O documento discute a história da sexualidade feminina ao longo dos séculos. A sexualidade era permissiva na pré-história, mas passou a ser reprimida durante a inquisição, quando o prazer passou a ser visto como pecado. Ao longo do tempo, movimentos feministas e o desenvolvimento de anticoncepcionais levaram a uma maior liberdade sexual para as mulheres. No entanto, a repressão histórica ainda causa disfunções sexuais em muitas mulheres devido aos tabus internalizados.
2. HISTÓRICO DA
SEXUALIDADE FEMININA
Registros de comportamento sexual do homem há cerca de 22 mil
anos atrás
Na pré-história a sexualidade é permissiva, acasalamento
permanente, o ato é voltado para o prazer, a procriação é
consequência
Passam-se os anos e a visão começa a tomar novas formas,
seguindo sempre as tendências sociais de cada época
3. HISTÓRICO DA
SEXUALIDADE FEMININA
No período da inquisição o desejo era visto como satânico, as
mulheres (pela sedução natural) passam a ser vistas como tentação
Neste período eram inclusive queimadas sob alegação de bruxaria
Século XIX a atividade sexual marcada pelo objetivo de procriação,
o prazer passa a ser pecado
Qualquer relação cujo objetivo fosse prazer era interditada
4. HISTÓRICO DA
SEXUALIDADE FEMININA
Observa-se ao longo da história que condutas aceitas em alguns
períodos são inadequadas e repreendidas em outros
Então a sexualidade passa a não mais ser pública, os indivíduos
começam a ter autocontrole e internalizar estas questões
A sexualidade começa a tomar aspecto absolutamente particular
5. HISTÓRICO DA
SEXUALIDADE FEMININA
Iniciam-se diversos estudos tendo a sexualidade como foco
Freud começa uma nova visão da sexualidade humana, como algo
fundamental na vivência
Surgem cada vez mais novas pesquisas, apontando que além do
prazer, questões físicas e culturais, a sexualidade se relaciona
diretamente à forma do indivíduo se expressar
6. HISTÓRICO DA
SEXUALIDADE FEMININA
Muda-se a forma de falar de sexualidade
Anos 50: sexualidade vinculada a reprodução e vinculada ao
casamento, a mulher casada enquanto satisfação do marido
Surgem movimentos feministas, pílula e novos métodos
anticoncepcionais adquirem força e dão início a maior liberdade
sexual
A mulher passa a poder escolher sobre maternidade
7. HISTÓRICO DA
SEXUALIDADE FEMININA
Anos 70: o discurso ganha novo sentido, a mulher sob o discurso
de liberdade passa a ter maior foco no auto-erotismo
A mulher continua então a passar do modo passivo, de objeto, para
modo ativo, responsável por seu próprio prazer
A emancipação foi uma grande conquista, porém trouxe, por
exemplo, dupla jornada de trabalho, afetando a saúde de um modo
geral
8. QUESTÕES PSICOSSOCIAIS
DA SEXUALIDADE
A sexualidade em si implica em coisas socialmente aprendidas,
relacionadas diretamente com história de vida de cada indivíduo
Diante disto, diversos fatores influem sobre ela: relações familiares
de conflito; educação restritiva, baseadas em preceitos morais ou
religiosos; conflitos na relação direta com o parceiro; ansiedade e
reações psicológicas; exigências desconfortáveis do parceiro; falta de
comunicação; culpa; desinformação sobre o próprio corpo
9. POSSÍVEIS DANOS
CAUSADO
Disfunções sexuais constituem grande maioria dos problemas de
sexualidade
Cerca de 50% das mulheres sofrem alguma disfunção, é um
número muito alto
A disfunção neste caso pode estar ligada ao bloqueio, aos
obstáculos sociais aprendidos, gerando uma resposta fisiológica no
organismo
10. POSSÍVEIS DANOS
CAUSADO
A falta de informação, os ensinamentos distorcidos podem
determinar os distúrbios sexuais
Os casos de disfunção sexual física são mais raros, sendo os
fatores psicológicos os mais determinantes
Podem gerar desde falta de desejo à falta de prazer no ato, ou
mesmo dor
11. POSSÍVEIS DANOS
CAUSADO
Ao tratar disfunções sexuais femininas é preciso tratar seus afetos,
pensamentos e comportamentos
Os tabus morais precisam ser trabalhados
O diálogo entre parceiros precisa ocorrer
As informações precisam ser transmitidas e buscadas
12. EM SUMA...
A mulher paga um alto preço pelo desenvolvimento machista da
sociedade
É preciso compreender os novos papéis e a evolução da
humanidade como um todo, de forma que saiba se situar diante disto
Nem sempre se trata de procurar um profissional, mas
simplesmente se conhecer, conhecer seu parceiro
14. REFERÊNCIAS
ABDO, Carmita H. N. História da sexologia. Revista Psique especial: ciência e
vida. Nº 09. Ano III, 2008.
BALLONE, G. J.; A vida sexual. Disponível em: www.psiqweb.med.br. Acesso
em 18 de Fevereiro de 2016.
CAVALCANTE, Ricardo; CAVALCANTE, M. Tratamento clínico das
inadequações sexuais. São Paulo: Roca, 1992.
FERNANDES, Carolina Costa; CATÃO, Elaine Cristina; O prazer sexual do
homem e da mulher. Revista Psique especial: ciência e vida. Nº 09. Ano III, 2008.