1) O documento discute os princípios filosóficos de Descartes, incluindo seu dualismo entre res cogitans (mente) e res extensa (matéria), e seu método de dúvida para alcançar certezas.
2) Afirma que Descartes priorizava o papel do sujeito conhecedor sobre o objeto conhecido, acreditando que as ideias existem dentro do sujeito, não fora dele.
3) Discute como Descartes usava a existência de Deus como uma segunda certeza após a certeza de sua pró
1. Descartes e o Mundo Dual<br />1-Para esse filósofo, o sujeito é portador das verdades e as traz na razão. Diante disso, trata-se de um filósofo expoente do inatismo. Trata-se de:<br /> A) Kant B) Descartes<br /> C) Hegel D) Bacon E) Locke<br />2-Segundo o “inatismo”, o homem desenvolve idéias a partir:<br /> A) De seu próprio sujeito.<br /> B) Da observação empírica. <br /> C) Dos dados coletados cientificamente. <br /> D) De uma metodologia científica rigorosa, que deixe de lado pressupostos racionais não comprovados.<br /> E) Da realidade externa.<br />3-Diante do pólo sujeito e objeto (conhecedor e conhecido), Descartes prioriza o papel do primeiro, pois:<br /> A) as idéias vem de fora e estão disponíveis na observação. <br /> B) as idéias não vêm de fora, mas estão dormentes no sujeito. <br /> C) somente um conhecimento baseado no critério da racionalidade externa do homem pode assegurar um conhecimento verdadeiro.<br /> D) esse filósofo é um empiricista.<br /> E) deve-se confiar apenas na realidade concreta.<br />4-Comparando Descartes a Locke, podemos afirmar que:<br /> A) Enquanto o primeiro enfatiza o sujeito conhecedor, o segundo enfatiza o objeto conhecido.<br /> B) Para o primeiro, a realidade é acessível ao pensamento humano pela experimentação. <br /> C) Os dois são adeptos de uma mesma metodologia e linha epistemológica.<br /> D) Enquanto o primeiro é um empirista, o segundo é um inatista.<br /> E) Enquanto o primeiro é um realista, o segundo é um racionalista.<br />5-Assinale a alternativa que melhor explica o conceito de dualidade cartesiana.<br /> A) Para Descartes o mundo é constituído de dois mundos: o mundo original das ideias e o mundo sensível das aparências fantasmagóricas.<br /> B) Para Descartes, a sociedade é formada por duas classes sociais em conflito: a dominante e a dominada.<br /> C) Para Descartes, o homem é formado por alma corrupta e corpo pecador.<br /> D) Descartes criou a dialética moderna, ensinando que toda tese ou movimento da cultura e do pensamento humanos tem uma contradição ou antítise.<br /> E) Para Descartes, o sujeito pensante é substância imaterial (res cogitans); em oposição à realidade material (res extensa).<br />6-Leia e julgue as assertivas abaixo sobre o filósofo Descartes e assinale a alternativa que agrupa as corretas.<br />I- Todos os homens participam da universalidade da razão. <br />II- O intelecto puro possui, para o filósofo, duas faculdades essenciais: a intuição que nos permite, pelo espírito, o acesso às idéias claras; e a indução, pela qual podemos descobrir conjuntos de verdades racionalmente ordenadas.<br />III- Descartes acreditava que devemos criticar radicalmente todo saber humano aplicando o método da dúvida ou do questionamento até às últimas conseqüências, pelo qual suspendemos provisoriamente nosso juízo acerca dos objetos estudados, até que se extinga qualquer suspeita de incerteza.<br /> A) I e II B) Todas C) I e III D) II e III E) Apenas I<br />7-Assinale a única alternativa que não corresponde a um aspecto da filosofia cartesiana:<br /> A) Para Descartes, o sujeito pensante é substância imaterial (res cogitans); em oposição à realidade material (res extensa). Chamamos isso de dualismo cartesiano.<br /> B) Em termo de método investigativo, para Descartes, depois de ter duvidado de tudo, resta uma coisa não discutível: o eu pensante. O “Penso” da célebre frase de Descartes, nesse caso, significa duvido.<br /> C) Quem duvida existe, dizia Descartes. Parece banal, mas o filósofo está defendendo que afirmar a existência do sujeito é postular um princípio, para então partir em direção aos complexos raciocínios da dedução.<br /> D) O filósofo teria dito então: quot;
Eu sou uma substância pensantequot;
. Trata-se do primado da realidade material extensa sobre o pensamento, ou do objeto sobre o sujeito.<br /> E) Descartes destacava a intuição clara e distinta, como faculdade excelente da razão humana.<br />8-(UEL-2004) “Tomemos [...] este pedaço de cera que acaba de ser tirado da colméia: ele não perdeu ainda a doçura do mel que continha, retém ainda algo do odor das flores de que foi recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, são patentes; é duro, é frio, tocamo-lo e, se nele batermos, produzirá algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, é aproximado do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se, mal o podemos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá. A mesma cera permanece após essa modificação? Cumpre confessar que permanece: e ninguém o pode negar. O que é, pois, que se conhecia deste pedaço de cera com tanta distinção? Certamente não pode ser nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição, encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece.”<br />(DESCARTES, René. Meditações. Trad. De Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 272.)<br />Com base no texto, é correto afirmar que para Descartes:<br /> A) Os sentidos nos garantem o conhecimento dos objetos, mesmo considerando as alterações em sua aparência.<br /> B) A causa da alteração dos corpos se encontra nos sentidos, o que impossibilita o conhecimento dos mesmos.<br /> C) A variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos revela que o conhecimento destes excede o conhecimento sensitivo.<br /> D) A constante variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos comprova a inexistência dos mesmos.<br /> E) A existência e o conseqüente conhecimento dos corpos têm como causa os sentidos.<br />9-(UEL-2005) “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”.<br />(DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.)<br />Com base no texto, é correto afirmar:<br /> A) O espírito possui uma idéia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta idéia possa ser conhecida com evidência.<br /> B) A idéia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma conseqüência dos limites do espírito humano.<br /> C) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.<br /> D) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.<br /> E) A existência de Deus, como uma idéia clara e distinta, é impossível de ser provada.<br />10-“Age de tal modo que a máxima de tua ação possa sempre valer como princípio universal de conduta” Imperativo categórico. (Immanuel Kant, filósofo alemão do século XVIII).<br />Esta frase de Kant traduz os princípios fundamentais da ética kantiana e significa que:<br />Assinale a alternativa CORRETA.<br /> A) devemos agir sempre pensando em nós mesmos, sem nos importar com os outros.<br /> B) devemos sempre agir pensando nos outros, sem nos importar com nós mesmos.<br /> C) nossa ação deve sempre estar fundamentada em nossos desejos, exclusivamente.<br /> D) nossa ação deve ser racionalmente decidida, de forma que possa valer para todos e não apenas para nós mesmos.<br /> E) nossa ação deve ser decidida instintivamente, de forma tal que valha tanto para nós mesmos como também para todos os outros.<br />11-A teoria do conhecimento foi chamada de:<br /> A) Epistemologia. B) Filosofia. C) Ciência<br />D) Metodologia. E) Hermenêutica.<br />12-Sobre o método dedutivo, é verdadeiro afirmar que:<br /> A) Foi amplamente divulgado por Francis Bacon. <br /> B) É o método priorizado na produção científica. <br /> C) Parte do particular para o geral, ou seja, observa o empírico para construir generalizações.<br /> D) È produzido a partir de premissas racionais e amplamente utilizado na reflexão filosófica.<br /> E) Nunca é utilizado em trabalhos científicos, e protanto não interessa ao sociólogo, mas apenas ao filósofo.<br />13-Sobre o método indutivo, é verdadeiro afirmar que:<br /> A) Foi amplamente divulgado por Rene Descartes. <br /> B) É o método priorizado pela reflexão filosófica. <br /> C) Parte do geral para o particular. <br /> D) Nunca é utilizado pelo filósofo e somente pelo sociólogo que é um cientista. <br /> E) É produzido a partir da observação empírica e resulta na construção de generalizações.<br />14-Descartes aconselhava um modo de ser resoluto nas ações, pois a inconstância, que tem origem na instabilidade das opiniões, provoca a intranqüilidade de espírito. Assim, dizia, devemos procurar vencer mais a nós mesmos e aos próprios pensamentos, que às circunstâncias ou à ordem do mundo. Nesse sentido, pode-se dizer que Descartes:<br /> A) era um revolucionário político. <br /> B) era um liberal declarado. <br /> C) tinha tendências reacionárias. <br /> D) defendia a moderação política. <br /> E) sonhava com uma sociedade sem classes.<br />15-O método cartesiano põe em dúvida tanto o mundo das coisas sensíveis quanto o das inteligíveis, ou seja, duvidar de tudo, As coisas só podem ser apreendidas por meio das sensações ou do conhecimento intelectual. A evidência da própria existência – o quot;
penso, logo existoquot;
– traz uma primeira certeza. A razão seria a única coisa verdadeira da qual se deve partir para alcançar o conhecimento. Diz Descartes quot;
Eu sou uma coisa que pensa, e só do meu pensamento posso ter certeza ou intuição imediataquot;
. Ainda para esse pensador:<br />I- Para reconhecer algo como verdadeiro, ele considera necessário usar a razão, o raciocínio como filtro e decompor esse algo em partes isoladas, em idéias claras e distintas, ou seja, propõe fragmentar, dividir o objeto de estudo a fim de melhor entender, compreender, estudar, questionar, analisar, criticar, o todo, o sistema. Enfim experimentar na esfera da ciência e da razão, isto é estudar cientificamente, historicamente e racionalmente. <br />II- Para garantir que a razão não se deixe enganar pela realidade, tomando como evidência o que de fato pode não passar de um erro de pensamento ou ilusão dos sentidos, Descartes formula sua segunda certeza: a existência de Deus. Entre outras provas, usa a idéia de Deus como o ser perfeito. <br />III- A noção de perfeição não poderia nascer de um ser imperfeito como o homem, mas de outro ser perfeito, argumenta. Logo, se um ser é perfeito, deve ter a perfeição da existência. Caso contrário lhe faltaria algo para ser perfeito. Portanto, Deus existe. Essas conclusões são possíveis a partir da sua metafísica. A metafísica de Descartes é buscar a identidade da matéria e espaço, o mundo tem uma extensão infinita, o mundo é constituído pela mesma matéria em qualquer parte, o vácuo é algo impossível. <br />São verdadeiras:<br /> A) I e II B) II e III <br /> C) Todas D) I, II e IV E) I, II e III<br />16-O pensamento de Descartes é revolucionário para uma sociedade feudalista em que ele nasceu, onde a influência da Igreja ainda era muito forte e quando ainda não existia uma tradição de quot;
produção de conhecimentoquot;
. Assim, leia e julgue as colocações abaixo:<br />I- Para a sociedade feudal, o conhecimento estava nas mãos da Igreja, onde não havia reflexões em torno da existência e da racionalidade. Descartes viajou muito e viu que sociedades diferentes têm crenças diferentes, mesmo contraditórias. <br />II- Aquilo que numa região é tido por verdadeiro, é achado como ridículo, disparatado, mentira, nos outros lugares. Descartes viu que os quot;
costumesquot;
, a história de um povo, sua tradição quot;
culturalquot;
influenciam a forma como as pessoas pensam, aquilo em que acreditam. <br />III- Descartes quer perpetuar a influência desses quot;
costumesquot;
no pensamento. Como principio fundamental de todo conhecimento coloca o quot;
cogito ergo sumquot;
, isto é, a certeza do próprio pensamento e da própria existência, porém a tradição e a cultura de uma nação constituem patrimônio único e insubstituível. <br />São verdadeiras:<br /> A) I e II B) II e III C) Todas D) I, II e IV E) I, II e III<br />17-O objetivo de Descartes é a pesquisa de um método adaptado à conquista do saber, descobre esse método que tem como objetivo a clareza e a distinção, ou seja, com isso quer ser mais objetivo possível, imparcial, quer fundamentar o seu pensamento em verdades claras e distintas. Para isso, de acordo com o seu método:<br /> A) Devem ser eliminadas quaisquer influencias de idéias que muitas vezes não são verdadeiras, mas que são tidas como mitológicas e por fim muitas vezes acabamos aceitando tais mitos sem que nunca tenhamos comprovado de fato.<br /> B) Devemos nos basear em enunciados claros e evidentes, porém não podemos ignorar o patrimônio cultural que herdamos de nosso universo pessoal, familiar e nacional.<br /> C) Podemos compor um conhecimento síntese fruto de nossas pesquisas e nossa bagagem cultural.<br /> D) Precisamos considerar nosso universo cultural, pois o método dedutivo parte de premissas gerais herdadas de tradições e culturas vivas, porém milenares, tais como a moral religiosa.<br /> E) Cabe-nos realizar uma pesquisa científica, sem permitir influências de opinião pessoal, e fundamentar o exercício investigativo em método indutivo e empírico.<br />18-A metafísica cartesiana ou método cartesiano nos diz de que é feito e como é feito o mundo. Sobre isso, assinale a única alternativa errada:<br /> A) O método cartesiano revoluciona todos os campos do pensamento de sua época, possibilitando o desenvolvimento da ciência moderna e abrindo caminho para o ser humano dominar a natureza.<br /> B) A realidade das idéias claras e distintas, que Descartes apresentou a partir do método da dúvida e da evidência, transformou o mundo em algo que pode ser quantificado.<br /> C) A ciência, que até então se baseava em qualidades obscuras e duvidosas, a partir do início do século XVII torna-se matemática, capaz de reduzir o universo a coisas e mecanismos mensuráveis, que a geometria pode explicar.<br /> D) Descarte propõe uma espécie de ceticismo para as coisas, tudo tem que ser duvidado, experimentado.<br /> E) Assim como os gregos antigos e os escolásticos medievais, Descartes acredita que as coisas existem simplesmente porque precisam existir, ou porque assim deve ser.<br />19-Para Descartes, nem os sentidos, que podem enganar-nos, nem as idéias, que são confusas, podem nos dar certezas e, portanto, nos conduzir ao entendimento da realidade. Por isso, com a finalidade de estabelecer um método de pensamento que permita chegar à verdade:<br />I- desenvolve um sistema de raciocínio que se baseia na dúvida metódica e não pressupõe certezas e verdades. <br />II- Com base nisso reconstrói o universo da metafísica clássica com a idéia de que a essência do ser humano esta no pensamento.<br />III- Assim, Descartes anuncia o primado da matéria sobre o espírito. <br />São verdadeiras:<br /> A) I e II B) II e III C) Todas D) I, II e IV E) I, II e III<br />20-quot;
O maior bem que pode existir num Estado é o de ter verdadeiros filósofos.quot;
<br />(René Descartes) A frase de Descartes recorda que filósofo clássico?<br /> A) Aristóteles B) Protágoras C) Platão <br /> D) Sócrates E) Hegel<br />A Dialética de Hegel<br />1-O pensamento de Hegel é chamado de idealista porque:<br /> A) Diferente da visão dos materialistas, que julgam as forças materiais serem o motor da história, acreditava que a força da história residia nos princípios do espírito e do pensamento.<br /> B) Esse filósofo criou um ideal de sociedade baseado na justiça social e democracia, e isso explica o grande interesse de Marx em relação à sua dialética.<br /> C) O filósofo alemão sustentava que a razão era fonte do saber, posicionando-se, portanto, ao lado dos pensadores neoplatônicos.<br /> D) Esse filósofo acreditava que as instâncias do espírito e da cultura eram determinadas pelo desenvolvimento das forças produtivas.<br /> E) Hegel entendia que o mundo original era o mundo das ideias e não o mundo sensível das aparências reveladas pela experiência sensorial.<br />2-(UFU- adaptada) A respeito do conceito de dialética, Hegel faz a seguinte afirmação: “O interesse particular da paixão é, portanto, inseparável da participação do universal, pois é também da atividade do particular e de sua negação que resulta o universal.”<br />HEGEL, G. W. F. Filosofia da História. 2. ed. Tradução de Maria Rodrigues e Hans Harden. Brasília: Editora da UnB, 1998. p. 35.<br />Com base no pensamento de Hegel, assinale a alternativa correta.<br /> A) O particular é irracional, por isso é a negação do universal, portanto, a História não é guiada pela Razão, mas se deixa conduzir pelo acaso cego dos acontecimentos que se sucedem sem nenhuma relação entre eles.<br /> B) O universal é a somatória dos particulares, de modo que a História é tão só o acumulado ou o agregado das partes isoladas, e assim elas estão articuladas tal como engrenagens de uma grande máquina.<br /> C) O particular da paixão é a ação dos indivíduos, sempre em oposição à finalidade da História, isto é, do universal da Razão que governa o mundo, mas esta depende da ação dos indivíduos, sem os quais ela não se manifesta.<br /> D) O universal é a vontade divina que por intermédio da sua ação providente preserva os homens de todos os perigos, evitando que se desgastem com suas paixões, assim, o humano é preservado desde o seu surgimento na Terra.<br /> E) O mundo não tem sentido e a história não tem uma finalidade. É o espírito humano que lhe atribui sentidos para escapar do absurdo da existência.<br />3-Leia as afirmações e coloque V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas, de acordo com o pensamento e vida de Hegel.<br />( ) A Razão governa o mundo e, consequentemente, governa e governou a história universal. Em relação a essa razão universal e substancial, todo o resto é subordinado e serve-lhe de instrumento e de meio.<br />( ) As contradições da história impedem o desenvolvimento natural dos fatos. <br />( ) O espírito, incluindo o Espírito infinito, conhece a si mesmo como espírito somente por contraste com a natureza, assim, espírito e natureza são realidades opostas.<br />( ) Hegel sempre foi um revolucionário durante toda a sua vida, apoiando a Revolução Francesa e seus desdobramentos naturalmente democráticos. <br />A seqüência correta é:<br /> A) V, F, V, F B) V, V, F, F<br /> C) F, V, V, F D) F, F, V, V E) V, V, V, F<br />4-Já para Hegel, a dificuldade de se estudar a Estética é o fato de seu objeto – o belo – ser de ordem espiritual, pois o belo não é um objeto de existência material, mas de existência subjetiva, inerente à atividade espiritual de cada indivíduo. Contudo, esse fato não chega a ser comprometedor para a compreensão do fenômeno estético, porque o quot;
verdadeiro conteúdo do belo não é senão o espíritoquot;
. No centro do espírito está a verdade divina, está Deus: quot;
Deus é o ideal, que está no centro.quot;
Hegel toma a arquitetura como a quot;
primeira realização de artequot;
e, para atender a Deus, tem grande responsabilidade de, a partir de matéria inorgânica, promover transformações que a aproximem do espírito. Destarte, Hegel traça a missão da arquitetura a primeira arte a se aproximar de Deus, por meio do espírito de quem a cria e quem a utiliza:<br />“A arquitetura mais não faz do que rasgar o caminho para a realidade adequada de Deus e cumpre a sua missão trabalhando a natureza objetiva e procurando arrancá-la aos matagais exteriores, para que eles deixem de serem exteriores, para que o mostrem, fiquem aptos a exprimi-lo, capazes e dignos de recebê-lo. Arranja o lugar para as reuniões íntimas constrói um abrigo para os membros destas reuniões, uma proteção contra a tempestade que ameaça, contra a chuva e as intempéries, contra as feras. Exterioriza, dando-lhe uma forma concreta e visível, o comum querer-ser. Esse é o seu destino, esse é o conteúdo que lhe cumpre realizar”. (Hegel)<br />Para o filósofo Hegel:<br /> A) O belo não é um objeto de existência material, mas de existência subjetiva, inerente à atividade espiritual de cada indivíduo.<br /> B) O homem interioriza a experiência estética que se origina na contemplação da matéria.<br /> C) O homem é acometido por um desejo de expressar o belo exterior através da arte, que permanece um exercício inútil e frustrado.<br /> D) O sujeito não tem a sensibilidade estética, pois a experiência do belo permanece oculta em Deus.<br /> E) O homem não é digno da experiência estética de ordem elevada e espiritual, por estar maculado pela condição de pecador.<br />5-“A filosofia vem sempre demasiado tarde. Enquanto pensamento do mundo, só aparece quando a realidade realizou e terminou o seu processo de formação”. (Hegel)<br />Assinale a alternativa que explica o sentido dessas palavras.<br /> A) Para Hegel, o pensamento é reflexo das forças produtivas. <br /> B) Para Hegel, a História tem seu próprio motor, independe das expressões da filosofia. <br /> C) Para Hegel os filósofos sentenciam os rumos da História.<br /> D) Hegel revela-se pouco dialético ao entender que os filósofos não conduzem as vias da História.<br /> E) A História é o acúmulo dos registros filosóficos, dos ensaios e reflexões dos grandes pensadores da humanidade.<br />6-Diz-se que a filosofia de Hegel é monista. Entende-se por isso que:<br /> A) O pensamento hegeliano não percebe as contradições da realidade e dos movimentos do espírito humano.<br /> B) Hegel entende o universo como um todo coerente, livre dos paradoxos que de fato constituem o mundo.<br /> C) A sua filosofia pretende projetar uma explicação científica para a evolução econômica da humanidade, terminando em um modelo que socializa o patrimônio material e espiritual.<br /> D) A filosofia de Hegel julga que o homem é a medida de todas as coisas.<br /> E) A filosofia de Hegel é a tentativa de considerar todo o universo como um todo sistemático.<br />7-Sobre a filosofia de Hegel, leia e julgue as colocações abaixo.<br />I- Hegel criou um sitema para pssibilitar uma visão total da História e do mundo: a dialética. uma progressão na qual cada movimento sucessivo surge como solução das contradições inerentes ao movimento anterior. <br />II- Formulou, assim, uma espécie de motor da História em que a evolução se dava pelas relações de contradição dos fenômenos, onde toda tese, pressupõe uma antítese (sua contradição) e da relação de tensão entre a tese e antítese, surgiria uma síntese, que por sua vez se constituiria numa nova tese. <br />III- Essa tríade (tese, antítese e síntese) simplifica a compreensão da dialética de Hegel, mas ele próprio nunca a usou. <br />IV- Como exemplo de dialética, Hegel citou a Revolução Francesa que constitui, segundo o filósofo alemão, a introdução da democracia sem incoerências ou contradições históricas, capazes de questionar a eficácia e a legitimidade desse modelo político.<br />São verdadeiras apenas:<br /> A) I e II B) II e III C) I, II e III D) II, III e IV E) III e IV<br />8-No caso da Revolução Francesa, diria que somente depois desta experiência, e precisamente por causa dela, pode-se postular a existência de um Estado constitucional de cidadãos realmente livres. Nesse caso, diríamos que a Revolução seria a tese, o Terror, a antítese e a constituição do Estado democrático, a síntese. Esse raciocínio sobretudo:<br /> A) Revela a posição política de Hegel.<br /> B) Revela o contexto histórico em que viveu Hegel e de seu país.<br /> C) Contraria historicamente a teoria proposta de Hegel, mostrando a contradição em seu pensamento, e a isso chamamos de dialética.<br /> D) É um exemplo de aplicação da dialética hegeliana.<br /> E) É o argumento marxista de discordância em relação ao idealismo de Hegel.<br />9-O pensamento de Hegel é chamado de idealista porque, diferente da visão dos materialistas, que julgam as forças materiais serem o motor da história, acreditava que a força da história residia nos princípios do espírito e do pensamento. Assim, para Hegel, a contradição é o motor do pensamento. Podemos citar como representante da dialética materialista:<br /> A) Weber B) Marx C) Descartes <br />D) Durkheim E) Nietzsche<br />10-A filosofia de Hegel é a tentativa de considerar todo o universo como um todo sistemático. Sobre Hegel e sua filosofia, leia e julgue as proposições abaixo.<br />I- O sistema é baseado na fé. Na religião cristã, Deus foi revelado como verdade e como espírito. Como espírito, o homem pode receber esta revelação. Na religião a verdade está oculta na imagem; mas na filosofia o véu se rasga, de modo que o homem pode conhecer o infinito e ver todas as coisas em Deus. <br />II- O sistema de Hegel é assim um monismo espiritual, mas um monismo no qual a diferenciação é essencial. Somente através da experiência pode a identidade do pensamento e o objeto do pensamento serem alcançados, uma identidade na qual o pensar alcança a inteligibilidade progressiva que é seu objetivo. <br />III- Assim, a verdade é conhecida somente porque o erro não foi experimentado e a verdade triunfou; e Deus é infinito apenas porque ele assumiu as limitações de finitude e triunfou sobre elas. <br />IV- Similarmente, a queda do homem era necessária se ele devia atingir a bondade moral. O espírito, incluindo o Espírito infinito, conhece a si mesmo como espírito somente por contraste com a natureza.<br />São verdadeiras apenas:<br /> A) I e II B) II e III C) I, II e III D) II, III e IV <br /> E) I, II e IV<br />11-O compêndio do sistema de Hegel, a quot;
Enciclopédia das Ciências Filosóficasquot;
, é dividida em três partes: Lógica, Natureza e Espírito. Sobre tal filosofia, julgue as proposições abaixo:<br />I- O método de exposição é dialético. Acontece com freqüência que em uma discussão, duas pessoas que a princípio apresentam pontos de vista diametralmente opostos, depois concordam em rejeitar suas visões parciais próprias, e aceitar uma visão nova e mais ampla que faz justiça à substância de cada uma das precedentes. <br />II- Hegel acreditava que o pensamento sempre procede deste modo: começa por lançar uma tese positiva que é negada imediatamente pela sua síntese; então um pensamento seguinte produz a antítese. Mas esta antítese, por sua vez, gera outra síntese, e o mesmo processo continua uma vez mais. <br />III- O processo dialético, no entanto, é circular: ao final, o pensamento alcança uma síntese que é igual ao ponto de partida, exceto pelo fato de que tudo que estava implícito ali foi agora tornado explícito, tudo que estava oculto no ponto inicial foi revelado.<br />São verdadeiras:<br /> A) I e II B) II e III C) Todas D) I, II e IV E) I e III<br />12-Assim, o pensamento propriamente, como processo, tem a negatividade como um de seus momentos constituintes, e o finito é, como a auto-manifestação de Deus, parte e parcela do infinito mesmo. Tal concepção teológica está inserida no seguinte sistema filosófico:<br /> A) Monismo B) Dialética <br /> C) Inatismo D) Indução E) Empirismo<br />13-Leia e julgue as proposições acerca da concepção política de Hegel:<br />I- Nos trabalhos políticos e históricos de Hegel, o espírito humano objetiva a si próprio no seu esforço para encontrar um objeto idêntico a si mesmo. A Filosofia do Direito cai em três divisões principais. A primeira trata da lei e dos direitos como tais: pessoas (isto é, o homem como homem, muito independentemente de seu caráter individual) são o sujeito dos direitos, e o que é requerido delas é meramente obediência, não importa que motivos de obediência possam ser. <br />II- O Direito assim é um abstrato universal e portando faz justiça somente ao elemento universal na vontade humana. O indivíduo, no entanto, não pode ser satisfeito a menos que o ato que ele faz concorde não meramente com a lei, mas também com suas próprias convicções conscientes. Assim, o problema no mundo moderno é construir uma ordem política e social que satisfaça os anseios de ambos. E assim também, nenhuma ordem política pode satisfazer os anseios da razão a menos que seja organizada de modo a evitar, por uma parte, a centralização que faria os homens escravos ou ignorar a consciência e, por outra parte, um antinomianismo (argumentação que se desenvolve por meio de antinomias: as proposições mutuamente excludentes) que iria permitir a liberdade de convicção para qualquer indivíduo (liberalismo) e assim produzir uma licenciosidade que faria impossível a ordem política e social. <br />III- O Estado que alcançasse essa síntese, haveria de abandonar os princípios de família e de culpa. Segundo Hegel, as premissas do cristianismo constituem uma moralidade ineficiente em matéria de política. <br />São verdadeiras:<br /> A) I e II B) II e III C) Todas D) I, II e IV E) I e III<br />14-Hegel tentou sistematizar uma concepção unitária de História. Leia e julguue as assertivas abaixo:<br />I- Na Filosofia da História Hegel pressupôs que a historia da humanidade é um processo através do qual a humanidade tem feito progresso espiritual e moral e avançado seu auto-conhecimento. <br />II- A história tem um propósito e cabe ao filósofo descobrir qual é. Alguns historiadores encontraram sua chave na operação das leis naturais de vários tipos. <br />III- A atitude de Hegel, no entanto, apoiou-se na fé de que a história é a representação do propósito de Deus e que o homem tinha agora avançado longe bastante para descobrir o que esse propósito era: ele é a gradual realização da liberdade humana.<br />São verdadeiras:<br /> A) I e II B) II e III C) Todas D) I, II e IV E) I e III<br />15-Hegel entendeu a história como um processo e projeto unitário. Nesse sentido, leia e julgue as proposições abaixo.<br />I- O primeiro passo era fazer uma transição da vida selvagem para um estado de ordem e lei é a revolução. Em muitos pontos o pensamento de Hegel serviu aos fundamentos do marxismo, e um deles é sua concepção de que os Estados têm que ser encontrados por força e violência, pois não há outro caminho para fazer o homem curvar-se à Lei antes dele ter avançado mentalmente tão longe suficiente para aceitar a racionalidade da vida ordenada. <br />II- Alguns homens aceitarão as leis e se tornarão livres, enquanto outros permanecerão escravos. No mundo moderno o homem passou a crer que todos os homens, como espíritos, são livres em essência, e sua tarefa é, assim, criar instituições sob as quais eles serão livres de fato.<br />III- Em alguns casos, a escravidão é até aconselhável. Para Hegel, a existência de escravos pode facilitar o desenvolvimento da democracia, como provou a história das Américas, particularmente nos Estados Unidos da América. <br />São verdadeiras:<br /> A) I e II B) II e III C) Todas D) I, II e IV E) I e III<br />16-Leia as duas frases abaixo:<br />I- “Na produção social da sua existência, os homens travam relações determinadas, necessárias, independentes de sua vontade; essas relações de produção correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais”. <br />II- “... Não é a consciência dos homens que determina a sua existência, é, pelo contrário, a sua existência que determina a sua consciência”. <br />Assinale a alternativa que reflete corretamente acerca das duas frases.<br /> A) São ambas de Marx e contestam o idealismo de Hegel.<br /> B) são frases de Hegel e revelam seu sistema dialético. <br /> C) A primeira é de Hegel e a segunda é de Marx.<br /> D) A primeira é de Marx e a segunda é de Hegel.<br /> E) A primeira representa o idealismo alemão e a segunda, o materialismo.<br />17-“A necessidade, a natureza e a história não são mais do que instrumentos da revelação do Espírito”. É mais provável que tal frase seja de autoria de:<br /> A) Marx B) Descartes C) Hegel D) Locke E) Bacon<br />18-Hegel criou um sitema para pssibilitar uma visão total da História e do mundo: a dialética. uma progressão na qual cada movimento sucessivo surge como solução das contradições inerentes ao movimento anterior. Tal concepção integra o seguinte sistema filosófico:<br />A) Monismo B) Dialética C) Inatismo <br />D) Indução E) Empirismo<br />19-De Heráclito de Éfeso, Hegel herda a idéia de dialética, entendida como estrutura da realidade e do pensamento. De Aristóteles, aceita três noções capitais: a do universal, imanente e não transcendente ao individual (antiplatonismo); a do movimento, ou de vir-a-ser, como passagem da potência para o ato; e, finalmente, a das relações entre a razão e a experiência, cuja necessidade interna deve ser revelada pelo pensamento. <br />O pequeno texto tem como tema central:<br /> A) A explicação do modelo dialético.<br /> B) Influências filosóficas em Hegel.<br /> C) A oposição entre Hegel e Aristóteles.<br /> D) A história da filosofia grega. <br /> E) O debate entre a filosofia hegeliana e seus contemporâneos.<br />20-“O Estado é a forma histórica específica na qual a liberdade adquire uma existência objetiva e usufrui da sua objetividade”. (Hegel)<br />A frase de Hegel:<br /> A) Revela um desprezo pela racionalidade instrumental do Estado. <br /> B) Diminui a importância da dimensão política da existência humana. <br /> C) Afirma que a formação do Estado é a única possibilidade de expressar a liberdade humana. <br /> D) Mostra uma oposição entre formação do Estado moderno e individualismo liberal. <br /> E) Traduz a necessidade do Estado como fonte de liberdade objetiva.<br />