O documento discute a influência da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no processo educacional de estudantes surdos em escolas regulares. Aborda a história da educação de surdos e como a inclusão da Libras no currículo escolar tem proporcionado melhores condições de ensino-aprendizagem para esses estudantes, vistos não mais como tendo déficit cognitivo.
1) O documento discute a inclusão de alunos surdos no ensino regular do Paraná a partir da perspectiva de professores;
2) Os professores citam dificuldades relacionadas a sua falta de conhecimento sobre surdez e LIBRAS e dificuldades dos alunos surdos;
3) Conclui-se que a inclusão requer escolas e sociedade inclusivas, com professores capacitados e comprometidos com a educação de todos.
Este documento apresenta um resumo de um livro sobre educação especial no campo, interculturalidade, inclusão e estudos surdos na Amazônia Tocantina. O livro contém 27 artigos distribuídos em 5 grupos de trabalho: 1) Estudos em Educação, Surdez e Libras; 2) Educação Inclusiva no Campo; 3) Interculturalidade e Surdez; 4) Mulheres, Diversidade e Inclusão no Objeto da Surdez; e 5) Políticas Públicas e Inclusão Socioeducacional de Surdos em D
Políticas de Inclusão e Educação Bilíngue para SurdosDanielle Souza
Trabalho apresentado no 7º Encontro Internacional de Formação de Professores e o 8º Fórum Permanente de Inovação Educacional, Formação de Professores e os Desafios da Prática da Educação Contemporânea, na UNIT.
Cartilha Educação para Surdos_versão final.pdfSemônica Silva
Este documento discute estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE). O documento explora as particularidades dos alunos surdos, estratégias de ensino voltadas para a visualidade, a relação entre professores e intérpretes, atendimentos no Núcleo de Apoio Pedagógico para Necessidades Educativas Especiais (NAPNE) e fornece
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdfSemônica Silva
Este artigo discute as interfaces entre comunicação e educação e como os meios de comunicação circulam no cotidiano escolar. Foi realizada uma pesquisa em 32 escolas de São Paulo com 197 professores e 699 alunos para verificar o uso da comunicação no ensino e identificar hábitos midiáticos. Os resultados indicam desencontros entre os ritmos escolares e as temporalidades marcadas pelos meios de comunicação na vida dos estudantes e professores. Propõe-se promover a inter-relação comunicativo-educativa para superar essas distonias.
O documento discute as relações entre linguagem e escola, analisando teorias sobre deficiência linguística versus diferenças linguísticas. A autora defende que a escola deve ensinar o dialeto de prestígio sem rejeitar os dialetos de classe, adotando um bidialetalismo que instrumentalize os alunos para lutar contra desigualdades, em vez de apenas adaptá-los.
A inclusão-da-pessoa-surda-especificidades-no-âmbito-educacionalJunior Sales
1) O documento discute a inclusão de pessoas surdas no ambiente escolar considerando suas especificidades linguísticas e culturais. 2) Ao longo da história, pessoas surdas sofreram exclusão na educação e priorizava-se o desenvolvimento da fala em detrimento da aprendizagem. 3) Atualmente, a inclusão proposta no Brasil não tem garantido acesso à educação de qualidade para surdos, já que a comunicação oral dominante nas escolas regulares dificulta a aprendizagem.
O documento discute a educação bilíngue e a cultura letrada em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Apresenta a trajetória da autora como professora e pesquisadora da educação de surdos. Aborda conceitos como políticas linguísticas, gêneros textuais sinalizados e enunciação verbovisual. Discorre sobre o letramento acadêmico bilíngue e a produção de textos em Libras no ensino superior. Defende práticas de letramento que valorizem as línguas e as culturas
1) O documento discute a inclusão de alunos surdos no ensino regular do Paraná a partir da perspectiva de professores;
2) Os professores citam dificuldades relacionadas a sua falta de conhecimento sobre surdez e LIBRAS e dificuldades dos alunos surdos;
3) Conclui-se que a inclusão requer escolas e sociedade inclusivas, com professores capacitados e comprometidos com a educação de todos.
Este documento apresenta um resumo de um livro sobre educação especial no campo, interculturalidade, inclusão e estudos surdos na Amazônia Tocantina. O livro contém 27 artigos distribuídos em 5 grupos de trabalho: 1) Estudos em Educação, Surdez e Libras; 2) Educação Inclusiva no Campo; 3) Interculturalidade e Surdez; 4) Mulheres, Diversidade e Inclusão no Objeto da Surdez; e 5) Políticas Públicas e Inclusão Socioeducacional de Surdos em D
Políticas de Inclusão e Educação Bilíngue para SurdosDanielle Souza
Trabalho apresentado no 7º Encontro Internacional de Formação de Professores e o 8º Fórum Permanente de Inovação Educacional, Formação de Professores e os Desafios da Prática da Educação Contemporânea, na UNIT.
Cartilha Educação para Surdos_versão final.pdfSemônica Silva
Este documento discute estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE). O documento explora as particularidades dos alunos surdos, estratégias de ensino voltadas para a visualidade, a relação entre professores e intérpretes, atendimentos no Núcleo de Apoio Pedagógico para Necessidades Educativas Especiais (NAPNE) e fornece
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdfSemônica Silva
Este artigo discute as interfaces entre comunicação e educação e como os meios de comunicação circulam no cotidiano escolar. Foi realizada uma pesquisa em 32 escolas de São Paulo com 197 professores e 699 alunos para verificar o uso da comunicação no ensino e identificar hábitos midiáticos. Os resultados indicam desencontros entre os ritmos escolares e as temporalidades marcadas pelos meios de comunicação na vida dos estudantes e professores. Propõe-se promover a inter-relação comunicativo-educativa para superar essas distonias.
O documento discute as relações entre linguagem e escola, analisando teorias sobre deficiência linguística versus diferenças linguísticas. A autora defende que a escola deve ensinar o dialeto de prestígio sem rejeitar os dialetos de classe, adotando um bidialetalismo que instrumentalize os alunos para lutar contra desigualdades, em vez de apenas adaptá-los.
A inclusão-da-pessoa-surda-especificidades-no-âmbito-educacionalJunior Sales
1) O documento discute a inclusão de pessoas surdas no ambiente escolar considerando suas especificidades linguísticas e culturais. 2) Ao longo da história, pessoas surdas sofreram exclusão na educação e priorizava-se o desenvolvimento da fala em detrimento da aprendizagem. 3) Atualmente, a inclusão proposta no Brasil não tem garantido acesso à educação de qualidade para surdos, já que a comunicação oral dominante nas escolas regulares dificulta a aprendizagem.
O documento discute a educação bilíngue e a cultura letrada em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Apresenta a trajetória da autora como professora e pesquisadora da educação de surdos. Aborda conceitos como políticas linguísticas, gêneros textuais sinalizados e enunciação verbovisual. Discorre sobre o letramento acadêmico bilíngue e a produção de textos em Libras no ensino superior. Defende práticas de letramento que valorizem as línguas e as culturas
A importancia do ensino de libras na educacao fundamentalLuan Felipe Frade
Este documento discute a importância do ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) na educação de crianças surdas. A LIBRAS é essencial para o desenvolvimento cognitivo e social de crianças surdas, mas muitas escolas não oferecem ensino adequado de LIBRAS. É importante que as escolas preparem professores para ensinar LIBRAS e adotem currículos que valorizem essa língua.
O documento discute a educação de alunos surdos, enfatizando a importância do ensino na língua de sinais e da cultura surda. Também aborda estratégias pedagógicas inclusivas para alunos surdos, como usar recursos visuais, comunicação clara, intérpretes e provas diferenciadas.
1) O documento discute a abordagem bilíngue na escolarização de pessoas com surdez na perspectiva da inclusão escolar.
2) Foi escrito por Carla Barbosa Alvez, Josimário de Paula Ferreira e Mirlene Macedo Damázio e publicado pelo Ministério da Educação em 2010.
3) Apresenta a educação especial e a inclusão escolar, com foco na abordagem bilíngue para surdos.
Este documento descreve um projeto de ensino de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para 20 crianças ouvintes entre 6-7 anos em uma escola de educação infantil. O projeto durou um ano com aulas semanais e teve como objetivos ampliar o vocabulário das crianças, sensibilizá-las para a inclusão de pessoas com deficiência e apresentar uma nova forma de comunicação. Os resultados indicaram que as crianças desenvolveram habilidades básicas em Libras e passaram a reconhecer e aceitar melhor pessoas
O documento discute o uso de jogos adaptados para ensinar Libras (Língua Brasileira de Sinais) em salas de aula regulares em Castanhal, Pará. O objetivo é promover maior interação entre alunos surdos e ouvintes, facilitando o aprendizado. A pesquisa mostra como o ensino de Libras é desenvolvido e sugere reflexões sobre como fazer um trabalho diferenciado e atrativo para alunos surdos.
Inclusão de aluna surda no ensino profissionalizante em escola pública da cid...Letícia J. Storto
Inclusão de aluna surda no ensino profissionalizante em
escola pública da cidade de Londrina
Tirza Cosmos dos Santos Hirata
Alessandra Dutra;
Letícia Jovelina Storto
Revista Eletrônica de Educação, v. 7, n. 3, p.205-225
ISSN 1982-7199
Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br
Esta pesquisa retrata o processo de inclusão de uma aluna surda em um Curso Técnico
Subsequente em Contabilidade em um colégio estadual da cidade de Londrina, Paraná, Brasil.
Tem por objetivos compreender as dificuldades da aluna surda em um processo de inclusão
escolar, o modo como seus colegas e professores se relaciona com ela, conhecer o que eles
pensam da presença dela e do intérprete em sala de aula, verificar se os professores do curso
técnico profissionalizante têm preparo para trabalhar a inclusão de uma aluna surda no
contexto escolar e identificar se os docentes mudaram sua prática pedagógica com a presença
de uma aluna surda em sala de aula. Para isso, realizou-se uma pesquisa de campo. A coleta
de dados deu-se por meio da aplicação de questionários com questões objetivas e subjetivas.
Os resultados mostram a falta de preparo de professores e equipe diretiva para trabalhar a
inclusão na realidade escolar, bem como as dificuldades encontradas pela aluna no desenvolvimento
das atividades em sala de aula. Espera-se que os resultados obtidos com este estudo
permitam sinalizar o processo de inclusão de surdos no contexto de uma sociedade inclusiva.
O documento discute:
1) A educação de surdos, comparando visões clínico-terapêuticas e sócio-antropológicas
2) As limitações enfrentadas por surdos na escola, trabalho e família
3) A importância do reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) na educação de surdos
O documento discute as contribuições da sociolinguística para uma educação linguística em sala de aula. Os estudos sociolinguísticos destacam a diversidade linguística e desfazem o mito da homogeneidade, sendo importantes para entender as variações linguísticas presentes nas escolas. Uma educação linguística leva em conta essas variações sem estigmatizar os alunos, ensinando a norma padrão sem negar os saberes linguísticos que os alunos já possuem.
O documento discute três teorias sobre as relações entre linguagem e escola: 1) a teoria da deficiência linguística, que atribui o fracasso escolar dos alunos pobres a deficiências na sua linguagem; 2) a teoria das diferenças linguísticas, que vê diferenças, não deficiências, nas linguagens; 3) a teoria do capital linguístico escolarmente rentável, que argumenta que a escola reproduz as desigualdades sociais.
1. O documento discute a educação de crianças surdas no Brasil, abordando desafios como a falta de recursos em escolas públicas e poucos professores qualificados.
2. É argumentado que o uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é essencial para a comunicação e aprendizagem de crianças surdas, mas que as escolas comuns não estão adequadamente preparadas para recebê-las.
3. O desenvolvimento da escrita em português por crianças surdas também é examinado, com a
O documento discute o mito da deficiência linguística e como as pesquisas de Labov desmistificaram essa teoria. Labov mostrou que as variedades linguísticas não são inferiores, mas sim diferentes, e que as crianças das classes populares não têm deficiência, mas sim recebem estimulação verbal. A escola tende a favorecer o capital linguístico das classes dominantes, contribuindo para o fracasso escolar. A solução não está na escola, mas na eliminação das desigualdades sociais.
A revista apresenta artigos sobre alfabetização, literatura na educação infantil e ensino fundamental, incluindo práticas pedagógicas com contos e obras literárias. A revista tem como objetivo promover o diálogo entre professores sobre o trabalho com a linguagem e processos de alfabetização, leitura e escrita.
O documento discute estratégias para ensinar linguagem funcional para crianças surdas na educação infantil, incluindo atividades como respiração, relaxamento, exercícios orais e articulação, ritmo, leitura labial e dramatização. A dramatização é a estratégia principal para ensinar linguagem através de jogos de papéis e conversação. O objetivo é ajudar as crianças a adquirir português oral e escrito.
Albres e neves 2014 libras form_profissionaisLaura Serpa
O texto discute os desafios na formação continuada de profissionais para educação inclusiva e bilíngue de surdos no Brasil. Apresenta o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) como política do MEC para capacitar professores. Discute que o CAS priorizou capacitações em Libras em detrimento de produção de material didático e ensino de português para surdos, não alcançando plenamente a educação bilíngue inclusiva.
Culturas e História Indígena no Currículo Escolarguest243097
O documento discute a importância de incluir o ensino sobre história e culturas indígenas no currículo escolar brasileiro de acordo com a Lei 11.645/2008. Ele destaca a ignorância e preconceitos que ainda existem sobre os povos indígenas, mesmo entre educadores, e propõe ações como capacitação de professores, produção de materiais didáticos e intercâmbios entre escolas e aldeias para superar esses problemas.
O documento discute os baixos níveis de literacia nas escolas portuguesas e suas implicações no percurso escolar. Aprender a ler é crucial, mas muitas crianças não desenvolvem um projeto pessoal de leitor devido à iliteracia de suas famílias e comunidades. É necessário enriquecer a educação para a leitura fora da escola por meio de bibliotecas, atividades comunitárias e o envolvimento das famílias.
Este documento discute a educação bilíngue de crianças surdas, contando a história de duas crianças surdas da autora e refletindo sobre pedagogia surda. A autora defende que todas as crianças surdas têm direito ao desenvolvimento na língua de sinais e à cultura surda para que possam ter autonomia e fazer escolhas quando adultas.
Variação linguística e preconceito na fala do ex-presidente Lula.UENP
1) O documento discute as variações linguísticas presentes no discurso do presidente Lula, incluindo variações sociais e estilísticas.
2) Historicamente, o ensino de português no Brasil se concentrou apenas na variedade escrita, ignorando as variações regionais.
3) Análises do discurso de Lula mostraram que a linguagem humana é inerentemente variável, mesmo entre figuras importantes como chefes de estado.
Letramento e surdez um novo olhar sobre as práticas educacionais baseadas no ...Valeria de Oliveira
Este documento discute as práticas educacionais para surdos e a importância do bilinguismo usando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o Português. A pesquisa argumenta que o uso apenas do Português na educação de surdos leva ao analfabetismo, enquanto o bilinguismo respeita a identidade linguística dos surdos e melhora o aprendizado. Autores citados corroboram a importância da Libras para o desenvolvimento cognitivo dos surdos.
1) O documento discute definições de linguagem, língua e linguística, segundo Margarida Petter.
2) A diferença entre gramática e linguística é explicada, sendo que a gramática prescreve regras e a linguística faz descrições científicas.
3) A importância dos filósofos gregos para a gramática é destacada, uma vez que seus estudos abrangeram diversos aspectos da linguagem.
Texto educação inclusiva e língua brasileira de sinais - librasMárcia Dos Santos
O documento discute a história da inclusão de pessoas com deficiência na educação, desde a antiguidade até os dias atuais. Inicialmente, aqueles com deficiências eram exterminados ou segregados em instituições religiosas. Ao longo dos séculos, passaram a ser vistos como doentes e foram institucionalizados. Recentemente, houve um movimento pela integração e inclusão, garantindo o acesso à educação regular com apoio especializado.
A importancia do ensino de libras na educacao fundamentalLuan Felipe Frade
Este documento discute a importância do ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) na educação de crianças surdas. A LIBRAS é essencial para o desenvolvimento cognitivo e social de crianças surdas, mas muitas escolas não oferecem ensino adequado de LIBRAS. É importante que as escolas preparem professores para ensinar LIBRAS e adotem currículos que valorizem essa língua.
O documento discute a educação de alunos surdos, enfatizando a importância do ensino na língua de sinais e da cultura surda. Também aborda estratégias pedagógicas inclusivas para alunos surdos, como usar recursos visuais, comunicação clara, intérpretes e provas diferenciadas.
1) O documento discute a abordagem bilíngue na escolarização de pessoas com surdez na perspectiva da inclusão escolar.
2) Foi escrito por Carla Barbosa Alvez, Josimário de Paula Ferreira e Mirlene Macedo Damázio e publicado pelo Ministério da Educação em 2010.
3) Apresenta a educação especial e a inclusão escolar, com foco na abordagem bilíngue para surdos.
Este documento descreve um projeto de ensino de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para 20 crianças ouvintes entre 6-7 anos em uma escola de educação infantil. O projeto durou um ano com aulas semanais e teve como objetivos ampliar o vocabulário das crianças, sensibilizá-las para a inclusão de pessoas com deficiência e apresentar uma nova forma de comunicação. Os resultados indicaram que as crianças desenvolveram habilidades básicas em Libras e passaram a reconhecer e aceitar melhor pessoas
O documento discute o uso de jogos adaptados para ensinar Libras (Língua Brasileira de Sinais) em salas de aula regulares em Castanhal, Pará. O objetivo é promover maior interação entre alunos surdos e ouvintes, facilitando o aprendizado. A pesquisa mostra como o ensino de Libras é desenvolvido e sugere reflexões sobre como fazer um trabalho diferenciado e atrativo para alunos surdos.
Inclusão de aluna surda no ensino profissionalizante em escola pública da cid...Letícia J. Storto
Inclusão de aluna surda no ensino profissionalizante em
escola pública da cidade de Londrina
Tirza Cosmos dos Santos Hirata
Alessandra Dutra;
Letícia Jovelina Storto
Revista Eletrônica de Educação, v. 7, n. 3, p.205-225
ISSN 1982-7199
Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br
Esta pesquisa retrata o processo de inclusão de uma aluna surda em um Curso Técnico
Subsequente em Contabilidade em um colégio estadual da cidade de Londrina, Paraná, Brasil.
Tem por objetivos compreender as dificuldades da aluna surda em um processo de inclusão
escolar, o modo como seus colegas e professores se relaciona com ela, conhecer o que eles
pensam da presença dela e do intérprete em sala de aula, verificar se os professores do curso
técnico profissionalizante têm preparo para trabalhar a inclusão de uma aluna surda no
contexto escolar e identificar se os docentes mudaram sua prática pedagógica com a presença
de uma aluna surda em sala de aula. Para isso, realizou-se uma pesquisa de campo. A coleta
de dados deu-se por meio da aplicação de questionários com questões objetivas e subjetivas.
Os resultados mostram a falta de preparo de professores e equipe diretiva para trabalhar a
inclusão na realidade escolar, bem como as dificuldades encontradas pela aluna no desenvolvimento
das atividades em sala de aula. Espera-se que os resultados obtidos com este estudo
permitam sinalizar o processo de inclusão de surdos no contexto de uma sociedade inclusiva.
O documento discute:
1) A educação de surdos, comparando visões clínico-terapêuticas e sócio-antropológicas
2) As limitações enfrentadas por surdos na escola, trabalho e família
3) A importância do reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) na educação de surdos
O documento discute as contribuições da sociolinguística para uma educação linguística em sala de aula. Os estudos sociolinguísticos destacam a diversidade linguística e desfazem o mito da homogeneidade, sendo importantes para entender as variações linguísticas presentes nas escolas. Uma educação linguística leva em conta essas variações sem estigmatizar os alunos, ensinando a norma padrão sem negar os saberes linguísticos que os alunos já possuem.
O documento discute três teorias sobre as relações entre linguagem e escola: 1) a teoria da deficiência linguística, que atribui o fracasso escolar dos alunos pobres a deficiências na sua linguagem; 2) a teoria das diferenças linguísticas, que vê diferenças, não deficiências, nas linguagens; 3) a teoria do capital linguístico escolarmente rentável, que argumenta que a escola reproduz as desigualdades sociais.
1. O documento discute a educação de crianças surdas no Brasil, abordando desafios como a falta de recursos em escolas públicas e poucos professores qualificados.
2. É argumentado que o uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é essencial para a comunicação e aprendizagem de crianças surdas, mas que as escolas comuns não estão adequadamente preparadas para recebê-las.
3. O desenvolvimento da escrita em português por crianças surdas também é examinado, com a
O documento discute o mito da deficiência linguística e como as pesquisas de Labov desmistificaram essa teoria. Labov mostrou que as variedades linguísticas não são inferiores, mas sim diferentes, e que as crianças das classes populares não têm deficiência, mas sim recebem estimulação verbal. A escola tende a favorecer o capital linguístico das classes dominantes, contribuindo para o fracasso escolar. A solução não está na escola, mas na eliminação das desigualdades sociais.
A revista apresenta artigos sobre alfabetização, literatura na educação infantil e ensino fundamental, incluindo práticas pedagógicas com contos e obras literárias. A revista tem como objetivo promover o diálogo entre professores sobre o trabalho com a linguagem e processos de alfabetização, leitura e escrita.
O documento discute estratégias para ensinar linguagem funcional para crianças surdas na educação infantil, incluindo atividades como respiração, relaxamento, exercícios orais e articulação, ritmo, leitura labial e dramatização. A dramatização é a estratégia principal para ensinar linguagem através de jogos de papéis e conversação. O objetivo é ajudar as crianças a adquirir português oral e escrito.
Albres e neves 2014 libras form_profissionaisLaura Serpa
O texto discute os desafios na formação continuada de profissionais para educação inclusiva e bilíngue de surdos no Brasil. Apresenta o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) como política do MEC para capacitar professores. Discute que o CAS priorizou capacitações em Libras em detrimento de produção de material didático e ensino de português para surdos, não alcançando plenamente a educação bilíngue inclusiva.
Culturas e História Indígena no Currículo Escolarguest243097
O documento discute a importância de incluir o ensino sobre história e culturas indígenas no currículo escolar brasileiro de acordo com a Lei 11.645/2008. Ele destaca a ignorância e preconceitos que ainda existem sobre os povos indígenas, mesmo entre educadores, e propõe ações como capacitação de professores, produção de materiais didáticos e intercâmbios entre escolas e aldeias para superar esses problemas.
O documento discute os baixos níveis de literacia nas escolas portuguesas e suas implicações no percurso escolar. Aprender a ler é crucial, mas muitas crianças não desenvolvem um projeto pessoal de leitor devido à iliteracia de suas famílias e comunidades. É necessário enriquecer a educação para a leitura fora da escola por meio de bibliotecas, atividades comunitárias e o envolvimento das famílias.
Este documento discute a educação bilíngue de crianças surdas, contando a história de duas crianças surdas da autora e refletindo sobre pedagogia surda. A autora defende que todas as crianças surdas têm direito ao desenvolvimento na língua de sinais e à cultura surda para que possam ter autonomia e fazer escolhas quando adultas.
Variação linguística e preconceito na fala do ex-presidente Lula.UENP
1) O documento discute as variações linguísticas presentes no discurso do presidente Lula, incluindo variações sociais e estilísticas.
2) Historicamente, o ensino de português no Brasil se concentrou apenas na variedade escrita, ignorando as variações regionais.
3) Análises do discurso de Lula mostraram que a linguagem humana é inerentemente variável, mesmo entre figuras importantes como chefes de estado.
Letramento e surdez um novo olhar sobre as práticas educacionais baseadas no ...Valeria de Oliveira
Este documento discute as práticas educacionais para surdos e a importância do bilinguismo usando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o Português. A pesquisa argumenta que o uso apenas do Português na educação de surdos leva ao analfabetismo, enquanto o bilinguismo respeita a identidade linguística dos surdos e melhora o aprendizado. Autores citados corroboram a importância da Libras para o desenvolvimento cognitivo dos surdos.
1) O documento discute definições de linguagem, língua e linguística, segundo Margarida Petter.
2) A diferença entre gramática e linguística é explicada, sendo que a gramática prescreve regras e a linguística faz descrições científicas.
3) A importância dos filósofos gregos para a gramática é destacada, uma vez que seus estudos abrangeram diversos aspectos da linguagem.
Texto educação inclusiva e língua brasileira de sinais - librasMárcia Dos Santos
O documento discute a história da inclusão de pessoas com deficiência na educação, desde a antiguidade até os dias atuais. Inicialmente, aqueles com deficiências eram exterminados ou segregados em instituições religiosas. Ao longo dos séculos, passaram a ser vistos como doentes e foram institucionalizados. Recentemente, houve um movimento pela integração e inclusão, garantindo o acesso à educação regular com apoio especializado.
O documento descreve um projeto de inclusão de surdos na escola regular através de cursos de Libras para a comunidade escolar, adaptação de provas e materiais didáticos para os alunos surdos, e formas alternativas de produção e entrega de trabalhos. O objetivo é tornar a escola bilíngue e proporcionar uma educação de qualidade para os alunos surdos.
O documento discute a surdez, incluindo suas causas, classificações e impactos. A surdez pode ser leve, moderada, severa ou profunda e afeta a aquisição da linguagem se não for tratada precocemente. A surdez pré-linguística traz os maiores desafios, já que a pessoa nunca teve acesso à linguagem oral. É importante o diagnóstico precoce e estimulação para minimizar as dificuldades causadas pela surdez.
Bitcoin 101 provides an overview of Bitcoin including:
- How the author got involved with Bitcoin in 2013 by buying coins and using them to make purchases.
- A high-level definition of Bitcoin as a cryptocurrency where coins and transactions are represented by 256-bit hashes and stored on a global public ledger called the block chain.
- An explanation that Bitcoin mining is the process of adding transaction records to the block chain through solving computational puzzles to validate transactions and generate new Bitcoins.
Social Media Advertising: Pacific New Media, June 2016Wahine Media
The landscape of social media has changed dramatically in the last 5 years. For businesses, social media is not free—with most of the investment being in the time it takes to execute. Social media has increasingly become a platform for advertisers, as social networks evolve their business models, and many brands are finding their growth is at a standstill unless they utilize social advertising. Learn the power of social ads, what techniques you should use, and how you know they are working. Participants in this class should have an intermediate understanding of social media, already be using social for business, and be looking to take their strategy to an advanced level. Please bring your laptop.
Gwen Woltz is co-founder of Wahine Media, a local social media agency that specializes in strategically building thriving and engaged online communities for businesses (wahinemedia.com). Gwen is a graduate of the University of Hawaii at Manoa, the past president of Social Media Club Hawaii (smchawaii.org), a finalist for Pacific Edge Magazine's Young Professional of the Year, one of Hawaii's Top 15 Social Media Influencers in 2012, and has over 7 years of digital media and marketing experience.
The document is a profile for Tariq S. Kamal, who has an MBA in total quality management and certifications in occupational health and safety. As the founder of QHSE Trainer, Kamal provides training in Cairo, Egypt to help organizations lower absenteeism, reduce repairs and reworking, improve worker happiness and productivity, lower insurance costs and risks of fines, and boost overall profitability and client/stakeholder satisfaction. Contact information is provided at the bottom for Kamal's email, social media, and company website.
This document discusses organization structure and design. It covers organizing as a managerial responsibility, common types of organizational structures like functional, divisional and matrix structures. It also discusses trends in organization design like flatter structures, increased decentralization and delegation. The document then discusses organizational culture, how organizations support innovation, and how managers lead organizational change through transformational and incremental changes.
The document discusses the analysis of social network data from Mixi, a Japanese social networking service. It describes how social network data can be represented as graphs with vertices and edges. It then explains how community detection algorithms like Girvan-Newman can be used to analyze the Mixi network data to find communities. Key metrics like modularity are computed at different steps of the algorithm to evaluate the community structure.
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This document provides perspective on appreciating what you have by considering those who have less. It suggests that while some things may seem unfair or lacking in one's own life, others have it much worse. It encourages enjoying life as it is and recognizing that there will always be those worse off. It closes by stating this email should circulate forever to spread its message.
The document discusses the current state of research on a cure for HIV/AIDS. It defines what is meant by a cure versus a functional cure. It describes HIV reservoirs in the body and challenges to measuring and targeting them. It outlines two main strategies to cure HIV - activating resting immune cells harboring HIV and repopulating the immune system with HIV-resistant cells. It discusses several therapies under investigation and obstacles to developing a cure, including lack of funding and collaboration. It advocates for more funding, removing roadblocks to research, and engaging those living with HIV in cure efforts.
OER and Solving the Textbook Cost Crisis (#opened13 11.07.13 Park City, UT)Nicole Allen
The document summarizes Nicole Allen's presentation on using open educational resources (OER) to address the high cost of textbooks. It outlines the problem of rising textbook prices that impact students, presents OER as a solution by providing free and openly licensed textbooks, and calls for action including creating more OER, supporting adoption, raising awareness, developing supportive policies, and campus advocacy efforts.
Azimut Yacht Club magazine - Yacht Brokerage Yacht Charter - October 2011 issueAzimut Yacht Club
Azimut Yacht Club magazine presents Luxury Azimut Yachts for Brokerage and Charter. All clients using our yachting solutions get their Azimut yacht listings printed in our monthly magazine. As well, it includes articles about social media marketing strategies applied to the yachting. October 2011 issue
Luxury Azimut yachts brokerage and charter worldwide. Editor The Yachting Network - Olivier Baelde
This document provides an overview of the literature on cluster development from the perspective of government. It discusses key issues with traditional cluster policy, including definition implications and the misfit between clusters and "best practices." It then evaluates regional economic cluster policy, focusing on public procurement as an alternative approach. Public procurement has been effectively used in the US to support clusters by guaranteeing demand and attracting private investment. The document recommends the IFP partners consider public procurement and pre-commercial procurement options when reassessing their cluster policies.
This document discusses the theoretical framework for analyzing clusters and the role of public authorities. It begins by defining what a cluster is, citing Porter's definition of a cluster as a geographically proximate group of interconnected companies and institutions in a particular field. It notes that Porter's definition is vague and open to various interpretations. The document then discusses expectations for the role of public authorities in cluster development based on previous literature, setting up four expectations that will be tested in the analysis.
Mythology is a collection of myths, especially one belonging to a particular religious or cultural tradition. Romanian mythology developed within the context of Romanian history and culture and shares similarities with the mythologies of other Indo-European peoples. Some key figures that appear across Romanian folktales and legends include the dragon, the devil, fairies and forest spirits.
A língua de sinais constituindo o surdo como sujeitoElvira Horácio
O documento discute a importância da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para o desenvolvimento da linguagem e identidade de crianças surdas. Aponta que a LIBRAS deve ser adquirida de forma natural como primeira língua, permitindo que crianças surdas construam suas habilidades cognitivas e sociais da mesma forma que crianças ouvintes. Também discute a necessidade de inserir crianças surdas na comunidade surda para apoiar sua formação cultural e identitária.
O documento discute os desafios da inclusão de pessoas surdas na comunidade escolar no Brasil. Analisa como as políticas governamentais favorecem a inclusão, mas escolas públicas em Caxias-MA ainda não estão totalmente preparadas. Também discute o papel da família e da escola no processo de inclusão, destacando a necessidade de profissionais qualificados e recursos adequados para atender estudantes surdos de forma efetiva.
O documento discute a proposta de educação bilíngue para crianças surdas, reconhecendo a língua de sinais como primeira língua e o português como segunda. O bilinguismo ajuda no desenvolvimento cognitivo e ampliação do vocabulário, permitindo que crianças surdas se desenvolvam integralmente e se integrem tanto na cultura surda quanto ouvinte. É importante que as crianças adquiram primeiro a língua de sinais para facilitar o aprendizado do português.
1. O documento discute os fundamentos históricos da educação de surdos, desde o isolamento inicial até as discussões do Congresso de Milão em 1880 e a proibição da Língua Brasileira de Sinais por mais de 100 anos.
2. A história mostra que a educação de surdos melhorou quando professores passaram a valorizar a Língua Brasileira de Sinais, mas o oralismo continuou sendo usado.
3. Atualmente há um desafio de construir uma história que reconheça a cultura surda, valorize a L
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964Ivan Machado
1. A educação de surdos passou por diversas mudanças ao longo da história, saindo do isolamento no século XVI para métodos que usavam a língua de sinais ou a oralização.
2. O Congresso de Milão em 1880 declarou a superioridade do método oral, levando à hegemonia do modelo oralista por um século e banimento da língua de sinais.
3. A partir da década de 1960, estudos passaram a reconhecer a língua de sinais como uma língua legítima, valorizando a
O documento discute a educação bilíngüe para alunos surdos no Brasil. Ele explica que a Libras é a língua natural dos surdos e deve ser ensinada desde cedo, enquanto o português é ensinado como segunda língua. Isso garante que os alunos surdos tenham acesso igual ao conhecimento e possam se desenvolver plenamente.
Este artigo discute o mundo infantil surdo, abordando as influências culturais e sociais, o papel da família e da escola. A família ouvinte influencia a criança surda, mas a escola deve oportunizar a socialização na língua de sinais para o desenvolvimento da identidade surda. A educação em escolas especiais para surdos é benéfica pois ensina na língua materna da criança, a Língua Brasileira de Sinais.
O ponto de vista de pais e pr ofe ssore s a re spe ito das inter ações linguí...schemberg
O documento discute as interações linguísticas de crianças surdas no âmbito familiar e escolar. Ele analisa o ponto de vista de pais e professores sobre como interagem com crianças surdas, mostrando que nem os pais nem os professores usam a língua de sinais, gerando interações linguísticas restritas e pouco efetivas. Além disso, pais e professores demonstram falta de entendimento sobre surdez, língua de sinais e suas consequências.
OS DESAFIOS FORMATIVOS DO PRIMEIRO CURSO BILÍNGUE DE PEDAGOGIA DA AMÉRICA LATINAProfessorPrincipiante
Neste texto temos por objetivo discutir os desafios formativos do primeiro Curso Bilíngue
de Pedagogia da América Latina, implantado em 2006, no Instituto Nacional de Educação
de Surdos, localizado no Rio de Janeiro, Brasil. Este curso que promove a inclusão tem
como proposta formar professores, surdos e ouvintes, para atuar na Educação Infantil,
nos anos iniciais do Ensino Fundamental e na gestão de processos educacionais.
Neste trabalho vamos apresentar as singularidades deste processo de formação,
contextualizando o campo em que se insere este curso, e para tal utilizaremos as
contribuições de Pierre Bourdieu (1992, 1996). Em seguida descreveremos o formato do
curso incluindo as atividades formadoras teóricas e práticas, através de seus estágios
supervisionados, e finalmente proporemos nossa reflexão a cerca das implicações deste
curso na formação, na constituição da identidade e na inserção profissional destes
pedagogos. Para tal, utilizaremos conceitos formulados por Maurice Tardif (2000), Menga
Lüdke (2001, 2004, 2008), Maria do Céu Roldão (2007, 2009) entre outros. Cremos que
este estudo possa nos dar pistas sobre o modo como os novos professores estão sendo
formados e orientados para enfrentarem os desafios da docência, principalmente no que
se refere às questões específicas da educação de surdos.
Consideramos fundamental fazer uma breve introdução sobre o campo onde este curso
está inserido, pois entendemos que o campo e a posição ocupada por ele no pensamento
da educação de surdos pode nos dizer bastante das lutas concorrenciais que ocorrem em
seu interior. (BOURDIEU, 1992)
1) O documento discute a inclusão escolar de alunos surdos e as contribuições para o debate educacional. 2) Argumenta-se que a surdez é mais um déficit de comunicação do que uma deficiência e que o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é essencial para o desenvolvimento desses alunos. 3) A falta de acesso a uma linguagem pode comprometer o desenvolvimento cognitivo e social de crianças surdas.
O documento discute a história da educação de surdos ao longo dos séculos, desde a Antiguidade até o século 18. Aborda as primeiras tentativas de educar surdos, o desenvolvimento do oralismo e da linguagem de sinais, e o debate entre as abordagens oralista e gestual no século 18.
O documento discute a educação escolar de pessoas com surdez, propondo uma abordagem bilíngue que valorize tanto a Língua Brasileira de Sinais quanto a Língua Portuguesa. A política nacional de educação inclusiva defende novas práticas pedagógicas para minimizar barreiras e promover qualidade para todos. As escolas devem oferecer atendimento educacional especializado para alunos surdos no contra turno, com professores capacitados e intérpretes. O bilinguismo é apontado como fonte de comunicação
Este documento discute o papel da língua de sinais na construção da identidade surda. A autora argumenta que a inserção do professor surdo na sala de aula contribui para que os alunos surdos construam sua narrativa e identidade na língua de sinais e se percebam como membros da comunidade surda. A perspectiva de educação bilíngue valoriza a língua de sinais e antecipa a consciência da surdez entre os alunos.
O papel do professor no processo de alfabetização do aluno com dislexialaizmassuchetto
Este documento discute o papel do professor no processo de alfabetização de alunos com dislexia. Aborda a evolução histórica da alfabetização no Brasil e a influência européia na educação brasileira. Também descreve as características da dislexia e estratégias para alfabetizar alunos com esse distúrbio, enfatizando a importância do professor nesse processo.
O documento discute como os professores podem valorizar os saberes da oralidade que as crianças trazem de casa para facilitar o aprendizado da escrita na escola. Também aborda como a sociolingüística mostra que as línguas variam de acordo com fatores sociais e que é importante ensinar sobre variação linguística para combater preconceitos.
O documento discute como os professores podem valorizar os saberes da oralidade que as crianças trazem de casa para facilitar o aprendizado da escrita na escola. Também aborda como a sociolingüística mostra que as línguas variam de acordo com fatores sociais e que é importante ensinar sobre variação linguística para combater preconceitos.
1) O documento discute a inserção de alunos surdos no ensino regular no Brasil, analisando a perspectiva de um grupo de professores do Paraná.
2) Historicamente, os surdos eram excluídos da educação regular e tinham acesso apenas à educação especial. A legislação atual defende a inclusão, mas muitos professores se sentem despreparados para ensinar surdos.
3) A pesquisa com professores mostrou que as principais dificuldades citadas estão relacionadas ao próprio desconhecimento dos profess
O documento discute as políticas de escolarização de alunos surdos na rede regular de ensino do município de Japeri no Rio de Janeiro. A pesquisa revelou que, apesar do esforço inicial, a rede enfrenta dificuldades como falta de preparo dos professores, carência de atendimento especializado e avaliação equivocada dos alunos, comprometendo seu progresso.
Semelhante a A influncia da libras no processo educacional de estudantes surdos em escola regular (1) (20)
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
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A influncia da libras no processo educacional de estudantes surdos em escola regular (1)
1. A INFLUÊNCIA DA LIBRAS NO PROCESSO EDUCACIONAL DE ESTUDANTES
SURDOS EM ESCOLA REGULAR
Danielle Mirelli da Silva Araújo1
Marcelle de Castro e Silva2
Wilma Pastor de Andrade Sousa3
RESUMO: O presente artigo aborda aspectos da educação de surdos, tendo como objetivo
principal analisar a influência da Língua Brasileira de Sinais - Libras no currículo escolar de
estudantes surdos inseridos em sala de aula regular. Para isto, foi feita uma pesquisa bibliográfica
com a finalidade de se discutir pontos relacionados com a história da educação de surdos, seus
processos cognitivos e a língua de sinais. A seguir, realizamos um questionário com quatro
professores que atuam com estudantes surdos inseridos em sala de aula regular para compreender
as mudanças ocorridas após a inserção da Libras no âmbito escolar. A partir dos resultados obtidos
observamos que a inserção da Libras no ensino regular tem proporcionado melhores condições no
ensino-aprendizagem desses estudantes.
Palavras-chave: Libras, estudantes surdos, escola regular.
_______________________________________________________________
1. Introdução
Ao longo da história da humanidade encontramos registros de que durante
muitos anos as pessoas que nasciam com algum tipo de deficiência eram afastadas
do convívio social. Na história da educação do surdo, desde seus primórdios, havia
pouca compreensão da psicologia acerca dos problemas cognitivos apresentados
pelos surdos, além disso, esses indivíduos eram colocados em asilos e afastados da
sociedade da qual faziam parte.
Segundo Goldfeld (1997), os surdos eram tratados com piedade e vistos
como pessoas castigadas pelos deuses, sendo abandonados ou sacrificados. A
surdez e a conseqüente mudez eram confundidas com uma inferioridade de
inteligência. E até o século quinze foi visto como uma pessoa primitiva que não
poderia ser educado.
1
Graduanda em Pedagogia pela UFPE- e-mail: danim.araujo@bol.com.br
2
Graduanda em Pedagogia pela UFPE- e-mail: marcelle_de_castro@yahoo.com.br
3
Mestre e Doutoranda em Lingüística pela UFPB- Docente do curso de Pedagogia da FACHO e de
Fonoaudiologia da FIR – e-mail: wilmapastor@ig.com.br
2. 2
Atualmente, como a inclusão é um movimento mundial, as pessoas estão
vivendo no campo da educação mudanças nas qual a inclusão envolve um processo
de reforma e reestruturação das escolas como um todo. Como afirma Vilela (2004
p. 16)
Uma das dimensões do processo de inclusão social é a inclusão
escolar: conjunto de políticas, igualmente públicas ou particulares,
que buscam levar a escolarização a todos os segmentos humanos
da sociedade, com ênfase na infância e juventude.
Tal inclusão escolar deve ter um sentido amplo, não incluindo apenas por
incluir um aluno com necessidades educativas especiais na sala de aula regular,
mas sim adaptar a escola às necessidades dos estudantes. Segundo Werneck
(1997) o princípio de normalização4
é o que rege a integração e a inclusão, tal
principio oferece a esses alunos recursos institucionais e profissionais adequados
para que se desenvolva como pessoa, estudante e cidadão. Werneck (op. cit.) ainda
afirma que “normalizar uma pessoa não significa torná-la normal. Significa dar a ela
o direito de ser diferente e ter suas necessidades reconhecidas e atendidas pela
sociedade”.
Nesse contexto, este trabalho tem como temática principal a educação dos
surdos com ênfase na influência exercida pela Língua Brasileira de Sinais – Libras
durante sua trajetória na educação. Com base na literatura consultada e a partir de
nossos interesses pessoais, levantamos o seguinte questionamento: Com a inclusão
de estudantes surdos em classes regulares e a inserção da Libras no currículo
escolar, o surdo deixa de ser visto como um estudante com déficit cognitivo? A partir
desse questionamento, defendemos a hipótese de que a inclusão de estudantes
surdos em salas de aula regular, bem como a inclusão da Libras no âmbito escolar,
possibilitou ao surdo ser visto através de um novo olhar, ou seja, não mais como
uma pessoa com déficit cognitivo, ou inferioridade de inteligência, mas com potencial
para aprender igual aos outros estudantes ouvintes.
O que nos motivou a desenvolver esse projeto de pesquisa foram as
dificuldades que as pessoas surdas têm ao inserir-se na sociedade, quando lhes
4
Normalizar uma pessoa não significa torná-la normal. Significa dar a ela o direito de ser diferente e
ter suas necessidades reconhecidas e atendidas pela sociedade. WERNECK (1997, p.51)
3. 3
falta, parcial ou totalmente, o meio de comunicação utilizado pela imensa maioria
das pessoas: a linguagem oral.
Pretendemos com esse trabalho analisar as possíveis mudanças ocorridas
com a inserção da Libras no currículo escolar, retratando a atual visão do professor
para com o estudante surdo após a inclusão da mesma.
Acreditamos que essa pesquisa favorecerá a nossa prática pedagógica
enquanto educadoras e enriquecerá a nossa vida pessoal e social, à medida que
pretendemos analisar a relação do professor com o estudante surdo e identificar as
mudanças ocorridas após a inserção da Libras na escola.
Este estudo terá como base teórica alguns autores que desenvolveram
trabalhos voltados para estudo da pessoa surda, bem como sua linguagem e
cognição. Dentre eles destacamos Soares (1999), Vygotsky (1994), Quadros (1997;
2004), Fernandes (2003) e Goldfeld (1997), os quais nortearão nossa pesquisa
ampliando nossos conhecimentos e dando subsídios ao nosso trabalho de
conclusão de curso.
2. Educação de surdos
2.1. Breve histórico da educação de surdos
Buscando na história da educação informações significativas sobre o
atendimento educacional às pessoas com deficiência, pudemos constatar que, até o
século XVIII, as noções a respeito da deficiência eram basicamente ligadas ao
misticismo e ocultismo. Não havendo base científica para o desenvolvimento de
noções realistas. Porém, no início do século XX, com os avanços da medicina,
vários estudiosos decidiram analisar algumas patologias com a finalidade de
resolver cada questão especificamente.
Com o aparecimento de novas filosofias educacionais para surdos, como a
Comunicação Total e, mais recentemente, o Bilingüismo, a língua de sinais ressurgiu
associada, em algumas correntes, à forma oral. Segundo Goldfeld (1997), a
Comunicação Total defende a utilização de todos os recursos lingüísticos, orais ou
visuais, simultaneamente, privilegiando a comunicação e não apenas a língua. A
Filosofia Bilíngüe acredita que o surdo deve adquirir a língua de sinais como língua
4. 4
materna5
e a de seu país como segunda língua, vale ressaltar que, segundo
Goldfeld (op. cit.), uma corrente defende que a língua do país deve ser adquirida
apenas na modalidade escrita, outra, no entanto, acredita que o surdo deve adquirir
a língua do seu país nas duas modalidades, oral e escrita. O que ambas concordam
é o fato de a língua de sinais ser adquirida desde cedo como primeira língua.
De acordo com Skliar (2001 p. 85)
Nas últimas três décadas produziu-se uma significativa mudança na
educação dos surdos, tanto no que se refere às concepções
ideológicas quanto à organização educacional e escolar... uma
maior tendência a considerar a língua de sinais como primeira
língua, discussão sobre as didáticas em relação a segundas línguas,
mudanças no currículo escolar, presença de instrutores surdos nas
escolas etc.
A preocupação dos educadores atualmente é respeitar a autonomia das
línguas de sinais e estruturar um plano educacional que não afete a experiência
psicossocial e lingüística da criança surda. De acordo com Quadros (1997), a língua
de sinais é uma língua natural adquirida de forma espontânea pela criança surda,
quando a mesma está em contato com usuários dessa língua, diferente da língua
oral que necessita ser ensinada de forma sistematizada. Porém ser natural não
significa ser inata, pois ela deve ser apreendida nas diferentes situações de
interação entre seus usuários. Segundo Skiliar (apud SAMPAIO, 2007, p.29)
“língua natural deve ser entendida como uma língua que foi criada e
é utilizada por uma comunidade especifica de usuários, que se
transmite de geração em geração, e que muda – tanto estrutural
como funcionalmente- com o passar do tempo”.
Daí o direito de a criança surda ter no processo educacional o acesso pleno a
língua de sinais.
Para Cabral (2002), até o final do século XVI os surdos eram considerados
inaptos para o ensino e não possuíam direitos legais. Porém podemos ainda
observar vestígios dessa época, presentes no Código de Processo Civil Brasileiro6
.
Com o código de Justino de 529 surgiu a possibilidade de desenvolver a expressão
escrita dos surdos, para que os mesmos pudessem tratar dos próprios assuntos e
5
Língua que se adquire naturalmente, ou seja, não há um impedimento para sua aquisição.
SAMPAIO (2007, p.29)
6
No Código de Processo Civil Brasileiro art. 405, parágrafo 1º, inciso IV que considera os surdos
incapazes, comparados aos que sofrem de demência ou debilidade mental. SAMPAIO (2007, p.48).
5. 5
administrar suas heranças, comunicando-se através da escrita. Esse código é o
primeiro no qual se encontra referência à escrita do surdo.
Cabral (2002) afirma que em 1880, no século XIX, os surdos foram proibidos
de gestualizar e a aprendizagem da língua oral passou a ser prioridade em
detrimento de toda a educação. Segundo Goldfeld (1997), nesse período houve um
congresso em Milão para decidir a melhor forma de escolarizar os surdos. Em
confronto com o ensino por meio de sinais, venceu o oralismo, o qual sofreu grande
influência do famoso Graham Bell, cuja esposa era surda. Interessante é que não foi
dado aos professores surdos o direito de votar.
Somente no século XX, após a realização do Congresso Mundial em San
Laus, organizado pelos surdos, foi que a língua de sinais voltou a ser a primeira
língua, inclusive no Brasil, apesar de ser apenas um subsídio para a aquisição do
português oral.
Segundo Goldfeld (op. cit.), a educação de surdos no Brasil teve início no
segundo império, com a chegada do educador francês Hernest Huet. Em 1857, foi
fundado o Instituto Nacional de surdos-mudos, atual Instituto Nacional de Educação
dos Surdos (INES), que inicialmente utilizava a língua de sinais, mas que em 1911
passou a adotar o oralismo puro. Na década de 70, com a visita de Ivete
Vasconcelos, educadora de surdos da Universidade Gallaudet, chegou ao Brasil a
filosofia da Comunicação Total, e na década seguinte, a partir das pesquisas da
professora lingüista Lucinda Ferreira Brito sobre a Língua Brasileira de Sinais e da
professora Eulália Fernandes, sobre a educação de surdos, o Bilingüismo passou a
ser difundido.
No final da década de 90 do século XX foi que a Libras7
passou a ser direito
do cidadão surdo, adquirindo maior visibilidade e tendo uma dimensão sociológica e
política. No entanto, como afirma Sampaio (2007, p. 69)
“Há décadas, entidades e instituições vêm lutando para incluí-la – ao
lado da língua portuguesa- como língua materna que tenha acesso e
uso prático em ampla escala. A lei determina que os serviços
públicos de saúde garantam atendimento e tratamento adequado
aos portadores de necessidades especiais. Porém, não os obriga a
ter intérpretes, o que impossibilita o atendimento. Serviços públicos,
supermercados, bancos e a maioria das escolas públicas também
7
A Libras foi oficializada em 1991 e só em 2002 foi aprovada como decreto de Lei. SAMPAIO (2007,
p. 69).
6. 6
não possuem funcionários com conhecimento da LIBRAS, o que
torna o surdo um brasileiro ainda sem direito à cidadania”.
Daí a mudança de olhar dos profissionais ouvintes, que passaram a ver o
surdo como um falante da língua de sinais, que ainda têm muito que lutar por seus
direitos. Soares (1999) define como principal objetivo da educação de surdos
capacitar os estudantes para que os mesmos possam adquirir um código lingüístico
e possuir certa instrumentalização para o trabalho. Para Goldfeld (1997), das três
filosofias educacionais (Oralismo, Comunicação Total e Bilingüismo) o Bilingüismo
atualmente está tendo grande destaque no cenário da educação brasileira.
2.2. A linguagem e os processos cognitivos do surdo
A linguagem desempenha um papel importante no desenvolvimento humano,
visto que, as crianças desenvolvem sua linguagem logo no início da vida, através de
sons, gestos e expressões faciais.
Ao buscarmos compreender a história da linguagem humana, vimos em
Oliveira (1997) que existe a trajetória do pensamento desvinculado da linguagem e a
trajetória da linguagem independente do pensamento, e quando essas duas
trajetórias se unem a linguagem se torna verbal e o pensamento racional. Para
Quadros (2004), a língua começou a se desenvolver pela necessidade que os seres
humanos tinham de interagir com o outro, a fim de sobreviverem e trabalharem
reciprocamente. Surge, então, a primeira função da língua, a de ser a comunicação
e a expressão do pensamento.
No entanto, Vygotsky (1998) atenta para o fato de que o problema da
cognição no surdo está nas condições de acesso a uma língua e que o mesmo
precisa organizar sua interação verbal através de processos comunicativos
alternativos, como por exemplo, a língua de sinais.
No decorrer da história, os seres humanos tentaram aprimorar as formas de
linguagem existente para suprir suas necessidades. Como afirma Oliveira (1997 p.
45)
Para agir coletivamente e de formas cada vez mais sofisticadas, o
grupo humano teve de criar um sistema de comunicação que
permitisse troca de informações específicas, e ação no mundo com
7. 7
base em significados compartilhados pelos vários indivíduos
empenhados no projeto coletivo.
Oliveira (1997) ressalta que existe uma fase pré-verbal no desenvolvimento
do pensamento e uma fase pré-intelectual no desenvolvimento da linguagem, antes
de o pensamento e a linguagem se associar.
Ao observar a relação entre aprendizado e desenvolvimento, Vygotsky (1994),
destaca que as crianças concebem seu aprendizado antes de irem à escola, e que o
aprendizado e desenvolvimento se relacionam desde o primeiro dia de vida da
criança. Dessa forma, acreditamos que se for criado um ambiente lingüístico
apropriado para a criança surda provavelmente facilitará seu desenvolvimento e
consequentemente seu aprendizado. Como afirma Fernandes (2005 p. 18)
(...) através da aquisição de um sistema simbólico, como é o da
língua, o ser humano descobre novas formas de pensamento,
transformando sua concepção de mundo. Tendo em vista estas
colocações, torna-se bastante claro, portanto, que propiciar à pessoa
surda a exposição a uma língua o mais cedo possível, obedecendo às
fases naturais de sua aquisição é fundamental ao seu
desenvolvimento. Privá-la desse direito, sob qualquer alegação, é
desrespeitá-la em sua integridade.
Portanto, devemos propiciar um ambiente lingüístico que desenvolva a
linguagem e a cognição da criança surda, para não haver problemas na sua
comunicação. Nesse sentido, Goldfeld (1997, p. 53) afirma que:
“(...) os problemas comunicativos e cognitivos da criança surda não
têm origem na criança e sim no meio social em que ela está inserida
que frequentemente não é adequado, ou seja, não utiliza uma língua
que esta criança tenha condições de adquirir de forma espontânea, a
língua de sinais”.
4. Línguas de sinais
Desde o início do ensino formal os profissionais envolvidos com pessoas
surdas têm centrado seus esforços no estudo e debate sobre procedimentos que
privilegiam ou não a linguagem gestual. Essa preocupação está sempre relacionada
a duas considerações: a de que a grande parte dos professores de surdos são
ouvintes e de que o meio social e cultural nos quais os surdos estão inseridos são,
também, de ouvintes.
8. 8
Segundo Quadros (2004, p.19), “A língua brasileira de sinais é uma língua
visual-espacial articulada através das mãos, das expressões faciais e do corpo. É
uma língua natural usada pela comunidade surda brasileira”. Logo, é acessível ao
surdo visto que o mesmo não precisa da integridade auditiva para adquirir uma
língua na modalidade visuo-espacial.
Como os surdos precisam se comunicar de alguma forma, tanto com os
ouvintes quanto com os outros surdos. Então, desde cedo começam a adquirir uma
linguagem própria para se desenvolverem. Conforme Fernandes (2003 p.38), “a
garantia do domínio de uma língua desde os primeiros meses de idade é fator
fundamental para o desenvolvimento natural do indivíduo.” Assim’, entendemos a
luta que há em defesa pela a aquisição da língua de sinais como a língua materna
do surdo.
De acordo com Karnopp e Quadros (2004), a língua de sinais é denominada
língua de modalidade gestual-visual, pois a informação lingüística é recebida pelos
olhos e produzida pelas mãos, ou seja, através de gestos. Ao contrário das línguas
orais auditivas a exemplo do português.
Fernandes (2003 p. 39) ressalta o seguinte conceito acerca das línguas de
sinais:
As línguas de sinais são sistemas abstratos de regras
gramaticais, naturais das comunidades de indivíduos surdos
que as utilizam. Como todas as línguas oral-auditivas, não são
universais, isto é, cada comunidade lingüística tem a sua.
Assim, há uma língua de sinais inglesa, uma americana, uma
francesa e várias outras, e vários países, bem como a
brasileira.
Além de ser produzida pelas mãos, a Libras, assim como outras línguas de
sinais, utiliza também movimentos no corpo e expressões na face, para alcançar à
comunicação pretendida. Conforme afirma Quadros (2004), as línguas de sinais, por
serem visual-espaciais, apresentam uma riqueza de expressividade diferente das
línguas orais.
Apesar de os argumentos serem favoráveis à aprendizagem da língua de
sinais, existem obstáculos para sua concretização. Tais obstáculos vão além de
habilidades manuais, pois, a competência na língua de sinais depende, também, do
conhecimento de como a própria comunidade de surdos se organiza, através do
9. 9
contato extra-institucional do professor com os surdos. Tal contato é reduzido devido
às limitações de oportunidades para que isso ocorra. Além disso, os surdos, no
contato com os ouvintes, realizam adaptações e ajustes na língua de sinais, visando
a um melhor entendimento. Então, percebemos a importância dessa língua na vida
do surdo, como afirma Goldfeld (1997), a língua de sinais seria a única língua que o
surdo poderia dominar plenamente e que serviria para todas as suas necessidades
de comunicação e cognitivas.
Segundo Quadros (1997) o processo de aquisição da língua de sinais é
equivalente ao processo de aquisição das línguas faladas. Pois, nos estágios da
aquisição da linguagem (período pré-lingüístico, estágio das primeiras combinações,
estágios das múltiplas combinações) compreendemos que crianças ouvintes e
crianças surdas passam pelos mesmos estágios sem haver grandes disparidades.
Então quanto mais cedo à criança surda for apresentada a sua língua materna, ela
terá facilidade no desenvolvimento de sua linguagem.
Contudo, para que haja uma comunicação de melhor qualidade, não é
suficiente apenas o ensino da Libras, a presença de um intérprete8
é imprescindível
no âmbito educacional para que ocorra de fato uma troca de conhecimentos.
Segundo Quadros (2004), o intérprete é o mediador entre pessoas que não falam a
mesma língua, não interferindo, na medida do possível, no processo comunicativo.
Entendemos que cabe aos nossos educadores reconhecer e lutar pela Libras
e pela presença de um intérprete, para que os mesmos sejam sistematizados
efetivamente no âmbito escolar, contribuindo, assim, para uma melhor formação do
surdo e conseqüentemente sua inclusão social. Pois, segundo Quadros (op.cit. p.
28) “quando há carência de intérpretes de língua de sinais, a interação entre surdos
e pessoas que desconhecem a língua de sinais fica prejudicada”.
Este trabalho tem, pois como objetivo analisar as possíveis mudanças
ocorridas com a inserção da Libras no âmbito escolar. Trata-se, portanto, de uma
pesquisa de caráter qualitativo, a qual consiste em analisar as possíveis mudanças
ocorridas com a inserção da Libras no currículo escolar e a inclusão de estudantes
surdos em classes regulares.
8
Intérprete é o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e que é qualificado
para desempenhar a função de interprete. QUADROS (2004, p.27).
10. 10
Após uma revisão bibliográfica com base em livros, revistas e artigos
científicos que tratam da temática em questão: a educação do surdo. Realizamos a
pesquisa de campo em uma escola da rede pública estadual de ensino na cidade do
Recife (PE). Participaram dessa pesquisa quatro professores voluntários que atuam
há mais de cinco anos com estudantes surdos inseridos em sala de aula regular.
Foi aplicado um questionário (anexo 2) composto por cinco perguntas
(objetivas e subjetivas) com o devido consentimento (anexo 1), por escrito, de cada
um dos participantes. Diante da falta de disponibilidade dos profissionais em
responder o questionário no ato da entrega, fez-se necessário um segundo encontro
para recebimento do material deixado pelos mesmos na secretaria da escola.
Com base nos resultados obtidos na pesquisa de campo, através do
questionário aplicado, discutiremos os tópicos a seguir.
3. A Libras no âmbito escolar: possibilidades de inclusão.
A influência da surdez na aprendizagem
Considerando que a grande maioria das crianças surdas são filhas de pais
ouvintes e que o aprendizado da língua de sinais tem início tardiamente, ou seja,
quando a criança entra na escola. Percebemos que isso dificulta o desenvolvimento
da linguagem, pois como Vygotsky (1994) afirma, as crianças iniciam seu
aprendizado antes de irem à escola.
Observamos com base na amostra obtida que uma grande parte dos
professores acredita que a surdez exerce influência na aprendizagem. Isso
demonstra, ainda, a concepção equivocada, em nossa opinião de que o aluno surdo
possui problemas de aprendizagem por causa da falta de audição. Como vimos
anteriormente, o surdo foi visto por muito tempo como uma pessoa com déficit
cognitivo, entretanto, esse conceito parece não ter mudado ainda no meio dos
profissionais que atuam diretamente com esse público.
Atualmente já está comprovado que não é a surdez que interfere na
aprendizagem, mas a falta de acesso a língua de sinais desde cedo. Segundo
Goldfeld (1997, p. 55),
11. 11
“Hoje, sabe-se que estas dificuldades cognitivas são decorrentes do
atraso de linguagem, mas a comunidade geral ainda não tem esta
compreensão e em muitas situações ainda percebe-se o surdo sendo
tratado como um incapaz.”.
No entanto, não é nossa intenção nesse trabalho aprofundar esse tópico, pois
a linguagem está inserida em um campo muito amplo e pode ser objeto de estudo
em uma futura pesquisa nessa área.
3.2. A inclusão do estudante surdo na escola regular
A inclusão surge no panorama educacional sob uma nova perspectiva de
rever as concepções de educação, de ensinar e de aprender. Sendo assim,
percebemos a necessidade de criar meios para trabalhar nesse sentido.
A inserção de estudantes surdos na sala de aula regular passa por uma
discussão muito além do que é visto, pois apenas incluir o estudante surdo em salas
regulares sem dar subsídios para ele se desenvolver não proporcionará resultados
positivos. Como afirma Werneck (1997), o princípio de normalização é o que rege a
integração e a inclusão, tal princípio oferece a esses estudantes recursos
institucionais e profissionais adequados para que se desenvolva como pessoa,
estudante e cidadão.
Para que haja uma real inclusão desses estudantes é imprescindível à
presença de um intérprete de Libras. Conforme a afirmação de um dos professores
a presença de intérpretes nas salas de aula facilitou a compreensão do surdo.
Nesse sentido Sampaio (2006) afirma que a grande queixa dos surdos é a carência
de intérpretes e a falta de qualificação desses para atuarem com eles no âmbito
escolar, uma vez que, esses profissionais não devem apenas ter o domínio da
língua de sinais, mas o estar familiarizado com o conteúdo a ser trabalhado. Dessa
forma, seria ideal a presença de um professor-intérprete9
.
Nesse contexto, Quadros (2004) explicita que é fundamental a presença de
um intérprete, pois sua carência na interação entre surdos e ouvintes pode implicar
nas dificuldades da comunicação em termos educacionais. Entendemos, com isso,
9
Profissional que domina o conteúdo de sua disciplina e têm fluência em língua de sinais. SAMPAIO
(2006, p. 414)
12. 12
que a presença do intérprete na sala de aula regular facilita o acesso as informações
veiculadas durante as aulas. Proporcionando, assim, mais clareza e compreensão
ao surdo no processo de ensino-aprendizagem.
Entretanto, é necessário que esse intérprete seja devidamente qualificado e
capaz de interpretar na íntegra as idéias expostas pelos educadores. Segundo
Quadros (op. cit. p. 28) “o profissional intérprete também deve ter formação
específica na área de sua atuação”.
De acordo com as respostas obtidas pelos demais participantes da pesquisa
o estudante surdo, após sua inclusão em sala de aula regular passou a ser
valorizado e respeitado como cidadão. Além disso, a inclusão favoreceu a auto-
estima. Percebemos então muitos pontos positivos na inserção de alunos surdos em
classes regulares.
Outro aspecto apontado pelos participantes da pesquisa foi à troca de
experiências e o desejo de aprender Libras pelos estudantes ouvintes. Verificamos,
assim, que esse movimento sinalizado pelos ouvintes, possibilita um crescimento e
uma melhor comunicação dos estudantes no âmbito escolar. À medida que, as
trocas de idéias e experiências podem ser feitas na língua de sinais propiciando um
maior envolvimento e gerando um intercâmbio entre estudantes ouvintes e surdos.
Resultando assim em uma verdadeira inclusão e contribuindo para o crescimento
profissional e pessoal de todos os envolvidos, visto que, as diferenças possibilitam a
aprendizagem. Segundo Werneck (1997) quando há uma interação espontânea em
situações diferenciadas torna-se mais fácil adquirir o genuíno conhecimento.
3.3. Transformações no ensino-aprendizagem com a inserção da Libras
A inserção da Libras no âmbito escolar possibilitou várias transformações.
Como afirma Skliar (2001) houve significativas mudanças na educação de surdos
tanto nas concepções ideológicas quanto na organização educacional. E uma
dessas mudanças é considerar a língua de sinais como primeira língua.
Conforme as respostas obtidas pelos professores, foram apontados dois
pontos relevantes. O primeiro diz respeito às transformações ocorridas no processo
de ensino-aprendizagem dos estudantes surdos. Segundo o relato dos professores
a Libras facilitou o entendimento das disciplinas e a interação do ensino-
aprendizagem.
13. 13
A esse respeito Goldfeld (1997) afirma que a língua de sinais atende todas as
necessidades de comunicação e cognitivas do surdo. Isso confirma o relato dos
professores em sua prática pedagógica, no que diz respeito ao ensino-
aprendizagem, uma vez que a inserção da Libras tem resultado em uma melhor
compreensão das disciplinas, além disso, o surdo tem apreendido os conteúdos de
maneira mais satisfatória, resultando, assim, em um maior êxito na vida educacional.
Conforme postula Cabral (2002, p. 25), “O acesso a sua própria língua é que permite
ao surdo a liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar sua cultura”.
O segundo ponto é em relação ao professor na busca de especializações que
os capacitem a trabalhar com estudantes surdos. Não se restringindo, assim, a
aprender apenas a língua de sinais, uma vez que uma especialização nessa área
permite um conhecimento mais amplo do sujeito surdo, como sua cultura,
identidade, dentre outros.
È importante lembrar que as formações continuadas também assumem um
papel decisivo nessa formação, pois complementa e auxilia o desenvolvimento
profissional e supre deficiências com relação às diferenças dos alunos e a presença
destes em classes regulares.
No entanto, Werneck (2004, p. 61) afirma que:
(...) enquanto os cursos e as universidades que formam professores
não tiverem como ponto de honra conscientizá-los de que alunos com
deficiência são responsabilidade de todos os educadores, e não
apenas do profissional que se interessa por educação especial,
caminharemos feitos tartarugas.
Então, percebemos que uma conscientização por parte das instituições de
ensino, formadoras de futuros educadores, poderá desencadear um maior interesse
por novas pesquisas não somente por quem trabalha diretamente com educação de
surdos, mas, por todos envolvidos no sistema educacional.
3.4. O atual perfil do estudante surdo falante da Libras
Conforme já discutimos, durante muito tempo o surdo foi tratado com piedade
e compaixão. Segundo Goldfeld (1997), a sociedade apresentava aspectos
negativos em relação a essas pessoas, que eram marginalizados e não tinham
nenhum direito assegurado. Cabral (2002) afirma que o surdo no século XIX foi
14. 14
privado de exercer sua linguagem, sendo proibidos de gestualizar. Apenas no século
seguinte é que eles adquiriram o direito de ter a língua de sinais como primeira
língua.
Atualmente percebemos que o olhar da sociedade mudou em relação a
pessoa surda, pois, de acordo com os dados coletados na pesquisa de campo, o
surdo passou a ser visto como uma pessoa mais segura e consciente. Entretanto,
toda mudança é processual e lenta, por isso acreditamos que ainda há muito a ser
feito para que cheguemos a uma educação de qualidade na qual o surdo possa ter
pleno acesso.
A língua de sinais possibilitou ao surdo o reconhecimento de sua identidade
enquanto sujeito, o qual deixa de ser visto como incapaz e passa a ter direito como
cidadão. Ao possuir uma língua, o surdo passou a se comunicar de maneira
consciente, tornando-se mais participativo, não apenas na sala de aula, como nas
relações sociais.
Essa comunicabilidade tem sido ampliada após a interação entre ouvintes e
surdos no âmbito escolar. Mediante uma inclusão que vai além da mera aceitação
do surdo na escola. Pois, à medida que esse sujeito tem acesso aos conhecimentos
através da sua língua através de um intérprete, ele passa, também, a participar de
forma ativa e participativa igualmente aos ouvintes. O surdo como dominador de sua
língua, deixa de ser surdo-mudo e passa a ser visto apenas como surdo, uma vez
que ele não é mudo, pois ele tem uma língua e faz uso dela para conseguir seus
direitos. Com isso, tem alcançado respeito na comunidade escolar.
Um dos professores apontou para a dificuldade na estruturação da Língua
Portuguesa, levantando a necessidade de uma melhor apropriação do português
escrito. Entendemos, com isso, que há uma necessidade da escola rever o processo
de ensino da Língua Portuguesa, pois, segundo Cabral (2002), como a Libras não
possui sua forma escrita, o surdo deve aprender o português escrito para se inserir
na comunidade letrada. Porém, para que esse aprendizado seja completo é
necessária à apropriação da língua de sinais. Pois a Libras vai funcionar como
mediadora para a aquisição da segunda língua. Como vimos em Quadros (1997, p.
99):
A escrita exige habilidades especificas que só podem ser
desenvolvidas quando se tem o domínio da linguagem. Dessa forma, os
15. 15
surdos precisam dominar a língua de sinais, pois é nessa língua que
eles aprendem que palavras, frases, sentenças e parágrafos significam
algo e que palavras devem ser situadas em um contexto.
Os métodos de ensino de língua portuguesa para surdos ainda não são
satisfatórios, pois se baseiam na oralidade. E para que haja realmente um resultado
satisfatório, Sampaio (2007) afirma que, é preciso valorizar o conteúdo semântico
em detrimento a forma dos textos. Sendo o trabalho de o professor oportunizar,
desenvolver e despertar o gosto e o prazer pela leitura e escrita nos alunos.
Em função dos dados analisados percebemos que o processo educacional dos
surdos sofreu várias influências ao longo dos anos. Sendo a mais relevante a
inserção da Libras no âmbito escolar. Esta inserção tornou o surdo mais seguro,
participativo e consciente. Como afirma Cabral (2002), o ensino da Libras deve ter a
finalidade de inserir o surdo na sociedade de maneira crítica e participativa, para que
ele possa exercer a cidadania, como é direito de todo cidadão.
De acordo com a pesquisa realizada, vimos que na prática docente os
professores constatam que a Libras exerceu e vem exercendo grande influência no
processo educacional de estudantes surdos. Além disso, a inserção desses
estudantes em salas de aula regular contribuiu para a socialização da língua de
sinais não apenas entre surdos, como também entre ouvintes. Hoje os surdos estão
mais comunicativos, com isso, buscam novos conhecimentos e a compreensão dos
ouvintes através de trocas de experiências, conquistando o respeito da comunidade
escolar e da sociedade.
O presente artigo pode gerar uma reflexão na sociedade geral e em especial
na comunidade escolar, esperamos, então, que sejam abertos novos espaços para
essas reflexões e que se encontrem mais artigos dessa natureza. Para que se possa
trabalhar uma verdadeira inclusão de estudantes surdos no âmbito educacional e na
sociedade como um todo, respeitando-o como cidadão e dando subsídios para o seu
desenvolvimento.
Nos limites desse trabalho foram discutidos pontos relevantes no processo
educacional do estudante surdo, tendo como aspectos positivos às transformações
ocorridas no âmbito escolar, como foram vistas anteriormente. Propomos, assim,
que sejam desenvolvidas novas pesquisas científicas as quais abordem esse tema:
Educação de Surdos, que é tão amplo. Podendo ser utilizados alguns tópicos que
16. 16
foram discutidos nesse artigo, como base em novos estudos. Pretendemos,
posteriormente, aprofundar esse tema com vistas à influência da surdez na
aprendizagem: mitos e verdades, bem como, a função do tradutor e intérprete de
Libras no processo educacional dos surdos, entre outros.
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