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E EMERGÊNGIAS
Irisnara Nunes Silva
O que são primeiros socorros?
Os primeiros socorros se caracterizam como
uma série de técnicas e procedimentos
prestados inicialmente a uma vítima que sofreu
um acidente ou que teve algum mal súbito. O
objetivo é, independente da gravidade, manter
o indivíduo com os sinais vitais estáveis
enquanto espera a chegada do atendimento
profissional adequado.
Podem ser consideradas, como exemplos de
situações de Primeiros Socorros, os acidentes
automobilísticos, afogamento, queimaduras,
atropelamento, convulsões, asfixia, parada
cardíaca, desmaio, engasgamento, entre
outras
1. CONCEITOS BÁSICOS
1. 1 Primeiro Socorro
É o primeiro atendimento a ser prestado, ainda no local, a uma
pessoa que sofreu um acidente ou mal súbito, até a chegada do
cuidado especializado. Segundo Sousa :
primeiro socorro é: Atendimento imediato para quaisquer
situações que o corpo apresentar uma disfunção. Porém, muitas
vezes, atuamos e não há a necessidade de procurar um pronto-
socorro.
No caso de primeiros socorros, é uma situação “urgente”, mas
não há risco de morte, portanto a vítima se encontra em bom
estado. Este tipo de atendimento pode e deve ser realizado
pelo prestador de socorro, socorrista e profissional de
enfermagem (Auxiliar, Técnico de enfermagem e Enfermeiro).
MUITAS ESTRELAS A SEREM JOGADAS AO MAR
...Conta-se que uma pessoa que caminhava na praia, viu
um homem que jogava “estrelas do mar” encalhadas na
areia, nas águas do oceano. — O que você está fazendo?
Perguntou o observador. — Jogando estrelas do mar na
água, antes que morram ao calor do sol, respondeu o
homem. — Mas são milhares de quilômetros de praia, e
milhões de estrelas para serem jogadas, que diferença
fará? Retrucou o observador ao considerar a enormidade
da tarefa. Então o homem, como quem sabia
perfeitamente o que fazia, tomou uma pequena “estrela
do mar” que estava aos pés do observador, e lançando-a
na água disse: — Bem, fez diferença para essa aí!
Faça uma reflexão
É importante que todo cidadão receba
treinamento de primeiros socorros para
agir no atendimento?
Como você, estudante de Técnico de
enfermagem, pode fazer essa diferença?
1. 1. 2 Prestador de socorro
O Prestador de Socorro é a pessoa leiga que,
no exercício da cidadania e com o mínimo de
conhecimento, pode identificar, auxiliar e
acalmar a vítima e, em seguida, chamar por
socorro especializado.
1. 1. 3 Socorrista
É a pessoa treinada para prestar os primeiros-socorros;
amenizando o sofrimento de outros no local da
urgência/emergência; normalmente é a primeira pessoa
treinada a entrar em contato com a vítima.
Socorrista é uma palavra que merece um lugar especial, pois
advém do trabalho de pessoas com estímulos diferenciados e
disposição para desempenhar condutas de resgate sem
qualificar dia e horário. [...] O fato de possuir conhecimentos e
técnicas de protocolos universais para atender uma vítima
remete-nos à confiabilidade dos procedimentos (SOUSA)
Portaria nº 824/GM de
24 de junho de 1999
Segundo a Portaria nº 824/GM de 24 de junho de 1999, o
socorrista é aquele que atua em situações de urgência e
emergência. Indivíduo leigo habilitado para prestar
atendimento pré- -hospitalar e credenciado para integrar
a guarnição de ambulâncias do serviço de atendimento
pré-hospitalar. Faz intervenção conservadora (não -
invasiva) no atendimento pré-hospitalar, sob supervisão
médica direta ou à distância, fazendo uso de materiais e
equipamentos especializados. Conforme a Portaria nº
824/GM vários profissionais compõem a equipe sendo
necessária a devida habilitação e capacitação, para que
atuem com segurança na avaliação e identificação de
problemas que comprometem a vida.
1. 4 Profissionais de enfermagem
É importante ressaltar que de acordo com a portaria
mencionada anteriormente, o auxiliar e o técnico de
enfermagem podem atuar como socorristas fora do
ambiente hospitalar, desde que sejam habilitados e
credenciados para “integrar a guarnição de ambulâncias
do serviço de atendimento pré-hospitalar” (Ministério da
Saúde).
Estes profissionais de enfermagem podem atuar na
“intervenção conservadora no atendimento” de uma
vítima, sob a prescrição médica, desde que esteja no
âmbito de sua “qualificação” profissional.
Os recursos humanos descritos na Portaria 824/GM de 1999, de
acordo com MS (1999), mencionam as competências do Técnico
de enfermagem no atendimento pré-hospitalar;
[...] exercem atividades auxiliares, de nível técnico, sendo
habilitados para o APH móvel, integrando sua equipe. Além da
intervenção conservadora no atendimento do paciente, são
habilitados a realizar procedimentos a eles delegados, sob
supervisão do profissional enfermagem, dentro do âmbito de sua
qualificação profissional. Têm como competências e atribuições
assistir o enfermeiro no planejamento, na programação, na
orientação e na supervisão das atividades de assistência de
enfermagem; prestar cuidados diretos de enfermagem a
pacientes em estado grave, sob supervisão direta ou a distância
do profissional enfermeiro; participar de programas de
treinamento e aprimoramento profissional, especialmente em
urgências/emergências; realizar manobras de extração manual
de vítimas (SOUSA)
O papel de todos os envolvidos na assistência em
Primeiros Socorros só será eficiente se houver uma
rede de sobrevida que se inicia com:
• Treinamento de leigos para reconhecimento e
prevenção precoce de agravos,
• Equipe treinada na prestação de urgência e
emergência,
• Recursos materiais suficientes
• Instituição hospitalar hierarquizada com
condições para continuidade do atendimento.
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
Pela Constituição Brasileira de 1988 e Lei
8080/90, é direito de todo o cidadão,
atendimento à saúde que deve ser feito de
forma segura e responsável, englobando
várias ações de tratamento e recuperação,
as quais incluem o atendimento em
primeiros socorros.
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
• Direitos da vítima durante o atendimento
É importante destacar que para prestar atendimento é
necessário ter o consentimento da vitima ou do responsável,
antes de realizar o cuidado. O adulto que estiver consciente
tem o direito de recusa, razões essas, que podem estar
relacionadas a crenças religiosas ou falta de confiança no
prestador de socorro.
O consentimento pode ser formal ou implícito: formal quando
a vítima aceita o atendimento verbalizando ou sinalizando; já
a implícita, quando a vítima está inconsciente, confusa ou
gravemente ferida e não consegue verbalizar ou sinalizar o
consentimento do atendimento.
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
O consentimento implícito pode ser adotado também no
caso de acidentes envolvendo menores
desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do
mesmo modo, a legislação infere que o consentimento
seria dado pelos pais ou responsáveis, caso estivessem
presentes no local (SILVEIRA; MOULIN).
Para tanto, ao prestar o atendimento de primeiros
socorros você deve conquistar a confiança da vítima e/ou
responsável, agindo de forma ética e respeitando os
direitos do cidadão.
• Lei de Omissão de Socorro
Cada cidadão deve estar ciente que, de acordo com o artigo
135 do Código Penal, negar atendimento ou cuidado de saúde
em qualquer circunstância é crime.
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-
lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou
à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública:
• Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
• Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada,
se resulta a morte (BRASIL, s. dt.)
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
Como cidadão, você está ciente que ao atender uma
vítima, em primeiros socorros, deve respeitar o Código
Penal Brasileiro.
Porém, neste momento, não podemos deixar de
mencionar as responsabilidades e deveres do profissional
de enfermagem, como o Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem.
Responsabilidades e deveres
Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais à
comunidade em casos de emergência, epidemia e
catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais.
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
Proibições
Art. 26 - Negar Assistência de Enfermagem em qualquer
situação que se caracterize como urgência ou emergência.
Art.129 - A pena de Cassação do Direito ao Exercício
Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está
estabelecido nos artigos: 9º, 12; 26; 28; 29; 78 e 79 deste
Código (COFEN, 2007).
É importante destacar que deixar de Prestar ou Providenciar
socorro, podendo fazê-lo, estará cometendo o crime de
omissão de socorro. Em contrapartida, o cidadão sem
treinamento (mínimo de conhecimento) pode se isentar deste
crime acionando o serviço especializado de saúde.
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
Situações
de Socorro
Emergência:
A pessoa que se encontra nesta
situação requer um cuidado
(atendimento) imediato, pois está
em risco de morte e/ou agravos
que levam às sequelas, por vezes
irreversíveis.
Urgência:
Nesta situação, a pessoa precisa de
cuidados (atendimento) que
podem esperar para serem
iniciados, pois ela não está em
risco iminente de morte.
10 Mandamentos do Socorrista
• 1. Mantenha a calma;
• 2.Tenha em mente a seguinte ordem:
PRIMEIRO EU (o socorrista)
DEPOIS MINHA EQUIPE (incluindo transeuntes)
POR ÚLTIMO A VÍTIMA
• 3. Sempre verifique se há riscos no local, para você e
sua equipe, antes de agir no acidente.
• 4. Ao prestar socorro, é fundamental acionar a equipe
especializada de Emergência de imediato ao checar no
local do acidente.
• 5. Mantenha o bom senso.
10 Mandamentos do Socorrista
• 6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e
afastando os curiosos.
• 7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que
poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se sentirão mais
úteis.
• 8. Evite manobras realizadas de forma imprudente,
com pressa.
• 9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas
que correm maior risco de vida como, por exemplo,
vítimas em parada cardio-respiratória ou que estejam
sangrando muito.
• 10. Seja um socorrista e não um herói (lembre-se do 2º
mandamento)
Avaliar o Local e o Cenário
A observação do local e do cenário se inicia a partir da
avaliação de risco pela falta de segurança, evitando
ocorrência de novos acidentes aos envolvidos (prestador
de socorro, vítimas e aos demais presentes). Vejamos
como proceder:
1. Observar e reconhecer cuidadosamente os riscos que
o local oferece à vítima e ao prestador de socorro,
além dos familiares e curiosos;
2. 2. Identificar o número de vítimas e a gravidade do
acidente para acionar o atendimento especializado,
de acordo com os recursos disponíveis;
Avaliar o Local e o Cenário
3. Identificar riscos de atropelamento, colisão, explosão,
desabamentos, eletrocussão, agressões, incêndios etc.
4. Para precaução de maiores ameaças, sinalizar o local a
fim de torná-lo mais seguro ao prestador de socorro e à
vítima, utilizando triângulo de sinalização; cones; fita
zebrada; pisca-alerta; faróis; galhos de árvores. Na falta
destes recursos, pode-se pedir para que uma pessoa fique
a certa distância, sinalizando o perigo.
Lembre-se: não se torne mais uma vítima!
Avaliar a Vítima
A avaliação deve ser realizada no próprio local,
avaliando por ordem de prioridade e de
gravidade o que traz perigo imediato para
manter a vítima respirando, com batimento
cardíaco e sem hemorragias graves, até a
chegada de uma equipe especializada.
Primeiramente, avaliar o nível de consciência,
verificar o pulso, a abertura das vias aéreas e a
respiração da vitima. Não esquecendo que tudo
deve ser feito com responsabilidade e respeito.
Avaliar a Vítima
Determinar o nível de consciência utilizando a
classificação AVDI:
• Verificar se a vitima está Alerta
• Verificar se responde a estímulos Verbais
• Verificar se a vitima responde a estímulos Dolorosos
• Verificar se a vítima está Inconsciente (quando a
resposta aos três primeiros questionamentos é
negativa, o socorrista comprova a inconsciência da
vítima)
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
A Avaliação Primária consiste em verificar:
•se a vítima está consciente;
• se a vítima apresenta pulso;
•se as vias aéreas estão desobstruídas;
• se a vítima está respirando;
Este exame deve ser feito em 2 minutos ou menos.
Se a vítima não estiver respirando, mas apresentar batimentos
cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o
procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP
segundo o procedimento.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Consiste na verificação de:
 Avaliar o nível de consciência.
 Escala de Coma de Glasgow.
 Avaliar os 4 sinais vitais:
•pulso.
•respiração.
•pressão arterial (PA), quando possível.
•temperatura.
 Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos:
•tamanho das pupilas;
•enchimento capilar (perfusão sanguíneas das
extremidades);
•cor da pele
Escala de Glasglow
Passos para utilizar a Escala de Coma de Glasgow corretamente:
• Verifique: Identifique fatores que podem interferir na capacidade de resposta do paciente. É
importante considerar na sua avaliação se ele possui alguma limitação anterior ou devido ao
ocorrido que o impede de reagir adequadamente naquele tópico (Ex: paciente surdo não poderá
reagir normalmente ao estímulo verbal).
• Observe: Observe o paciente e fique atento a qualquer comportamento espontâneo dentro dos três
componentes da escala.
• Estimule: Caso o paciente não aja espontaneamente nos tópicos da escala, é preciso estimular uma
resposta. Aborde o paciente na ordem abaixo:
• Estímulo sonoro: Peça (em tom de voz normal ou em voz alta) para que o paciente realize a ação
desejada.
Estímulo físico: Aplique pressão na extremidade dos dedos, trapézio ou incisura supraorbitária.
• Pontue e some: Os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente devem ser marcados em
cada um dos três tópicos da escala. Se algum fator impede o paciente de realizar a tarefa, é marcado
NT (Não testável). As respostas correspondem a uma pontuação que irá indicar, de forma simples e
prática, a situação do paciente (Ex: O4, V2, M1 e P0 significando respectivamente a nota para ocular,
verbal, motora e pupilar, com resultado geral igual a 7).
• Analise a reatividade pupilar (atualização 2018): suspenda cuidadosamente as pálpebras do
paciente e direcione um foco de luz para os seus olhos. Registre a nota correspondente à reação ao
estímulo. Esse valor será subtraído da nota obtida anteriormente, gerando um resultando final mais
preciso.
Essas reações devem ser anotadas periodicamente para possibilitar uma visão geral do progresso ou
deterioração do estado neurológico do paciente.
Parâmetros Sinais Vitais
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Realizar o exame físico na vítima:
•pescoço;
•cabeça;
•tórax;
•abdômen;
•pelve;
• membros inferiores;
• membros superiores;
•dorso.
O que o prestador de primeiros socorros deve observar ao
avaliar o pulso e a respiração:
Pulso:
• Frequência: É aferida em batimentos por minuto, podendo ser
normal (normocárdico), lenta (bradicárdico) ou rápida (taquicárdico).
•Ritmo: É verificado através do intervalo entre um batimento e outro.
Pode ser regular ou irregular.
•Intensidade: É avaliada através da força da pulsação. Pode ser cheio
(quando o pulso é forte) ou fino (quando o pulso é fraco).
Respiração:
•Freqüência: É aferida em respirações por minuto, podendo ser:
normal (eupneico), lenta (bradipneico) ou rápida (taquipneico).
• Ritmo: É verificado através do intervalo entre uma respiração e
outra, podendo ser regular ou irregular.
•Profundidade: Deve-se verificar se a respiração é profunda ou
superficial.
CONDIÇÕES GERAIS DA VÍTIMA
É preciso, após a avaliação e devido preparo da cena, analisar a condição da
vítima de acidente ou mal clínico, para que se adote o procedimento
adequado, de acordo com o que a situação exige. Todos esses procedimentos
devem ser efetuados com o máximo de agilidade e exatidão possíveis, uma
vez que o tempo é um fator crucial para determinar ou não a sobrevivência,
ou mesmo a recuperação sem sequelas de uma vítima. Portanto é necessário
que o prestador de socorro seja decidido, mantenha a calma, e afaste
curiosos a fim de proporcionar um maior espaço para se trabalhar da melhor
maneira possível. Deve-se obter um breve prognóstico sobre as condições da
vítima, observando-se primeiramente os seus sinais, ou seja, tudo aquilo que
se pode notar, examinando a pessoa lesada (respiração, palidez, pele fria,
etc.) além de se examinar também os sintomas sentidos pelas vítimas
informados por ela própria (náusea, vertigem, tontura, dor, etc.) e os sinais
vitais, cuja ausência ou mesmo alteração indica uma grave irregularidade no
funcionamento normal do organismo entre esses sinais estão: pulsação
(batimento do coração), pressão arterial, respiração e temperatura corporal.
PRINCÍPIOS
• Agir com calma e confiança – evitar o pânico;
• Ser rápido, mas não precipitado;
• Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações;
• Usar criatividade para improvisação;
• Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança;
• Manter sua atenção voltada para a vítima quando estiver interrogando-a;
• Falar de modo claro e objetivo;
• Aguardar a resposta da vítima;
• Não atropelar com muitas perguntas;
• Explicar o procedimento antes de executá-lo;
• Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer;
• Usar luvas descartáveis e dispositivos boca-máscara, improvisando se
necessário, para proteção contra doenças de transmissão respiratória e por
sangue;
• Atender a vítima em local seguro (removê-la do local se houver risco de
explosão, desabamento ou incêndio)
O QUE NÃO FAZER
Abandonar a vítima de acidente;
Omitir socorro sob pretexto de não
testemunhar;
Tentar remover a vítima presa nas ferragens,
sem estar preparado;
Tumultuar o local do acidente;
Deixar de colaborar com as autoridades
competentes.
O QUE FAZER
Cuidar da sua segurança;
Tomar medidas de proteção;
Análise global da(s) vítima(s) de
acidente; Acionar Recurso
Especializado.
COMO AGIR
Manter a calma;
Afastar os curiosos;
Quando aproximar-se, ter certeza de que
está protegido (evitar ser atropelado);
Faça uma barreira, protegendo você e a
vítima de um novo trauma;
Chamar ajuda;
Irisnara Nunes Silva
@irisnaranunes
(99) 98431 1114
Obrigada pela
atenção

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1 aula PRIMEIROS SOCORROS E EMERGÊNGIA NETS.pptx

  • 2. O que são primeiros socorros? Os primeiros socorros se caracterizam como uma série de técnicas e procedimentos prestados inicialmente a uma vítima que sofreu um acidente ou que teve algum mal súbito. O objetivo é, independente da gravidade, manter o indivíduo com os sinais vitais estáveis enquanto espera a chegada do atendimento profissional adequado.
  • 3. Podem ser consideradas, como exemplos de situações de Primeiros Socorros, os acidentes automobilísticos, afogamento, queimaduras, atropelamento, convulsões, asfixia, parada cardíaca, desmaio, engasgamento, entre outras
  • 4. 1. CONCEITOS BÁSICOS 1. 1 Primeiro Socorro É o primeiro atendimento a ser prestado, ainda no local, a uma pessoa que sofreu um acidente ou mal súbito, até a chegada do cuidado especializado. Segundo Sousa : primeiro socorro é: Atendimento imediato para quaisquer situações que o corpo apresentar uma disfunção. Porém, muitas vezes, atuamos e não há a necessidade de procurar um pronto- socorro. No caso de primeiros socorros, é uma situação “urgente”, mas não há risco de morte, portanto a vítima se encontra em bom estado. Este tipo de atendimento pode e deve ser realizado pelo prestador de socorro, socorrista e profissional de enfermagem (Auxiliar, Técnico de enfermagem e Enfermeiro).
  • 5. MUITAS ESTRELAS A SEREM JOGADAS AO MAR ...Conta-se que uma pessoa que caminhava na praia, viu um homem que jogava “estrelas do mar” encalhadas na areia, nas águas do oceano. — O que você está fazendo? Perguntou o observador. — Jogando estrelas do mar na água, antes que morram ao calor do sol, respondeu o homem. — Mas são milhares de quilômetros de praia, e milhões de estrelas para serem jogadas, que diferença fará? Retrucou o observador ao considerar a enormidade da tarefa. Então o homem, como quem sabia perfeitamente o que fazia, tomou uma pequena “estrela do mar” que estava aos pés do observador, e lançando-a na água disse: — Bem, fez diferença para essa aí!
  • 6. Faça uma reflexão É importante que todo cidadão receba treinamento de primeiros socorros para agir no atendimento? Como você, estudante de Técnico de enfermagem, pode fazer essa diferença?
  • 7. 1. 1. 2 Prestador de socorro O Prestador de Socorro é a pessoa leiga que, no exercício da cidadania e com o mínimo de conhecimento, pode identificar, auxiliar e acalmar a vítima e, em seguida, chamar por socorro especializado.
  • 8. 1. 1. 3 Socorrista É a pessoa treinada para prestar os primeiros-socorros; amenizando o sofrimento de outros no local da urgência/emergência; normalmente é a primeira pessoa treinada a entrar em contato com a vítima. Socorrista é uma palavra que merece um lugar especial, pois advém do trabalho de pessoas com estímulos diferenciados e disposição para desempenhar condutas de resgate sem qualificar dia e horário. [...] O fato de possuir conhecimentos e técnicas de protocolos universais para atender uma vítima remete-nos à confiabilidade dos procedimentos (SOUSA)
  • 9. Portaria nº 824/GM de 24 de junho de 1999 Segundo a Portaria nº 824/GM de 24 de junho de 1999, o socorrista é aquele que atua em situações de urgência e emergência. Indivíduo leigo habilitado para prestar atendimento pré- -hospitalar e credenciado para integrar a guarnição de ambulâncias do serviço de atendimento pré-hospitalar. Faz intervenção conservadora (não - invasiva) no atendimento pré-hospitalar, sob supervisão médica direta ou à distância, fazendo uso de materiais e equipamentos especializados. Conforme a Portaria nº 824/GM vários profissionais compõem a equipe sendo necessária a devida habilitação e capacitação, para que atuem com segurança na avaliação e identificação de problemas que comprometem a vida.
  • 10. 1. 4 Profissionais de enfermagem É importante ressaltar que de acordo com a portaria mencionada anteriormente, o auxiliar e o técnico de enfermagem podem atuar como socorristas fora do ambiente hospitalar, desde que sejam habilitados e credenciados para “integrar a guarnição de ambulâncias do serviço de atendimento pré-hospitalar” (Ministério da Saúde). Estes profissionais de enfermagem podem atuar na “intervenção conservadora no atendimento” de uma vítima, sob a prescrição médica, desde que esteja no âmbito de sua “qualificação” profissional.
  • 11. Os recursos humanos descritos na Portaria 824/GM de 1999, de acordo com MS (1999), mencionam as competências do Técnico de enfermagem no atendimento pré-hospitalar; [...] exercem atividades auxiliares, de nível técnico, sendo habilitados para o APH móvel, integrando sua equipe. Além da intervenção conservadora no atendimento do paciente, são habilitados a realizar procedimentos a eles delegados, sob supervisão do profissional enfermagem, dentro do âmbito de sua qualificação profissional. Têm como competências e atribuições assistir o enfermeiro no planejamento, na programação, na orientação e na supervisão das atividades de assistência de enfermagem; prestar cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave, sob supervisão direta ou a distância do profissional enfermeiro; participar de programas de treinamento e aprimoramento profissional, especialmente em urgências/emergências; realizar manobras de extração manual de vítimas (SOUSA)
  • 12. O papel de todos os envolvidos na assistência em Primeiros Socorros só será eficiente se houver uma rede de sobrevida que se inicia com: • Treinamento de leigos para reconhecimento e prevenção precoce de agravos, • Equipe treinada na prestação de urgência e emergência, • Recursos materiais suficientes • Instituição hospitalar hierarquizada com condições para continuidade do atendimento.
  • 13. ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO Pela Constituição Brasileira de 1988 e Lei 8080/90, é direito de todo o cidadão, atendimento à saúde que deve ser feito de forma segura e responsável, englobando várias ações de tratamento e recuperação, as quais incluem o atendimento em primeiros socorros.
  • 14. ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO • Direitos da vítima durante o atendimento É importante destacar que para prestar atendimento é necessário ter o consentimento da vitima ou do responsável, antes de realizar o cuidado. O adulto que estiver consciente tem o direito de recusa, razões essas, que podem estar relacionadas a crenças religiosas ou falta de confiança no prestador de socorro. O consentimento pode ser formal ou implícito: formal quando a vítima aceita o atendimento verbalizando ou sinalizando; já a implícita, quando a vítima está inconsciente, confusa ou gravemente ferida e não consegue verbalizar ou sinalizar o consentimento do atendimento.
  • 15. ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do mesmo modo, a legislação infere que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso estivessem presentes no local (SILVEIRA; MOULIN). Para tanto, ao prestar o atendimento de primeiros socorros você deve conquistar a confiança da vítima e/ou responsável, agindo de forma ética e respeitando os direitos do cidadão.
  • 16. • Lei de Omissão de Socorro Cada cidadão deve estar ciente que, de acordo com o artigo 135 do Código Penal, negar atendimento ou cuidado de saúde em qualquer circunstância é crime. Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê- lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: • Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. • Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte (BRASIL, s. dt.) ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
  • 17. Como cidadão, você está ciente que ao atender uma vítima, em primeiros socorros, deve respeitar o Código Penal Brasileiro. Porém, neste momento, não podemos deixar de mencionar as responsabilidades e deveres do profissional de enfermagem, como o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Responsabilidades e deveres Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em casos de emergência, epidemia e catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais. ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
  • 18. Proibições Art. 26 - Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgência ou emergência. Art.129 - A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 9º, 12; 26; 28; 29; 78 e 79 deste Código (COFEN, 2007). É importante destacar que deixar de Prestar ou Providenciar socorro, podendo fazê-lo, estará cometendo o crime de omissão de socorro. Em contrapartida, o cidadão sem treinamento (mínimo de conhecimento) pode se isentar deste crime acionando o serviço especializado de saúde. ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
  • 20. Emergência: A pessoa que se encontra nesta situação requer um cuidado (atendimento) imediato, pois está em risco de morte e/ou agravos que levam às sequelas, por vezes irreversíveis.
  • 21. Urgência: Nesta situação, a pessoa precisa de cuidados (atendimento) que podem esperar para serem iniciados, pois ela não está em risco iminente de morte.
  • 22. 10 Mandamentos do Socorrista • 1. Mantenha a calma; • 2.Tenha em mente a seguinte ordem: PRIMEIRO EU (o socorrista) DEPOIS MINHA EQUIPE (incluindo transeuntes) POR ÚLTIMO A VÍTIMA • 3. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente. • 4. Ao prestar socorro, é fundamental acionar a equipe especializada de Emergência de imediato ao checar no local do acidente. • 5. Mantenha o bom senso.
  • 23. 10 Mandamentos do Socorrista • 6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos. • 7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se sentirão mais úteis. • 8. Evite manobras realizadas de forma imprudente, com pressa. • 9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cardio-respiratória ou que estejam sangrando muito. • 10. Seja um socorrista e não um herói (lembre-se do 2º mandamento)
  • 24. Avaliar o Local e o Cenário A observação do local e do cenário se inicia a partir da avaliação de risco pela falta de segurança, evitando ocorrência de novos acidentes aos envolvidos (prestador de socorro, vítimas e aos demais presentes). Vejamos como proceder: 1. Observar e reconhecer cuidadosamente os riscos que o local oferece à vítima e ao prestador de socorro, além dos familiares e curiosos; 2. 2. Identificar o número de vítimas e a gravidade do acidente para acionar o atendimento especializado, de acordo com os recursos disponíveis;
  • 25. Avaliar o Local e o Cenário 3. Identificar riscos de atropelamento, colisão, explosão, desabamentos, eletrocussão, agressões, incêndios etc. 4. Para precaução de maiores ameaças, sinalizar o local a fim de torná-lo mais seguro ao prestador de socorro e à vítima, utilizando triângulo de sinalização; cones; fita zebrada; pisca-alerta; faróis; galhos de árvores. Na falta destes recursos, pode-se pedir para que uma pessoa fique a certa distância, sinalizando o perigo. Lembre-se: não se torne mais uma vítima!
  • 26. Avaliar a Vítima A avaliação deve ser realizada no próprio local, avaliando por ordem de prioridade e de gravidade o que traz perigo imediato para manter a vítima respirando, com batimento cardíaco e sem hemorragias graves, até a chegada de uma equipe especializada. Primeiramente, avaliar o nível de consciência, verificar o pulso, a abertura das vias aéreas e a respiração da vitima. Não esquecendo que tudo deve ser feito com responsabilidade e respeito.
  • 27. Avaliar a Vítima Determinar o nível de consciência utilizando a classificação AVDI: • Verificar se a vitima está Alerta • Verificar se responde a estímulos Verbais • Verificar se a vitima responde a estímulos Dolorosos • Verificar se a vítima está Inconsciente (quando a resposta aos três primeiros questionamentos é negativa, o socorrista comprova a inconsciência da vítima)
  • 28. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA A Avaliação Primária consiste em verificar: •se a vítima está consciente; • se a vítima apresenta pulso; •se as vias aéreas estão desobstruídas; • se a vítima está respirando; Este exame deve ser feito em 2 minutos ou menos. Se a vítima não estiver respirando, mas apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento.
  • 29.
  • 30. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Consiste na verificação de:  Avaliar o nível de consciência.  Escala de Coma de Glasgow.  Avaliar os 4 sinais vitais: •pulso. •respiração. •pressão arterial (PA), quando possível. •temperatura.  Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos: •tamanho das pupilas; •enchimento capilar (perfusão sanguíneas das extremidades); •cor da pele
  • 32. Passos para utilizar a Escala de Coma de Glasgow corretamente: • Verifique: Identifique fatores que podem interferir na capacidade de resposta do paciente. É importante considerar na sua avaliação se ele possui alguma limitação anterior ou devido ao ocorrido que o impede de reagir adequadamente naquele tópico (Ex: paciente surdo não poderá reagir normalmente ao estímulo verbal). • Observe: Observe o paciente e fique atento a qualquer comportamento espontâneo dentro dos três componentes da escala. • Estimule: Caso o paciente não aja espontaneamente nos tópicos da escala, é preciso estimular uma resposta. Aborde o paciente na ordem abaixo: • Estímulo sonoro: Peça (em tom de voz normal ou em voz alta) para que o paciente realize a ação desejada. Estímulo físico: Aplique pressão na extremidade dos dedos, trapézio ou incisura supraorbitária. • Pontue e some: Os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente devem ser marcados em cada um dos três tópicos da escala. Se algum fator impede o paciente de realizar a tarefa, é marcado NT (Não testável). As respostas correspondem a uma pontuação que irá indicar, de forma simples e prática, a situação do paciente (Ex: O4, V2, M1 e P0 significando respectivamente a nota para ocular, verbal, motora e pupilar, com resultado geral igual a 7). • Analise a reatividade pupilar (atualização 2018): suspenda cuidadosamente as pálpebras do paciente e direcione um foco de luz para os seus olhos. Registre a nota correspondente à reação ao estímulo. Esse valor será subtraído da nota obtida anteriormente, gerando um resultando final mais preciso. Essas reações devem ser anotadas periodicamente para possibilitar uma visão geral do progresso ou deterioração do estado neurológico do paciente.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Realizar o exame físico na vítima: •pescoço; •cabeça; •tórax; •abdômen; •pelve; • membros inferiores; • membros superiores; •dorso.
  • 38. O que o prestador de primeiros socorros deve observar ao avaliar o pulso e a respiração: Pulso: • Frequência: É aferida em batimentos por minuto, podendo ser normal (normocárdico), lenta (bradicárdico) ou rápida (taquicárdico). •Ritmo: É verificado através do intervalo entre um batimento e outro. Pode ser regular ou irregular. •Intensidade: É avaliada através da força da pulsação. Pode ser cheio (quando o pulso é forte) ou fino (quando o pulso é fraco). Respiração: •Freqüência: É aferida em respirações por minuto, podendo ser: normal (eupneico), lenta (bradipneico) ou rápida (taquipneico). • Ritmo: É verificado através do intervalo entre uma respiração e outra, podendo ser regular ou irregular. •Profundidade: Deve-se verificar se a respiração é profunda ou superficial.
  • 39. CONDIÇÕES GERAIS DA VÍTIMA É preciso, após a avaliação e devido preparo da cena, analisar a condição da vítima de acidente ou mal clínico, para que se adote o procedimento adequado, de acordo com o que a situação exige. Todos esses procedimentos devem ser efetuados com o máximo de agilidade e exatidão possíveis, uma vez que o tempo é um fator crucial para determinar ou não a sobrevivência, ou mesmo a recuperação sem sequelas de uma vítima. Portanto é necessário que o prestador de socorro seja decidido, mantenha a calma, e afaste curiosos a fim de proporcionar um maior espaço para se trabalhar da melhor maneira possível. Deve-se obter um breve prognóstico sobre as condições da vítima, observando-se primeiramente os seus sinais, ou seja, tudo aquilo que se pode notar, examinando a pessoa lesada (respiração, palidez, pele fria, etc.) além de se examinar também os sintomas sentidos pelas vítimas informados por ela própria (náusea, vertigem, tontura, dor, etc.) e os sinais vitais, cuja ausência ou mesmo alteração indica uma grave irregularidade no funcionamento normal do organismo entre esses sinais estão: pulsação (batimento do coração), pressão arterial, respiração e temperatura corporal.
  • 40. PRINCÍPIOS • Agir com calma e confiança – evitar o pânico; • Ser rápido, mas não precipitado; • Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações; • Usar criatividade para improvisação; • Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança; • Manter sua atenção voltada para a vítima quando estiver interrogando-a; • Falar de modo claro e objetivo; • Aguardar a resposta da vítima; • Não atropelar com muitas perguntas; • Explicar o procedimento antes de executá-lo; • Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer; • Usar luvas descartáveis e dispositivos boca-máscara, improvisando se necessário, para proteção contra doenças de transmissão respiratória e por sangue; • Atender a vítima em local seguro (removê-la do local se houver risco de explosão, desabamento ou incêndio)
  • 41. O QUE NÃO FAZER Abandonar a vítima de acidente; Omitir socorro sob pretexto de não testemunhar; Tentar remover a vítima presa nas ferragens, sem estar preparado; Tumultuar o local do acidente; Deixar de colaborar com as autoridades competentes.
  • 42. O QUE FAZER Cuidar da sua segurança; Tomar medidas de proteção; Análise global da(s) vítima(s) de acidente; Acionar Recurso Especializado.
  • 43. COMO AGIR Manter a calma; Afastar os curiosos; Quando aproximar-se, ter certeza de que está protegido (evitar ser atropelado); Faça uma barreira, protegendo você e a vítima de um novo trauma; Chamar ajuda;
  • 44.
  • 45. Irisnara Nunes Silva @irisnaranunes (99) 98431 1114 Obrigada pela atenção