O documento descreve o material odontológico amálgama de prata, incluindo sua composição, propriedades, técnicas de manipulação e indicações clínicas. Detalha os passos de trituração, inserção, condensação, brunidura e escultura necessários para o sucesso da restauração, assim como possíveis falhas e seus fatores de risco. Aponta também cuidados necessários com a contaminação pelo mercúrio durante o manuseio do material.
Seminário de Dentística abordando o tema Amálgama Dental.
Dentre os tópicos citados estão o que é o amalgama, composição, classificação, fases das ligas, processo de amalgamação, propriedades (estabilidade dimensional, resistência, creep e corrosão), fatores que afetam o sucesso da restauração e os efeitos colaterais do mercúrio.
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Descrição dos sistemas adesivos. Aplicações clínicas dos sistemas adesivos, princípios da adesão nos diferentes substratos dentários, composição dos sistemas adesivos, história, tipos de adesivos.
Descubra Como Calcular a Dose Máxima de Anestésico Local Para OdontologiaAndré Milioli Martins
Slides e vídeos ensinando como calcular a dose máxima de anestésicos locais para a odontologia.
Conhecer o cálculo da dosagem máxima de anestésicos locais é algo essencial tanto para a prática clínica, quanto para provas de concurso público para dentistas. Por isso, para aprender mais sobre o assunto, preparei um vídeo que você pode acessar em: https://youtu.be/HRb49nPoUCc
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1. Escola de Enfermagem Catarina de Siena
Curso: Técnico em Saúde Bucal –TSB
Amálgama de Prata
Disciplina: Material Odontológico
Carga Horária: 60 Hrs
2. Introdução
• O amálgama é termo com que se designa todo tipo de liga, no qual
um dos componentes é o mercúrio;
• O mercúrio se combina com diversos metais, mas os de interesse
odontológico são: a prata, o estanho e o cobre e ainda pequenas
quantidades de zinco;
• Essa combinação de metais e mercúrio é o que teoricamente se
conhece como amálgama dental.
3. Introdução
• Atualmente, depois das resinas compostas o amálgama de prata é o
material restaurador mais usado dentre todos disponíveis na
odontologia;
• Uma das razões que explicam seu grande sucesso clínico é a
tendência em diminuir consideravelmente, com o tempo, a
infiltração marginal;
• O sucesso, porém, depende de muitas variáveis que devem ser
controladas pelo profissional.
4. Tempos de Cristalização do Amálgama
• Deve-se considerar a:
oTrituração;
oInserção;
oCondensação;
oBrunidura;
oEscultura.
5. Amalgamação ou Trituração
• As propriedades físicas do amálgama são influenciadas pela técnica
de trituração. Nenhum outro passo isolado, durante a manipulação
do amálgama, tem tanta influência sobre o sucesso ou eventual
fracasso da restauração;
• A trituração não tem a finalidade de tornar menores as partículas da
liga, mas sim de promover maior contato entre a liga e o mercúrio.
7. Amalgamação ou Trituração
• Na trituração manual, utiliza-se o grau e pistilo de vidro ou metálico,
uma trituração de um minuto a um minuto e meio é necessária;
• Uma mistura satisfatória de amálgama pode ser obtida, tanto por
trituração manual como por trituração mecânica;
• As propriedades físicas de amálgamas preparados
convenientemente no sistema manual são comparáveis com aquelas
obtidas em dispositivos mecânicos;
8. Trituração Mecânica
• Amalgamadores são dispositivos mecânicos que têm a propriedade
de misturar o mercúrio com a liga metálica;
• Eles podem ser divididos em duas categorias:
oAmalgamadores de proporcionamento automático: a desvantagem
desse sistema está na imprecisão da proporção;
oAmalgamadores de cápsula: a proporção se realiza por balança de
precisão, sendo bem mais confiável.
9. Amalgamação ou Trituração
• No entanto, os amalgamadores mecânicos oferecem rapidez e
conveniência no método de trituração, garantindo mais constância
nas misturas;
• A reação de presa do amálgama é chamada cristalização.
10. Tempo de Trituração - Subtrituração
• cristaliza rápido;
• mantém grande conteúdo de Hg;
• produz maior número de espaços vazios na massa;
• a liga não é convenientemente reduzida em seu tamanho nem
uniformemente recoberta pelo Hg;
• escultura e polimento tornam-se precários;
• produz menor resistência mecânica e química.
11. Tempo de Trituração - Supertrituração
• massa mais lisa e com consistência mais adequada;
• o Hg é mais facilmente removido durante a condensação;
• porosidades internas pouco frequentes;
• produz maior resistência mecânica e química;
• número menor de irregularidades superficiais;
• provoca contração.
12. Inserção do Amálgama
• Deve ser inserido em pequenas proporções, com o
auxílio de um porta amálgama.
13. Condensação
Levar o amálgama à cavidade em pequenos incrementos (porta-
amálgama);
Condensadores - quanto menor a ponta maior a força aplicada
(pressão/área);
Tempo - menos de 3 minutos, entre uma porção e outra.
14. Condensação Manual
• A condensação visa a perfeita adaptação do amálgama com as
paredes e ângulos da cavidade, removendo tanto quanto possível, o
excesso de mercúrio da mistura;
• Compactação do amálgama;
• Realizada por um condensador de amálgama;
• Quanto maior a pressão de condensação, menor a proporção de
mercúrio residual e maior a resistência.
15. Brunimento
• O brunimento antes da escultura garante a remoção de excesso de
mercúrio e melhora a adaptação marginal, enquanto o brunimento
pós escultura melhora a lisura.
16. Escultura
• Realizado logo após a brunidura pré-escultura com o instrumento de
Hollemback;
• O tempo de trabalho para escultura pode variar de 3 a 15 minutos,
dependendo da liga.
17. Acabamento e Polimento
• Reduz o depósito de placa e prolonga a vida da restauração;
• Corrigi discrepâncias marginais e melhora o contorno;
• Deve ser feito no mínimo após 48 horas.
18. Acabamento e Polimento
• O acabamento é feito com fresas multilaminadas de 12 ou 30
lâminas, em baixa rotação;
• O polimento deve ser feito com movimentos intermitentes, e sob
refrigeração, para evitar o afloramento de mercúrio.
19. Falhas das restaurações em amálgama
• O amálgama apresenta uma vida média de 4-8 anos e uma máxima
de 25 anos;
• Apesar do seu excelente desempenho clínico que este material
apresenta, muitas falhas poderiam ser evitadas.
20. Tipos de Falhas
• Recidiva de cáries;
• Fraturas das bordas das restaurações;
• Alterações dimensionais do material (15% das falhas);
• Problemas pulpares ou periodontais;
• Manchamento;
• Corrosão.
21. Causas das Falhas
• Preparo incorreto da cavidade;
• Preparo incorreto do amálgama de prata;
• Alterações na polpa, fratura do dente e outras causas patológicas;
• Indicação incorreta do material;
• Carga mastigatória intensa (Bruxismo);
• Proporção liga metálica/mercúrio incorreta;
• Trituração inadequada;
• Condensação insuficiente;
• Forramento excessivo;
• Ausência de cunha e matriz;
• Anatomia/escultura inadequada;
• Contorno, altura e contatos incorretos.
22. Prevenção de Falhas
• Indicação correta do material;
• Seguir os princípios gerais do preparo;
• Dominar a técnica restauradora;
• Manipular corretamente o material;
• Regular os aparelhos de acordo com os tipos de liga utilizada;
• Utilizar os instrumentos corretos.
23. Vantagens
• Adaptabilidade às paredes cavitárias;
• Resistência aos esforços mastigatórios;
• Insolubilidade no meio bucal;
• Alterações dimensionais toleradas pelo dente;
• Condutibilidade térmica menor que a dos metais puros;
• Superfície brilhante;
• Fácil manipulação;
• Não produz alterações de importância nos tecidos dentários;
• Escultura fácil e imediata;
• Polimento final perfeito;
• Tolerância pelo tecido gengival;
• Eliminação fácil, se necessário.
26. Contra-Indicações
Dentes anteriores e/ou onde há comprometimento de estética;
Cavidades extensas ou de paredes frágeis;
Em casos de sensibilidade;
Pacientes alérgicos a algum componente da liga.
27. Requisitos de um material restaurador ideal
Restabelecer a função;
Resistência à abrasão;
Boa adaptação marginal;
Biocompatibilidade;
Reproduzir a cor natural do dente.
28. Contaminação pelo Mercúrio
A contaminação do ar é observada praticamente em todos os
consultórios em que se utiliza amálgama;
Tem sido observada a presença de Hg no sangue, na urina, na
saliva e nos cabelos, tanto do dentista como de todo o pessoal
auxiliar e mesmo de pacientes.
No entanto os níveis são na grande maioria dos casos, inferiores
àqueles permitidos pelas entidades “controladoras”.
29. Cuidados com o uso do Mercúrio
Recipientes inquebráveis e hermeticamente fechados;
Forrar o local de trabalho com material impermeável e de fácil
limpeza;
Limpar qualquer gotícula de mercúrio;
Nunca tocar no mercúrio;
Qualquer resto de amálgama deve ser colocado em recipiente com
solução reveladora;
Trabalhar em local ventilado;
Evitar pisos com carpetes;
30. Cuidados com o uso do Mercúrio
Evitar aquecer o mercúrio ou amálgama (remoção, desgaste,
acabamento e polimento);
Usar amalgamadores em cápsulas (melhor);
Evitar condensadores eletrônicos;
Fazer exames anuais para pesquisas de níveis de mercúrio;
Examinar periodicamente o ar do consultório;
Alertar quanto aos perigos da contaminação pelo mercúrio;
Para descontaminação ambiente, usar compostos de enxofre.
31. Sintomas do Mercurialismo
EXCITABILIDADE , “EXPLOSÕES” TEMPERAMENTAIS, TIMIDEZ
EXCESSIVA, INDECISÃO, ANCIEDADE, CEFALÉIA;
ALTERAÇÕES DE PERSONALIDADE E DO CARÁTER;
DESORDENS NA FALA;
ALTERAÇÕES NA CALIFRAFIA;
DESORDENS SENSORIAIS E MOTORAS;
ALTERAÇÕES OCULARES;
ALTERAÇÕES ORAIS.