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O RENASCIMENTO EM PORTUGAL
Na impossibilidade de fixar datas mais ou menos precisas, entende-se aqui por
Renascimento em Portugal o período que se prolonga aproximadamente de meados do século
XV até fins do século XVI.
Abrem-se então novos e vastos campos de atividade. A agricultura, a salicultura, a
indústria da pesca e a exportação de vinho, azeite, fruta, cortiça, mel, cera, madeira, sal e
peixe continuam na base da economia nacional, mas vem juntar-se-lhes agora o comércio
intenso de novos produtos: primeiro, o açúcar, o ouro, a malagueta, o marfim; depois, as
especiarias, pérolas, sedas, etc. Surge uma burguesia comercial, que desempenhará papel
importante tanto na Europa como no Ultramar. Ao lado dos estrangeiros, aparecem
mercadores portugueses, que se impõem pelo volume dos seus capitais. Fazem-se fortunas
com certa rapidez. Durante largo tempo, o país tornar-se-á a plataforma entre a Europa e a
África, o Oriente e o Brasil. Adquirem-se novos hábitos de vida, o luxo campeia.
(...)
Pode afirmar-se que o Renascimento português é dominado, em larga medida, pela
expansão ultramarina. A sua marca está bem patente em mais de um domínio. Fernando
Oliveira e João de Barros, nas suas gramáticas, e Gaspar Nicolas, Rui Mendes, e Bento
Fernandes, nos seus tratados de aritmética, vão buscar uma parte dos seus exemplos às
atividades ultramarinas. A Língua é particularmente permeável à sua influência. Enriquece-se
com a introdução de avultado número de termos africanos, brasileiros e sobretudo orientais,
que passarão a ser de uso corrente durante mais ou menos tempo, persistindo alguns até
hoje. A pintura, a arquitetura, a iluminura, a ourivesaria, a porcelana, o mobiliário, a
tapeçaria refletem a sua presença através do mar, da arte náutica, dos povos, fauna e flora
exóticas, de acontecimentos históricos de relevo, do mesmo modo que não está ausente do
Cancioneiro Geral ou da obra de Gil Vicente, Sá de Miranda, Jorge Ferreira de Vasconcelos,
Camões, Frei Heitor Pinto.
(…)
A Europa procura e lê avidamente tudo quanto se publica sobre os novos mundos, da
mesma maneira que se deixa influenciar pela arte náutica ou solicita com frequência os seus
pilotos, cartógrafos e cosmógrafos, pondo-os ao seu serviço. Cria-se uma atitude crítica, com
base na experiência, na observação direta. Desfazem-se lendas persistentes, como a
inexistência de antípodas e de terras inabitadas. Alarga-se o horizonte geográfico.
Continentes e povos são postos em contacto. Dá-se o cruzamento de raças e surge um novo
elemento — o mestiço. Portugal é então um país aberto e procurado. Fidalgos, eruditos,
religiosos, mercadores e soldados são atraídos pela fama da expansão e alistam-se por vezes
nas empresas ultramarinas. Fixam-se na capital e na província tipógrafos, pintores,
arquitetos, escultores de várias nacionalidades e, sobretudo, universitários — espanhóis,
franceses, belgas, ingleses, alemães, italianos —, indicados nalguns casos por antigos
estudantes portugueses. Entrecruzam-se correntes religiosas, importam-se livros e objetos de
arte. Não há exagero em dizer que nasceu uma nova mentalidade.
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1. renascimento em portugal

  • 1. O RENASCIMENTO EM PORTUGAL Na impossibilidade de fixar datas mais ou menos precisas, entende-se aqui por Renascimento em Portugal o período que se prolonga aproximadamente de meados do século XV até fins do século XVI. Abrem-se então novos e vastos campos de atividade. A agricultura, a salicultura, a indústria da pesca e a exportação de vinho, azeite, fruta, cortiça, mel, cera, madeira, sal e peixe continuam na base da economia nacional, mas vem juntar-se-lhes agora o comércio intenso de novos produtos: primeiro, o açúcar, o ouro, a malagueta, o marfim; depois, as especiarias, pérolas, sedas, etc. Surge uma burguesia comercial, que desempenhará papel importante tanto na Europa como no Ultramar. Ao lado dos estrangeiros, aparecem mercadores portugueses, que se impõem pelo volume dos seus capitais. Fazem-se fortunas com certa rapidez. Durante largo tempo, o país tornar-se-á a plataforma entre a Europa e a África, o Oriente e o Brasil. Adquirem-se novos hábitos de vida, o luxo campeia. (...) Pode afirmar-se que o Renascimento português é dominado, em larga medida, pela expansão ultramarina. A sua marca está bem patente em mais de um domínio. Fernando Oliveira e João de Barros, nas suas gramáticas, e Gaspar Nicolas, Rui Mendes, e Bento Fernandes, nos seus tratados de aritmética, vão buscar uma parte dos seus exemplos às atividades ultramarinas. A Língua é particularmente permeável à sua influência. Enriquece-se com a introdução de avultado número de termos africanos, brasileiros e sobretudo orientais, que passarão a ser de uso corrente durante mais ou menos tempo, persistindo alguns até hoje. A pintura, a arquitetura, a iluminura, a ourivesaria, a porcelana, o mobiliário, a tapeçaria refletem a sua presença através do mar, da arte náutica, dos povos, fauna e flora exóticas, de acontecimentos históricos de relevo, do mesmo modo que não está ausente do Cancioneiro Geral ou da obra de Gil Vicente, Sá de Miranda, Jorge Ferreira de Vasconcelos, Camões, Frei Heitor Pinto. (…) A Europa procura e lê avidamente tudo quanto se publica sobre os novos mundos, da mesma maneira que se deixa influenciar pela arte náutica ou solicita com frequência os seus pilotos, cartógrafos e cosmógrafos, pondo-os ao seu serviço. Cria-se uma atitude crítica, com base na experiência, na observação direta. Desfazem-se lendas persistentes, como a inexistência de antípodas e de terras inabitadas. Alarga-se o horizonte geográfico. Continentes e povos são postos em contacto. Dá-se o cruzamento de raças e surge um novo elemento — o mestiço. Portugal é então um país aberto e procurado. Fidalgos, eruditos, religiosos, mercadores e soldados são atraídos pela fama da expansão e alistam-se por vezes nas empresas ultramarinas. Fixam-se na capital e na província tipógrafos, pintores, arquitetos, escultores de várias nacionalidades e, sobretudo, universitários — espanhóis, franceses, belgas, ingleses, alemães, italianos —, indicados nalguns casos por antigos estudantes portugueses. Entrecruzam-se correntes religiosas, importam-se livros e objetos de arte. Não há exagero em dizer que nasceu uma nova mentalidade. Luís de Matos, Dicionário da História de Portugal