico do agente do crime de violência 
doméstica. 
2. Devem ser elaborados e implementados programas de recuperação 
dos agentes do crime de violência doméstica. 
A LEI E O APOIO AO AGRESSOR 
O ARTIGO 20.° da Lei Contra a violência doméstica consagra o dever do estado em garantir o 
Apoio ao agente do crime
CICLO DA VIOLÊNCIA 
Violência Doméstica ocorre pela necessidade do agressor exercer poder e controlo total sobre a 
outra pessoa e sobre a relação
1. Fase de emergência da violência – fase da tensão; 
2. Fase do incidente crítico da agressão – fase da explosão; 
3. Fase da reconciliação – fase da lua-de-mel; 
CICLO DA VIOLÊNCIA 
Os maus-tratos aumentam em intensidade, frequência e perigosidade, com o decorrer do 
tempo. E à medida que a violência continua, o ciclo modifica-se: a primeira fase torna-se cada 
vez mais curta e intensa; a segunda fase torna-se cada vez mais frequente e grave; e a terceira 
cada vez menos duradoura e intensa
O PERFIL DO AGRESSOR 
Caraterísticas comuns: “alcoolismo; desemprego; autoestima baixa; experiência com maus-tratos; 
depressão; progressão da violência; e precocidade 
O companheiro ou cônjuge, 
Crianças vítimas tornam-se agressoras, maioritariamente de mães e irmãos; 
As mulheres maus tratos aos filhos;
Vistos de fora, os agressores podem parecer responsáveis, dedicados, 
O PERFIL DO AGRESSOR 
carinhosos e cidadãos exemplares 
Na verdade, o que parece faltar na relação permeada pela 
violência é educação e respeito 
Não existe um perfil característico de um homem agressor porém a maioria dos homens têm 
necessidade de controle ou dominação sobre a mulher; possuem sentimento de poder frente à 
mulher; têm receio da independência da mulher; a maioria deles libertam a raiva em reposta à 
percepção de que estaria perdendo a posição de chefe da família
É necessário, em primeiro lugar, trabalhar lugar as 
questões relacionadas com a motivação. 
Compreender as dinâmicas que sustentam a interacção violenta, para 
poderemos implementar uma adequada intervenção 
REABILITAÇÃO 
Dada a natureza deste fenómeno e as características psicossociais dos agressores, uma das 
formas de proteger as vítimas e de prevenir futuras situações é, precisamente, favorecer a 
mudança nos agressores no sentido de um comportamento relacional, actual ou futuro, não 
violento
Individual 
Casal 
Familiar 
Grupo 
REABILITAÇÃO 
Os programas ou estratégias de gestão da ira/raiva, 
treinos de competências de auto-controlo; 
os grupos de auto-ajuda; 
os programas psico-educacionais; 
Tem de haver, em paralelo, um investimento fundamental na educação comunitária, na 
educação para a cidadania e para os direitos/igualdade, no combate às formas de violência 
socializada sustentadas em crenças e mitos
Consumo de álcool. 
É prioritário intervir primeiro nesta situação e só depois nas outras questões de fundo. 
Basta o consumo do álcool ter sido controlado para observarmos mudanças no comportamento do indivíduo. 
Mas atenção: não é dizer que o álcool é responsável, mas sim um factor de risco. 
Depois de resolvidas estas questões prioritárias, vamos trabalhar aquilo que está por trás da violência 
conjugal (personalidade e sociculturais). 
METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS 
Estas intervenções procuram fazer com que a relação se reequilibre em termos de poder e 
controlo
instituições voltadas à proteção da vítima não englobam o agressor como se 
este não fizesse parte do processo de violência; 
É importante implementar-se ações que atinjam, também, aquele que agride; 
cuidar das crianças, ninguém nasce violento, mas aprende a sê-lo; 
EM ANGOLA 
o agressor não tem acompanhamento psicossocial assegurado, mesmo que a sua companheira queira se 
separar ele poderá fazer o mesmo com outras mulheres e, dar-se-á início ao ciclo, muda-se apenas o 
endereço
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quem chora é mulher", 
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demonstração de fragilidade, 
CUSTO DA INTERVENÇÃO 
O gasto utilizado com intervenção poderia também ser empregue em prevenção, junto à família: 
A produtora de agressores e vítimas
Não basta aplicar uma pena criminal para que um problema de 
violência familiar se resolva 
se não formos às causas, se não explicarmos a violência, não 
para a justificar, mas para a perceber e resolver, se possível, 
não conseguiremos nem reabilitar o agressor, nem proteger e 
apoiar a vítima.
Apostando numa efectiva recuperação do agressor, será possível 
alcançarmos a principal finalidade da Lei Contra a Violência Doméstica.
Relações familiares, 
com os afectos corroídos e com os medos e os ódios sedimentados, 
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também uma intervenção com o agressor
Eu sou contra a violência doméstica 
e tu?
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Ciclo de Palestras sobre Violência Doméstica

  • 1. Ciclo de Palestras sobre: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Compreender, Proteger, Intervir DATA: 10 de Outubro de 2014 APRESENTADOR: Carlos Vaguy
  • 2. Ciclo de Palestras sobre: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Compreender, Proteger, Intervir O fenómeno l O IMPACTO E AS CONSEQUÊNCIAS NAS CRIANÇAS E JOVENS O agressor l INTERVENÇÃO JUNTO DOS AGRESSORES A intervenção l TRABALHO MULTIDISCIPLINAR E EM REDE
  • 3. Ciclo de Palestras sobre: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Compreender, Proteger, Intervir Celma Pontes Licenciou-se em Administração Pública e Comunicação Empresarial, pela Universidade Agostinho Neto. Actualmente é actriz e jornalista e membro do Grupo Teatral Walpipa. Fez parte do elenco de luxo do grande sucesso de audiência: Windeck. Apoia no projecto "Diga não as Drogas" da produtora MMA. A Madrinha
  • 4. Somos vítimas Violência urbana Banalização do fenómeno (diminuindo a sensação de estranhamento) Mal necessário VIOLÊNCIA O tema violência nos é familiar, devido as informações difundidas através da impressa: notícias, reportagens de violência a vários níveis, nas vivências e no quotidiano do dia-a-dia
  • 5. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Apesar do fenómeno estar a ocupar maior espaço na impressa, é necessário perguntar: A violência domestica tem de facto crescido ou a percepção a seu respeito é que tem aumentado?
  • 6. LEI CONTRA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA O PORQUE DESSA INICIATIVA A Lei n.º 25/11 de 14 de Julho, contra Violência Doméstica foi vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda aos 21 de Junho de 2011 e promulgada pelo Presidente da República os 07 de Julho do mesmo ano ARTIGO 1.° Incentivar a prevenção da violência doméstica Fomentar políticas educação, informação, saúde e apoio social Desencorajar actos com base nos usos e costumes, atente contra a dignidade da pessoa humana
  • 7. ENQUADRAMENTO DA INICIATIVA DIANTE DA LEI ARTIGO 8.° (Sensibilização e informação) ARTIGO 10.°(Formação) MEDIDAS DE PREVENÇÃO E APOIO A Lei contra Violência Doméstica consagra medidas de prevenção, tais como: Sensibilização e informação junto das comunidades ou ainda expansão dos conhecimentos e a identificação e da difusão de boas práticas. E ainda a necessidade de formação dos profissionais que intervenham no processo
  • 8. É um comportamento violento que ocorre em ambiente familiar O QUE É VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Não existe uma definição uniforme nem critérios objectivos. É um conceito abrangente que integra e liga entre si vários tipos de abusos sobre os membros da família: maus tratos às crianças, às mulheres e aos idosos, ao homem pela mulher e pelos filhos adolescentes sobre os pais adultos
  • 9. Tipos DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA · Maus tratos físicos · Isolamento social · Intimidação · Maus tratos emocionais, verbais e psicológicos · Ameaças · Violência sexual · Controlo económico VIOLÊNCIA DOMÉSTICA O rompimento de vínculos e desestruturação familiar pode refletir-se na progressão da violência. Por outro lado, as acusações de prática de feitiçaria a idosos e as crianças são também motivos catalisadores do fenómeno
  • 10. Relacional Conjectural Sóciocultural ORIGEM DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Uma análise mais profunda do complexo esquema de relações causa e efeitos, diz-nos que a causa mais profunda do fenómeno é o colapso do sistema nacional de educação, sobretudo a educação moral e cívica e a formação profissional
  • 11. 1. O Estado deve promover a criação de condições necessárias para o apoio psicológico e psiquiátrico do agente do crime de violência doméstica. 2. Devem ser elaborados e implementados programas de recuperação dos agentes do crime de violência doméstica. A LEI E O APOIO AO AGRESSOR O ARTIGO 20.° da Lei Contra a violência doméstica consagra o dever do estado em garantir o Apoio ao agente do crime
  • 12. CICLO DA VIOLÊNCIA Violência Doméstica ocorre pela necessidade do agressor exercer poder e controlo total sobre a outra pessoa e sobre a relação
  • 13. 1. Fase de emergência da violência – fase da tensão; 2. Fase do incidente crítico da agressão – fase da explosão; 3. Fase da reconciliação – fase da lua-de-mel; CICLO DA VIOLÊNCIA Os maus-tratos aumentam em intensidade, frequência e perigosidade, com o decorrer do tempo. E à medida que a violência continua, o ciclo modifica-se: a primeira fase torna-se cada vez mais curta e intensa; a segunda fase torna-se cada vez mais frequente e grave; e a terceira cada vez menos duradoura e intensa
  • 14. O PERFIL DO AGRESSOR Caraterísticas comuns: “alcoolismo; desemprego; autoestima baixa; experiência com maus-tratos; depressão; progressão da violência; e precocidade O companheiro ou cônjuge, Crianças vítimas tornam-se agressoras, maioritariamente de mães e irmãos; As mulheres maus tratos aos filhos;
  • 15. Vistos de fora, os agressores podem parecer responsáveis, dedicados, O PERFIL DO AGRESSOR carinhosos e cidadãos exemplares Na verdade, o que parece faltar na relação permeada pela violência é educação e respeito Não existe um perfil característico de um homem agressor porém a maioria dos homens têm necessidade de controle ou dominação sobre a mulher; possuem sentimento de poder frente à mulher; têm receio da independência da mulher; a maioria deles libertam a raiva em reposta à percepção de que estaria perdendo a posição de chefe da família
  • 16. É necessário, em primeiro lugar, trabalhar lugar as questões relacionadas com a motivação. Compreender as dinâmicas que sustentam a interacção violenta, para poderemos implementar uma adequada intervenção REABILITAÇÃO Dada a natureza deste fenómeno e as características psicossociais dos agressores, uma das formas de proteger as vítimas e de prevenir futuras situações é, precisamente, favorecer a mudança nos agressores no sentido de um comportamento relacional, actual ou futuro, não violento
  • 17. Individual Casal Familiar Grupo REABILITAÇÃO Os programas ou estratégias de gestão da ira/raiva, treinos de competências de auto-controlo; os grupos de auto-ajuda; os programas psico-educacionais; Tem de haver, em paralelo, um investimento fundamental na educação comunitária, na educação para a cidadania e para os direitos/igualdade, no combate às formas de violência socializada sustentadas em crenças e mitos
  • 18. Consumo de álcool. É prioritário intervir primeiro nesta situação e só depois nas outras questões de fundo. Basta o consumo do álcool ter sido controlado para observarmos mudanças no comportamento do indivíduo. Mas atenção: não é dizer que o álcool é responsável, mas sim um factor de risco. Depois de resolvidas estas questões prioritárias, vamos trabalhar aquilo que está por trás da violência conjugal (personalidade e sociculturais). METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS Estas intervenções procuram fazer com que a relação se reequilibre em termos de poder e controlo
  • 19. instituições voltadas à proteção da vítima não englobam o agressor como se este não fizesse parte do processo de violência; É importante implementar-se ações que atinjam, também, aquele que agride; cuidar das crianças, ninguém nasce violento, mas aprende a sê-lo; EM ANGOLA o agressor não tem acompanhamento psicossocial assegurado, mesmo que a sua companheira queira se separar ele poderá fazer o mesmo com outras mulheres e, dar-se-á início ao ciclo, muda-se apenas o endereço
  • 20. "homem não chora nem leva desaforo para casa; quem chora é mulher", É incutindo nas crianças o conceito do choro como demonstração de fragilidade, CUSTO DA INTERVENÇÃO O gasto utilizado com intervenção poderia também ser empregue em prevenção, junto à família: A produtora de agressores e vítimas
  • 21. Não basta aplicar uma pena criminal para que um problema de violência familiar se resolva se não formos às causas, se não explicarmos a violência, não para a justificar, mas para a perceber e resolver, se possível, não conseguiremos nem reabilitar o agressor, nem proteger e apoiar a vítima.
  • 22. Apostando numa efectiva recuperação do agressor, será possível alcançarmos a principal finalidade da Lei Contra a Violência Doméstica.
  • 23. Relações familiares, com os afectos corroídos e com os medos e os ódios sedimentados, numa ambivalência de sentimentos difícil de gerir, importa também uma intervenção com o agressor
  • 24. Eu sou contra a violência doméstica e tu?