SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
Agrupamento de Escolas do Cerco 07/082009/10
TESTE DE AVALIAÇÃO DE LITERATURA PORTUGUESA (90 minutos)
10º ano
GRUPO I
CRÓNICA DE D. JOÃO I
PRÓLOGO
Grande licença1
deu a afeição a muitos que tiveram cárrego2
d'ordenar histórias,
mormente dos senhores em cuja mercê e terra viviam e u foram nados seus antigos avós,
sendo-lhe muito favoráveis no recontamento de seus feitos; e tal favoreza3
como esta nace de
mundanal afeiçom, a qual nom é salvo conformidade4
dalguma cousa ao entendimento do
homem. Assi que a terra em que os homens per longo costume e tempo foram criados gera
uma tal conformidade antre o seu entendimento e ela que, avendo de julgar alguma sua
cousa, assim em louvor como per contrário, nunca per eles é direitamente recontada; porque,
louvando-a, dizem sempre mais daquelo que é; e, se doutro modo, nom escrevem suas perdas
tam minguadamente como acontecerom.
Outra cousa geera ainda esta conformidade e natural inclinação, segundo sentença
dalguns, dizendo que o pregoeiro da vida, que é a fame, recebendo refeiçom pera o corpo, o
sangue e espritos gerados de taes viandas5
tem üa tal semelhança antre si que causa esta
conformidade. Alguüs outros teveron que esto decia na semente, no tempo da geraçom; a
qual despõe per tal guisa aquelo que dela é gerado, que lhe fica esta conformidade tam bem
acerca da terra como de seus dívidos.
E assi parece que o sentiu Túlio, quando veio a dizer: «Nós não somos nados a nós
mesmos, porque üa parte de nós tem a terra e outra os parentes.» E porém o juizo do homem,
acena de tal terra ou pessoas, recontando seus feitos, sempre çopega6
.
Esta mundanal afeiçom fez a alguüs estoriadores7
que os feitos de Castela com os de
Portugal escreverom, posto que homeës de boa autoridade fossem, desviar da dereita estrada
e correr per semideiros escusos8
, por as mínguas das terras de que eram em certos passos
claramente nom serem vistas; e especialmente no grande desvairo que o mui virtuoso Rei da
boa memoria Dom Joam, cujo regimento e reinado se segue, ouve com o nobre e poderoso Rei
Dom Joam de Castela, poendo parte de seus bons feitos fora do louvor que mereciam, e
acrescentando em algumas outros da guisa que nom acontecerom, atrevendo-se a publicar
isto em vida de taes que lhe forom companheiros, bem sabedores de todo o contrário.
Nós certamente levando outro modo, posta a de parte toda a afeiçom que por azo9
das ditas razões aver podiamos, nosso desejo foi em esta obra escrever verdade, sem outra
mistura, leixando nos boõs acontecimentos todo fingido louvor, e nuamente mostrar ao povo
quaisquer contrairas cousas, da guisa que aconteceram.
E se o Senhor Deus a nós outorgasse o que a alguüs escrevendo nom negou, convém a
saber, em suas obras clara certidão da verdade, sem dúvida não somente mentir do que
sabemos mas ainda errando, falso não queriamos dizer; como assim seja que outra cousa não
é errar salvo cuidar que é verdade aquilo que é falso. E nós, engando per ignorancia de velhas
1
ousadia
2
encargo
3
parcialidade
4
harmonia
5
alimento
6
falta
7
Pêro Lópes Ayala
8
atalhos
9
Por causa
Agrupamento de Escolas do Cerco 07/082009/10
escrituras e desvairados autores, bem podiamos ditando errar; porque, escrevendo homem do
que não é certo, ou contará mais curto do que foi, ou falará mais largo do que deve; mas
mentira em este volume é muito afastada da nossa vontade. Oh, com quanto cuidado e
diligência vimos grandes volumes de livros de desvairadas linguagens e terras e isso mesmo
públicas escrituras de muitos cartórios e outros lugares, nas quais, depois de longas vigílias e
grandes trabalhos mais certidão aver non podemos da conteúdo em esta obra. E sendo achado
em alguns livros o contrário do que ela fala, cuidai que nom sabedormente mas errando muito,
disserom tais cousas.
Se outros per ventura em esta crónica buscam fremosura e novidade de palavras, e
não a certidão das estorias, desprazer-lhe-á de nosso razoado10
, muito ligeiro a eles d'ouvir e
não sem gram trabalho a nós de ordenar. Mas nós, não curando de seu juizo, leixados os
compostos e afeitados razoamentos, que muito deleitom aqueles que ouvem, ante poemos a
simprez verdade que a afremosentada falsidade. Nem entendaes que certificamos cousa,
salvo de muitos aprovada e per escrituras vestidas de fé; doutra guisa, ante nos calariamos que
escrever cousas falsas.
Que lugar nos ficaria para a fremosura e afeitamento das palavras, pois todo nosso
cuidado em isto dispenso não abasta para ordenar a nua verdade? Porém, apegando-nos a ela
firme, os claros feitos, dignos de grande lembrança, do mui famoso Rei Dom Joan, sendo
Mestre, de que guisa matou o conde Joam Fernández, e como o poboo de Lisboa o tomou
primeiro por seu regedor e defensor, e depois outros alguüs do reino, e d'i em deante como
reinou e em que tempo, breve e sãamente contados, poemos em praça na seguinte ordem.
Crónica de D. João I, Primeira Parte, Prólogo
1 – Fernão Lopes teve necessidade de expor no início da primeira parte da Crónica de El-Rei D.
João I a sua concepção sobre o papel do historiador. Que erros aponta aos historiadores
anteriores?
2 – Tais erros deveram-se, segundo ele, a três factores. Indica-os.
3 – Para que não lhe aconteça o mesmo, que processo se propõe utilizar?
4 – Refere o que diz sobre Pêro Lopes de Ayala, autor da crónica de El-Rei D. João de Castela.
5 – Ao mesmo tempo que nos pretende dar um exemplo de parcialidade, não estará também a
ser vítima do seu grande patriotismo? Justifica.
6 – Comenta a frase «antepoemos a simples verdade, que a afrementosada falsidade.»
7 – Fernão Lopes não exclui a possibilidade de se enganar. Apesar disso , exige inteira
credibilidade ao que escreve. Como justificas a aparente contradição?
8 – Embora afirmando que não se deverá procurar na sua crónica a «fremosura e novidade da
palavra», o facto é que já no prólogo se registam recursos de grande expressividade. Indica
três e mostra de que forma contribuem para a intensificação de sentidos.
9 – Conclui sobre a actualidade do conceito de história que esteve na base da elaboração deste
prólogo.
10
discurso
Agrupamento de Escolas do Cerco 07/082009/10
Grupo II
Recorda o seguinte pregão retirado da Crónica de D.João I:
Matam o Mestre! Matam o Mestre nos paços da Rainha!
Acorrei ao mestre que matam!
Acorramos ao Mestre, amigos, acorramos ao mestre, ca filho é de el-Rei D. Pedro.
Analisa a sua estrutura e destaca os vários recursos nele investidos e os efeitos que se
pretendem obter.
Grupo III
«Enquanto os outros historiadores da Idade Média se apresentam como testemunhas
particulares dos acontecimentos, ou como porta-vozes de testemunhas, Fernão Lopes aparece
como um magistrado profissional e legalmente qualificado lavrando o instrumento dos
acontecimentos, com a consciência plena da sua competência profissional e o tom dogmático
também característico da função. Nesta posição se coloca logo no prefácio da Crónica de D.
João l. » António José Saraiva
À luz das leituras feitas da obra de Fernão Lopes, comenta o excerto supracitado.
(extensão entre cem a cento e cinquenta palavras).
GRUPO IV (FACULTATIVO)
(este grupo destina-se a todos os alunos que no primeiro teste obtiveram uma classificação
inferior a dez)
Recorda as cantigas de amor.
Num texto de cem a cento e cinquenta palavras mostra que o amor cortês é um jogo, um
fingimento e uma inversão das relações normais, na época, homem / mulher.
Bom trabalho,
A professora,
Paula Cruz

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de escárnio e maldizerCantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de escárnio e maldizerHelena Coutinho
 
O Texto Expositivo
O Texto ExpositivoO Texto Expositivo
O Texto Expositivo713773
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoGijasilvelitz 2
 
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando PessoaFilipaFonseca
 
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasEstrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasclaudiarmarques
 
Crítica, cartoon e crónica
Crítica, cartoon e crónicaCrítica, cartoon e crónica
Crítica, cartoon e crónicaFernanda Monteiro
 
Sílabas Métricas
Sílabas MétricasSílabas Métricas
Sílabas Métricas713773
 
Palavras divergentes e convergentes
Palavras divergentes e convergentesPalavras divergentes e convergentes
Palavras divergentes e convergentesSusana Sobrenome
 
Oração subordinada adjetiva relativa
Oração subordinada adjetiva relativaOração subordinada adjetiva relativa
Oração subordinada adjetiva relativaAntónio Fernandes
 
Recursos expressivos com exercícios
Recursos expressivos com exercíciosRecursos expressivos com exercícios
Recursos expressivos com exercíciosFernanda Monteiro
 
Num bairro moderno
Num bairro modernoNum bairro moderno
Num bairro modernoaramalho340
 
Fernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa PreceFernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa PreceSamuel Neves
 
Cantigas de amigo - resumo
Cantigas de amigo - resumoCantigas de amigo - resumo
Cantigas de amigo - resumoGijasilvelitz 2
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Lurdes Augusto
 

Mais procurados (20)

Cantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de escárnio e maldizerCantigas de escárnio e maldizer
Cantigas de escárnio e maldizer
 
O Texto Expositivo
O Texto ExpositivoO Texto Expositivo
O Texto Expositivo
 
Oracoes subordinadas
Oracoes subordinadasOracoes subordinadas
Oracoes subordinadas
 
Cantigas de amigo
Cantigas de amigoCantigas de amigo
Cantigas de amigo
 
Poesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - ResumoPoesia Trovadoresca - Resumo
Poesia Trovadoresca - Resumo
 
Atos de fala
Atos de falaAtos de fala
Atos de fala
 
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
"Quinto Império" - Mensagem de Fernando Pessoa
 
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasEstrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
 
Verdes são os campos
Verdes são os camposVerdes são os campos
Verdes são os campos
 
Crítica, cartoon e crónica
Crítica, cartoon e crónicaCrítica, cartoon e crónica
Crítica, cartoon e crónica
 
Sílabas Métricas
Sílabas MétricasSílabas Métricas
Sílabas Métricas
 
Palavras divergentes e convergentes
Palavras divergentes e convergentesPalavras divergentes e convergentes
Palavras divergentes e convergentes
 
Oração subordinada adjetiva relativa
Oração subordinada adjetiva relativaOração subordinada adjetiva relativa
Oração subordinada adjetiva relativa
 
Recursos expressivos com exercícios
Recursos expressivos com exercíciosRecursos expressivos com exercícios
Recursos expressivos com exercícios
 
Ceifeira
CeifeiraCeifeira
Ceifeira
 
Num bairro moderno
Num bairro modernoNum bairro moderno
Num bairro moderno
 
Os Maias - personagens
Os Maias - personagensOs Maias - personagens
Os Maias - personagens
 
Fernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa PreceFernando Pessoa Prece
Fernando Pessoa Prece
 
Cantigas de amigo - resumo
Cantigas de amigo - resumoCantigas de amigo - resumo
Cantigas de amigo - resumo
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca
 

Semelhante a 24725899 teste-de-avaliacao-de-literatura-portuguesa

Semelhante a 24725899 teste-de-avaliacao-de-literatura-portuguesa (20)

Fernão Lopes
Fernão LopesFernão Lopes
Fernão Lopes
 
S tcern09 002-3
S   tcern09 002-3S   tcern09 002-3
S tcern09 002-3
 
S tcern09 003-4
S   tcern09 003-4S   tcern09 003-4
S tcern09 003-4
 
Fernão lopes e Gil vicente
Fernão lopes e Gil vicenteFernão lopes e Gil vicente
Fernão lopes e Gil vicente
 
S tcern09 001-1
S   tcern09 001-1S   tcern09 001-1
S tcern09 001-1
 
O realismo e o naturalismo no brasil
O realismo e o naturalismo no brasilO realismo e o naturalismo no brasil
O realismo e o naturalismo no brasil
 
O roteiro dos sete capitães
O roteiro dos sete capitãesO roteiro dos sete capitães
O roteiro dos sete capitães
 
Izaak Walton - Diálogos das grandezas do brasil
Izaak Walton - Diálogos das grandezas do brasilIzaak Walton - Diálogos das grandezas do brasil
Izaak Walton - Diálogos das grandezas do brasil
 
A Importância dos forais
A Importância dos foraisA Importância dos forais
A Importância dos forais
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 
S tcern09 004-7
S   tcern09 004-7S   tcern09 004-7
S tcern09 004-7
 
HISTORIA DAS OPERAÇÕES ESPECIAIS DA PMPR
HISTORIA DAS OPERAÇÕES ESPECIAIS DA PMPRHISTORIA DAS OPERAÇÕES ESPECIAIS DA PMPR
HISTORIA DAS OPERAÇÕES ESPECIAIS DA PMPR
 
Karnal
KarnalKarnal
Karnal
 
Alexandredegusmao
AlexandredegusmaoAlexandredegusmao
Alexandredegusmao
 
Historiado brasil
Historiado brasilHistoriado brasil
Historiado brasil
 
Hi9opoi
Hi9opoiHi9opoi
Hi9opoi
 
Santillana p10 ficha_avaliacaooslusiadascomrespostas
Santillana p10 ficha_avaliacaooslusiadascomrespostasSantillana p10 ficha_avaliacaooslusiadascomrespostas
Santillana p10 ficha_avaliacaooslusiadascomrespostas
 
76373789 teste-de-literatura-portuguesa-lopes
76373789 teste-de-literatura-portuguesa-lopes76373789 teste-de-literatura-portuguesa-lopes
76373789 teste-de-literatura-portuguesa-lopes
 
Memorial do convento tempo e espaço (1)
Memorial do convento  tempo e espaço (1)Memorial do convento  tempo e espaço (1)
Memorial do convento tempo e espaço (1)
 
pdf_mensagem.pptx
pdf_mensagem.pptxpdf_mensagem.pptx
pdf_mensagem.pptx
 

Mais de Claudia Moreira

9a 4 teste_de_avaliacao_sumativa
9a 4 teste_de_avaliacao_sumativa9a 4 teste_de_avaliacao_sumativa
9a 4 teste_de_avaliacao_sumativaClaudia Moreira
 
Cn9 teste sistemas_neurohorm_digest_cardioresp
Cn9 teste sistemas_neurohorm_digest_cardiorespCn9 teste sistemas_neurohorm_digest_cardioresp
Cn9 teste sistemas_neurohorm_digest_cardiorespClaudia Moreira
 
2.8 ficha-de-trabalho-números-de-1-a-5-1
2.8 ficha-de-trabalho-números-de-1-a-5-12.8 ficha-de-trabalho-números-de-1-a-5-1
2.8 ficha-de-trabalho-números-de-1-a-5-1Claudia Moreira
 
Numeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoesNumeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoesClaudia Moreira
 
Numeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoesNumeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoesClaudia Moreira
 
Gab intervalosna reta2011
Gab intervalosna reta2011Gab intervalosna reta2011
Gab intervalosna reta2011Claudia Moreira
 
Numeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoesNumeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoesClaudia Moreira
 

Mais de Claudia Moreira (10)

Auto
AutoAuto
Auto
 
9a 4 teste_de_avaliacao_sumativa
9a 4 teste_de_avaliacao_sumativa9a 4 teste_de_avaliacao_sumativa
9a 4 teste_de_avaliacao_sumativa
 
A galinha-ficha-1
A galinha-ficha-1A galinha-ficha-1
A galinha-ficha-1
 
Cn9 teste sistemas_neurohorm_digest_cardioresp
Cn9 teste sistemas_neurohorm_digest_cardiorespCn9 teste sistemas_neurohorm_digest_cardioresp
Cn9 teste sistemas_neurohorm_digest_cardioresp
 
2.8 ficha-de-trabalho-números-de-1-a-5-1
2.8 ficha-de-trabalho-números-de-1-a-5-12.8 ficha-de-trabalho-números-de-1-a-5-1
2.8 ficha-de-trabalho-números-de-1-a-5-1
 
1 teste 5ano1.pd
1 teste 5ano1.pd1 teste 5ano1.pd
1 teste 5ano1.pd
 
Numeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoesNumeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoes
 
Numeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoesNumeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoes
 
Gab intervalosna reta2011
Gab intervalosna reta2011Gab intervalosna reta2011
Gab intervalosna reta2011
 
Numeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoesNumeros reais inequacoes
Numeros reais inequacoes
 

Último

A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 

Último (20)

A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 

24725899 teste-de-avaliacao-de-literatura-portuguesa

  • 1. Agrupamento de Escolas do Cerco 07/082009/10 TESTE DE AVALIAÇÃO DE LITERATURA PORTUGUESA (90 minutos) 10º ano GRUPO I CRÓNICA DE D. JOÃO I PRÓLOGO Grande licença1 deu a afeição a muitos que tiveram cárrego2 d'ordenar histórias, mormente dos senhores em cuja mercê e terra viviam e u foram nados seus antigos avós, sendo-lhe muito favoráveis no recontamento de seus feitos; e tal favoreza3 como esta nace de mundanal afeiçom, a qual nom é salvo conformidade4 dalguma cousa ao entendimento do homem. Assi que a terra em que os homens per longo costume e tempo foram criados gera uma tal conformidade antre o seu entendimento e ela que, avendo de julgar alguma sua cousa, assim em louvor como per contrário, nunca per eles é direitamente recontada; porque, louvando-a, dizem sempre mais daquelo que é; e, se doutro modo, nom escrevem suas perdas tam minguadamente como acontecerom. Outra cousa geera ainda esta conformidade e natural inclinação, segundo sentença dalguns, dizendo que o pregoeiro da vida, que é a fame, recebendo refeiçom pera o corpo, o sangue e espritos gerados de taes viandas5 tem üa tal semelhança antre si que causa esta conformidade. Alguüs outros teveron que esto decia na semente, no tempo da geraçom; a qual despõe per tal guisa aquelo que dela é gerado, que lhe fica esta conformidade tam bem acerca da terra como de seus dívidos. E assi parece que o sentiu Túlio, quando veio a dizer: «Nós não somos nados a nós mesmos, porque üa parte de nós tem a terra e outra os parentes.» E porém o juizo do homem, acena de tal terra ou pessoas, recontando seus feitos, sempre çopega6 . Esta mundanal afeiçom fez a alguüs estoriadores7 que os feitos de Castela com os de Portugal escreverom, posto que homeës de boa autoridade fossem, desviar da dereita estrada e correr per semideiros escusos8 , por as mínguas das terras de que eram em certos passos claramente nom serem vistas; e especialmente no grande desvairo que o mui virtuoso Rei da boa memoria Dom Joam, cujo regimento e reinado se segue, ouve com o nobre e poderoso Rei Dom Joam de Castela, poendo parte de seus bons feitos fora do louvor que mereciam, e acrescentando em algumas outros da guisa que nom acontecerom, atrevendo-se a publicar isto em vida de taes que lhe forom companheiros, bem sabedores de todo o contrário. Nós certamente levando outro modo, posta a de parte toda a afeiçom que por azo9 das ditas razões aver podiamos, nosso desejo foi em esta obra escrever verdade, sem outra mistura, leixando nos boõs acontecimentos todo fingido louvor, e nuamente mostrar ao povo quaisquer contrairas cousas, da guisa que aconteceram. E se o Senhor Deus a nós outorgasse o que a alguüs escrevendo nom negou, convém a saber, em suas obras clara certidão da verdade, sem dúvida não somente mentir do que sabemos mas ainda errando, falso não queriamos dizer; como assim seja que outra cousa não é errar salvo cuidar que é verdade aquilo que é falso. E nós, engando per ignorancia de velhas 1 ousadia 2 encargo 3 parcialidade 4 harmonia 5 alimento 6 falta 7 Pêro Lópes Ayala 8 atalhos 9 Por causa
  • 2. Agrupamento de Escolas do Cerco 07/082009/10 escrituras e desvairados autores, bem podiamos ditando errar; porque, escrevendo homem do que não é certo, ou contará mais curto do que foi, ou falará mais largo do que deve; mas mentira em este volume é muito afastada da nossa vontade. Oh, com quanto cuidado e diligência vimos grandes volumes de livros de desvairadas linguagens e terras e isso mesmo públicas escrituras de muitos cartórios e outros lugares, nas quais, depois de longas vigílias e grandes trabalhos mais certidão aver non podemos da conteúdo em esta obra. E sendo achado em alguns livros o contrário do que ela fala, cuidai que nom sabedormente mas errando muito, disserom tais cousas. Se outros per ventura em esta crónica buscam fremosura e novidade de palavras, e não a certidão das estorias, desprazer-lhe-á de nosso razoado10 , muito ligeiro a eles d'ouvir e não sem gram trabalho a nós de ordenar. Mas nós, não curando de seu juizo, leixados os compostos e afeitados razoamentos, que muito deleitom aqueles que ouvem, ante poemos a simprez verdade que a afremosentada falsidade. Nem entendaes que certificamos cousa, salvo de muitos aprovada e per escrituras vestidas de fé; doutra guisa, ante nos calariamos que escrever cousas falsas. Que lugar nos ficaria para a fremosura e afeitamento das palavras, pois todo nosso cuidado em isto dispenso não abasta para ordenar a nua verdade? Porém, apegando-nos a ela firme, os claros feitos, dignos de grande lembrança, do mui famoso Rei Dom Joan, sendo Mestre, de que guisa matou o conde Joam Fernández, e como o poboo de Lisboa o tomou primeiro por seu regedor e defensor, e depois outros alguüs do reino, e d'i em deante como reinou e em que tempo, breve e sãamente contados, poemos em praça na seguinte ordem. Crónica de D. João I, Primeira Parte, Prólogo 1 – Fernão Lopes teve necessidade de expor no início da primeira parte da Crónica de El-Rei D. João I a sua concepção sobre o papel do historiador. Que erros aponta aos historiadores anteriores? 2 – Tais erros deveram-se, segundo ele, a três factores. Indica-os. 3 – Para que não lhe aconteça o mesmo, que processo se propõe utilizar? 4 – Refere o que diz sobre Pêro Lopes de Ayala, autor da crónica de El-Rei D. João de Castela. 5 – Ao mesmo tempo que nos pretende dar um exemplo de parcialidade, não estará também a ser vítima do seu grande patriotismo? Justifica. 6 – Comenta a frase «antepoemos a simples verdade, que a afrementosada falsidade.» 7 – Fernão Lopes não exclui a possibilidade de se enganar. Apesar disso , exige inteira credibilidade ao que escreve. Como justificas a aparente contradição? 8 – Embora afirmando que não se deverá procurar na sua crónica a «fremosura e novidade da palavra», o facto é que já no prólogo se registam recursos de grande expressividade. Indica três e mostra de que forma contribuem para a intensificação de sentidos. 9 – Conclui sobre a actualidade do conceito de história que esteve na base da elaboração deste prólogo. 10 discurso
  • 3. Agrupamento de Escolas do Cerco 07/082009/10 Grupo II Recorda o seguinte pregão retirado da Crónica de D.João I: Matam o Mestre! Matam o Mestre nos paços da Rainha! Acorrei ao mestre que matam! Acorramos ao Mestre, amigos, acorramos ao mestre, ca filho é de el-Rei D. Pedro. Analisa a sua estrutura e destaca os vários recursos nele investidos e os efeitos que se pretendem obter. Grupo III «Enquanto os outros historiadores da Idade Média se apresentam como testemunhas particulares dos acontecimentos, ou como porta-vozes de testemunhas, Fernão Lopes aparece como um magistrado profissional e legalmente qualificado lavrando o instrumento dos acontecimentos, com a consciência plena da sua competência profissional e o tom dogmático também característico da função. Nesta posição se coloca logo no prefácio da Crónica de D. João l. » António José Saraiva À luz das leituras feitas da obra de Fernão Lopes, comenta o excerto supracitado. (extensão entre cem a cento e cinquenta palavras). GRUPO IV (FACULTATIVO) (este grupo destina-se a todos os alunos que no primeiro teste obtiveram uma classificação inferior a dez) Recorda as cantigas de amor. Num texto de cem a cento e cinquenta palavras mostra que o amor cortês é um jogo, um fingimento e uma inversão das relações normais, na época, homem / mulher. Bom trabalho, A professora, Paula Cruz