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A VERDADE POR TRÁS DA FEIJOADA
Desvendando Mitos
Diz a lenda que a feijoada
é uma invenção 100%
brasileira. Ela teria
surgido nas senzalas, por
obra dos escravos, que
tiveram a ideia de cozinhar
feijão preto com as carnes
desprezadas pelas casas
senhoriais. A verdade,
contudo, é que ninguém
sabe quem inventou o
prato. E que sua origem
provavelmente está bem
longe daqui, lá do outro
lado do Atlântico.
Antes de falarmos que a feijoada é um simples ato criativo dos
escravos, devemos considerar que o acesso à carne era algo nada
simples em tempos coloniais. O consumo de carne fresca era
restrito às famílias que tinham condições de criar ou adquirir
animais próprios para o consumo. Desse modo, seria
extremamente estranho que esses privilegiados se dessem ao
luxo de desperdiçar algumas partes do animal que ainda
garantissem uma mesa farta.
SÉCULOS XVI E XVII
 Os séculos 16 a 18 foram marcados pela escassez
de alimentos: não podia haver desperdício.
 Cabeças, rabos e patas eram disputados como
iguarias, até porque a carne não era alimento
comum nem na mesa dos senhores.
Voltando no tempo conheceremos um pouco mais sobre o ingrediente
principal da feijoada, o feijão!
 O feijão-preto, aquele da feijoada tradicional, é de origem sul-americana,
o nome porém, é português.
 Na época da chegada dos europeus à América, início da Idade Moderna,
outras variedades desse vegetal já eram conhecidas no Velho Mundo.
 A palavra feijão apareceu escrita pela primeira vez, em Portugal, no
século XIII (ou seja, cerca de trezentos anos antes do Descobrimento do
Brasil).
 Apenas a partir de meados do século XVI, começou-se a introduzir outras
variedades de feijão na colônia, algumas africanas, mas também o feijão
consumido em Portugal, conhecido como feijão fradinho.
 Os cronistas do período compararam as variedades nativas com as
trazidas da Europa e África, e foram categóricos: o feijão do Brasil, o
preto, era o mais saboroso. Caiu no gosto dos portugueses.
SUA MAGESTADE...O FEIJÃO!
No início do século XIX, absolutamente todos os viajantes
que por aqui passaram e descreveram os hábitos dos
brasileiros, mencionaram a importância central do feijão
como alimento nacional.
“O feijão-preto forma prato indispensável na mesa do rico, e
esse legume constitui quase que a única iguaria do pobre”,
sentenciava o francês Saint-Hilaire em 1817.
A alimentação no Brasil
colonial era muito pobre, em
razão da agricultura, dos
meios de transporte
bastante deficientes e os
altos preços dos produtos
vindos de Portugal.
Os donos do poder não
podiam deixar os escravos à
míngua, ou eles não teriam
forças para trabalhar.
Assim, ricos e pobres
comiam basicamente a
mesma coisa: um angu feito
de farinha de mandioca e
água, carne-seca, feijão,
milho e algumas frutas,
como coco e banana.
Acredita-se que a feijoada seja
uma adaptação local do cozido
português - na Europa da
época, surgiram outros pratos
juntando carnes variadas e
feijão (só que branco), como
também é o caso do cassoulet,
originário da França.
“Em diversos países,
encontram-se variações da
receita em que vários
ingredientes são cozidos na
mesma panela.
As referências mais antigas à feijoada não têm
nenhuma relação com escravos ou senzalas, mas sim
a restaurantes frequentados pela elite escravocrata
urbana.
 Diário de Pernambuco de 7 de agosto de 1833, no
qual o Hotel Théâtre, de Recife, informa que às
quintas-feiras seriam servidas “feijoada à
brasileira” (referência ao caráter adaptado do prato?).
 No Rio de Janeiro, aparece pela primeira vez no
Jornal do Comércio de 5 de janeiro de 1849, em
anúncio sob o título A bela feijoada à brasileira: “Na
casa de pasto junto ao botequim da Fama do Café
com Leite, tem-se determinado que haverá em todas
as semanas, sendo às terças e quintas-feiras, a bela
feijoada, a pedido de muitos fregueses...”
A Casa Imperial – e não escravos
ou homens pobres – comprou em
um açougue de Petrópolis, no dia
30 de abril de 1889, carne verde
(fresca), carne de porco, linguiça,
rins, língua, coração, pulmões,
tripas, entre outras carnes.
D. Pedro II talvez não comesse
algumas dessas carnes – sabe-se
de sua preferência por uma boa
canja de galinha –, mas é
possível que outros membros de
sua família, sim.
O livro O cozinheiro imperial, de
1840, assinado por R. C. M., traz
receitas para cabeça e pé de
porco, além de outras carnes –
com a indicação de que sejam
servidas a “altas
personalidades”.
Hoje em dia não há apenas uma receita de feijoada. Pelo
contrário, parece ser ainda um prato em constante evolução.
Há diversas variações e adaptações aos climas e produções locais.
 No Rio Grande do Sul, segundo o pesquisador Carlos Ditadi, ela
é servida como prato de inverno.
 No Rio de Janeiro, vai à mesa de verão a verão, todas as sextas-
feiras, dos botecos mais baratos aos restaurantes mais
sofisticados.
Não existe uma regra a seguir, ou um momento certo para apreciá-
la. Seja numa comemoração, uma reunião entre amigos ou
familiares, a feijoada esta presente e enraizada na cultura
brasileira.
A feijoada é um alimento atemporal e que participa na construção
da história de uma nação inteira, indiferente da classe social ela se
faz presente na mesa do povo brasileiro.
RECEITA DA FEIJOADA COMPLETA
Ingredientes:
1 Kg de feijão preto
100 g de carne seca
70 g de orelha de porco
70 g de rabo de porco
70 g de pé de porco
100 g de costelinha de
porco
50 g de lombo de porco
100 g de paio
150 g de linguiça
portuguesa
Tempero:
2 cebolas grandes
picadinhas
1 maço de cebolinha
verde picadinha
3 folhas de louro
6 dentes de alho
Pimenta do reino a gosto
1 ou 2 laranjas
40 ml de pinga
Sal se precisar
Modo de preparo:
Coloque as carnes de molho por 36
horas ou mais, vá trocando a água
várias vezes, se for ambiente
quente ou verão, coloque gelo por
cima ou em camadas frias
Coloque para cozinhar passo a
passo as carnes duras, em seguida
as carnes moles
Quando estiver mole coloque o
feijão, e retire as carnes
Finalmente tempere o feijão
Acompanhamentos:
Couve, arroz branco, laranja,
bistecas, farofa, quibebe de
abóbora, baião de dois, bacon,
torresmo, linguicinha e caldinho
temperado - copinhos
ALUNOS
Gisele Correa
Sandra Bana
Michael Gravena
Amanda Busignani
FONTES DE PESQUISA
Livro : A VITÓRIA DA FEIJOADA – EL-KAREH,
ALMIR CHAIBAN
http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-textos/revista-
textos-do-brasil/portugues/revista13-mat6.pdf
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-da-
feijoada/historia-da-feijoada.php
http://super.abril.com.br/alimentacao/feijoada-foi-
criada-pelos-escravos-622358.shtml
http://www.brasilescola.com/historia/historia-
feijoada.htm
http://www.professornews.com.br/index.php/educacao/
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A verdade por trás da feijoada

  • 1. A VERDADE POR TRÁS DA FEIJOADA Desvendando Mitos
  • 2. Diz a lenda que a feijoada é uma invenção 100% brasileira. Ela teria surgido nas senzalas, por obra dos escravos, que tiveram a ideia de cozinhar feijão preto com as carnes desprezadas pelas casas senhoriais. A verdade, contudo, é que ninguém sabe quem inventou o prato. E que sua origem provavelmente está bem longe daqui, lá do outro lado do Atlântico.
  • 3. Antes de falarmos que a feijoada é um simples ato criativo dos escravos, devemos considerar que o acesso à carne era algo nada simples em tempos coloniais. O consumo de carne fresca era restrito às famílias que tinham condições de criar ou adquirir animais próprios para o consumo. Desse modo, seria extremamente estranho que esses privilegiados se dessem ao luxo de desperdiçar algumas partes do animal que ainda garantissem uma mesa farta. SÉCULOS XVI E XVII
  • 4.  Os séculos 16 a 18 foram marcados pela escassez de alimentos: não podia haver desperdício.  Cabeças, rabos e patas eram disputados como iguarias, até porque a carne não era alimento comum nem na mesa dos senhores.
  • 5. Voltando no tempo conheceremos um pouco mais sobre o ingrediente principal da feijoada, o feijão!  O feijão-preto, aquele da feijoada tradicional, é de origem sul-americana, o nome porém, é português.  Na época da chegada dos europeus à América, início da Idade Moderna, outras variedades desse vegetal já eram conhecidas no Velho Mundo.  A palavra feijão apareceu escrita pela primeira vez, em Portugal, no século XIII (ou seja, cerca de trezentos anos antes do Descobrimento do Brasil).  Apenas a partir de meados do século XVI, começou-se a introduzir outras variedades de feijão na colônia, algumas africanas, mas também o feijão consumido em Portugal, conhecido como feijão fradinho.  Os cronistas do período compararam as variedades nativas com as trazidas da Europa e África, e foram categóricos: o feijão do Brasil, o preto, era o mais saboroso. Caiu no gosto dos portugueses. SUA MAGESTADE...O FEIJÃO!
  • 6. No início do século XIX, absolutamente todos os viajantes que por aqui passaram e descreveram os hábitos dos brasileiros, mencionaram a importância central do feijão como alimento nacional. “O feijão-preto forma prato indispensável na mesa do rico, e esse legume constitui quase que a única iguaria do pobre”, sentenciava o francês Saint-Hilaire em 1817.
  • 7. A alimentação no Brasil colonial era muito pobre, em razão da agricultura, dos meios de transporte bastante deficientes e os altos preços dos produtos vindos de Portugal. Os donos do poder não podiam deixar os escravos à míngua, ou eles não teriam forças para trabalhar. Assim, ricos e pobres comiam basicamente a mesma coisa: um angu feito de farinha de mandioca e água, carne-seca, feijão, milho e algumas frutas, como coco e banana.
  • 8.
  • 9. Acredita-se que a feijoada seja uma adaptação local do cozido português - na Europa da época, surgiram outros pratos juntando carnes variadas e feijão (só que branco), como também é o caso do cassoulet, originário da França. “Em diversos países, encontram-se variações da receita em que vários ingredientes são cozidos na mesma panela.
  • 10. As referências mais antigas à feijoada não têm nenhuma relação com escravos ou senzalas, mas sim a restaurantes frequentados pela elite escravocrata urbana.  Diário de Pernambuco de 7 de agosto de 1833, no qual o Hotel Théâtre, de Recife, informa que às quintas-feiras seriam servidas “feijoada à brasileira” (referência ao caráter adaptado do prato?).  No Rio de Janeiro, aparece pela primeira vez no Jornal do Comércio de 5 de janeiro de 1849, em anúncio sob o título A bela feijoada à brasileira: “Na casa de pasto junto ao botequim da Fama do Café com Leite, tem-se determinado que haverá em todas as semanas, sendo às terças e quintas-feiras, a bela feijoada, a pedido de muitos fregueses...”
  • 11. A Casa Imperial – e não escravos ou homens pobres – comprou em um açougue de Petrópolis, no dia 30 de abril de 1889, carne verde (fresca), carne de porco, linguiça, rins, língua, coração, pulmões, tripas, entre outras carnes. D. Pedro II talvez não comesse algumas dessas carnes – sabe-se de sua preferência por uma boa canja de galinha –, mas é possível que outros membros de sua família, sim. O livro O cozinheiro imperial, de 1840, assinado por R. C. M., traz receitas para cabeça e pé de porco, além de outras carnes – com a indicação de que sejam servidas a “altas personalidades”.
  • 12. Hoje em dia não há apenas uma receita de feijoada. Pelo contrário, parece ser ainda um prato em constante evolução. Há diversas variações e adaptações aos climas e produções locais.  No Rio Grande do Sul, segundo o pesquisador Carlos Ditadi, ela é servida como prato de inverno.  No Rio de Janeiro, vai à mesa de verão a verão, todas as sextas- feiras, dos botecos mais baratos aos restaurantes mais sofisticados. Não existe uma regra a seguir, ou um momento certo para apreciá- la. Seja numa comemoração, uma reunião entre amigos ou familiares, a feijoada esta presente e enraizada na cultura brasileira. A feijoada é um alimento atemporal e que participa na construção da história de uma nação inteira, indiferente da classe social ela se faz presente na mesa do povo brasileiro.
  • 13. RECEITA DA FEIJOADA COMPLETA Ingredientes: 1 Kg de feijão preto 100 g de carne seca 70 g de orelha de porco 70 g de rabo de porco 70 g de pé de porco 100 g de costelinha de porco 50 g de lombo de porco 100 g de paio 150 g de linguiça portuguesa Tempero: 2 cebolas grandes picadinhas 1 maço de cebolinha verde picadinha 3 folhas de louro 6 dentes de alho Pimenta do reino a gosto 1 ou 2 laranjas 40 ml de pinga Sal se precisar
  • 14. Modo de preparo: Coloque as carnes de molho por 36 horas ou mais, vá trocando a água várias vezes, se for ambiente quente ou verão, coloque gelo por cima ou em camadas frias Coloque para cozinhar passo a passo as carnes duras, em seguida as carnes moles Quando estiver mole coloque o feijão, e retire as carnes Finalmente tempere o feijão Acompanhamentos: Couve, arroz branco, laranja, bistecas, farofa, quibebe de abóbora, baião de dois, bacon, torresmo, linguicinha e caldinho temperado - copinhos
  • 15. ALUNOS Gisele Correa Sandra Bana Michael Gravena Amanda Busignani
  • 16. FONTES DE PESQUISA Livro : A VITÓRIA DA FEIJOADA – EL-KAREH, ALMIR CHAIBAN http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-textos/revista- textos-do-brasil/portugues/revista13-mat6.pdf http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-da- feijoada/historia-da-feijoada.php http://super.abril.com.br/alimentacao/feijoada-foi- criada-pelos-escravos-622358.shtml http://www.brasilescola.com/historia/historia- feijoada.htm http://www.professornews.com.br/index.php/educacao/ arte-e-cultura/1988-a-verdadeira-historia-da-feijoada