O documento discute o uso das redes sociais pelos bancos para se comunicarem com os clientes. Aponta que os bancos precisam recriar laços pessoais com os clientes após terem promovido canais digitais. Sugere que os balcões bancários poderiam realizar atividades para atrair clientes e a comunidade, como oficinas e educação financeira.
2. O Facebook tem cerca de 300 milhões de utilizadores. O Twitter é actualmente o que mais cresce, tendo já cerca de 55 milhões. E o Linkedin é já o favorito entre mais de 65 milhões de profissionais. Quantos dos seus clientes estão nestes web sites? E, mais importante, o que estão a dizer sobre si, a sua empresa e os seus produtos, e se estão efectivamente a dizer algo? Ter uma estratégia de social media bem sucedida significa que irá criar uma imagem própria online e interagir de forma responsável nas conversações e relações que ditam a sua imagem. O mundo muda rapidamente a todo o momento, e a forma como comunicamos está a mudar ainda mais rápido. Não se trata actualmente de apenas X e Y que têm um Blog e estão no Facebook, mas sim de um fenómeno social que cruza todas as gerações. De forma a ter impacto, necessita que a sua voz nestes websites crie confiança, valor e respeito.
3. O Índice de Notoriedade representa a percentagem de referências/comentários encontrados nos social media relativamente aos bancos em análise: Banif, Barclays, BES, BPI, CGD, Millennium BCP e Santander Totta, nas principais redes sociais, blogues, media, fóruns, entre 1 a 31 de Outubro de 2010, mediante pesquisas avançadas por palavras-chave, correspondentes ao nome do respectivo banco.Maioritariamente as referências provêm dos media online, seguindo-se os blogues, depois os micro blogues (twitter), a seguir o vídeo sharing e redes sociais.
4. O Índice de Reputação representa a percentagem de referências/comentários nos social media, recolhidos no índice de Notoriedade. No geral a informação recolhida é maioritariamente informação financeira (bolsa e serviços) e eventos (patrocínios e outras iniciativas). Entre os assuntos mais abordados nos media online, destacamos o financiamento doBanif à construção do hospital de Vila Franca de Xira e o facto de ser o único banco português na lista de favoritos do banco suíço UBS. O lucros do Millennium BCP aumentaram 22% nos primeiros nove meses do ano e o Santander Totta foi eleito o melhor banco do ano pela revista Exame, mas viu cair os resultados líquidos 11% nos primeiros nove meses do ano. Ao BES foi dada luz verde para abrir uma sucursal na Venezuela e a CGD vendeu o seu edifício-sede ao fundo de pensões do pessoal, num negócio de 251,8 milhões de euros
5. Nos meios informais, como as redes sociais, blogues, micro blogues e fóruns, destacamos, entre os temas mais falados, as condições oferecidas pelo Banif para captação de depósitos a prazo, a Solução Cliente Frequente Millennium BCP e as soluções de Crédito à Habitação do Santander Totta. O BES ganha reputação com o lançamento do Planeta BES, um portal dedicado à sustentabilidade, transformado num jogo ‘online'. Já a CGD destaca-se pelas iniciativas de responsabilidade social, como é o caso da limpeza do areal de Peniche pelos seus funcionários, que vão ser abrangidos pelo corte salarial decretado pelo Governo para o próximo ano.
8. Em relação ás redes sociais e mais concretamente ao facebook e twitter existe a página do Millennium Mobile onde o Banco se dedica nesta rubrica á divulgação das funcionalidades do Banco no telemóvel, como por exemplo o Go Mobile, o Mobile Web, onde se pode aceder ao Banco via qualquer Smartphone com ligação á internet e onde se pode fazer CONSULTAS de património, saldos e movimentos das contas á ordem, poupanças e cartões de crédito, saldos das contas títulos, NIB/IBAN das contas á ordem, detalhes dos cartões de crédito e também OPERAÇÕES de transferências nacionais, pagamentos de serviços, pagamentos ao estado/judiciais, carregamentos de telemóveis e reforço de poupanças. Pode-se consultar este serviço no seguinte URL; https://mobile.millenniumbcp.pt A última iniciativa do MillenniumBCP em abrir balcões ao Sábado, conjugada com a leitura do Post Publicidade e a minha vontade de ter uma loja em vez de um escritório, deixou-me a pensar na teia das relações das marcas com os seus clientes. E pegando no caso dos bancos: andaram anos e anos a promover as máquinas automáticas para todas as tarefas rotineiras, deram-nos cartões e facilidades e homebankings magníficos, ganharam tempo, cortaram custos nas operações banais para se dedicarem ao que realmente interessava, a venda e a relação com os clientes.
9. Mas agora os clientes não aparecem e de vez em quando até mudam de banco. Perdeu-se a relação afectiva e pessoal quando passámos a realizar as operações por vias digitais. O balcão enquanto espaço privilegiado de relação passou a ser um espaço vazio, onde o mais importante é a montra pelo impacto que tem na rua. É um outdoor caro, direi eu. Por outro lado, vemos marcas a criarem espaços, lojas, lojas-conceito, etc, onde se pretende potenciar a marca, prolongando a experiência vivida noutros meios, nomeadamente os digitais. Se quiserem, uma Apple Store é um bom exemplo disso. Ou seja, com todo o poder do digital ao nosso serviço a facilitar as relações de proximidade com quem está longe e a facilitar a comunicação de um para um, o contacto pessoal e a experiência da loja ainda são importantes. Aquilo que os bancos têm agora pela frente é o belo desafio de voltarem a atrair os clientes para as “compras” financeiras, no espaço do balcão. Se para a comunicação andamos a pensar em conteúdos alternativos às campanhas tradicionais, os bancos terão que pensar em acções alternativas que atraiam os potenciais clientes mas onde o objectivo da venda seja posto a médio-prazo.
10. E se pensarmos no papel de cada balcão no seio da comunidade, podemos pensar em acções de educação financeira, em workshops de empreendorismo para jovens, em ajudar os mais velhos a lidarem com a administração pública por via digital, … podemos e devemos, porque afinal a vida comercial dum balcão é suportada pela vida da comunidade, do bairro, da vila. A social media terá certamente um papel muito importante na divulgação destas medidas por parte do Banco, promovendo novamente a aproximação das massas aos Bancos, no entanto penso que toda a nova tecnologia digital não vai mudar os hábitos negociais presenciais dos clientes mais “Velhos” que preservam o modelo tradicional. Para o uso sustentável dos meios de comunicação social, tem que ser trabalhado uma relação lógica a ser estabelecida entre as avenidas (social media), as aplicações (wikis, RSS feeds, blogs, micro-blogs e outros) e do modelo de negócio (fases de decisão de compra). Uma abordagem possível para alavancar as aplicações de forma que complementem as capacidades e as características do cliente bancário. Como a adopção de sociais media está crescendo astronomicamente, ela está claramente a tornar-se no canal escolhido pela indústria para aumentar a participação da nova geração de clientes. É provável que o sector bancário seja a fronteira na adopção de tecnologias da próxima geração, incluindo os processos de negócios em redes sociais. Na minha perspectiva o social media será claramente eficaz para o pequeno negócio, publicidade e marketing.