3. HEMOCOMPONENTES X HEMODERIVADOS
FRACIONAMENTO DO SANGUE
POR CENTRIFUGAÇÃO
1 - Concentrado de Hemácias
2 - Concentrado de Plaquetas
3 - Plasma Fresco Congelado
4 - Crioprecipitado
5 - Concentrado de Granulócitos
EXTRAÇÃO POR MÉTODOS
FÍSICO-QUÍMICOS
1 - Complexo Protrombínico
2 - Concentrado de fatores
específicos
3 - IVIG / Albumina
4 - Fibrinogênio
4.
5. CONCENTRADO DE HEMÁCIAS
- 1 bolsa: 250-300 ml.
- Indicações:
Hb < 7 Para hemodinamicamente estáveis.
Hb < 8 Para coronariopatas.
Hb < 10 Se sintomáticos (hipotensão ortostática,
taquipneia).
- 3 ml/kg → Hb em 1 g/dl e Ht em 3%.
6. - Preparos especiais:
1 - Leucodepleção (leucorredução, filtração):
Reação febril não-hemolítica prévia.
Politransfusão.
Risco de infecção por CMV.
2 - Irradiação:
Prevenção de GVHD transfusional.
Imunossupressão grave.
3 - Lavagem:
Reação alérgica grave / Anafilaxia.
Deficiência de IgA.
7. CONCENTRADO DE PLAQUETAS
- Tipos: PROFILÁTICA x TERAPÊUTICA.
PROFILÁTICA:
< 10.000: Todos.
< 20.000: Se febre ou passagem de CVC.
< 30.000: Se LPA.
< 50.000: Se cirurgia ou punção lombar.
< 100.000: Se neurocirurgia ou cirurgia oftalmológica
de câmara posterior.
TERAPÊUTICA:
< 50.000: Se sangramento ativo.
< 100.000: Se NCR ou cirurgia de câmara posterior.
- 1 Unidade (50 ml) / 10 Kg
1 plaquetaférese (1 pool plaquetário - 250 ml)
8. PLASMA FRESCO CONGELADO
- Mais imunogênico.
- Critérios:
Sangramento ativo +
Intoxicação cumarínica.
CIVD.
PTT (na ausência de plasmaférese).
Prevenção de sangramento em procedimentos com
RNI > 1,5.
- Dose: 15 ml/kg.
9. CRIOPRECIPITADO
- Rico em fibrinogênio, fator XIII e fator de vWB.
- Critérios:
CIVD
Disfibrinogenemias
- Dose: 1 bolsa / 10 kg.
10. COMPLEXO PROTROMBÍNICO
- Fatores II, VII, IX, X, proteína C e proteína S.
- Critérios:
Intoxicação por inibidores de vitamina K
Intoxicação por inibidores diretos de Xa.
- Dose: baseada no RNI e no peso.
- Complexo protrombínico parcialmente ativado.
12. REAÇÃO FEBRIL NÃO-HEMOLÍTICA
REAÇÃO MAIS COMUM NA PRÁTICA CLÍNICA
- Mecanismo: anti-HLA no soro do receptor → ativação
leucocitária → liberação de mediadores inflamatórios.
- Clínica: variação <1°C sem outros sintomas
(hipotensão, dispneia, calafrios, dor lombar).
- Tratamento: cessar transfusão, checar bolsa, coletar
exames, antitérmico, retornar transfusão.
13. REAÇÃO FEBRIL HEMOLÍTICA
- Mecanismo: hemólise intravascular aguda por
incompatibilidade de grupo sanguíneo → erro
logístico na administração da bolsa.
- Clínica: febre + calafrios + DOR LOMBAR e COLÚRIA
→ IRA + CIVD.
- Tratamento: coletar labs (marcadores de hemólise,
Coombs direto), hiper-hidratação, diálise.
14. TRALI
PRINCIPAL CAUSA
DE MORTE ASSOCIADA À TRANSFUSÃO
- Mecanismo: Anti-HLA no plasma do doador (ex:
mulheres multíparas) → ativação leucocitária
difusa no leito pulmonar → SARA.
- Clínica: IRPa, febre.
- Tratamento: IOT e suporte ventilatório
Diurético não tem efeito.
Corticoterapia é controversa.
15. REAÇÃO ALÉRGICA / ANAFILAXIA
- Mecanismo: Reação alérgica IgE mediada por
proteínas do soro do doador → reações leves
(urticária) a graves (choque anafilático).
- Clínica: RASH, SIBILOS e HIPOTENSÃO.
- Tratamento: Anti-histamínico (difenidramina -
em casos leves) + hidrocortisona e adrenalina IM
(casos graves).
* Usar concentrado lavado na próxima transfusão.
16. TACO
- Mecanismo: EAP por sobrecarga transfusional.
- Clínica: HIPERTENSÃO + síndrome congestiva (dispneia
+ TJP)
* x TRALI: início mais rápido, TJP, sem febre.
- Tratamento: furosemida, VNI, vasodilatação. Retornar
com transfusão lenta.
17. SEPSE BACTERIANA
- Mecanismo: bolsa contaminada com bactéria
(transfusão de plaquetas) → sepse fulminante.
* Germes: BGNs (Yersinia) e Staphylo.
- Clínica: choque séptico fulminante (hipotensão,
FEBRE ALTA).
- Tratamento: coleta de hemoculturas (bolsa e
receptor), ATB e suporte hemodinâmico.
18. OUTROS
- Distúrbios hidroeletrolíticos: HIPOCALCEMIA e
HIPERCALEMIA.
- GVHD transfusional: transfusão entre
aparentados.
* Indicação de hemocomponente IRRADIADO.