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A SOBREPOSIÇÃO DA PANDEMIA À
SÍNDROME DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRAA MULHER-
PREVENIR E ERRADICAR NO PRENÚNCIO!
DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E SEXUALIDADE
MARIAALICE PELIÇARIO –2021303606
<apelicario@gmail.com >
RESUMO
Com o advento da PANDEMIA de COVID-19 em que o mundo entrou em confinamento, as
mulheres foram as que mais sofreram os impactos da sobreposição da Crise à Síndrome da
violência Doméstica contra a Mulher! Apesar de ser o grupo social que mais contribui com a
sociedade, em vários aspectos, como o econômico na força de trabalho, o político pela luta
por equidade de gêneros, os cuidados em saúde com a maioria de cargos no setor, em pleno
século 21, ainda é o que mais sofre pela violência estrutural. Essa crise é permanente e eivada
de machismo e Patriarcalismo. Precisamos entrar…“NO OLHO DO FURACÃO” e ver o que
se esconde no prenúncio da violência doméstica contra a mulher, para prevenir e erradicar a
violência antes que aconteça! Atuar, intervir e monitorar estrategicamente, tal qual uma
agência meteorológica, na fase do design do conflito, na relação interpessoal afetiva. Ao
aplicar a metodologia própria, “NO OLHO DO FURACÃO”, inspirada e desenvolvida no
DESIGN THINKING e olhar apuradamente no núcleo do problema, queremos testar e
apostamos que seja possível, monitorar os “ventos” ( os conflitos) das relações, que
antecedem a fase do prenúncio da violência doméstica contra a mulher para evitar que a
violência aconteça, que se manifeste!
Conforme a velocidade dos “ventos” (analogamente aos furacões) pretende-se intervir
proativamente, em tempo hábil, auxiliando ou mesmo impedindo tanto a formação do ciclo
nefasto de violência, quanto que a mulher entre no RADAR de um potencial agressor.
Empoderar mulheres, e aqui o termo é empregado no sentido de poder pessoal interno e
introjetado, ofertando inicialmente uma escuta ativa qualificada, para fins de diagnóstico,
uma mentoria com jornada básica de 7 passos, com a finalidade de adesão ao projeto e
assim, disponibilizar assistência contínua à preservação de sua dignidade e dos seus Direitos
Humanos, principalmente de integridade e vida. Para o Projeto de Experiência, inaugurar
uma STARTUP “Mulher-WINDKLUB,¹” concebida como uma SocialTec, uma empresa de
negócios de impacto social, idealizada justamente para tratar do problema da prevenção de
1
violência doméstica contra a mulher, especialmente em relacionamentos afetivos. Ainda em
fase de ideação, prevê a implementação de um PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA
CONTÍNUA EM DIREITOS HUMANOS ² por aplicativo.
Trata-se de ações multidisciplinares com um portfólio de ferramentas digitais combinadas, e
uma gama de suportes voltados para o gerenciamento desse tipo complexo de conflito afetivo,
com foco exclusivo em violência doméstica contra a mulher, especialmente em
relacionamentos potencialmente abusivos, objetivando-se a preservação dos Direitos
Humanos, ou seja, a integridade e a vida da mulher. Uma verdadeira Plataforma em parceria
com a Universidade, para educar, orientar, conscientizar, utilizando-se Objetos Digitais de
Aprendizagem “ODAS” e apoiar por Palestras, Workshops, Mentoria, Formação e Educação
à Distância “EAD” bem como, suporte por meio de ESCUTA ATIVA QUALIFICADA
“E.A.Q” com atendimentos por REDE de facilitadoras especializadas e treinadas no tema e
com a utilização da consagrada metodologia de COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA “CNV”
de ROSENBERG. M. ( 2006) via WHEREBAY - ligação de vídeo ³. Inaugurar em parceria
com o Poder Público, uma Agência de Monitoramento e Observação de Relacionamentos
com foco em conflitos de Gênero, ( tal qual uma agência meteorológica) usando aplicativos e
ferramentas de georreferenciamento para atuar sempre que possível, e esse é o maior desafio,
antes do 180 ou 190, antes da emergência, antes mesmo da mulher estar em situação de
violência, ou ser vitimada, ou seja, antes da configuração propriamente dita de um crime,
ainda no prenúncio, no design da relação interpessoal, antes mesmo que aconteça! Agir na
causa para coibir seus efeitos numa fase anterior à violência fática!
Auxiliar no âmbito social com Políticas Públicas, para evitar que se torne um crime, que se
torne judicial. Proporcionar assistência contínua em Direitos Humanos das mulheres para que
sejam preservados, antes que sejam aviltados!
"Todos por uma vida sem violência!"
Palavras-chave:
PANDEMIA., DIREITOS HUMANOS DA MULHER., VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.,
PREVENÇÃO NO PRENÚNCIO., MONITORAMENTO DO CONFLITO
2
1. INTRODUÇÃO
A Pandemia de coronavírus virou o mundo de cabeça para baixo, colocando a população
mundial em confinamento e isolamento social, e de repente as pessoas sequer podiam respirar
livremente. Um vírus aparentemente insignificante( por não ser visto à olho nú), contaminou
o mundo matando, varrendo a população indiscriminadamente, despertando no ser humano o
maior de todos os medos: o tânatos!
Era a morte espreitando para todos os lados, e uma sensação de medo e impotência
generalizada, mesclada com imagens devastadoras de valas de cemitérios. No Brasil, em
apenas 2 anos, lamentavelmente, já se foram mais de 660 mil pessoas queridas de alguém,
muitas delas enterradas sem nem mesmo um adeus. As circunstâncias do perigo de contágio
eram alarmantes o suficiente para demandar uma emergência geral em Saúde Pública. Mas,
foram agravadas por absoluta ineficiência no gerenciamento da crise pelo Poder Público, haja
vista o que foi sobejamente noticiado, como por exemplo, o comportamento de líderes
governamentais, a exemplo do representante máximo em exercício na Presidência da
República do Brasil. Seja pelo não uso de máscaras em aglomerações, seja pelas declarações
negacionistas totalmente desconectadas de estudos científicos, deixou pairar dúvidas acerca
da doença gerando mais insegurança na população. O descompasso na condução do
enfrentamento da crise, levando-se em conta ainda, a frenética “dança das cadeiras” no
Ministério da Saúde, influenciou negativamente e decisivamente para a ampliação da crise. A
impressão da população era a de estar num barco à deriva sem comandante em meio à
tempestade!
Enquanto isso, o medo se instaurou no âmbito social e no privado, e por diversas razões as
pessoas vivenciaram todas as incertezas possíveis em meio a uma sucessão de mortes num
luto coletivo! Crianças e jovens ficaram sem o ambiente escolar, vários empresários fecharam
suas portas, trabalhadores perderam seus empregos, as pessoas não podiam mais viajar
livremente para encontrar seus parentes ou ingressar em outros países. Além da mobilidade
prejudicada e hospitais lotados, ora sem leitos, ora sem respiradores, a população foi obrigada
a adotar medidas sanitárias restritivas. Para piorar, num mundo de internet e tecnologias
digitais, fake news são replicadas com uso de inteligência artificial num mar de
desinformações, e a imprensa oficial sendo atacada literalmente, em meio à notícias sobre
corrupção relacionada a itens e insumos relativos à doença, “esquentando” o clima no
Congresso. Enquanto isso, os cientistas se debruçaram nos laboratórios em busca do “graal
3
da santa vacina”. Os seres humanos, pessoas de Direitos Humanos? Frágeis e vulneráveis!
Eram as vidas humanas que estavam em jogo em meio às crises em cascata, uma sobre a
outra! Crise política, crise econômica, crise de saúde, crise de comunicação, crise de
violência. Ressalte-se que ainda vivemos sob os seus impactos!
E a síndrome da violência doméstica que põe vidas em risco, e que já existe a tempos no
mundo todo exacerbou na PANDEMIA! A violência doméstica contra a mulher também
pode ser invisível num certo nível, posto que emerge do subterrâneo das relações
interpessoais, mas, nem de longe é menos grave do que qualquer virulência e aumentou
consideravelmente na pandemia enquanto estávamos adstritos ao lar doce lar ou home office
home, o que também foi observado no Brasil, como efeito colateral da crise de COVID 19,
conforme a Nota Técnica 27: INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA “
IPEA” (2021)
Podemos dizer que a pandemia era uma tempestade com raios e trovões anunciando ventos de
altíssima velocidade. E, que a violência doméstica contra a mulher equivale a um tornado e
pode ser tão devastadora quanto um furacão. Uma crise sobreposta à outra e nenhuma das
duas com planos claros e estratégias minimamente pré-definidas e aplicadas pelo poder
público! Tudo o que há é para “enxugar gelo”, para depois que aconteceu, para responder aos
efeitos! O objetivo deste trabalho é demonstrar a urgência e a importância de se prever e
antecipar tendências e gerenciar conflitos sem esperar que se forme uma crise aguda. Nesse
caso, sem esperar que conflitos de relacionamentos afetivos se tornem violência e se
manifestem, se concretizem, que vire atos. Prevenir e erradicar a violência doméstica contra
a mulher, em fase de prenúncio, no design do conflito, antes da contenda, evitando-se que se
inicie o ciclo nefasto, utilizando-se tecnologias digitais aliadas às sociais promovendo
agilidade e eficiência, na ponta. Auxiliar no âmbito social para evitar que se torne um crime,
que se torne judicial. Proporcionar individualmente, assistência contínua em Direitos
Humanos das mulheres para que sejam preservados, antes que sejam aviltados!
No âmbito social, concomitantemente, aplicar Círculos Restaurativos onde couber, para se
efetivar uma JUSTIÇA que não seja tardia, nem meramente retributiva e punitiva. Uma
Justiça muito mais restauradora de laços afetivos humanizados, com a perspectiva da
prevalência de uma nova consciência, do respeito mútuo e a preservação do senso
comunitário genuíno, pela emancipação das pessoas por meio da cultura de prática dialógica.
Sair do estado de saber o que é violência e o que fazer quando há violência para o estado de
como evitar que haja, como não experienciar violência e como viver uma vida sem violência.
4
Antecipar estrategicamente para anular a formação dos ciclos nefastos de violência e impedir
que a mulher entre no RADAR de um potencial agressor.
E porque? Como nos diz Marshall Rosenberg,
“Somos naturalmente violentos e potencialmente não violentos”.
(ROSENBERG, M. 2006 )
2. DESENVOLVIMENTO
Os impactos destrutivos da manifestação da violência doméstica contra a mulher,
especialmente em relacionamentos potencialmente abusivos, vão desde a desarmonia familiar
até o feminicídio.
As Políticas Públicas que existem atualmente tratam de violência instaurada, de questões de
mulheres em situação de violência ou que foram vitimadas. assim, vejamos:
De acordo com a Lei 11.340/2006 - LEI MARIA DA PENHA
a violência doméstica é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause à mulher
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e dano moral ou patrimonial no âmbito
da unidade doméstica, no âmbito da família, ou em qualquer relação íntima de afeto, na qual o
agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida independentemente de coabitação.
LEI 13.104/15- LEI DO FEMINICÍDIO
Altera o art. 121 do Decreto-Lei nº2.848, de 7 de dezembro de 1940- Código Penal, para
prever o feminicídio como circunstância qualificadora de crime hediondo, e o art. 1º da Lei nº
8.072, de 25 de julho de 1990, para incluir o feminicídio no rol de crimes hediondos.
Dados do FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA “FBSP”, mostram o
assombroso índice de mortalidade de mulheres:
Em março/abril de 2020 foram mortas 143 mulheres no Brasil. (FBSP, 2021)
5
De quebra, atingem não só a mulher diretamente, mas toda a comunidade. Os familiares
mais próximos, as crianças e os adolescentes correm riscos, inclusive de comprometer o
desenvolvimento saudável de seu futuro, quando não, em suas próprias vidas. Afeta a
economia de uma modo geral, posto que compromete o desempenho dos envolvidos em suas
atividades laborais e nas empresas. Considerando-se que as mulheres correspondem a mais de
50% das forças de trabalho mundial e que o empreendedorismo de negócios já é conduzido
por maioria de mulheres, o agravamento das crises é novamente suportado por elas. Porque a
violência deixa marcas no corpo, na alma, na psique! E, no contexto da Pandemia, a
síndrome da violência doméstica contra a mulher foi “...a névoa esparsa em meio a um
bosque de Pinus”. Ela estava lá de algum modo, latente, potente, vibrante, porque permeia o
tecido social, é sistêmica e não é de hoje! Veja o que diz o Mestre BOFF, L. (2002) que:
“Desde as sociedades de caça, surgiram as primeiras relações de violência, sendo que os
mais fortes passam a dominar e ter privilégios e o masculino passa a ser o gênero
dominante.” ( Boff e Muraro, 2002., pg. 11)
O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de violência contra a mulher. Ela só emergiu
mais e em maior quantidade no cenário pandêmico porque o ambiente de medo, morte,
perdas, impotência, insegurança, isolamento social, confinamento doméstico, entre tantas
outras alterações se mostrou totalmente propício e fomentador dessa síndrome. E, pasmem!
Em meio ao caos, eram as mulheres, em sua grande maioria de cor preta, que estavam no
“front” da área da saúde. Segundo a organização FORD FOUNDATION (2022)
“os cuidadores, que são principalmente mulheres de cor preta, se viram
afunilar seus parcos recursos. Os empregos nos hospitais e serviços de saúde,
onde as mulheres compõem a maioria da força de trabalho, foram cortados.
A violência de gênero aumentou. E contra o pano de fundo da pandemia, os
ataques contra a liberdade reprodutiva e transgêneros persistiram ou
pioraram.”
Paradoxalmente, em todo o mundo, foram as mulheres e a população
LGBTQIA + que mais abriram caminhos em direção à equidade e à justiça.
Considerando-se as vulnerabilidades de determinados grupos sociais, teremos
uma consequência danosa em sobreposição”. FORD FOUNDATION (2022)
É notório que essas condições epidêmicas causam estresse desmedido nas populações.
E foi exatamente isso que se apontou em relação à exacerbação da violência doméstica no
Brasil. Dados do FBSP (2021) concluiu em seus anais de pesquisas que:
6
“Num universo de 17 milhões de mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual
no ano de 2021, 25% desse total apontaram a perda de renda e emprego como os fatores que
mais influenciaram na violência que vivenciaram em meio a PANDEMIA DE COVID 19.”
( RELATÓRIO - VISÍVEL E INVISÍVEL- FBSP- 2021., pg 13 )
Em análise SWOT, verifica-se que esse é um ponto fraco, ou seja, tratar do problema, da
crise, depois que ela se formou pode ser tarde demais. Há um equívoco em se presumir que se
pode controlar o agressor, que ele pare de agredir para que cesse a violência contra a mulher.
O ponto forte é exatamente focar no apoio à mulher para que a mesma haja na
desmistificação da vítima, trabalhar na manifestação da sombra da mulher, enquanto é tempo.
O que poderia ameaçar essa possibilidade são as resistências, a falta de auto responsabilidade,
a não consciência de poder pessoal. Assim, vejamos:
No Diagrama de ISHIKAWA, para aprofundar o entendimento sobre a fenomenologia da
violência entre seus atores, é possível demonstrar as razões pelas quais a hipótese de se
prevenir a violência no prenúncio é assertiva, verificamos que:
2.1 A CAUSA DA VIOLÊNCIA É ANTES DE MAIS NADA, INTRAPESSOAL
Analisando neuro cientificamente, como a violência é formulada tanto na mente da vítima
quanto na mente do agressor, temos de um modo geral que:
Pensamentos geram emoções e as emoções ativam as químicas no corpo fazendo com que se
configure um estado de ser alterado por essa química. Para o bem ou para o mal.
O medo é uma emoção básica de todo ser humano e serve para nos proteger de ameaças desde
os primórdios. Porém, essas emoções são desencadeadoras das descargas químicas de cortisol
e adrenalina que são derramadas no corpo e que o afetam biopsicologicamente, como um
disparador de reações como ataque ou fuga. A sensação de impotência e insegurança diante
do medo, em qualquer circunstância, mas sobretudo quando prolongada por um tempo além
do razoável, causa estresse por necessidades básicas não atendidas, comprometendo a saúde
mental. Além disso, na pandemia as perdas econômicas foram patentes ao interferir
diretamente na capacidade de suprir a subsistência familiar, o sono foi alterado, as
demonstrações de afeto como abraços e sexo por exemplo, foram proibidas, restringidas, ou
não recomendadas. Um golpe atrás do outro na autoestima das pessoas e sem dúvida
nenhuma, foi um tempo de paralisações, até mesmo de práticas religiosas, o que estremeceu
as estruturas sociais vigentes. “A pirâmide todinha ruiu!”
7
Nesse cenário, a agressividade foi a resposta mais disparada automaticamente. O ser humano
tende à agressividade quando não maneja bem as emoções, pois o medo gera raiva, fúria,
violência. Funciona mais ou menos assim: Pensamentos geram sentimentos que promovem a
descarga química, essas descargas geram sentimentos propiciando pensamentos análogos,
formando um ciclo aprisionador de causa e efeito interminável. Por essas razões, não
podemos apostar na mudança de comportamento do agressor para fazer com que a violência
contra a mulher cesse e nem mesmo supor que a punição de um sirva de exemplo para outro.
A tese aqui apresentada é a que propõe a dissolução da vítima e assim, o potencial agressor
desaparece, pois não há ou é interrompida a ressonância entre eles. Segundo COUTO,
(20217) “Tudo o que existe no universo tem uma vibração própria, uma frequência específica
que lhe caracteriza”. (COUTO, 2017,pg.,36)
2.2 NO DRAMA DA VIOLÊNCIA INTERPESSOAL, FORMA-SE O BINÔMIO VÍTIMA
X ALGOZ
A causa da violência interpessoal está no campo eletromagnético formado pela combinação
energética produzida entre vítima e algoz, que se desenvolve em ressonância, pois um atrai o
outro correspondentemente. Os vórtice de energias os mantêm ligados, enredados,
imbricados, amalgamados, presos numa teia de conflitos. Estão como que “colados”
psicologicamente pelo padrão neuronal de energia gerada, girando aquele ciclo nefasto
explicado anteriormente. Ainda que separados fisicamente, e mesmo que não seja de forma
consciente, ambos poderão encenar um drama violento por PROJEÇÃO MENTAL que é
quando há a atribuição de qualidades do sujeito ao objeto. Por isso combinam e é essa a
energia que está sendo irradiada e que forma o campo quântico, ensejador da contenda.
Desnecessário salientar o quanto a PANDEMIA promoveu um ambiente propício para
distúrbios, desentendimentos e discórdia. Nesse estado de ser, ambos co-criam suas realidades
retroalimentando e justificando seus próprios medos conscientes e inconscientes,
experimentando uma série de ambiguidades. Em experiências traumáticas é fácil perceber as
respostas emocionais automáticas, inconscientes e memorizadas, disparadas por um estímulo
ambiental, comparadas com a perda de um ente querido.
A causa desencadeia o efeito!
De acordo com o Dr. Joe Dispenza (2012)
As emoções provocam alterações na biologia, que interferem na mente. Uma mente focada o
tempo todo no medo vai buscar no passado, associações e registros de situações análogas,
8
aumentando ainda mais o próprio medo e as descargas químicas, formando um ciclo vicioso e
viciante, despendendo energias desordenadas. DISPENZA, J. Dr. (2012
2.3 COERÊNCIA DE FREQUÊNCIAS X INCOERÊNCIAS
Por outro lado, o alinhamento coerente da mente sã e o coração amável é o responsável por
vibrações de energias salutares. São elas que promovem calma e escolhas assertivas. Dão ao
ser humano a capacidade de reflexão e decisões conscientes. A ativação desses dois centros
por meio da Meditação, oferece ainda, bem estar e saúde comprovadamente. A grandeza pela
transcendência é capaz de promover essas vibrações. Do contrário, as pessoas experimentam
desequilíbrio e desarmonia.
O coração e o cérebro em incoerência de frequências, sofrem com a inundação química
desordenada alterando as funções e o sistema da pessoa como um todo. Esse expurgo afasta
as melhores energias conscientes da pessoa, redirecionando seu poder pessoal para longe de
si. E o poder pessoal consiste exatamente no domínio da mente processual para se produzir
pensamentos elevados, nobres, sentimentos e emoções de amor e alegria, um ego saudável. O
coração não é apenas um órgão de bombeamento do sangue, mas é repleto de neurites que
formam uma rede vibrante de interconexões, semelhantes às do cérebro, sendo portanto, um
centro matematicamente inteligente que emite ondas. O cérebro por sua vez também funciona
com sua rede neural, influenciando a maneira como os relacionamentos são conduzidos. De
acordo com o Heartmath Research Center, California (2022), “Coerência cardíaca é um estado
de alinhamento cooperativo entre o coração, mente, emoções e sistemas físicos.”
(HRC/HI 2022)
Logo, a pessoa que fica à mercê, como que possuída pela ''SOMBRA" pessoal, age ou
melhor, reage com raiva por medo da desintegração do próprio ego. Se arrependem ou se
sentem justificadas, porém, o estrago foi feito!
A sombra aqui é referida, claro, no sentido psicológico, como refere JUNG, C.G., “...a
sombra é o aspecto escuro da personalidade, o agregado de materiais reprimidos.” (JUNG,
1963)
Os níveis de agressividade não elaborados psicologicamente, incontidos, implodem
(doenças no corpo) ou explodem ( violência fática ) ensejando uma maior tendência às vias
de fato, ou seja, uma ação ou omissão nociva, dispara por uma emoção de raiva, sendo que
muitas vezes o ódio toma proporções incomensuráveis. Esse padrão mental, por repetição, se
torna um programa que fica “rodando” na mente subconsciente da pessoa em questão e as
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ações são tomadas com base nesse sistema de memórias e crenças. Caso a sombra da pessoa
assuma o comando e controle inflando o ego, como já dissemos antes, a violência pode
nascer ou melhor dizendo, florescer! Porque ela foi gestada dentro, sendo que um evento
externo é apenas o botão de start sendo acionado. É aí, nesse ponto, que ela eclode e deve ser
“abortada”, interrompida e interceptada, antes que o desejo de ferir alguém possa ser
formulado, engendrado. Tanto no vitimismo oculto ou declarado como na agressão expressa
ou velada, a violência é o desejo inconfesso que confirma a impotência negada. A falta de
poder pessoal e o medo da morte (perda) é o ingrediente do campo mórfico da relação afetiva.
É a névoa… Nesse ponto, podemos dar assistência para que a mulher saia do vitimismo,
elaborando sua sombra pessoal e assim, sair do RADAR de um potencial agressor.
2.4 AGRESSÕES EXTERNAS SÃO OS EFEITOS DA VIOLÊNCIA
Quanto aos efeitos, podemos dizer que trata-se de toda a violência na forma que
conhecemos, ou seja, àquela que é exteriorizada e percebida pelos sentidos físicos, humanos:
chutes, socos, pontapés, xingamentos, ameaças, destruição de documentos e coisas, etc…
referem-se àquilo que é fático, palpável, ao que entendemos como real, o que foi projetado na
realidade fática, no mundo material. Mas, como vimos, a causa é anterior e interna. No caso
do agressor, a agressão desferida contra outrem ( mulher) é a exteriorização, a extrapolação
da violência internalizada. No caso da vítima, a manipulação e/ou a sujeição, a submissão e o
sofrimento da agressão, funciona como uma autopunição, uma confirmação da sua menos
valia introjetada. O binômio está formado na fusão das psiques, sendo que ambos revezam no
ataque x defesa, ou seja, nas polaridades, no lugar de vítima e algoz num ciclo de vai e vem
na relação, o que pode terminar em feminicídio.
O desafio é mudar o drama de causa e efeito para como nos ensina DISPENZA, J. Dr. (2021)
a pessoa “causadora do efeito desejado” (DISPENZA, J., 2012., pg. 48)
É até aqui, exatamente nesse ponto, que se aplicam as ferramentas desenvolvidas na hipótese
para interromper, intervir, conscientizar, monitorar para prevenir e erradicar a violência
doméstica contra a mulher. Aqui é o prenúncio da violência, o que sucede antes, no
subterrâneo da relação: Com a interrupção do programa mental automático disparador, e a
substituição por MEDITAÇÃO GUIADA! É na incidência do subconsciente, das memórias
ruins que nasce o conflito aberto ou velado. Da mesma forma que o amor acontece entre, no
meio do caminho entre o coração aberto e puro de uma e outra pessoa, a violência acontece
entre, no meio do caminho entre um e outro, que estão na defensiva, entre a vítima e o algoz!
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O ser humano consciente, no exercício do seu poder pessoal, escolhe livremente. Sente o
que sente e elabora, sem reprimir ou “jogar para debaixo do tapete”.
Escolhe agir suplantando ou sublimando determinados sentimentos. Direciona sua mente e
coração para vibrações de amor e resolve seus conflitos com diálogo e negociações
inteligentes de “ganha- ganha”. Porque o conflito faz crescer, o embate não. Promove a paz e
o respeito, mesmo em discordância de ideias e vontades. Mas, para isso acontecer, precisa
estar num estado de ser de grandeza, com o ego bem resolvido. A hipótese que se formula é a
de apoiar as pessoas no diálogo consigo mesmas e com o outro, com suporte em tempo real,
para que seus sentimentos sejam validados e elaborados em tempo de não tornar violência
fática e criminosa direcionada à outrem. O suporte é para o gerenciamento de conflitos no
relacionamento afetivo intrapessoal e interpessoal. Caso a intervenção seja bem sucedida,
espera-se que o resultado seja uma resolução adequada do conflito, independentemente de
haver ou não concordância entre os pontos de vista e nas decisões de cada parte. Equivale
dizer que, na última das hipóteses, queremos empoderar a vítima para que possa sair do
RADAR de um agressor e apoiar que um potencial agressor desista de agredir, porque
percebe que não pode atirar a primeira pedra…e que ninguém seja pego de surpresa!
2-4 AS QUESTÕES DE GÊNERO INCIDENTES NA VIOLÊNCIA CONTRAA MULHER
Todos os seres humanos são dotados dos princípios masculino e feminino. Até um
determinado ponto da gestação somos todos andrógenos. O feminino é primordial, sendo que
a rota do masculino é uma modificação da matriz feminina em meio à gestação. Sobre isso,
veja o que diz BOFF (2002)
“ Está comprovado que é assegurado cientificamente o primado do feminino na geração e
expansão da vida ancestral! Porém, no momento histórico em que o homem toma para si o
domínio público relegando à mulher o domínio privado, passando a exercer dominação
escravista, estabelece relações de força e passa a exercer dominação. Ele domina sozinho! “
(BOFF & MURARO, 2002)
Porém, as identidades de gênero não se circunscrevem ao binarismo e sim à pluralidade das
pessoas. Segundo Boff ( 2002), e apesar disso…[...]
“Formulou-se a crença de que o homem era superior à mulher por ter uma peça a mais, o pênis
e ainda um cérebro maior, maior compleição física, mais forte, etc..e à mulher foi dada como
11
máquina de procriação. Foi daí que surgiu a dominação como padrão, somado à cultura
androcêntrica.”
Ele diz ainda que:
“O homem conquistou o mundo mas perdeu sua capacidade de relação.” E, que:
“Somos equivalentes, e isso não significa que somos complementares, somos inteiros
inacabados”. ( BOFF, 2002)
Mas, a mulher ingressa no domínio público e faz a maior revolução social do século 20!
Rompendo com o casulo do universo privado, passa a galgar lugares antes designados aos
homens, em certos setores de trabalho, nos esportes e na política. O ciclo patriarcal se
fecha. Daí a necessidade da mulher ocupar cada vez mais espaços de poder, para desconstruir
o patriarcado e impedir a destruição planetária!
“A mulher se torna mulher sob o olhar do homem,
o homem se torna homem sob o olhar da mulher”
SIMONE DE BEAUVOIR (1949)
A violência de gênero é, pois, uma anomalia social, especialmente em relacionamentos que
se tornam abusivos, porque o machismo, racismo, sexismo é cultural e estrutural. Vigora
como uma espécie de LICENCIAMENTO e estímulo para a violência. Dentro da proposta
desse projeto, esse paradigma é interrompido por ações pontuais, ou seja, na medida em que o
PROGRAMA for escalável, a tendência é de substituição da cultura opressiva pela cultura de
cooperação e diminuição da incidência de violência até que seja erradicada.
2.5 A DISTORÇÃO DE SIGNIFICADOS DA SEXUALIDADE HUMANA É MOLA
MESTRA DA VIOLÊNCIA
Para BOFF, (2002) “... a sexualidade é a manifestação de uma miríade de complexidades.
Em todo caso, não há na natureza humana papéis sexuais inscritos, o que há são formas
variadas de desempenho como resultado de um constructo social.
A sexualidade humana embasada num bilhão de anos de Biogênese e sexogênese se
transforma de forma extintiva em escolhas. Na sua totalidade, implica nas diferenças e
reciprocidades, mutualidades e encontros: porque existimos uns para os outros. A diferença
não é deficiência ou desigualdade, essa distorção serve para subordinar, subalternizar uns em
detrimento de outros. Toda vida é vida sexual, estritamente.” (BOFF 2002)
Implica dizer, que o não entendimento correto da sexualidade humana gera angústias e
violência, pois a vivência da sexualidade em sua plenitude gera prazer e do contrário a
pulsação de morte.
12
Ao falar em morte, temos que relembrar que tanto os cenários de medo e insegurança
proporcionados pela Pandemia de COVID 19, quanto pelos macabros de VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA CONTRA A MULHER são potencialmente dizimadores da vida humana. Sendo
que o maior DIREITO que um ser humano pode gozar é o direito à vida! A vida é um
DIREITO HUMANO sagrado por excelência! Não é por mero acaso que está previsto na
Constituição Federal Brasileira, e que o Brasil é signatário de Pactos Internacionais para a
erradicação da violência contra a mulher. A luta é longa e antiga!
Por essas razões, o Projeto de Experiência visa adotar como solução (mas, não como única) a
prevenção e erradicação da violência doméstica contra a mulher, no prenúncio, antes que
mais mulheres percam sua dignidade, integridade e suas vidas, antes que aconteça, pelo
Plataforma MULHER-WINDKLUB, a implementação do PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA
CONTÍNUA EM DIREITOS HUMANOS, por aplicativo e local físico para a instalação de
AGÊNCIA DE MONITORAMENTO E OBSERVAÇÃO DE RELACIONAMENTOS
A.M.O.R
CONCLUSÃO
Em plena PANDEMIA, o quadro de medo, morte e agressão se amplificou, expandiu,
exacerbou e reverberou numa crise sobreposta à crise existencial da violência doméstica. Isso
explica uma tendência maior à violência nesse período, porém, nenhuma forma de violência
se justifica! A violência contra a mulher permeia a humanidade a muito tempo e encerra
violações constantes e permanentes de DIREITOS HUMANOS que tem suas raízes na
questão de gênero, na cultura machista e patriarcalista. O que subjaz é o desejo de
subalternização e objetificação da mulher para satisfazer uma histórica, ainda apregoada e
absurda hegemonia de gênero! Em que pese os esforços, os mecanismos legais e a rede de
13
atendimento à mulher, especialmente no Brasil, as mulheres continuam a ser agredidas e
assassinadas diariamente.
No contexto da violência doméstica, constata-se um problema de gerenciamento de conflitos
nos relacionamentos intrapessoal e interpessoal, social e que pode evoluir para
FEMINICÍDIO. A linha que os separa do “olho do furacão” e o prenúncio é tênue. Mesmo
com leis específicas, Medidas Protetivas, uma rede de atendimentos, como por exemplo a
Casa da Mulher Brasileira, o problema insiste e persiste.
Na hipótese desenvolvida, resta totalmente infrutífera a tentativa de prevenir algo que já
ocorreu em vez de prevenir que se inicie e forme o ciclo da violência. Pretender que o
agressor pare de agredir para fazer cessar a violência é algo inócuo. Tanto quanto querer que a
mulher pare de ser agredida por si só, denunciando.
A solução proposta é prevenir e erradicar a violência contra a mulher antes que aconteça!
Apoiar o gerenciamento de conflitos inicialmente pelo ingresso da mulher numa jornada, um
percurso de conscientização da vitimização, possibilitando à mulher desmantelar o ciclo,
reconhecendo antes os sinais do prenúncio da violência nela mesma, amparada pelo Programa
da Assistência Contínua em Direitos Humanos. Quando a vítima dissolve em tempo, o
agressor desaparece! O binômio não se forma! A mulher não entra no RADAR do agressor!
O objetivo é que se perfaça o Direito de viver uma vida sem violência! Esse é o DIREITO
HUMANO a ser preservado!
A ideia é implementar uma Agência de Monitoramento e Observação de conflitos em
relacionamentos afetivos antes que se tornem abusivos, como uma Política Pública Específica,
o que imaginamos possa ser financiado pelo Poder Público, observando tendências de
conflitos sociais de gênero, antes mesmo de se configurar crimes. E, assim, medindo os
ventos das relações, protegendo-se a dignidade humana preventivamente e oportunamente.
Atrelar a Agência ao Programa WINDKLUB ( Replicável) com uso das tecnologias digitais
modernas e ágeis para lidar com a complexidade da questão. Por fim, entende-se que ao
educar para o gerenciamento de conflitos, desde a infância, a sociedade brasileira pode mudar
o paradigma de guerra nas relações humanas.
Prevenir e erradicar a violência em tempo de não se tornar crime!
# Todos por uma vida sem violência!
14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BOFF, Leonardo; MURARO, Rose Marie. Feminino e Masculino: Uma Nova Consciência
para o encontro das diferenças. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2002. pg. 13 e 33
BUENO, Samira. et.al. FÓRUM NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA. Visível e
Invisível: A vitimização de Mulheres no Brasil.Ed. 3th, 2021. Disponível em:
<Homepage - Fórum Brasileiro de Segurança Pública (forumseguranca.org.br)>
<relatorio-visivel-e-invisivel-3ed-2021-v3.pdf (forumseguranca.org.br)> acesso em 30.3.2022
COUTO, Hélio. MENTES IN-FORMADAS: Ondas de Informação, Transferência De
Consciências Arquetípicas e outras Infinitas Possibilidades.São Paulo: Ed. 3th. Linear B
Editora, 2017. pg. 36
DISPENZA, Joe. Dr. Breaking the habit of Being yourself; Como criar um Novo Eu. Tradutor
NUNES, Jorge. Portugal, 2012
15
H. R. C. & HEARTMATH INSTITUTE: Disponível em: <www.heartmath.org>
http://www.heartmath.orgacesso em 30.3.2022
JUNG, C.G. MEMÓRIAS, SONHOS, REFLEXÕES. 16ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Nova
Fronteira, 1975
MORAES, R.F; INSTITUTO DE PESQUISA APLICADA IPEA. PREVENINDO
CONFLITOS SOCIAIS VIOLENTOS EM TEMPOS DE PANDEMIA: GARANTIA DE
RENDA, MANUTENÇÃO DA SAÚDE MENTAL E COMUNICAÇÃO EFETIVA.
Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia. Nota Técnica
27: Brasília, 2020
ROSENBERG, M. Comunicação Não Violenta, 2006
ROSENFELD, A; FORD FOUNDATION. O futuro da igualdade de gênero.mar.2022;
Nações Unidas. Disponível em: <https:www.fordfoundation.org> site: fordfoundation.org
O futuro da igualdade de gênero (mailchi.mp) acesso em 30.3.2022
PELIÇARIO, Maria Alice. NO OLHO DO FURACÃO: O Prenúncio da Violência contra a
Mulher. São Paulo: Amazon, 2020. ebook disponível em:
<https://www.amazon.com.br/NO-OLHO-FURAC%C3%83O-PREN%C3%9ANCIO-VIOL
%C3%8ANCIA-ebook/dp/>
16
LINKS
LINKS:
APRESENTAÇÃO DA STARTUP
https://docs.google.com/presentation/d/1czt05T2eGidYbPt1F15nhTRsJpQ98CD0/edit?usp=s
haring&ouid=109859801063644724040&rtpof=true&sd=true
PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA CONTÍNUA EM DIREITOS HUMANOS- PAC-DH
<https://applink.com.br/mulher_-windklub-> app em construção
LIGAÇÃO DE VÍDEO -( LINK DO WHEREBY) https://whereby.com/windklub
SITE/ PLATAFORMA Mulher | Windklub.com
MÉTODO NO OLHO DO FURACÃO
E pub - Método - <https://heyzine.com/flip-book/a7e4d36dd9.html>
SWOT - Visualizar em:
<-https://www.canva.com/design/DAFAZijzm68/R6GKcOBfSHqniPNiCNsEDA/view?utm_c
ontent=DAFAZijzm68&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=publis
hsharelink>
DIAGRAMA ISHIKAWA - VIOLÊNCIA- CAUSA E EFEITO - MENTAL
<https://www.canva.com/design/DAFAaRRbKkc/nKj-9dLnrFjsEwY8VQ06Xw/view?utm_co
ntent=DAFAaRRbKkc&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=home
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Prevenindo violência doméstica

  • 1. A SOBREPOSIÇÃO DA PANDEMIA À SÍNDROME DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRAA MULHER- PREVENIR E ERRADICAR NO PRENÚNCIO! DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E SEXUALIDADE MARIAALICE PELIÇARIO –2021303606 <apelicario@gmail.com > RESUMO Com o advento da PANDEMIA de COVID-19 em que o mundo entrou em confinamento, as mulheres foram as que mais sofreram os impactos da sobreposição da Crise à Síndrome da violência Doméstica contra a Mulher! Apesar de ser o grupo social que mais contribui com a sociedade, em vários aspectos, como o econômico na força de trabalho, o político pela luta por equidade de gêneros, os cuidados em saúde com a maioria de cargos no setor, em pleno século 21, ainda é o que mais sofre pela violência estrutural. Essa crise é permanente e eivada de machismo e Patriarcalismo. Precisamos entrar…“NO OLHO DO FURACÃO” e ver o que se esconde no prenúncio da violência doméstica contra a mulher, para prevenir e erradicar a violência antes que aconteça! Atuar, intervir e monitorar estrategicamente, tal qual uma agência meteorológica, na fase do design do conflito, na relação interpessoal afetiva. Ao aplicar a metodologia própria, “NO OLHO DO FURACÃO”, inspirada e desenvolvida no DESIGN THINKING e olhar apuradamente no núcleo do problema, queremos testar e apostamos que seja possível, monitorar os “ventos” ( os conflitos) das relações, que antecedem a fase do prenúncio da violência doméstica contra a mulher para evitar que a violência aconteça, que se manifeste! Conforme a velocidade dos “ventos” (analogamente aos furacões) pretende-se intervir proativamente, em tempo hábil, auxiliando ou mesmo impedindo tanto a formação do ciclo nefasto de violência, quanto que a mulher entre no RADAR de um potencial agressor. Empoderar mulheres, e aqui o termo é empregado no sentido de poder pessoal interno e introjetado, ofertando inicialmente uma escuta ativa qualificada, para fins de diagnóstico, uma mentoria com jornada básica de 7 passos, com a finalidade de adesão ao projeto e assim, disponibilizar assistência contínua à preservação de sua dignidade e dos seus Direitos Humanos, principalmente de integridade e vida. Para o Projeto de Experiência, inaugurar uma STARTUP “Mulher-WINDKLUB,¹” concebida como uma SocialTec, uma empresa de negócios de impacto social, idealizada justamente para tratar do problema da prevenção de 1
  • 2. violência doméstica contra a mulher, especialmente em relacionamentos afetivos. Ainda em fase de ideação, prevê a implementação de um PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA CONTÍNUA EM DIREITOS HUMANOS ² por aplicativo. Trata-se de ações multidisciplinares com um portfólio de ferramentas digitais combinadas, e uma gama de suportes voltados para o gerenciamento desse tipo complexo de conflito afetivo, com foco exclusivo em violência doméstica contra a mulher, especialmente em relacionamentos potencialmente abusivos, objetivando-se a preservação dos Direitos Humanos, ou seja, a integridade e a vida da mulher. Uma verdadeira Plataforma em parceria com a Universidade, para educar, orientar, conscientizar, utilizando-se Objetos Digitais de Aprendizagem “ODAS” e apoiar por Palestras, Workshops, Mentoria, Formação e Educação à Distância “EAD” bem como, suporte por meio de ESCUTA ATIVA QUALIFICADA “E.A.Q” com atendimentos por REDE de facilitadoras especializadas e treinadas no tema e com a utilização da consagrada metodologia de COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA “CNV” de ROSENBERG. M. ( 2006) via WHEREBAY - ligação de vídeo ³. Inaugurar em parceria com o Poder Público, uma Agência de Monitoramento e Observação de Relacionamentos com foco em conflitos de Gênero, ( tal qual uma agência meteorológica) usando aplicativos e ferramentas de georreferenciamento para atuar sempre que possível, e esse é o maior desafio, antes do 180 ou 190, antes da emergência, antes mesmo da mulher estar em situação de violência, ou ser vitimada, ou seja, antes da configuração propriamente dita de um crime, ainda no prenúncio, no design da relação interpessoal, antes mesmo que aconteça! Agir na causa para coibir seus efeitos numa fase anterior à violência fática! Auxiliar no âmbito social com Políticas Públicas, para evitar que se torne um crime, que se torne judicial. Proporcionar assistência contínua em Direitos Humanos das mulheres para que sejam preservados, antes que sejam aviltados! "Todos por uma vida sem violência!" Palavras-chave: PANDEMIA., DIREITOS HUMANOS DA MULHER., VIOLÊNCIA DOMÉSTICA., PREVENÇÃO NO PRENÚNCIO., MONITORAMENTO DO CONFLITO 2
  • 3. 1. INTRODUÇÃO A Pandemia de coronavírus virou o mundo de cabeça para baixo, colocando a população mundial em confinamento e isolamento social, e de repente as pessoas sequer podiam respirar livremente. Um vírus aparentemente insignificante( por não ser visto à olho nú), contaminou o mundo matando, varrendo a população indiscriminadamente, despertando no ser humano o maior de todos os medos: o tânatos! Era a morte espreitando para todos os lados, e uma sensação de medo e impotência generalizada, mesclada com imagens devastadoras de valas de cemitérios. No Brasil, em apenas 2 anos, lamentavelmente, já se foram mais de 660 mil pessoas queridas de alguém, muitas delas enterradas sem nem mesmo um adeus. As circunstâncias do perigo de contágio eram alarmantes o suficiente para demandar uma emergência geral em Saúde Pública. Mas, foram agravadas por absoluta ineficiência no gerenciamento da crise pelo Poder Público, haja vista o que foi sobejamente noticiado, como por exemplo, o comportamento de líderes governamentais, a exemplo do representante máximo em exercício na Presidência da República do Brasil. Seja pelo não uso de máscaras em aglomerações, seja pelas declarações negacionistas totalmente desconectadas de estudos científicos, deixou pairar dúvidas acerca da doença gerando mais insegurança na população. O descompasso na condução do enfrentamento da crise, levando-se em conta ainda, a frenética “dança das cadeiras” no Ministério da Saúde, influenciou negativamente e decisivamente para a ampliação da crise. A impressão da população era a de estar num barco à deriva sem comandante em meio à tempestade! Enquanto isso, o medo se instaurou no âmbito social e no privado, e por diversas razões as pessoas vivenciaram todas as incertezas possíveis em meio a uma sucessão de mortes num luto coletivo! Crianças e jovens ficaram sem o ambiente escolar, vários empresários fecharam suas portas, trabalhadores perderam seus empregos, as pessoas não podiam mais viajar livremente para encontrar seus parentes ou ingressar em outros países. Além da mobilidade prejudicada e hospitais lotados, ora sem leitos, ora sem respiradores, a população foi obrigada a adotar medidas sanitárias restritivas. Para piorar, num mundo de internet e tecnologias digitais, fake news são replicadas com uso de inteligência artificial num mar de desinformações, e a imprensa oficial sendo atacada literalmente, em meio à notícias sobre corrupção relacionada a itens e insumos relativos à doença, “esquentando” o clima no Congresso. Enquanto isso, os cientistas se debruçaram nos laboratórios em busca do “graal 3
  • 4. da santa vacina”. Os seres humanos, pessoas de Direitos Humanos? Frágeis e vulneráveis! Eram as vidas humanas que estavam em jogo em meio às crises em cascata, uma sobre a outra! Crise política, crise econômica, crise de saúde, crise de comunicação, crise de violência. Ressalte-se que ainda vivemos sob os seus impactos! E a síndrome da violência doméstica que põe vidas em risco, e que já existe a tempos no mundo todo exacerbou na PANDEMIA! A violência doméstica contra a mulher também pode ser invisível num certo nível, posto que emerge do subterrâneo das relações interpessoais, mas, nem de longe é menos grave do que qualquer virulência e aumentou consideravelmente na pandemia enquanto estávamos adstritos ao lar doce lar ou home office home, o que também foi observado no Brasil, como efeito colateral da crise de COVID 19, conforme a Nota Técnica 27: INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA “ IPEA” (2021) Podemos dizer que a pandemia era uma tempestade com raios e trovões anunciando ventos de altíssima velocidade. E, que a violência doméstica contra a mulher equivale a um tornado e pode ser tão devastadora quanto um furacão. Uma crise sobreposta à outra e nenhuma das duas com planos claros e estratégias minimamente pré-definidas e aplicadas pelo poder público! Tudo o que há é para “enxugar gelo”, para depois que aconteceu, para responder aos efeitos! O objetivo deste trabalho é demonstrar a urgência e a importância de se prever e antecipar tendências e gerenciar conflitos sem esperar que se forme uma crise aguda. Nesse caso, sem esperar que conflitos de relacionamentos afetivos se tornem violência e se manifestem, se concretizem, que vire atos. Prevenir e erradicar a violência doméstica contra a mulher, em fase de prenúncio, no design do conflito, antes da contenda, evitando-se que se inicie o ciclo nefasto, utilizando-se tecnologias digitais aliadas às sociais promovendo agilidade e eficiência, na ponta. Auxiliar no âmbito social para evitar que se torne um crime, que se torne judicial. Proporcionar individualmente, assistência contínua em Direitos Humanos das mulheres para que sejam preservados, antes que sejam aviltados! No âmbito social, concomitantemente, aplicar Círculos Restaurativos onde couber, para se efetivar uma JUSTIÇA que não seja tardia, nem meramente retributiva e punitiva. Uma Justiça muito mais restauradora de laços afetivos humanizados, com a perspectiva da prevalência de uma nova consciência, do respeito mútuo e a preservação do senso comunitário genuíno, pela emancipação das pessoas por meio da cultura de prática dialógica. Sair do estado de saber o que é violência e o que fazer quando há violência para o estado de como evitar que haja, como não experienciar violência e como viver uma vida sem violência. 4
  • 5. Antecipar estrategicamente para anular a formação dos ciclos nefastos de violência e impedir que a mulher entre no RADAR de um potencial agressor. E porque? Como nos diz Marshall Rosenberg, “Somos naturalmente violentos e potencialmente não violentos”. (ROSENBERG, M. 2006 ) 2. DESENVOLVIMENTO Os impactos destrutivos da manifestação da violência doméstica contra a mulher, especialmente em relacionamentos potencialmente abusivos, vão desde a desarmonia familiar até o feminicídio. As Políticas Públicas que existem atualmente tratam de violência instaurada, de questões de mulheres em situação de violência ou que foram vitimadas. assim, vejamos: De acordo com a Lei 11.340/2006 - LEI MARIA DA PENHA a violência doméstica é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause à mulher morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e dano moral ou patrimonial no âmbito da unidade doméstica, no âmbito da família, ou em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida independentemente de coabitação. LEI 13.104/15- LEI DO FEMINICÍDIO Altera o art. 121 do Decreto-Lei nº2.848, de 7 de dezembro de 1940- Código Penal, para prever o feminicídio como circunstância qualificadora de crime hediondo, e o art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, para incluir o feminicídio no rol de crimes hediondos. Dados do FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA “FBSP”, mostram o assombroso índice de mortalidade de mulheres: Em março/abril de 2020 foram mortas 143 mulheres no Brasil. (FBSP, 2021) 5
  • 6. De quebra, atingem não só a mulher diretamente, mas toda a comunidade. Os familiares mais próximos, as crianças e os adolescentes correm riscos, inclusive de comprometer o desenvolvimento saudável de seu futuro, quando não, em suas próprias vidas. Afeta a economia de uma modo geral, posto que compromete o desempenho dos envolvidos em suas atividades laborais e nas empresas. Considerando-se que as mulheres correspondem a mais de 50% das forças de trabalho mundial e que o empreendedorismo de negócios já é conduzido por maioria de mulheres, o agravamento das crises é novamente suportado por elas. Porque a violência deixa marcas no corpo, na alma, na psique! E, no contexto da Pandemia, a síndrome da violência doméstica contra a mulher foi “...a névoa esparsa em meio a um bosque de Pinus”. Ela estava lá de algum modo, latente, potente, vibrante, porque permeia o tecido social, é sistêmica e não é de hoje! Veja o que diz o Mestre BOFF, L. (2002) que: “Desde as sociedades de caça, surgiram as primeiras relações de violência, sendo que os mais fortes passam a dominar e ter privilégios e o masculino passa a ser o gênero dominante.” ( Boff e Muraro, 2002., pg. 11) O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de violência contra a mulher. Ela só emergiu mais e em maior quantidade no cenário pandêmico porque o ambiente de medo, morte, perdas, impotência, insegurança, isolamento social, confinamento doméstico, entre tantas outras alterações se mostrou totalmente propício e fomentador dessa síndrome. E, pasmem! Em meio ao caos, eram as mulheres, em sua grande maioria de cor preta, que estavam no “front” da área da saúde. Segundo a organização FORD FOUNDATION (2022) “os cuidadores, que são principalmente mulheres de cor preta, se viram afunilar seus parcos recursos. Os empregos nos hospitais e serviços de saúde, onde as mulheres compõem a maioria da força de trabalho, foram cortados. A violência de gênero aumentou. E contra o pano de fundo da pandemia, os ataques contra a liberdade reprodutiva e transgêneros persistiram ou pioraram.” Paradoxalmente, em todo o mundo, foram as mulheres e a população LGBTQIA + que mais abriram caminhos em direção à equidade e à justiça. Considerando-se as vulnerabilidades de determinados grupos sociais, teremos uma consequência danosa em sobreposição”. FORD FOUNDATION (2022) É notório que essas condições epidêmicas causam estresse desmedido nas populações. E foi exatamente isso que se apontou em relação à exacerbação da violência doméstica no Brasil. Dados do FBSP (2021) concluiu em seus anais de pesquisas que: 6
  • 7. “Num universo de 17 milhões de mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual no ano de 2021, 25% desse total apontaram a perda de renda e emprego como os fatores que mais influenciaram na violência que vivenciaram em meio a PANDEMIA DE COVID 19.” ( RELATÓRIO - VISÍVEL E INVISÍVEL- FBSP- 2021., pg 13 ) Em análise SWOT, verifica-se que esse é um ponto fraco, ou seja, tratar do problema, da crise, depois que ela se formou pode ser tarde demais. Há um equívoco em se presumir que se pode controlar o agressor, que ele pare de agredir para que cesse a violência contra a mulher. O ponto forte é exatamente focar no apoio à mulher para que a mesma haja na desmistificação da vítima, trabalhar na manifestação da sombra da mulher, enquanto é tempo. O que poderia ameaçar essa possibilidade são as resistências, a falta de auto responsabilidade, a não consciência de poder pessoal. Assim, vejamos: No Diagrama de ISHIKAWA, para aprofundar o entendimento sobre a fenomenologia da violência entre seus atores, é possível demonstrar as razões pelas quais a hipótese de se prevenir a violência no prenúncio é assertiva, verificamos que: 2.1 A CAUSA DA VIOLÊNCIA É ANTES DE MAIS NADA, INTRAPESSOAL Analisando neuro cientificamente, como a violência é formulada tanto na mente da vítima quanto na mente do agressor, temos de um modo geral que: Pensamentos geram emoções e as emoções ativam as químicas no corpo fazendo com que se configure um estado de ser alterado por essa química. Para o bem ou para o mal. O medo é uma emoção básica de todo ser humano e serve para nos proteger de ameaças desde os primórdios. Porém, essas emoções são desencadeadoras das descargas químicas de cortisol e adrenalina que são derramadas no corpo e que o afetam biopsicologicamente, como um disparador de reações como ataque ou fuga. A sensação de impotência e insegurança diante do medo, em qualquer circunstância, mas sobretudo quando prolongada por um tempo além do razoável, causa estresse por necessidades básicas não atendidas, comprometendo a saúde mental. Além disso, na pandemia as perdas econômicas foram patentes ao interferir diretamente na capacidade de suprir a subsistência familiar, o sono foi alterado, as demonstrações de afeto como abraços e sexo por exemplo, foram proibidas, restringidas, ou não recomendadas. Um golpe atrás do outro na autoestima das pessoas e sem dúvida nenhuma, foi um tempo de paralisações, até mesmo de práticas religiosas, o que estremeceu as estruturas sociais vigentes. “A pirâmide todinha ruiu!” 7
  • 8. Nesse cenário, a agressividade foi a resposta mais disparada automaticamente. O ser humano tende à agressividade quando não maneja bem as emoções, pois o medo gera raiva, fúria, violência. Funciona mais ou menos assim: Pensamentos geram sentimentos que promovem a descarga química, essas descargas geram sentimentos propiciando pensamentos análogos, formando um ciclo aprisionador de causa e efeito interminável. Por essas razões, não podemos apostar na mudança de comportamento do agressor para fazer com que a violência contra a mulher cesse e nem mesmo supor que a punição de um sirva de exemplo para outro. A tese aqui apresentada é a que propõe a dissolução da vítima e assim, o potencial agressor desaparece, pois não há ou é interrompida a ressonância entre eles. Segundo COUTO, (20217) “Tudo o que existe no universo tem uma vibração própria, uma frequência específica que lhe caracteriza”. (COUTO, 2017,pg.,36) 2.2 NO DRAMA DA VIOLÊNCIA INTERPESSOAL, FORMA-SE O BINÔMIO VÍTIMA X ALGOZ A causa da violência interpessoal está no campo eletromagnético formado pela combinação energética produzida entre vítima e algoz, que se desenvolve em ressonância, pois um atrai o outro correspondentemente. Os vórtice de energias os mantêm ligados, enredados, imbricados, amalgamados, presos numa teia de conflitos. Estão como que “colados” psicologicamente pelo padrão neuronal de energia gerada, girando aquele ciclo nefasto explicado anteriormente. Ainda que separados fisicamente, e mesmo que não seja de forma consciente, ambos poderão encenar um drama violento por PROJEÇÃO MENTAL que é quando há a atribuição de qualidades do sujeito ao objeto. Por isso combinam e é essa a energia que está sendo irradiada e que forma o campo quântico, ensejador da contenda. Desnecessário salientar o quanto a PANDEMIA promoveu um ambiente propício para distúrbios, desentendimentos e discórdia. Nesse estado de ser, ambos co-criam suas realidades retroalimentando e justificando seus próprios medos conscientes e inconscientes, experimentando uma série de ambiguidades. Em experiências traumáticas é fácil perceber as respostas emocionais automáticas, inconscientes e memorizadas, disparadas por um estímulo ambiental, comparadas com a perda de um ente querido. A causa desencadeia o efeito! De acordo com o Dr. Joe Dispenza (2012) As emoções provocam alterações na biologia, que interferem na mente. Uma mente focada o tempo todo no medo vai buscar no passado, associações e registros de situações análogas, 8
  • 9. aumentando ainda mais o próprio medo e as descargas químicas, formando um ciclo vicioso e viciante, despendendo energias desordenadas. DISPENZA, J. Dr. (2012 2.3 COERÊNCIA DE FREQUÊNCIAS X INCOERÊNCIAS Por outro lado, o alinhamento coerente da mente sã e o coração amável é o responsável por vibrações de energias salutares. São elas que promovem calma e escolhas assertivas. Dão ao ser humano a capacidade de reflexão e decisões conscientes. A ativação desses dois centros por meio da Meditação, oferece ainda, bem estar e saúde comprovadamente. A grandeza pela transcendência é capaz de promover essas vibrações. Do contrário, as pessoas experimentam desequilíbrio e desarmonia. O coração e o cérebro em incoerência de frequências, sofrem com a inundação química desordenada alterando as funções e o sistema da pessoa como um todo. Esse expurgo afasta as melhores energias conscientes da pessoa, redirecionando seu poder pessoal para longe de si. E o poder pessoal consiste exatamente no domínio da mente processual para se produzir pensamentos elevados, nobres, sentimentos e emoções de amor e alegria, um ego saudável. O coração não é apenas um órgão de bombeamento do sangue, mas é repleto de neurites que formam uma rede vibrante de interconexões, semelhantes às do cérebro, sendo portanto, um centro matematicamente inteligente que emite ondas. O cérebro por sua vez também funciona com sua rede neural, influenciando a maneira como os relacionamentos são conduzidos. De acordo com o Heartmath Research Center, California (2022), “Coerência cardíaca é um estado de alinhamento cooperativo entre o coração, mente, emoções e sistemas físicos.” (HRC/HI 2022) Logo, a pessoa que fica à mercê, como que possuída pela ''SOMBRA" pessoal, age ou melhor, reage com raiva por medo da desintegração do próprio ego. Se arrependem ou se sentem justificadas, porém, o estrago foi feito! A sombra aqui é referida, claro, no sentido psicológico, como refere JUNG, C.G., “...a sombra é o aspecto escuro da personalidade, o agregado de materiais reprimidos.” (JUNG, 1963) Os níveis de agressividade não elaborados psicologicamente, incontidos, implodem (doenças no corpo) ou explodem ( violência fática ) ensejando uma maior tendência às vias de fato, ou seja, uma ação ou omissão nociva, dispara por uma emoção de raiva, sendo que muitas vezes o ódio toma proporções incomensuráveis. Esse padrão mental, por repetição, se torna um programa que fica “rodando” na mente subconsciente da pessoa em questão e as 9
  • 10. ações são tomadas com base nesse sistema de memórias e crenças. Caso a sombra da pessoa assuma o comando e controle inflando o ego, como já dissemos antes, a violência pode nascer ou melhor dizendo, florescer! Porque ela foi gestada dentro, sendo que um evento externo é apenas o botão de start sendo acionado. É aí, nesse ponto, que ela eclode e deve ser “abortada”, interrompida e interceptada, antes que o desejo de ferir alguém possa ser formulado, engendrado. Tanto no vitimismo oculto ou declarado como na agressão expressa ou velada, a violência é o desejo inconfesso que confirma a impotência negada. A falta de poder pessoal e o medo da morte (perda) é o ingrediente do campo mórfico da relação afetiva. É a névoa… Nesse ponto, podemos dar assistência para que a mulher saia do vitimismo, elaborando sua sombra pessoal e assim, sair do RADAR de um potencial agressor. 2.4 AGRESSÕES EXTERNAS SÃO OS EFEITOS DA VIOLÊNCIA Quanto aos efeitos, podemos dizer que trata-se de toda a violência na forma que conhecemos, ou seja, àquela que é exteriorizada e percebida pelos sentidos físicos, humanos: chutes, socos, pontapés, xingamentos, ameaças, destruição de documentos e coisas, etc… referem-se àquilo que é fático, palpável, ao que entendemos como real, o que foi projetado na realidade fática, no mundo material. Mas, como vimos, a causa é anterior e interna. No caso do agressor, a agressão desferida contra outrem ( mulher) é a exteriorização, a extrapolação da violência internalizada. No caso da vítima, a manipulação e/ou a sujeição, a submissão e o sofrimento da agressão, funciona como uma autopunição, uma confirmação da sua menos valia introjetada. O binômio está formado na fusão das psiques, sendo que ambos revezam no ataque x defesa, ou seja, nas polaridades, no lugar de vítima e algoz num ciclo de vai e vem na relação, o que pode terminar em feminicídio. O desafio é mudar o drama de causa e efeito para como nos ensina DISPENZA, J. Dr. (2021) a pessoa “causadora do efeito desejado” (DISPENZA, J., 2012., pg. 48) É até aqui, exatamente nesse ponto, que se aplicam as ferramentas desenvolvidas na hipótese para interromper, intervir, conscientizar, monitorar para prevenir e erradicar a violência doméstica contra a mulher. Aqui é o prenúncio da violência, o que sucede antes, no subterrâneo da relação: Com a interrupção do programa mental automático disparador, e a substituição por MEDITAÇÃO GUIADA! É na incidência do subconsciente, das memórias ruins que nasce o conflito aberto ou velado. Da mesma forma que o amor acontece entre, no meio do caminho entre o coração aberto e puro de uma e outra pessoa, a violência acontece entre, no meio do caminho entre um e outro, que estão na defensiva, entre a vítima e o algoz! 10
  • 11. O ser humano consciente, no exercício do seu poder pessoal, escolhe livremente. Sente o que sente e elabora, sem reprimir ou “jogar para debaixo do tapete”. Escolhe agir suplantando ou sublimando determinados sentimentos. Direciona sua mente e coração para vibrações de amor e resolve seus conflitos com diálogo e negociações inteligentes de “ganha- ganha”. Porque o conflito faz crescer, o embate não. Promove a paz e o respeito, mesmo em discordância de ideias e vontades. Mas, para isso acontecer, precisa estar num estado de ser de grandeza, com o ego bem resolvido. A hipótese que se formula é a de apoiar as pessoas no diálogo consigo mesmas e com o outro, com suporte em tempo real, para que seus sentimentos sejam validados e elaborados em tempo de não tornar violência fática e criminosa direcionada à outrem. O suporte é para o gerenciamento de conflitos no relacionamento afetivo intrapessoal e interpessoal. Caso a intervenção seja bem sucedida, espera-se que o resultado seja uma resolução adequada do conflito, independentemente de haver ou não concordância entre os pontos de vista e nas decisões de cada parte. Equivale dizer que, na última das hipóteses, queremos empoderar a vítima para que possa sair do RADAR de um agressor e apoiar que um potencial agressor desista de agredir, porque percebe que não pode atirar a primeira pedra…e que ninguém seja pego de surpresa! 2-4 AS QUESTÕES DE GÊNERO INCIDENTES NA VIOLÊNCIA CONTRAA MULHER Todos os seres humanos são dotados dos princípios masculino e feminino. Até um determinado ponto da gestação somos todos andrógenos. O feminino é primordial, sendo que a rota do masculino é uma modificação da matriz feminina em meio à gestação. Sobre isso, veja o que diz BOFF (2002) “ Está comprovado que é assegurado cientificamente o primado do feminino na geração e expansão da vida ancestral! Porém, no momento histórico em que o homem toma para si o domínio público relegando à mulher o domínio privado, passando a exercer dominação escravista, estabelece relações de força e passa a exercer dominação. Ele domina sozinho! “ (BOFF & MURARO, 2002) Porém, as identidades de gênero não se circunscrevem ao binarismo e sim à pluralidade das pessoas. Segundo Boff ( 2002), e apesar disso…[...] “Formulou-se a crença de que o homem era superior à mulher por ter uma peça a mais, o pênis e ainda um cérebro maior, maior compleição física, mais forte, etc..e à mulher foi dada como 11
  • 12. máquina de procriação. Foi daí que surgiu a dominação como padrão, somado à cultura androcêntrica.” Ele diz ainda que: “O homem conquistou o mundo mas perdeu sua capacidade de relação.” E, que: “Somos equivalentes, e isso não significa que somos complementares, somos inteiros inacabados”. ( BOFF, 2002) Mas, a mulher ingressa no domínio público e faz a maior revolução social do século 20! Rompendo com o casulo do universo privado, passa a galgar lugares antes designados aos homens, em certos setores de trabalho, nos esportes e na política. O ciclo patriarcal se fecha. Daí a necessidade da mulher ocupar cada vez mais espaços de poder, para desconstruir o patriarcado e impedir a destruição planetária! “A mulher se torna mulher sob o olhar do homem, o homem se torna homem sob o olhar da mulher” SIMONE DE BEAUVOIR (1949) A violência de gênero é, pois, uma anomalia social, especialmente em relacionamentos que se tornam abusivos, porque o machismo, racismo, sexismo é cultural e estrutural. Vigora como uma espécie de LICENCIAMENTO e estímulo para a violência. Dentro da proposta desse projeto, esse paradigma é interrompido por ações pontuais, ou seja, na medida em que o PROGRAMA for escalável, a tendência é de substituição da cultura opressiva pela cultura de cooperação e diminuição da incidência de violência até que seja erradicada. 2.5 A DISTORÇÃO DE SIGNIFICADOS DA SEXUALIDADE HUMANA É MOLA MESTRA DA VIOLÊNCIA Para BOFF, (2002) “... a sexualidade é a manifestação de uma miríade de complexidades. Em todo caso, não há na natureza humana papéis sexuais inscritos, o que há são formas variadas de desempenho como resultado de um constructo social. A sexualidade humana embasada num bilhão de anos de Biogênese e sexogênese se transforma de forma extintiva em escolhas. Na sua totalidade, implica nas diferenças e reciprocidades, mutualidades e encontros: porque existimos uns para os outros. A diferença não é deficiência ou desigualdade, essa distorção serve para subordinar, subalternizar uns em detrimento de outros. Toda vida é vida sexual, estritamente.” (BOFF 2002) Implica dizer, que o não entendimento correto da sexualidade humana gera angústias e violência, pois a vivência da sexualidade em sua plenitude gera prazer e do contrário a pulsação de morte. 12
  • 13. Ao falar em morte, temos que relembrar que tanto os cenários de medo e insegurança proporcionados pela Pandemia de COVID 19, quanto pelos macabros de VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER são potencialmente dizimadores da vida humana. Sendo que o maior DIREITO que um ser humano pode gozar é o direito à vida! A vida é um DIREITO HUMANO sagrado por excelência! Não é por mero acaso que está previsto na Constituição Federal Brasileira, e que o Brasil é signatário de Pactos Internacionais para a erradicação da violência contra a mulher. A luta é longa e antiga! Por essas razões, o Projeto de Experiência visa adotar como solução (mas, não como única) a prevenção e erradicação da violência doméstica contra a mulher, no prenúncio, antes que mais mulheres percam sua dignidade, integridade e suas vidas, antes que aconteça, pelo Plataforma MULHER-WINDKLUB, a implementação do PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA CONTÍNUA EM DIREITOS HUMANOS, por aplicativo e local físico para a instalação de AGÊNCIA DE MONITORAMENTO E OBSERVAÇÃO DE RELACIONAMENTOS A.M.O.R CONCLUSÃO Em plena PANDEMIA, o quadro de medo, morte e agressão se amplificou, expandiu, exacerbou e reverberou numa crise sobreposta à crise existencial da violência doméstica. Isso explica uma tendência maior à violência nesse período, porém, nenhuma forma de violência se justifica! A violência contra a mulher permeia a humanidade a muito tempo e encerra violações constantes e permanentes de DIREITOS HUMANOS que tem suas raízes na questão de gênero, na cultura machista e patriarcalista. O que subjaz é o desejo de subalternização e objetificação da mulher para satisfazer uma histórica, ainda apregoada e absurda hegemonia de gênero! Em que pese os esforços, os mecanismos legais e a rede de 13
  • 14. atendimento à mulher, especialmente no Brasil, as mulheres continuam a ser agredidas e assassinadas diariamente. No contexto da violência doméstica, constata-se um problema de gerenciamento de conflitos nos relacionamentos intrapessoal e interpessoal, social e que pode evoluir para FEMINICÍDIO. A linha que os separa do “olho do furacão” e o prenúncio é tênue. Mesmo com leis específicas, Medidas Protetivas, uma rede de atendimentos, como por exemplo a Casa da Mulher Brasileira, o problema insiste e persiste. Na hipótese desenvolvida, resta totalmente infrutífera a tentativa de prevenir algo que já ocorreu em vez de prevenir que se inicie e forme o ciclo da violência. Pretender que o agressor pare de agredir para fazer cessar a violência é algo inócuo. Tanto quanto querer que a mulher pare de ser agredida por si só, denunciando. A solução proposta é prevenir e erradicar a violência contra a mulher antes que aconteça! Apoiar o gerenciamento de conflitos inicialmente pelo ingresso da mulher numa jornada, um percurso de conscientização da vitimização, possibilitando à mulher desmantelar o ciclo, reconhecendo antes os sinais do prenúncio da violência nela mesma, amparada pelo Programa da Assistência Contínua em Direitos Humanos. Quando a vítima dissolve em tempo, o agressor desaparece! O binômio não se forma! A mulher não entra no RADAR do agressor! O objetivo é que se perfaça o Direito de viver uma vida sem violência! Esse é o DIREITO HUMANO a ser preservado! A ideia é implementar uma Agência de Monitoramento e Observação de conflitos em relacionamentos afetivos antes que se tornem abusivos, como uma Política Pública Específica, o que imaginamos possa ser financiado pelo Poder Público, observando tendências de conflitos sociais de gênero, antes mesmo de se configurar crimes. E, assim, medindo os ventos das relações, protegendo-se a dignidade humana preventivamente e oportunamente. Atrelar a Agência ao Programa WINDKLUB ( Replicável) com uso das tecnologias digitais modernas e ágeis para lidar com a complexidade da questão. Por fim, entende-se que ao educar para o gerenciamento de conflitos, desde a infância, a sociedade brasileira pode mudar o paradigma de guerra nas relações humanas. Prevenir e erradicar a violência em tempo de não se tornar crime! # Todos por uma vida sem violência! 14
  • 15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BOFF, Leonardo; MURARO, Rose Marie. Feminino e Masculino: Uma Nova Consciência para o encontro das diferenças. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2002. pg. 13 e 33 BUENO, Samira. et.al. FÓRUM NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA. Visível e Invisível: A vitimização de Mulheres no Brasil.Ed. 3th, 2021. Disponível em: <Homepage - Fórum Brasileiro de Segurança Pública (forumseguranca.org.br)> <relatorio-visivel-e-invisivel-3ed-2021-v3.pdf (forumseguranca.org.br)> acesso em 30.3.2022 COUTO, Hélio. MENTES IN-FORMADAS: Ondas de Informação, Transferência De Consciências Arquetípicas e outras Infinitas Possibilidades.São Paulo: Ed. 3th. Linear B Editora, 2017. pg. 36 DISPENZA, Joe. Dr. Breaking the habit of Being yourself; Como criar um Novo Eu. Tradutor NUNES, Jorge. Portugal, 2012 15
  • 16. H. R. C. & HEARTMATH INSTITUTE: Disponível em: <www.heartmath.org> http://www.heartmath.orgacesso em 30.3.2022 JUNG, C.G. MEMÓRIAS, SONHOS, REFLEXÕES. 16ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1975 MORAES, R.F; INSTITUTO DE PESQUISA APLICADA IPEA. PREVENINDO CONFLITOS SOCIAIS VIOLENTOS EM TEMPOS DE PANDEMIA: GARANTIA DE RENDA, MANUTENÇÃO DA SAÚDE MENTAL E COMUNICAÇÃO EFETIVA. Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia. Nota Técnica 27: Brasília, 2020 ROSENBERG, M. Comunicação Não Violenta, 2006 ROSENFELD, A; FORD FOUNDATION. O futuro da igualdade de gênero.mar.2022; Nações Unidas. Disponível em: <https:www.fordfoundation.org> site: fordfoundation.org O futuro da igualdade de gênero (mailchi.mp) acesso em 30.3.2022 PELIÇARIO, Maria Alice. NO OLHO DO FURACÃO: O Prenúncio da Violência contra a Mulher. São Paulo: Amazon, 2020. ebook disponível em: <https://www.amazon.com.br/NO-OLHO-FURAC%C3%83O-PREN%C3%9ANCIO-VIOL %C3%8ANCIA-ebook/dp/> 16
  • 17. LINKS LINKS: APRESENTAÇÃO DA STARTUP https://docs.google.com/presentation/d/1czt05T2eGidYbPt1F15nhTRsJpQ98CD0/edit?usp=s haring&ouid=109859801063644724040&rtpof=true&sd=true PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA CONTÍNUA EM DIREITOS HUMANOS- PAC-DH <https://applink.com.br/mulher_-windklub-> app em construção LIGAÇÃO DE VÍDEO -( LINK DO WHEREBY) https://whereby.com/windklub SITE/ PLATAFORMA Mulher | Windklub.com MÉTODO NO OLHO DO FURACÃO E pub - Método - <https://heyzine.com/flip-book/a7e4d36dd9.html> SWOT - Visualizar em: <-https://www.canva.com/design/DAFAZijzm68/R6GKcOBfSHqniPNiCNsEDA/view?utm_c ontent=DAFAZijzm68&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=publis hsharelink> DIAGRAMA ISHIKAWA - VIOLÊNCIA- CAUSA E EFEITO - MENTAL <https://www.canva.com/design/DAFAaRRbKkc/nKj-9dLnrFjsEwY8VQ06Xw/view?utm_co ntent=DAFAaRRbKkc&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=home page_design_menu> 17