SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Baixar para ler offline
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA 
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA 
AGRICULTURA BIOLÓGICA 
INTRODUÇÃO AO PLANEAMENTO 
Trabalho realizado por: 
Ana Rita Neves nº 11703 
Engenharia do Ambiente 01/02
ÍNDICE 
OBJECTIVO ................................................................................................................ 2 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 2 
DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 3 
1 - O que é a Agricultura biológica?............................................................. 3 
2 - A insustentabilidade da agricultura convencional.............................. 3 
3- Medidas Agro-ambientais - Programa de aplicação em Portugal Continental.............................................................................................................. 4 
4 - Preço elevado dos produtos de agricultura biológica no mercado.... 4 
5 - Evolução da Agricultura biológica em Portugal................................... 5 
6 - Legislação para a Agricultura Biológica................................................. 6 
CONCLUSÕES E CRÍTICAS ......................................................................................... 7 
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 8
AGRICULTURA BIOLÓGICA 
OBJECTIVO 
Este trabalho tem como objectivo o estudo de um modo de agricultura sustentável: a agricultura biológica, assim como a sua aplicação em Portugal, de acordo com a legislação existente no nosso país. 
INTRODUÇÃO 
A agricultura convencional encontra-se em crise: a contaminação do solo e das águas, consequente erosão do solo, desrespeito pelo ambiente com o seu único objectivo de produzir grandes quantidades a qualquer custo. 
Pretende-se com a agricultura biológica produzir alimentos de elevada qualidade nutritiva, sem resíduos químicos, promover a qualidade e não apenas a quantidade, sendo ao mesmo tempo aliada à preservação do ambiente e da saúde humana. Este tipo de agricultura visa a manutenção da produtividade do solo, de modo a que a planta possua todos os nutrientes de que necessita; evita o uso de fertilizantes e pesticidas de síntese química para o combate a pragas, usando para tal meios alternativos como a luta biológica, rotações de culturas, adição de detritos orgânicos, entre outros; recupera técnicas de agricultura tradicional, usando simultaneamente tecnologia moderna. 
Os produtos biológicos são assim mais saborosos e conservam-se melhor, não contém resíduos químicos e possuem maior teor em matéria seca, de minerais e vitaminas. No caso de produtos animais, o consumidor tem a garantia que estes são produzidos respeitando princípios éticos, os animais são alimentados com produtos sãos e biológicos. 
Introdução ao Planeamento 2
AGRICULTURA BIOLÓGICA 
DESENVOLVIMENTO 
1 - O que é a Agricultura biológica? 
A agricultura biológica é um modo de agricultura sustentável, o que significa que utiliza métodos não poluidores do ambiente, tanto quanto possível recursos renováveis. Visa manter a fertilidade do solo a longo prazo, preservando assim os recursos naturais solo, água e ar. 
Os principais objectivos deste tipo de agricultura são: a produção de alimentos com elevada qualidade nutritiva e em suficiente quantidade, de forma sustentável, ambiental e social; preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais; manter a fertilidade do solo a longo prazo; promover os ciclos biológicos; conservação do solo e da água; correcta gestão dos recursos hídricos; utilização de recursos renováveis; minimizar todas as formas de poluição que resultem da actividade agrícola. 
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza: "Desenvolvimento sustentável significa melhorar a qualidade de vida sem ultrapassar a capacidade de carga dos ecossistemas de suporte". É o que se pretende com a agricultura biológica, que nos possibilita uma alimentação saudável, com teores elevados de elementos nutritivos e livres de químicos e de produtos tóxicos. Promove ao mesmo tempo um equilíbrio ecológico, não conduzindo ao esgotamento dos solos como se tem verificado com a agricultura convencional. 
A agricultura biológica reduz a utilização de produtos químicos de síntese como adubos e pesticidas. Recorre a práticas como a rotação de culturas, leguminosas, aproveitamento dos resíduos orgânicos da actividade agrícola, luta biológica contra pragas, entre outros. 
No caso da produção animal, os animais possuem áreas de pastagem, de modo a possuírem uma alimentação adequada, e privilegiam-se as práticas preventivas para estes se manterem em boa saúde. 
Podemos definir ainda a agricultura biológica como um "sistema de produção holístico", ou seja, globalizante e baseado numa interacção dinâmica entre o solo, as plantas, os animais e o Homem, que formam deste modo uma cadeia em que cada elo afecta os outros. 
2 - A insustentabilidade da agricultura convencional 
A agricultura convencional surgiu na década de 60, após o declínio da agricultura tradicional (agricultura praticada pelos camponeses em pequenas propriedades e destinada apenas à subsistência da família). A agricultura convencional utiliza elevadas quantidades de adubação química e biocidas, causadores do desequilíbrio, maquinaria pesada o que provoca a compactação do solo, e consequente erosão na época das chuvas. 
O não aproveitamento de resíduos e de efluentes é mais uma falha deste tipo de agricultura, que foram durante muitos anos depositados em lixeiras a céu aberto e no caso de efluentes despejados no mar sem um tratamento adequado. 
Na agricultura biológica, os resíduos são aproveitados para compostagem e assim obter-se um composto rico em matéria orgânica, e as lamas provenientes das estações 
Introdução ao Planeamento 3
AGRICULTURA BIOLÓGICA 
de águas residuais, isto claro, se estiverem de acordo com a legislação em vigor, ou seja, não possuírem metais pesados ou outras substâncias susceptíveis de poluírem o solo e as águas. 
3- Medidas Agro-ambientais - Programa de aplicação em Portugal Continental 
Têm como base o Reg. 2078/92, do Conselho, de 30 de Junho de 1992, e estão aplicadas em Portugal desde 1994. 
Têm como objectivos: procurar integrar o ambiente no sector da agricultura, importância da conservação da natureza e da paisagem rural, e proporcionar aos agricultores um rendimento adequado. 
Este programa está divido em quatro grupos com objectivos específicos: Grupo I - Diminuição dos efeitos poluentes da agricultura; Grupo II - Extensificação e/ou manutenção de sistemas agrícolas tradicionais extensivos; Grupo III - Conservação dos recursos e da paisagem rural e Grupo IV - Formação profissional dos agricultores. 
Cabe ao estado comparticipar financeiramente os custos, no caso de Portugal a comparticipação é de 25%. 
No caso da agricultura biológica, pertencente ao grupo I, o agricultor pode-se candidatar em Janeiro de cada ano, tendo para isso de reunir um conjunto de condições de acesso, e depois comprometer-se a manter o modo de produção biológico. O montante das ajudas varia consoante o tipo de cultura. 
4 - Preço elevado dos produtos de agricultura biológica no mercado 
Os preços elevados dos produtos biológicos praticados no mercado português, são o principal entrave à aquisição desses produtos por parte do consumidor comum, levando-o assim a consumir os seus equivalentes convencionais. 
O circuito comercial destes produtos é bastante extenso, tendo de passar por vários intermediários até chegarem aos retalhistas ou ao consumidor final, o que encarece bastante o produto. 
É de esperar que à medida que adiram mais agricultores a este tipo de agricultura, que os preços diminuam, aproximando-se assim dos preços dos produtos convencionais. No entanto, sabemos que os produtos convencionais são muito baratos, isto porque os custos de poluição não estão internalizados. Se esses custos fossem imputados, o preço dos produtos convencionais aumentaria devido ao custo adicional causado pelos danos na saúde pública e no ambiente, como a poluição do solo e das águas subterrâneas e a diminuição da biodiversidade, e assim os produtos biológicos seriam sem dúvida mais baratos que os convencionais. 
O agricultor biológico tem também de pagar um certificado anual (400 a 500 Euros), para que seja comprovado que respeita as normas da agricultura biológica. Portanto, enquanto o agricultor biológico paga para provar que não polui (e mais uma vez isto também contribui para o encarecimento do produto), o produtor convencional não é penalizado e polui. 
Introdução ao Planeamento 4
AGRICULTURA BIOLÓGICA 
Tal como nos produtos convencionais, também no mercado português aparecem produtos biológicos estrangeiros, a um preço mais barato que os biológicos portugueses. Em Portugal ainda há pouca produção biológica quando comparado com o resto da Europa, daí que o nosso mercado seja invadido pelos produtos biológicos estrangeiros mais baratos. 
5 - Evolução da Agricultura biológica em Portugal 
Figura 1 - Gráfico referente à superfície cultivada 
em Agricultura Biológica em Portugal. 
(Fonte: DGDR) 
Figura 2 - Gráfico referente à evolução do número 
de operadores certificados em Portugal. 
(Fonte: DGDR) 
Por análise dos gráficos podemos verificar a crescente expansão da agricultura biológica no nosso país até ao ano 2000. 
Introdução ao Planeamento 5
AGRICULTURA BIOLÓGICA 
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, o aumento da área de cultivo biológico foi de 10 000 ha em 1995, para 62 300 ha em 2001. O número de produtores em modo de produção biológico era 350 produtores em 1995, tendo aumentado para 926 em 2001. 
Quadro 1 - Percentagem de terra agrícola sob cultivo biológico em 2000. 
País/Região 
Áustria 
Suíça 
Finlândia 
Itália 
Dinamarca 
Suécia 
Alemanha 
Portugal 
E.U.A. 
Percentagem 
10,4 
8,3 
7,1 
6,2 
6,0 
5,5 
2,6 
1,2 
0,2 
(Fonte: Worldwatch Institute) 
6 - Legislação para a Agricultura Biológica 
- Regulamento (CEE) nº 2092/91 do Conselho de 24 de Junho: define as normas de produção, controlo e rotulagem dos produtos agrícolas vegetais, tendo entrado em vigor a 1 de Janeiro de 1993 em todos os Estados membros. Só em último recurso, se utilizam meios de luta química, o que vem referido no anexo II-B (fungicidas: cobre, enxofre, permanganato de potássio; insecticidas: Bt, neem, óleo de verão, rotenona, sabão de potássio). 
- Decreto-lei nº 31/94 de 5 de Fevereiro: estabelece as condições de aplicação dos Reg. (CEE) nº 2078/92, 2079/92 e 2080/92, do Conselho, de 30 de Junho, que instituem regimes de ajuda aos métodos de produção agrícola compatíveis com as exigências da protecção do ambiente e da preservação do espaço natural. 
- Portaria nº 688/94 de 22 de Julho: estabelece o regime geral de ajudas a conceder no âmbito das medidas agro-ambientais. 
- Portaria nº 693/94 de 23 de Julho: estabelece o regime de ajudas à formação profissional do agricultor em matérias de práticas agrícolas compatíveis com as exigências da protecção do ambiente e dos recursos naturais e a preservação do espaço natural. 
- Portaria nº 393/96 de 21 de Agosto 
- Portaria nº 85/98 de 19 de Fevereiro: estabelece o regime de ajudas ao modo de produção biológico no âmbito das medidas agro-ambientais com novas condições e montantes de ajuda aos agricultores (revoga a portaria nº 858/94). 
Ajudas ao investimento agrícola em que está incluída a agricultura biológica: 
- Portaria nº 196/98 de 24/3 
- Portaria nº 697/96 de 28 de Novembro (prioridades de investimento) 
Introdução ao Planeamento 6
AGRICULTURA BIOLÓGICA 
CONCLUSÕES E CRÍTICAS 
A agricultura biológica é ainda alvo de alguns problemas, como o elevado preço dos seus produtos no mercado, o que poderia ser evitado se não existissem tantos intervenientes no circuito comercial dos seus produtos. 
De acordo com as medidas agro-ambientais o agricultor biológico recebe incentivos financeiros por parte da Comunidade Europeia, no entanto para pequenas explorações o montante da ajuda não é muito significativo, e o agricultor tem ainda de pagar anualmente o certificado, ou seja, tem de pagar para provar que não polui, enquanto que a agricultura convencional continua a poluir os solos, águas e ar, e os seus custos de poluição não são contabilizados. 
O mercado dos produtos biológicos está em crescimento, com o tempo espera-se que a agricultura convencional que tantas consequências provocou no ambiente e na saúde pública tenda a desaparecer, sendo a agricultura biológica uma agricultura de futuro. 
Segundo a AGROBIO perspectiva-se uma reforma da Política Agrícola Comum antecipada na qual haverá a preocupação de se incentivar mais este modo de produção, uma vez que é a opção de produção mais sustentável. 
Introdução ao Planeamento 7
AGRICULTURA BIOLÓGICA 
BIBLIOGRAFIA 
• Conceição, J. et al, Manual de Agricultura Biológica: fertilização e protecção das plantas para uma agricultura sustentável, AGROBIO - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, Lisboa, 1998 
• Gerbe, V., A Horta Biológica – Como cuidar da sua horta sem utilizar adubos ou produtos químicos, Publicações Europa-América, 1980 
• Ozono, 12, HALWEIL,B., pg 37-44, Outubro 2001 
• A joaninha – Boletim informativo da AGROBIO, 54, Outono 1996 
• Informar, 16, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Edição da Secretaria Geral, Janeiro de 2002 
• AEP ambiente, 58, Ferreira,H. E Araújo,N.,pg. 4-6, Novembro 2001 
• Medidas Agro-Ambientais (Reg. 2078/92) - Novo programa de aplicação em Portugal Continental, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Março 1998 
• Jornal Oficial das Comunidades Europeias, nº L 198/1, Reg. (CEE) nº. 2092/91 do Conselho de 24 de Junho de 1991, 22 de Julho de 1991 
• Diário da República – I Série-A, 30, Decreto-Lei nº 31/94 de 5 de Fevereiro, 5 de Fevereiro de 1994. 
• Diário da República – I Série-B, 70, Portaria nº 196/98 de 24 de Março, 24 de Março de 1998. 
• Diário da República – I Série-B, 168, Portaria nº 688/94 de 22 de Julho, 22 de Julho de 1994 
• Diário da República – I Série-B, 193, Portaria nº 393/96 de 21 de Agosto, 21 de Agosto de 1996. 
• Diário da República – I Série-B, 169, Portaria nº 693/94 de 23 de Julho, 23 de Julho de 1994 
• Diário da República – I Série-B, 42, Portaria nº 85/98 de 19 de Fevereiro, 19 de Fevereiro de 1998 
• Sites consultados 
- http://www.min-agricultura.pt 
- http://www.terraverde.pt/agricultura 
- http://www.ambiente.gov.pt 
- http://www.agrobio.pt 
- http://www.sativa.pt 
- http://www.caff.org 
- http://www.agroportal.pt 
Introdução ao Planeamento 8

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Introducao-AGRICULTURA-ORGANICA
Introducao-AGRICULTURA-ORGANICAIntroducao-AGRICULTURA-ORGANICA
Introducao-AGRICULTURA-ORGANICA
 
Agricultura organica
Agricultura organicaAgricultura organica
Agricultura organica
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológica
 
Agricultura Biológica vs Agricultura convencional
Agricultura Biológica vs Agricultura convencionalAgricultura Biológica vs Agricultura convencional
Agricultura Biológica vs Agricultura convencional
 
X
XX
X
 
mpb
mpbmpb
mpb
 
Manual.biohorta.coimbra
Manual.biohorta.coimbraManual.biohorta.coimbra
Manual.biohorta.coimbra
 
1.mód 13 agricultura e desenvolvimento rural sustentável
1.mód 13   agricultura e desenvolvimento rural sustentável1.mód 13   agricultura e desenvolvimento rural sustentável
1.mód 13 agricultura e desenvolvimento rural sustentável
 
AGRICULTURA BIOLÓGICA
AGRICULTURA BIOLÓGICAAGRICULTURA BIOLÓGICA
AGRICULTURA BIOLÓGICA
 
Agricultura Biológica
Agricultura BiológicaAgricultura Biológica
Agricultura Biológica
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológica
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológica
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológica
 
Agricultura Biológica: O que é?
Agricultura Biológica: O que é?Agricultura Biológica: O que é?
Agricultura Biológica: O que é?
 
Peq
PeqPeq
Peq
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológica
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológica
 
Agricultura Biológica
Agricultura BiológicaAgricultura Biológica
Agricultura Biológica
 
4.impactes e agricultura_biologica
4.impactes e agricultura_biologica4.impactes e agricultura_biologica
4.impactes e agricultura_biologica
 
Monografia pós graduação em agronegócio unopar (aprovada)
Monografia pós graduação em agronegócio unopar (aprovada)Monografia pós graduação em agronegócio unopar (aprovada)
Monografia pós graduação em agronegócio unopar (aprovada)
 

Destaque

Noções gerais de rega (1ª parte)
Noções gerais de rega (1ª parte)Noções gerais de rega (1ª parte)
Noções gerais de rega (1ª parte)Armindo Rosa
 
13549731 manutencao de_jardins_e_relvados_-_adubacao
13549731 manutencao de_jardins_e_relvados_-_adubacao13549731 manutencao de_jardins_e_relvados_-_adubacao
13549731 manutencao de_jardins_e_relvados_-_adubacaoPelo Siro
 
O solo: formação e tipos
O solo: formação e tiposO solo: formação e tipos
O solo: formação e tiposRegina Oliveira
 
Tipos de solos
Tipos de solosTipos de solos
Tipos de solosdela28
 
Adubação orgânica para recuperação do solo
Adubação orgânica para recuperação do soloAdubação orgânica para recuperação do solo
Adubação orgânica para recuperação do soloVALDECIR QUEIROZ
 
6º ano - 1º bimestre - Solo
6º ano - 1º bimestre - Solo6º ano - 1º bimestre - Solo
6º ano - 1º bimestre - SoloCarolina Suisso
 
Solos
SolosSolos
Solosceama
 

Destaque (10)

Noções gerais de rega (1ª parte)
Noções gerais de rega (1ª parte)Noções gerais de rega (1ª parte)
Noções gerais de rega (1ª parte)
 
Fertilidade-do-solo-adubacao
Fertilidade-do-solo-adubacaoFertilidade-do-solo-adubacao
Fertilidade-do-solo-adubacao
 
13549731 manutencao de_jardins_e_relvados_-_adubacao
13549731 manutencao de_jardins_e_relvados_-_adubacao13549731 manutencao de_jardins_e_relvados_-_adubacao
13549731 manutencao de_jardins_e_relvados_-_adubacao
 
Solos
SolosSolos
Solos
 
O solo: formação e tipos
O solo: formação e tiposO solo: formação e tipos
O solo: formação e tipos
 
Tipos de solos
Tipos de solosTipos de solos
Tipos de solos
 
Adubação orgânica para recuperação do solo
Adubação orgânica para recuperação do soloAdubação orgânica para recuperação do solo
Adubação orgânica para recuperação do solo
 
6º ano - 1º bimestre - Solo
6º ano - 1º bimestre - Solo6º ano - 1º bimestre - Solo
6º ano - 1º bimestre - Solo
 
Solos
SolosSolos
Solos
 
Solos
SolosSolos
Solos
 

Semelhante a Agricultura caraterísticas

190 agricultura.biologica
190 agricultura.biologica190 agricultura.biologica
190 agricultura.biologicaRosana Vianna
 
I-Introdução à Agricultura Biológica.ppt
I-Introdução à Agricultura Biológica.pptI-Introdução à Agricultura Biológica.ppt
I-Introdução à Agricultura Biológica.pptjuditesilva10
 
I.4 Agricultura Biologica.pptx
I.4 Agricultura Biologica.pptxI.4 Agricultura Biologica.pptx
I.4 Agricultura Biologica.pptxJudite Silva
 
Alimentos biológicos
Alimentos biológicosAlimentos biológicos
Alimentos biológicosvitaminocas
 
Alimentos Biológicos
Alimentos BiológicosAlimentos Biológicos
Alimentos Biológicosvitaminocas
 
A agricultura biológica
A agricultura biológicaA agricultura biológica
A agricultura biológicaMariana1112
 
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itepAgricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itepMilenaAlmeida74
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológicaPaula Tomaz
 
Ruralidade e urbanismo
Ruralidade e urbanismoRuralidade e urbanismo
Ruralidade e urbanismoMarina
 
Agroeco aplicada
Agroeco aplicadaAgroeco aplicada
Agroeco aplicadamvezzone
 
1ªCircular 3 Cnhb 1 Cnpab Aph Apez
1ªCircular 3 Cnhb 1 Cnpab Aph Apez1ªCircular 3 Cnhb 1 Cnpab Aph Apez
1ªCircular 3 Cnhb 1 Cnpab Aph Apezcrisqueda
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológicaFtimaCanio
 
Os Desafios Socioambientais para o Agro Sustentável
Os Desafios Socioambientais para o Agro SustentávelOs Desafios Socioambientais para o Agro Sustentável
Os Desafios Socioambientais para o Agro SustentávelAgriculturaSustentavel
 
Plano de Investimentos - Ferramenta de Avaliação de Projetos IAPMEI
Plano de Investimentos - Ferramenta de Avaliação de Projetos IAPMEIPlano de Investimentos - Ferramenta de Avaliação de Projetos IAPMEI
Plano de Investimentos - Ferramenta de Avaliação de Projetos IAPMEIDiogoAlfama
 
manual_conversão.pdf
manual_conversão.pdfmanual_conversão.pdf
manual_conversão.pdfLurdes Dias
 
Agricultura orgânica
Agricultura orgânicaAgricultura orgânica
Agricultura orgânicaMilena Castro
 

Semelhante a Agricultura caraterísticas (20)

190 agricultura.biologica
190 agricultura.biologica190 agricultura.biologica
190 agricultura.biologica
 
I-Introdução à Agricultura Biológica.ppt
I-Introdução à Agricultura Biológica.pptI-Introdução à Agricultura Biológica.ppt
I-Introdução à Agricultura Biológica.ppt
 
I.4 Agricultura Biologica.pptx
I.4 Agricultura Biologica.pptxI.4 Agricultura Biologica.pptx
I.4 Agricultura Biologica.pptx
 
Apresenta..
Apresenta..Apresenta..
Apresenta..
 
Alimentos biológicos
Alimentos biológicosAlimentos biológicos
Alimentos biológicos
 
Alimentos Biológicos
Alimentos BiológicosAlimentos Biológicos
Alimentos Biológicos
 
A agricultura biológica
A agricultura biológicaA agricultura biológica
A agricultura biológica
 
Manual.biohorta.coimbra
Manual.biohorta.coimbraManual.biohorta.coimbra
Manual.biohorta.coimbra
 
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itepAgricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
Agricultura_Orgânica. Slide turma 03 itep
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológica
 
Ruralidade e urbanismo
Ruralidade e urbanismoRuralidade e urbanismo
Ruralidade e urbanismo
 
Mod I moodle
Mod I moodleMod I moodle
Mod I moodle
 
Agroeco aplicada
Agroeco aplicadaAgroeco aplicada
Agroeco aplicada
 
1ªCircular 3 Cnhb 1 Cnpab Aph Apez
1ªCircular 3 Cnhb 1 Cnpab Aph Apez1ªCircular 3 Cnhb 1 Cnpab Aph Apez
1ªCircular 3 Cnhb 1 Cnpab Aph Apez
 
Agricultura biológica
Agricultura biológicaAgricultura biológica
Agricultura biológica
 
Os Desafios Socioambientais para o Agro Sustentável
Os Desafios Socioambientais para o Agro SustentávelOs Desafios Socioambientais para o Agro Sustentável
Os Desafios Socioambientais para o Agro Sustentável
 
Plano de Investimentos - Ferramenta de Avaliação de Projetos IAPMEI
Plano de Investimentos - Ferramenta de Avaliação de Projetos IAPMEIPlano de Investimentos - Ferramenta de Avaliação de Projetos IAPMEI
Plano de Investimentos - Ferramenta de Avaliação de Projetos IAPMEI
 
manual_conversão.pdf
manual_conversão.pdfmanual_conversão.pdf
manual_conversão.pdf
 
Agricultura orgânica
Agricultura orgânicaAgricultura orgânica
Agricultura orgânica
 
Agricultura Biológica
Agricultura BiológicaAgricultura Biológica
Agricultura Biológica
 

Último

VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 

Último (20)

VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 

Agricultura caraterísticas

  • 1. UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGRICULTURA BIOLÓGICA INTRODUÇÃO AO PLANEAMENTO Trabalho realizado por: Ana Rita Neves nº 11703 Engenharia do Ambiente 01/02
  • 2. ÍNDICE OBJECTIVO ................................................................................................................ 2 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 3 1 - O que é a Agricultura biológica?............................................................. 3 2 - A insustentabilidade da agricultura convencional.............................. 3 3- Medidas Agro-ambientais - Programa de aplicação em Portugal Continental.............................................................................................................. 4 4 - Preço elevado dos produtos de agricultura biológica no mercado.... 4 5 - Evolução da Agricultura biológica em Portugal................................... 5 6 - Legislação para a Agricultura Biológica................................................. 6 CONCLUSÕES E CRÍTICAS ......................................................................................... 7 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 8
  • 3. AGRICULTURA BIOLÓGICA OBJECTIVO Este trabalho tem como objectivo o estudo de um modo de agricultura sustentável: a agricultura biológica, assim como a sua aplicação em Portugal, de acordo com a legislação existente no nosso país. INTRODUÇÃO A agricultura convencional encontra-se em crise: a contaminação do solo e das águas, consequente erosão do solo, desrespeito pelo ambiente com o seu único objectivo de produzir grandes quantidades a qualquer custo. Pretende-se com a agricultura biológica produzir alimentos de elevada qualidade nutritiva, sem resíduos químicos, promover a qualidade e não apenas a quantidade, sendo ao mesmo tempo aliada à preservação do ambiente e da saúde humana. Este tipo de agricultura visa a manutenção da produtividade do solo, de modo a que a planta possua todos os nutrientes de que necessita; evita o uso de fertilizantes e pesticidas de síntese química para o combate a pragas, usando para tal meios alternativos como a luta biológica, rotações de culturas, adição de detritos orgânicos, entre outros; recupera técnicas de agricultura tradicional, usando simultaneamente tecnologia moderna. Os produtos biológicos são assim mais saborosos e conservam-se melhor, não contém resíduos químicos e possuem maior teor em matéria seca, de minerais e vitaminas. No caso de produtos animais, o consumidor tem a garantia que estes são produzidos respeitando princípios éticos, os animais são alimentados com produtos sãos e biológicos. Introdução ao Planeamento 2
  • 4. AGRICULTURA BIOLÓGICA DESENVOLVIMENTO 1 - O que é a Agricultura biológica? A agricultura biológica é um modo de agricultura sustentável, o que significa que utiliza métodos não poluidores do ambiente, tanto quanto possível recursos renováveis. Visa manter a fertilidade do solo a longo prazo, preservando assim os recursos naturais solo, água e ar. Os principais objectivos deste tipo de agricultura são: a produção de alimentos com elevada qualidade nutritiva e em suficiente quantidade, de forma sustentável, ambiental e social; preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais; manter a fertilidade do solo a longo prazo; promover os ciclos biológicos; conservação do solo e da água; correcta gestão dos recursos hídricos; utilização de recursos renováveis; minimizar todas as formas de poluição que resultem da actividade agrícola. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza: "Desenvolvimento sustentável significa melhorar a qualidade de vida sem ultrapassar a capacidade de carga dos ecossistemas de suporte". É o que se pretende com a agricultura biológica, que nos possibilita uma alimentação saudável, com teores elevados de elementos nutritivos e livres de químicos e de produtos tóxicos. Promove ao mesmo tempo um equilíbrio ecológico, não conduzindo ao esgotamento dos solos como se tem verificado com a agricultura convencional. A agricultura biológica reduz a utilização de produtos químicos de síntese como adubos e pesticidas. Recorre a práticas como a rotação de culturas, leguminosas, aproveitamento dos resíduos orgânicos da actividade agrícola, luta biológica contra pragas, entre outros. No caso da produção animal, os animais possuem áreas de pastagem, de modo a possuírem uma alimentação adequada, e privilegiam-se as práticas preventivas para estes se manterem em boa saúde. Podemos definir ainda a agricultura biológica como um "sistema de produção holístico", ou seja, globalizante e baseado numa interacção dinâmica entre o solo, as plantas, os animais e o Homem, que formam deste modo uma cadeia em que cada elo afecta os outros. 2 - A insustentabilidade da agricultura convencional A agricultura convencional surgiu na década de 60, após o declínio da agricultura tradicional (agricultura praticada pelos camponeses em pequenas propriedades e destinada apenas à subsistência da família). A agricultura convencional utiliza elevadas quantidades de adubação química e biocidas, causadores do desequilíbrio, maquinaria pesada o que provoca a compactação do solo, e consequente erosão na época das chuvas. O não aproveitamento de resíduos e de efluentes é mais uma falha deste tipo de agricultura, que foram durante muitos anos depositados em lixeiras a céu aberto e no caso de efluentes despejados no mar sem um tratamento adequado. Na agricultura biológica, os resíduos são aproveitados para compostagem e assim obter-se um composto rico em matéria orgânica, e as lamas provenientes das estações Introdução ao Planeamento 3
  • 5. AGRICULTURA BIOLÓGICA de águas residuais, isto claro, se estiverem de acordo com a legislação em vigor, ou seja, não possuírem metais pesados ou outras substâncias susceptíveis de poluírem o solo e as águas. 3- Medidas Agro-ambientais - Programa de aplicação em Portugal Continental Têm como base o Reg. 2078/92, do Conselho, de 30 de Junho de 1992, e estão aplicadas em Portugal desde 1994. Têm como objectivos: procurar integrar o ambiente no sector da agricultura, importância da conservação da natureza e da paisagem rural, e proporcionar aos agricultores um rendimento adequado. Este programa está divido em quatro grupos com objectivos específicos: Grupo I - Diminuição dos efeitos poluentes da agricultura; Grupo II - Extensificação e/ou manutenção de sistemas agrícolas tradicionais extensivos; Grupo III - Conservação dos recursos e da paisagem rural e Grupo IV - Formação profissional dos agricultores. Cabe ao estado comparticipar financeiramente os custos, no caso de Portugal a comparticipação é de 25%. No caso da agricultura biológica, pertencente ao grupo I, o agricultor pode-se candidatar em Janeiro de cada ano, tendo para isso de reunir um conjunto de condições de acesso, e depois comprometer-se a manter o modo de produção biológico. O montante das ajudas varia consoante o tipo de cultura. 4 - Preço elevado dos produtos de agricultura biológica no mercado Os preços elevados dos produtos biológicos praticados no mercado português, são o principal entrave à aquisição desses produtos por parte do consumidor comum, levando-o assim a consumir os seus equivalentes convencionais. O circuito comercial destes produtos é bastante extenso, tendo de passar por vários intermediários até chegarem aos retalhistas ou ao consumidor final, o que encarece bastante o produto. É de esperar que à medida que adiram mais agricultores a este tipo de agricultura, que os preços diminuam, aproximando-se assim dos preços dos produtos convencionais. No entanto, sabemos que os produtos convencionais são muito baratos, isto porque os custos de poluição não estão internalizados. Se esses custos fossem imputados, o preço dos produtos convencionais aumentaria devido ao custo adicional causado pelos danos na saúde pública e no ambiente, como a poluição do solo e das águas subterrâneas e a diminuição da biodiversidade, e assim os produtos biológicos seriam sem dúvida mais baratos que os convencionais. O agricultor biológico tem também de pagar um certificado anual (400 a 500 Euros), para que seja comprovado que respeita as normas da agricultura biológica. Portanto, enquanto o agricultor biológico paga para provar que não polui (e mais uma vez isto também contribui para o encarecimento do produto), o produtor convencional não é penalizado e polui. Introdução ao Planeamento 4
  • 6. AGRICULTURA BIOLÓGICA Tal como nos produtos convencionais, também no mercado português aparecem produtos biológicos estrangeiros, a um preço mais barato que os biológicos portugueses. Em Portugal ainda há pouca produção biológica quando comparado com o resto da Europa, daí que o nosso mercado seja invadido pelos produtos biológicos estrangeiros mais baratos. 5 - Evolução da Agricultura biológica em Portugal Figura 1 - Gráfico referente à superfície cultivada em Agricultura Biológica em Portugal. (Fonte: DGDR) Figura 2 - Gráfico referente à evolução do número de operadores certificados em Portugal. (Fonte: DGDR) Por análise dos gráficos podemos verificar a crescente expansão da agricultura biológica no nosso país até ao ano 2000. Introdução ao Planeamento 5
  • 7. AGRICULTURA BIOLÓGICA De acordo com dados do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, o aumento da área de cultivo biológico foi de 10 000 ha em 1995, para 62 300 ha em 2001. O número de produtores em modo de produção biológico era 350 produtores em 1995, tendo aumentado para 926 em 2001. Quadro 1 - Percentagem de terra agrícola sob cultivo biológico em 2000. País/Região Áustria Suíça Finlândia Itália Dinamarca Suécia Alemanha Portugal E.U.A. Percentagem 10,4 8,3 7,1 6,2 6,0 5,5 2,6 1,2 0,2 (Fonte: Worldwatch Institute) 6 - Legislação para a Agricultura Biológica - Regulamento (CEE) nº 2092/91 do Conselho de 24 de Junho: define as normas de produção, controlo e rotulagem dos produtos agrícolas vegetais, tendo entrado em vigor a 1 de Janeiro de 1993 em todos os Estados membros. Só em último recurso, se utilizam meios de luta química, o que vem referido no anexo II-B (fungicidas: cobre, enxofre, permanganato de potássio; insecticidas: Bt, neem, óleo de verão, rotenona, sabão de potássio). - Decreto-lei nº 31/94 de 5 de Fevereiro: estabelece as condições de aplicação dos Reg. (CEE) nº 2078/92, 2079/92 e 2080/92, do Conselho, de 30 de Junho, que instituem regimes de ajuda aos métodos de produção agrícola compatíveis com as exigências da protecção do ambiente e da preservação do espaço natural. - Portaria nº 688/94 de 22 de Julho: estabelece o regime geral de ajudas a conceder no âmbito das medidas agro-ambientais. - Portaria nº 693/94 de 23 de Julho: estabelece o regime de ajudas à formação profissional do agricultor em matérias de práticas agrícolas compatíveis com as exigências da protecção do ambiente e dos recursos naturais e a preservação do espaço natural. - Portaria nº 393/96 de 21 de Agosto - Portaria nº 85/98 de 19 de Fevereiro: estabelece o regime de ajudas ao modo de produção biológico no âmbito das medidas agro-ambientais com novas condições e montantes de ajuda aos agricultores (revoga a portaria nº 858/94). Ajudas ao investimento agrícola em que está incluída a agricultura biológica: - Portaria nº 196/98 de 24/3 - Portaria nº 697/96 de 28 de Novembro (prioridades de investimento) Introdução ao Planeamento 6
  • 8. AGRICULTURA BIOLÓGICA CONCLUSÕES E CRÍTICAS A agricultura biológica é ainda alvo de alguns problemas, como o elevado preço dos seus produtos no mercado, o que poderia ser evitado se não existissem tantos intervenientes no circuito comercial dos seus produtos. De acordo com as medidas agro-ambientais o agricultor biológico recebe incentivos financeiros por parte da Comunidade Europeia, no entanto para pequenas explorações o montante da ajuda não é muito significativo, e o agricultor tem ainda de pagar anualmente o certificado, ou seja, tem de pagar para provar que não polui, enquanto que a agricultura convencional continua a poluir os solos, águas e ar, e os seus custos de poluição não são contabilizados. O mercado dos produtos biológicos está em crescimento, com o tempo espera-se que a agricultura convencional que tantas consequências provocou no ambiente e na saúde pública tenda a desaparecer, sendo a agricultura biológica uma agricultura de futuro. Segundo a AGROBIO perspectiva-se uma reforma da Política Agrícola Comum antecipada na qual haverá a preocupação de se incentivar mais este modo de produção, uma vez que é a opção de produção mais sustentável. Introdução ao Planeamento 7
  • 9. AGRICULTURA BIOLÓGICA BIBLIOGRAFIA • Conceição, J. et al, Manual de Agricultura Biológica: fertilização e protecção das plantas para uma agricultura sustentável, AGROBIO - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, Lisboa, 1998 • Gerbe, V., A Horta Biológica – Como cuidar da sua horta sem utilizar adubos ou produtos químicos, Publicações Europa-América, 1980 • Ozono, 12, HALWEIL,B., pg 37-44, Outubro 2001 • A joaninha – Boletim informativo da AGROBIO, 54, Outono 1996 • Informar, 16, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Edição da Secretaria Geral, Janeiro de 2002 • AEP ambiente, 58, Ferreira,H. E Araújo,N.,pg. 4-6, Novembro 2001 • Medidas Agro-Ambientais (Reg. 2078/92) - Novo programa de aplicação em Portugal Continental, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Março 1998 • Jornal Oficial das Comunidades Europeias, nº L 198/1, Reg. (CEE) nº. 2092/91 do Conselho de 24 de Junho de 1991, 22 de Julho de 1991 • Diário da República – I Série-A, 30, Decreto-Lei nº 31/94 de 5 de Fevereiro, 5 de Fevereiro de 1994. • Diário da República – I Série-B, 70, Portaria nº 196/98 de 24 de Março, 24 de Março de 1998. • Diário da República – I Série-B, 168, Portaria nº 688/94 de 22 de Julho, 22 de Julho de 1994 • Diário da República – I Série-B, 193, Portaria nº 393/96 de 21 de Agosto, 21 de Agosto de 1996. • Diário da República – I Série-B, 169, Portaria nº 693/94 de 23 de Julho, 23 de Julho de 1994 • Diário da República – I Série-B, 42, Portaria nº 85/98 de 19 de Fevereiro, 19 de Fevereiro de 1998 • Sites consultados - http://www.min-agricultura.pt - http://www.terraverde.pt/agricultura - http://www.ambiente.gov.pt - http://www.agrobio.pt - http://www.sativa.pt - http://www.caff.org - http://www.agroportal.pt Introdução ao Planeamento 8