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Principais itens a serem abordados
● A contribuição de J
osué de Castro
● A fome e a grande seca de 1987/89
● A grande lavoura e a produção de subsistência
● As políticas de combate a fome no Brasil
● As causas recentes da retomada da fome
● A fome e a obesidade na pandemia
1877 - Pai de J
osué, agricultor do Sertão Nordestino, migra para a capital em função da ”grande seca”
1908 - Nasce em Recife e cresce em um bairro pobre às margens do rio Capibaribe
1929 - Concluiu o curso de medicina da Universidade do Brasil e retorna para ser medico no Recife
1945 - Publica “Geografia da fome”; e em 1957, “Geopolitica da fome”
1952 - Foi presidente do conselho consultivo da FAO até 1956; foi tb deputado federal pelo PTB em “
“dobradinha” com Francisco J
uliao das Ligas Camponesas
1964 – cassado pelo regime militar brasileiro e proibido de voltar ao Brasil;
1965 - Publica “Sete palmos de terra e um caixão” onde se define como um “agitador autodidata”
1973 - Morre no exílio na França, deprimido dias após a morte de seu amigo, Salvador Allende.
A fome no Brasil: de J
osué de Castro à Pandemia
1
3
4
5
Fome endêmica
Epidemias de fome
Subnutrição
2
Mapa das áreas alimentares no Brasil
J
osué de castro, 1946.
Fonte: Geografia da Fome: A Fome no Brasil. Rio de J
aneiro: O Cruzeiro,
1946.
1) Combate ao latifúndio;
2) Combate à monocultura em largas extensões sem as correspondentes zonas de abastecimento dos grupos
humanos nela empregados;
3) Aproveitamento de todas as terras cultiváveis nas cercanias das cidades;
4) Intensificação do cultivo de alimentos nas pequenas propriedades;
5) Mecanização intensiva das lavouras;
6) Financiamento bancário e garantia de um preço mínimo justo;
7) Progressiva isenção de impostos da terra destinada ao cultivo de produtos de sustentação;
8) Amparo e fomento ao cooperativismo;
9) Intensificação dos estudos técnicos em Bromatologia e Nutrologia;
10) Campanha de bons hábitos alimentares, higiene, amor a terra, economia agrícola e doméstica e dos fundamentos
da luta contra a erosão.
“Programa de 10 pontos para vencer a fome” - 1952
1915 - Campo de Alagadiço, Fortaleza
- Lotação de 8 mil concentrados
- 32 mil podem ter passado pelos campos
- Funcionou por cerca de 6 meses
1932 e 1933 - Set e campos de concent ração
- Em Fort aleza: Urubu e Matadouro;
- Fora da Capital: Senador Pompeu (Patu); São Mateus (Cairús);Crato (Burity); Quixeramobim e Ipu;
- Cerca de 100 mil foram confinados simultaneamente;
- O maior campo, Burit y, chegou a confinar 50 mil pessoas.
Campos de concentração para famintos no Ceará
Fonte: 2000 a 2011, IPEA; 2012 a 2019, IBGE/PNAD contínua e Covid.
- O complexo rural : nas grandes fazendas escravistas produzia-
se de tudo, inclusive atividades de subsistencia e subsidiarias da
producao comercial … (I.Rangel, A questao agraria )
- o complexo cafeeiro paulista: nascimento da economia
capitalista ( W.Cano, Raizes da Concentracao Industrial)
- quando o preco do café subia, aumentava a fome nas colonias
porque toda a mao-de-obra era alocada nos trabalhos da
plantation,abandonando os cultivos intercalares de subsistencia
…. A producao independente de alimentos se afirma apenas com
a crise do café de 1929 ( Caio Prado Jr., Historia economica do
Brasil)
Fonte: Anna Peliano, “A trajetória das políticas de combate a fome no Brasil” (live 2021).
1932 - INQUÉRITOSSOBREASCONDIÇÕES DEVIDA DASCLASSES OPERÁRIAS
1940 - SERVIÇO DEALIMENTAÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – SAPS (COBAL/CONAB)
A) Criação de restaurantes populares;
B) Fornecimento de uma refeição matinal para os filhos dos trabalhadores (embrião da merenda escolar);
C) Auxílio alimentar (30 dias) ao trabalhador enfermo ou desocupado (transformado em auxílio-doença);
D)Criação de postos de subsistência para venda, a preços de custo, gêneros de primeira necessidade;
E) Serviço de visitação domiciliar junto à residência dos trabalhadores;
F) Cursos para visitadores e auxiliares técnicos de alimentação.
1945 - COMISSÃO NACIONAL DEALIMENTAÇÃO - CNA (INAN)
Anna Peliano: A trajetoria das politicas de combate a fome em 4 atos
1º Ato: Os primórdios das políticas de alimentação e nutrição no âmbito das políticas
trabalhistas do Governo Vargas
Fonte: Anna Peliano e Nathalie Beghin. IPEA. Abril/94
2º Ato: De meados dos anos 70 ao final da déc. de 80
“O que funcionou não foi bom, e o que foi bom não funcionou”
● II Programa Nacional de Alimentação e Nutrição – II PRONAN;
● Dia D do Abastecimento;
● I Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição
● Reconhecimento da alimentação escolar como direito constitucional
● Programa Nacional de Leite para Crianças Carente – PNLCC
No final dos anos oitenta, o “Governo Federal operava 12 programas de
alimentação e nutrição que juntos gastaram mais de U$ 1 bilhão em 1989”.
3º Ato: “As reviravoltas dos anos 90”
● Mapa da Fome: Subsídios à Formulação de uma Política de Segurança Alimentar (IPEA)
● Plano Nacional de Combate à Fome e à Miséria – Princípios, Prioridades e Mapa das Ações
de Governo
● Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA ( Gov. Itamar)
● Comunidade Solidária (Gov.FHC)
Entre 1990 e 1999, um contingente de 8,2 milhões de brasileiros havia saído da
condição de extrema pobreza e 10,1 milhões da condição de pobreza (IPEA).
Fonte: Anna Peliano, “A trajetória das políticas de combate a fome no Brasil” (live 2021).
4º Ato: Início do século XXI: O avanço de reivindicações históricas e a garantia
constitucional do direito à alimentação
Fonte: Anna Peliano, “A trajetória das políticas de combate a fome no Brasil” (live 2021).
2003 - FOMEZERO Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome;
2003 - Recriação do CONSEA Coordenação com sociedade civil organizada e setor privado;
2004 - BOLSA FAMÍLIA;
2010 - Reconhecimento do direito constitucional à alimentação adequada;
2011 - Brasil sem Miséria;
2012 a 2015 - Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;
2016 a 2019 - Segundo Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
O rapido desmonte do aparato de combate à fome e volta da miséria
2004 a 2013 - A situação de insegurança alimentar grave nos domicílios caiu para menos
da metade: passou de 6,9% para 3,2%* e, em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome (ONU).
2013 a 2018 - Dados do IBGE apontam que, subiu de 22,6% para 36,7% o índice de
domicílios em que ainda não era garantida a segurança alimentar. Nesses dois anos
(2017/2018), 10,3 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar grave.
Meta alcançada
<5% Muito Baixo
Principais causas da fome no Brasil atual
Falta de renda em função dos
baixos níveis de remuneração
(Salário Mínimo de referência) e
alt o nível desemprego e
informalidade resultante do
baixo crescimento econômico
Alto nível de concent ração da
renda (aumentou a miséria)
agrava muito a fome.
Modelo agro-exportador não
distribui renda e gera crescimento
intersetorial menor que o
necessário para absorver o
crescimento da população ativa
Principais causas da fome no Brasil em 2021
● Baixos níveis de remuneração e o alto nível desemprego resultante do baixo
crescimento econômico (não são os preços dos alimentos que são altos; são os
salários que são muito baixos!);
● um grande exportador de commodities mas o custo da alimentação saudável esta
relativamente muito alto; e a produção e a renda gerada estao muito concentradas;
● Modelo agro-exportador gera crescimento intersetorial menor que o necessário para
absorver o crescimento da população ativa;
● Alto nível de concentração da renda (e aumento da miséria) agrava muito a fome
principalmente nas regiões periféricas e areas rurais;
● Inflação acelerada dos alimentos acentua a substituicao produtos saudáveis por
processados e ultraprocessados, mesmo para as classes médias altas.
● Desmonte rapido das políticas de SAN depois de 2014 (nao ha sindicato de famintos)
Fonte: Ministério da economia
Evolução orçamentária - Subfunção Alimentação e Nutrição
Fonte: VIGISAN, 2021.
IA mod + grave
= 20,5%
FAO = 23,5%
Fonte: VIGISAN, 2021.
Fonte: Centro de Estudos FGV - Social
Fonte: FAO, IFAD, UNICEF, WFP & WHO, 2020.
Fonte: IBGE, 2006; IBGE, 2015; IBGE, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015; IBGE, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020.
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  • 1.
  • 2. Principais itens a serem abordados ● A contribuição de J osué de Castro ● A fome e a grande seca de 1987/89 ● A grande lavoura e a produção de subsistência ● As políticas de combate a fome no Brasil ● As causas recentes da retomada da fome ● A fome e a obesidade na pandemia
  • 3. 1877 - Pai de J osué, agricultor do Sertão Nordestino, migra para a capital em função da ”grande seca” 1908 - Nasce em Recife e cresce em um bairro pobre às margens do rio Capibaribe 1929 - Concluiu o curso de medicina da Universidade do Brasil e retorna para ser medico no Recife 1945 - Publica “Geografia da fome”; e em 1957, “Geopolitica da fome” 1952 - Foi presidente do conselho consultivo da FAO até 1956; foi tb deputado federal pelo PTB em “ “dobradinha” com Francisco J uliao das Ligas Camponesas 1964 – cassado pelo regime militar brasileiro e proibido de voltar ao Brasil; 1965 - Publica “Sete palmos de terra e um caixão” onde se define como um “agitador autodidata” 1973 - Morre no exílio na França, deprimido dias após a morte de seu amigo, Salvador Allende. A fome no Brasil: de J osué de Castro à Pandemia
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  • 5. 1 3 4 5 Fome endêmica Epidemias de fome Subnutrição 2 Mapa das áreas alimentares no Brasil J osué de castro, 1946. Fonte: Geografia da Fome: A Fome no Brasil. Rio de J aneiro: O Cruzeiro, 1946.
  • 6. 1) Combate ao latifúndio; 2) Combate à monocultura em largas extensões sem as correspondentes zonas de abastecimento dos grupos humanos nela empregados; 3) Aproveitamento de todas as terras cultiváveis nas cercanias das cidades; 4) Intensificação do cultivo de alimentos nas pequenas propriedades; 5) Mecanização intensiva das lavouras; 6) Financiamento bancário e garantia de um preço mínimo justo; 7) Progressiva isenção de impostos da terra destinada ao cultivo de produtos de sustentação; 8) Amparo e fomento ao cooperativismo; 9) Intensificação dos estudos técnicos em Bromatologia e Nutrologia; 10) Campanha de bons hábitos alimentares, higiene, amor a terra, economia agrícola e doméstica e dos fundamentos da luta contra a erosão. “Programa de 10 pontos para vencer a fome” - 1952
  • 7.
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  • 10.
  • 11. 1915 - Campo de Alagadiço, Fortaleza - Lotação de 8 mil concentrados - 32 mil podem ter passado pelos campos - Funcionou por cerca de 6 meses 1932 e 1933 - Set e campos de concent ração - Em Fort aleza: Urubu e Matadouro; - Fora da Capital: Senador Pompeu (Patu); São Mateus (Cairús);Crato (Burity); Quixeramobim e Ipu; - Cerca de 100 mil foram confinados simultaneamente; - O maior campo, Burit y, chegou a confinar 50 mil pessoas. Campos de concentração para famintos no Ceará
  • 12. Fonte: 2000 a 2011, IPEA; 2012 a 2019, IBGE/PNAD contínua e Covid. - O complexo rural : nas grandes fazendas escravistas produzia- se de tudo, inclusive atividades de subsistencia e subsidiarias da producao comercial … (I.Rangel, A questao agraria ) - o complexo cafeeiro paulista: nascimento da economia capitalista ( W.Cano, Raizes da Concentracao Industrial) - quando o preco do café subia, aumentava a fome nas colonias porque toda a mao-de-obra era alocada nos trabalhos da plantation,abandonando os cultivos intercalares de subsistencia …. A producao independente de alimentos se afirma apenas com a crise do café de 1929 ( Caio Prado Jr., Historia economica do Brasil)
  • 13. Fonte: Anna Peliano, “A trajetória das políticas de combate a fome no Brasil” (live 2021). 1932 - INQUÉRITOSSOBREASCONDIÇÕES DEVIDA DASCLASSES OPERÁRIAS 1940 - SERVIÇO DEALIMENTAÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – SAPS (COBAL/CONAB) A) Criação de restaurantes populares; B) Fornecimento de uma refeição matinal para os filhos dos trabalhadores (embrião da merenda escolar); C) Auxílio alimentar (30 dias) ao trabalhador enfermo ou desocupado (transformado em auxílio-doença); D)Criação de postos de subsistência para venda, a preços de custo, gêneros de primeira necessidade; E) Serviço de visitação domiciliar junto à residência dos trabalhadores; F) Cursos para visitadores e auxiliares técnicos de alimentação. 1945 - COMISSÃO NACIONAL DEALIMENTAÇÃO - CNA (INAN) Anna Peliano: A trajetoria das politicas de combate a fome em 4 atos 1º Ato: Os primórdios das políticas de alimentação e nutrição no âmbito das políticas trabalhistas do Governo Vargas
  • 14. Fonte: Anna Peliano e Nathalie Beghin. IPEA. Abril/94 2º Ato: De meados dos anos 70 ao final da déc. de 80 “O que funcionou não foi bom, e o que foi bom não funcionou” ● II Programa Nacional de Alimentação e Nutrição – II PRONAN; ● Dia D do Abastecimento; ● I Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição ● Reconhecimento da alimentação escolar como direito constitucional ● Programa Nacional de Leite para Crianças Carente – PNLCC No final dos anos oitenta, o “Governo Federal operava 12 programas de alimentação e nutrição que juntos gastaram mais de U$ 1 bilhão em 1989”.
  • 15. 3º Ato: “As reviravoltas dos anos 90” ● Mapa da Fome: Subsídios à Formulação de uma Política de Segurança Alimentar (IPEA) ● Plano Nacional de Combate à Fome e à Miséria – Princípios, Prioridades e Mapa das Ações de Governo ● Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA ( Gov. Itamar) ● Comunidade Solidária (Gov.FHC) Entre 1990 e 1999, um contingente de 8,2 milhões de brasileiros havia saído da condição de extrema pobreza e 10,1 milhões da condição de pobreza (IPEA). Fonte: Anna Peliano, “A trajetória das políticas de combate a fome no Brasil” (live 2021).
  • 16. 4º Ato: Início do século XXI: O avanço de reivindicações históricas e a garantia constitucional do direito à alimentação Fonte: Anna Peliano, “A trajetória das políticas de combate a fome no Brasil” (live 2021). 2003 - FOMEZERO Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome; 2003 - Recriação do CONSEA Coordenação com sociedade civil organizada e setor privado; 2004 - BOLSA FAMÍLIA; 2010 - Reconhecimento do direito constitucional à alimentação adequada; 2011 - Brasil sem Miséria; 2012 a 2015 - Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; 2016 a 2019 - Segundo Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
  • 17. O rapido desmonte do aparato de combate à fome e volta da miséria 2004 a 2013 - A situação de insegurança alimentar grave nos domicílios caiu para menos da metade: passou de 6,9% para 3,2%* e, em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome (ONU). 2013 a 2018 - Dados do IBGE apontam que, subiu de 22,6% para 36,7% o índice de domicílios em que ainda não era garantida a segurança alimentar. Nesses dois anos (2017/2018), 10,3 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar grave.
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  • 20. Principais causas da fome no Brasil atual Falta de renda em função dos baixos níveis de remuneração (Salário Mínimo de referência) e alt o nível desemprego e informalidade resultante do baixo crescimento econômico Alto nível de concent ração da renda (aumentou a miséria) agrava muito a fome. Modelo agro-exportador não distribui renda e gera crescimento intersetorial menor que o necessário para absorver o crescimento da população ativa
  • 21. Principais causas da fome no Brasil em 2021 ● Baixos níveis de remuneração e o alto nível desemprego resultante do baixo crescimento econômico (não são os preços dos alimentos que são altos; são os salários que são muito baixos!); ● um grande exportador de commodities mas o custo da alimentação saudável esta relativamente muito alto; e a produção e a renda gerada estao muito concentradas; ● Modelo agro-exportador gera crescimento intersetorial menor que o necessário para absorver o crescimento da população ativa; ● Alto nível de concentração da renda (e aumento da miséria) agrava muito a fome principalmente nas regiões periféricas e areas rurais; ● Inflação acelerada dos alimentos acentua a substituicao produtos saudáveis por processados e ultraprocessados, mesmo para as classes médias altas. ● Desmonte rapido das políticas de SAN depois de 2014 (nao ha sindicato de famintos)
  • 22. Fonte: Ministério da economia Evolução orçamentária - Subfunção Alimentação e Nutrição
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  • 29. Fonte: VIGISAN, 2021. IA mod + grave = 20,5% FAO = 23,5%
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  • 33. Fonte: Centro de Estudos FGV - Social
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  • 41. Fonte: FAO, IFAD, UNICEF, WFP & WHO, 2020.
  • 42. Fonte: IBGE, 2006; IBGE, 2015; IBGE, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015; IBGE, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020.