SlideShare uma empresa Scribd logo
Princípios da Agroecologia e
passos para a transição
agroecológica
Capacitação em Agroecologia - CPRA
Pinhais, 14/09/2015
Julio Carlos Bittencourt Veiga Silva – juliosilva@emater.pr.gov.br
Perguntas “quebra gelo”
Conteúdo da nossa conversa de
hoje...
• Definições e conceitos;
• Princípios da Agroecologia;
• Dimensões da Sustentabilidade;
• Passos para a transição agroecológica ou
“conversão”;
• Elementos técnicos para o desenho de
agroecossistemas sustentáveis;
• Questionamentos finais...
AGROECOLOGIA
(Polissêmica)
Agroecologia
Disciplina
Científica
Movimento Prática
Abordagem
de campo
Técnica
Desenvolvimento
Rural
Ecologia do
agroecossistema
Ambientalismo
Ecologia do
sistema
alimentar
Agricultura
Sustentável
A DIVERSIDADE DE TIPOS ATUAIS DE SIGNIFICADOS DA AGROECOLOGIA
Veiga Silva (2014); (Adaptado de WEZEL, BELLON et al., 2009).
Fonte: Instituto Giramundo Mutuando
AGROECOLOGIA
• Aplicação dos conceitos e princípios
ECOLÓGICOS no desenho e manejo
de Agroecossistemas Sustentáveis.
Gliessman (2000)
• Agroecologia é entendida como enfoque
científico, teórico, prático e metodológico,
com base em diversas áreas do
conhecimento, que se propõe a estudar
processos de desenvolvimento sob uma
perspectiva ecológica e sociocultural e,
a partir de um enfoque sistêmico,
adotando o agroecossistema como
unidade de análise, apoiar a transição dos
modelos convencionais de agricultura e de
desenvolvimento rural para estilos de
agricultura e de desenvolvimento rural
sustentáveis.
Fonte: ABA
Princípios
• Cuidado com os dogmas!
• Importante para nortear nossas ações
• “De onde vem essa cegueira eterna que nos faz lidar
com o novo usando os velhos padrões?”
Basarab Nicolescu
Princípios da Agroecologia
• Agricultura sob uma perspectiva holística e
sistêmica (Norgaard, 1995);
• Adota o agroecossistema como unidade de
análise (Altieri, 1989);
• Aplicação da Ecologia no desenho de ...;
• Conhecimento local (saberes) integrado ao
científico (multidisciplinar), construindo novos
saberes socioambientais;
• Transição agroecológica é um conceito central;
• Busca de uma maior racionalização econômico
produtiva com a mudança nas atitudes e
valores dos atores sociais em relação ao
manejo e conservação dos recursos naturais;
• Vai além de aspectos técnicos e agronômicos
de produção, incorporando dimensões
complexas e amplas (social, econômica,
ecológica, cultural, política e ética);
• Permite orientar processos de desenvolvimento
rural sustentável.
Promover a saúde de quem produz e
quem consome os alimentos
Resgatar valores culturais e integrar
saberes
Resgate e preservação
da biodiversidade de
espécies locais
Segurança e Soberania alimentar
- Oficinas e cursos de
alimentação alternativa,
medicina popular,
- Troca de sementes.
Fortalecer laços de organização
social, através da participação política
de todos os atores
Promover a conscientização e a
participação ativa da sociedade na solução
dos problemas globais
Promover o comércio justo, solidário e o
consumo consciente
Passos para Construção de Sistemas de
Produção Agroecológicos
1) Reduzir a dependência de insumos comerciais.
2) Utilizar recursos renováveis e disponíveis no local.
3) Enfatizar a reciclagem de nutrientes.
4) Introduzir espécies que criem diversidade funcional no sistema.
5) Desenhar sistemas que sejam adaptados às condições locais e
aproveitem, ao máximo, o microambiente.
6) Manter a diversidade, a continuidade espacial e temporal da
produção.
7) Otimizar e elevar os rendimentos, sem ultrapassar a capacidade
produtiva do ecossistema original.
8) Resgatar e conservar a diversidade genética local.
9) Resgatar e conservar os conhecimentos e a cultura locais.
Na Agroecologia o
agroecossistema é tratado como
um sistema VIVO e COMPLEXO.
Então…
Uma colher de chá de solo agrícola contém: 200
nematóides, 218 mil algas, 288 mil amebas, 400 mil
fungos, 1 bilhão de actinomicetos e 1.000 bilhões
O solo apresenta uma grande
atividade biológica, produto
da enorme quantidade de
seres existentes no mesmo e
imprescindíveis na ciclagem
de nutrientes e nos
mecanismos que alimentam
as complexas teias de vida e
a própria homeostase do
agroecossistema
(KHATOUNIAN, 2001).
Princípio fundamental: mudando
nossa maneira de Pensar e Agir!
• Exercício do “olhar o todo e olhar as partes”, do
geral para o específico e vice-versa: olhar e
pensar de forma circular;
• Pensamento linear, sistêmico e complexo;
• Desenvolvimento sustentável: de dentro para
fora, de fora para dentro e com várias
dimensões.
• “Não é possível resolver os problemas no mesmo nível de
consciência que os criou”. Einstein
Pensamento linear ou analítico
• Ênfase à análise no modo de pensar;
• Analisar significa: separar em partes;
• Grandes avanços na ciência,
mas não dá conta da complexidade de
sistemas vivos!
As origens do pensamento
sistêmico na agricultura¹
• Sistema vem da palavra grega “Synhistanay” –
significa “colocar junto”;
• Teoria Geral de Sistemas: de uma visão
disciplinar e reducionista para holística e
multidisciplinar;
• Agricultura: complexidade dos sistemas
manejados pelo homem;
• Conceito de sustentabilidade e os desafios
sócioambientais.
• 1 – Pinheiro, Sérgio L. G. (2000)
Sistemas: definição e princípios
básicos
• “Um sistema é definido como um conjunto
de componentes inter-relacionados e
organizados dentro de uma estrutura
autônoma, operando de acordo com
objetivos determinados”.
Capra (1996)
• Visão do todo;
• Interação e autonomia;
• Organização e objetivos;
• Complexidade;
• Níveis.
Capra (1996)
Princípios:
Hierarquia
de Sistemas Agrícolas
Fonte:
Khatounian (2001).
Pensamento complexo
• Complexidade, do latim complexus: “o que
está tecido em conjunto”;
• Sistemas simples X Sistemas complexos:
Estabilidade, resiliência, produtividade, ...
- abelha X colméia
- indivíduo X população
- pessoa X família X comunidade X sociedade
- monocultivo X policultivo
Representação esquemática do modelo conceitual da agroecologia
Fonte:
Khatounian (2001).
A visão reducionista de
desenvolvimento rural
A evolução para a abordagem
“hard-systems”
O enfoque “soft-systems” e o conceito
de sustentabilidade
Então para fazermos um
desenho complexo:
• Precisamos acrescentar à análise de
nosso agroecossistema o estudo dele
em contexto;
Para contextualizarmos um
problema:
• Exercício de ampliação do foco:
Perguntas direcionadoras –
1- Em que condições está acontecendo este
fenômeno?
2- Como o vejo relacionado com outros
elementos do sistema?
Tiramos o foco só no elemento e incluímos
o foco nas relações!
• Então contextualizar é reintegrar o
objeto no contexto, ou seja, é vê-lo
existindo no sistema!
Atenção Plena
Consciência
Agroecologia
(Princípios, conceitos e
metodologias)
Agricultura
Sustentável
Agricultura
Convencional
Caporal e Costabeber, (2004).
SUSTENTÁVEL?
SUSTENTÁVEL?
MULTIDIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE
Ética
Cultural Política
Ecológica Econômica Social
Transição: conceitos
• Entendida como a ação e o efeito de
passar de um estado para outro diferente;
mudança numa forma de ser e estar;
• Buttel (1995), assinala duas transições:
1ª - Agriculturas tradicionais
agriculturas da Revolução verde;
2ª - Ecologização da agricultura (final
do milênio).
Cap
• Transição para formas + sustentáveis:
- Noção de Níveis de transição
agroecológica, propondo 04 níveis (HILL,
1985; GLIESSMAN, 2010);
- Processo gradual de mudança de um
modelo agroquímico de produção para
estilos de agricultura de base ecológica
(COSTABEBER, 1998)
Cap
TENDÊNCIA A VISUALIZAR A TRANSIÇÃO COMO LINEAR
FONTE: Veiga Silva (2014).
1 2 3 4
ATENÇÃO!
CUIDADO!
O nível de Transição Agroecológica
é apenas o retrato de um momento
da unidade produtiva! Ele é
dinâmico e uma classificação pode
esconder limitações!
Cap
Processo Gradual de Mudança –
transição agroecológica
1 Racionalização e
Eficiência
2 + Eficiência, Resiliência,
Substituição de insumos
3 Redesenho do
agroecossistema
3 MOMENTOS
4 Muito
sustentável
Hill (1985, 1998), expandida a ideia por
Gliessman (2010).
“ATER PARA A PROMOÇÃO DA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL” (MDA, 2012).
Evolução
da
Transição
Transição
agroecológica
(tempo)
Muito alta
Sustenta-
bilidade
(4)
Alta
Sustenta-
bilidade
(3)
Média
Sustenta-
bilidade
(2)
Baixa
Sustenta-
bilidade
(1)
ESPIRAL DINÂMICA DA TRANSIÇÃO POR DIMENSÃO DA SUSTENTABILIDADE. FONTE: Veiga Silva
(2014). Inspirado em Cook-Greuter (2004).
Evolução
da
Transição
Transição
agroecológica
(tempo)
Transição
agroecológica
(tempo)
Alta
Sustenta-
bilidade
(3)
Média
Sustenta-
bilidade
(2)
Baixa
Sustenta-
bilidade
(1)
ESPIRAL DINÂMICA DA TRANSIÇÃO VARIÁVEL POR DIMENSÃO DA SUSTENTABILIDADE. FONTE: Veiga Silva (2014).
(Re) Desenhando no contexto
Ecológico
• Estrutura de ecossistemas naturais:
- Fatores bióticos e abióticos
- Níveis de organização;
- Propriedades estruturais das
comunidades – diversidade, dominância,
estrutura vegetativa e estrutura trófica.
Temperatura
Luz
Água
Ar
Nutrientes Minerais
Níveis de Organização
Níveis Tróficos de um
ecossistema
Funcionamento de
ecossistemas naturais
• Fluxo de Energia
• Ciclagem de Nutrientes
• Regulação de Populações
• Mudança no ecossistema - estabilidade
Ciclagem de nutrientes
Mecanismos de regulação de
populações
• Mutualismo;
• Predação;
• Parasitismo;
• Interferência;
• Competição – interespecífica e intra-
específica;
• Coexistência
Mudança no ecossistema-
estabilidade
Representações Gráficas de
Sistemas de Propriedade
Representações Gráficas de
Sistemas de Propriedade
Representações Gráficas de Sistemas de
Propriedade
ENTRADAS
Adubo NPK
Uréia
Sementes
Prep. Solo
Plantio
Irrigação
Tratos
Colheita
SAÍDAS
Cebola
Milho
Leite
PERDAS
Erosão, lixiviação, perda do esterco, perda
de energia, perda da fertilidade do solo
ECONOMIA DA NATUREZA
ENTRADAS
Calcário
Fosfato
natural
Sais
minerais
Plantio
DIRETO
Irrigação
(menos)
Tratos Cult.
Colheita
N SAÍDAS
Cebola
Hortaliças
Frutas
Milho/Feijão
Leite
Carne
Devemos ter
sempre uma
conta positiva no
manejo do solo!
Com mais
entradas e menos
perdas.
DIMENSÃO ECOLÓGICA
ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES
PRODUTIVI-
DADE
EFICIÊNCIA 1-Manutenção da produtividade.
2-Qualidade do produto.
ESTABILIDA-
DE
E
RESILIÊNCIA
DIVERSIDADE
3-N° de espécies manejadas e presentes.
4-Padrão de uso do solo.
CONSERVAÇÃO DOS
RECURSOS
5-Qualidade do solo.
6-Qualidade da água.
7-Agrobiodiversidade
8-Conservação da vegetação nativa.
FRAGILIDADE DO
SISTEMA
9-Incidência de insetos-praga.
10-Incidência de doenças.
11-Manejo das ervas espontâneas.
12-Uso de materiais não degradáveis.
13-Destino do lixo.
AUTODEPEN-
DÊNCIA
AUTOSSUFICIÊNCIA 14-Fertilidade sistêmica
15-Autorregulação
DIMENSÃO ECONÔMICA
ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES
PRODUTIVIDADE EFICIÊNCIA
1-Renda líquida familiar.
2-Remuneração do trabalho.
3- Gestão da UP.
ESTABILIDADE
E
RESILIÊNCIA
DIVERSIDADE
4-N° de cultivos/criações.
5-Pluriatividade.
CONSERVAÇÃO DOS
RECURSOS
6-Manutenção e melhoria dos recursos
naturais.
FRAGILIDADE DO
SISTEMA
7-Grau de dependência externa.
8-Limitações na evolução da renda.
9-N° de canais de comercialização.
10-Distância do centro de venda.
AUTODEPEN-
DÊNCIA AUTOSSUFICIÊNCIA
11- Proporção das necessidades
alimentares produzidas.
12-Estruturação da UP.
13-Utilização de resíduos da UP.
TABELAS- DEFINIÇÃO DOS
INDICADORES. FONTE: Veiga
Silva(2014).
DIMENSÃO SOCIAL
ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES
ESTABILIDADE
E
RESILIÊNCIA
FRAGILIDADE DO
SISTEMA
1-Mecanismos de resolução de conflitos.
2-Apoio de assistência técnica
EQUIDADE
BENEFICIÁRIOS DO
SISTEMA
3-N° de membros da família envolvidos.
GRAU DE
DEMOCRATIZAÇÃO
4-Participação nas decisões.
QUALIDADE DE
VIDA
SAÚDE
5-Dieta alimentar.
6-Período de descanso diário.
BEM ESTAR
PSICOLÓGICO
7-Satisfação atual
TRABALHO
(uso do tempo)
8-Aceleração do trabalho no campo.
CONDIÇÕES
SOCIOECONÔMICAS
(padrão de vida)
9-Acesso a bens e confortos na
residência.
10-Segurança financeira.
ADAPTABILI-
DADE
CAPACIDADE DE
MUDANÇA E
INOVAÇÃO
11-Interesse na sua formação e geração
de saberes e de práticas.
AUTODEPEN-
DÊNCIA
PARTICIPAÇÃO 12-Frequência de participação e conduta
nas reuniões de grupo
ORGANIZAÇÃO 13-Nível de organização coletiva.
VITALIDADE
COMUNITÁRIA
14-Nível de confiança e reciprocidade.
15-Doação de tempo e voluntariado.
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO FORMAL 16-Nível de escolarização.
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
17-Percepção da degradação ambiental e
conservação dos recursos.
FORMAÇÃO
AGROECOLÓGICA
18-Participação em programas
formativos.
19-Entendimento do conceito de
agroecologia.
DIMENSÃO CULTURAL
ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES
ESTABILIDADE
E
RESILIÊNCIA
TRADIÇÃO LOCAL
1-Participação de tradições e festas
locais.
2-Manutenção e resgate da
agrobiodiversidade.
ADAPTABILIDADE
ESTILO DE VIDA
E
INOVAÇÃO
3-Inserção no modo de vida moderno,
perda do modo camponês.
DIMENSÃO POLÍTICA
ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES
ESTABILIDADE
E
RESILIÊNCIA
GOVERNANÇA
1-Participação política e cidadania.
2-Concepção da importância do
governo.
DIMENSÃO ÉTICA
ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES
EQUIDADE
SENSIBILIDADE 1-Tomada de consciência ecológica.
COOPERAÇÃO
E
SOLIDARIEDADE
2-Altruísmo.
3-Solidariedade intra e intergeracional
AUTODEPEN-
DÊNCIA
CUIDADO 4-Cuidado com a comunidade da vida.
ESTABILIDA-
DE
E
RESILIÊNCIA
RESPONSABILIDADE
UNIVERSAL
5-Estar ciente das consequências dos
atos praticados.
VALORES VALORES
CULTURAIS/ESPIRITUAIS
6-Prática de valores humanos e
espiritualidade
- Diagnóstico da propriedade
Realidade física, econômica, social e ecológica atual.
- Análise da situação global atual da propriedade
FOFA (Fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças)
- Definição dos pontos-chaves a modificar
- Calendário das ações para as mudanças
Passos da Fase de Conversão do
Manejo Convencional para o
Orgânico
- Estabelecimento dos canais de comercialização.
- Antes das produções.
- Acompanhamento dos resultados das mudanças.
- Assistência Técnica;
- Certificadoras: Organismo de Avaliação da
Conformidade Orgânica =Auditagem (IBD, Ecocert, Tecpar,
etc) ou Sistemas Participativos de Conformidade Orgânica
(Rede Ecovida) ou OS.
- Finalização da conversão: cadastro no MAPA, certificado e
selo de garantia.
EXERCICIOS:
Relacione a biodiversidade e a agrobiodiversidade que existe na propriedade de sua
família: Obs.: Não se esqueça das lavouras, horta, pomar e criações produzidas para o
autoconsumo da sua família.
Faça um desenho esquemático relacionando as principais entradas, perdas e saídas da
propriedade de sua família:
Liste agora quais as principais mudanças (3) que você priorizaria para executar neste
próximo ano/safra na propriedade de sua família, para ir ao caminho da transição
agroecológica:
Elementos técnicos básicos para o
desenho do sistema (Altieri,2000).
• I. Conservação e Regeneração dos
Recursos Naturais
a. Solo (controle da erosão, fertilidade e saúde das
plantas);
b. Água (manejo e irrigação racional);
c. Germoplasma (espécies nativas de plantas e
animais, espécies locais, germoplasma adaptado);
d. Fauna e flora benéficas (inimigos naturais,
polinizadores, vegetação de múltiplo uso).
• II. Manejo dos Recursos Produtivos
a. Diversificação:
- temporal (rotações e seqüências); espacial (policultivos,
sistemas mistos de plantio/criação de animais); genética
(multilinhas); regional (zoneamento).
b. Reciclagem dos nutrientes e matéria orgânica:
- biomassa de plantas (adubo verde, restos de colheitas,
fixação de nitrogênio); biomassa animal (esterco, urina,
caldas, etc); reutilização de nutrientes e recursos internos e
externos à propriedade;
c. Regulação biótica (proteção de cultivos e saúde animal):
- controle biológico natural (aumento dos agentes de
controle natural);
- controle biológico artificial (importação e aumento de
inimigos naturais, inseticidas botânicos ou fitoterápicos,
produtos veterinários alternativos, etc).
• III. Implementação dos Elementos
Técnicos
a. Utilização de métodos participativos de difusão
(agricultores experimentadores, reuniões rotativas
mensais, treino-visita, excursões, etc);
b. Implementação de processos ou técnicas
isoladamente e de forma integrada, para
observação dos resultados, mas sem perder a
concepção holística;
c. Definir estratégias que incorporem elementos do
manejo tradicional dos recursos, porém corrigindo
os manejos inadequados e inserindo novas
tecnologias eficientes e não utilizadas.
Passos para o Redesenho de Sistemas
de Produção Agroecológicos
• Busca de uma agricultura movida,
basicamente, pelo sol (principal fonte de
energia)
• Fechamento dos ciclos de nutrientes
• Reativação dos mecanismos de
autocontrole das populações
Manejo
1) Disponibilidade e equilíbrio de nutrientes
A produtividade de um ecossistema está diretamente relacionada com
a magnitude do fluxo, a mobilização e a conservação de
nutrientes, que por sua vez depende da adição contínua de MO e
da promoção da atividade biológica do solo.
2) Proteção e conservação da superfície do solo
Manejo da cobertura vegetal.
3) Utilização eficiente dos recursos água, luz, e solo
É importante reduzir ao mínimo as perdas devido à radiação solar, ar e
água, através do manejo do microclima, da umidade e da erosão.
4) Manutenção de um nível alto de fitomassa total e residual
Para sustentar a biologia do solo e a produtividade animal e vegetal -
fonte de C, aporte E e facilite a retenção de nutrientes.
5) Utilização de variedades e raças autóctones e rústicas adaptadas à
heterogeneidade ambiental e que respondam a um manejo de
baixo insumos.
6) Preservação e integração da biodiversidade
A eficiência da ciclagem de nutrientes e a estabilidade frente ao ataque
de pragas e enfermidades ao sistema.
“Ensinar não é encher um vaso, é
acender um fogo.”
Aristófanes
 “A utopia está no horizonte. Avanço dois passos, ela se afasta
dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez
passos. Para que serve a utopia? Serve para isto: para que eu
não deixe de caminhar”.
Eduardo Galeano
Julio Carlos Bittencourt Veiga Silva
juliosilva@emater.pr.gov.br
Temos que expandir nosso
amor para além do (s) que já
amamos!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Alimentos e nutrientes
Alimentos e nutrientesAlimentos e nutrientes
Alimentos e nutrientes
Ana Beatriz Gonçalves
 
Aula politicas publicas na agricultura familiar
Aula politicas publicas na agricultura familiarAula politicas publicas na agricultura familiar
Aula politicas publicas na agricultura familiar
Cris Godoy
 
Alimentação e nutrientes
Alimentação e nutrientesAlimentação e nutrientes
Alimentação e nutrientes
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
 
AGROECOLOGIA.pptx
AGROECOLOGIA.pptxAGROECOLOGIA.pptx
AGROECOLOGIA.pptx
beatriz esteliza
 
Biodiversidade
BiodiversidadeBiodiversidade
Biodiversidade
Jézili Dias
 
Manejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de PragasManejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de Pragas
AgriculturaSustentavel
 
Conceitos básicos agroecologia
Conceitos básicos agroecologiaConceitos básicos agroecologia
Conceitos básicos agroecologia
Agricultura Sao Paulo
 
Reprodução sexuada e assexuada
Reprodução sexuada e assexuadaReprodução sexuada e assexuada
Reprodução sexuada e assexuada
Jocimar Araujo
 
Revolucao verde
Revolucao verdeRevolucao verde
Revolucao verde
Wellington Alvim da Cunha
 
Microbiologia do solo
Microbiologia do soloMicrobiologia do solo
Microbiologia do soloPessoal
 
Revolução Verde
Revolução VerdeRevolução Verde
Revolução Verde
Zeca B.
 
Genética: Noções de Hereditariedade
Genética: Noções de HereditariedadeGenética: Noções de Hereditariedade
Genética: Noções de Hereditariedade
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
 
aula --- ANTINUTRIENTE.pptx
aula --- ANTINUTRIENTE.pptxaula --- ANTINUTRIENTE.pptx
aula --- ANTINUTRIENTE.pptx
LinoReisLino
 
Origem da agricultura e revolução verde
Origem da agricultura e revolução verdeOrigem da agricultura e revolução verde
Origem da agricultura e revolução verde
igor-oliveira
 
Caracteristicas gerais dos seres vivos
Caracteristicas gerais dos seres vivosCaracteristicas gerais dos seres vivos
Caracteristicas gerais dos seres vivosCésar Milani
 

Mais procurados (20)

Aula Biodiversidade
Aula BiodiversidadeAula Biodiversidade
Aula Biodiversidade
 
Alimentos e nutrientes
Alimentos e nutrientesAlimentos e nutrientes
Alimentos e nutrientes
 
Aula politicas publicas na agricultura familiar
Aula politicas publicas na agricultura familiarAula politicas publicas na agricultura familiar
Aula politicas publicas na agricultura familiar
 
Alimentação e nutrientes
Alimentação e nutrientesAlimentação e nutrientes
Alimentação e nutrientes
 
AGROECOLOGIA.pptx
AGROECOLOGIA.pptxAGROECOLOGIA.pptx
AGROECOLOGIA.pptx
 
Alimentação 8° Ano
Alimentação 8° AnoAlimentação 8° Ano
Alimentação 8° Ano
 
Biodiversidade
BiodiversidadeBiodiversidade
Biodiversidade
 
Manejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de PragasManejo Integrado de Pragas
Manejo Integrado de Pragas
 
Conceitos básicos agroecologia
Conceitos básicos agroecologiaConceitos básicos agroecologia
Conceitos básicos agroecologia
 
Manejo e conservação dos solos
Manejo e conservação dos solosManejo e conservação dos solos
Manejo e conservação dos solos
 
Reprodução sexuada e assexuada
Reprodução sexuada e assexuadaReprodução sexuada e assexuada
Reprodução sexuada e assexuada
 
Revolucao verde
Revolucao verdeRevolucao verde
Revolucao verde
 
Nutrientes
NutrientesNutrientes
Nutrientes
 
Microbiologia do solo
Microbiologia do soloMicrobiologia do solo
Microbiologia do solo
 
Revolução Verde
Revolução VerdeRevolução Verde
Revolução Verde
 
Genética: Noções de Hereditariedade
Genética: Noções de HereditariedadeGenética: Noções de Hereditariedade
Genética: Noções de Hereditariedade
 
aula --- ANTINUTRIENTE.pptx
aula --- ANTINUTRIENTE.pptxaula --- ANTINUTRIENTE.pptx
aula --- ANTINUTRIENTE.pptx
 
Agricultura familiar iica
Agricultura familiar   iicaAgricultura familiar   iica
Agricultura familiar iica
 
Origem da agricultura e revolução verde
Origem da agricultura e revolução verdeOrigem da agricultura e revolução verde
Origem da agricultura e revolução verde
 
Caracteristicas gerais dos seres vivos
Caracteristicas gerais dos seres vivosCaracteristicas gerais dos seres vivos
Caracteristicas gerais dos seres vivos
 

Semelhante a PrincipiosdaAgroecologiaepassostransicaoagroecologica.pptx

Conceitos de agroecologia e transicao agroecologica jose antonio costabeber
Conceitos de agroecologia e transicao agroecologica   jose antonio costabeberConceitos de agroecologia e transicao agroecologica   jose antonio costabeber
Conceitos de agroecologia e transicao agroecologica jose antonio costabeber
Anny Kelly Vasconcelos
 
frm_exp_geral_ex_anexos_0_1507_Agrocoecologia_Agrobiodiversidade.pptx
frm_exp_geral_ex_anexos_0_1507_Agrocoecologia_Agrobiodiversidade.pptxfrm_exp_geral_ex_anexos_0_1507_Agrocoecologia_Agrobiodiversidade.pptx
frm_exp_geral_ex_anexos_0_1507_Agrocoecologia_Agrobiodiversidade.pptx
MichellinePoncianoSi
 
Agroecologia e tecnologia social – um caminho para a sustentabilidade
Agroecologia e tecnologia social – um caminho para a sustentabilidadeAgroecologia e tecnologia social – um caminho para a sustentabilidade
Agroecologia e tecnologia social – um caminho para a sustentabilidade
gabriel alves
 
Agroecologia: alguns conceitos e princípios
Agroecologia: alguns conceitos e princípiosAgroecologia: alguns conceitos e princípios
Agroecologia: alguns conceitos e princípiosKetheley Freire
 
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itepAgricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
MilenaAlmeida74
 
Apresentaçao Stéphane Bellon CBA-Agroecologia2013
Apresentaçao Stéphane Bellon  CBA-Agroecologia2013Apresentaçao Stéphane Bellon  CBA-Agroecologia2013
Apresentaçao Stéphane Bellon CBA-Agroecologia2013Agroecologia
 
Agroeco aplicada
Agroeco aplicadaAgroeco aplicada
Agroeco aplicada
mvezzone
 
Teoria e métodos em Agroecologia
Teoria e métodos em AgroecologiaTeoria e métodos em Agroecologia
Teoria e métodos em Agroecologia
Diogo Silva
 
Aac agroecologia-e-sistemas
Aac agroecologia-e-sistemasAac agroecologia-e-sistemas
Aac agroecologia-e-sistemas
mvezzone
 
Brasil 2050 - Reflexões para um futuro sustentável
Brasil 2050 - Reflexões para um futuro sustentávelBrasil 2050 - Reflexões para um futuro sustentável
Brasil 2050 - Reflexões para um futuro sustentável
Conselho Regional de Administração de São Paulo
 
Apresentaçao Claire Lamine CBA-Agroecologia 2013
Apresentaçao  Claire Lamine   CBA-Agroecologia 2013Apresentaçao  Claire Lamine   CBA-Agroecologia 2013
Apresentaçao Claire Lamine CBA-Agroecologia 2013Agroecologia
 
Agroecologia conceitos-e-princpios1
Agroecologia conceitos-e-princpios1Agroecologia conceitos-e-princpios1
Agroecologia conceitos-e-princpios1
Leonardo Martins Santana
 
Agroecologia conceitos e princpios1
Agroecologia conceitos e princpios1Agroecologia conceitos e princpios1
Agroecologia conceitos e princpios1Renatbar
 
Agroecologia-Conceitoseprincipios.pdf
Agroecologia-Conceitoseprincipios.pdfAgroecologia-Conceitoseprincipios.pdf
Agroecologia-Conceitoseprincipios.pdf
BrunaMaria93
 
Agroecologia, novo paradigma
Agroecologia, novo paradigmaAgroecologia, novo paradigma
Agroecologia, novo paradigma
Meire Helena
 
Transição agroecológica externa e mudança social
Transição agroecológica externa e mudança socialTransição agroecológica externa e mudança social
Transição agroecológica externa e mudança social
Livio Claudino
 
Agricultura Sustentável
Agricultura SustentávelAgricultura Sustentável
Agricultura SustentávelMichele Pó
 
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.pptagroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
MichellinePoncianoSi
 
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.pptagroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
MichellinePoncianoSi
 
Agroecologia hoje
Agroecologia hojeAgroecologia hoje
Agroecologia hoje
igor-oliveira
 

Semelhante a PrincipiosdaAgroecologiaepassostransicaoagroecologica.pptx (20)

Conceitos de agroecologia e transicao agroecologica jose antonio costabeber
Conceitos de agroecologia e transicao agroecologica   jose antonio costabeberConceitos de agroecologia e transicao agroecologica   jose antonio costabeber
Conceitos de agroecologia e transicao agroecologica jose antonio costabeber
 
frm_exp_geral_ex_anexos_0_1507_Agrocoecologia_Agrobiodiversidade.pptx
frm_exp_geral_ex_anexos_0_1507_Agrocoecologia_Agrobiodiversidade.pptxfrm_exp_geral_ex_anexos_0_1507_Agrocoecologia_Agrobiodiversidade.pptx
frm_exp_geral_ex_anexos_0_1507_Agrocoecologia_Agrobiodiversidade.pptx
 
Agroecologia e tecnologia social – um caminho para a sustentabilidade
Agroecologia e tecnologia social – um caminho para a sustentabilidadeAgroecologia e tecnologia social – um caminho para a sustentabilidade
Agroecologia e tecnologia social – um caminho para a sustentabilidade
 
Agroecologia: alguns conceitos e princípios
Agroecologia: alguns conceitos e princípiosAgroecologia: alguns conceitos e princípios
Agroecologia: alguns conceitos e princípios
 
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itepAgricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
 
Apresentaçao Stéphane Bellon CBA-Agroecologia2013
Apresentaçao Stéphane Bellon  CBA-Agroecologia2013Apresentaçao Stéphane Bellon  CBA-Agroecologia2013
Apresentaçao Stéphane Bellon CBA-Agroecologia2013
 
Agroeco aplicada
Agroeco aplicadaAgroeco aplicada
Agroeco aplicada
 
Teoria e métodos em Agroecologia
Teoria e métodos em AgroecologiaTeoria e métodos em Agroecologia
Teoria e métodos em Agroecologia
 
Aac agroecologia-e-sistemas
Aac agroecologia-e-sistemasAac agroecologia-e-sistemas
Aac agroecologia-e-sistemas
 
Brasil 2050 - Reflexões para um futuro sustentável
Brasil 2050 - Reflexões para um futuro sustentávelBrasil 2050 - Reflexões para um futuro sustentável
Brasil 2050 - Reflexões para um futuro sustentável
 
Apresentaçao Claire Lamine CBA-Agroecologia 2013
Apresentaçao  Claire Lamine   CBA-Agroecologia 2013Apresentaçao  Claire Lamine   CBA-Agroecologia 2013
Apresentaçao Claire Lamine CBA-Agroecologia 2013
 
Agroecologia conceitos-e-princpios1
Agroecologia conceitos-e-princpios1Agroecologia conceitos-e-princpios1
Agroecologia conceitos-e-princpios1
 
Agroecologia conceitos e princpios1
Agroecologia conceitos e princpios1Agroecologia conceitos e princpios1
Agroecologia conceitos e princpios1
 
Agroecologia-Conceitoseprincipios.pdf
Agroecologia-Conceitoseprincipios.pdfAgroecologia-Conceitoseprincipios.pdf
Agroecologia-Conceitoseprincipios.pdf
 
Agroecologia, novo paradigma
Agroecologia, novo paradigmaAgroecologia, novo paradigma
Agroecologia, novo paradigma
 
Transição agroecológica externa e mudança social
Transição agroecológica externa e mudança socialTransição agroecológica externa e mudança social
Transição agroecológica externa e mudança social
 
Agricultura Sustentável
Agricultura SustentávelAgricultura Sustentável
Agricultura Sustentável
 
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.pptagroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
 
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.pptagroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
agroecologiahoje-120718090920-phpapp01.ppt
 
Agroecologia hoje
Agroecologia hojeAgroecologia hoje
Agroecologia hoje
 

Mais de TlitaTonolli

Arte Brasileira
Arte BrasileiraArte Brasileira
Arte Brasileira
TlitaTonolli
 
ARTIGO CIENTIFICO.pptx
ARTIGO CIENTIFICO.pptxARTIGO CIENTIFICO.pptx
ARTIGO CIENTIFICO.pptx
TlitaTonolli
 
GESTÃO DE PESSOAS
GESTÃO DE PESSOASGESTÃO DE PESSOAS
GESTÃO DE PESSOAS
TlitaTonolli
 
AgroecologiaCapacitacaoset2015.ppt
AgroecologiaCapacitacaoset2015.pptAgroecologiaCapacitacaoset2015.ppt
AgroecologiaCapacitacaoset2015.ppt
TlitaTonolli
 
AgroecologiaC.ppt
AgroecologiaC.pptAgroecologiaC.ppt
AgroecologiaC.ppt
TlitaTonolli
 
ManejodeSolosemAgroecologia.pptx
ManejodeSolosemAgroecologia.pptxManejodeSolosemAgroecologia.pptx
ManejodeSolosemAgroecologia.pptx
TlitaTonolli
 
tabela_copa_fem.pdf
tabela_copa_fem.pdftabela_copa_fem.pdf
tabela_copa_fem.pdf
TlitaTonolli
 

Mais de TlitaTonolli (7)

Arte Brasileira
Arte BrasileiraArte Brasileira
Arte Brasileira
 
ARTIGO CIENTIFICO.pptx
ARTIGO CIENTIFICO.pptxARTIGO CIENTIFICO.pptx
ARTIGO CIENTIFICO.pptx
 
GESTÃO DE PESSOAS
GESTÃO DE PESSOASGESTÃO DE PESSOAS
GESTÃO DE PESSOAS
 
AgroecologiaCapacitacaoset2015.ppt
AgroecologiaCapacitacaoset2015.pptAgroecologiaCapacitacaoset2015.ppt
AgroecologiaCapacitacaoset2015.ppt
 
AgroecologiaC.ppt
AgroecologiaC.pptAgroecologiaC.ppt
AgroecologiaC.ppt
 
ManejodeSolosemAgroecologia.pptx
ManejodeSolosemAgroecologia.pptxManejodeSolosemAgroecologia.pptx
ManejodeSolosemAgroecologia.pptx
 
tabela_copa_fem.pdf
tabela_copa_fem.pdftabela_copa_fem.pdf
tabela_copa_fem.pdf
 

PrincipiosdaAgroecologiaepassostransicaoagroecologica.pptx

  • 1. Princípios da Agroecologia e passos para a transição agroecológica Capacitação em Agroecologia - CPRA Pinhais, 14/09/2015 Julio Carlos Bittencourt Veiga Silva – juliosilva@emater.pr.gov.br
  • 3. Conteúdo da nossa conversa de hoje... • Definições e conceitos; • Princípios da Agroecologia; • Dimensões da Sustentabilidade; • Passos para a transição agroecológica ou “conversão”; • Elementos técnicos para o desenho de agroecossistemas sustentáveis; • Questionamentos finais...
  • 4. AGROECOLOGIA (Polissêmica) Agroecologia Disciplina Científica Movimento Prática Abordagem de campo Técnica Desenvolvimento Rural Ecologia do agroecossistema Ambientalismo Ecologia do sistema alimentar Agricultura Sustentável A DIVERSIDADE DE TIPOS ATUAIS DE SIGNIFICADOS DA AGROECOLOGIA Veiga Silva (2014); (Adaptado de WEZEL, BELLON et al., 2009).
  • 6. AGROECOLOGIA • Aplicação dos conceitos e princípios ECOLÓGICOS no desenho e manejo de Agroecossistemas Sustentáveis. Gliessman (2000)
  • 7. • Agroecologia é entendida como enfoque científico, teórico, prático e metodológico, com base em diversas áreas do conhecimento, que se propõe a estudar processos de desenvolvimento sob uma perspectiva ecológica e sociocultural e, a partir de um enfoque sistêmico, adotando o agroecossistema como unidade de análise, apoiar a transição dos modelos convencionais de agricultura e de desenvolvimento rural para estilos de agricultura e de desenvolvimento rural sustentáveis. Fonte: ABA
  • 8. Princípios • Cuidado com os dogmas! • Importante para nortear nossas ações • “De onde vem essa cegueira eterna que nos faz lidar com o novo usando os velhos padrões?” Basarab Nicolescu
  • 9. Princípios da Agroecologia • Agricultura sob uma perspectiva holística e sistêmica (Norgaard, 1995); • Adota o agroecossistema como unidade de análise (Altieri, 1989); • Aplicação da Ecologia no desenho de ...; • Conhecimento local (saberes) integrado ao científico (multidisciplinar), construindo novos saberes socioambientais; • Transição agroecológica é um conceito central;
  • 10. • Busca de uma maior racionalização econômico produtiva com a mudança nas atitudes e valores dos atores sociais em relação ao manejo e conservação dos recursos naturais; • Vai além de aspectos técnicos e agronômicos de produção, incorporando dimensões complexas e amplas (social, econômica, ecológica, cultural, política e ética); • Permite orientar processos de desenvolvimento rural sustentável.
  • 11. Promover a saúde de quem produz e quem consome os alimentos
  • 12. Resgatar valores culturais e integrar saberes
  • 13. Resgate e preservação da biodiversidade de espécies locais
  • 14. Segurança e Soberania alimentar - Oficinas e cursos de alimentação alternativa, medicina popular, - Troca de sementes.
  • 15. Fortalecer laços de organização social, através da participação política de todos os atores
  • 16. Promover a conscientização e a participação ativa da sociedade na solução dos problemas globais
  • 17. Promover o comércio justo, solidário e o consumo consciente
  • 18. Passos para Construção de Sistemas de Produção Agroecológicos 1) Reduzir a dependência de insumos comerciais. 2) Utilizar recursos renováveis e disponíveis no local. 3) Enfatizar a reciclagem de nutrientes. 4) Introduzir espécies que criem diversidade funcional no sistema. 5) Desenhar sistemas que sejam adaptados às condições locais e aproveitem, ao máximo, o microambiente. 6) Manter a diversidade, a continuidade espacial e temporal da produção. 7) Otimizar e elevar os rendimentos, sem ultrapassar a capacidade produtiva do ecossistema original. 8) Resgatar e conservar a diversidade genética local. 9) Resgatar e conservar os conhecimentos e a cultura locais.
  • 19. Na Agroecologia o agroecossistema é tratado como um sistema VIVO e COMPLEXO. Então…
  • 20.
  • 21.
  • 22. Uma colher de chá de solo agrícola contém: 200 nematóides, 218 mil algas, 288 mil amebas, 400 mil fungos, 1 bilhão de actinomicetos e 1.000 bilhões O solo apresenta uma grande atividade biológica, produto da enorme quantidade de seres existentes no mesmo e imprescindíveis na ciclagem de nutrientes e nos mecanismos que alimentam as complexas teias de vida e a própria homeostase do agroecossistema (KHATOUNIAN, 2001).
  • 23.
  • 24. Princípio fundamental: mudando nossa maneira de Pensar e Agir! • Exercício do “olhar o todo e olhar as partes”, do geral para o específico e vice-versa: olhar e pensar de forma circular; • Pensamento linear, sistêmico e complexo; • Desenvolvimento sustentável: de dentro para fora, de fora para dentro e com várias dimensões. • “Não é possível resolver os problemas no mesmo nível de consciência que os criou”. Einstein
  • 25. Pensamento linear ou analítico • Ênfase à análise no modo de pensar; • Analisar significa: separar em partes; • Grandes avanços na ciência, mas não dá conta da complexidade de sistemas vivos!
  • 26. As origens do pensamento sistêmico na agricultura¹ • Sistema vem da palavra grega “Synhistanay” – significa “colocar junto”; • Teoria Geral de Sistemas: de uma visão disciplinar e reducionista para holística e multidisciplinar; • Agricultura: complexidade dos sistemas manejados pelo homem; • Conceito de sustentabilidade e os desafios sócioambientais. • 1 – Pinheiro, Sérgio L. G. (2000)
  • 27. Sistemas: definição e princípios básicos • “Um sistema é definido como um conjunto de componentes inter-relacionados e organizados dentro de uma estrutura autônoma, operando de acordo com objetivos determinados”. Capra (1996)
  • 28. • Visão do todo; • Interação e autonomia; • Organização e objetivos; • Complexidade; • Níveis. Capra (1996) Princípios:
  • 29.
  • 31. Pensamento complexo • Complexidade, do latim complexus: “o que está tecido em conjunto”; • Sistemas simples X Sistemas complexos: Estabilidade, resiliência, produtividade, ... - abelha X colméia - indivíduo X população - pessoa X família X comunidade X sociedade - monocultivo X policultivo
  • 32.
  • 33. Representação esquemática do modelo conceitual da agroecologia Fonte: Khatounian (2001).
  • 34.
  • 35. A visão reducionista de desenvolvimento rural
  • 36. A evolução para a abordagem “hard-systems”
  • 37. O enfoque “soft-systems” e o conceito de sustentabilidade
  • 38. Então para fazermos um desenho complexo: • Precisamos acrescentar à análise de nosso agroecossistema o estudo dele em contexto;
  • 39. Para contextualizarmos um problema: • Exercício de ampliação do foco: Perguntas direcionadoras – 1- Em que condições está acontecendo este fenômeno? 2- Como o vejo relacionado com outros elementos do sistema? Tiramos o foco só no elemento e incluímos o foco nas relações!
  • 40. • Então contextualizar é reintegrar o objeto no contexto, ou seja, é vê-lo existindo no sistema!
  • 45. MULTIDIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE Ética Cultural Política Ecológica Econômica Social
  • 46. Transição: conceitos • Entendida como a ação e o efeito de passar de um estado para outro diferente; mudança numa forma de ser e estar; • Buttel (1995), assinala duas transições: 1ª - Agriculturas tradicionais agriculturas da Revolução verde; 2ª - Ecologização da agricultura (final do milênio). Cap
  • 47.
  • 48. • Transição para formas + sustentáveis: - Noção de Níveis de transição agroecológica, propondo 04 níveis (HILL, 1985; GLIESSMAN, 2010); - Processo gradual de mudança de um modelo agroquímico de produção para estilos de agricultura de base ecológica (COSTABEBER, 1998) Cap TENDÊNCIA A VISUALIZAR A TRANSIÇÃO COMO LINEAR FONTE: Veiga Silva (2014). 1 2 3 4
  • 49. ATENÇÃO! CUIDADO! O nível de Transição Agroecológica é apenas o retrato de um momento da unidade produtiva! Ele é dinâmico e uma classificação pode esconder limitações! Cap
  • 50. Processo Gradual de Mudança – transição agroecológica 1 Racionalização e Eficiência 2 + Eficiência, Resiliência, Substituição de insumos 3 Redesenho do agroecossistema 3 MOMENTOS 4 Muito sustentável Hill (1985, 1998), expandida a ideia por Gliessman (2010). “ATER PARA A PROMOÇÃO DA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL” (MDA, 2012).
  • 53. (Re) Desenhando no contexto Ecológico • Estrutura de ecossistemas naturais: - Fatores bióticos e abióticos - Níveis de organização; - Propriedades estruturais das comunidades – diversidade, dominância, estrutura vegetativa e estrutura trófica. Temperatura Luz Água Ar Nutrientes Minerais
  • 55. Níveis Tróficos de um ecossistema
  • 56.
  • 57. Funcionamento de ecossistemas naturais • Fluxo de Energia • Ciclagem de Nutrientes • Regulação de Populações • Mudança no ecossistema - estabilidade
  • 58.
  • 59.
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 65.
  • 66.
  • 67.
  • 68.
  • 69. Mecanismos de regulação de populações • Mutualismo; • Predação; • Parasitismo; • Interferência; • Competição – interespecífica e intra- específica; • Coexistência
  • 70.
  • 71.
  • 73.
  • 74.
  • 77. Representações Gráficas de Sistemas de Propriedade ENTRADAS Adubo NPK Uréia Sementes Prep. Solo Plantio Irrigação Tratos Colheita SAÍDAS Cebola Milho Leite PERDAS Erosão, lixiviação, perda do esterco, perda de energia, perda da fertilidade do solo
  • 78. ECONOMIA DA NATUREZA ENTRADAS Calcário Fosfato natural Sais minerais Plantio DIRETO Irrigação (menos) Tratos Cult. Colheita N SAÍDAS Cebola Hortaliças Frutas Milho/Feijão Leite Carne Devemos ter sempre uma conta positiva no manejo do solo! Com mais entradas e menos perdas.
  • 79. DIMENSÃO ECOLÓGICA ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES PRODUTIVI- DADE EFICIÊNCIA 1-Manutenção da produtividade. 2-Qualidade do produto. ESTABILIDA- DE E RESILIÊNCIA DIVERSIDADE 3-N° de espécies manejadas e presentes. 4-Padrão de uso do solo. CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS 5-Qualidade do solo. 6-Qualidade da água. 7-Agrobiodiversidade 8-Conservação da vegetação nativa. FRAGILIDADE DO SISTEMA 9-Incidência de insetos-praga. 10-Incidência de doenças. 11-Manejo das ervas espontâneas. 12-Uso de materiais não degradáveis. 13-Destino do lixo. AUTODEPEN- DÊNCIA AUTOSSUFICIÊNCIA 14-Fertilidade sistêmica 15-Autorregulação DIMENSÃO ECONÔMICA ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES PRODUTIVIDADE EFICIÊNCIA 1-Renda líquida familiar. 2-Remuneração do trabalho. 3- Gestão da UP. ESTABILIDADE E RESILIÊNCIA DIVERSIDADE 4-N° de cultivos/criações. 5-Pluriatividade. CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS 6-Manutenção e melhoria dos recursos naturais. FRAGILIDADE DO SISTEMA 7-Grau de dependência externa. 8-Limitações na evolução da renda. 9-N° de canais de comercialização. 10-Distância do centro de venda. AUTODEPEN- DÊNCIA AUTOSSUFICIÊNCIA 11- Proporção das necessidades alimentares produzidas. 12-Estruturação da UP. 13-Utilização de resíduos da UP. TABELAS- DEFINIÇÃO DOS INDICADORES. FONTE: Veiga Silva(2014).
  • 80. DIMENSÃO SOCIAL ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES ESTABILIDADE E RESILIÊNCIA FRAGILIDADE DO SISTEMA 1-Mecanismos de resolução de conflitos. 2-Apoio de assistência técnica EQUIDADE BENEFICIÁRIOS DO SISTEMA 3-N° de membros da família envolvidos. GRAU DE DEMOCRATIZAÇÃO 4-Participação nas decisões. QUALIDADE DE VIDA SAÚDE 5-Dieta alimentar. 6-Período de descanso diário. BEM ESTAR PSICOLÓGICO 7-Satisfação atual TRABALHO (uso do tempo) 8-Aceleração do trabalho no campo. CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS (padrão de vida) 9-Acesso a bens e confortos na residência. 10-Segurança financeira. ADAPTABILI- DADE CAPACIDADE DE MUDANÇA E INOVAÇÃO 11-Interesse na sua formação e geração de saberes e de práticas. AUTODEPEN- DÊNCIA PARTICIPAÇÃO 12-Frequência de participação e conduta nas reuniões de grupo ORGANIZAÇÃO 13-Nível de organização coletiva. VITALIDADE COMUNITÁRIA 14-Nível de confiança e reciprocidade. 15-Doação de tempo e voluntariado. EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO FORMAL 16-Nível de escolarização. EDUCAÇÃO AMBIENTAL 17-Percepção da degradação ambiental e conservação dos recursos. FORMAÇÃO AGROECOLÓGICA 18-Participação em programas formativos. 19-Entendimento do conceito de agroecologia.
  • 81. DIMENSÃO CULTURAL ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES ESTABILIDADE E RESILIÊNCIA TRADIÇÃO LOCAL 1-Participação de tradições e festas locais. 2-Manutenção e resgate da agrobiodiversidade. ADAPTABILIDADE ESTILO DE VIDA E INOVAÇÃO 3-Inserção no modo de vida moderno, perda do modo camponês. DIMENSÃO POLÍTICA ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES ESTABILIDADE E RESILIÊNCIA GOVERNANÇA 1-Participação política e cidadania. 2-Concepção da importância do governo. DIMENSÃO ÉTICA ATRIBUTOS CRITÉRIOS INDICADORES EQUIDADE SENSIBILIDADE 1-Tomada de consciência ecológica. COOPERAÇÃO E SOLIDARIEDADE 2-Altruísmo. 3-Solidariedade intra e intergeracional AUTODEPEN- DÊNCIA CUIDADO 4-Cuidado com a comunidade da vida. ESTABILIDA- DE E RESILIÊNCIA RESPONSABILIDADE UNIVERSAL 5-Estar ciente das consequências dos atos praticados. VALORES VALORES CULTURAIS/ESPIRITUAIS 6-Prática de valores humanos e espiritualidade
  • 82.
  • 83. - Diagnóstico da propriedade Realidade física, econômica, social e ecológica atual. - Análise da situação global atual da propriedade FOFA (Fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças) - Definição dos pontos-chaves a modificar - Calendário das ações para as mudanças Passos da Fase de Conversão do Manejo Convencional para o Orgânico
  • 84. - Estabelecimento dos canais de comercialização. - Antes das produções. - Acompanhamento dos resultados das mudanças. - Assistência Técnica; - Certificadoras: Organismo de Avaliação da Conformidade Orgânica =Auditagem (IBD, Ecocert, Tecpar, etc) ou Sistemas Participativos de Conformidade Orgânica (Rede Ecovida) ou OS. - Finalização da conversão: cadastro no MAPA, certificado e selo de garantia.
  • 85. EXERCICIOS: Relacione a biodiversidade e a agrobiodiversidade que existe na propriedade de sua família: Obs.: Não se esqueça das lavouras, horta, pomar e criações produzidas para o autoconsumo da sua família. Faça um desenho esquemático relacionando as principais entradas, perdas e saídas da propriedade de sua família: Liste agora quais as principais mudanças (3) que você priorizaria para executar neste próximo ano/safra na propriedade de sua família, para ir ao caminho da transição agroecológica:
  • 86. Elementos técnicos básicos para o desenho do sistema (Altieri,2000). • I. Conservação e Regeneração dos Recursos Naturais a. Solo (controle da erosão, fertilidade e saúde das plantas); b. Água (manejo e irrigação racional); c. Germoplasma (espécies nativas de plantas e animais, espécies locais, germoplasma adaptado); d. Fauna e flora benéficas (inimigos naturais, polinizadores, vegetação de múltiplo uso).
  • 87. • II. Manejo dos Recursos Produtivos a. Diversificação: - temporal (rotações e seqüências); espacial (policultivos, sistemas mistos de plantio/criação de animais); genética (multilinhas); regional (zoneamento). b. Reciclagem dos nutrientes e matéria orgânica: - biomassa de plantas (adubo verde, restos de colheitas, fixação de nitrogênio); biomassa animal (esterco, urina, caldas, etc); reutilização de nutrientes e recursos internos e externos à propriedade; c. Regulação biótica (proteção de cultivos e saúde animal): - controle biológico natural (aumento dos agentes de controle natural); - controle biológico artificial (importação e aumento de inimigos naturais, inseticidas botânicos ou fitoterápicos, produtos veterinários alternativos, etc).
  • 88. • III. Implementação dos Elementos Técnicos a. Utilização de métodos participativos de difusão (agricultores experimentadores, reuniões rotativas mensais, treino-visita, excursões, etc); b. Implementação de processos ou técnicas isoladamente e de forma integrada, para observação dos resultados, mas sem perder a concepção holística; c. Definir estratégias que incorporem elementos do manejo tradicional dos recursos, porém corrigindo os manejos inadequados e inserindo novas tecnologias eficientes e não utilizadas.
  • 89. Passos para o Redesenho de Sistemas de Produção Agroecológicos • Busca de uma agricultura movida, basicamente, pelo sol (principal fonte de energia) • Fechamento dos ciclos de nutrientes • Reativação dos mecanismos de autocontrole das populações
  • 90. Manejo 1) Disponibilidade e equilíbrio de nutrientes A produtividade de um ecossistema está diretamente relacionada com a magnitude do fluxo, a mobilização e a conservação de nutrientes, que por sua vez depende da adição contínua de MO e da promoção da atividade biológica do solo. 2) Proteção e conservação da superfície do solo Manejo da cobertura vegetal. 3) Utilização eficiente dos recursos água, luz, e solo É importante reduzir ao mínimo as perdas devido à radiação solar, ar e água, através do manejo do microclima, da umidade e da erosão. 4) Manutenção de um nível alto de fitomassa total e residual Para sustentar a biologia do solo e a produtividade animal e vegetal - fonte de C, aporte E e facilite a retenção de nutrientes. 5) Utilização de variedades e raças autóctones e rústicas adaptadas à heterogeneidade ambiental e que respondam a um manejo de baixo insumos. 6) Preservação e integração da biodiversidade A eficiência da ciclagem de nutrientes e a estabilidade frente ao ataque de pragas e enfermidades ao sistema.
  • 91.
  • 92. “Ensinar não é encher um vaso, é acender um fogo.” Aristófanes
  • 93.  “A utopia está no horizonte. Avanço dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Para que serve a utopia? Serve para isto: para que eu não deixe de caminhar”. Eduardo Galeano Julio Carlos Bittencourt Veiga Silva juliosilva@emater.pr.gov.br Temos que expandir nosso amor para além do (s) que já amamos!