SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
Baixar para ler offline
Professor Walace Cestari
• Urbanização da cidade do Rio de Janeiro.
• A capital era também a “corte” do Império.
• Sociedade consumidora: aristocracia rural,
profissionais liberais e jovens estudantes.
• Surgimento do jornalismo brasileiro.
• Desejo de entretenimento com a “cor local”,
influenciada pelo espírito nacionalista.
CONTEXTO HISTÓRICO E CULTURAL
A publicação de folhetins diários
fez sucesso no Brasil.
A estratégia aumentou a tiragem
dos periódicos, com uma nova
narrativa, envolvente, de
linguagem acessível, sem
complicações intelectuais, de
acontecimentos rápidos e de
emoções fortes.
O público leitor desses folhetins era
tipicamente urbano, apesar das
raízes rurais:
• mulheres e estudantes que se
estabeleceram na corte após a
Independência em busca de
ascensão econômica ou política;
• filhos de senhores rurais que
vinham completar os estudos.
• Os folhetins modernizam uma
sociedade incomodada com
ideias intolerantes que refletiam
a visão agrária e atrasada
destoando dos valores urbanos
apregoados pela burguesia.
• Isso colabora com a construção
de uma identidade nacional
urbana.
• A literatura brasileira abandona
as cópias simples e versões
meramente traduzidas,
inaugurando a era do romance
nacional.
Cenário de O Guarani – Teatro Alla Scala de Milão
ALMEIDA JR., JOSÉ FERRAZ – Leitura, 1892.
• Caráter conservador das narrativas.
• Situação inicial de ordem burguesa.
• Perturbação na ordem burguesa:
• ruptura com preceitos familiares ou institucionais
• Crise nos valores burgueses, rejeição e desaprovação
de ações.
• Busca pelo mérito e pela superação dos rejeitados.
• Decadência ou equívoco do planejamento inicial.
• Superação das dificuldades.
• Revelação de atitudes e personalidades com retratação
e reaproximação.
• A felicidade se restabelece com a reordenação da
ordem burguesa, reafirmando os seus valores.
ESTRUTURA DO FOLHETIM
Norma Blum como Aurélia, em Senhora, novela exibida pela Rede Globo em 1975
• Sentimentalismo
• Impasse amoroso
• Idealização amorosa ou nacional
• Personagens planas
• Modelo de herói clássico
• Uso constante de flash backs
• Cor local – valorização dos aspectos nacionais ou
regionais
• Linguagem "brasileira"
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PROSA
ROMÂNTICA
Regionalista
• Visão romântica e idealizada do país sobre sobre si
mesmo.
• Valorização da diversidade étnica, linguística, social e
cultural.
• Experiência nova na literatura nacional, fez os
escritores observarem a realidade nacional.
• Afirmação da identidade nacional.
Indianista
• Exaltação do índio e da natureza nacional.
• Celebra a pureza do índio e a formação mestiça da raça
brasileira.
• Idealização de personagens e relações.
TIPOS DE ROMANCES ROMÂNTICOS
Histórico
• Busca o passado “glorioso” do país
• Visão ufanista e exagerada.
Urbano
• Comunicação direta com o público burguês.
• Retrata as relações cotidianas.
• Personagens comuns e de fácil identificação.
• Idealização amorosa.
• Retrato dos valores e ideais burgueses.
TIPOS DE ROMANCES ROMÂNTICOS
ROMANTISMO - PROSA
CARACTERÍSTICAS
INDIANISMO E NACIONALISMO
IDEALIZAÇÃO DO AMOR E DA MULHER
COR LOCAL E VALORES BURGUESES
ROMANCES HISTÓRICOS, INDIANISTAS, REGIONALISTAS E
URBANOS
AUTORES
JOSÉ DE ALENCAR
MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA
JOAQUIM MANUEL DE MACEDO
DURAÇÃO 37 ANOS
ESTÉTICA
INFLUÊNCIA
FORMALIDADE
RELEVÂNCIA
1844 - 1881



Delacroix, E. A liberdade guiando o povo hayez, F. O beijo
• Adaptação do folhetim aos cenários brasileiros com
conservação do estilo das narrativas europeias.
• Reflete os ideais do romantismo europeu somados aos
valores morais da sociedade patriarcal brasileira.
• Escrita simples e descritiva, de histórias sem grandes
surpresas.
• Identificação dos leitores com os locais reais da cidade
que eram descritos.
• Em lugar das grandes paixões, namoros respeitáveis que
seguem o padrão da sociedade, com a sequência de
noivado e casamento.
• O afeto era apresentado pelos olhos do decoro, sem
revoltas ou tragédias.
• Retrata o cotidiano da burguesia e seus valores.
• Estilo direto e coloquial, característico do jornalismo.
• Humor e ironia quanto aos costumes da sociedade
carioca.
• Retrata personagens da classe média e baixa.
• A autoria foi escondida pelo pseudônimo “um
brasileiro”.
• Publicado em folhetim, a crítica não lhe deu importância
à época.
• Buscou fazer em suas obras um painel do país,
mostrando a diversidade de aspectos geográficos,
sociais e étnicos do Brasil.
• Sua ideia de construção do romance brasileiro é um
projeto abrangente, buscando histórias gloriosas e
idealizando mitos dos fundadores da raça.
• Inovador quanto à linguagem, decidiu-se que, se o
romance deveria ser o retrato do país, não bastava
somente a temática brasileira, mas uma linguagem
nacional.
• Rompe com o estilo literário lusitano, usando períodos
curtos e sintéticos, valendo-se de comparações e
metáforas
• Busca analogias na natureza para descrever as
expressões do índio, do qual se utiliza da linguagem,
usando por muitas vezes vocábulos indígenas.
• Nítida idealização do índio e sua colocação como herói
nacional, alçando-o como um dos pilares – junto ao europeu
– de formação do povo brasileiro.
• O índio em Alencar é inspirado no cavaleiro medieval
europeu, possuindo características épicas de um herói
clássico.
• Romances históricos ambientados no passado colonial,
buscando representar a formação da nação como povo.
• Dá início aos romances regionalistas na literatura brasileira,
onde retrata a condição do país da forma mais pura, no
mundo rural.
• Busca revelar o país em sua extensão geográfica,
demonstrando os típicos brasileiros da região, com a
finalidade de integrá-los a um projeto de unidade, como
desejo das elites imperiais e que encontra em Alencar seu
porta-voz.
• Sua escrita ideológica representa coerentemente seu
pensamento e seu discurso de classe.
• Idealização da realidade humana e social do país, passando
ao largo dos problemas sociais como a escravidão, por
exemplo.
• Os romances urbanos idealizam a própria sociedade
• Caráter inverossímil ao tentar retratar os conflitos entre a
realidade e o universo sublimado.
• Introdução de novidades temáticas, como em seus “perfis
femininos”, nas quais apresenta análises psicológicas mais
desenvolvidas e mistura as questões financeiras aos
relacionamentos amorosos.
• O drama das personagens liga-se às questões da organização
social em seus romances urbanos. Lucíola, a prostituta que
se apaixona – um amor impossível frente à diferença dos
grupos sociais –; e Senhora – o casamento por interesse –,
são bons exemplos disso.
Romances indianistas
• O guarani, 1857
• Encontro das raças, mito da formação do povo
brasileiro.
• Iracema, 1865
• Descoberta da vida selvagem pelo branco
colonizador.
• Ubirajara, 1874
• Romance anterior à chegada dos portugueses.
Retrata o índio e seu meio natural
OBRAS DE ALENCAR
Romances regionalistas
• busca de construção de uma identidade brasileira
• O gaúcho, 1870
• O tronco do ipê, 1871
• O sertanejo, 1875
• Til, 1871
Romances históricos
• Desvenda os costumes e as formas de vida coloniais
• As minas de prata - 1º vol., 1865
• As minas de prata - 2.º vol., 1866
• Guerra dos mascates - 1º vol., 1871
• Guerra dos mascates - 2º vol.,
• 1873Alfarrábios, 1873
OBRAS DE ALENCAR
Romances urbanos
• Atenção aos estados psicológicos e a fina ironia, um
ancestral peculiar do romance realista
• Cinco Minutos, 1856
• A viuvinha, 1857
• Lucíola, 1862
• Diva, 1864
• A pata da gazela, 1870
• Sonhos d'ouro, 1872
• Senhora, 1875
• Encarnação, 1877
OBRAS DE ALENCAR
Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento
da corte como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do
deslumbramento que produzira seu fulgor? Tinha ela dezoito anos
quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo
buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do
dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo
saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la
os noveleiros. Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha
parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na
sociedade. Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para
condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele
tempo não tinha admitido ainda certa emancipação feminina.
Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não
declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir
suas ações como entendesse. Constava também que Aurélia tinha um
tutor; mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da
pupila, não devia exercer maior influência em sua vontade, do que a
velha parenta.
ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006
EXERCÍCIO (ENEM)
O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado em
1875 . No fragmento transcrito, a presença de D. Firmina
Mascarenhas como "parenta" de Aurelia Camargo assimila
práticas e convenções sociais inseridas no contexto do
Romantismo, pois
a) o trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher
ao retratar a condição feminina na sociedade brasileira
da época.
b) o trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos
sociais no enredo de seu romance.
c) as características da sociedade em que Aurélia vivia são
remodeladas na imaginação do narrador romântico.
d) o narrador evidencia o cerceamento sexista à
autoridade da mulher, financeiramente independente.
e) o narrador incorporou em sua ficção hábitos muito
avançados para a sociedade daquele período histórico.
EXERCÍCIO (ENEM)
— Ora dizeis, não é verdade? Pois o Sr. Lúcio queria esse cravo,
mas vós lho não podíeis dar, porque o velho militar não tirava
os olhos de vós; ora, conversando com o Sr. Lúcio, acordastes
ambos que ele iria esperar um instante no jardim...
MACEDO, J. M. A moreninha. Disponível em: www.dominiopublico.com.br.
Acesso em: 17 abr. 2010 (fragmento).
O trecho faz parte do romance A moreninha, de Joaquim
Manuel de Macedo. Nessa parte do romance, há um diálogo
entre dois personagens. A fala transcrita revela um falante que
utiliza uma linguagem
a) informal, com estruturas e léxico coloquiais.
b) culta, com domínio da norma padrão.
c) técnica, com termos de áreas específicas.
d) lírica, com expressões e termos empregados em sentido
figurado.
e) regional, com termos característicos de uma região.
EXERCÍCIO (ENEM)
Romantismo - prosa

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Romantismo prosa
Romantismo prosaRomantismo prosa
Romantismo prosa
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
Romantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
Romantismo - As 3 gerações - Resumo CompletoRomantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
Romantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
 
Aula intertextualidade
Aula intertextualidadeAula intertextualidade
Aula intertextualidade
 
Literatura africana
Literatura africanaLiteratura africana
Literatura africana
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
Tipologia Textual
Tipologia TextualTipologia Textual
Tipologia Textual
 
Escolas Literárias - Quinhentismo
Escolas Literárias - QuinhentismoEscolas Literárias - Quinhentismo
Escolas Literárias - Quinhentismo
 
Texto literário e não literário
Texto literário e não literárioTexto literário e não literário
Texto literário e não literário
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Slides sobre Gêneros do Discurso, Gêneros Literários e Linguagem, Comunicação...
Slides sobre Gêneros do Discurso, Gêneros Literários e Linguagem, Comunicação...Slides sobre Gêneros do Discurso, Gêneros Literários e Linguagem, Comunicação...
Slides sobre Gêneros do Discurso, Gêneros Literários e Linguagem, Comunicação...
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
Funções da linguagem 3
Funções da linguagem   3Funções da linguagem   3
Funções da linguagem 3
 
Variação linguística
Variação linguísticaVariação linguística
Variação linguística
 
Aula 1 quinhentismo
Aula 1  quinhentismoAula 1  quinhentismo
Aula 1 quinhentismo
 
Signo linguìstico
Signo linguìsticoSigno linguìstico
Signo linguìstico
 
Parnasianismo'
Parnasianismo'Parnasianismo'
Parnasianismo'
 
2ª fase do modernismo brasileiro
2ª fase do modernismo brasileiro2ª fase do modernismo brasileiro
2ª fase do modernismo brasileiro
 
Quinhentismo no brasil
Quinhentismo no brasilQuinhentismo no brasil
Quinhentismo no brasil
 
1 coesão textual - referencial e sequencial
1   coesão textual - referencial e sequencial1   coesão textual - referencial e sequencial
1 coesão textual - referencial e sequencial
 

Semelhante a Romantismo - prosa

Romantismo no brasil seminário de literaturaa
Romantismo no brasil   seminário de literaturaaRomantismo no brasil   seminário de literaturaa
Romantismo no brasil seminário de literaturaaJulio ricardo Silveira
 
Romantismo no brasil seminário de literatura José de Alencar
Romantismo no brasil   seminário de literatura José de AlencarRomantismo no brasil   seminário de literatura José de Alencar
Romantismo no brasil seminário de literatura José de AlencarJulio ricardo Silveira
 
Universidade estadual da paraíba pibid1
Universidade estadual da paraíba   pibid1Universidade estadual da paraíba   pibid1
Universidade estadual da paraíba pibid1Maria das Dores Justo
 
Romantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - ProsaRomantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - ProsaCynthia Funchal
 
História e Literatura: Um diálogo Possível
História e Literatura: Um diálogo PossívelHistória e Literatura: Um diálogo Possível
História e Literatura: Um diálogo PossívelElaine Souza
 
Romance urbano, social, regional..ppt
Romance urbano, social, regional..pptRomance urbano, social, regional..ppt
Romance urbano, social, regional..pptssusercc343b1
 
Romance urbano, soooocial, regional..ppt
Romance urbano, soooocial, regional..pptRomance urbano, soooocial, regional..ppt
Romance urbano, soooocial, regional..pptLuisFernando652236
 
Cap 13 e 14 a prosa no romantismo
Cap 13 e 14 a prosa no romantismoCap 13 e 14 a prosa no romantismo
Cap 13 e 14 a prosa no romantismowhybells
 
A prosa romântica brasileira
A prosa romântica brasileiraA prosa romântica brasileira
A prosa romântica brasileiraAdeildo Júnior
 
O romantismo, José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo
O romantismo, José de Alencar e Joaquim Manuel de MacedoO romantismo, José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo
O romantismo, José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedokelvinhosm
 
3.1 Romantismo e Indicações de Leitura.pptx
3.1 Romantismo e Indicações de Leitura.pptx3.1 Romantismo e Indicações de Leitura.pptx
3.1 Romantismo e Indicações de Leitura.pptxSILVIAREGINARODRIGUE8
 
Romantismo no brasil
Romantismo no brasilRomantismo no brasil
Romantismo no brasilMonica Burgos
 

Semelhante a Romantismo - prosa (20)

Prosa romântica
Prosa românticaProsa romântica
Prosa romântica
 
Romantismo no brasil seminário de literaturaa
Romantismo no brasil   seminário de literaturaaRomantismo no brasil   seminário de literaturaa
Romantismo no brasil seminário de literaturaa
 
Romantismo no brasil seminário de literatura José de Alencar
Romantismo no brasil   seminário de literatura José de AlencarRomantismo no brasil   seminário de literatura José de Alencar
Romantismo no brasil seminário de literatura José de Alencar
 
Universidade estadual da paraíba pibid1
Universidade estadual da paraíba   pibid1Universidade estadual da paraíba   pibid1
Universidade estadual da paraíba pibid1
 
Romantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - ProsaRomantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - Prosa
 
Romantismo no brasil
Romantismo no brasilRomantismo no brasil
Romantismo no brasil
 
História e Literatura: Um diálogo Possível
História e Literatura: Um diálogo PossívelHistória e Literatura: Um diálogo Possível
História e Literatura: Um diálogo Possível
 
Romance urbano, social, regional..ppt
Romance urbano, social, regional..pptRomance urbano, social, regional..ppt
Romance urbano, social, regional..ppt
 
Lista romantismo
Lista romantismoLista romantismo
Lista romantismo
 
Romantismo prosa
Romantismo prosaRomantismo prosa
Romantismo prosa
 
Romance urbano, soooocial, regional..ppt
Romance urbano, soooocial, regional..pptRomance urbano, soooocial, regional..ppt
Romance urbano, soooocial, regional..ppt
 
Literatura aula 22
Literatura aula 22Literatura aula 22
Literatura aula 22
 
Cap 13 e 14 a prosa no romantismo
Cap 13 e 14 a prosa no romantismoCap 13 e 14 a prosa no romantismo
Cap 13 e 14 a prosa no romantismo
 
A prosa romântica brasileira
A prosa romântica brasileiraA prosa romântica brasileira
A prosa romântica brasileira
 
O romantismo, José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo
O romantismo, José de Alencar e Joaquim Manuel de MacedoO romantismo, José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo
O romantismo, José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo
 
Realismo 2 ano
Realismo 2 anoRealismo 2 ano
Realismo 2 ano
 
3.1 Romantismo e Indicações de Leitura.pptx
3.1 Romantismo e Indicações de Leitura.pptx3.1 Romantismo e Indicações de Leitura.pptx
3.1 Romantismo e Indicações de Leitura.pptx
 
Romantismo Prosa
Romantismo ProsaRomantismo Prosa
Romantismo Prosa
 
Romantismo no brasil
Romantismo no brasilRomantismo no brasil
Romantismo no brasil
 
O romance urbano
O romance urbanoO romance urbano
O romance urbano
 

Mais de Paulo Alexandre

Calendário escolar 2021.xlsx - 1
Calendário escolar 2021.xlsx - 1Calendário escolar 2021.xlsx - 1
Calendário escolar 2021.xlsx - 1Paulo Alexandre
 
El idioma de los indígenas de Brasil
El idioma de los indígenas de BrasilEl idioma de los indígenas de Brasil
El idioma de los indígenas de BrasilPaulo Alexandre
 
LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS
 LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS
LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOSPaulo Alexandre
 
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBES
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBESNATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBES
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBESPaulo Alexandre
 
Espelhos planos e esféricos
Espelhos planos e esféricosEspelhos planos e esféricos
Espelhos planos e esféricosPaulo Alexandre
 
Comunidade sociedade e cidadania
Comunidade sociedade e cidadaniaComunidade sociedade e cidadania
Comunidade sociedade e cidadaniaPaulo Alexandre
 

Mais de Paulo Alexandre (20)

Calendário escolar 2021.xlsx - 1
Calendário escolar 2021.xlsx - 1Calendário escolar 2021.xlsx - 1
Calendário escolar 2021.xlsx - 1
 
El idioma de los indígenas de Brasil
El idioma de los indígenas de BrasilEl idioma de los indígenas de Brasil
El idioma de los indígenas de Brasil
 
LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS
 LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS
LA LENGUA NATIVA DE LOS PUEBLOS ANDINOS
 
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBES
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBESNATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBES
NATIVE AMERICANS CHEROKEE TRIBES
 
Saludos en Quéchua
Saludos en QuéchuaSaludos en Quéchua
Saludos en Quéchua
 
El Guarani en Paraguay
El Guarani en ParaguayEl Guarani en Paraguay
El Guarani en Paraguay
 
Espelhos planos e esféricos
Espelhos planos e esféricosEspelhos planos e esféricos
Espelhos planos e esféricos
 
Conectaaí
ConectaaíConectaaí
Conectaaí
 
SOCIOLOGIA 1 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 1 (JAMBOARD)SOCIOLOGIA 1 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 1 (JAMBOARD)
 
FILOSOFIA 2 (jAMBOARD)
FILOSOFIA 2 (jAMBOARD)FILOSOFIA 2 (jAMBOARD)
FILOSOFIA 2 (jAMBOARD)
 
FILOSOFIA 1 (jAMBOARD)
FILOSOFIA 1 (jAMBOARD)FILOSOFIA 1 (jAMBOARD)
FILOSOFIA 1 (jAMBOARD)
 
SOCIOLOGIA 3 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 3 (JAMBOARD)SOCIOLOGIA 3 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 3 (JAMBOARD)
 
SOCIOLOGIA 2 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 2 (JAMBOARD)SOCIOLOGIA 2 (JAMBOARD)
SOCIOLOGIA 2 (JAMBOARD)
 
Citoplasma - parte 2
Citoplasma - parte 2Citoplasma - parte 2
Citoplasma - parte 2
 
Geometria molecular
Geometria molecularGeometria molecular
Geometria molecular
 
Citoplasma parte 2
Citoplasma parte 2Citoplasma parte 2
Citoplasma parte 2
 
Responsabilidade social
Responsabilidade socialResponsabilidade social
Responsabilidade social
 
Subdesenvolvimento
SubdesenvolvimentoSubdesenvolvimento
Subdesenvolvimento
 
Estratificação social
Estratificação socialEstratificação social
Estratificação social
 
Comunidade sociedade e cidadania
Comunidade sociedade e cidadaniaComunidade sociedade e cidadania
Comunidade sociedade e cidadania
 

Último

D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 

Último (20)

Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 

Romantismo - prosa

  • 1.
  • 3. • Urbanização da cidade do Rio de Janeiro. • A capital era também a “corte” do Império. • Sociedade consumidora: aristocracia rural, profissionais liberais e jovens estudantes. • Surgimento do jornalismo brasileiro. • Desejo de entretenimento com a “cor local”, influenciada pelo espírito nacionalista. CONTEXTO HISTÓRICO E CULTURAL
  • 4. A publicação de folhetins diários fez sucesso no Brasil. A estratégia aumentou a tiragem dos periódicos, com uma nova narrativa, envolvente, de linguagem acessível, sem complicações intelectuais, de acontecimentos rápidos e de emoções fortes.
  • 5. O público leitor desses folhetins era tipicamente urbano, apesar das raízes rurais: • mulheres e estudantes que se estabeleceram na corte após a Independência em busca de ascensão econômica ou política; • filhos de senhores rurais que vinham completar os estudos.
  • 6. • Os folhetins modernizam uma sociedade incomodada com ideias intolerantes que refletiam a visão agrária e atrasada destoando dos valores urbanos apregoados pela burguesia. • Isso colabora com a construção de uma identidade nacional urbana. • A literatura brasileira abandona as cópias simples e versões meramente traduzidas, inaugurando a era do romance nacional. Cenário de O Guarani – Teatro Alla Scala de Milão
  • 7. ALMEIDA JR., JOSÉ FERRAZ – Leitura, 1892. • Caráter conservador das narrativas. • Situação inicial de ordem burguesa. • Perturbação na ordem burguesa: • ruptura com preceitos familiares ou institucionais • Crise nos valores burgueses, rejeição e desaprovação de ações. • Busca pelo mérito e pela superação dos rejeitados. • Decadência ou equívoco do planejamento inicial. • Superação das dificuldades. • Revelação de atitudes e personalidades com retratação e reaproximação. • A felicidade se restabelece com a reordenação da ordem burguesa, reafirmando os seus valores. ESTRUTURA DO FOLHETIM
  • 8. Norma Blum como Aurélia, em Senhora, novela exibida pela Rede Globo em 1975 • Sentimentalismo • Impasse amoroso • Idealização amorosa ou nacional • Personagens planas • Modelo de herói clássico • Uso constante de flash backs • Cor local – valorização dos aspectos nacionais ou regionais • Linguagem "brasileira" CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PROSA ROMÂNTICA
  • 9. Regionalista • Visão romântica e idealizada do país sobre sobre si mesmo. • Valorização da diversidade étnica, linguística, social e cultural. • Experiência nova na literatura nacional, fez os escritores observarem a realidade nacional. • Afirmação da identidade nacional. Indianista • Exaltação do índio e da natureza nacional. • Celebra a pureza do índio e a formação mestiça da raça brasileira. • Idealização de personagens e relações. TIPOS DE ROMANCES ROMÂNTICOS
  • 10. Histórico • Busca o passado “glorioso” do país • Visão ufanista e exagerada. Urbano • Comunicação direta com o público burguês. • Retrata as relações cotidianas. • Personagens comuns e de fácil identificação. • Idealização amorosa. • Retrato dos valores e ideais burgueses. TIPOS DE ROMANCES ROMÂNTICOS
  • 11. ROMANTISMO - PROSA CARACTERÍSTICAS INDIANISMO E NACIONALISMO IDEALIZAÇÃO DO AMOR E DA MULHER COR LOCAL E VALORES BURGUESES ROMANCES HISTÓRICOS, INDIANISTAS, REGIONALISTAS E URBANOS AUTORES JOSÉ DE ALENCAR MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA JOAQUIM MANUEL DE MACEDO DURAÇÃO 37 ANOS ESTÉTICA INFLUÊNCIA FORMALIDADE RELEVÂNCIA 1844 - 1881    Delacroix, E. A liberdade guiando o povo hayez, F. O beijo
  • 12.
  • 13. • Adaptação do folhetim aos cenários brasileiros com conservação do estilo das narrativas europeias. • Reflete os ideais do romantismo europeu somados aos valores morais da sociedade patriarcal brasileira. • Escrita simples e descritiva, de histórias sem grandes surpresas. • Identificação dos leitores com os locais reais da cidade que eram descritos. • Em lugar das grandes paixões, namoros respeitáveis que seguem o padrão da sociedade, com a sequência de noivado e casamento. • O afeto era apresentado pelos olhos do decoro, sem revoltas ou tragédias. • Retrata o cotidiano da burguesia e seus valores.
  • 14.
  • 15. • Estilo direto e coloquial, característico do jornalismo. • Humor e ironia quanto aos costumes da sociedade carioca. • Retrata personagens da classe média e baixa. • A autoria foi escondida pelo pseudônimo “um brasileiro”. • Publicado em folhetim, a crítica não lhe deu importância à época.
  • 16.
  • 17. • Buscou fazer em suas obras um painel do país, mostrando a diversidade de aspectos geográficos, sociais e étnicos do Brasil. • Sua ideia de construção do romance brasileiro é um projeto abrangente, buscando histórias gloriosas e idealizando mitos dos fundadores da raça. • Inovador quanto à linguagem, decidiu-se que, se o romance deveria ser o retrato do país, não bastava somente a temática brasileira, mas uma linguagem nacional. • Rompe com o estilo literário lusitano, usando períodos curtos e sintéticos, valendo-se de comparações e metáforas • Busca analogias na natureza para descrever as expressões do índio, do qual se utiliza da linguagem, usando por muitas vezes vocábulos indígenas.
  • 18. • Nítida idealização do índio e sua colocação como herói nacional, alçando-o como um dos pilares – junto ao europeu – de formação do povo brasileiro. • O índio em Alencar é inspirado no cavaleiro medieval europeu, possuindo características épicas de um herói clássico. • Romances históricos ambientados no passado colonial, buscando representar a formação da nação como povo. • Dá início aos romances regionalistas na literatura brasileira, onde retrata a condição do país da forma mais pura, no mundo rural. • Busca revelar o país em sua extensão geográfica, demonstrando os típicos brasileiros da região, com a finalidade de integrá-los a um projeto de unidade, como desejo das elites imperiais e que encontra em Alencar seu porta-voz. • Sua escrita ideológica representa coerentemente seu pensamento e seu discurso de classe.
  • 19. • Idealização da realidade humana e social do país, passando ao largo dos problemas sociais como a escravidão, por exemplo. • Os romances urbanos idealizam a própria sociedade • Caráter inverossímil ao tentar retratar os conflitos entre a realidade e o universo sublimado. • Introdução de novidades temáticas, como em seus “perfis femininos”, nas quais apresenta análises psicológicas mais desenvolvidas e mistura as questões financeiras aos relacionamentos amorosos. • O drama das personagens liga-se às questões da organização social em seus romances urbanos. Lucíola, a prostituta que se apaixona – um amor impossível frente à diferença dos grupos sociais –; e Senhora – o casamento por interesse –, são bons exemplos disso.
  • 20. Romances indianistas • O guarani, 1857 • Encontro das raças, mito da formação do povo brasileiro. • Iracema, 1865 • Descoberta da vida selvagem pelo branco colonizador. • Ubirajara, 1874 • Romance anterior à chegada dos portugueses. Retrata o índio e seu meio natural OBRAS DE ALENCAR
  • 21. Romances regionalistas • busca de construção de uma identidade brasileira • O gaúcho, 1870 • O tronco do ipê, 1871 • O sertanejo, 1875 • Til, 1871 Romances históricos • Desvenda os costumes e as formas de vida coloniais • As minas de prata - 1º vol., 1865 • As minas de prata - 2.º vol., 1866 • Guerra dos mascates - 1º vol., 1871 • Guerra dos mascates - 2º vol., • 1873Alfarrábios, 1873 OBRAS DE ALENCAR
  • 22. Romances urbanos • Atenção aos estados psicológicos e a fina ironia, um ancestral peculiar do romance realista • Cinco Minutos, 1856 • A viuvinha, 1857 • Lucíola, 1862 • Diva, 1864 • A pata da gazela, 1870 • Sonhos d'ouro, 1872 • Senhora, 1875 • Encarnação, 1877 OBRAS DE ALENCAR
  • 23. Quem não se recorda de Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da corte como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira seu fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros. Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda certa emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse. Constava também que Aurélia tinha um tutor; mas essa entidade era desconhecida, a julgar pelo caráter da pupila, não devia exercer maior influência em sua vontade, do que a velha parenta. ALENCAR, J. Senhora. São Paulo: Ática, 2006 EXERCÍCIO (ENEM)
  • 24. O romance Senhora, de José de Alencar, foi publicado em 1875 . No fragmento transcrito, a presença de D. Firmina Mascarenhas como "parenta" de Aurelia Camargo assimila práticas e convenções sociais inseridas no contexto do Romantismo, pois a) o trabalho ficcional do narrador desvaloriza a mulher ao retratar a condição feminina na sociedade brasileira da época. b) o trabalho ficcional do narrador mascara os hábitos sociais no enredo de seu romance. c) as características da sociedade em que Aurélia vivia são remodeladas na imaginação do narrador romântico. d) o narrador evidencia o cerceamento sexista à autoridade da mulher, financeiramente independente. e) o narrador incorporou em sua ficção hábitos muito avançados para a sociedade daquele período histórico. EXERCÍCIO (ENEM)
  • 25. — Ora dizeis, não é verdade? Pois o Sr. Lúcio queria esse cravo, mas vós lho não podíeis dar, porque o velho militar não tirava os olhos de vós; ora, conversando com o Sr. Lúcio, acordastes ambos que ele iria esperar um instante no jardim... MACEDO, J. M. A moreninha. Disponível em: www.dominiopublico.com.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (fragmento). O trecho faz parte do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo. Nessa parte do romance, há um diálogo entre dois personagens. A fala transcrita revela um falante que utiliza uma linguagem a) informal, com estruturas e léxico coloquiais. b) culta, com domínio da norma padrão. c) técnica, com termos de áreas específicas. d) lírica, com expressões e termos empregados em sentido figurado. e) regional, com termos característicos de uma região. EXERCÍCIO (ENEM)