3. Sociedades Primitivas
• O culto da Grande Deusa, na Síria, no Egito e na Frígia,
espalhando-se pela Europa Oriental, tinha um ritual
essencialmente sexual
Ishtar, Astarte, na Ísis, no Egito Cibele, na Frígia
na Babilónia Fenícia
4. Sociedades Primitivas
Quando o ser humano apenas caçava e recolhia frutos o
sexo estava apenas ligado ao prazer. Nessa época, havia o
fascínio pela sexualidade e ser bissexual era algo comum.
Entretanto, com a descoberta da agricultura os grupos
familiares desenvolveram-se e os casamentos tornaram-se
interessantes porque passaram a ter dotes e heranças.
6. A Sexualidade no Tempo
Antiguidade Clássica - Grécia
Séc. V a.C Séc. II
• Na Grécia Antiga as mulheres eram discriminadas política e
socialmente. No entanto, aquelas que eram prostitutas
desfrutavam de independência sexual e económica.
Vaso da Grécia Antiga mostra cortesã a despir-
se para um cliente durante um banquete
7. A Sexualidade no Tempo
Antiguidade Clássica
• Ovídio, Eros e Psique: um mito de amor
Eros e Psique
8. A Sexualidade no Tempo
Antiguidade Clássica – Roma Antiga
Séc. VIII a.C Séc. V
Ao contrário do que se é transmitido nos dias de hoje, a sexualidade
no Mundo Antigo era vista como algo positivo, representada pelos
próprios deuses.
• Ligação entre sexo e religião.
• Um exemplo dessa ligação é a origem dos deuses, que
geralmente nascem do casamento e do ato sexual entre outros
deuses. Essa também é a origem dos fundadores da cidade de
Roma, Rómulo e Remo, filhos da união oculta entre Reia Sílvia e o
deus Marte.
• O falo era um símbolo usado em amuletos para boa sorte e
contra maus espíritos.
9. A Sexualidade no Tempo
Antiguidade Clássica – Roma Antiga
Séc. VIII a.C Séc. V
Para os estudos sobre sexualidade na Roma antiga, os historiadores
analisaram os grafites e frescos encontrados no sítio arqueológico de
Pompeia, como o desta cena erótica:
http://oridesmjr.blogspot.pt/2011/03/pompeia-uma-cidade-congelada-no-tempo.html
11. A Sexualidade no Tempo
Antiguidade Clássica – Roma Antiga
• A prostituição era legal, pública e generalizada.
Pinturas pornográficas foram destaque entre as
coleções de arte em respeitáveis famílias da
classe altas.
• em Roma, as Vestais, sacerdotisas escolhidas
entre as idades dos 6 e os 10 anos, exerciam um
sacerdócio durante trinta anos prestando culto à
a deusa romana Vesta. Estavam encarregadas
de manter sempre vivo o lume sagrado que
simbolizava a virgindade da deusa, por
isso, faziam voto de castidade e guardavam a
sua virgindade durante esse período de tempo.
12. A Sexualidade no Tempo
Antiguidade Clássica – Roma
Vénus, deusa do Amor
Antiga
Curiosidades…
SÓ VESTIDA…
• As mulheres da Roma antiga nunca tiravam
toda a roupa na hora do sexo. Só as mulheres
consideradas “perdidas” o faziam.
• Era proibido fazer sexo com mulheres
casadas, virgens de boa família e adolescentes
de nascimento livre.
13. Pompeia
Considerava-se natural e normal para os homens adultos serem
sexualmente atraídos por jovens de ambos os sexos, e a
pederastia (pedofilia) foi tolerada enquanto os parceiros mais
jovens não eram romanos livres ou seja desde que fosse entre
um aristocrata e o seu escravo. No entanto, essa prática não era
aceite entre dois cidadãos romanos.
15. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
Séc. V Séc. XV
• Na era medieval, a vida entre quatro paredes ficou mais
recatada por causa da influência da Igreja Católica.
• No mundo ocidental, tudo o que estava relacionado com
o sexo - exceto a procriação - passou a ser pecado.
• Os homens colocavam muitas vezes os cintos de
castidade nas mulheres, o que as impedia de se relacionarem
com outras pessoas.
16. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
Não há consenso entre os historiadores sobre a invenção do
cinto de castidade, mas acredita-se que o modelo mais antigo
seja o de Bellifortis, de 1405. Feito de metal, ele tinha
aberturas farpadas que permitiam urinar, mas não copular.
17. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
• Também foi inventada a
infibulação, técnica de costura da vagina
para garantir a fidelidade da mulher ao
senhor feudal quando ele viajava.
18. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
Por volta do século XII, surgiu o chamado
amor cortês. Na corte, o cavaleiro levava o
lenço da mulher amada. Mas era um amor
platónico e infeliz - como os casamentos
eram arranjados por interesses
económicos, o cavaleiro e a dama quase
nunca ficavam juntos. Os noivos
arranjados, muitas vezes só se conheciam
por meio de retratos pintados a óleo.
19. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
o acasalamento das aves... e os encontros
amorosos nas fontes, nos bailaricos do adro
da igreja ou nas florestas, são referidos nas
Cantigas dos trovadores e nos romances de
cavalaria.
Lancelot, o melhor cavaleiro do rei Artur,
encontra-se com a rainha...
20. A Sexualidade no Tempo
Uma Cantiga de Amigo, de D. Dinis
Idade Média Cristã
Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo! -Vós me preguntades polo voss'amigo,
Ai Deus, e u é? e eu ben vos digo que é san'e vivo.
Ai Deus, e u é?
Ai, flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado! Vós me preguntades polo voss'amado,
Ai Deus, e u é? e eu ben vos digo que é viv'e sano.
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pos E eu ben vos digo que é san'e vivo
comigo! e seerá vosc'ant'o prazo saído.
Ai Deus, e u é? Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado E eu ben vos digo que é viv'e sano
aquel que mentiu do que mi ha e seerá vosc'ant'o prazo passado.
jurado! Ai Deus, e u é?
Ai Deus, e u é?
21. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
Curiosidades…
Só uma posição era consentida pela Igreja: a
missionária.
• Ela tem esse nome porque os missionários
cristãos queriam difundir o seu uso em
sociedades onde predominavam outras
práticas, sendo ela a única posição
apropriada porque, segundo são Paulo, a
mulher deve sujeitar-se ao marido.
• O recato entre quatro paredes era tamanho
que, em alguns lares mais tradicionais, o
casal utilizava um lençol com um furo no
meio!
22. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
• A vida sexual era possível ao cristão desde que acontecesse
numa relação definida e supervisionada: o matrimónio.
O sexo oral, as bruxarias para seduzir alguém, as práticas
anticoncepcionais e abortivas e as relações incestuosas ou
adúlteras eram vistas como pecado e castigadas,
com pena de seis a quinze anos
de jejum e excomunhão,
acompanhados geralmente
de interdição perpétua de
qualquer relação sexual e de
casamento.
23. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
O banho
O banho era um hábito pouco
frequente nos castelos, conventos e
entre a população em geral, pois
acreditava-se que a sujidade era
uma proteção contra as epidemias
(em especial, a peste negra). Há
registos de que os monges do
mosteiro de Cluny, na França,
tomavam dois banhos completos
por ano.
24. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
Homossexualidade
Na cultura cristã, a relação homossexual, chamada de
sodomia, era considerada uma heresia pela Igreja - os
homossexuais poderiam até ser queimados em fogueiras.
25. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
• Casamento
A família da noiva, que podia casar logo após a
segunda menstruação, pagava um dote (dinheiro
ou bens) ao noivo, que tinha, geralmente, entre 16
e 18 anos.
26. A Sexualidade no Tempo
Idade Média
Na cultura árabe, os
califas e outros
senhores ricos
compravam escravos
jovens com quem
tinham relações,
renunciando assim
às suas mulheres e
concubinas.
27. A Sexualidade no Tempo
Renascimento
• O corpo e a beleza física ganharam
importância histórica a partir do final da Idade
Média com a Renascença.
• O ideal medieval da dama
aristocrática graciosa,
estreita de ancas e de
seios pequenos…
28. A Sexualidade no Tempo
Renascimento
• …deu lugar nos finais do século XV e durante o
século XVI, a um modelo de beleza feminina
mais roliça, de ancas
largas e seios
generosos, que se
iria manter até finais
do século XVIII.
29. A Sexualidade no Tempo
Renascimento
• O pensamento renascentista
influenciou pintores, escultores e
artistas em geral, que retomaram
os padrões da Antiguidade
clássica nas suas obras. A arte
renascentista celebrou
abertamente o corpo e a beleza
física. O nu passou a mostrar
uma nova ideologia de mundo.
30. A Sexualidade no Tempo
Renascimento
Séc. XV Séc. XVI
No tempo dos Descobrimentos, muitos homens partem
de casa rumo a novos horizontes
para trazerem fortuna,
deixando as mulheres sós,
frágeis, carentes. O adultério
cresce desalmadamente,
o clero envolve-se em
escândalos com donzelas vendidas por
alcoviteiras, tudo isto alvo das críticas de Gil Vicente.
31. A Sexualidade no Tempo
Renascimento
Botticelli, “A Alegoria da Primavera”
32. A Sexualidade no Tempo
Renascimento
Séc. XV Séc. XVI
A mulher, antes ligada ao pecado, reapareceu,
seminua e deslumbrante no Nascimento de Vénus
(Sandro Botticelli, 1483)
33. A Sexualidade no Tempo
A Higiene no Renascimento
Mais do que nunca, a limpeza passou a ser prerrogativa dos
ricos.
• Dava-se mais atenção às partes do corpo que se
apresentavam descobertas, como a cara e as mãos.
• A higiene baseava-se em usar roupa
lavada até ficar suja, pois tinham a
ideia de que a roupa absorvia a sujidade.
• Os dentes eram lavados com um
produto 100% natural: urina, cinzas
ou saliva.
• A roupa não era lavada, mas sim
sacudida e carregada de perfume.
34. A Higiene no Renascimento
• As mãos eram lavadas apenas
de 3 em 3 dias, e a face era
limpa com clara de ovo ou
vinagre para aclarar e amaciar a
pele.
• A sujidade era escondida com
doses enormes de
maquilhagem.
• Para evitar o mau cheiro nas
axilas, embebiam a pele com
trocisco de rosas.
35. A Sexualidade no Tempo
Século das Luzes
XVIII
• No século do Racionalismo, a sexualidade foi
associada à procriação, como consequência foi
rejeitada toda atividade destinada apenas ao
prazer, inclusive a atividade pré-conjugal.
• O sexo era aceite dentro do casamento, mas
associado à concepção. O interesse pela
sexualidade tende a ser considerado
indecente, associado à imoralidade. O ideal da
esposa vitoriana era a mulher frígida, que
despreza o sexo.
36. A Sexualidade no Tempo
Século das Luzes
• foi uma época em que floresceram bordéis e houve um
aumento da prostituição..
Toulousse-Lautrec foi um dos pintores que melhor retratou as mulheres e os
bordéis franceses do fi nal do século XIX. Na imagem, uma cena do salão da rue
des Moulins, em Paris (1894)
37. A Sexualidade no Tempo
Século das Luzes
• No final do século XVIII, os educadores ainda
aceitavam a expressão do instinto sexual, mas
no início do século XIX este passou a ser
considerado conceção moral.
• Pouco a pouco, a sexualidade deixou de ser
integrada à vida. Havia fortes tabus, o
indivíduo era obrigado a renegar a sua
sexualidade.
38. A Sexualidade no Tempo
A HIGIENE….
• Até ao século XIX, irredutíveis os cristãos
continuavam a bradar que a água dilatava os
poros da pele, por onde a saúde escaparia e o
mal penetraria. Todos acreditaram, incluindo
os médicos.
39. A Sexualidade no Tempo
Século das Luzes – Século XVIII
• A privação de água durou até
o século XVIII, quando se
provou definitivamente que as
doenças se originavam não do
banho, mas da falta dele.
• Banhos públicos para
higiene, desporto e terapia
foram, aos poucos, sendo
reabilitados.
40. A Sexualidade no Tempo
• Os banhos rotineiros reapareceram definitivamente nas grandes
cidades ocidentais apenas por volta dos anos 1930.
• Mas, no começo, eles não eram lá tão frequentes. Eram tomados
aos sábados, dia em que também eram trocadas as roupas de baixo
das crianças. Nessa época, navios ofereciam cabines de banho e
barcos delimitavam áreas em rios que serviam como piscinas
naturais.
• Após o fim da Segunda Guerra, em 1945, quando boa parte das
casas europeias teve que ser reconstruída, elas ganharam casas de
banho, abastecidos com a cada vez mais comum água canalizada. A
França foi a pioneira nas inovações sanitárias, seguida pela
Inglaterra e pela Alemanha.
42. A Sexualidade no Tempo
Romantismo/Realismo
• Na literatura do século XIX, surgem obras que retratam e
criticam atitudes inerentes à sexualidade. Eça de
Queirós, criticando o adultério, apresenta amores
incestuosos entre:
• mãe e filho irmãos
(A Tragédia da (Os Maias)
Rua das Flores)
43. A Sexualidade no nosso Tempo
• Com Sigmund Freud, no apagar das
luzes do século XIX, muda-se o modo de pensar sobre a
sexualidade,formula-se a noção de motivação
inconsciente.
• Na entrada do século XX,
a medicina passa a estar
em condições de
poder contribuir mais
positivamente para a
vivência da sexualidade.
44. A Sexualidade no Tempo
Atualidade
No Cinema (estórias de amor; erotismo)