SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
10 CURIOSIDADES
SOBRE

A Festa de Nossa Senhora do Rosário, a
padroeira dos escravos do Brasil colonial,
foi realizada pela primeira vez em Olinda
(PE), no ano de 1645. A santa já era
cultuada na África, levada pelos
portugueses como forma de cristianizar os
negros. Eles eram batizados quando saíam
da África ou quando chegavam ao Brasil.
Na cidade de Serro (MG), acontece a maior
de todas as festas em homenagem a santa,
em julho, desde 1720. De acordo com a
lenda, um dia Nossa Senhora do Rosário
saiu do mar. Ao ser chamada por índios,
não se mexeu. O mesmo aconteceu com
marinheiros brancos. A santa só atendeu
aos escravos, que tocaram bem forte os
seus tambores.
Nossa Senhora do Rosário dos Homens
Pretos e seu projeto arquitetônico

 Crianças brancas e negras
andavam nuas e brincavam
até os 5 ou 6 anos de idade.
Tinham os mesmos jogos,
baseados em personagens
fantásticos do folclore
africano. Mas aos 7 anos, a
criança negra enfrentava sua
condição e precisava começar
a trabalhar.
Crianças

 A cozinha era muito
valorizada na casa-grande.
Conquistaram o gosto dos
europeus e brasileiros os
pratos de origem africana,
como vatapá e caruru,
comuns na mesa patriarcal
nordestina. A cozinha ficava
num anexo da casa, separada
dos cômodos principais por
depósitos ou áreas internas.
Culinária negra no período colonial
 Normalmente, divisões
internas da senzala separavam
homens e mulheres. Mas,
algumas vezes, era permitido
aos poucos casais aceitos pelo
senhor morarem em barracos
separados, de pau-a-pique,
cobertos com folhas de
bananeira.
Relacionamentos afetivos
entre escravos
 Aos domingos, os escravos
tinham direito de cultivar
mandioca e hortaliças para
consumo próprio. Podiam,
inclusive, vender o excedente na
cidade. A medida combatia a
fome do campo, pois a
monocultura de exportação não
dava espaço a produtos de
subsistência. Quando a noite
caia, o som dos batuques e dos
passos de dança dominava a
senzala. As festas e outras
manifestações culturais eram
admitidas, pois a maioria dos
senhores acreditava que isso
diminuía as chances de revolta.
Produção para consumo
 Em algumas regiões, os
escravos africanos eram
divididos em três categorias: o
“boçal”, que recusava falar o
português, resistindo à cultura
europeia; o “ladino”, que falava
o português; e o “crioulo”, o
escravo que nascia no Brasil.
Geralmente, ladinos e crioulos
recebiam melhor tratamento,
trabalhos mais brandos e
perspectiva de ascensão social.
Divisão entre os escravos

 Os negros nunca tiveram uma
atitude passiva diante da
escravidão. Muitos quebravam
ferramentas de trabalho e
colocavam fogo nas senzalas.
Outros cometiam suicídio,
muitas vezes comendo terra.
Outros, ainda, entregavam-se
ao banzo, grande tristeza que
podia levar à morte por
inanição. A forma comum de
rebeldia, no entanto, era a fuga.
Resistência escrava
 A palavra capoeira não é de origem africana. Ela
vem do tupi (kapu’era). Trazida para o Brasil por
intermédio dos navios negreiros, a capoeira foi
desenvolvida nos quilombos pernambucanos do
século XVI. As características de luta e dança
adquiridas no país podem classificá-la como uma
manifestação cultural genuinamente brasileira. O
berimbau é um instrumento de percussão trazido
da África (mbirimbau). Ele só entrou na história da
capoeira no século XX. Antes, o instrumento era
usado pelos vendedores ambulantes para atrair os
clientes. O arco vem do caule de um arbusto
chamado biriba, comum no Nordeste, que é fácil
de envergar. Até a abolição da escravatura, a lei
punia os praticantes de capoeira com penas de até
300 açoites e o calabouço. De 1889 a 1937, a
capoeira era crime previsto pelo Código Penal.
Uma simples demonstração dava seis meses de
cadeia. Em 1937, o presidente Getúlio Vargas foi
ver uma exibição, gostou e acabou com a
proibição.
Capoeira

 Com a expansão das cidades,
multiplicam-se escravos
urbanos em ofícios
especializados, como pedreiros,
vendedores de galinhas,
barbeiros e rendeiras. Os
carregadores zanzam de um
lado a outro, levando baús,
barris, móveis e, claro, brancos.
Escravos de Ganho eram
escravos que tinham permissão
de vender ou prestar serviços na
rua. Em troca, ele deveria dar
uma porcentagem dos ganhos a
seu dono.
Escravos nas cidades

 Cada senhor de engenho
tinha autorização para
importar 120 escravos por
ano da África. E havia uma
lei que estipulava em 50 o
número máximo de
chibatadas que um escravo
podia levar por dia.
Penalidades

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Os negros no Brasil colônia
Os negros no Brasil colôniaOs negros no Brasil colônia
Os negros no Brasil colônia
 
Talícia 1ºB
Talícia 1ºBTalícia 1ºB
Talícia 1ºB
 
Os negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniaOs negros no brasil colônia
Os negros no brasil colônia
 
Brasil negros no sistema colonial
Brasil negros no sistema colonialBrasil negros no sistema colonial
Brasil negros no sistema colonial
 
2014 novo horizonte
2014   novo horizonte2014   novo horizonte
2014 novo horizonte
 
O trabalho escravo no brasil
O trabalho escravo no brasilO trabalho escravo no brasil
O trabalho escravo no brasil
 
Africanos no Brasil.
Africanos no Brasil.Africanos no Brasil.
Africanos no Brasil.
 
Igreja e Escravidão no Brasil
Igreja e Escravidão no BrasilIgreja e Escravidão no Brasil
Igreja e Escravidão no Brasil
 
Escravidão
EscravidãoEscravidão
Escravidão
 
Dia da conciência negra vinícius
Dia da conciência negra viníciusDia da conciência negra vinícius
Dia da conciência negra vinícius
 
Escravidão: Outras Histórias
Escravidão: Outras HistóriasEscravidão: Outras Histórias
Escravidão: Outras Histórias
 
Escravidão africana no brasil
Escravidão africana no brasilEscravidão africana no brasil
Escravidão africana no brasil
 
A escravidão no brasil colônia
A escravidão no brasil colôniaA escravidão no brasil colônia
A escravidão no brasil colônia
 
Escravidão negra africana no brasil colônia
Escravidão negra africana no brasil colôniaEscravidão negra africana no brasil colônia
Escravidão negra africana no brasil colônia
 
Escravidão africana no brasil
Escravidão africana no brasilEscravidão africana no brasil
Escravidão africana no brasil
 
Projeto 200 anos
Projeto 200 anosProjeto 200 anos
Projeto 200 anos
 
Imigração Japonesa - Brasil e Amazônia
Imigração Japonesa - Brasil e AmazôniaImigração Japonesa - Brasil e Amazônia
Imigração Japonesa - Brasil e Amazônia
 
Trabalho Escravo
Trabalho EscravoTrabalho Escravo
Trabalho Escravo
 
Quilombos orig.
Quilombos  orig.Quilombos  orig.
Quilombos orig.
 
100 Años de Imigração Japonesa no Brasil
100 Años de Imigração Japonesa no Brasil100 Años de Imigração Japonesa no Brasil
100 Años de Imigração Japonesa no Brasil
 

Semelhante a 10 curiosidades sobre a escravidão no Brasil colonial

Influência da-cultura-africana-no-brasil
Influência da-cultura-africana-no-brasilInfluência da-cultura-africana-no-brasil
Influência da-cultura-africana-no-brasilNancihorta
 
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfA escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfGabrielaDuarte699486
 
Os negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniaOs negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniahistoriando
 
cultura-afro-brasileira.pptx
cultura-afro-brasileira.pptxcultura-afro-brasileira.pptx
cultura-afro-brasileira.pptxKATIALUIZAFOLLETO
 
Cultura negra / Afro-Brasileira
Cultura negra / Afro-BrasileiraCultura negra / Afro-Brasileira
Cultura negra / Afro-BrasileiraNiela Tuani
 
Escravos
EscravosEscravos
EscravosLane94
 
lei 10.639.ppt
lei 10.639.pptlei 10.639.ppt
lei 10.639.pptAndreSs39
 
Apresentação maria dos negros
Apresentação maria dos negrosApresentação maria dos negros
Apresentação maria dos negrosHérika Diniz
 
Congado - Origens, Características e Organização
Congado - Origens, Características e OrganizaçãoCongado - Origens, Características e Organização
Congado - Origens, Características e OrganizaçãoGabriel Resende
 
Negros felipe e gabriel
Negros  felipe e gabrielNegros  felipe e gabriel
Negros felipe e gabrielArgos Santos
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro BrasileiraCultura Afro Brasileira
Cultura Afro Brasileirabrendazarza
 
Os nossos antepassados eram deuses claude lepine
Os nossos antepassados eram deuses   claude lepineOs nossos antepassados eram deuses   claude lepine
Os nossos antepassados eram deuses claude lepineMonitoria Contabil S/C
 
Arte Afro Brasileira PóS
Arte Afro Brasileira PóSArte Afro Brasileira PóS
Arte Afro Brasileira PóSNorma Almeida
 

Semelhante a 10 curiosidades sobre a escravidão no Brasil colonial (20)

Capoeira
CapoeiraCapoeira
Capoeira
 
Livreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidiano
Livreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidianoLivreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidiano
Livreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidiano
 
Influência da-cultura-africana-no-brasil
Influência da-cultura-africana-no-brasilInfluência da-cultura-africana-no-brasil
Influência da-cultura-africana-no-brasil
 
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfA escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
 
Os negros no brasil colônia
Os negros no brasil colôniaOs negros no brasil colônia
Os negros no brasil colônia
 
cultura-afro-brasileira.pptx
cultura-afro-brasileira.pptxcultura-afro-brasileira.pptx
cultura-afro-brasileira.pptx
 
Da origem do hip
Da origem do hipDa origem do hip
Da origem do hip
 
Cultura negra / Afro-Brasileira
Cultura negra / Afro-BrasileiraCultura negra / Afro-Brasileira
Cultura negra / Afro-Brasileira
 
Escravos
EscravosEscravos
Escravos
 
lei 10.639.ppt
lei 10.639.pptlei 10.639.ppt
lei 10.639.ppt
 
_África.ppt
_África.ppt_África.ppt
_África.ppt
 
Escravatura
EscravaturaEscravatura
Escravatura
 
Cultura afro
Cultura afroCultura afro
Cultura afro
 
Apresentação maria dos negros
Apresentação maria dos negrosApresentação maria dos negros
Apresentação maria dos negros
 
Congado - Origens, Características e Organização
Congado - Origens, Características e OrganizaçãoCongado - Origens, Características e Organização
Congado - Origens, Características e Organização
 
Negros felipe e gabriel
Negros  felipe e gabrielNegros  felipe e gabriel
Negros felipe e gabriel
 
Slide Escravidão.pptx
Slide Escravidão.pptxSlide Escravidão.pptx
Slide Escravidão.pptx
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro BrasileiraCultura Afro Brasileira
Cultura Afro Brasileira
 
Os nossos antepassados eram deuses claude lepine
Os nossos antepassados eram deuses   claude lepineOs nossos antepassados eram deuses   claude lepine
Os nossos antepassados eram deuses claude lepine
 
Arte Afro Brasileira PóS
Arte Afro Brasileira PóSArte Afro Brasileira PóS
Arte Afro Brasileira PóS
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 

10 curiosidades sobre a escravidão no Brasil colonial

  • 2.  A Festa de Nossa Senhora do Rosário, a padroeira dos escravos do Brasil colonial, foi realizada pela primeira vez em Olinda (PE), no ano de 1645. A santa já era cultuada na África, levada pelos portugueses como forma de cristianizar os negros. Eles eram batizados quando saíam da África ou quando chegavam ao Brasil. Na cidade de Serro (MG), acontece a maior de todas as festas em homenagem a santa, em julho, desde 1720. De acordo com a lenda, um dia Nossa Senhora do Rosário saiu do mar. Ao ser chamada por índios, não se mexeu. O mesmo aconteceu com marinheiros brancos. A santa só atendeu aos escravos, que tocaram bem forte os seus tambores. Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e seu projeto arquitetônico
  • 3.   Crianças brancas e negras andavam nuas e brincavam até os 5 ou 6 anos de idade. Tinham os mesmos jogos, baseados em personagens fantásticos do folclore africano. Mas aos 7 anos, a criança negra enfrentava sua condição e precisava começar a trabalhar. Crianças
  • 4.   A cozinha era muito valorizada na casa-grande. Conquistaram o gosto dos europeus e brasileiros os pratos de origem africana, como vatapá e caruru, comuns na mesa patriarcal nordestina. A cozinha ficava num anexo da casa, separada dos cômodos principais por depósitos ou áreas internas. Culinária negra no período colonial
  • 5.  Normalmente, divisões internas da senzala separavam homens e mulheres. Mas, algumas vezes, era permitido aos poucos casais aceitos pelo senhor morarem em barracos separados, de pau-a-pique, cobertos com folhas de bananeira. Relacionamentos afetivos entre escravos
  • 6.  Aos domingos, os escravos tinham direito de cultivar mandioca e hortaliças para consumo próprio. Podiam, inclusive, vender o excedente na cidade. A medida combatia a fome do campo, pois a monocultura de exportação não dava espaço a produtos de subsistência. Quando a noite caia, o som dos batuques e dos passos de dança dominava a senzala. As festas e outras manifestações culturais eram admitidas, pois a maioria dos senhores acreditava que isso diminuía as chances de revolta. Produção para consumo
  • 7.  Em algumas regiões, os escravos africanos eram divididos em três categorias: o “boçal”, que recusava falar o português, resistindo à cultura europeia; o “ladino”, que falava o português; e o “crioulo”, o escravo que nascia no Brasil. Geralmente, ladinos e crioulos recebiam melhor tratamento, trabalhos mais brandos e perspectiva de ascensão social. Divisão entre os escravos
  • 8.   Os negros nunca tiveram uma atitude passiva diante da escravidão. Muitos quebravam ferramentas de trabalho e colocavam fogo nas senzalas. Outros cometiam suicídio, muitas vezes comendo terra. Outros, ainda, entregavam-se ao banzo, grande tristeza que podia levar à morte por inanição. A forma comum de rebeldia, no entanto, era a fuga. Resistência escrava
  • 9.  A palavra capoeira não é de origem africana. Ela vem do tupi (kapu’era). Trazida para o Brasil por intermédio dos navios negreiros, a capoeira foi desenvolvida nos quilombos pernambucanos do século XVI. As características de luta e dança adquiridas no país podem classificá-la como uma manifestação cultural genuinamente brasileira. O berimbau é um instrumento de percussão trazido da África (mbirimbau). Ele só entrou na história da capoeira no século XX. Antes, o instrumento era usado pelos vendedores ambulantes para atrair os clientes. O arco vem do caule de um arbusto chamado biriba, comum no Nordeste, que é fácil de envergar. Até a abolição da escravatura, a lei punia os praticantes de capoeira com penas de até 300 açoites e o calabouço. De 1889 a 1937, a capoeira era crime previsto pelo Código Penal. Uma simples demonstração dava seis meses de cadeia. Em 1937, o presidente Getúlio Vargas foi ver uma exibição, gostou e acabou com a proibição. Capoeira
  • 10.   Com a expansão das cidades, multiplicam-se escravos urbanos em ofícios especializados, como pedreiros, vendedores de galinhas, barbeiros e rendeiras. Os carregadores zanzam de um lado a outro, levando baús, barris, móveis e, claro, brancos. Escravos de Ganho eram escravos que tinham permissão de vender ou prestar serviços na rua. Em troca, ele deveria dar uma porcentagem dos ganhos a seu dono. Escravos nas cidades
  • 11.   Cada senhor de engenho tinha autorização para importar 120 escravos por ano da África. E havia uma lei que estipulava em 50 o número máximo de chibatadas que um escravo podia levar por dia. Penalidades