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(poesia: 1930 – 1945)
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− fim do radicalismo
da fase heroica
Soneto da perdida esperança
Perdi o bonde e a esperança.
Volto pálido para casa.
A rua é inútil e nenhum auto
passaria sobre meu corpo.
Vou subir a ladeira lenta
em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
princípio do drama e da flora.
Não sei se estou sofrendo
ou se é alguém que se diverte
por que não? na noite escassa
com um insolúvel flautim.
Entretanto há muito tempo
nós gritamos: sim! ao eterno.
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As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
(“Poema das Sete Faces”)
− mantêm-se alguma liberdade de expressão; resgata-
se um pouco da poesia tradicional
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a) eu > mundo
Alguma Poesia (1930); Brejo das
Almas (1934)
− postura de irreverência
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No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
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Dante Alighieri
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No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
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João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
(“Quadrilha”)
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eu > mundo
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b) eu < mundo
Sentimento do Mundo (1940); A Rosa
do Povo (1945)
− tematiza a angústia existencial
Perdi o bonde e a esperança.
Volto pálido para casa.
A rua é inútil e nenhum auto
passaria sobre meu corpo.
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Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
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(“Os Ombros Suportam o Mundo”)
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b) eu < mundo
Sentimento do Mundo (1940); A Rosa
do Povo (1945)
− tematiza a angústia existencial
Não, meu coração não é maior que o mundo.
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(“Mundo Grande”)
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b) eu < mundo
Sentimento do Mundo (1940); A Rosa
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− tematiza a angústia existencial
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Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
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Sentimento do Mundo (1940); A Rosa
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É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
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Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
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Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
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Amor foge a dicionários
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Não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
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Amor é primo da morte,
E da morte vencedor,
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(“As Sem Razões do Amor”)
 O indivíduo “retorcido”
 Terra natal
 Família
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 Choque social
 Amor “amaro”
 Metalinguagem
 Exercícios lúdicos
 Reflexões metafísicas
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E agora, José?
A festa acabou,
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e agora, José?
e agora, você?
Você que é sem nome,
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e agora, José?
(“José”, 1942)
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oi
– reproduz a vida no engenho de AL
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Novos Poemas (1929)
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– poesia de inspiração católica;
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“Negra Fulô”
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Onde nasceu, União dos Palmares-AL
Onde viveu, Maceió-AL
– poesia irônica; paródias
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História do Brasil (1932)
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– poesia com imagens surreais
Gaturamo de Veneza
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por Guignard
O Visionário (1941) e outros
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“A mulher do fim do mundo”
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tom pessimista
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Viagem (1939), Vaga Música (1942),
Mar Absoluto (1945)
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No meio do mundo faz frio,
faz frio no meio do mundo,
muito frio.
Mandei armar o meu navio.
Volveremos ao mar profundo,
meu navio!
No meio das águas faz frio.
Faz frio no meio das águas,
muito frio.
(“Prazo de Vida”)
− poesia que explora o sentido de universalidade
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Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
(“Canção”)
– poesia histórico-lírica: exaltação aos inconfidentes
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Romanceiro da Inconfidência (1953)
− universaliza o tema Liberdade
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Atrás de portas fechadas,
à luz de velas acesas,
entre sigilo e espionagem,
acontece a Inconfidência.
(...)
E os seus tristes inventores
já são réus - pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
(...)
(Liberdade - essa palavra
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda!)
(“Romance XXIV ou da Bandeira da Inconfidência”)
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Por aqui passava um homem
- e como o povo se ria! -
“Liberdade ainda que tarde”
nos prometia.
(“Romance XXXI ou de Mais Tropeiros”)
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Melhor negócio que Judas
fazes tu, Joaquim Silvério:
que ele traiu Jesus Cristo,
tu trais um simples Alferes.
Recebeu trinta dinheiros...
- e tu muitas coisas pedes:
pensão para toda a vida,
perdão para quanto deves,
comenda para o pescoço,
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E andas tão bem na cobrança
que quase tudo recebes!
(“Romance XXXIV ou de Joaquim Silvério”)
Joaquim Silvério dos Reis
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(“Romance XXXIV ou de Joaquim Silvério”)
Joaquim Silvério dos Reis
Melhor negócio que Judas
fazes tu, Joaquim Silvério!
Pois ele encontra remorso,
coisa que não te acomete.
Ele topa uma figueira,
tu calmamente envelheces,
orgulhoso e impenitente
com teus sombrios mistérios.
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2.º tempo modernista no brasil (poesia)

  • 2. (poesia: 1930 – 1945) rafabebum.blogspot.com
  • 3. rafabebum.blogspot.com − fim do radicalismo da fase heroica Soneto da perdida esperança Perdi o bonde e a esperança. Volto pálido para casa. A rua é inútil e nenhum auto passaria sobre meu corpo. Vou subir a ladeira lenta em que os caminhos se fundem. Todos eles conduzem ao princípio do drama e da flora. Não sei se estou sofrendo ou se é alguém que se diverte por que não? na noite escassa com um insolúvel flautim. Entretanto há muito tempo nós gritamos: sim! ao eterno.
  • 4. rafabebum.blogspot.com As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos. O bonde passa cheio de pernas: pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada. (“Poema das Sete Faces”) − mantêm-se alguma liberdade de expressão; resgata- se um pouco da poesia tradicional
  • 5. rafabebum.blogspot.com a) eu > mundo Alguma Poesia (1930); Brejo das Almas (1934) − postura de irreverência
  • 6. rafabebum.blogspot.com No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra.
  • 8. rafabebum.blogspot.com No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra.
  • 10. rafabebum.blogspot.com João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. (“Quadrilha”)
  • 12. rafabebum.blogspot.com b) eu < mundo Sentimento do Mundo (1940); A Rosa do Povo (1945) − tematiza a angústia existencial Perdi o bonde e a esperança. Volto pálido para casa. A rua é inútil e nenhum auto passaria sobre meu corpo.
  • 13. rafabebum.blogspot.com Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco. (“Os Ombros Suportam o Mundo”)
  • 14. rafabebum.blogspot.com b) eu < mundo Sentimento do Mundo (1940); A Rosa do Povo (1945) − tematiza a angústia existencial Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem sequer as minhas dores. (“Mundo Grande”)
  • 15. rafabebum.blogspot.com b) eu < mundo Sentimento do Mundo (1940); A Rosa do Povo (1945) − tematiza a angústia existencial − solução: Fraternidade Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. (“Mãos Dadas”)
  • 16. rafabebum.blogspot.com b) eu < mundo Sentimento do Mundo (1940); A Rosa do Povo (1945) − solução: Fraternidade rosa = esperança Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. (“A Flor e a Náusea”)
  • 17. rafabebum.blogspot.com c) eu = mundo O mundo é grande e pequeno. (“O Caso do Vestido”) − postura de equilíbrio emocional Claro Enigma (1951); Lição de Coisas (1962)
  • 18. rafabebum.blogspot.com Eu te amo porque te amo. Não precisas ser amante, E nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça E com amor não se paga. Amor é dado de graça, É semeado no vento, Na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários E a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo Bastante ou demais a mim. Porque amor não se troca, Não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, Feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, E da morte vencedor, Por mais que o matem (e matam) A cada instante de amor. (“As Sem Razões do Amor”)
  • 19.  O indivíduo “retorcido”  Terra natal  Família  “Amigos”  Choque social  Amor “amaro”  Metalinguagem  Exercícios lúdicos  Reflexões metafísicas rafabebum.blogspot.com
  • 20. rafabebum.blogspot.com E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, Você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José? (“José”, 1942)
  • 22. – reproduz a vida no engenho de AL rafabebum.blogspot.com Novos Poemas (1929)
  • 23. rafabebum.blogspot.com – poesia de inspiração católica; imagens surreais “Negra Fulô” A Túnica Inconsútil (1938)
  • 24. rafabebum.blogspot.com Onde nasceu, União dos Palmares-AL Onde viveu, Maceió-AL
  • 25. – poesia irônica; paródias rafabebum.blogspot.com História do Brasil (1932)
  • 26. rafabebum.blogspot.com – poesia com imagens surreais Gaturamo de Veneza Mendes, retratado por Guignard O Visionário (1941) e outros
  • 28. – poesia simbolista: imagens vagas; musicalidade; tom pessimista rafabebum.blogspot.com Viagem (1939), Vaga Música (1942), Mar Absoluto (1945)
  • 29. rafabebum.blogspot.com No meio do mundo faz frio, faz frio no meio do mundo, muito frio. Mandei armar o meu navio. Volveremos ao mar profundo, meu navio! No meio das águas faz frio. Faz frio no meio das águas, muito frio. (“Prazo de Vida”) − poesia que explora o sentido de universalidade
  • 30. rafabebum.blogspot.com Pus o meu sonho num navio e o navio em cima do mar; depois abri o mar com as mãos, para o meu sonho naufragar. Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas, e a cor que escorre dos meus dedos colore as areias desertas. O vento vem vindo de longe, a noite se curva de frio; debaixo da água vai morrendo meu sonho dentro de um navio... Chorarei quanto for preciso, para fazer com que o mar cresça, e o meu navio chegue ao fundo e o meu sonho desapareça. Depois, tudo estará perfeito: praia lisa, águas ordenadas, meus olhos secos como pedras e as minhas duas mãos quebradas. (“Canção”)
  • 31. – poesia histórico-lírica: exaltação aos inconfidentes rafabebum.blogspot.com Romanceiro da Inconfidência (1953) − universaliza o tema Liberdade
  • 32. rafabebum.blogspot.com Atrás de portas fechadas, à luz de velas acesas, entre sigilo e espionagem, acontece a Inconfidência. (...) E os seus tristes inventores já são réus - pois se atreveram a falar em Liberdade (que ninguém sabe o que seja). (...) (Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!) (“Romance XXIV ou da Bandeira da Inconfidência”)
  • 33. rafabebum.blogspot.com Por aqui passava um homem - e como o povo se ria! - “Liberdade ainda que tarde” nos prometia. (“Romance XXXI ou de Mais Tropeiros”)
  • 34. rafabebum.blogspot.com Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério: que ele traiu Jesus Cristo, tu trais um simples Alferes. Recebeu trinta dinheiros... - e tu muitas coisas pedes: pensão para toda a vida, perdão para quanto deves, comenda para o pescoço, honras, glórias, privilégios. E andas tão bem na cobrança que quase tudo recebes! (“Romance XXXIV ou de Joaquim Silvério”) Joaquim Silvério dos Reis
  • 35. rafabebum.blogspot.com (“Romance XXXIV ou de Joaquim Silvério”) Joaquim Silvério dos Reis Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério! Pois ele encontra remorso, coisa que não te acomete. Ele topa uma figueira, tu calmamente envelheces, orgulhoso e impenitente com teus sombrios mistérios. (Pelos caminhos do mundo, nenhum destino se perde: há os grandes sonhos dos homens, e a surda força dos vermes.)