Conferência SC 24 | Data Analytics e IA: o futuro do e-commerce?
A L G U M A S N O T A S S O B R E M A R K E T I N G D E R E D E
1. Algumas notas
sobre Marketing de Rede
Alexandre Pinto
Consultor em Marketing de Rede
apinto.consultor@gmail.com
O consumidor activo
Se pararmos uns minutos para reflectir naquilo que mudou, nas últimas décadas, na nossa vida de
consumidores, vamos descobrir muita coisa interessante. Todos nós somos consumidores das mais
elementares e variadas coisas: alimentação, vestuário, lazer, higiene, telecomunicações, etc, etc. E
somos, cada vez mais, consumidores activos.
As novas tecnologias mudaram as formas de produção, os métodos de distribuição e as técnicas de
marketing envolvidas.
Hoje temos produtos personalizados e comprados directamente no produtor. Hoje podemos comprar
as coisas mais incríveis, no eBay, por exemplo, a alguém que está do outro lado do planeta. Hoje é
normal os grandes hipermercados e lojas premiarem a fidelização dos seus clientes com descontos,
acumulação de pontos e promoções.
O marketing de rede vai um pouco mais longe, permitindo que o consumidor seja activo na própria
cadeia de distribuição. As empresas que optam por este tipo de marketing abandonam toda a
publicidade e divulgação nos canais habituais (televisão, rádios, jornais, outdoors, etc.). Dessa
forma, poupam imenso dinheiro nos custos e canalizam esses ganhos para os próprios consumidores
que ajudam a gerar facturação.
Estamos perante algo de uma tremenda simplicidade. Vamos imaginar que eu tenho uma caixa com
milhares de chocolates para vender. Eu quero vendê-los depressa, mas sozinho não consigo. Assim,
quando vendo um chocolate, digo ao consumidor: “Olhe, já que gostou do chocolate, se me indicar
mais consumidores para o meu produto, eu dou-lhe 10% pela vendas que eu irei conseguir fazer”.
Dessa forma, vou vender os chocolates mais depressa e os próprios consumidores, ao ajudarem na
minha facturação, recebem uma gratificação, que mais não é que uma parte da margem de lucro
que eu obtenho com as vendas.
Simples, certo ? Eficaz, certo ?
Vamos agora imaginar que todos estes clientes dos meus chocolates se tornam clientes fiéis. Todos
os meses adquirem, novamente, os meus chocolates. Então, todos os meses, eu tenho uma
facturação que me permite continuar a oferecer comissões às pessoas que ajudaram a montar esta
rede de consumo.
A isto se pode chamar consumidores activos. Não se limitam a consumir um produto de que
gostam. Participam na construção do próprio canal de distribuição, divulgando e indicando novos
consumidores e, por isso, recebem uma percentagem na margem de lucro. Dessa forma, podemos
dizer que também possuem o seu próprio negócio, pois beneficiam de um sistema que lhes permite
ganhar dinheiro ajudando a desenvolver uma rede de consumo que gera facturação.
Neste conceito, a empresa GDI (Global Domains International Inc.), oferece um produto
excepcional: alojamento e registo de domínios na Internet. É fabuloso. Um produto que não
necessita de stocks, não tem custos adicionais (portes de correio, manutenção, etc.) e que tem um
custo mensal baixíssimo. Uma vez adquirido, o seu consumo mensal é automático. Nunca mais nos
preocupamos com isso. E qualquer pessoa que, nos dias de hoje, utilize a internet, pode adquirir
este produto. Qualquer pessoa tem motivos para possuir o seu próprio website na Internet. Ainda
mais quando pode ganhar dinheiro com isso. Estamos a falar de um mercado à escala global, com
um gigantesco potencial.
1
2. O conceito de rede
Todos sabemos que a divulgação “boca-a-boca” é o melhor marketing do mundo. Todos nós
divulgamos produtos ou serviços de que gostamos. Um filme, um carro, um médico, um restaurante,
etc. Há muitas empresas, clubes ou mesmo lojas que nos premeiam quando arranjamos um novo
cliente ou um novo associado. Este conceito existe há vários anos mas ganha outra dimensão com os
actuais sistemas informáticos.
Hoje é comum encontrar na Internet o conceito de rede envolvendo pessoas. São as redes de
contactos, as redes de amigos, que crescem exponencialmente. E podemos “navegar” por essas
redes, pois não se perde a ligação que quem indicou quem, quem é amigo de quem, etc., etc.
No marketing de rede, a informática é essencial, pois é ela que permite gerir redes que crescem
por todo o mundo. Sempre que alguém adere a um sistema em marketing multinível, é referenciado
por outra pessoa. E essa ligação vai manter-se para sempre. Por isso, o termo de rede é o que
melhor define esta realidade.
E uma rede não é uma pirâmide. Ela cresce de forma totalmente aleatória. Apenas para simplificar
o conceito se pode dar exemplos com redes que crescem em múltiplos de 2, 5 ou o que seja. Na
prática, quando falamos de marketing de rede, esses múltiplos não são fixos e as redes crescem de
forma totalmente aleatória. É importante que as pessoas tenham esta noção pois nem todas as
oportunidades que nos são apresentadas são verdadeiros sistemas de marketing de rede.
Outra noção importante é verificar que não é a posição que a pessoa ocupa na rede que determina o
dinheiro que pode ganhar. Neste tipo de marketing existe sempre um plano de comissões com regras
bem definidas e que acabam sempre por beneficiar os mais trabalhadores e os que mais contribuem
para o crescimento da rede.
Ganhar num Mercado Global
Há uma questão que oiço com frequência: “Portugal tem mercado para esta actividade?”. Esta
questão está um pouco viciada com a ideia tradicional de mercado e pode ser colocada
relativamente a qualquer pais. A sua resposta é obviamente positiva. Todos os dias são criados
novos domínios na Internet, a toda a hora, em todo o mundo. Esse é um facto real. E a acção de
divulgar o produto da GDI, para qualquer pessoa, não está limitada à sua área geográfica. O
Marketing de Rede desta empresa está preparado para crescer em todo o mundo, num verdadeiro
mercado global.
Mas voltando à questão inicial, Portugal é um excelente mercado. Porquê? Porque estamos a falar
de uma actividade de baixo investimento monetário, que permite ter ganhos mensais e isso tem
todo o interesse num país onde as famílias se queixam, constantemente, que o dinheiro não estica
no final do mês.
Reparem, o recurso a linhas de crédito, no nosso país, é prática comum. Os portugueses recorrem
ao crédito para comprar as mais variadas coisas. Infelizmente, por vezes, endividam-se mais do que
deviam. E somos campeões a jogar no Euromilhões. Tudo isto indica que os portugueses querem ter
mais dinheiro no bolso. E cada um terá os seus motivos: melhorar a qualidade de vida da família,
viajar mais pelo mundo, poder dedicar-se a outras actividades, o que seja.
O sistema de marketing da GDI permite, de facto, obter rendimentos num mercado global, de forte
expansão em todo o mundo. Mas isso não é válido para quem não quer fazer nada e fica à espera
que as coisas caiam do céu. Para esses, nem mesmo um sistema como este funciona. Para os
outros, os que passam à acção, a Internet e o marketing de rede são uma verdadeira
oportunidade neste início de século.
Os computadores foram apenas o início de uma revolução planetária que ainda hoje está em
construção e é irreversível. Temos telemóveis ou PDA’s no bolso, temos portáteis na mala e GPS no
carro. A Internet já mudou o nosso dia-a-dia, no acesso à informação, nas idas ao banco, na entrega
do IRS, na forma de comunicar e conhecer pessoas. Também os empregos, os negócios e as
actividades económicas estão a mudar. O tele-trabalho, as lojas virtuais e o marketing de rede são
bons exemplos de como as formas de trabalhar e as fontes de rendimento já são diferentes, para
quem as souber aproveitar.
2