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3.Turismo em Portugal
1
CONCEITOS E
FUNDAMENTOS DO
TURISMO
Professora Carla Canhoto
Escola Secundária EB/3 Dr. Jorge Correia - Tavira
Ensino Profissional de Nível Secundário
2008/2011
Curso Profissional de Técnico de
Turismo
1º Ano
Factores que favoreceram o Turismo
em Portugal
2
condições naturais
condições climatéricas
elevado grau de competitividade em
termos de preços
sentido de hospitalidade do seu povo
peculiaridade da sua cultura
Factores que desfavoreceram o
desenvolvimento do turismo
3
concepção política dominante durante muitos
anos;
privilégio do isolamento internacional;
situações avessas às mudanças e pouco propensas
à modernidade
atraso dos meios de transporte
atraso das vias de comunicação
inexistência de uma iniciativa privada esclarecida
e informada
Crescimento do Turismo
4
Apesar do atraso com que se iniciou o seu processo de
desenvolvimento, o turismo alcançou rapidamente um
lugar de relevo no conjunto das actividades económicas,
devido:
 ao volume de receitas externas que passou a proporcionar
 ao emprego criado
 ao impacto produzido a nível regional.
Etapas de desenvolvimento do Turismo
em Portugal
5
1900 1950 1963 1973
INFÂNCIA
ADOLESCÊNCIA MAIORIDADE MATURIDADE
1.ª Etapa - INFÂNCIA
6
Criação da 1.ª Organização oficial de Turismo –
Repartição de Turismo
criação da Sociedade de Propaganda de Portugal,
sociedade de iniciativa privada, com objectivos de promoção
do turismo a nível interno e internacional e organizar e
divulgar o inventário de todos os monumentos, riquezas
artísticas, curiosidades e lugares pitorescos do país;
Turismo a nível interno assente nas estâncias termais.
Turismo internacional baseava-se na Madeira e Lisboa.
As pousadas constituem uma imagem de marca do turismo
português;
2.ª Etapa - ADOLESCÊNCIA
7
 O turismo deve ser encarado como uma verdadeira
indústria, tendo de se subordinar a princípios de organização
administrativa.
A política do turismo é concebida segundo uma abordagem
horizontal porque uma política de turismo, para ser eficiente
não pode ser obra de um só sector.
Foi criado o Fundo de Turismo, destinado a assegurar o
fomento do turismo, uma vez que o turismo passa a ser do
interesse da economia nacional.
Passaram a ser criadas zonas de turismo nos concelhos em
que existiam praias, estâncias hidrológicas ou climáticas, de
altitude, de repouso ou de recreio ou monumentos.
2.ª Etapa - ADOLESCÊNCIA
8
 A criação destas zonas passou a depender de
requerimento da respectiva Câmara Municipal por se
entender que a execução de uma política local de
turismo se poderá desenvolver com a participação dos
interesses municipais e para ser eficiente terá de ser
vivida e sentida pelo agregado de pessoas que formam o
concelho.
3.ª Etapa - MAIORIDADE
9
 O ano de 1964 marca o início do verdadeiro desenvolvimento do turismo
português:
 consolidação da recuperação económica dos países industrializados afectados pela guerra
 seguiu-se um boom económico
 generalização do automóvel
 generalização das férias pagas
 desenvolvimento explosivo do trânsito aéreo 
 1964 – ultrapassou-se, pela primeira vez, o milhão de entradas, tendo forte
contributo os seguintes factores:
 localização geográfica
 condições climatéricas
 preços praticados
 Surgem os grandes empreendimentos turísticos que polarizam as atenções e
concentram os investimentos: Algarve; Madeira e Tróia.
3.ª Etapa - MAIORIDADE
10
 perda de posição dos centros tradicionais e desvio de
investimentos para os novos pólos turísticos.
O país não estava preparado, nem soube preparar-se,
quer no que respeita aos circuitos de distribuição, quer
em infra-estruturas surgindo assim os primeiros
desequilíbrios estruturais.
Construíram-se os aeroportos do Funchal e do Algarve
permitindo estabelecer relações aéreas com os principais
centros emissores
3.ª Etapa - MAIORIDADE
11
 é atribuído ao turismo o papel de «motor do desenvolvimento
económico», mas sem definição de um modelo global de
desenvolvimento turístico e sem enquadramento numa política de
ordenamento do território e aproveitamento dos espaços.
resultam os primeiros desgastes do ambiente e do património
natural e disfunções ambientais e descaracterização,
particularmente, em certas zonas que se tinham revelado com
vocação para o turismo.
A Alemanha, a Espanha, a França, o Reino Unido e os Estados
Unidos da América passam a ser os primeiros clientes de Portugal.
3.ª Etapa - MAIORIDADE
12
 desenvolvem-se novas formas de alojamento (aldeamentos
turísticos, apartamentos, motéis) e novas formas de exploração
(títulos de férias, multi-propriedade).
 A procura dominante caracteriza-se pela busca do sol, do mar e
das praias de areia fina que existem em abundância no país.
todo o desenvolvimento do turismo se concentra na exploração
destes atractivos, com abandono do turismo do interior e dos
valores turísticos em que as regiões do interior são
particularmente ricas: termalismo, cultura, gastronomia,
paisagens.  
O turismo, em Portugal, passa a ser sinónimo de «litoral».
3.ª Etapa - MATURIDADE
13
os desequilíbrios ecológicos provocados por deficiente
aproveitamento dos recursos naturais e os novos
comportamentos do consumidor que influenciam,
profundamente, a procura turística.
em Portugal, dá-se, em 1974, a revolução de 25 de Abril
provocando grandes transformações económicas, sociais e
políticas e ocasionando o afluxo de grandes massa de
desalojados das ex-colónias que passam a ocupar os
alojamentos hoteleiros.
3.ª Etapa - MATURIDADE
14
no âmbito da procura se registaram alguns
desequilíbrios: a origem dos turistas que visitam Portugal
concentrou-se excessivamente nos mercados britânico e
espanhol - A dependência destes mercados tornou o
turismo português extremamente vulnerável;
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15
Vulnerabilidade devido a :
concentração em termos de mercado de origem (mais de metade
das dormidas de estrangeiros na hotelaria global provém
do Reino Unido e da Alemanha)
concentração territorial (só o Algarve detém mais de 40% da
oferta turística nacional e em conjunto com a Costa de
Lisboa, absorve 70% de todas as dormidas de estrangeiros)
concentração em atractivos e motivações (é o sol e o mar que
servem de base essencial à oferta e aposta-se
fundamentalmente nas motivações que estão na origem da
procura do sol e do mar)
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A solução é a DIVERSIFICAÇÃO:
o seu equilíbrio e o seu crescimento sustentado
dependem fortemente:
o da diversificação de mercados;
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o no desenvolvimento e na resposta às motivações
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4.ª Etapa - MATURIDADE
17
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2014
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Portugal Turismo Fatores Desenvolvimento

  • 1. 3.Turismo em Portugal 1 CONCEITOS E FUNDAMENTOS DO TURISMO Professora Carla Canhoto Escola Secundária EB/3 Dr. Jorge Correia - Tavira Ensino Profissional de Nível Secundário 2008/2011 Curso Profissional de Técnico de Turismo 1º Ano
  • 2. Factores que favoreceram o Turismo em Portugal 2 condições naturais condições climatéricas elevado grau de competitividade em termos de preços sentido de hospitalidade do seu povo peculiaridade da sua cultura
  • 3. Factores que desfavoreceram o desenvolvimento do turismo 3 concepção política dominante durante muitos anos; privilégio do isolamento internacional; situações avessas às mudanças e pouco propensas à modernidade atraso dos meios de transporte atraso das vias de comunicação inexistência de uma iniciativa privada esclarecida e informada
  • 4. Crescimento do Turismo 4 Apesar do atraso com que se iniciou o seu processo de desenvolvimento, o turismo alcançou rapidamente um lugar de relevo no conjunto das actividades económicas, devido:  ao volume de receitas externas que passou a proporcionar  ao emprego criado  ao impacto produzido a nível regional.
  • 5. Etapas de desenvolvimento do Turismo em Portugal 5 1900 1950 1963 1973 INFÂNCIA ADOLESCÊNCIA MAIORIDADE MATURIDADE
  • 6. 1.ª Etapa - INFÂNCIA 6 Criação da 1.ª Organização oficial de Turismo – Repartição de Turismo criação da Sociedade de Propaganda de Portugal, sociedade de iniciativa privada, com objectivos de promoção do turismo a nível interno e internacional e organizar e divulgar o inventário de todos os monumentos, riquezas artísticas, curiosidades e lugares pitorescos do país; Turismo a nível interno assente nas estâncias termais. Turismo internacional baseava-se na Madeira e Lisboa. As pousadas constituem uma imagem de marca do turismo português;
  • 7. 2.ª Etapa - ADOLESCÊNCIA 7  O turismo deve ser encarado como uma verdadeira indústria, tendo de se subordinar a princípios de organização administrativa. A política do turismo é concebida segundo uma abordagem horizontal porque uma política de turismo, para ser eficiente não pode ser obra de um só sector. Foi criado o Fundo de Turismo, destinado a assegurar o fomento do turismo, uma vez que o turismo passa a ser do interesse da economia nacional. Passaram a ser criadas zonas de turismo nos concelhos em que existiam praias, estâncias hidrológicas ou climáticas, de altitude, de repouso ou de recreio ou monumentos.
  • 8. 2.ª Etapa - ADOLESCÊNCIA 8  A criação destas zonas passou a depender de requerimento da respectiva Câmara Municipal por se entender que a execução de uma política local de turismo se poderá desenvolver com a participação dos interesses municipais e para ser eficiente terá de ser vivida e sentida pelo agregado de pessoas que formam o concelho.
  • 9. 3.ª Etapa - MAIORIDADE 9  O ano de 1964 marca o início do verdadeiro desenvolvimento do turismo português:  consolidação da recuperação económica dos países industrializados afectados pela guerra  seguiu-se um boom económico  generalização do automóvel  generalização das férias pagas  desenvolvimento explosivo do trânsito aéreo   1964 – ultrapassou-se, pela primeira vez, o milhão de entradas, tendo forte contributo os seguintes factores:  localização geográfica  condições climatéricas  preços praticados  Surgem os grandes empreendimentos turísticos que polarizam as atenções e concentram os investimentos: Algarve; Madeira e Tróia.
  • 10. 3.ª Etapa - MAIORIDADE 10  perda de posição dos centros tradicionais e desvio de investimentos para os novos pólos turísticos. O país não estava preparado, nem soube preparar-se, quer no que respeita aos circuitos de distribuição, quer em infra-estruturas surgindo assim os primeiros desequilíbrios estruturais. Construíram-se os aeroportos do Funchal e do Algarve permitindo estabelecer relações aéreas com os principais centros emissores
  • 11. 3.ª Etapa - MAIORIDADE 11  é atribuído ao turismo o papel de «motor do desenvolvimento económico», mas sem definição de um modelo global de desenvolvimento turístico e sem enquadramento numa política de ordenamento do território e aproveitamento dos espaços. resultam os primeiros desgastes do ambiente e do património natural e disfunções ambientais e descaracterização, particularmente, em certas zonas que se tinham revelado com vocação para o turismo. A Alemanha, a Espanha, a França, o Reino Unido e os Estados Unidos da América passam a ser os primeiros clientes de Portugal.
  • 12. 3.ª Etapa - MAIORIDADE 12  desenvolvem-se novas formas de alojamento (aldeamentos turísticos, apartamentos, motéis) e novas formas de exploração (títulos de férias, multi-propriedade).  A procura dominante caracteriza-se pela busca do sol, do mar e das praias de areia fina que existem em abundância no país. todo o desenvolvimento do turismo se concentra na exploração destes atractivos, com abandono do turismo do interior e dos valores turísticos em que as regiões do interior são particularmente ricas: termalismo, cultura, gastronomia, paisagens.   O turismo, em Portugal, passa a ser sinónimo de «litoral».
  • 13. 3.ª Etapa - MATURIDADE 13 os desequilíbrios ecológicos provocados por deficiente aproveitamento dos recursos naturais e os novos comportamentos do consumidor que influenciam, profundamente, a procura turística. em Portugal, dá-se, em 1974, a revolução de 25 de Abril provocando grandes transformações económicas, sociais e políticas e ocasionando o afluxo de grandes massa de desalojados das ex-colónias que passam a ocupar os alojamentos hoteleiros.
  • 14. 3.ª Etapa - MATURIDADE 14 no âmbito da procura se registaram alguns desequilíbrios: a origem dos turistas que visitam Portugal concentrou-se excessivamente nos mercados britânico e espanhol - A dependência destes mercados tornou o turismo português extremamente vulnerável;
  • 15. 3.ª Etapa - MATURIDADE 15 Vulnerabilidade devido a : concentração em termos de mercado de origem (mais de metade das dormidas de estrangeiros na hotelaria global provém do Reino Unido e da Alemanha) concentração territorial (só o Algarve detém mais de 40% da oferta turística nacional e em conjunto com a Costa de Lisboa, absorve 70% de todas as dormidas de estrangeiros) concentração em atractivos e motivações (é o sol e o mar que servem de base essencial à oferta e aposta-se fundamentalmente nas motivações que estão na origem da procura do sol e do mar)
  • 16. 3.ª Etapa - MATURIDADE 16 A solução é a DIVERSIFICAÇÃO: o seu equilíbrio e o seu crescimento sustentado dependem fortemente: o da diversificação de mercados; o de produtos e de motivações a par da adopção de estratégias empresariais baseadas na inovação; o no desenvolvimento e na resposta às motivações e necessidades dos clientes.
  • 17. 4.ª Etapa - MATURIDADE 17 Com o fim de adoptar uma nova estratégia para o desenvolvimento do turismo foi lançado, em meados da década de oitenta, um Plano Nacional de Turismo que tinha como objectivos: contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses; contribuir para a protecção do património natural e valorização do património cultural.