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Profª Anna Kossak Romanach
TEMAS CONEXOS:
Miasmas e Hahnemann.
Pele e expressões tegumentares.
Toxinas, eliminações,
emunctórios.
Sicose. Luetismo.
Tuberculinismo. Artritismo.
Conteúdo
1. Tema: Psora
2. Listagem dos tópicos.
3. Psora como miasma comum inicial.
4. Psora como causa fundamental de todas doenças.
5. Etiologia da Psora. Zissu, 1973.
6. Dinâmica miasmática. Diagrama.
7. Áreas psíquicas miasmáticas. Gráfico.
8. Seqüência imunológica nos miasmas.
9. Seqüência imunopatológica nos miasmas.
10. Resposta imune normal. Sem lesão.
11. Sistema inespecífico de defesa.
12. Importância dos emunctórios na Psora.
13. Síntese fisiopatológica do Sulfur e Psora.
14. Planos dinâmicos e direção da cura. Diagrama.
15. Fisiologia da pele. Gráfico.
16. Inflamação no contexto imunitário e psórico.
17. Tendências evolutivas inflamatórias da Psora.
18. Seqüência cito-histopatológica das fases inflamatórias.
19. Eliminação trans-epidérmica. Ex. do eczema atópico.
20. Doença aguda como descompensação do estado psórico
sub-clínico.
21. Síntese dos mecanismos defensivos da Psora.
22. Fases da Psora em esquema mais recente. Zissu.
23. A falência do poder de exteriorização.
24 a 29. Evolução conceitual histórica da Psora.
30 . Semiologia. Sintomas como tradução de defesa.
31. Totalidade sintomática e Psora. § 103.
32. Totalidade sintomática e Psora. § 104.
33. Grupamento miasmático de sintomas.
34. Aspectos práticos da Semiologia e Fisiopatologia
miasmática.
35. Psora. Manifestações afetivo-emotivas.
36. Características somáticas da Psora.
37. Psora x Sicose. Toxinas externas e internas.
38. Psora e artritismo.
39. Psora. Sentidos evolutivos. Gráfico.
40. Sinopse comparativa entre Psora, Sicose e Luetismo.
41. Os comportamentos defensivos que caracterizam
estados reacionais miasmáticos.
42. Final.
PSORA como miasma comum inicial
A diferenciação dos estados miasmáticos permitiu situar cada doente num degrau
patológico evolutivo. HAHNEMANN afirmou ser a Psora a causa fundamental das demais doenças,
agudas e crônicas e, sendo a Psora o estágio inicial obrigatório dos outros estados miasmáticos,
deduz-se que o doente situado na Sicose ou no Luetismo vive a fase mais avançada de um
desequilíbrio inicial que, por circunstâncias intrínsecas evolui dentro de uma cadeia reacional a qual,
desde determinado momento, pelas proporções assumidas, justifica outra denominação.
Os diferentes estados miasmáticos resultam do desequilíbrio e esforço reacional do estado
inicial de Psora, que por sua vez exterioriza outro estado reacional até então inaparente ou sub-
clínico.
Ao considerar a injúria imunitária, cujas designações abrangem todas variantes da Patologia,
constata-se que também ela traduz evolução de uma resposta imune que, inicialmente normal, foi
conturbada por fatores múltiplos, aumentou em amplitude e intensidade desenvolvendo
manifestações clínicas imprevisíveis - até certo ponto padronizadas em determinado indivíduo.
PSORA como causa fundamental de todas doenças
Quando se afirma que Psora é a causa fundamental e real das inumeráveis formas de
doenças crônicas que, sob diferentes denominações, aparecem nos tratados de patologia como
entidades peculiares independentes e quando são avaliados os grupamentos sintomáticos
caracterizadores das diferentes e sucessivas fases da Psora, a analogia força a sua comparação ao
processo primário de defesa ou resposta imunitária normal, que está na base de todos processos
patológicos de rejeição, eliminação e inflamação.
Em muitos doentes os processos regridem, noutros conseguem se equilibrar na fase de
atividade ainda latente e noutros ainda, devido à natureza do fator nocivo e às condições
predisponentes do terreno, avançam para graus distintos de defesa organizada, específica, em
nível celular e humoral, acabando por se consolidar sob padrões histopatológicos peculiares.
Em confronto, assim como a inflamação é o fenômeno elementar das doenças, estando na
origem de todos os processos, benignos ou não, o estado psórico, de descompensação inicial,
assinala o ponto de partida a desequilíbrios posteriores do sistema orgânico.
Etiologia da PSORA NA LITERATURA HOMEOPÁTICA. Roland.Zissu 1973.
I. ETIOLOGIA EXTRINSICA
 Fatores de auto-intoxicação: sedentarismo, alimentação inadequada (excesso de carne,
gorduras, bebidas de má qualidade).
 Fatores de hetero-intoxicação: álcool, tabaco, poluição.
 Fatores psíquicos: efeitos persistentes de emoção, sofrimentos morais, situação conflitual.
 Certas intoxicações e intoxinações adjuvantes: toxinas parasitárias, microbianas.
II. ETIOLOGIA INTRÍNSICA.
 Fatores do terreno
 Biótipo CARBÔNICO. Dificuldade física e mental. Aversão por esporte. Predominância
digestiva. Fome excessiva. Acúmulo de resíduos.
 Biotipo SULFÚRICO. Predominância muscular (neutro, gordo ou magro) com necessidade de
exercício físico para queimar suas toxinas.
DINÂMICA MIASMÁTICA em esquema explicativo
Fisiopatologia dos estados reacionais miasmáticos.
P
SIFILINISMO
3º nível
SICOSE
2º nível
PSORA
1º nível B
C
D
E
A (calor = NOXA)
1º nível = PSORA
A = B (condição ideal) = Psora latente
A > B Estado psórico
A = B + C ►Psora compensada
A > B + C ► Psora descompensada
2º nível = SICOSE
A = B + C + D
▼
Sicose compensada
A > B + C + D
▼
Sicose descompensada
3º nível = SIFILINISMO
A > B + C + D + E
▼
Sifilinismo descompensado
A = oferta ao sistema
B = dispêndio funcional
C = válvula de segurança
D, E = vazamento de
pressão (P)
Adaptado de J.L.Egito “Homeopatia, Introdução ao Estudo da Teoria Miasmática”, S.Paulo, Robe, 1999
MIASMAS: Psora, Sicose, Sifilinismo.
AFETIVO/EMOTIVA
Psora
ÁREA VOLITIVA
Sicose
ÁREA INTELECTIVA
Sifilinismo
Àreas preferenciais dos
Sintomas mentais
Esq. J.L.Egito
Seqüência imunopatológica nos miasmas. I
Estado reacional psórico
Uma injúria imunológica decorre de resposta de defesa que, inicialmente
normal, assume amplitude e intensidade em grau lesivo aos tecidos.
Os estados miasmáticos assemelham-se em muitos aspectos aos modelos
imunopatológicos.
No estado psórico, quando o organismo apenas se afasta do equilíbrio, é
acionado o potencial fisiológico no sentido de rejeitar, excretar, exonerar e
eliminar por combustão as toxinas e antígenos inoportunos ou, simplesmente,
adaptar-se ao estresse.
Nesta fase dominam a hiperexcitabilidade, a hiperfunção e os fenômenos
congestivos ou inflamatórios reversíveis.
Seqüência imunopatológica nos miasmas. II
Estado reacional sicótico. Estado reacional luético.
Ultrapassado o limiar fisiológico de defesa e adaptação, mobilizam-se os
mecanismos imunitários mais profundos e específicos, em nível humoral e celular,
desenvolvendo-se, paulatinamente, o estado de Sicose que,
por sua vez, tenderá ao Luetismo, principalmente quando houver conjunção de fatores
estressantes num terreno predisposto.
O doente permanecerá em um dos níveis desta marcha crônica, ou prosseguirá
no desequilíbrio, se não for favorecido por estímulo direcionado à força vital
comprometida.
A vulnerabilidade própria dos estados miasmáticos propicia a instalação de
infecções e infestações, entre elas a sífilis, a gonorréia e a escabiose, perpetuando o
indivíduo em determinada diátese.
Atenção: na prática os modos reacionais podem estar entrosados, sem obediência a esquemas, donde a aparente
disparidade e incongruência entre as listas miasmáticas comparativas de diferente origem. Fases de estenicidade
e de astenicidade podem se suceder no mesmo indivíduo psórico.
Resposta imune normal - sem lesão.
Seqüência dos mecanismos fundamentais de defesa que caracterizam a
resposta imune normal.
1. Função imunógena ► rejeição ► eliminação ► processo inflamatório.
▼
antígenos exógenos
2. Função memória:
- inicialmente, resposta imune primária – inespecífica,
válida para todos os antígenos;
- posteriormente, resposta imune secundária – específica – destinada a
um antígeno determinado.
3. Função tolerógena ► aceitação ► manutenção do antígeno.
▼
antígenos endógenos
SISTEMA INESPECÍFICO DE DEFESA.
Estudo comparativo da imunidade (Adaptado de ABBAS)
Importância dos emunctórios na Psora
O estado psórico representa a principal e a mais difundida
doença crônica, com predomínio de alterações resultantes de
eliminações deficientes, condicionando acúmulo de toxinas e de
metabólitos que, em intervalos variáveis, forçam a exteriorização clínica
em crises periódicas e em alternâncias mórbidas, seja por vias habituais,
seja por vias alternativas ao nível de superfícies cutâneas, mucosas ou
serosas.
Síntese fisiopatológica de SULFUR como parâmetro da Psora
AUTO-INTOXICAÇÃO TENDÊNCIA CENTRÍFUGA
Distúrbios SEROSAS
Vaso-motores MUCOSAS TEC.LINFÁT. PELE VISCERAIS
Congestão
venosa
passiva
▼
▼
Varizes
sistema cava
▼
Hemorróidas
Sistema porta
Congestão arterial
Ativa
Rubor orificial cutâneo
Mucoso
Sensação calor
Hipertensão
Dores queimantes
Por Por
Inflamação vasomotricidade
Respiratória
Ocular
Digestiva
Urinária
Genital
Irritabilidade:
prurido
queimação
eliminações
mucosas
Inflamações Erupções
Adaptado de ZISSU R. - Matière Médicale Homéopathique Constitutionnelle
, 4 v..Paris, Peyronnet, 1960. V.II, p.201
Direções de
cura.
FISIOLOGIA DA P E L E
Funções da PELE: queratopoiética – sudorípara – emunctorial – respiratória –repelente – absorção – pH cutâneo – tampão –
- Sentidos – pigmentação – sebífera – defesa ativa – termorregulação – defesa passiva.
1. Função imunógena ► rejeição ► eliminação ►
processo inflamatório.
▼
antígenos exógenos
INFLAMAÇÃO é processo essencialmente vital, resultante da Homeostase –
que constitui a propriedade do genótipo em perdurar no tempo, reagindo e
adaptando-se aos estímulos do meio ambiente.
A evolução do Processo Inflamatório não depende da causa em si, mas das
condições da Homeostasia do indivíduo.
A intensidade e evolução são influenciadas por diversos fatores, não apenas
aqueles inerentes ao genótipo, a exemplo de interferências exógenas.
Tendências evolutivas da inflamação
1. Fenômenos iniciais de constrição vascular.
2. Dilatação vascular consecutiva caracterizada por congestão e
diapedese.
3. Resolução: modificações do protoplasma celular ou induração,
supuração, gangrena – fenômenos agudos ou subagudos.
4. Evolução crônica levando à degeneração dos tipos gorduroso,
amilóide, hialino ou esclerose.
Processos l) e 2) consistem em fenômenos vasculares que acarretam
modificações do protoplasma celular. São fenômenos reversíveis.
Processos 3) e 4) subentendem modificações do núcleo celular, de caráter
agudo ou subagudo. São fenômenos mais graves. Irreversíveis. com
modificações celulares direcionando à morte.
Seqüência cito-histopatológica das fases inflamatórias.
Inflamação (queima, flegmasia), representa a soma de mecanismos reacionais reflexos locais e
regionais de um organismo frente a uma agressão.
Fase inflamatória vascular e humoral
1º tempo = hiperemia ativa por vaso-dilatação capilar, arterial.
2º tempo = hiperemia passiva
→ tromboses venosas secundárias
→ atividade nervosa reflexa de excitação e inibição
→ edema → diapedese
Dilatação de capilares ► lentidão corrente sanguínea►marginalização leucócitos ►travessia
paredes. Polinucleares fagocitam. Lisosomas ►pus + exsudato contendo polinucleares alterados +
células de tecidos vizinhos + leucócitos + microorganismos.
Fase tíssulo-celular
→ formação granuloma ←mobilização e multiplicação de células conjuntivas + metamorfose celular +
aparecimento linfócitos, plasmócitos, macrófagos.
Fase conectivo-cicatricial
Deve-se à multiplicação celular e à produção de substância fundamental que, geralmente, termina por
regeneração mais ou menos completa, anatômica e funcional.
15/04/2006 Dra. Anna Kossak Romanach 7
DERMATITE ATÓPICA Histopatologia cutânea
Doença aguda como descompensação de estado psórico silencioso ou
equilibrado.
Zonadesilênciodesintomas
PSORALATENTE
DOENÇA AGUDA
Síntese dos mecanismos defensivos da PSORA
Sendo a PSORA predominantemente uma auto-intoxicação
endógena, por insuficiência de eliminação, suas reações costumam
representar:
1. EXTERIORIZAÇÃO AGUDA DE TOXINAS no decurso de doença
geral, direcionada para a pele, pulmões, amígdalas ou outro órgão.
2. COMPENSAÇÃO ELIMINATÓRIA ao nível da pele ou mucosas, a
exemplo dos eczemas e diarréias.
3. NEUTRALIZAÇÃO DE TOXINAS ou dos PRODUTOS NÃO
ELIMINADOS ao nível dos tecidos (obesidade) ou dos órgãos (litíase
renal ou biliar).
FISIOPATOLOGIA DA PSORA. Seg. Roland Zissu (1973)
1ª fase. ESTÊNICA ou CENTRÍFUGA.
 RECORRÊNCIAS
 DISTONIA NEURO-VEGETATIVA
 DISTONIA VASO-MOTORA
 DISCINESIAS VESICULARES
 PERTURBAÇÕES DOS EMUNCTÓRIOS: intestinal, cutâneo, respiratório, gênito-urinário.
2ª fase. INTERMEDIÁRIA.
 ALTERAÇÕES DA 1ª fase – mais acentuadas.
 INSUFICIÊNCIA DE EMUNCTÓRIOS – mais pronunciados.
 FENÔMENOS ESPASMÓDICOS DOLOROSOS.
3ª fase. PSORA CENTRÍPETA ou DESCOMPENSADA, com duas eventualidades:
1. ANERGIA FUNCIONAL.
2. PSORA ORGÂNICA: Sistema arterial. Sistema ósteo-articular. Vísceras nobres.
A falência do poder de exteriorização
O aumento das eliminações e da atividade fisiológica dos
emunctórios caracteriza o modo psórico, estando ainda o
paciente estênico. Neste caso dominam reações aeróbias.
Quando ocorre inibição, desvio e falência do poder geral de
exteriorização do organismo, sobrevém outro modo de defesa – o
modo sicótico – caracterizado por interiorização orgânica, fixação
e isolamento do princípio mórbido, passando a dominar reações
anaeróbias.
EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 1
1832 – BOENNINGHAUSEN apresenta os medicamentos anti-psóricos.
1835 – LAVILLE propõe o paludismo como outra etiologia da Psora.
1835 – Léon SIMON atribui perturbações da saúde a “venenos” parasitários.
1847 - A. RAPOU se revolta contra o empirismo da Psora.
1848 – GRIESSLICH contesta a teoria miasmática; nega o ácaro como causa.
1851 – GUEYRAD: se a Psora é devida a vírus que infecta toda economia antes das
manifestações exteriores, estaria implícito outro mecanismo de atuação do ácaro.
O autor é favorável ao período de incubação. Comenta dificuldade no tratamento
interno exclusivo da escabiose.
1857 – GASTIER. Psora deve-se à obstaculização do livre exercício da ação vital.
1863 – POMMERAIS. As parasitoses seriam causa determinante ocasional.
1866 – GRAUVOGL. A Psora traduz insuficiência de eliminação do C e N.
1869 – Léon SIMON Filho é favorável à etiologia multifatorial da Psora. O veneno, e não todo ácaro,
constitui a causa da erupção psórica.
EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 2
1874 - GRANIER. A Psora é fruto do mal.
1899 - H. KRUGER admite a toxina como fator causal oriundo do próprio doente;
seria produto de lesão ... tornado nocivo quando associado a condições
predisponentes: resfriados, surmenage, etc.
1925 - J. ROY pensou haver descoberto numa formação do tipo microbiano a causa
específica do câncer e que designou, após RAPPIN e DOYEN, por Micrococcus
neoformans. Nenhum experimento comprovou o fato. O câncer resultaria de longo
processo de degenerescência de uma Psora latente ou manifesta. A hipótese foi
retomada por Antoine NEBEL.
1927 - WHEELER e PATERSON transferem a causa, da pele aos intestinos. Isolam várias
bactérias dando origem aos nosódios de Bach-Paterson.
EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 3
1929 – J.ROY pesquisa estados cancerínicos, referindo Psora como um fator provável na
etiopatogenia dos mesmos.
1931 – Léon VANNIER. Psora representa forças morbíficas desconhecidas que depois de séculos
se transmitindo de geração em geração ... Imprimem assinatura na hereditariedade. Toda
doença decorre de intoxinação, isto é, do conjunto de toxinas
endo e/ou exógenas. Toxina precede o micróbio.
1934 – PICHET. Psora traduz sensibilização orgânica, originando manifestações variadas, sem
causa aparente, ou acidental, nos mesmos órgãos ou em órgãos distanciados...
1936 – JACCARD. Considera Psora e Sicose, modos reacionais gerais, sendo ambas não apenas
noções homeopáticas fundamentais, e sim modos reacionais fundamentais na patologia dos
vertebrados.
EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 4
1954 – J. MICHAUD. Psora e sicose são aspectos diferentes de defesa e adaptações patológicas
de uma mesma função de eliminação. A Psora visa sobretudo toxinas endógenas e utiliza a
via de eliminação cutânea ou as alternâncias cíclicas ao nível de órgãos. A Sicose visa toxinas
exógenas e tende a increções ao nível de tecidos mesenquimatosos. Os dois processos se
completam e se superpõem. O sicótico seria um psórico não eliminador.
1957 – F. LAMASSON. Psora decorre de infestação parasitária, devida em primeiro lugar ao
sarcoptes, ao qual se associam outras ... e cuja influência se faz através da secreção tóxica
de seus venenos.
1960 – Pierre VANNIER. Psora é conjunto de manifestações de origem hereditária ou origem
pessoal, que constituem a carga toxi-infecciosa de cada indivíduo.
1966 – Henri BERNARD explica a Psora como reação de defesa orgânica com derivação do
agente patógeno para a porta de saída.
EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 5
1968 – D. DEMARQUE. A Psora, caracterizada por crises mórbidas, alternâncias e metástases, representa
modo defensivo às agressões extremamente variadas. Engloba a maioria das doenças de crise,
alérgicas ou não, cujas relações com o tuberculinismo são freqüentes, e também distúrbios de diátese
úrica e oxálica. Relacionadas a causas alimentares e higiênicas. A reação psórica pode decorrer de
vícios psico-neuro-endócrinos da função antitoxínica, cujo setor especial,
o fígado ... em terreno perturbado, pode suscitar modo psórico de defesa.
1973 – R. ZISSU. Psora é conjunto de distúrbios, sintomas ou doenças, sob a égide geral de intoxicação
crônica, em indivíduos predispostos ou sensibilizados e cujo tratamento requer, em momentos
determinados, certos medicamentos ditos antipsóricos. Evoca três tipos de fatores etiológicos: auto-
intoxicação, hetero-intoxicação e manifestações de predisposição genética.
1973 – O.A.JULIAN rejeita a unanimidade e modalidades da expressão etio- clínica vigente e considera a
Psora um estado de intoxinação hereditária e adquirida, politoxínica e poliinfecciosa (microbiana ou viral)
estando modificado o estado córtico-somático individual, capaz de expressar estados mórbidos
alternantes ou metastáticos, sob forma de síndromes variadas e estados nosográficos contrários, para
acabar, num último esforço, em estado somático anárquico, que o autor designa por alergose.
EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 6
1976 – CENTRO HOMEOPÁTICO DA FRANÇA. Psora é diátese respondendo a múltiplas agressões e
cujas causas são exógenas (microbianas, virais, parasitárias, médicas), endógenas (sobrecarga
ou má nutrição) e psíquicas. Clinicamente traduzida por 3 estádios: Estado I: Reação viva (ativa
) do organismo com hiperhemia local e alternâncias mórbidas. Estado II: Aumento de
insuficiência hepato-digestiva, azotemia, hiperuricemia, capaz de conduzir à litíase biliar ou
renal, hipertensão arterial.
Estado III: Evolução para esclerose vascular, renal e parenquimtosa.
1979 – J. JOUANNY: o modo reacional psórico é conjunto de manifestações escalonadas no
tempo, num mesmo indivíduo ou na sua linhagem, com as características: A) periodicidade das
manifestações cutâneas, mucosas ou serosas. B) alternância ou substituição destas
manifestações. C) tendência marcada às parasitoses.
1984 – JULIAN, HAFFEN. Chamam a Psora de disimunose, a Sicose de dismetabolismo e o
Sifilinismo de dismorfogênese ♣♣♣♣♣
S E M I O L O G I A
SINTOMAS e SINAIS traduzem linguagem de defesa
“ Muitas manifestações de infecções se
devem não a uma ação direta dos
microorganismos, mas sim à resposta do
paciente infectado”.
“ As drogas não criam funções mas
apenas as despertam e as modificam”.
Louis PASTEUR: “O terreno é tudo;
o micróbio é nada”.
Totalidade sintomática na PSORA.
§ 103 do “ORGANON da MEDICINA”.
 ... as doenças crônicas miasmáticas permanecem sempre as mesmas em
sua natureza essencial ... especialmente a Psora ...
... e exigem a investigação muito minuciosa de todos seus sintomas.
 No âmbito da doenças miasmáticas um determinado paciente exibe
somente uma parte dos sintomas referendados,
 Um segundo, um terceiro exibem outros sintomas que também
expressam determinado miasma.
 Cada um destes três pacientes pode expressar, em separado, apenas
parte da totalidade dos sintomas que caracterizam a extensão completa
da doença “miasmaticamente” considerada.
 Daí a necessidade de visão a mais extensa possível do doente a fim de
estabelecer a correlação farmacodinâmica correta capaz de acionar as
defesas na totalidade...
Sinopse comentada do § 104 do ORGANON
 ... O medicamento capaz de curar um estado miasmático é selecionado de acordo
com o registro de sintomas de todos os medicamentos cujos efeitos puros são
conhecidos mediante experimentação no homem são ... quer dizer, de acordo com a
Matéria Médica Homeopática.
 Não existem “categorias” miasmáticas, nem recomendação de grupamento
discriminativo das expressões atribuídas a este ou aquele “miasma” dominante como
critério determinante da primeira ou da segunda prescrição. É indispensável
visualizar o doente em sua globalidade e detectar aquelas manifestações
características que, em conjunto, mimetizam o perfil morbífico artificial medicamen-
toso mais semelhante - capaz de condicionar e detonar o mecanismo da cura.
 A citação freqüente de medicamento ”anti-psórico”, anti-sicótico ou “anti-sifilínico”,
traduz linguagem simples de rotina em torno das correlações que se sucedem na
clínica. Qualquer medicamento pode se tornar potencialmente trimiasmático – na
dependência exclusiva do doente.
Grupamentos miasmáticos de sintomas
 A classificação dos sintomas segundo correspondência miasmáticas é um artifício
imprescindível na compreensão e estudo dos processos crônicos e,
principalmente na seqüência do interrogatório, na coordenação, coerência e
hierarquização das informações colhidas do doente.
 O mesmo paciente pode apresentar entrosamento de manifestações simultâneas
denotadoras de vários níveis miasmáticos.
 Outrossim, deve ser considerado o terreno como predisposição mórbida
determinada pela hereditariedade.
 Desde a primeira infância podem estar evidentes distúrbios próprios da sicose
ou do sifilinismo, isolados ou entrosados.
Aspectos práticos da Semiologia e fisiopatologia dos miasmas.
A. Hahnemann encontrava elementos mais que suficientes para estabelecer o diagnóstico
diferencial miasmático. Na ausência de outra sintomatologia, considerava o estado
psíquico e moral do doente, sua conduta e suas ações, em todos os seus gestos e
atitudes.
B. Diversos autores, entre eles Allen, Kent e Gathak, retiram o valor da erupção escabiótica,
do cancro e do condiloma – como antecedentes para classificação miasmática das
entidades nosológicas e os substituem pela ATITUDE MENTAL do indivíduo.
C. Ortega, do México, interpreta os miasmas como alteração de funções celulares por
DEFEITO na Psora, por EXCESSO na Sicose, por PERVERSÃO ou DESTRUIÇÃO na
“Sifilis”. Nas afecções degenerativas, a Psora seria o substrato que perturba a Nutrição, a
Sicose acarretaria acúmulo de detritos, a “Sífilis” tenderia à destruição.
Psora. Manifestações afetivo-emotivas
O fator nóxio determina no indivíduo a angústia existencial. O indivíduo
sente o seu nível de anormalidade mediante ansiedade, angústia, medo, tristeza.
▲▲▲
Ação dos mecanismos equilibradores FISIOLÓGICOS influencia as defesas
primárias do Ego mediante mecanismos que não agridem e que não causam danos
diretos.
Representam reflexos de sofrimento ansioso: choro, orgulho, mesquinhez,
vaidade, afabilidade, ambição, usura, brincadeira, cautela, desejo de companhia,
generosidade, inveja, ciúme, servilismo, solenidade, sinceridade, suspiros, etc.
Sintomas restritos ao nível de sentimento e de emoções de caráter passivo.
“O psórico sofre sozinho”.
Quando sintomas psóricos refletem intenções de agressividade, devem eles
ser considerados sicóticos; quando ligados a distúrbio de intelecto ou de causa
lesional, passam a ser tidos como sifilínicos.
Características somáticas PSORA.
1ª - Alternância de sintomas de um emunctório para outro.
2ª - Tendência às verminoses.
3ª - Pele doentia.
4ª - Tendência a parasitoses dérmicas.
5ª - Prurido cutâneo.
6ª - Mucosas com prurido e edema.
6ª - Labilidade do sistema termorregulador. Febre.
7ª - Cansaço mental, fadiga e sobrecarga.
8ª - Aparelho cárdio- vascular: sensações de opressão,
angústia, taquicardia; arritmias não lesionais.
PSORA e SICOSE; modos reacionais fundamentais
MICHAUD, J. – Les bases scientifiques de l`homéopathie, Paris, Peyronnet, 1954, p.7
A psora e a sicose são dois aspectos de defesa do organismo ao modo
de duas adaptações patológicas diferentes de uma mesma função de
eliminação:
uma, a psora, visa sobretudo TOXINAS ENDÓGENAS e utiliza a via de
eliminação cutânea ou as alternâncias de eliminação cíclica ao nível
dos órgãos;
outra, a sicose, se destina sobretudo às TOXINAS EXÓGENAS e leva a
uma increção ao nível dos tecidos mesenquimatosos.
Estes dois processos na realidade se completam e se superpõem.
O sicótico é um psórico não eliminador.
PSORA E ARTRITISMO
A PSORA se caracteriza ao mesmo tempo por AUTO-I NTOXICAÇÃO
e pelas REAÇÕES ORGÂNICAS DE LUTA contra esta última... com
manifestações semelhantes ao ARTRITISMO ou NEURO-ARTRITISMO.
1. TROPISMO DE ELIMINAÇAO, eletivamente cutâneo-mucoso ocorrendo em
surtos sucessivos, donde:
2. ALTERNÂNCIAS MÓRBIDAS sob forma de reações, ditas alérgicas: eczema,
urticária, asma, hemorróidas, afecções reumatismais, etc.
3. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA >>> esclerose dos tecidos nobres do organismo ...
4. AFECÇÕES ESCLEROSAS. Esclerose cardiovascular, renal, hepática, aterosclerose...
PSORA. Sentidos evolutivos.
CONSTITUIÇÃO
Desmineralização
EXACERBAÇÃO ou
INIBIÇÃO EMUNCTORIAL
Mecanismo de compensação
TUBERCULINISMO
HIPERSECREÇÃO MUCOSA
Mecanismo de compensação
TUBERCULINISMO
ULCERAÇÕES E
CAVERNAS PULMONARES
Mecanismo de compensação
TUBERCULINISMO
PSORA
SICOSE
LUETISMO
HIPERATIVIDADE PSÍQUICA
ACELERAÇÃO FISIOLÓGICA
HIPERATIVIDADE
EMUNCTORIAL
Mecanismo de compensação
ARTRITISMO
Mecanismo de compensação
Mecanismo de compensação
DESAGREGAÇÃO DE FUNÇÕES
CANCERINISMO
FORMAREATIVAPRÓPRIA
PSORA SICOSE LUETISMO
Defeito de funções celulares.
Aumento eliminações fisiológicas.
Hipersensibilidade.
Transtornos reversível.
Age sobre EMOTIVIDADE.
Desperta simpatia.
Excesso de funções celulares.
Metabolismo alterado.
Hiperplasia (tumores benignos).
Age sobre MEMÓRIA, SENTIMENTOS
(amor).
Desperta antipatia.
Perversão ou destruição de funções
celulares.
Hipossensibilidade.
Transtornos irreversíveis.
Age sobre INTELIGÊNCIA. Tendência
DESTRUTIVA de si próprio e dos
outros. Desperta compaixão.
Ansiedade. Inibição. Medo. Timidez.
Mau humor. Memória fraca. Lentidão.
Lascívia. Tristeza. Desalento.
Abatimento, Melancolia.
Reage sempre de maneira defensiva.
Medo franco. Falsidade. Mentira.
Desconfiança. Egoísmo.
Irascibilidade. Precipitação. Memória
ativa. Teimosia. Trapaça. Escândalo.
Impudícia. Aflição. Manias.
Depressão.
Pavor. Angústia. Raiva. Rancor.
Crueldade. Ódio. Inveja. Ciúmes.
Desespero. Obstinação. Cansaço da
vida. Prostração mental. Tendência
ao suicídio. Tendência a homicídio.
Delírios. Mania religiosa. Incapaci-
dade de pensar. Falta de memória.
AGRAVA AGRAVA AGRAVA
MANHÃ, MEIO-DIA.
Antes menstruação.
Desde meia-noite ao amanhecer.
Supressão verrugas. Umidade.
Desde o por do sol até 24 hs.
Transpiração. Supressão úlceras.
MELHORA MELHORA MELHORA
Secreções ou excreções fisiológicas.
Erupções pruriginosas. Sono,repouso.
Eliminações nível emunctorial.
Excreções PATOLÓGICAS.
Aparecimento VERRUGAS.
Excreções PATOLÓGICAS.
Úlceras cutâneas e mucosas.
TENDÊNCIAS TENDÊNCIAS TENDÊNCIAS
Congestões. Distúrbios termorregulação.
Transtornos funcionais.
Proliferações. Tumorações.
Excrescências cutâneas e mucosas.
Úlceras persistentes.
Necrose tissular.
SINOPSE MIASMÁTICA COMPARATIVA. O ESSENCIAL NA CLÍNICA.
COMPORTAMENTOS DEFENSIVOS que caracterizam os
estados reacionais miasmáticos.
1. Aumento das eliminações = modo psórico : alternâncias, recidivas,
insuficiência de emunctórios, insuficiência do catabolismo.
2. Lentidão de intercâmbios = modo sicótico : perturbação de trocas entre
células conjuntivas e tecido intersticial. Comprometimento S.R.E.
3. Fixação do fator patógeno, trazido por via sangüínea = modo luético :
localização determinando micro-arterite obliterante, que resulta em
micro-necroses, que por sua vez evoluem para ulceração, fistulização ou
desorganização dos tecidos, ou causando neo-vascularização com
inflamação reacional tendendo à hipertrofia tipo goma; outras vezes,
evoluindo ora para cicatrização e esclerose, ora se mantendo em fase
ulcerada ou fistulas.
4. Aceleração do catabolismo = modo tuberculínico : destruição celular
intensa, congestão venosa e linfática, desmineralização.
Repetindo ...
Psora como miasma comum inicial e causa fundamental de todas as doenças

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Psora como miasma comum inicial e causa fundamental de todas as doenças

  • 1. Profª Anna Kossak Romanach TEMAS CONEXOS: Miasmas e Hahnemann. Pele e expressões tegumentares. Toxinas, eliminações, emunctórios. Sicose. Luetismo. Tuberculinismo. Artritismo.
  • 2. Conteúdo 1. Tema: Psora 2. Listagem dos tópicos. 3. Psora como miasma comum inicial. 4. Psora como causa fundamental de todas doenças. 5. Etiologia da Psora. Zissu, 1973. 6. Dinâmica miasmática. Diagrama. 7. Áreas psíquicas miasmáticas. Gráfico. 8. Seqüência imunológica nos miasmas. 9. Seqüência imunopatológica nos miasmas. 10. Resposta imune normal. Sem lesão. 11. Sistema inespecífico de defesa. 12. Importância dos emunctórios na Psora. 13. Síntese fisiopatológica do Sulfur e Psora. 14. Planos dinâmicos e direção da cura. Diagrama. 15. Fisiologia da pele. Gráfico. 16. Inflamação no contexto imunitário e psórico. 17. Tendências evolutivas inflamatórias da Psora. 18. Seqüência cito-histopatológica das fases inflamatórias. 19. Eliminação trans-epidérmica. Ex. do eczema atópico. 20. Doença aguda como descompensação do estado psórico sub-clínico. 21. Síntese dos mecanismos defensivos da Psora. 22. Fases da Psora em esquema mais recente. Zissu. 23. A falência do poder de exteriorização. 24 a 29. Evolução conceitual histórica da Psora. 30 . Semiologia. Sintomas como tradução de defesa. 31. Totalidade sintomática e Psora. § 103. 32. Totalidade sintomática e Psora. § 104. 33. Grupamento miasmático de sintomas. 34. Aspectos práticos da Semiologia e Fisiopatologia miasmática. 35. Psora. Manifestações afetivo-emotivas. 36. Características somáticas da Psora. 37. Psora x Sicose. Toxinas externas e internas. 38. Psora e artritismo. 39. Psora. Sentidos evolutivos. Gráfico. 40. Sinopse comparativa entre Psora, Sicose e Luetismo. 41. Os comportamentos defensivos que caracterizam estados reacionais miasmáticos. 42. Final.
  • 3. PSORA como miasma comum inicial A diferenciação dos estados miasmáticos permitiu situar cada doente num degrau patológico evolutivo. HAHNEMANN afirmou ser a Psora a causa fundamental das demais doenças, agudas e crônicas e, sendo a Psora o estágio inicial obrigatório dos outros estados miasmáticos, deduz-se que o doente situado na Sicose ou no Luetismo vive a fase mais avançada de um desequilíbrio inicial que, por circunstâncias intrínsecas evolui dentro de uma cadeia reacional a qual, desde determinado momento, pelas proporções assumidas, justifica outra denominação. Os diferentes estados miasmáticos resultam do desequilíbrio e esforço reacional do estado inicial de Psora, que por sua vez exterioriza outro estado reacional até então inaparente ou sub- clínico. Ao considerar a injúria imunitária, cujas designações abrangem todas variantes da Patologia, constata-se que também ela traduz evolução de uma resposta imune que, inicialmente normal, foi conturbada por fatores múltiplos, aumentou em amplitude e intensidade desenvolvendo manifestações clínicas imprevisíveis - até certo ponto padronizadas em determinado indivíduo.
  • 4. PSORA como causa fundamental de todas doenças Quando se afirma que Psora é a causa fundamental e real das inumeráveis formas de doenças crônicas que, sob diferentes denominações, aparecem nos tratados de patologia como entidades peculiares independentes e quando são avaliados os grupamentos sintomáticos caracterizadores das diferentes e sucessivas fases da Psora, a analogia força a sua comparação ao processo primário de defesa ou resposta imunitária normal, que está na base de todos processos patológicos de rejeição, eliminação e inflamação. Em muitos doentes os processos regridem, noutros conseguem se equilibrar na fase de atividade ainda latente e noutros ainda, devido à natureza do fator nocivo e às condições predisponentes do terreno, avançam para graus distintos de defesa organizada, específica, em nível celular e humoral, acabando por se consolidar sob padrões histopatológicos peculiares. Em confronto, assim como a inflamação é o fenômeno elementar das doenças, estando na origem de todos os processos, benignos ou não, o estado psórico, de descompensação inicial, assinala o ponto de partida a desequilíbrios posteriores do sistema orgânico.
  • 5. Etiologia da PSORA NA LITERATURA HOMEOPÁTICA. Roland.Zissu 1973. I. ETIOLOGIA EXTRINSICA  Fatores de auto-intoxicação: sedentarismo, alimentação inadequada (excesso de carne, gorduras, bebidas de má qualidade).  Fatores de hetero-intoxicação: álcool, tabaco, poluição.  Fatores psíquicos: efeitos persistentes de emoção, sofrimentos morais, situação conflitual.  Certas intoxicações e intoxinações adjuvantes: toxinas parasitárias, microbianas. II. ETIOLOGIA INTRÍNSICA.  Fatores do terreno  Biótipo CARBÔNICO. Dificuldade física e mental. Aversão por esporte. Predominância digestiva. Fome excessiva. Acúmulo de resíduos.  Biotipo SULFÚRICO. Predominância muscular (neutro, gordo ou magro) com necessidade de exercício físico para queimar suas toxinas.
  • 6. DINÂMICA MIASMÁTICA em esquema explicativo Fisiopatologia dos estados reacionais miasmáticos. P SIFILINISMO 3º nível SICOSE 2º nível PSORA 1º nível B C D E A (calor = NOXA) 1º nível = PSORA A = B (condição ideal) = Psora latente A > B Estado psórico A = B + C ►Psora compensada A > B + C ► Psora descompensada 2º nível = SICOSE A = B + C + D ▼ Sicose compensada A > B + C + D ▼ Sicose descompensada 3º nível = SIFILINISMO A > B + C + D + E ▼ Sifilinismo descompensado A = oferta ao sistema B = dispêndio funcional C = válvula de segurança D, E = vazamento de pressão (P) Adaptado de J.L.Egito “Homeopatia, Introdução ao Estudo da Teoria Miasmática”, S.Paulo, Robe, 1999
  • 7. MIASMAS: Psora, Sicose, Sifilinismo. AFETIVO/EMOTIVA Psora ÁREA VOLITIVA Sicose ÁREA INTELECTIVA Sifilinismo Àreas preferenciais dos Sintomas mentais Esq. J.L.Egito
  • 8. Seqüência imunopatológica nos miasmas. I Estado reacional psórico Uma injúria imunológica decorre de resposta de defesa que, inicialmente normal, assume amplitude e intensidade em grau lesivo aos tecidos. Os estados miasmáticos assemelham-se em muitos aspectos aos modelos imunopatológicos. No estado psórico, quando o organismo apenas se afasta do equilíbrio, é acionado o potencial fisiológico no sentido de rejeitar, excretar, exonerar e eliminar por combustão as toxinas e antígenos inoportunos ou, simplesmente, adaptar-se ao estresse. Nesta fase dominam a hiperexcitabilidade, a hiperfunção e os fenômenos congestivos ou inflamatórios reversíveis.
  • 9. Seqüência imunopatológica nos miasmas. II Estado reacional sicótico. Estado reacional luético. Ultrapassado o limiar fisiológico de defesa e adaptação, mobilizam-se os mecanismos imunitários mais profundos e específicos, em nível humoral e celular, desenvolvendo-se, paulatinamente, o estado de Sicose que, por sua vez, tenderá ao Luetismo, principalmente quando houver conjunção de fatores estressantes num terreno predisposto. O doente permanecerá em um dos níveis desta marcha crônica, ou prosseguirá no desequilíbrio, se não for favorecido por estímulo direcionado à força vital comprometida. A vulnerabilidade própria dos estados miasmáticos propicia a instalação de infecções e infestações, entre elas a sífilis, a gonorréia e a escabiose, perpetuando o indivíduo em determinada diátese. Atenção: na prática os modos reacionais podem estar entrosados, sem obediência a esquemas, donde a aparente disparidade e incongruência entre as listas miasmáticas comparativas de diferente origem. Fases de estenicidade e de astenicidade podem se suceder no mesmo indivíduo psórico.
  • 10. Resposta imune normal - sem lesão. Seqüência dos mecanismos fundamentais de defesa que caracterizam a resposta imune normal. 1. Função imunógena ► rejeição ► eliminação ► processo inflamatório. ▼ antígenos exógenos 2. Função memória: - inicialmente, resposta imune primária – inespecífica, válida para todos os antígenos; - posteriormente, resposta imune secundária – específica – destinada a um antígeno determinado. 3. Função tolerógena ► aceitação ► manutenção do antígeno. ▼ antígenos endógenos
  • 11. SISTEMA INESPECÍFICO DE DEFESA. Estudo comparativo da imunidade (Adaptado de ABBAS)
  • 12. Importância dos emunctórios na Psora O estado psórico representa a principal e a mais difundida doença crônica, com predomínio de alterações resultantes de eliminações deficientes, condicionando acúmulo de toxinas e de metabólitos que, em intervalos variáveis, forçam a exteriorização clínica em crises periódicas e em alternâncias mórbidas, seja por vias habituais, seja por vias alternativas ao nível de superfícies cutâneas, mucosas ou serosas.
  • 13. Síntese fisiopatológica de SULFUR como parâmetro da Psora AUTO-INTOXICAÇÃO TENDÊNCIA CENTRÍFUGA Distúrbios SEROSAS Vaso-motores MUCOSAS TEC.LINFÁT. PELE VISCERAIS Congestão venosa passiva ▼ ▼ Varizes sistema cava ▼ Hemorróidas Sistema porta Congestão arterial Ativa Rubor orificial cutâneo Mucoso Sensação calor Hipertensão Dores queimantes Por Por Inflamação vasomotricidade Respiratória Ocular Digestiva Urinária Genital Irritabilidade: prurido queimação eliminações mucosas Inflamações Erupções Adaptado de ZISSU R. - Matière Médicale Homéopathique Constitutionnelle , 4 v..Paris, Peyronnet, 1960. V.II, p.201
  • 15. FISIOLOGIA DA P E L E Funções da PELE: queratopoiética – sudorípara – emunctorial – respiratória –repelente – absorção – pH cutâneo – tampão – - Sentidos – pigmentação – sebífera – defesa ativa – termorregulação – defesa passiva.
  • 16. 1. Função imunógena ► rejeição ► eliminação ► processo inflamatório. ▼ antígenos exógenos INFLAMAÇÃO é processo essencialmente vital, resultante da Homeostase – que constitui a propriedade do genótipo em perdurar no tempo, reagindo e adaptando-se aos estímulos do meio ambiente. A evolução do Processo Inflamatório não depende da causa em si, mas das condições da Homeostasia do indivíduo. A intensidade e evolução são influenciadas por diversos fatores, não apenas aqueles inerentes ao genótipo, a exemplo de interferências exógenas.
  • 17. Tendências evolutivas da inflamação 1. Fenômenos iniciais de constrição vascular. 2. Dilatação vascular consecutiva caracterizada por congestão e diapedese. 3. Resolução: modificações do protoplasma celular ou induração, supuração, gangrena – fenômenos agudos ou subagudos. 4. Evolução crônica levando à degeneração dos tipos gorduroso, amilóide, hialino ou esclerose. Processos l) e 2) consistem em fenômenos vasculares que acarretam modificações do protoplasma celular. São fenômenos reversíveis. Processos 3) e 4) subentendem modificações do núcleo celular, de caráter agudo ou subagudo. São fenômenos mais graves. Irreversíveis. com modificações celulares direcionando à morte.
  • 18. Seqüência cito-histopatológica das fases inflamatórias. Inflamação (queima, flegmasia), representa a soma de mecanismos reacionais reflexos locais e regionais de um organismo frente a uma agressão. Fase inflamatória vascular e humoral 1º tempo = hiperemia ativa por vaso-dilatação capilar, arterial. 2º tempo = hiperemia passiva → tromboses venosas secundárias → atividade nervosa reflexa de excitação e inibição → edema → diapedese Dilatação de capilares ► lentidão corrente sanguínea►marginalização leucócitos ►travessia paredes. Polinucleares fagocitam. Lisosomas ►pus + exsudato contendo polinucleares alterados + células de tecidos vizinhos + leucócitos + microorganismos. Fase tíssulo-celular → formação granuloma ←mobilização e multiplicação de células conjuntivas + metamorfose celular + aparecimento linfócitos, plasmócitos, macrófagos. Fase conectivo-cicatricial Deve-se à multiplicação celular e à produção de substância fundamental que, geralmente, termina por regeneração mais ou menos completa, anatômica e funcional.
  • 19. 15/04/2006 Dra. Anna Kossak Romanach 7 DERMATITE ATÓPICA Histopatologia cutânea
  • 20. Doença aguda como descompensação de estado psórico silencioso ou equilibrado. Zonadesilênciodesintomas PSORALATENTE DOENÇA AGUDA
  • 21. Síntese dos mecanismos defensivos da PSORA Sendo a PSORA predominantemente uma auto-intoxicação endógena, por insuficiência de eliminação, suas reações costumam representar: 1. EXTERIORIZAÇÃO AGUDA DE TOXINAS no decurso de doença geral, direcionada para a pele, pulmões, amígdalas ou outro órgão. 2. COMPENSAÇÃO ELIMINATÓRIA ao nível da pele ou mucosas, a exemplo dos eczemas e diarréias. 3. NEUTRALIZAÇÃO DE TOXINAS ou dos PRODUTOS NÃO ELIMINADOS ao nível dos tecidos (obesidade) ou dos órgãos (litíase renal ou biliar).
  • 22. FISIOPATOLOGIA DA PSORA. Seg. Roland Zissu (1973) 1ª fase. ESTÊNICA ou CENTRÍFUGA.  RECORRÊNCIAS  DISTONIA NEURO-VEGETATIVA  DISTONIA VASO-MOTORA  DISCINESIAS VESICULARES  PERTURBAÇÕES DOS EMUNCTÓRIOS: intestinal, cutâneo, respiratório, gênito-urinário. 2ª fase. INTERMEDIÁRIA.  ALTERAÇÕES DA 1ª fase – mais acentuadas.  INSUFICIÊNCIA DE EMUNCTÓRIOS – mais pronunciados.  FENÔMENOS ESPASMÓDICOS DOLOROSOS. 3ª fase. PSORA CENTRÍPETA ou DESCOMPENSADA, com duas eventualidades: 1. ANERGIA FUNCIONAL. 2. PSORA ORGÂNICA: Sistema arterial. Sistema ósteo-articular. Vísceras nobres.
  • 23. A falência do poder de exteriorização O aumento das eliminações e da atividade fisiológica dos emunctórios caracteriza o modo psórico, estando ainda o paciente estênico. Neste caso dominam reações aeróbias. Quando ocorre inibição, desvio e falência do poder geral de exteriorização do organismo, sobrevém outro modo de defesa – o modo sicótico – caracterizado por interiorização orgânica, fixação e isolamento do princípio mórbido, passando a dominar reações anaeróbias.
  • 24. EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 1 1832 – BOENNINGHAUSEN apresenta os medicamentos anti-psóricos. 1835 – LAVILLE propõe o paludismo como outra etiologia da Psora. 1835 – Léon SIMON atribui perturbações da saúde a “venenos” parasitários. 1847 - A. RAPOU se revolta contra o empirismo da Psora. 1848 – GRIESSLICH contesta a teoria miasmática; nega o ácaro como causa. 1851 – GUEYRAD: se a Psora é devida a vírus que infecta toda economia antes das manifestações exteriores, estaria implícito outro mecanismo de atuação do ácaro. O autor é favorável ao período de incubação. Comenta dificuldade no tratamento interno exclusivo da escabiose. 1857 – GASTIER. Psora deve-se à obstaculização do livre exercício da ação vital. 1863 – POMMERAIS. As parasitoses seriam causa determinante ocasional. 1866 – GRAUVOGL. A Psora traduz insuficiência de eliminação do C e N. 1869 – Léon SIMON Filho é favorável à etiologia multifatorial da Psora. O veneno, e não todo ácaro, constitui a causa da erupção psórica.
  • 25. EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 2 1874 - GRANIER. A Psora é fruto do mal. 1899 - H. KRUGER admite a toxina como fator causal oriundo do próprio doente; seria produto de lesão ... tornado nocivo quando associado a condições predisponentes: resfriados, surmenage, etc. 1925 - J. ROY pensou haver descoberto numa formação do tipo microbiano a causa específica do câncer e que designou, após RAPPIN e DOYEN, por Micrococcus neoformans. Nenhum experimento comprovou o fato. O câncer resultaria de longo processo de degenerescência de uma Psora latente ou manifesta. A hipótese foi retomada por Antoine NEBEL. 1927 - WHEELER e PATERSON transferem a causa, da pele aos intestinos. Isolam várias bactérias dando origem aos nosódios de Bach-Paterson.
  • 26. EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 3 1929 – J.ROY pesquisa estados cancerínicos, referindo Psora como um fator provável na etiopatogenia dos mesmos. 1931 – Léon VANNIER. Psora representa forças morbíficas desconhecidas que depois de séculos se transmitindo de geração em geração ... Imprimem assinatura na hereditariedade. Toda doença decorre de intoxinação, isto é, do conjunto de toxinas endo e/ou exógenas. Toxina precede o micróbio. 1934 – PICHET. Psora traduz sensibilização orgânica, originando manifestações variadas, sem causa aparente, ou acidental, nos mesmos órgãos ou em órgãos distanciados... 1936 – JACCARD. Considera Psora e Sicose, modos reacionais gerais, sendo ambas não apenas noções homeopáticas fundamentais, e sim modos reacionais fundamentais na patologia dos vertebrados.
  • 27. EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 4 1954 – J. MICHAUD. Psora e sicose são aspectos diferentes de defesa e adaptações patológicas de uma mesma função de eliminação. A Psora visa sobretudo toxinas endógenas e utiliza a via de eliminação cutânea ou as alternâncias cíclicas ao nível de órgãos. A Sicose visa toxinas exógenas e tende a increções ao nível de tecidos mesenquimatosos. Os dois processos se completam e se superpõem. O sicótico seria um psórico não eliminador. 1957 – F. LAMASSON. Psora decorre de infestação parasitária, devida em primeiro lugar ao sarcoptes, ao qual se associam outras ... e cuja influência se faz através da secreção tóxica de seus venenos. 1960 – Pierre VANNIER. Psora é conjunto de manifestações de origem hereditária ou origem pessoal, que constituem a carga toxi-infecciosa de cada indivíduo. 1966 – Henri BERNARD explica a Psora como reação de defesa orgânica com derivação do agente patógeno para a porta de saída.
  • 28. EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 5 1968 – D. DEMARQUE. A Psora, caracterizada por crises mórbidas, alternâncias e metástases, representa modo defensivo às agressões extremamente variadas. Engloba a maioria das doenças de crise, alérgicas ou não, cujas relações com o tuberculinismo são freqüentes, e também distúrbios de diátese úrica e oxálica. Relacionadas a causas alimentares e higiênicas. A reação psórica pode decorrer de vícios psico-neuro-endócrinos da função antitoxínica, cujo setor especial, o fígado ... em terreno perturbado, pode suscitar modo psórico de defesa. 1973 – R. ZISSU. Psora é conjunto de distúrbios, sintomas ou doenças, sob a égide geral de intoxicação crônica, em indivíduos predispostos ou sensibilizados e cujo tratamento requer, em momentos determinados, certos medicamentos ditos antipsóricos. Evoca três tipos de fatores etiológicos: auto- intoxicação, hetero-intoxicação e manifestações de predisposição genética. 1973 – O.A.JULIAN rejeita a unanimidade e modalidades da expressão etio- clínica vigente e considera a Psora um estado de intoxinação hereditária e adquirida, politoxínica e poliinfecciosa (microbiana ou viral) estando modificado o estado córtico-somático individual, capaz de expressar estados mórbidos alternantes ou metastáticos, sob forma de síndromes variadas e estados nosográficos contrários, para acabar, num último esforço, em estado somático anárquico, que o autor designa por alergose.
  • 29. EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA PSORA - 6 1976 – CENTRO HOMEOPÁTICO DA FRANÇA. Psora é diátese respondendo a múltiplas agressões e cujas causas são exógenas (microbianas, virais, parasitárias, médicas), endógenas (sobrecarga ou má nutrição) e psíquicas. Clinicamente traduzida por 3 estádios: Estado I: Reação viva (ativa ) do organismo com hiperhemia local e alternâncias mórbidas. Estado II: Aumento de insuficiência hepato-digestiva, azotemia, hiperuricemia, capaz de conduzir à litíase biliar ou renal, hipertensão arterial. Estado III: Evolução para esclerose vascular, renal e parenquimtosa. 1979 – J. JOUANNY: o modo reacional psórico é conjunto de manifestações escalonadas no tempo, num mesmo indivíduo ou na sua linhagem, com as características: A) periodicidade das manifestações cutâneas, mucosas ou serosas. B) alternância ou substituição destas manifestações. C) tendência marcada às parasitoses. 1984 – JULIAN, HAFFEN. Chamam a Psora de disimunose, a Sicose de dismetabolismo e o Sifilinismo de dismorfogênese ♣♣♣♣♣
  • 30. S E M I O L O G I A SINTOMAS e SINAIS traduzem linguagem de defesa “ Muitas manifestações de infecções se devem não a uma ação direta dos microorganismos, mas sim à resposta do paciente infectado”. “ As drogas não criam funções mas apenas as despertam e as modificam”. Louis PASTEUR: “O terreno é tudo; o micróbio é nada”.
  • 31. Totalidade sintomática na PSORA. § 103 do “ORGANON da MEDICINA”.  ... as doenças crônicas miasmáticas permanecem sempre as mesmas em sua natureza essencial ... especialmente a Psora ... ... e exigem a investigação muito minuciosa de todos seus sintomas.  No âmbito da doenças miasmáticas um determinado paciente exibe somente uma parte dos sintomas referendados,  Um segundo, um terceiro exibem outros sintomas que também expressam determinado miasma.  Cada um destes três pacientes pode expressar, em separado, apenas parte da totalidade dos sintomas que caracterizam a extensão completa da doença “miasmaticamente” considerada.  Daí a necessidade de visão a mais extensa possível do doente a fim de estabelecer a correlação farmacodinâmica correta capaz de acionar as defesas na totalidade...
  • 32. Sinopse comentada do § 104 do ORGANON  ... O medicamento capaz de curar um estado miasmático é selecionado de acordo com o registro de sintomas de todos os medicamentos cujos efeitos puros são conhecidos mediante experimentação no homem são ... quer dizer, de acordo com a Matéria Médica Homeopática.  Não existem “categorias” miasmáticas, nem recomendação de grupamento discriminativo das expressões atribuídas a este ou aquele “miasma” dominante como critério determinante da primeira ou da segunda prescrição. É indispensável visualizar o doente em sua globalidade e detectar aquelas manifestações características que, em conjunto, mimetizam o perfil morbífico artificial medicamen- toso mais semelhante - capaz de condicionar e detonar o mecanismo da cura.  A citação freqüente de medicamento ”anti-psórico”, anti-sicótico ou “anti-sifilínico”, traduz linguagem simples de rotina em torno das correlações que se sucedem na clínica. Qualquer medicamento pode se tornar potencialmente trimiasmático – na dependência exclusiva do doente.
  • 33. Grupamentos miasmáticos de sintomas  A classificação dos sintomas segundo correspondência miasmáticas é um artifício imprescindível na compreensão e estudo dos processos crônicos e, principalmente na seqüência do interrogatório, na coordenação, coerência e hierarquização das informações colhidas do doente.  O mesmo paciente pode apresentar entrosamento de manifestações simultâneas denotadoras de vários níveis miasmáticos.  Outrossim, deve ser considerado o terreno como predisposição mórbida determinada pela hereditariedade.  Desde a primeira infância podem estar evidentes distúrbios próprios da sicose ou do sifilinismo, isolados ou entrosados.
  • 34. Aspectos práticos da Semiologia e fisiopatologia dos miasmas. A. Hahnemann encontrava elementos mais que suficientes para estabelecer o diagnóstico diferencial miasmático. Na ausência de outra sintomatologia, considerava o estado psíquico e moral do doente, sua conduta e suas ações, em todos os seus gestos e atitudes. B. Diversos autores, entre eles Allen, Kent e Gathak, retiram o valor da erupção escabiótica, do cancro e do condiloma – como antecedentes para classificação miasmática das entidades nosológicas e os substituem pela ATITUDE MENTAL do indivíduo. C. Ortega, do México, interpreta os miasmas como alteração de funções celulares por DEFEITO na Psora, por EXCESSO na Sicose, por PERVERSÃO ou DESTRUIÇÃO na “Sifilis”. Nas afecções degenerativas, a Psora seria o substrato que perturba a Nutrição, a Sicose acarretaria acúmulo de detritos, a “Sífilis” tenderia à destruição.
  • 35. Psora. Manifestações afetivo-emotivas O fator nóxio determina no indivíduo a angústia existencial. O indivíduo sente o seu nível de anormalidade mediante ansiedade, angústia, medo, tristeza. ▲▲▲ Ação dos mecanismos equilibradores FISIOLÓGICOS influencia as defesas primárias do Ego mediante mecanismos que não agridem e que não causam danos diretos. Representam reflexos de sofrimento ansioso: choro, orgulho, mesquinhez, vaidade, afabilidade, ambição, usura, brincadeira, cautela, desejo de companhia, generosidade, inveja, ciúme, servilismo, solenidade, sinceridade, suspiros, etc. Sintomas restritos ao nível de sentimento e de emoções de caráter passivo. “O psórico sofre sozinho”. Quando sintomas psóricos refletem intenções de agressividade, devem eles ser considerados sicóticos; quando ligados a distúrbio de intelecto ou de causa lesional, passam a ser tidos como sifilínicos.
  • 36. Características somáticas PSORA. 1ª - Alternância de sintomas de um emunctório para outro. 2ª - Tendência às verminoses. 3ª - Pele doentia. 4ª - Tendência a parasitoses dérmicas. 5ª - Prurido cutâneo. 6ª - Mucosas com prurido e edema. 6ª - Labilidade do sistema termorregulador. Febre. 7ª - Cansaço mental, fadiga e sobrecarga. 8ª - Aparelho cárdio- vascular: sensações de opressão, angústia, taquicardia; arritmias não lesionais.
  • 37. PSORA e SICOSE; modos reacionais fundamentais MICHAUD, J. – Les bases scientifiques de l`homéopathie, Paris, Peyronnet, 1954, p.7 A psora e a sicose são dois aspectos de defesa do organismo ao modo de duas adaptações patológicas diferentes de uma mesma função de eliminação: uma, a psora, visa sobretudo TOXINAS ENDÓGENAS e utiliza a via de eliminação cutânea ou as alternâncias de eliminação cíclica ao nível dos órgãos; outra, a sicose, se destina sobretudo às TOXINAS EXÓGENAS e leva a uma increção ao nível dos tecidos mesenquimatosos. Estes dois processos na realidade se completam e se superpõem. O sicótico é um psórico não eliminador.
  • 38. PSORA E ARTRITISMO A PSORA se caracteriza ao mesmo tempo por AUTO-I NTOXICAÇÃO e pelas REAÇÕES ORGÂNICAS DE LUTA contra esta última... com manifestações semelhantes ao ARTRITISMO ou NEURO-ARTRITISMO. 1. TROPISMO DE ELIMINAÇAO, eletivamente cutâneo-mucoso ocorrendo em surtos sucessivos, donde: 2. ALTERNÂNCIAS MÓRBIDAS sob forma de reações, ditas alérgicas: eczema, urticária, asma, hemorróidas, afecções reumatismais, etc. 3. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA >>> esclerose dos tecidos nobres do organismo ... 4. AFECÇÕES ESCLEROSAS. Esclerose cardiovascular, renal, hepática, aterosclerose...
  • 39. PSORA. Sentidos evolutivos. CONSTITUIÇÃO Desmineralização EXACERBAÇÃO ou INIBIÇÃO EMUNCTORIAL Mecanismo de compensação TUBERCULINISMO HIPERSECREÇÃO MUCOSA Mecanismo de compensação TUBERCULINISMO ULCERAÇÕES E CAVERNAS PULMONARES Mecanismo de compensação TUBERCULINISMO PSORA SICOSE LUETISMO HIPERATIVIDADE PSÍQUICA ACELERAÇÃO FISIOLÓGICA HIPERATIVIDADE EMUNCTORIAL Mecanismo de compensação ARTRITISMO Mecanismo de compensação Mecanismo de compensação DESAGREGAÇÃO DE FUNÇÕES CANCERINISMO FORMAREATIVAPRÓPRIA
  • 40. PSORA SICOSE LUETISMO Defeito de funções celulares. Aumento eliminações fisiológicas. Hipersensibilidade. Transtornos reversível. Age sobre EMOTIVIDADE. Desperta simpatia. Excesso de funções celulares. Metabolismo alterado. Hiperplasia (tumores benignos). Age sobre MEMÓRIA, SENTIMENTOS (amor). Desperta antipatia. Perversão ou destruição de funções celulares. Hipossensibilidade. Transtornos irreversíveis. Age sobre INTELIGÊNCIA. Tendência DESTRUTIVA de si próprio e dos outros. Desperta compaixão. Ansiedade. Inibição. Medo. Timidez. Mau humor. Memória fraca. Lentidão. Lascívia. Tristeza. Desalento. Abatimento, Melancolia. Reage sempre de maneira defensiva. Medo franco. Falsidade. Mentira. Desconfiança. Egoísmo. Irascibilidade. Precipitação. Memória ativa. Teimosia. Trapaça. Escândalo. Impudícia. Aflição. Manias. Depressão. Pavor. Angústia. Raiva. Rancor. Crueldade. Ódio. Inveja. Ciúmes. Desespero. Obstinação. Cansaço da vida. Prostração mental. Tendência ao suicídio. Tendência a homicídio. Delírios. Mania religiosa. Incapaci- dade de pensar. Falta de memória. AGRAVA AGRAVA AGRAVA MANHÃ, MEIO-DIA. Antes menstruação. Desde meia-noite ao amanhecer. Supressão verrugas. Umidade. Desde o por do sol até 24 hs. Transpiração. Supressão úlceras. MELHORA MELHORA MELHORA Secreções ou excreções fisiológicas. Erupções pruriginosas. Sono,repouso. Eliminações nível emunctorial. Excreções PATOLÓGICAS. Aparecimento VERRUGAS. Excreções PATOLÓGICAS. Úlceras cutâneas e mucosas. TENDÊNCIAS TENDÊNCIAS TENDÊNCIAS Congestões. Distúrbios termorregulação. Transtornos funcionais. Proliferações. Tumorações. Excrescências cutâneas e mucosas. Úlceras persistentes. Necrose tissular. SINOPSE MIASMÁTICA COMPARATIVA. O ESSENCIAL NA CLÍNICA.
  • 41. COMPORTAMENTOS DEFENSIVOS que caracterizam os estados reacionais miasmáticos. 1. Aumento das eliminações = modo psórico : alternâncias, recidivas, insuficiência de emunctórios, insuficiência do catabolismo. 2. Lentidão de intercâmbios = modo sicótico : perturbação de trocas entre células conjuntivas e tecido intersticial. Comprometimento S.R.E. 3. Fixação do fator patógeno, trazido por via sangüínea = modo luético : localização determinando micro-arterite obliterante, que resulta em micro-necroses, que por sua vez evoluem para ulceração, fistulização ou desorganização dos tecidos, ou causando neo-vascularização com inflamação reacional tendendo à hipertrofia tipo goma; outras vezes, evoluindo ora para cicatrização e esclerose, ora se mantendo em fase ulcerada ou fistulas. 4. Aceleração do catabolismo = modo tuberculínico : destruição celular intensa, congestão venosa e linfática, desmineralização. Repetindo ...