SlideShare uma empresa Scribd logo
EMEIEF NORBERTO ALVES BATALHA
DISCIPLINA:HISTÓRIA PROF° NIVIA MAGALHÃES SERIE: 8 ANO DATA:07/07/2020
CONTEÚDO: REVOLTAS BRASIL COLONIAL (GUERRA DOS MASCATES E REVOLTA DE
VILA RICA)
A GUERRA DOS MASCATES (1710-1711)
Na segunda metade do século XVII, o açúcar brasileiro vinha
perdendo preço na Europa. E, com isso, os senhores de engenho de Olinda
contraíram dívidas com os comerciantes de Recife. Assim, esses
comerciantes, chamados na época de “mascates”, foram enriquecendo,
enquanto os senhores de engenho de Olinda se endividavam; daí nasceu
uma forte rivalidade entre os dois grupos.
Embora fossem ricos, esses comerciantes não tinham poder político,
pois Recife era controlada pela Câmara Municipal de Olinda, liderada
pelos senhores de engenho locais.
Conscientes de sua força, os comerciantes de Recife pediram ao rei
de Portugal que elevasse seu povoado a vila, pois, assim, teriam a sua
própria Câmara Municipal. Em 1710, o rei atendeu ao pedido dos
comerciantes, muitos deles portugueses, que se apressaram em erguer um
pelourinho no centro de Recife.
Inconformados, os proprietários olindenses se armaram, invadiram
Recife e destruíram o pelourinho, dando início, assim, à Guerra dos
Mascates. O governo português interveio em favor dos comerciantes;
mandou soldados reprimirem os olindenses e enviou um novo
governador. Recife foi confirmada como vila independente e tornou-se
capital de Pernambuco.
A REVOLTA DE VILA RICA (1720)
Para controlar a exploração do ouro, cobrar impostos e julgar os
crimes praticados na região, o rei de Portugal criou, em 1702, a
Intendência das Minas. Na fase inicial da exploração do ouro,
utilizavamse a bateia e o almocafre. Depois, passou-se a investir em novas
técnicas de extração. Uma delas foi a roda do rosário, mostrada na
imagem a seguir.
IMPOSTOS E MAIS IMPOSTOS
Ao mesmo tempo em que incentivavam a extração do ouro, as autoridades
portuguesas criavam e cobravam impostos sobre homens livres e
escravizados, tecidos, ferramentas, gêneros agrícolas e ouro. O mais
importante desses impostos era o quinto (20% de todo o ouro extraído).
COBRANÇA E DESVIOS
A cobrança dos impostos era feita, sobretudo, nas estradas que ligavam
as minas ao Rio de Janeiro, a São Paulo e à Bahia, sempre policiadas por
soldados (dragões do Regimento das Minas). Quanto maior a opressão
fiscal, mais a população reagia, praticando o contrabando. Escondia ouro
entre os dedos dos pés, nos saltos e solas das botas, entre doces e salgados
que as quitandeiras carregavam em seus tabuleiros, dentro das estátuas
de santos.
O contrabando de ouro aumentava, e o governo português apertava o
cerco. Para dificultar o desvio, em 1719 criou as Casas de Fundição, locais
onde o ouro era transformado em barras, selado e quintado – ou seja,
teria extraída a sua quinta parte, como imposto. Das casas de fundição, o
ouro seguia para a Provedoria da Fazenda Real, de onde era levado para
o Rio, sob forte escolta dos Dragões da capitania de Minas Gerais.
A criação das casas de fundição aumentou a insatisfação das pessoas, que
já reclamavam do alto preço dos alimentos, e acabou ocasionando uma
revolta em Vila Rica, em 1720. As principais exigências dos rebeldes
eram:
• a redução do preço dos alimentos;
• anulação do decreto que criava as Casas de Fundição.
A revolta foi duramente reprimida. Seus principais líderes, o tropeiro
Felipe dos Santos e o minerador e comerciante Pascoal da Silva
Guimarães, foram presos. Felipe dos Santos foi morto e teve seu corpo
feito em pedaços e exposto nas margens das estradas. Para aumentar seu
controle sobre a Colônia, o rei separou Minas Gerais de São Paulo,
criando, em 1720, a capitania de Minas Gerais.
O ouro e os diamantes passavam pelas
autoridades no interior de estátuas ocas
de santos feitas de madeira. Daí a
expressão “santinho de pau oco”: pessoa
que tem aparência de santo, mas que na
realidade não é confiável. A imagem ao
lado é de Nossa Senhora do Rosário e foi
feita em madeira talhada no século
XVIII. Encontra-se no Museu da
Inconfidência, em Minas Gerais.
MINERAÇÃO E MERCADO INTERNO
A mineração de ouro e de diamantes contribuiu para uma série de
mudanças ocorridas no Brasil. Dentre elas cabe destacar:
a) a ocupação e o povoamento de vastas áreas do interior brasileiro;
b) o florescimento da vida urbana, contribuindo para o nascimento de
várias vilas e cidades;
c) mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1763), único
porto por onde o governo português permitia que se embarcasse o
ouro; d) crescimento do mercado interno, já que a população da
Capitania de Minas Gerais e das áreas onde são hoje Mato Grosso e
Goiás comprava com ouro em pó de várias partes do Brasil aquilo de
que necessitava. Do Nordeste vinham o gado, o couro e a farinha de
mandioca; do Rio de Janeiro, africanos escravizados e artigos
europeus (vidros, louças, tecidos, ferramentas); de São Paulo, milho,
trigo e marmelada; do Sul, cavalos, bois, mulas e charque.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A mineração no brasil colonial
A mineração no brasil colonialA mineração no brasil colonial
A mineração no brasil colonial
Marilia Pimentel
 
A história da mineração de ouro no Brasil
A história da mineração de ouro no BrasilA história da mineração de ouro no Brasil
A história da mineração de ouro no Brasil
MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
 
Trabalho elaborado por Nubia
Trabalho elaborado por NubiaTrabalho elaborado por Nubia
Trabalho elaborado por Nubia
guest68d0cc
 
Brasil Colônia - Séc. XVIII (Ciclo do Ouro)
Brasil Colônia - Séc. XVIII (Ciclo do Ouro)Brasil Colônia - Séc. XVIII (Ciclo do Ouro)
Brasil Colônia - Séc. XVIII (Ciclo do Ouro)
isameucci
 
A corrida do ouro aula oficial (sistema colonial portugues 2)
A corrida do ouro aula oficial  (sistema  colonial portugues 2)A corrida do ouro aula oficial  (sistema  colonial portugues 2)
A corrida do ouro aula oficial (sistema colonial portugues 2)
Marcelo Ferreira Boia
 
G2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouroG2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouro
Rafael Vasco
 
A descoberta de ouro e a ocupação das
A descoberta de ouro e a ocupação dasA descoberta de ouro e a ocupação das
A descoberta de ouro e a ocupação das
Edenilson Morais
 
Economia mineradora século XVIII
Economia mineradora século XVIIIEconomia mineradora século XVIII
Economia mineradora século XVIII
Lú Carvalho
 
Revolta de Felipe dos Santos
Revolta de Felipe dos SantosRevolta de Felipe dos Santos
Revolta de Felipe dos Santos
poxalivs
 
Sociedade mineradora
Sociedade mineradoraSociedade mineradora
Sociedade mineradora
Carlos Zaranza
 
Sociedade Mineradora
Sociedade MineradoraSociedade Mineradora
Sociedade Mineradora
jessycalafaiete
 
Economia mineradora século XVIII
Economia mineradora século XVIIIEconomia mineradora século XVIII
Economia mineradora século XVIII
Lú Carvalho
 
Inconfidëncia mineira
Inconfidëncia mineiraInconfidëncia mineira
Inconfidëncia mineira
kettyjesus
 
A descoberta e a exploração do ouro
A descoberta e a exploração do ouroA descoberta e a exploração do ouro
A descoberta e a exploração do ouro
Lucas Degiovani
 
Brasil ciclo do ouro.filé
Brasil ciclo do ouro.filéBrasil ciclo do ouro.filé
Brasil ciclo do ouro.filé
mundica broda
 
5.ciclo do ouro no brasil
5.ciclo do ouro no brasil5.ciclo do ouro no brasil
5.ciclo do ouro no brasil
valdeck1
 
Mineração no brasil
Mineração no brasilMineração no brasil
Mineração no brasil
Lúcia Santana
 
A história urbana da cidade do rio de janeiro
A história urbana da cidade do rio de janeiroA história urbana da cidade do rio de janeiro
A história urbana da cidade do rio de janeiro
Salageo Cristina
 
História - Da crise à descoberta do ouro no Brasil. Conde da Ericeira
História -  Da crise à descoberta do ouro no Brasil. Conde da EriceiraHistória -  Da crise à descoberta do ouro no Brasil. Conde da Ericeira
História - Da crise à descoberta do ouro no Brasil. Conde da Ericeira
Sara Silva
 
G2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouroG2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouro
Rafael Vasco
 

Mais procurados (20)

A mineração no brasil colonial
A mineração no brasil colonialA mineração no brasil colonial
A mineração no brasil colonial
 
A história da mineração de ouro no Brasil
A história da mineração de ouro no BrasilA história da mineração de ouro no Brasil
A história da mineração de ouro no Brasil
 
Trabalho elaborado por Nubia
Trabalho elaborado por NubiaTrabalho elaborado por Nubia
Trabalho elaborado por Nubia
 
Brasil Colônia - Séc. XVIII (Ciclo do Ouro)
Brasil Colônia - Séc. XVIII (Ciclo do Ouro)Brasil Colônia - Séc. XVIII (Ciclo do Ouro)
Brasil Colônia - Séc. XVIII (Ciclo do Ouro)
 
A corrida do ouro aula oficial (sistema colonial portugues 2)
A corrida do ouro aula oficial  (sistema  colonial portugues 2)A corrida do ouro aula oficial  (sistema  colonial portugues 2)
A corrida do ouro aula oficial (sistema colonial portugues 2)
 
G2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouroG2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouro
 
A descoberta de ouro e a ocupação das
A descoberta de ouro e a ocupação dasA descoberta de ouro e a ocupação das
A descoberta de ouro e a ocupação das
 
Economia mineradora século XVIII
Economia mineradora século XVIIIEconomia mineradora século XVIII
Economia mineradora século XVIII
 
Revolta de Felipe dos Santos
Revolta de Felipe dos SantosRevolta de Felipe dos Santos
Revolta de Felipe dos Santos
 
Sociedade mineradora
Sociedade mineradoraSociedade mineradora
Sociedade mineradora
 
Sociedade Mineradora
Sociedade MineradoraSociedade Mineradora
Sociedade Mineradora
 
Economia mineradora século XVIII
Economia mineradora século XVIIIEconomia mineradora século XVIII
Economia mineradora século XVIII
 
Inconfidëncia mineira
Inconfidëncia mineiraInconfidëncia mineira
Inconfidëncia mineira
 
A descoberta e a exploração do ouro
A descoberta e a exploração do ouroA descoberta e a exploração do ouro
A descoberta e a exploração do ouro
 
Brasil ciclo do ouro.filé
Brasil ciclo do ouro.filéBrasil ciclo do ouro.filé
Brasil ciclo do ouro.filé
 
5.ciclo do ouro no brasil
5.ciclo do ouro no brasil5.ciclo do ouro no brasil
5.ciclo do ouro no brasil
 
Mineração no brasil
Mineração no brasilMineração no brasil
Mineração no brasil
 
A história urbana da cidade do rio de janeiro
A história urbana da cidade do rio de janeiroA história urbana da cidade do rio de janeiro
A história urbana da cidade do rio de janeiro
 
História - Da crise à descoberta do ouro no Brasil. Conde da Ericeira
História -  Da crise à descoberta do ouro no Brasil. Conde da EriceiraHistória -  Da crise à descoberta do ouro no Brasil. Conde da Ericeira
História - Da crise à descoberta do ouro no Brasil. Conde da Ericeira
 
G2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouroG2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouro
 

Semelhante a 7.7 historia 8 ano

Mineração no Brasil Colonial.pptx
Mineração no Brasil Colonial.pptxMineração no Brasil Colonial.pptx
Mineração no Brasil Colonial.pptx
GabrielDominguesRoch
 
REVOLTA DE VILA RICA
REVOLTA DE VILA RICAREVOLTA DE VILA RICA
REVOLTA DE VILA RICA
IracemaAparecidaMend
 
Apogeu de desagregação do sistema colonial (Mineração)
Apogeu de desagregação do sistema colonial (Mineração)Apogeu de desagregação do sistema colonial (Mineração)
Apogeu de desagregação do sistema colonial (Mineração)
isameucci
 
ciculo do ouro.pdf
ciculo do ouro.pdfciculo do ouro.pdf
ciculo do ouro.pdf
DenisBrito16
 
A economia do brasil colonial
A economia do brasil colonialA economia do brasil colonial
A economia do brasil colonial
historiando
 
História do brasil, invasões holandesas e francesa
História do brasil, invasões holandesas e francesaHistória do brasil, invasões holandesas e francesa
História do brasil, invasões holandesas e francesa
Ócio do Ofício
 
História de goiás completo
História de goiás completoHistória de goiás completo
História de goiás completo
Leila Maria Martins
 
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
Franciele Marques
 
Sociedades mineiras
Sociedades mineirasSociedades mineiras
Sociedades mineiras
tyromello
 
Mineração e Crise do Sistema Colonial
Mineração e Crise do Sistema ColonialMineração e Crise do Sistema Colonial
Mineração e Crise do Sistema Colonial
João Medeiros
 
A economia do brasil colonial
A economia do brasil colonialA economia do brasil colonial
A economia do brasil colonial
Nelia Salles Nantes
 
Império e monarquia absoluta no século xviii
Império e monarquia absoluta no século xviiiImpério e monarquia absoluta no século xviii
Império e monarquia absoluta no século xviii
Carlos Vaz
 
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIALA SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
Isabel Aguiar
 
8° ANO - REBELIÕES NA AMÉRICA PORTUGUESA.pptx
8° ANO - REBELIÕES NA AMÉRICA PORTUGUESA.pptx8° ANO - REBELIÕES NA AMÉRICA PORTUGUESA.pptx
8° ANO - REBELIÕES NA AMÉRICA PORTUGUESA.pptx
Professor de História
 
História de Goiás
História de GoiásHistória de Goiás
História de Goiás
profrogerio1
 
Book oficial carnaval 2011 coloninha
Book oficial carnaval 2011  coloninhaBook oficial carnaval 2011  coloninha
Book oficial carnaval 2011 coloninha
Mari Barboza
 
Ciclo do ouro
Ciclo do ouroCiclo do ouro
Ciclo do ouro
Deusirene Aparecida
 
Trilha 07_ Interiorização do Brasil e a crise do sistema colonial.pptx
Trilha 07_ Interiorização do Brasil e a crise do sistema colonial.pptxTrilha 07_ Interiorização do Brasil e a crise do sistema colonial.pptx
Trilha 07_ Interiorização do Brasil e a crise do sistema colonial.pptx
FabioGuimaraes10
 
G2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouroG2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouro
Tonya H Buckholz
 
G2 – o ciclo do ouro final
G2 – o ciclo do ouro finalG2 – o ciclo do ouro final
G2 – o ciclo do ouro final
Rafael Vasco
 

Semelhante a 7.7 historia 8 ano (20)

Mineração no Brasil Colonial.pptx
Mineração no Brasil Colonial.pptxMineração no Brasil Colonial.pptx
Mineração no Brasil Colonial.pptx
 
REVOLTA DE VILA RICA
REVOLTA DE VILA RICAREVOLTA DE VILA RICA
REVOLTA DE VILA RICA
 
Apogeu de desagregação do sistema colonial (Mineração)
Apogeu de desagregação do sistema colonial (Mineração)Apogeu de desagregação do sistema colonial (Mineração)
Apogeu de desagregação do sistema colonial (Mineração)
 
ciculo do ouro.pdf
ciculo do ouro.pdfciculo do ouro.pdf
ciculo do ouro.pdf
 
A economia do brasil colonial
A economia do brasil colonialA economia do brasil colonial
A economia do brasil colonial
 
História do brasil, invasões holandesas e francesa
História do brasil, invasões holandesas e francesaHistória do brasil, invasões holandesas e francesa
História do brasil, invasões holandesas e francesa
 
História de goiás completo
História de goiás completoHistória de goiás completo
História de goiás completo
 
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
22024408 historia-brasil-colonia-mineracao-resumo-questoes-gabarito-prof-marc...
 
Sociedades mineiras
Sociedades mineirasSociedades mineiras
Sociedades mineiras
 
Mineração e Crise do Sistema Colonial
Mineração e Crise do Sistema ColonialMineração e Crise do Sistema Colonial
Mineração e Crise do Sistema Colonial
 
A economia do brasil colonial
A economia do brasil colonialA economia do brasil colonial
A economia do brasil colonial
 
Império e monarquia absoluta no século xviii
Império e monarquia absoluta no século xviiiImpério e monarquia absoluta no século xviii
Império e monarquia absoluta no século xviii
 
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIALA SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
A SOCIEDADE MINERADORA NO BRASIL COLONIAL
 
8° ANO - REBELIÕES NA AMÉRICA PORTUGUESA.pptx
8° ANO - REBELIÕES NA AMÉRICA PORTUGUESA.pptx8° ANO - REBELIÕES NA AMÉRICA PORTUGUESA.pptx
8° ANO - REBELIÕES NA AMÉRICA PORTUGUESA.pptx
 
História de Goiás
História de GoiásHistória de Goiás
História de Goiás
 
Book oficial carnaval 2011 coloninha
Book oficial carnaval 2011  coloninhaBook oficial carnaval 2011  coloninha
Book oficial carnaval 2011 coloninha
 
Ciclo do ouro
Ciclo do ouroCiclo do ouro
Ciclo do ouro
 
Trilha 07_ Interiorização do Brasil e a crise do sistema colonial.pptx
Trilha 07_ Interiorização do Brasil e a crise do sistema colonial.pptxTrilha 07_ Interiorização do Brasil e a crise do sistema colonial.pptx
Trilha 07_ Interiorização do Brasil e a crise do sistema colonial.pptx
 
G2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouroG2 – o ciclo do ouro
G2 – o ciclo do ouro
 
G2 – o ciclo do ouro final
G2 – o ciclo do ouro finalG2 – o ciclo do ouro final
G2 – o ciclo do ouro final
 

Mais de Nivia Magalhães

Historia 21 7
Historia 21 7Historia 21 7
Historia 21 7
Nivia Magalhães
 
14. 7 HISTÓRIA - 8 ano
14. 7 HISTÓRIA - 8 ano14. 7 HISTÓRIA - 8 ano
14. 7 HISTÓRIA - 8 ano
Nivia Magalhães
 
28.7 geografia 8 ano
28.7   geografia 8 ano28.7   geografia 8 ano
28.7 geografia 8 ano
Nivia Magalhães
 
14.7 geografia 8 ano
14.7   geografia 8 ano14.7   geografia 8 ano
14.7 geografia 8 ano
Nivia Magalhães
 
21.7 geografia 8 ano
21.7   geografia 8 ano21.7   geografia 8 ano
21.7 geografia 8 ano
Nivia Magalhães
 
7.7 geografia 8 ano
7.7   geografia 8 ano7.7   geografia 8 ano
7.7 geografia 8 ano
Nivia Magalhães
 

Mais de Nivia Magalhães (6)

Historia 21 7
Historia 21 7Historia 21 7
Historia 21 7
 
14. 7 HISTÓRIA - 8 ano
14. 7 HISTÓRIA - 8 ano14. 7 HISTÓRIA - 8 ano
14. 7 HISTÓRIA - 8 ano
 
28.7 geografia 8 ano
28.7   geografia 8 ano28.7   geografia 8 ano
28.7 geografia 8 ano
 
14.7 geografia 8 ano
14.7   geografia 8 ano14.7   geografia 8 ano
14.7 geografia 8 ano
 
21.7 geografia 8 ano
21.7   geografia 8 ano21.7   geografia 8 ano
21.7 geografia 8 ano
 
7.7 geografia 8 ano
7.7   geografia 8 ano7.7   geografia 8 ano
7.7 geografia 8 ano
 

7.7 historia 8 ano

  • 1. EMEIEF NORBERTO ALVES BATALHA DISCIPLINA:HISTÓRIA PROF° NIVIA MAGALHÃES SERIE: 8 ANO DATA:07/07/2020 CONTEÚDO: REVOLTAS BRASIL COLONIAL (GUERRA DOS MASCATES E REVOLTA DE VILA RICA) A GUERRA DOS MASCATES (1710-1711) Na segunda metade do século XVII, o açúcar brasileiro vinha perdendo preço na Europa. E, com isso, os senhores de engenho de Olinda contraíram dívidas com os comerciantes de Recife. Assim, esses comerciantes, chamados na época de “mascates”, foram enriquecendo, enquanto os senhores de engenho de Olinda se endividavam; daí nasceu uma forte rivalidade entre os dois grupos. Embora fossem ricos, esses comerciantes não tinham poder político, pois Recife era controlada pela Câmara Municipal de Olinda, liderada pelos senhores de engenho locais. Conscientes de sua força, os comerciantes de Recife pediram ao rei de Portugal que elevasse seu povoado a vila, pois, assim, teriam a sua própria Câmara Municipal. Em 1710, o rei atendeu ao pedido dos comerciantes, muitos deles portugueses, que se apressaram em erguer um pelourinho no centro de Recife. Inconformados, os proprietários olindenses se armaram, invadiram Recife e destruíram o pelourinho, dando início, assim, à Guerra dos Mascates. O governo português interveio em favor dos comerciantes; mandou soldados reprimirem os olindenses e enviou um novo governador. Recife foi confirmada como vila independente e tornou-se capital de Pernambuco. A REVOLTA DE VILA RICA (1720) Para controlar a exploração do ouro, cobrar impostos e julgar os crimes praticados na região, o rei de Portugal criou, em 1702, a Intendência das Minas. Na fase inicial da exploração do ouro,
  • 2. utilizavamse a bateia e o almocafre. Depois, passou-se a investir em novas técnicas de extração. Uma delas foi a roda do rosário, mostrada na imagem a seguir. IMPOSTOS E MAIS IMPOSTOS Ao mesmo tempo em que incentivavam a extração do ouro, as autoridades portuguesas criavam e cobravam impostos sobre homens livres e escravizados, tecidos, ferramentas, gêneros agrícolas e ouro. O mais importante desses impostos era o quinto (20% de todo o ouro extraído). COBRANÇA E DESVIOS A cobrança dos impostos era feita, sobretudo, nas estradas que ligavam as minas ao Rio de Janeiro, a São Paulo e à Bahia, sempre policiadas por soldados (dragões do Regimento das Minas). Quanto maior a opressão fiscal, mais a população reagia, praticando o contrabando. Escondia ouro entre os dedos dos pés, nos saltos e solas das botas, entre doces e salgados que as quitandeiras carregavam em seus tabuleiros, dentro das estátuas de santos.
  • 3. O contrabando de ouro aumentava, e o governo português apertava o cerco. Para dificultar o desvio, em 1719 criou as Casas de Fundição, locais onde o ouro era transformado em barras, selado e quintado – ou seja, teria extraída a sua quinta parte, como imposto. Das casas de fundição, o ouro seguia para a Provedoria da Fazenda Real, de onde era levado para o Rio, sob forte escolta dos Dragões da capitania de Minas Gerais. A criação das casas de fundição aumentou a insatisfação das pessoas, que já reclamavam do alto preço dos alimentos, e acabou ocasionando uma revolta em Vila Rica, em 1720. As principais exigências dos rebeldes eram: • a redução do preço dos alimentos; • anulação do decreto que criava as Casas de Fundição. A revolta foi duramente reprimida. Seus principais líderes, o tropeiro Felipe dos Santos e o minerador e comerciante Pascoal da Silva Guimarães, foram presos. Felipe dos Santos foi morto e teve seu corpo feito em pedaços e exposto nas margens das estradas. Para aumentar seu controle sobre a Colônia, o rei separou Minas Gerais de São Paulo, criando, em 1720, a capitania de Minas Gerais. O ouro e os diamantes passavam pelas autoridades no interior de estátuas ocas de santos feitas de madeira. Daí a expressão “santinho de pau oco”: pessoa que tem aparência de santo, mas que na realidade não é confiável. A imagem ao lado é de Nossa Senhora do Rosário e foi feita em madeira talhada no século XVIII. Encontra-se no Museu da Inconfidência, em Minas Gerais.
  • 4. MINERAÇÃO E MERCADO INTERNO A mineração de ouro e de diamantes contribuiu para uma série de mudanças ocorridas no Brasil. Dentre elas cabe destacar: a) a ocupação e o povoamento de vastas áreas do interior brasileiro; b) o florescimento da vida urbana, contribuindo para o nascimento de várias vilas e cidades; c) mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1763), único porto por onde o governo português permitia que se embarcasse o ouro; d) crescimento do mercado interno, já que a população da Capitania de Minas Gerais e das áreas onde são hoje Mato Grosso e Goiás comprava com ouro em pó de várias partes do Brasil aquilo de que necessitava. Do Nordeste vinham o gado, o couro e a farinha de mandioca; do Rio de Janeiro, africanos escravizados e artigos europeus (vidros, louças, tecidos, ferramentas); de São Paulo, milho, trigo e marmelada; do Sul, cavalos, bois, mulas e charque.