2. AUTOR
Filho de família de classe média – acesso à
educação formal;
Prefeito de Palmeira dos Índios (1927-1930) e
Secretário de Estado da educação (AL);
Preso Político durante o Estado Novo;
3. AUTOR
Prisão sem processo formal;
Acuação: tendências esquerdistas (sem provas);
Livro Angústia ia ser publicado – não pôde fazer a
revisão final.
4. PERÍODO LITERÁRIO
Modernismo 2ª Geração – romance regionalista;
Literatura politizada, de temas sociais:
Exclusão social;
Desigualdade econômica;
Poder coronelista.
5. PARTICULARIDADES DA OBRA
Ambiente citadino (Maceió);
Protagonista problemático: não se encaixa no
meio;
Narrativa intimista: Sigmund Freud (personalidade
fraturada e multifacetadas).
6. ESPAÇO
Maceió – capital de Alagoas;
Rua do Macena, perto da usina elétrica (caráter
realístico);
Fazenda do Avô – interior do estado (lembrança);
7. ESPAÇO
Casa atual – retrato da mediocridade e da descaso com
que o narrador se vê.
“Ainda não disse que moro na rua do Macena, perto da usina
elétrica. Ocupado em várias coisas, frequentemente esqueço
o essencial. Que, para mim, a casa onde moramos não tem
importância grande demais. Tenho vivido em numerosos
chiqueiros. Provavelmente esses imóveis influíram no meu
caráter, mas sou incapaz de recordar-me das divisões de
qualquer deles. Não esperem a descrição destas paredes
velhas que dr. Gouveia me aluga, sem remorso, por cento e
vinte mil-réis mensais, fora a pena de água.”
8. TEMPO
Psicológico: falta de ordem cronológica;
Leitor colocado em contato diretamente com a
subjetividade do narrador;
Passado e presente tornam-se simultâneos;
Consequência: A sequência real dos
acontecimentos não possui importância.
9. NARRADOR
1ª pessoa – ponto de vista subjetivo, não confiável;
Luís da Silva: jornalista e funcionário público,
amargurado em sua vida mesquinha;
Narrador depressivo/melancólico, propenso à
autodepreciação e ao autoaniquilamento;
10. NARRADOR
“Falta-me tranquilidade, falta-me inocência, estou feito
um molambo que a cidade puiu demais e sujou.”
“Trinta e cinco anos, funcionário público, homem de
ocupações marcadas pelo regulamento. O Estado não
me paga para eu olhar as pernas das garotas. E aquilo
era uma garota. Além de tudo sei que sou feio.
Perfeitamente, tenho espelho em casa. Os olhos baços,
a boca muito grande, o nariz grosso.”
11. NARRADOR
“Tipos bestas. Ficam dias inteiros fuxicando nos cafés
e preguiçando, indecentes. Quando avisto essa
cambada, encolho-me, colo-me às paredes como
um rato assustado. Como um rato, exatamente.
Fazejo dos negociantes que soltam gargalhadas
enormes, discutem política e putaria.”
13. PERSONAGENS
Tipos criados a partir da perspectiva única do
narrador.
Três Grupos:
Infância na fazenda;
Pensão em Maceió;
Casa na Rua do Macena;
14. PERSONAGENS - INFÂNCIA
Trajano Pereira de Aquino Cavalcante e Silva: avô
fazendeiro, morre senil e decadente;
Sinhá Germana: avó submissa ao avô;
Camilo Pereira da Silva: pai de Luís, herdeiro da
decadência, indolente e sem perspectivas;
José Baía: justiceiro;
Antônio Justino: professor de infância de Luís;
Mestre Domingos: ex-escravo que prospera e vira
dono de uma venda.
15. PERSONAGENS - PENSÃO
Dona Aurora: dona da pensão
Dagoberto: estudante de medicina e repórter –
homem de sucesso social;
Macedo: homem que comprou o primeiro soneto
de Luís.
16. PERSONAGENS - CASA
Dr. Gouveia: dono da casa a quem Luís deve
aluguel. Apresentado como capitalista sem
escrúpulos;
Moisés: um dos poucos amigos de Luís da Silva;
judeu, trabalhava com um tio e encontrava no
amigo um de seus interlocutores. Tem ideias
comunistas e, por causa disso, é perseguido;
17. PERSONAGENS - CASA
Pimentel: amigo de Luís da repartição;
Seu Ivo: mendigo andarilho;
Lobisomem: homem velho, cuja história de incesto
com as filhas é propagada pela vizinhança;
18. PERSONAGENS - CASA
Dona Rosália: mulher cujo marido é caixeiro
viajante; ela tem grande volúpia sexual;
Antônia: criada de D. Rosália, criatura ingênua que
acredita em tudo que é homem;
Dona Mercedes: tem um amante rico e provoca
inveja em Marina, que a toma como modelo;
19. PERSONAGENS - CASA
Vitória: empregada de Luís, tem nome irônico;
enterra dinheiro no quintal e fica sempre pensando
em contas intermináveis;
Dona Adélia e Seu Ramalho: pais de Marina,
deixam-se levar por Julião Tavares, atraídos pelos
presentes que ele lhes trazia e pelas necessidades
por que passavam;
20. PERSONAGENS - CASA
Julião Tavares: símbolo das convenções e
aparências sociais;
Adjetivos: pedante, asqueroso e pegajoso;
Imagem: figura gorda, vermelha e monstruosa;
Usa de sua posição social para se aproveitar de
mulheres bonitas e tolas.
21. PERSONAGENS - CASA
Marina: moça pobre, vaidosa, sensual, fútil, tem
sonhos mais altos que sua condição social;
Criticada pelo pai que não aprova os hábitos da
filha;
Associada à prostituta Berta – por dar grande valor
à sua sensualidade.