A entrevista narrativa ressignificada nas pesquisas educacionais pós-estruturalistas
1. Seminário sobre ANDRADE (2012)
A entrevista narrativa ressignificada nas pesquisas
PPGEEDU
Mestrado em Educação
Disciplina: Pesquisa em Educação
1
A entrevista narrativa ressignificada nas pesquisas
educacionais pós-estruturalistas
Aluna:
Profa. Esp. Maria Inês Möllmann
Profa.:
Dra. Bianca Salazar Guizzo
Canoas (RS), 23/03/2017
2. 1. Entrevista narrativa
2. Campo de pesquisa pós-estruturalista
3. Perspectiva etnográfica
Pontos para compreensões
sobre o texto
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4. Problematização da autora: relações entre
juventude e educação. Analisa exclusões de
contingente expressivo de jovens, que sai do Ensino
Médio e migra ou retorna para o EJA, por meio de
textos dos jovens e os modos de narrar-se da escola,
de dizer de si.
5. Relatos da autora sobre percursos de seu trabalho
Maria Inês Möllmann
3. Autora exemplifica o que é e como pensar
por meio do material empírico de seu doutorado.
- Os/as próprios/as jovens narram suas histórias de
1. Entrevista narrativa
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- Os/as próprios/as jovens narram suas histórias de
vida escolar, suas idas e vindas para a escola,
atribuindo significados aos processos de exclusão e
inclusão escolar vividos por eles/as.
Maria Inês Möllmann
4. Assume o pressuposto que a produção do sujeito se
dá no âmbito da linguagem,
2. Campo de pesquisa pós-
estruturalista
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na relação com as forças discursivas que o nomeiam e
governam.
- Escola é um desses locais da cultura no qual se
produz e se nomeia um sujeito.
Maria Inês Möllmann
5. Na escola o sujeito é produzido e nomeado de:
Jovem/velho
Analfabeto/alfabetizado
Normal/anormal
Competente/fracassado
Incluído/excluído
3. Perspectiva etnográfica
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Incluído/excluído
Estudante regular/estudante de EJA
Por meio da forma como se organiza o espaço escolar,
da seleção de conteúdos para ensinar,
das relações entre professores e alunos.
- A escola também produz modos de narrar-se, de
dizer de si a partir das experiências lá vividas.
Maria Inês Möllmann
6. Entende que caminho metodológico não é novo.
Propõe considerar original o foco na entrevista,
compreendendo-a como uma narrativa de si.
3. Perspectiva etnográfica
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Também a compreensão de que pesquisador/a, na
relação com o/a outro/a, ressignifica o fazer
metodológico em sua trajetória pessoal de
investigação.
Maria Inês Möllmann
7. As histórias nem sempre convergem em relação à
exclusão do ensino regular diurno e motivo para seu
retorno.
Poucos/as do jovens entrevistados/as trabalham fora
4. Problematizações da autora
Interpretações que oferece
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Poucos/as do jovens entrevistados/as trabalham fora
de casa e muitos/as nem chegam a parar de estudar,
migrando do ensino regular direto para a EJA.
A dificuldade de aprendizagem – constante nas suas
falar e nas falas da escola.
A noção de pobreza é muito diferente daquela que a
autora produziu para eles/as.
Maria Inês Möllmann
8. - Um certo sentido do que somos
- A escola como campo de trabalho
- A pesquisadora em seu trabalho
5. Relatos da autora sobre seus
percursos de trabalho
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- A pesquisadora em seu trabalho
- Os sujeitos pesquisados
- Quando termina o campo?
Maria Inês Möllmann
9. - Um certo sentido do que somos
Para os jovens e para ela.
Narrativas a fizeram recobrar próprias emoções.
Possibilitaram aos sujeitos reconstruir as significações
de seus processos de escolarização.
5. Relatos da autora sobre seus
percursos de trabalho
9
de seus processos de escolarização.
Buscou compreender memórias e experiências dos
informantes [o que procedimentos ditos científicos
buscam evitar].
Propõe uma forma ressignificada das entrevistas –
situação de troca como objeto de análise.
Maria Inês Möllmann
10. - Um certo sentido do que somos
Histórias são escritas e identidades são
discursivamente produzidas por meio das narrativas.
Sujeitos se constituem pela associação de diferentes
5. Relatos da autora sobre seus
percursos de trabalho
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Sujeitos se constituem pela associação de diferentes
discursos – o corpus de sua pesquisa é o discurso
pedagógico e/ou escolar que atravessa e constituiu os
modos de dizer, pensar e agir dos/as jovens. Incluem-
se aí as representações, os dizeres hegemônicos.
O que a possibilitou inferir, em alguma medida, as
formas pelas quais uma grande parcela dos/as
jovens, de modo geral, retorna/migra para a EJA e
investe tão ativamente em sua escolarização.
Maria Inês Möllmann
11. - Um certo sentido do que somos
Uma perspectiva que requer uma exploração
minuciosa das narrativas, buscando ver as coisas
ditas e não ditas, mas implícitas.
Histórias são escritas e identidades são
5. Relatos da autora sobre seus
percursos de trabalho
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Histórias são escritas e identidades são
discursivamente produzidas por meio das narrativas.
Ao problematizar a linguagem de muitos outros
[alunos e alunas, autores e autoras, professora,
diretora, documentos escolares, programas e políticas
educacionais], seu texto se caracteriza como
polifônico ou dialógico. Confere consistência a sua
investigação.
Maria Inês Möllmann
12. - A escola como campo de trabalho
Estar na escola foi um estímulo a diferentes formas
de pensar e ver o outro em sua alteridade.
5. Relatos da autora sobre seus
percursos de trabalho
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Ensinou-a um novo jeito de escrita acadêmica –
descrição minuciosa e atenta do visto e ouvido e
análise profunda das narrativas.
A escola não é um todo homogêneo.
Maria Inês Möllmann
13. Teve dificuldade em estar naquele lugar como pesquisadora,
e não como professora.
Perseguiu uma postura ideal por longo tempo.
Motivações de sua escolha pela quarta série [ou quarta
5. Relatos da autora sobre seus
percursos de trabalho
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Motivações de sua escolha pela quarta série [ou quarta
etapa do EJA]:
1) segundo pesquisas, é quando iniciam os processos de
exclusão;
2) Unesco considera alfabetizada uma pessoa quando
conclui a quarta série;
3) graduada em Pedagogia, séries iniciais, e sua experiência
se deu, principalmente, no terceiro e quarto anos;
4) aluna abriu a possibilidade de trabalhar com sua turma.
Maria Inês Möllmann
14. - Os sujeitos pesquisados
Não são homogêneos e a-históricos.
19 entrevistas individuais com jovens de 15 até 27
5. Relatos da autora sobre seus
percursos de trabalho
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19 entrevistas individuais com jovens de 15 até 27
anos de idade, com entrevistas-piloto, ouvindo
inclusive seus silêncios e não comparecimentos,
discussões em grupo em que ofertava lanches,
diretora da escola e professora da turma, em dois
semestres.
Maria Inês Möllmann
15. - E quando o campo termina?
Impossibilidade de desvencilhar-se das coisas ditas ao
voltar para casa, pois se compadecia com o
sofrimento destes/as, a levou a lidar não com só com
5. Relatos da autora sobre seus
percursos de trabalho
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sofrimento destes/as, a levou a lidar não com só com
as subjetividades desses, mas com as suas própria.
Suas identidades como pesquisadora, professora,
mulher, se mesclaram.
E compuseram seu campo de pesquisa.
Maria Inês Möllmann
16. ANDRADE, Sandra dos Santos. A entrevista narrativa
ressignificada nas pesquisas educacionais pós-
estruturalistas. In: MEYER, Dagmar Estermann;
PARAÍSO, Marlucy Alves (Orgs.) Metodologias de
Pesquisas Pós-Críticas em Educação. Belo Horizonte:
Mazza Edições, 2012. p. 173-194
Referência
16
Maria Inês Möllmann