1) O documento discute as principais abordagens fisioterapêuticas para tratar disfunções sexuais femininas.
2) As disfunções sexuais afetam a qualidade de vida de muitas mulheres, mas muitas não buscam tratamento por vergonha ou frustração.
3) A fisioterapia pode ser uma alternativa viável para tratar disfunções como dor pélvica crônica, anorgasmia secundária, vaginismo e dispareunia, melhorando a vida sexual das mulheres.
O documento discute disfunções sexuais, definindo-as como perturbações clinicamente significativas na capacidade de resposta sexual ou prazer sexual. Aborda os diferentes tipos de disfunção, sintomas, critérios diagnósticos e classificação segundo a APA. Também explica o processo de resposta sexual humana e modelos conceituais desenvolvidos.
1) A disfunção sexual feminina ocorre quando há um bloqueio físico e/ou psicológico que interrompe as fases do ciclo sexual: desejo, excitação, orgasmo ou resolução.
2) Existem vários tipos de disfunção dependendo da fase interrompida, como desejo hipoativo, disfunção orgástica, dor durante o sexo (dispareunia e vaginismo) e dificuldade em obter excitação.
3) As causas podem ser orgânicas (doenças e medicamentos
O documento discute a disfunção sexual feminina, definindo-a como uma perturbação no ciclo de resposta sexual ou dor associada à relação sexual que causa sofrimento pessoal e pode afetar a qualidade de vida e relacionamentos da mulher. Ele resume o modelo de quatro fases da resposta sexual feminina, classifica as principais disfunções sexuais femininas e discute suas possíveis causas, incluindo fatores vasculares, neurológicos, hormonais/endócrinos e psicossociais.
O documento discute o transtorno do desejo sexual hipoativo feminino, identificando suas principais causas como orgânicas, psicológicas, socioculturais e relacionais. Ele também descreve recursos terapêuticos como tratamento de patologias, terapia sexual e reposição hormonal.
O documento discute disfunções sexuais, definindo-as como a inabilidade para ficar excitado ou atingir o orgasmo. Apresenta o ciclo da resposta sexual e categorias de disfunção sexual em homens e mulheres, como desejo, excitação e orgasmo. Também aborda prevalência, etiologia, causas orgânicas, psicossociológicas e tratamentos possíveis.
O documento discute perturbações sexuais, incluindo tipos de perturbações sexuais femininas e masculinas. Também aborda o impacto do cancro e seus tratamentos na sexualidade, como quimioterapia, radioterapia, cirurgia e hormonioterapia podem afetar o desejo sexual, excitação, lubrificação e outros aspectos. Ele também fornece diretrizes para a avaliação e diagnóstico de disfunções sexuais relacionadas ao cancro.
O documento discute a disfunção sexual feminina, definindo-a como um bloqueio físico e/ou psicológico que interrompe as fases do ciclo sexual. Ele lista vários tipos de disfunção dependendo da fase afetada, como desejo hipoativo, disfunção orgástica e dispareunia. As causas podem ser orgânicas, psicológicas ou mistas, e o tratamento varia de acordo com a causa, podendo incluir terapia hormonal ou psicoterapia individual ou de casal.
Rita Salgado - aula ttp sistêmica casais e disfunção sexual - Rita Salgado
Tema de discussão em aula de Teorias e Técnicas de Psicoterapia Sistêmica para casais diante de Disfunção Sexual - FPP Curitiba- Pr 2015 elaborado por Profª Mestre Psic. Rita C F Salgado
O documento discute disfunções sexuais, definindo-as como perturbações clinicamente significativas na capacidade de resposta sexual ou prazer sexual. Aborda os diferentes tipos de disfunção, sintomas, critérios diagnósticos e classificação segundo a APA. Também explica o processo de resposta sexual humana e modelos conceituais desenvolvidos.
1) A disfunção sexual feminina ocorre quando há um bloqueio físico e/ou psicológico que interrompe as fases do ciclo sexual: desejo, excitação, orgasmo ou resolução.
2) Existem vários tipos de disfunção dependendo da fase interrompida, como desejo hipoativo, disfunção orgástica, dor durante o sexo (dispareunia e vaginismo) e dificuldade em obter excitação.
3) As causas podem ser orgânicas (doenças e medicamentos
O documento discute a disfunção sexual feminina, definindo-a como uma perturbação no ciclo de resposta sexual ou dor associada à relação sexual que causa sofrimento pessoal e pode afetar a qualidade de vida e relacionamentos da mulher. Ele resume o modelo de quatro fases da resposta sexual feminina, classifica as principais disfunções sexuais femininas e discute suas possíveis causas, incluindo fatores vasculares, neurológicos, hormonais/endócrinos e psicossociais.
O documento discute o transtorno do desejo sexual hipoativo feminino, identificando suas principais causas como orgânicas, psicológicas, socioculturais e relacionais. Ele também descreve recursos terapêuticos como tratamento de patologias, terapia sexual e reposição hormonal.
O documento discute disfunções sexuais, definindo-as como a inabilidade para ficar excitado ou atingir o orgasmo. Apresenta o ciclo da resposta sexual e categorias de disfunção sexual em homens e mulheres, como desejo, excitação e orgasmo. Também aborda prevalência, etiologia, causas orgânicas, psicossociológicas e tratamentos possíveis.
O documento discute perturbações sexuais, incluindo tipos de perturbações sexuais femininas e masculinas. Também aborda o impacto do cancro e seus tratamentos na sexualidade, como quimioterapia, radioterapia, cirurgia e hormonioterapia podem afetar o desejo sexual, excitação, lubrificação e outros aspectos. Ele também fornece diretrizes para a avaliação e diagnóstico de disfunções sexuais relacionadas ao cancro.
O documento discute a disfunção sexual feminina, definindo-a como um bloqueio físico e/ou psicológico que interrompe as fases do ciclo sexual. Ele lista vários tipos de disfunção dependendo da fase afetada, como desejo hipoativo, disfunção orgástica e dispareunia. As causas podem ser orgânicas, psicológicas ou mistas, e o tratamento varia de acordo com a causa, podendo incluir terapia hormonal ou psicoterapia individual ou de casal.
Rita Salgado - aula ttp sistêmica casais e disfunção sexual - Rita Salgado
Tema de discussão em aula de Teorias e Técnicas de Psicoterapia Sistêmica para casais diante de Disfunção Sexual - FPP Curitiba- Pr 2015 elaborado por Profª Mestre Psic. Rita C F Salgado
1) A disfunção erétil pode ser causada por fatores físicos como doenças circulatórias ou diabetes, mas também por fatores psicológicos.
2) Existem vários tratamentos para disfunção erétil, incluindo remédios naturais e medicamentos prescritos.
3) A disfunção erétil afeta a qualidade de vida do homem e do relacionamento.
O documento discute as definições tradicionais de ejaculação prematura e propõe uma nova definição baseada em evidências. Resume as principais causas percebidas de EP e o papel fundamental da serotonina na regulação da resposta ejaculatória. A EP causa um peso considerável nos homens e parceiras, afetando múltiplas dimensões da vida.
1) O documento discute vários tratamentos para disfunção erétil em homens, incluindo suplementos, cremes e terapias.
2) A disfunção erétil afeta quase metade dos homens acima de 40 anos e pode prejudicar negativamente as relações pessoais.
3) As causas podem ser físicas, como alterações nos corpos cavernosos do pênis, ou psicológicas, como depressão.
O documento discute o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), incluindo sua epidemiologia, sintomas, diagnóstico e tratamento. Aproximadamente 3-5% das mulheres em idade reprodutiva sofrem de TDPM, caracterizado por sintomas depressivos e de ansiedade que ocorrem especificamente na fase lútea do ciclo menstrual e interferem significativamente na vida da paciente. O diagnóstico é feito através da avaliação prospectiva dos sintomas ao longo de dois ciclos menstruais
O documento discute causas e tratamentos para problemas sexuais como ejaculação precoce e disfunção erétil. Algumas opções de tratamento incluem técnicas de controle da ejaculação, masturbação, uso de medicamentos como Viagra, e terapia psicológica para ansiedade e problemas de autoestima. A ejaculação precoce afeta cerca de um em cada três homens em algum momento da vida.
1) O documento discute vários tipos, causas e tratamentos para disfunção erétil. 2) Fatores psicológicos e orgânicos podem causar disfunção erétil e muitas vezes interagem. 3) Existem vários tratamentos possíveis dependendo da causa e gravidade, incluindo mudanças de estilo de vida e medicamentos.
Diagnóstico e tratamento do transtorno disfórico pré-menstrualSaudeDaMente
O documento discute o diagnóstico e tratamento do transtorno disfórico pré-menstrual. Aborda a história do transtorno, critérios diagnósticos, incidência de comorbidades, medidas conservadoras e tratamentos psiquiátricos e farmacológicos como ISRS e supressão da ovulação. Conclui que a primeira linha de tratamento envolve ISRS, modificações no estilo de vida e, em segundo plano, outros psicotrópicos e supressão hormonal.
1) O documento discute causas e tratamentos para disfunção erétil, incluindo cremes, medicamentos e terapia.
2) Existem vários fatores que podem causar disfunção erétil, como problemas vasculares, hormonais ou
psicológicos.
3) Os tratamentos incluem remédios, terapia e alternativas naturais para melhorar a ereção.
O documento discute o tratamento clínico da síndrome pré-menstrual (SPM). Apresenta definições, classificações, sintomas, fatores de risco, diagnóstico e opções de tratamento farmacológico e não farmacológico para a SPM. As opções de tratamento incluem exercícios, terapia cognitiva comportamental, suplementos, fitoterápicos, contraceptivos orais e inibidores seletivos da recaptação de serotonina.
Somatização e sintomas físicos inexplicados para o médico de família (1)Inaiara Bragante
O documento discute somatização e sintomas físicos inexplicados para médicos de família e comunidade. Apresenta casos clínicos de pacientes com queixas somáticas e discute fatores de risco, abordagens de reatribuição e tratamentos para pacientes agudos e crônicos.
O documento lista fatores que podem causar estresse como problemas financeiros, relacionamentos ou de saúde e, em seguida, fornece recomendações para lidar com o estresse como ter uma dieta saudável, dormir bem, fazer exercícios e ter atividades de lazer.
O documento discute a Tensão Pré-Menstrual (TPM), definindo-a como um conjunto de sintomas físicos e psíquicos que afetam o desempenho da mulher nos dias que antecedem a menstruação. Detalha os principais sintomas físicos e emocionais da TPM e fornece dicas para combater ou atenuar seus efeitos, como praticar exercícios, ter uma alimentação saudável e lidar de forma produtiva com os sentimentos negativos.
O documento fornece informações sobre a Síndrome Pré-Menstrual (TPM), incluindo: 1) o que é TPM e seus principais sintomas; 2) os quatro tipos de TPM com base nos sintomas predominantes; 3) que aproximadamente 3 em cada 4 mulheres apresentam sintomas de TPM.
O documento discute problemas com sexualidade e memória/concentração na menopausa. A atrofia urogenital pode causar secura vaginal, dor durante relações sexuais e outros sintomas, que geralmente respondem bem à terapia hormonal. A dispareunia pós-menopausa está associada à falta de estrogênio e atrofia vaginal, mas nem todas as mulheres experimentam alívio com terapia hormonal.
A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar que causa perda de peso excessiva, levando a peso abaixo do considerado saudável. Pessoas com anorexia têm medo intenso de engordar e usam dietas, exercícios ou outros métodos para perder peso, mesmo já estando abaixo do peso. As causas exatas da anorexia são desconhecidas, mas genes, hormônios, atitudes sociais que valorizam corpos magros e outros fatores podem estar envolvidos.
O documento discute os aspectos fisiológicos e hormonais da resposta sexual humana, incluindo as zonas erógenas, os hormônios envolvidos nas fases preliminares, do ato sexual e após o orgasmo, assim como os benefícios físicos e emocionais do sexo. Também aborda métodos contraceptivos como preservativos, pílulas, injetáveis, implantes e DIUs.
Este estudo avaliou a prevalência e caracterização da disfunção sexual em Portugal Continental em indivíduos entre 18-75 anos. Uma amostra de 2500 pessoas (1250 homens e 1250 mulheres) preencheu questionários sobre disfunção sexual. Os resultados mostraram que cerca de 1/3 das mulheres e 1/4 dos homens relataram algum tipo de disfunção sexual, sendo a disfunção mais comum alterações na excitação/lubrificação nas mulheres e disfunção erétil nos homens.
Este documento fornece instruções sobre a técnica de pompoarismo, ensinando exercícios para fortalecer os músculos pélvicos. Apresenta breve história da técnica, usada há milhares de anos na Índia, e lista benefícios como aumento de prazer sexual, perda de calorias e autoestima. Inclui dicas iniciais, explicação da área genital feminina, exercícios focados em cada parte dos músculos e conclusão enfatizando a prática constante.
1) A disfunção erétil pode ser causada por fatores físicos como doenças circulatórias ou diabetes, mas também por fatores psicológicos.
2) Existem vários tratamentos para disfunção erétil, incluindo remédios naturais e medicamentos prescritos.
3) A disfunção erétil afeta a qualidade de vida do homem e do relacionamento.
O documento discute as definições tradicionais de ejaculação prematura e propõe uma nova definição baseada em evidências. Resume as principais causas percebidas de EP e o papel fundamental da serotonina na regulação da resposta ejaculatória. A EP causa um peso considerável nos homens e parceiras, afetando múltiplas dimensões da vida.
1) O documento discute vários tratamentos para disfunção erétil em homens, incluindo suplementos, cremes e terapias.
2) A disfunção erétil afeta quase metade dos homens acima de 40 anos e pode prejudicar negativamente as relações pessoais.
3) As causas podem ser físicas, como alterações nos corpos cavernosos do pênis, ou psicológicas, como depressão.
O documento discute o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), incluindo sua epidemiologia, sintomas, diagnóstico e tratamento. Aproximadamente 3-5% das mulheres em idade reprodutiva sofrem de TDPM, caracterizado por sintomas depressivos e de ansiedade que ocorrem especificamente na fase lútea do ciclo menstrual e interferem significativamente na vida da paciente. O diagnóstico é feito através da avaliação prospectiva dos sintomas ao longo de dois ciclos menstruais
O documento discute causas e tratamentos para problemas sexuais como ejaculação precoce e disfunção erétil. Algumas opções de tratamento incluem técnicas de controle da ejaculação, masturbação, uso de medicamentos como Viagra, e terapia psicológica para ansiedade e problemas de autoestima. A ejaculação precoce afeta cerca de um em cada três homens em algum momento da vida.
1) O documento discute vários tipos, causas e tratamentos para disfunção erétil. 2) Fatores psicológicos e orgânicos podem causar disfunção erétil e muitas vezes interagem. 3) Existem vários tratamentos possíveis dependendo da causa e gravidade, incluindo mudanças de estilo de vida e medicamentos.
Diagnóstico e tratamento do transtorno disfórico pré-menstrualSaudeDaMente
O documento discute o diagnóstico e tratamento do transtorno disfórico pré-menstrual. Aborda a história do transtorno, critérios diagnósticos, incidência de comorbidades, medidas conservadoras e tratamentos psiquiátricos e farmacológicos como ISRS e supressão da ovulação. Conclui que a primeira linha de tratamento envolve ISRS, modificações no estilo de vida e, em segundo plano, outros psicotrópicos e supressão hormonal.
1) O documento discute causas e tratamentos para disfunção erétil, incluindo cremes, medicamentos e terapia.
2) Existem vários fatores que podem causar disfunção erétil, como problemas vasculares, hormonais ou
psicológicos.
3) Os tratamentos incluem remédios, terapia e alternativas naturais para melhorar a ereção.
O documento discute o tratamento clínico da síndrome pré-menstrual (SPM). Apresenta definições, classificações, sintomas, fatores de risco, diagnóstico e opções de tratamento farmacológico e não farmacológico para a SPM. As opções de tratamento incluem exercícios, terapia cognitiva comportamental, suplementos, fitoterápicos, contraceptivos orais e inibidores seletivos da recaptação de serotonina.
Somatização e sintomas físicos inexplicados para o médico de família (1)Inaiara Bragante
O documento discute somatização e sintomas físicos inexplicados para médicos de família e comunidade. Apresenta casos clínicos de pacientes com queixas somáticas e discute fatores de risco, abordagens de reatribuição e tratamentos para pacientes agudos e crônicos.
O documento lista fatores que podem causar estresse como problemas financeiros, relacionamentos ou de saúde e, em seguida, fornece recomendações para lidar com o estresse como ter uma dieta saudável, dormir bem, fazer exercícios e ter atividades de lazer.
O documento discute a Tensão Pré-Menstrual (TPM), definindo-a como um conjunto de sintomas físicos e psíquicos que afetam o desempenho da mulher nos dias que antecedem a menstruação. Detalha os principais sintomas físicos e emocionais da TPM e fornece dicas para combater ou atenuar seus efeitos, como praticar exercícios, ter uma alimentação saudável e lidar de forma produtiva com os sentimentos negativos.
O documento fornece informações sobre a Síndrome Pré-Menstrual (TPM), incluindo: 1) o que é TPM e seus principais sintomas; 2) os quatro tipos de TPM com base nos sintomas predominantes; 3) que aproximadamente 3 em cada 4 mulheres apresentam sintomas de TPM.
O documento discute problemas com sexualidade e memória/concentração na menopausa. A atrofia urogenital pode causar secura vaginal, dor durante relações sexuais e outros sintomas, que geralmente respondem bem à terapia hormonal. A dispareunia pós-menopausa está associada à falta de estrogênio e atrofia vaginal, mas nem todas as mulheres experimentam alívio com terapia hormonal.
A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar que causa perda de peso excessiva, levando a peso abaixo do considerado saudável. Pessoas com anorexia têm medo intenso de engordar e usam dietas, exercícios ou outros métodos para perder peso, mesmo já estando abaixo do peso. As causas exatas da anorexia são desconhecidas, mas genes, hormônios, atitudes sociais que valorizam corpos magros e outros fatores podem estar envolvidos.
O documento discute os aspectos fisiológicos e hormonais da resposta sexual humana, incluindo as zonas erógenas, os hormônios envolvidos nas fases preliminares, do ato sexual e após o orgasmo, assim como os benefícios físicos e emocionais do sexo. Também aborda métodos contraceptivos como preservativos, pílulas, injetáveis, implantes e DIUs.
Este estudo avaliou a prevalência e caracterização da disfunção sexual em Portugal Continental em indivíduos entre 18-75 anos. Uma amostra de 2500 pessoas (1250 homens e 1250 mulheres) preencheu questionários sobre disfunção sexual. Os resultados mostraram que cerca de 1/3 das mulheres e 1/4 dos homens relataram algum tipo de disfunção sexual, sendo a disfunção mais comum alterações na excitação/lubrificação nas mulheres e disfunção erétil nos homens.
Este documento fornece instruções sobre a técnica de pompoarismo, ensinando exercícios para fortalecer os músculos pélvicos. Apresenta breve história da técnica, usada há milhares de anos na Índia, e lista benefícios como aumento de prazer sexual, perda de calorias e autoestima. Inclui dicas iniciais, explicação da área genital feminina, exercícios focados em cada parte dos músculos e conclusão enfatizando a prática constante.
Este documento fornece uma introdução sobre anatomia e fisiologia humana. Discute os principais sistemas que compõem o corpo humano, como o esquelético, muscular e nervoso. Também aborda a divisão do corpo em cabeça, pescoço, tronco e membros, e conceitos como variação anatômica e posição anatômica.
Este documento descreve um workshop sobre amor, sexualidade e afeto. O programa inclui discussões sobre sexo, diagnóstico da relação, conhecimento mútuo do casal, disfunções sexuais, conflitos conjugais e superação de impasses. O objetivo é fornecer informações e propor mudanças para uma vida mais feliz. Dois profissionais conduzirão o workshop abordando diversos tópicos como sexualidade feminina, masculina, efeitos da idade, doenças, medicamentos e tratamentos de disfunções.
O documento discute a história da sexualidade feminina ao longo dos séculos. A sexualidade era permissiva na pré-história, mas passou a ser reprimida durante a inquisição, quando o prazer passou a ser visto como pecado. Ao longo do tempo, movimentos feministas e o desenvolvimento de anticoncepcionais levaram a uma maior liberdade sexual para as mulheres. No entanto, a repressão histórica ainda causa disfunções sexuais em muitas mulheres devido aos tabus internalizados.
Aula Disfunções Sexuais - Alunos do quarto ano Faculdade Med USPConrado Alvarenga
O documento discute disfunções sexuais masculinas, incluindo parafilias, mudanças atuais na sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis. Também aborda definições, epidemiologia, fisiologia, classificação, etiologia, diagnóstico e tratamento de disfunções como disfunção erétil, ejaculação precoce e anorgasmia.
O documento discute a sexualidade feminina, incluindo disfunções sexuais e violência sexual. Aborda o ciclo sexual feminino, fatores que afetam a resposta sexual, disfunções como inapetência, anorgasmia e vaginismo, além de destacar a importância de não impor julgamentos sobre o que é normal na sexualidade de outra pessoa.
O documento discute como fatores psicológicos como crenças, atribuições causais, expectativas de desempenho, foco de atenção, pensamentos automáticos e exigências de desempenho podem influenciar o surgimento e manutenção de disfunções sexuais. Estes fatores afetam homens e mulheres de forma diferente e podem levar a respostas sexuais negativas se enfatizarem preocupações com o desempenho ao invés de estímulos prazerosos.
O documento descreve as principais estruturas e funções do sistema nervoso central e periférico. Ele discute a origem embrionária do sistema nervoso, as divisões do sistema nervoso central e periférico, os tipos de neurônios, e as funções da medula espinhal, tronco cerebral, cerebelo, tálamo, telencéfalo, hipotálamo e sistema límbico.
O documento descreve as transformações físicas e psicológicas da adolescência, incluindo o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos e masculinos, a puberdade, a menstruação e a ejaculação. Também discute as mudanças emocionais comuns nessa idade, como os sentimentos de insegurança e a atração romântica.
O documento discute exames diagnósticos em cardiologia, incluindo cateterismo cardíaco, ecocardiografia transtorácica e transesofágica, e ecocardiografia de esforço. O cateterismo cardíaco é um exame invasivo usado para diagnosticar doença arterial coronária e avaliar a permeabilidade das artérias. A ecocardiografia é um exame ultrassonográfico não invasivo usado para avaliar a função e estrutura cardíaca. A ecocardiografia transesofágica fornece imagens
O documento discute a constipação intestinal, incluindo suas definições, causas, diagnóstico e tratamento. Aborda os tipos de constipação, exames para diagnóstico e opções de tratamento como dieta, medicamentos e cirurgia em alguns casos.
Atenção ao Paciente com Sequela Neurológicaresenfe2013
O documento discute as sequelas neurológicas em pacientes após cirurgia cardíaca. Apresenta os principais fatores de risco e complicações neurológicas como AVC. Descreve a atuação multiprofissional na reabilitação destes pacientes, incluindo a Terapia Ocupacional para retomada das atividades diárias e autonomia.
O documento classifica e descreve as principais síndromes neurológicas motoras, incluindo: 1) Síndrome piramidal, caracterizada por fraqueza e sinais de hiperreflexia; 2) Síndrome motora periférica, com fraqueza segmentar e ausência de sinais piramidais; 3) Síndrome extrapiramidal, relacionada a distúrbios de movimento como rigidez e tremores. Causas comuns incluem acidente vascular cerebral e doenças degenerativas.
O documento apresenta um seminário sobre sexualidade realizado por alunos de Psicologia. Aborda tópicos como definição de sexualidade, prazer, sexo versus sexualidade, desenvolvimento da sexualidade, restrições e liberdade sexual. Discute questões como escolha do parceiro, sexualidade infantil, homossexualidade e gravidez precoce.
O documento discute o conceito e breve histórico sobre a sexualidade humana em 3 frases. Apresenta as visões de Freud sobre a sexualidade infantil e como ele foi pioneiro em descrever a sexualidade como algo inerente ao ser humano desde o nascimento. Também discute a evolução histórica do tratamento da sexualidade na escola e sociedade, desde a Idade Média até os dias atuais, quando há um reconhecimento da importância da orientação sexual na educação.
Este documento descreve as atitudes em relação à sexualidade em diferentes períodos históricos, desde sociedades primitivas até a Idade Média e Renascimento. Ele também discute práticas sexuais, papéis de gênero e higiene nesses períodos.
O documento descreve o caso de um menino de 4 anos e 5 meses internado com diarréia e vômitos há 1 dia. Apresentava febre de 38,5°C e sinais leves de desidratação. Recebeu soro oral e teve rápida melhora, recebendo alta no segundo dia.
O documento discute a história da terapia sexual, desde os estudos pioneiros de Masters e Johnson na década de 1960 até os desenvolvimentos recentes. Apresenta os principais problemas sexuais tratados em terapia sexual e as abordagens terapêuticas utilizadas.
1) A ejaculação precoce é uma disfunção sexual masculina caracterizada por ejaculação prematura, incapacidade de atrasar a ejaculação, e consequências sexuais negativas.
2) As causas são multifatoriais, podendo ser psicogénicas ou orgânicas. A origem é muitas vezes uma combinação de fatores.
3) O diagnóstico baseia-se numa história clínica detalhada, exame físico e avaliação subjetiva do doente sobre a latência ejaculatória e contro
O documento discute perturbações sexuais, sexualidade em oncologia e o impacto do cancro e tratamentos no funcionamento sexual. Aborda tipos de perturbações sexuais femininas e masculinas, ciclo de resposta sexual, efeitos da quimioterapia, radioterapia, cirurgia e hormonioterapia na função sexual, além do diagnóstico e avaliação de disfunções sexuais no contexto do cancro.
1) O mercado farmacêutico brasileiro oferece duas novas opções para tratamento da disfunção erétil além do Viagra.
2) Cerca de 30% da população brasileira relata ter pelo menos uma doença crônica, porém a renda familiar não afeta significativamente a prevalência dessas doenças entre idosos.
3) Antidepressivos podem afetar a libido e ereção, mas Ginkgo pode ser usado para tratar esses efeitos colaterais.
1. O documento descreve um estudo sobre distúrbios menstruais realizado por alunos de Farmácia da UNIC em Cuiabá em 2014. O estudo revisou conceitos sobre distúrbios menstruais, tratamento com plantas medicinais e descreveu algumas plantas usadas popularmente.
2. O objetivo foi descrever os mecanismos e sintomas dos distúrbios menstruais e identificar plantas medicinais usadas popularmente para o tratamento, avaliando seus benefícios e riscos à saúde.
3. O
1) O documento discute a abordagem da disfunção erétil, incluindo sua história, fatores de risco, avaliação e tratamentos.
2) O papel do médico de família na abordagem da DE é importante pois ela pode ser sinal de doenças subjacentes e afeta a qualidade de vida dos pacientes.
3) A avaliação da DE deve incluir histórico médico focado em possíveis causas orgânicas e medicações associadas, além de fatores de estilo de vida.
A relação do grau de força muscular do assoalho pélvico com a satisfação sexu...Physical Therapy
Este documento investiga a relação entre o grau de força muscular do assoalho pélvico e a satisfação sexual feminina. 19 mulheres sexualmente ativas foram avaliadas por meio de exame físico, biofeedback e questionário sobre satisfação sexual. Observou-se que mulheres com menor força muscular apresentaram maiores queixas sexuais como infrequência sexual, vaginismo e anorgasmia, enquanto mulheres com maior força muscular não apresentaram nenhuma queixa.
Este documento discute os efeitos da histerectomia na qualidade de vida de mulheres jovens. A histerectomia é uma cirurgia comum no Brasil e pode interferir na imagem corporal, sexualidade e vida social das mulheres. O documento explora os tipos de histerectomia, indicações, efeitos fisiológicos e psicossociais, e intervenções de enfermagem para apoiar a qualidade de vida pós-operatória.
Apresentação científica da Terapia de Reflexo e seus benefícios na saúde e qualidade de vida das pessoas tratadas. Mostra também a diferença entre a REFLEXOTERAPIA(REFLEXOLOGIA) e a Terapia de Reflexo aplicada clinicamente.
REPOSIÇÃO HORMONAL-SINDROME DE CLIMATÉRIO, PERI-MENOPAUSA, MENOPAUSA, TERAPIA...Van Der Häägen Brazil
Os resultados do estudo Women's Health Initiative geraram debate sobre os benefícios e riscos da terapia hormonal pós-menopausa. Os hormônios ovarianos atuam de forma complexa e tecido-específica no corpo. Mais pesquisas são necessárias para entender como a ação dos hormônios ocorre.
Sandro Pedrol tem formação em Processamento de Dados e Terapias Integrativas e Complementares em Saúde. Ele desenvolveu a Terapia de Reflexo, diferente da Reflexologia, aplicando toque terapêutico para estimular o sistema nervoso de forma a promover saúde física, mental e social. Pesquisas na Itália mostraram que a Terapia de Reflexo reduziu sintomas de pacientes oncológicos em tratamento, melhorando sua qualidade de vida.
Sexualidade feminina questões do cotidiano das mulheresLaryssa Wanderley
1) O documento discute a sexualidade feminina, incluindo suas dimensões biológicas, psicológicas, sociais e culturais.
2) A pesquisa entrevistou 18 mulheres sobre suas experiências e perspectivas sobre sexualidade e como lidam com questões relacionadas no cotidiano.
3) Os resultados mostraram que a relação sexual é um foco importante e emergiram questões, problemas e formas como as mulheres lidam com a sexualidade no dia a dia.
Este documento discute a história e princípios da reflexologia. (1) A reflexologia foi redescoberta por Dr. William Fitzgerald no início do século 20 e envolve a estimulação de áreas nos pés que se correlacionam com diferentes partes do corpo. (2) O corpo humano é dividido em 10 zonas que se estendem dos dedos dos pés até a cabeça e cada zona corresponde a diferentes órgãos e sistemas. (3) A estimulação das áreas reflexas nos pés pode ajudar a aliviar tensões e desbloquear
1) O documento discute a relação entre espiritualidade e saúde, citando estudos que encontram associação positiva entre envolvimento espiritual e melhor saúde mental e física.
2) A espiritualidade é definida como um sistema de crenças que dá significado à vida, e pode mobilizar energias de forma positiva para melhorar a qualidade de vida, mesmo na deficiência física.
3) Estudos demonstram que pessoas religiosas lidam melhor com estresse e têm estilos de vida mais saudáveis, requerendo menos assistência
Perimenopausa menopausa obesidade abdominal tpm hipotireoidismo e diagnósti...Van Der Häägen Brazil
A produção irregular de estrogênio e/ou progesterona pode causar hipoglicemia ou hiperglicemia temporária. Outro tipo de desequilíbrio hormonal envolve quedas íngremes nos níveis de estrogênio após a ovulação e na menstruação. O estrogênio tem dois picos e ainda mais quando os ciclos se tornam irregulares perto da menopausa, ou por causa de hipertireoidismo ou hipotireoidismo subclínico não tratados.
O documento discute as terapias alternativas como meios de promover a saúde e prevenir doenças através de técnicas naturais e tradicionais. Ele explica que as terapias alternativas como florais, massoterapia e aromaterapia podem estimular o organismo a se recuperar de desequilíbrios psicofísicos e auxiliar na melhoria da qualidade de vida.
O documento discute a menopausa e o climatério, explicando que o climatério é a transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da vida da mulher. A menopausa ocorre quando a produção de hormônios sexuais pelos ovários diminui, levando ao fim da menstruação. Os sintomas mais comuns do climatério incluem mudanças de humor, sudorese e diminuição do desejo sexual. Uma alimentação saudável e atividade física regular são essenciais para promover a sa
Conheça o Dicas de Saúde site oficial? tudo certinho quem vos fala o Almiro, autor do portal Nunes Tech, debateremos sobre pesquisa de saude de pessoas adultas.
Este documento discute a infertilidade e o papel da equipe multidisciplinar no tratamento dela. A infertilidade pode ser primária ou secundária e afeta cerca de 10-20% dos casais em idade fértil no Brasil. A equipe multidisciplinar, incluindo médicos, psicólogos e assistentes sociais, fornece apoio holístico aos casais durante a investigação e tratamento da infertilidade.
Semelhante a Abordagem fisioterapêutica nas disfunções sexuais femininas (20)
Atuação do Psicólogo da Saúde em Reprodução Humana Assistida
Abordagem fisioterapêutica nas disfunções sexuais femininas
1. Rev Neurocienc 2010;18(2):267-274 267
revisão
Abordagem fisioterapêutica nas disfunções sexuais
femininas
Physical therapeutic approach of female sexual dysfunctions
Reny de Souza Antonioli1
, Danyelle Simões2
Revisão
Recebido em: 27/01/09
Aceito em: 24/08/09
Conflito de interesses: não
Endereço para correspondência:
Reny S Antonioli
R São Cosme e Damião, 70/01
CEP 25963-270, Teresópolis-RJ, Brasil.
E-mail: renyantonioli@hotmail.comTrabalho realizado no Centro Universitário Serra dos Órgãos -
UNIFESO, Teresópolis-RJ, Brasil.
1.Fisioterapeuta, Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO,
Teresópolis-RJ, Brasil.
2.Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia da Mulher e Fisioterapia
Dermato-Funcional, Professora Adjunta do Centro Universitário Serra dos
Órgãos - UNIFESO, Teresópolis-RJ, Brasil.
RESUMO
As disfunções sexuais constituem um problema que afeta a qualida-
de de vida de muitas mulheres. Dentre elas destacamos a dor pélvica
crônica, a anorgasmia secundária, o vaginismo e a dispareunia como
as principais manifestações anormais mais comumente encontradas.
É importante ressaltar que a incidência das disfunções é difícil de ser
determinada visto que muitas mulheres não procuram atendimento.
Em contrapartida, as que se mobilizam e vão a uma consulta, têm
encontrado poucas opções de tratamento, não incentivando as que
não buscam. Com isso, a fisioterapia começa a despontar como uma
nova alternativa para amenizar o problema. Assim, o objetivo desse
artigo é descrever as principais alternativas fisioterapêuticas que visam
minimizar as disfunções sexuais mais encontradas nas mulheres. Para
tal, foi realizada uma revisão da literatura incluindo livros, periódicos,
impressos e eletrônicos de 1993 a 2008 para embasamento do artigo.
Observou-se que a fisioterapia constitui uma opção viável e que, junta-
mente com as outras opções terapêuticas pode auxiliar no restabeleci-
mento de uma vida sexual saudável das mulheres afetadas.
Unitermos. Vida Sexual, Mulheres, Reabilitação.
Citação. Antonioli RS, Simões D. Abordagem fisioterapêutica nas
disfunções sexuais femininas.
ABSTRACT
The sexual dysfunctions are a problem that affects the life’s quality
of the women. We detach the chronic pelvic pain, the secondary
anorgasmy, the vaginism and the dyspareunia as the main manifes-
tations most found. It’s important to know that the incidence of
the dysfunctions is difficult to be determinate because the women
don’t look for attendance. But, the women that go to a consult
have found not much options of therapy, what don’t stimulate the
others. With it, the physical therapy starts to blunt as a new alter-
native to brighten up the problem. This way, the aim of this article
is to describe the main options of physical therapy treatment that
can decrease the most found sexual dysfunctions in women. It was
made a review including books, periodicals, printed matters and
electronics from 1993 up to 2008 as basement for the article. It
was observed that physical therapy is appearing as a viable practice
that, together with other therapeutic options, allows conditions for
reestablish a healthy sexual life of affected women.
Keywords. Sexual Life, Women, Rehabilitation.
Citation. Antonioli RS, Simões D. Physical therapeutic approach
of female sexual dysfunctions.
2. 268 Rev Neurocienc 2010;18(2):267-274
revisão
INTRODUÇÃO
As disfunções sexuais interferem tanto na quali-
dade de vida das mulheres quanto no relacionamento
com os seus parceiros. É capaz de influenciar a saúde
física e mental e pode ser afetada por fatores orgânicos,
emocionais e sociais. O transtorno de qualquer uma
das fases da resposta sexual (desejo, excitação, orgasmo
e resolução) pode acarretar o surgimento de disfunções
sexuais1,2
. Em 2004, uma revisão sistemática3
sobre dis-
funções sexuais femininas constatou uma prevalência
de 64% de mulheres com disfunção do desejo, 35%
com disfunção orgásmica, 31% de excitação e 26%
de dispareunia. No Brasil, uma avaliação4
realizada
neste mesmo ano com 1219 mulheres, observaram
que 49% tinham pelo menos uma disfunção sexual,
sendo 26,7% disfunção do desejo, 23% dispareunia e
21% disfunção do orgasmo. A falta de conhecimento
e desinformação sobre a fisiologia da resposta sexual,
medicamentos, condições uroginecológicas patológi-
cas, problemas de ordem pessoal e, conflitos conjugais
podem desencadear sérios problemas emocionais nas
mulheres e consequentemente resultar em algum tipo
de disfunção sexual1
.
Apesar dos elevados números de ocorrência de
disfunção sexual em mulheres como essas na literatura
vigente, grande parcela destas mulheres não busca aju-
da médica, por vergonha, por frustração ou por falhas
de tentativas de tratamentos realizados por profissio-
nais não capacitados5
. Uma minoria das mulheres tem
a iniciativa de falar sobre suas dificuldades sexuais e
apenas uma pequena parcela dos ginecologistas ques-
tiona sobre a função sexual de suas pacientes. É pos-
sível que dificuldades pessoais do médico em relação à
própria sexualidade restrinjam o seu acesso à sexuali-
dade das pacientes6
. A disfunção sexual feminina tam-
bém está relacionada com a idade, progressiva e alta-
mente prevalente, afetando de 30 a 50% das mulheres
americanas. O censo populacional americano mostrou
que 9,7% milhões de americanas apresentam descon-
forto no intercurso e dificuldade de atingir o orgasmo.
A disfunção sexual feminina é um problema de saú-
de pública que afeta significativamente a qualidade de
vida das mulheres7
.
Com toda a certeza, este trabalho é interessante
aos olhos femininos que vendo os resultados alcança-
dos em diversas terapias, tem disseminado os benefí-
cios e quebrado estigmas, fazendo com que as mulheres
dêem crédito a novas alternativas2
. Assim, a fisioterapia
pode ser um caminho para o tratamento das disfun-
ções sexuais8
. Devido à grande quantidade de mulheres
que apresentam esse problema, entende-se também a
necessidade de outras áreas, como a medicina, enfer-
magem e a psicologia, abrangerem o tema. Nessa área a
fisioterapia é uma inovação que pode trazer benefícios
principalmente para as mulheres. A abordagem fisiote-
rapêutica nesse caso pode inserir técnicas simples e de
baixo custo como a cinesioterapia, através de exercícios
perineais, na tentativa de otimizar a vida sexual dessas
mulheres que enfrentam dificuldades para alcançar o
orgasmo7
. O intuito maior é, no entanto, proporcio-
nar uma vida sexual saudável às mulheres que é meta
de qualquer profissional da saúde engajado nessa área2
.
MÉTODOS
Neste estudo de revisão da literatura, foi reali-
zada uma busca nas Bases de Dados: Bireme, Scielo e
Pubmed com os seguintes unitermos: disfunção sexual,
mulheres, reabilitação, em português e inglês. Os arti-
gos, livros e periódicos relacionados compreendem o
período de 1993 a 2008.
RESULTADOS
Revisão de Literatura
Fisiologia X Fisiopatologia
A resposta sexual normal na mulher é mediada
por uma interação complexa de fatores psicológicos,
ambientais e fisiológicos (hormonais, vasculares, mus-
culares e neurológicos). A fase inicial da resposta sexu-
al é a do desejo, seguida por quatro fases sucessivas e
compreende a excitação, platô, orgasmo e resolução9,10
.
Quando a mulher se encontra diante de uma situação/
estímulo sexual, o desejo sexual pode ser desencade-
ado: apetite, libido, apetência. Esse processo pode se
estender e ser gratificante, traduzindo-se em excitação
sexual. A continuação desse fenômeno pode então cul-
minar em resposta orgástica11,12
.
A resposta sexual normal na mulher é mediada
por uma interação complexa de fatores psicológicos,
ambientais e fisiológicos (hormonais, vasculares, mus-
culares e neurológicos)9,10
. A resposta sexual preconiza
que o estímulo sexual interno (provocado por pensa-
mentos e fantasias), bem como o externo (desencade-
ado por tato, olfato, audição, gustação e visão), pro-
move a excitação, identificada pela vasocongestão da
vagina e da vulva. A continuidade do estímulo aumen-
ta o nível de tensão sexual, conduzindo a pessoa à fase
de platô, à qual se seguiria, caso o estímulo perdurasse,
o orgasmo. Na sequência, ocorre um período refratário
(resolução), quando o organismo retorna às condições
físicas e emocionais usuais, posto que, durante as fa-
ses anteriores, a respiração, os batimentos cardíacos, a
3. Rev Neurocienc 2010;18(2):267-274 269
revisão
pressão arterial, a circulação periférica, a sudorese, a
piloereção, entre outras manifestações do organismo,
tenderiam a se pronunciar13
.
Em um primeiro momento, o desejo sexual, que
configura o início da resposta, compreende um impul-
so produzido pela atividade de centros específicos do
cérebro que se conectam com outros centros corti-
cais9,11,12
. Em seguida, a fase de excitação é caracteriza-
da por sentimentos eróticos e pelo surgimento de lu-
brificação vaginal10,14
. A primeira mudança que ocorre
é o aumento no fluxo sanguíneo genital e a contração
dos músculos perineais. A lubrificação vaginal inicia-se
poucos segundos e com o aumento da lubrificação, a
penetração do pênis se torna mais suave e fácil. O flu-
xo extra de sangue causa também um ingurgitamento
na vagina, levando ao estreitamento da mesma produ-
zindo o efeito de aprisionamento do pênis durante a
penetração10-12,14
.
A resposta ao estímulo sexual não é um processo
que envolve todo o corpo: as mulheres sexualmente ex-
citadas apresentam taquicardia, aumento da frequência
respiratória, elevação da pressão sanguínea, aumento
de calor generalizado, ingurgitamento mamário, ten-
são muscular generalizada (miotonia), ereção papilar e
petéquias na pele10,14
. Os músculos, por todo o corpo,
tornam-se tensos ou contraídos, a frequência cardíaca e
a respiratória tornam-se mais rápidas, e os mamilos fre-
quentemente tornam-se eretos10,15
. A fase de platô é um
período relativamente curto e intenso, a tensão sexual e
os sentimentos eróticos se intensificam e a vasoconges-
tão alcança a intensidade máxima9,10,15
. Após essa fase,
ocorre o orgasmo, que é uma resposta miotônica me-
diada pelo sistema nervoso simpático. Os músculos pe-
rivaginais e perineais que circundam o terço externo da
vagina ingurgitado contraem-se reflexa e ritmicamente
compondo assim a plataforma orgásmica10
.
O orgasmo é a sensação sexual mais intensa-
mente prazerosa: é uma reação que envolve contra-
ções espasmódicas de grupos musculares do abdome,
pescoço, face, nádegas, simultâneos, com ligeira perda
da consciência. O aumento da pressão arterial, da res-
piração e dos batimentos cardíacos atinge o máximo
durante o orgasmo10
. Após o orgasmo, as alterações
fisiológicas revertem-se e o corpo retorna ao estado de
não excitação. Após aproximadamente meia hora ou
mais, o inchaço pélvico diminui e o clitóris, a vagina
e o útero retornam à condição normal15
. Após a libe-
ração súbita da tensão sexual que ocorre por causa do
orgasmo, as mulheres experimentam uma sensação de
relaxamento e bem-estar. É o período de resolução, no
qual os tecidos reativos e todo o corpo voltam ao seu
estado normal de repouso9,10,14
. Ao contrário dos ho-
mens, as mulheres podem experimentar vários orgas-
mos, pois nelas não existe o período refratário11
.
Como descrito, a resposta sexual é determinada
pela interação dos fatores físicos, psicossociais e fami-
liares e se compõem de quatro fases. A interrupção em
uma das fases que determina o ciclo da resposta sexual
é denominada disfunção sexual1,15
.
Etiologia das DSF
Qualquer condição médica que cause dor ou
desconforto pode resultar indiretamente na redução
do desejo sexual enquanto a idade, o desequilíbrio
endocrinológico e alguns fármacos desempenham um
papel mais ativo16
. Além disso, o abuso de álcool in-
terfere com maior frequência na fase de desejo11
. As
causas orgânicas de desejo sexual hipoativo são raras,
pois em geral estão ligadas a diminuição da testostero-
na, aumento da prolactina, baixo nível de hormônios
tireoideanos, uso de certos medicamentos. Diferentes
medicações podem proporcionar reações negativas na
resposta sexual. Mulheres usuárias de agentes anti-
hipertensivos, inibidores seletivos da recaptação de
serotonina e drogas quimioterápicas, frequentemente
relatam diminuição do desejo sexual, da excitação e di-
ficuldade em atingir o orgasmo1,7,16
.
Os processos fisiológicos envolvidos no fenô-
meno de excitação sexual podem ser perturbados por
alterações vasculares, que originam fluxo sanguíneo da
vagina e do clitóris e consequentemente, diminuição
da lubrificação vaginal, e neurológico, por exemplo,
déficits secundários à diabetes ou esclerose múltipla.
Embora uma variedade de desordens médicas e psico-
gênicas resulte em decréscimo do ingurgitamento cli-
toriano, a insuficiência vascular é uma importante cau-
sa de disfunção sexual e deve ser considerada durante a
avaliação e no diagnóstico diferencial de mulheres com
disfunção sexual7
. Das alterações endocrinológicas,
as hipoestrogenias podem aumentar a secura vaginal,
diminuir o desejo e ocasionar a disfunção da excita-
ção7,16
. Qualquer alteração no tônus dos músculos que
formam o assoalho pélvico pode determinar o surgi-
mento de vaginismo ou anorgasmia coital. As queixas
sexuais mais comuns associadas à deficiência de estro-
gênio ou testosterona são o ressecamento vaginal1
.
A tendência atual é considerar toda disfunção
sexual como tendo comprometimentos mistos: anatô-
micos, patológicos e iatrogênicos1,16
. Situações congê-
nitas como malformações genitais que tornam o coito
doloroso; estados de doença aguda ou crônica como
infecções do trato urinário constituem os fatores de or-
4. 270 Rev Neurocienc 2010;18(2):267-274
revisão
dem patológica; por fim, os resultados de procedimen-
tos médicos como a episiotomia podem também gerar
dor na relação sexual. No caso do vaginismo, têm sido
referidos um vasto número de causas e processos bioló-
gicos, como por exemplo, vaginites, congestão pélvica,
episiotomia e histerectomia vaginal16
.
As contribuições psicológicas e do contexto
sócio-cultural na expressão saudável da sexualidade e
consequente disfunção parecem ser elevadas. A etio-
logia psicológica decorre muitas vezes apenas da ina-
dequação das carícias e jogos sexuais preliminares e
do uso de estímulos eróticos prévios11
. A presença de
estados emocionais negativos como a raiva, depres-
são, estresse, ansiedade ou medo, baixa auto-estima,
má imagem corporal e ansiedade de desempenho; ex-
periências prévias traumáticas, com dor ou de abuso
sexual; fatores educacionais e culturais como contribu-
tos na formação de crenças errôneas e desinformação
acerca da sexualidade e ortodoxia religiosa; aspectos do
relacionamento conjugal como o papel do parceiro e
conflitos entre o casal. Os fatores relacionais (hostilida-
de, indiferença, dificuldades de assertividade, mono-
tonia, infidelidade e competição, entre outros) devem
ser considerados tanto no diagnóstico como no trata-
mento das DSF. Relativamente à disfunção orgásmica
salienta-se a associação de determinados fatores sócio-
demográficos tais como a idade (jovens), estado civil
(solteiras) e nível educacional (baixo)11,16
.
Principais DSF
Em um dos estudos1 encontrados na literatura
sobre disfunção sexual feminina, foram analisadas as
respostas de 300 questionários sobre o comportamento
sexual, o conhecimento e a atitude em relação à sexu-
alidade de mulheres iranianas, observaram que 38%
das mulheres entre 16 e 53 anos relataram pelo menos
uma disfunção sexual. Verificaram que a disfunção do
orgasmo ocorreu em 26% das mulheres, a do desejo
em 15% e a da excitação em mais 15%. Cerca de 8%
apresentaram vaginismo e 10% dispareunia, havendo
pelo menos uma disfunção sexual em mais de 1/3 da
população estudada e na ocorrência da disfunção do
orgasmo como a mais frequente.
Dor pélvica Crônica (DPC)
Uma delas é a dor pélvica crônica, que pode ser
contínua ou intermitente, cíclica ou não, que persis-
te por pelo menos dois meses, podendo causar danos
físicos, psíquicos e sociais, geralmente restringindo o
convívio diário do paciente17-20
. A definição de DPC é
objeto de muitas controvérsias: alguns a definem como
dor abdominal baixa que perdura por mais de seis me-
ses de evolução, comprometendo a qualidade de vida
da mulher, excluindo a dispareunia profunda e disme-
norréia como variações de DPC. Outros, entretanto a
definem de forma mais global, como uma dor constan-
te com mais de três meses de evolução, um tipo de dor
intermitente que se apresenta por mais de seis meses,
incluindo a dispareunia profunda e a dismenorréia21
.
O estudo da dor pélvica crônica é um assunto
completo e de extrema importância devido não só a
sua alta frequência, como também ao seu caráter sub-
jetivo. Apenas 25% dos casos têm como origem a geni-
tália interna, sendo que os fisioterapeutas estão muito
propensos a se envolver com tratamento de dor pélvica
oriundas de causas músculo-esqueléticas, dispareunia
ou relaxamento pélvico17-19
. As causas psicológicas tem
tomado uma importância maior que deveria pelo apoio
na condição psicológica como causa da DPC. Porém,
é evidente que as pacientes com DPC apresentem ín-
dices maiores de hipocondria, depressão e histeria que
outras em diferente situação. Entretanto, estas diferen-
ças não são significativas ao se comparar mulheres com
DPC de causa orgânica com aquelas que apresentam
causas não-orgânicas. Portanto a conduta mais apro-
priada em primeira instância é estar certo da possível
causa para assim aplicar o tratamento que parecer mais
apropriado21
.
Anorgasmia Secundária
A anorgasmia secundária atinge um número
extremamente grande de mulheres, no entanto é di-
fícil saber ao certo o número exato das mulheres que
são vítimas dessa disfunção, pois destas, ao tratar de
anorgasmia, a primeira atitude defensiva é negá-la21
.
As mulheres podem desenvolvê-la em função de diver-
sos problemas: de relacionamento, depressão, abuso
de drogas, medicamentos de prescrição, doenças crô-
nicas, deficiência estrogênica ou distúrbios neurológi-
cos (esclerose múltipla, neuropatia alcoólica, mielites,
neuropatia diabética do clitóris), lesões cirúrgicas e
traumatismos (linfadenectomia retroperineal, paraple-
gia, transtornos endócrinos e metabólicos (deficiência
tireoideana, enfermidades das supra-renais, transtor-
nos hipofisários). Antidepressivos, bloqueadores dos
receptores alfa-adrenérgicos e altas doses de sedativos,
estejam envolvidos na gênese da anorgasmia. O mes-
mo ocorre com o uso de narcóticos e de álcool17-20
.
As causas psicológicas são as mais frequentes,
entre elas, as causas sócio-culturais, tabus e mensagens
familiares, experiências sexuais desagradáveis no início
da sexualidade e técnicas sexuais ineficientes. A causa
5. Rev Neurocienc 2010;18(2):267-274 271
revisão
psicológica mais comum de anorgasmia é a auto-ob-
servação e a monitoração obsessivas durante a fase de
excitação frequentemente acompanhada de ansiedade
e pensamentos negativos e de auto-depreciação que
causam distração18-20
. Uma mulher com disfunção or-
gásmica pode ficar tão ocupada monitorando a respos-
ta sexual dela própria e do seu parceiro e preocupada
em não falhar que ela própria não consegue relaxar o
suficiente para permitir que os seus reflexos naturais
cresçam e desencadeiem um orgasmo17,18,20
.
Vaginismo
O vaginismo que é uma síndrome psicossomá-
tica bem caracterizada, em que ocorre uma contratura
involuntária dos músculos perineais a qual impede, to-
tal ou parcialmente, a penetração na vagina, impossibi-
litando o coito. É um reflexo involuntário precipitado
por tentativas reais ou imaginárias de penetração va-
ginal Esta condição resulta da associação da atividade
sexual com dor e medo7,17
. Pode ser causado por abu-
so físico ou sexual, procedimentos médicos realizados
durante a infância, dor no primeiro intercurso sexual
e medo da gravidez. Outros fatores incluem religião
ortodoxa, medo da intimidade e/ou agressão e pensa-
mento fixo de que a vagina é muito pequena7
. O va-
ginismo pode ser primário, quando a mulher nunca
conseguiu ter um coito, ou secundário, o qual em geral
deve-se ao surgimento de dispareunia17-20
. As mulheres
com vaginismo normalmente apresentam desejo, exci-
tação e orgasmo com outros tipos de relação onde não
haja penetração, apresentam lubrificação vaginal e são
orgásmica, mas são incapazes de ter o coito18,19
.
O vaginismo pode ser uma resposta condicio-
nada a uma experiência ruim, tal como abuso sexual
no passado, um primeiro exame pélvico doloroso ou
uma primeira tentativa de penetração dolorosa. Pode
ser secundário à ortodoxia religiosa ou a problemas de
orientação sexual17,18
. Muitas mulheres com vaginismo
têm um medo enorme da penetração e conceitos erra-
dos sobre a sua anatomia e acerca do tamanho da sua
vagina, acham que sua vagina é muito pequena para
acomodar um tampão ou pênis e que, se for coloca-
da qualquer coisa dentro da vagina, isso causará uma
grande lesão física. A mulher tem sentimentos de in-
ferioridade, frustração, depressão, tristeza e angústia.
A anamnese pode sugerir o diagnóstico, mas é confir-
mado apenas através do exame pélvico e ao observar a
reação da paciente que tenta escapar da aproximação
do examinador17-20
.
Dispareunia
A dispareunia é a dor genital que ocorre antes,
durante ou após o coito, na ausência de vaginismo. A
repetição da dor durante o coito pode causar angús-
tia marcante, ansiedade e dificuldades interpessoais,
levando a paciente à antecipação de uma experiência
sexual negativa e, por fim, a evitar o sexo18,19
. Este ter-
mo é utilizado para descrever a dor durante a penetra-
ção, mas pode ocorrer durante a estimulação sexual.
Dor superficial pode ocorrer devido a vulvovaginite,
herpes genital, uretrite, atrofia vulvovaginal, irritan-
tes (espermaticidas e látex), episiotomias, radioterapia
local e traumas sexuais. Dispareunia profunda resulta
de trauma pélvico durante o intercurso sexual, doença
inflamatória pélvica, fibromialgia, cirurgia abdominal,
pélvica ou ginecológica, aderência pós-operatória, en-
dometriose, tumores pélvicos e genitais; sintomas do
trato urinário, incluindo bexiga hiperativa e/ou incon-
tinência e infecções do trato urinário, cistite intersticial
e cisto de ovário7
.
Pode ser dividida em superficial (dor no intróito
vaginal), profunda (dor com penetração profunda) e
intermediária (dor no conduto médio da vagina)17, 18
.
É a disfunção sexual na qual mais frequentemente en-
contram-se causas orgânicas, em torno de 60% e pode
ser generalizada ou situacional, primária ou secundá-
ria. A dispareunia secundária ocorre, em média, após
10 anos do início da atividade sexual e a dispareunia
crônica poderá levar ao vaginismo como um mecanis-
mo de defesa do próprio corpo19,20
. Para o seu diagnós-
tico são necessários anamnese bem feita e exame físico
minucioso11
.
Avaliação Fisioterapêutica
O terapeuta deve estar bem com a sua sexuali-
dade, atender aos aspectos éticos e considerar a relação
entre os distúrbios orgânicos e os psíquicos, a terapia
deve ser do casal e com abordagem multidisciplinar
(ginecologista, urologista e psicoterapeuta); a equipe
deve funcionar como catalisadora para comunicação e
descrição da base psicossocial das disfunções; deve-se
reconhecer o temor da paciente em relação ao seu de-
sempenho social e a seus preconceitos, tabus e princí-
pios morais; estimular uma atitude de auto-observação
(auto-exame, exploração dos genitais, exercícios espe-
cíficos); relaxamento; apoio; tratamento da causa orgâ-
nica (medicamentoso, hormonal, uso de lubrificantes,
cirúrgico e outros)22
. Devem-se considerar, ainda, a
idade da mulher e a sua experiência sexual. Mulheres
jovens e/ou principiantes costumam apresentar dificul-
dade para relaxamento/lubrificação, o que é bastante
6. 272 Rev Neurocienc 2010;18(2):267-274
revisão
compreensível e não significa disfunção, enquanto não
houver experiência sexual suficiente13
.
A coexistência de disfunção sexual e transtorno
de personalidade resultam em dois diagnósticos distin-
tos, da mesma forma que a coexistência da disfunção
sexual com alguma outra condição médica geral. Dada
a multiplicidade de fatores envolvidos, recomenda-se
avaliação psicossocial, de preferência por equipe mul-
tidisciplinar, principalmente naqueles casos em que a
disfunção ocorre desde o início da vida sexual ou so-
fre influência de condições psicológicas e relacionais,
tais como: condições de vida estressantes, mudanças
na parceria, conflitos no vínculo conjugal e disfunção
sexual do parceiro13
.
Anamnese
A queixa da paciente, aliada à presença de al-
guns elementos de anamnese, é fundamental. Deve-se
considerar que um mínimo de seis meses de sintoma-
tologia é critério indispensável para a caracterização da
disfunção13
. No exame subjetivo, a anamnese deve ser
bem detalhada. Porém, as mulheres normalmente se
sentem inconfortáveis para relatar o problema. Pergun-
tar se a mulher está passando por dificuldades no in-
tercurso sexual é uma ferramenta útil para determinar
qual é o problema23
. Além disso, devem-se investigar
as condições do(a) parceiro(a), para se afastar possíveis
equívocos de interpretação ante o quadro referido pela
paciente. Assim, um homem com ejaculação precoce
pode conduzir sua parceira a se considerar anorgásmi-
ca, quando, de fato, a precocidade dele a impede de
concluir o ciclo de resposta sexual com êxito. Estimula-
ção inadequada em foco, intensidade ou duração exclui
o diagnóstico de disfunção de excitação ou orgasmo13
.
Vale ressaltar que também é importante a co-
leta de dados sobre alguns aspectos da história gine-
cológica: história menstrual, incluindo sangramentos
irregulares que podem interferir no sexo; episódios de
infecção pélvica, endometriose, cistos, fibroses e ou-
tros. Segue algumas questões que podem ser aplicadas:
Quanto tempo tem o problema? Como é a dor? Com
que frequência faz sexo? A dor ocorre superficialmen-
te ou durante a penetração? Há alguma posição que
melhora ou piora a dor no intercurso? A dor durante
a relação sexual está interferindo na relação com o seu
parceiro? Você sente o mesmo desconforto ao se mas-
turbar?23
Inspecionar detalhadamente a vulva, atentando
para a anatomia normal, presença de sinais de candi-
díase, cistos, traumas, episiotomias, hímem, prolapso
e tamanho do intróito. Uma inspeção cuidadosa da
região perianal pode ser realizada pelo mesmo tempo.
Deve-se utilizar também o dedo para palpar as pare-
des vaginais (se tolerável). É importante salientar que
o exame pélvico propriamente deve ser cauteloso, pois
pode ser traumático e agravar a dor. Deve-se realizar a
inspeção da genitália feminina, onde se pode observar,
afastando os grandes lábios, uma melhor visualização
do intróito vaginal. Se possível também avaliar o grau
de força perineal através do toque bidigital23
. Mulheres
com pressão vaginal inferior a 30 mmhg apresentam
disfunção sexual24
. Nos casos de disfunção sexual fe-
minina é de suma importância avaliar o grau de pres-
são vaginal para que um tratamento adequado e um
equilíbrio sexual da mulher ocorram. Portanto, vê-se
a necessidade de uma medição do grau de pressão da
musculatura perineal para assim podermos fazer uso
do tratamento fisioterapêutico e avaliar os efeitos do
fortalecimento perineal sobre a vida sexual feminina.
Tratamento fisioterapêutico proposto
Os métodos fisioterapêuticos utilizados ba-
seiam-se na contração voluntária dos músculos peri-
neais para reeducar o assoalho pélvico e aumentar seu
tônus muscular. A aplicação dos protocolos de trata-
mento difere consideravelmente, mas a magnitude das
resistências aplicadas, as durações do tempo de con-
tração e de repouso dependem, também, de uma po-
sição correta da bacia e de uma respiração normal. Em
relação à respiração, há variações inter-individuais im-
portantes, pois algumas mulheres contraem melhor o
assoalho pélvico na expiração e outras na inspiração25
.
Cone vaginal
Outra modalidade de exercício foi instituída
através da utilização de pequenas cápsulas de formato
anatômico, constituindo um conjunto de cinco cones
de diferentes pesos progressivos, variando de 20g à 70g
aproximadamente26,27
. Os cones vaginais buscam efe-
tividade por propiciar um ganho de força e resistência
muscular por meio do estímulo para recrutamento das
musculaturas pubiococcígea e auxiliar periférica, que
devem reter os cones cada vez mais pesados além de
proporcionar à mulher uma conscientização da contra-
ção do assoalho pélvico, que segundo alguns autores, é
melhor quando utilizada técnica de contato intracavi-
tário, oferecendo mais resultados que a orientação ver-
bal25
. Assim, a ação reflexa automática da musculatura
do pavimento pélvico proporciona uma fisioterapia
interna que rapidamente restabelece o tônus muscular
interessado e promove maior conscientização perine-
al28
.
7. Rev Neurocienc 2010;18(2):267-274 273
revisão
muscular, porém, a corrente elétrica deve ser ajustada
a um nível em que esta possa ser sentida, mas não ser
desagradável para a paciente, suficiente para que seja
percebida a contração da musculatura pélvica durante
a estimulação26,29
.
Não há relatos de morbidade significante des-
sa forma de terapia. Efeitos colaterais que são comuns
com tratamento medicamentoso não acompanham
este tratamento, porém alguns pacientes relatam algum
desconforto ou irritação local. Pacientes com marca-
passo (ou outros implantes elétricos) devem considerar
métodos alternativos de tratamento, baseados teorica-
mente nos riscos elétricos. No entanto, não há nenhu-
ma análise econômica dessa terapia30
.
Trabalho manual (toque bidigital)
O fisioterapeuta introduz dois dedos (o médio
e o indicador) na vagina da paciente, até o local onde
deve contrair. Ao localizar a musculatura que será re-
crutada, o terapeuta afasta os dedos para assim poder
graduar a força de contração26
. Este pode ser graduado
de 0 a 3 (0 – sem contração, 1 - pouca contração, 2 –
tem contração mas não vence a resistência feita pela
mão, 3- contração que vence a resistência da mão)19
.O
objetivo dessa técnica é também promover a concien-
tização da musculatura perineal através da contração
e do relaxamento mediante o comando verbal. Dessa
forma, a mulher terá um conhecimento corporal mais
aprimorado e aprenderá a relaxar a musculatura duran-
te a relação sexual26
.
Orientações Domiciliares
Torna-se imperativa no tratamento conservador
a todas as mulheres, e como parte integrante do trata-
mento as pacientes devem utilizar também um pro-
grama domiciliar de exercícios como rotina diária de
manutenção. Os exercícios só poderão ser feitos após
a conscientização dos músculos perineais. Estes exer-
cícios deverão obedecer a critérios como o número de
repetições e a associação com a respiração se necessário.
É importante que se tenha um conhecimento exato da
musculatura que se deve trabalhar, pois a ação sinergis-
ta poderá ser adicionada a ação da musculatura perine-
al interferindo na terapêutica focada nos músculos que
circundam o intróito vaginal31
.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estas técnicas fisioterapêuticas podem ter di-
versas finalidades e são comumente aplicadas no trata-
mento da incontinência urinária feminina e masculina
e no pós-operatório de prostatectomia. No entanto,
Exercícios de Kegel
Elaborado por Dr. Arnold Kegel nas décadas de
40 e 50, são utilizados para ganhar controle sobre os
músculos que circundam o intróito, pois consistem em
exercícios voluntários de contração e relaxamento desse
aparato anatômico (pavimento pélvico e estriado ure-
tral)9
. Os bons resultados da técnica reside na completa
compreensão por parte da paciente em como realizar
os exercícios26,28
. A execução dos exercícios perineais
supervisionados pode ser feita em associação à respira-
ção abdominal-diafragmática e os exercícios realizados
pela paciente seguem instruções verbais do terapeuta25
.
Cada contração pode ser sustentada por 5 segundos,
em séries de 8 repetições com a paciente em diferen-
tes posições para a realização dos exercícios como por
exemplo em cúbito dorsal com joelhos flexionados e
pés apoiados. Podem ser feitas, também, contrações
perineais breves por 1 a 2 segundos. Esta técnica auxi-
lia tanto no fortalecimento quanto na conscientização
perineal, para melhor controle sobre a musculatura no
ato sexual além de uma medida profilática para a saúde
com o passar dos anos e acontecimentos que podem
interferir no períneo.
Biofeedback
O biofeedback é um método de reeducação que
tem um efeito modulatório sobre o Sistema Nervo-
so Central SNC através da utilização de uma retro-
informação externa como meio de aprendizado. Esse
método consiste na aplicação de eletrodos acoplados
na musculatura do assoalho pélvico e musculatura si-
nergista (glúteo máximo, adutores e abdominais), que
através de comandos verbais dados pelo fisioterapeuta,
orientará os músculos do assoalho pélvico excluindo a
sinergista. O objetivo do tratamento por biofeedback
é de ajudar as pacientes a desenvolver maior percepção
e controle voluntário dos músculos do assoalho pélvi-
co. Sua contribuição consiste também em garantir a
aquisição rápida, precisa, segura da participação da pa-
ciente em sua reeducação25
. O treinamento do controle
voluntário eficiente da função do assoalho pélvico é ca-
paz de reestabilizar os circuitos neuronais e aperfeiçoar
a função dos alvos periféricos28
.
Eletroestimulação
A eletroestimulação consiste na colocação intra-
vaginal de um dispositivo de aproximadamente 7 cm
de comprimento e 2,5cm de diâmetro com frequência
de 10 e 50hz, o qual promove potentes estímulos elé-
tricos na região pudenda. Este técnica é muito eficaz
para a conscientização do assoalho pélvico e reforço
8. 274 Rev Neurocienc 2010;18(2):267-274
revisão
na, UNISUL, 2005, 19p.
9.Berek JS, Adash EY, Hillard PA. Tratado de ginecologia. 12ª. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan; 1998, p.205-16.
10.Halbe HW. Tratado de ginecologia. 3ª. ed. São Paulo: Roca, 2000,
p.1923-52.
11.Viana LC, Martins M, Gerber S. Ginecologia. 2ª. ed. Rio de Janeiro:
Medsi, 2000, p.261-75.
12.Lopes GP, Claro JA, Rodrigues OM. Disfunções Sexuais Femininas. In-
ternational Braz J Urol 2003;29:29-34.
13.Abdo CHN, Fleury HJ. Aspectos diagnósticos e terapêuticos das disfun-
ções sexuais femininas. Rev. Psiq. Clín. 2006;33;162-7.
14.Stephenson RG.; O’Connor LJ. Fisioterapia aplicada à ginecologia e
obstetrícia. 2ª. ed. São Paulo: Manole, 2004, p.93-106.
15.Berman JR, Berman LA. Female sexual function and dysfunction. In:
97th Annual Meeting, Orlando, EUA, 2002, p.1-17.
16.Pablo C, Soares C. As disfunções sexuais femininas. Rev Port Clin Geral
2004;20:357-70.
17.Grosse D, Sengler J. Reeducação Perineal. São Paulo: Manole, 2002,
143p.
18.Lopes G, Goodson L, Cavalcanti S. Sexologia e Ginecologia. Rio de
Janeiro: Medsi; 1995, p.37-159.
19.Medeiros MW, Braz MM, Brongholi K. Efeitos da fisioterapia no apri-
moramento da vida sexual feminina. Rev. Fisioterapia Brasil 2004;5:188-
93.
20.Rabelo ALG. Proposta de tratamento fisioterapêutico através de exercí-
cios perineais para mulheres com anorgasmia secundária. Rev. Fisiobrasil
2003;57:6-11.
21.Molina M, Rojas E, Escobar D. Dolor pelvico cronico: Un desafío inte-
resante. Fronteras en Obstetricia y Ginecología. Julio 2002;2:32-9.
22.Abdo CHN. Sexualidade Humana e Seus Transtornos. 2ª.ed. São Paulo:
Lemos, 2000, 238p.
23.Morris E, Mukhophadyay S. Dyspareunia in gynaecological practice.
Current Obstretics e Gynaecology 2003;13:232-8.
24.Paciornik, M. Aprenda a nascer e a viver com os índios: parto de cóco-
ras, desempenho sexual e ginástica indiana. Rio de Janeiro: Rosa dos tem-
pos, 1997, 160p.
25.Matheus LM, Mazzari CF, Mesquita RA, Oliveira J. Influência dos
exercícios perineais e dos cones vaginais, associados à correção postural,
no tratamento da incontinência urinária feminina. Rev. bras. Fisioter.
2006;10:387-92.
26.Seleme M.. Diálogo Profissional sobre uroginecologia. Fisio & Terapia
2002;33:20-3.
27.Polden M, Mantle J. Fisioterapia aplicada à ginecologia e obstetrícia.
São Paulo: Santos, 1993, 422p.
28.Belo, J. Francisco E, Leite H, Catarino A. Reeducação do pavimento
pélvico com cones de plevnik em mulheres com incontinência urinária.
Acta Méd Port 2005;18:117-22.
29.Silva APS, Silva JS. A importância dos músculos do assoalho pélvico
feminino sob uma visão anatômica. Rev. Fisioter Bras 2003;4:205-11.
30.Kubagawa LM, Pellegrini JRF, Lima VP, Moreno AL. A eficácia do tra-
tamento fisioterapêutico da incontinência urinária masculina após prosta-
tectomia. Rev Bras Cancerol 2006;52:179-83.
31.Baracho E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia: Aspectos de ginecologia e
neonatologia. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2002, p.465-9.
estes recursos estão sendo aplicados nas DSF e com re-
sultados satisfatórios em função de estarem baseados
na reeducação perineal. As DSF podem advir de diver-
sos fatores, porém os mais comuns são os psicológicos,
que somado ao desconhecimento corporal, resultam
nas mesmas. Assim, as técnicas também parecem ser
efetivas na conscientização perineal que aparece como
a causa mais provável da maioria das DSF.
Novas perspectivas de tratamento fisioterapêu-
ticos nas disfunções sexuais femininas. Entretanto é
fundamental que haja uma interação multidisciplinar
para trabalhar com estas alterações na função sexual da
mulher e estabelecer um aumento da eficácia da tera-
pêutica. Novas pesquisas devem ser estimuladas a res-
peito do tema, principalmente os ensaios clínicos que
possibilitarão respostas mais substanciais referentes à
eficácia e a contribuição da intervenção fisioterápica
nas disfunções sexuais femininas.
REFERÊNCIAS
1.Ferreira ALCG, Souza AI, Amorim MMR. Prevalência das disfunções se-
xuais femininas em clínica de planejamento familiar de um hospital escola
no Recife, Pernambuco. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. 2007; 7:143-50.
2.Tariq SH, Morley JE. Maintaining sexual function in older women:
physical impediments and psychosocial issues. Women’s Health in Primary
Care 2003;6:157-62.
3.West SL, Vinikoor LC, Zolnoum. A systematic review of the literature
on female sexual dysfunction prerevalence and predictors. Annu Rev Sex
Res. 2004;15:40-172.
4.Abdo CH, Oliveira WM, Moreira ED, Fittipaldi JAS. Prevalence of se-
xual dysfunction and correlated conditions in a sample of brazilian women:
results of the Brazilian study on sexual behavior (BSSB). Int J Impot Res.
2004;16:160-6.
5.Berman L, Berman J, Felder S, Pollets D, Chhabra S, Miles M, et al.
Seeking help for sexual function complaints: what gynecologists need to
know about the female patient’s experience. Fertil Steril. 2003;79:572-6.
6.Lara LAS, Silva ACJSR, Romão APMS, Junqueira FRR. Abordagem das
disfunções sexuais femininas. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008;30:312-21.
7.Thiel R, Thiel M, Palma, P. Urologia Feminina e Medicina Sexual: O que
os médicos precisam saber. Prática Hospitalar 2008; 10:56:37-9.
8.Medeiros MW, Braz MM. Efeitos da fisioterapia no aprimoramento da
vida sexual feminina (tese). Tubarão: Universidade do Sul de Santa Catari-