2. ANÁLISE COMPARATIVA DE DUAS
TEORIAS DO CONHECIMENTO
O RACIONALISMO DE DESCARTES
FILOSOFIA 11.º ano
A função da dúvida – Dúvida e verdade
3. A FUNÇÃO DA DÚVIDA: DÚVIDA E VERDADE
FILOSOFIA 11.º ano
A função da dúvida – Dúvida e verdade
4. O objetivo de Descartes é o de encontrar uma verdade
indubitável a partir da qual possa, com ordem, deduzir outras verdades
indubitáveis, de modo a construir um sistema constituído por verdades
de que não haja nenhuma razão para duvidar.
A razão de ser do uso da dúvida
FILOSOFIA 11.º ano
A função da dúvida – Dúvida e verdade
5. O projeto de Descartes é o de colocar na base do seu sistema
uma verdade absolutamente indubitável e autoevidente para, a partir
dela, derivar todas as outras.
Como garantir que encontraremos tal tipo de verdade?
Tentemos duvidar de tudo. Aquilo de que não pudermos
duvidar será verdadeiro.
A razão de ser do uso da dúvida
FILOSOFIA 11.º ano
A função da dúvida – Dúvida e verdade
6. Descartes só admite como verdadeiro o que for impossível
considerar duvidoso.
Assim sendo, a dúvida é a forma de examinar que crenças ou
opiniões merecem o nome de verdades indiscutíveis.
A razão de ser do uso da dúvida
FILOSOFIA 11.º ano
A função da dúvida – Dúvida e verdade
7. Só aceitaremos como verdadeiras as crenças e opiniões de que
não haja a mínima razão para duvidar.
As crenças ou opiniões que suscitarem qualquer suspeita, por
mínima que seja, revelar-se-ão incapazes de resistir à dúvida e serão,
por isso, eliminadas.
Como a dúvida vai ser utilizada
FILOSOFIA 11.º ano
A função da dúvida – Dúvida e verdade
8. A dúvida diz-se metódica porque o seu exercício se subordina à
regra do método que diz:
«Nunca aceitar como verdadeira alguma coisa sem a conhecer
evidentemente como tal; […] não incluir nos nossos juízos senão o que
se apresentasse tão clara e tão distintamente ao meu espírito que não
tivesse nenhuma ocasião para o pôr em dúvida.»
Discurso do Método, pp. 29-30.
O caráter metódico da dúvida
FILOSOFIA 11.º ano
A função da dúvida – Dúvida e verdade
9. A dúvida diz-se hiperbólica porque identificará o duvidoso com o
falso.
«Porque agora desejava dedicar-me apenas à procura da verdade,
pensei que era forçoso que eu fizesse exatamente ao contrário e
rejeitasse, como absolutamente falso, tudo aquilo em que pudesse
imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, depois disso, não ficaria
alguma coisa na minha crença que fosse inteiramente indubitável.»
Discurso do Método, p. 49.
O caráter hiperbólico da dúvida
FILOSOFIA 11.º ano
A função da dúvida – Dúvida e verdade
10. A dúvida é hiperbólica porque só considera verdadeiro o que é
impossível ser falso e fiável o que é impossível ser enganador.
O caráter hiperbólico da dúvida
FILOSOFIA 11.º ano
A função da dúvida – Dúvida e verdade